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A Origem do Teatro

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A ORIGEM DO TEATRO NO BRASIL – COLEÇÃO PRATICAR A ARTE – PROFESSOR FABRÍCIO SECCHIN – (27) 99961-4393. 
AULA: 3 CONTEÚDO: A Origem do Teatro no Brasil DATA: PROFESSOR: TURMA: PÁGINA: 1 
HABILIDADES: Identificar aspectos técnicos, estilísticos, históricos e interpretativos nas práticas teatrais. 
 
Texto 1 – A Origem do Teatro no Brasil: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
 
 
O teatro brasileiro teve sua origem no século XVI, em 1564, 
quando o Brasil passou a ser colônia de Portugal. Os padres 
da chamada companhia de Jesus, os Jesuítas, vieram para 
catequizar os índios, e com isso trouxeram suas influências 
culturais como a literatura e o teatro. Este então foi usado 
como instrumento pedagógico, em princípio para a 
educação religiosa, já que os índios tinham uma tendência 
natural para a música e a dança, e sendo assim os Jesuítas 
se utilizaram de elementos da cultura indígena e 
perceberam no teatro o método mais eficaz como 
instrumento de "civilização". Pelo fascínio da imagem 
representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um 
sermão, por exemplo. Nota-se, portanto, que a origem do 
teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das 
manifestações culturais. Nessa época o Padre Anchieta era 
o responsável pela autoria das peças, ele escreveu alguns 
Autos como "Na festa de São Lourenço", também 
conhecido como "Mistério de Jesus", e o "Auto da Pregação 
Universal", escrito entre 1567 e 1570, e representado em 
várias regiões do Brasil, por vários anos. No entanto, o 
principal objetivo era a catequese, por isso com esses 
elementos também estavam os dogmas da Igreja Católica. 
Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco 
representadas. A opção ficava com os autos sacramentais, 
que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam 
impregnadas de características religiosas. Até 1584 as peças 
eram escritas em tupi, português ou espanhol, quando 
então surgiu o latim. Os autos tinham sempre um fundo 
religioso, moral e didático, representados por personagens 
de demônios, santos, imperadores e algumas vezes apenas 
simbolismos, como o amor ou o temor a Deus. Os atores 
eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos 
e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de 
improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e 
nos colégios. 
 
Texto 2 - Elementos do teatro: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
 
Uma peça teatral não é feita apenas pelos atores que aparecem no palco, outras pessoas 
também participam de uma peça e, mesmo que não apareçam, são fundamentais para 
que o espetáculo se realize. 
 
2.1 - Cenografia: Muito mais do que decoração e 
ornamentação, a cenografia é técnica, técnica de 
organizar todo o espaço onde as ações dramáticas são 
encenadas. A cenografia é parte importante do 
espetáculo, pois ela ambienta e ilustra o espaço/tempo 
materializando o imaginário e aproximando o público da 
representação. 
 
2.2 – Figurino: É um elemento importante da linguagem 
visual do espetáculo formado por, além das vestimentas, 
pelos acessórios. O figurino auxilia na compreensão do 
personagem, objetivos e características da história. Os 
figurinos e acessórios utilizados em cena devem ser 
sempre coerentes com o que o diretor queira. 
 
2.3 – Maquiagem: A maquiagem é parte da composição 
do espetáculo, é um instrumento fundamental que auxilia 
na criação do personagem e na transformação estética 
dos atores. 
 
2.4 – Sonoplastia: A sonoplastia é um som ou conjunto de 
sons que auxilia a enfatizar as cenas e ou as emoções dos 
atores. O sonoplasta trabalha os elementos sonoros 
ajudando a envolver o público na construção de imagens e 
sensações. As músicas e sons utilizados devem estar 
intimamente ligados ao que acontece na cena. 
 
2.5 – Iluminação: A iluminação pode dar ênfase a certos 
aspectos do cenário, pode estabelecer relações entre o 
ator e os objetos, pode enfatizar as expressões do ator, 
pode limitar o espaço de representação a um círculo de 
luz e muitos outros efeitos. A iluminação é muito 
importante para o teatro, pois através dela podemos 
ambientar a cena e ampliar as emoções nela exploradas. 
 
A ORIGEM DO TEATRO NO BRASIL – COLEÇÃO PRATICAR A ARTE – PROFESSOR FABRÍCIO SECCHIN – (27) 99961-4393. 
AULA: CONTEÚDO: A Origem do Teatro no Brasil DATA: PROFESSOR: TURMA: PÁGINA: 2 
HABILIDADES: Identificar aspectos técnicos, estilísticos, históricos e interpretativos nas práticas teatrais. 
 
