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Biologia - Livro 4-0058

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BIOLOGIA Capítulo 17 Sistema endócrino172
No entanto, há casos de glândulas endócrinas cuja
produção hormonal sai dos níveis de normalidade, geran
do desequilíbrios Em alguns casos, o hormônio promove
aumento da atividade de uma estrutura, e em outros,
redução
Em termos químicos, os hormônios são de três ti
pos principais: de natureza peptídica (como a insulina),
derivados de lipídeos (hormônios esteroides, como a tes
tosterona) e derivados de aminoácidos (como a adrenalina
e os hormônios tireoidianos T3 e T4)
Feedback negativo é um mecanismo de controle pelo qual a pro-
dução ou a secreção de uma substância (como um hormônio, por
exemplo) desencadeia a mudança de alguma atividade, que, por sua
vez, diminui a produção da substância considerada.
Atenção
Hipófise
A glândula hipófise, também chamada de pituitária,
está localizada na base do cérebro, tem o tamanho de
uma ervilha e apresenta dois lobos distintos, a adenoi-
pófise (lobo anterior da hipófise) e a neuroipófise (lobo
posterior da hipófise), que podem ser consideradas duas
glândulas distintas, pois têm a sua origem em diferentes
tipos de tecido (Fig 3)
Hipotálamo
Infundíbulo
Vasos sanguíneos
Neuroipófise
Adenoipófise
Células endócrinas
Capilares
Corpos celulares de neurônios
Fig. 3 As divisões da hipófise e sua relação com o hipotálamo.
Hormônios e glândulas endócrinas
O sistema endócrino está associado à produção de
hormônios, que são substâncias produzidas por glândulas
desse sistema e transportadas pelo sangue, atuando como
mensageiros químicos em um órgão-alvo específico e con-
tribuindo para regular sua atividade (Fig. 1).
Célula endócrina Célula-alvo
Corrente sanguínea
Hormônio
Fig. 1 Fluxo hormonal pelo sangue: da produção à célula-alvo.
As principais glândulas endócrinas são distribuídas em
várias partes do organismo. São elas: hipófise, paratireoides,
tireoide, suprarrenais, pâncreas, ovários e testículos (Fig 2)
Pituitária (hipófise)
Controla outras glândulas
Tireoide
Regula a taxa do metabolismo
Paratireoides
Aumentam os níveis de
cálcio no sangue
Adrenais
Respondem aos níveis
de açúcar e de sal
Pâncreas
Controla os níveis de
açúcar no sangue
Ovários
Regulam o ciclo
menstrual, o
desenvolvimento dos
seios e a ovulação
Testículos
Responsáveis pelas
características sexuais
masculinas secundárias
e pela produção de esperma
Fig. 2 Glândulas do sistema endócrino e suas principais funções.
Além dessas glândulas, outros órgãos produzem hor-
mônios, como os rins, o coração, o estômago e o duodeno.
A concentração de hormônios na corrente sanguínea
é mantida em estado de equilíbrio dinâmico (homeostase),
apresentando pequenas variações. Quando uma glândula
endócrina produz um hormônio e o libera na circulação, o ex-
cesso, de modos variados, inibe a continuidade da produção;
com o tempo, a concentração de hormônio no sangue sofre
redução, já que ele está sendo consumido pelo(s) órgão(s)-
-alvo, e a glândula é estimulada a liberar mais hormônio para a