Texto 3 – O Teatro no Brasil na atualidade: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
 
No século XIX o teatro brasileiro começa a se configurar e um grande marco foi a 
representação da tragédia Antônio José ou “O Poeta” e a “Inquisição” de Gonçalves 
Magalhães em 13 de março de 1838. Esse drama foi encenado por uma companhia 
genuinamente brasileira, com atores e propósitos nacionalistas formado pelo ator João 
Caetano. Nessa época surgem as Comédias de Costume com o escritor teatral Luíz Carlos 
Martins Pena que buscava em fatos da época situações para alegras a plateia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitos autores teatrais surgiram como Antônio Gonçalves Dias, Manuel Antônio Àlvares 
de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Luís Antônio Burgain, Manuel de Araújo 
Porto Alegre, Joaquim Norberto da Silva, Antônio Gonçalves Teixeira e Souza, Agrário de 
Menezes, Barata Ribeiro, Luigi Vicenzo de Simoni e Francisco José Pinheiro Guimarães. 
 
Em 1855 surge o teatro realista no Brasil, o teatro deixa de lado os 
dramalhões e visa o debate de temas atuais, problemas sociais e conflitos 
psicológicos tentando mostras e revelar o cotidiano da sociedade, o amor 
adúltero, a falsidade e o egoísmo humanos. Um dos mais importantes 
autores dessa época é Joaquim Manoel de Macedo, autor da obra-prima “A 
Moreninha”, de Arthur Azevedo. 
 
A Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco 
para as artes não abrangeu o teatro que ficou 
esquecido, adormecido por longos anos. A renovação 
do teatro brasileiro veio em 1943, com a estreia de 
“Vestido de Noiva”, de Gianfrancesco Guarnieri e 
Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, que 
escandalizou o público e modernizou o palco brasileiro. 
“Vestido de Noiva” fez um grande sucesso assim como 
o “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. 
 
Vale destacar Teatro Brasileiro de 
Comédia formado por grandes 
artistas como Cacilda Becker, Tônia 
Carrero, Sérgio Cardoso, Paulo 
Autran, Fernanda Montenegro, 
entre outros, e o Teatro de Arena 
que encenou a peça “Eles Não Usam 
Black-tie”, de Gianfrancesco 
Guarnieri, em 1958, um grande 
sucesso. 
 
Com o golpe militar em 1964 veio a censura e um número enorme de peças foram 
proibidas e somente a partir dos anos 70 o teatro novamente ressurge mostrando 
produções constantes. 
 
BANCO DE IMAGENS – GRANDES TEATROS BRASILEIROS: 
 
 
A ORIGEM DO TEATRO NO BRASIL – COLEÇÃO PRATICAR A ARTE – PROFESSOR FABRÍCIO SECCHIN – (27) 99961-4393. 
AULA: CONTEÚDO: A Origem do Teatro no Brasil DATA: PROFESSOR: TURMA: PÁGINA: 3 
HABILIDADES: Identificar aspectos técnicos, estilísticos, históricos e interpretativos nas práticas teatrais. 
 
LEITURA DA OBRA: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
Leia atentamente o resumo da obra teatral “Auto da Compadecida”, de Ariano: 
Suassuna: A obra-prima do escritor brasileiro Ariano Suassuna foi escrita em 1955 e 
levada a palco pela primeira vez em 1956 no Teatro Santa Isabel. “Auto da Compadecida” 
é uma peça dividida em três atos e tem como pano de fundo o sertão nordestino. A obra 
foi uma das primeiras produções teatrais a carregar forte na tradição popular. 
Caracterizada pela marcante presença do humor, a conhecida história ganhou um 
público ainda mais amplo em 1999, quando foi adaptada para a televisão (uma minissérie 
da TV Globo) e, no ano a seguir, virou longa metragem. As aventuras de João Grilo e 
Chicó fazem parte do imaginário coletivo brasileiro e retratam com fidelidade o dia a dia 
daqueles que lutam pela sobrevivência em um meio adverso. 
 
 
1. Resumo: João Griloe Chicó são os amigos inseparáveis 
que protagonizarão a história vivida no sertão nordestino. 
Assolados pela fome, pela aridez, pela seca, pela violência 
e pela pobreza, tentando sobreviver num ambiente hostil 
e miserável, os dois amigos usam da inteligência e da 
esperteza para contornarem os problemas. 
 
2. O falecimento do cão: A história começa com a morte do 
cachorro da mulher do padeiro. Enquanto o cão estava 
vivo, a senhora, apaixonada pelo animal, tentou de todas 
as maneiras convencer o padre a benzê-lo. Os dois 
funcionários da padaria do marido - os espertos João Grilo 
e Chicó - também embarcaram no desafio e intercederam 
pelo cão junto ao padre. De nada adiantou tamanho 
esforço, para desgraça da dona o cachorro morreu afinal 
sem ser benzido. 
 
3. O enterro do animal: Convencida de que era necessário 
enterrar o animal com pompa e circunstância, a bela 
senhora tem a ajuda novamente dos espertos João Grilo e 
Chicó para tentar persuadir o padre a realizar o velório. O 
maroto João Grilo diz então, em conversa com o padre, 
que o cão havia deixado um testamento onde prometia 
dez contos de reis para ele e três para o sacristão se o 
enterro fosse realizado em latim. 
Depois de alguma hesitação o padre fecha negócio com João Grilo pensando nas moedas 
que receberia. O que ele não poderia imaginar é que apareceria o bispo a meio da 
transação. O bispo fica horrorizado com a cena: onde já se viu um padre velar um cão 
(ainda por cima em latim!)? Sem saber o que fazer, João Grilo então diz que o 
testamento, na verdade, prometia seis contos para a arquidiocese e quatro para a 
paróquia. Mostrando-se também corrompível pelo dinheiro, o bispo faz vista grossa a 
situação. 
 
4. A chegada do bando de Severino: “A meio” do negócio a cidade é invadida pelo 
perigoso bando do cangaceiro Severino. O bando mata praticamente todos (o bispo, o 
padre, o sacristão, o padeiro e a mulher). Com medo da morte, João Grilo e Chicó 
tentam uma última saída: dizem para os membros do bando que tinham uma gaita 
benzida por Padrinho Padre Cícero que era capaz de ressuscitar os mortos e que 
poderiam entregá-la se os deixassem vivos. Os cangaceiros não acreditam, mas os 
dois fazem uma demonstração. Chicó trazia escondido um saco com sangue e, quando 
João encena dar uma facada no amigo o que acontece é que a bolsa se rompe. O 
bando acredita que o sujeito de fato morreu, até que João toca a tal gaita e Chicó 
supostamente ressuscita. 
 
5. A morte do pobre João Grilo e o juízo final: O truque da gaita benta 
não se sustenta durante muito tempo e logo João Grilo acaba sendo 
morto pelos cangaceiros. Já no céu, todos os personagens se 
encontram. Chegada a hora do juízo final, Nossa Senhora intercede 
por cada um dos personagens. Os considerados com difícil salvação 
(o padre, o bispo, o sacristão, o padeiro e a sua mulher) seguem 
direto para o purgatório. A surpresa surge quando os respectivos 
religiosos são enviados direto para o purgatório enquanto Severino 
e o seu capanga, alegadamente criminosos, são mandados para o 
paraíso. Nossa Senhora consegue defender a tese de que os 
capangas eram naturalmente bons, mas foram corrompidos pelo 
sistema. João Grilo, por sua vez, recebe a graça de voltar para o seu 
próprio corpo. Quando regressa à Terra, acorda e assiste o seu 
enterro, feito pelo melhor amigo Chicó. Chicó, por sua vez, havia 
prometido à Nossa Senhora que entregaria todo o dinheiro que 
tinha à Igreja caso João Grilo sobrevivesse. Como o milagre 
acontece, depois de muita hesitação os dois amigos fazem a devida 
doação prometida. 
 
A ORIGEM DO TEATRO NO BRASIL – COLEÇÃO PRATICAR A ARTE – PROFESSOR FABRÍCIO SECCHIN – (27) 99961-4393. 
AULA: CONTEÚDO: A Origem do Teatro no Brasil DATA: PROFESSOR: TURMA: PÁGINA: 4 
HABILIDADES: Identificar aspectos técnicos, estilísticos, históricos e interpretativos nas práticas teatrais. 
 
EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
Depois da leitura atenta do resumo da obra “Auto da Compadecida”, respondas às 
seguintes perguntas de acordo com cada parte: 
 
1. Quem é o autor da peça teatral “Auto da Compadecida” e em que ano ela foi escrita? 
____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________ 
 
2. Onde acontece a história? 
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3. Escreva as características da cultura brasileira presente na obra. 
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4. (Resumo) Quais os nomes dos personagens principais da história e como era a 
realidade de vida deles? 
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5. (O falecimento do cão) O que aconteceu com o cão da mulher do padeiro e o que ela 
desejava que o seu bichinho recebesse do padre? 
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______________________________________________________________________________________________ 
 
 
6. (Enterro do animal) O que foi preciso dizer para o padre e para o bispo para que eles 
se convencessem a enterrar o cão com pompa e circunstância? 
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7. (A chegada do bando de Severino) Como foi o truque utilizado por João Grilo e Chicó 
para enganar o terrível cangaceiro Severino? 
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8. (A morte do pobre João Grilo e Chicó) Quais destinos dos personagens no Juízo Final? 
 
a) Padre, bispo, sacristão, padeiro e sua esposa: 
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______________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________ 
 
b) Severino e seu capanga: 
____________________________________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________________________________ 
 
c) João Grilo e Chicó: 
____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________ 
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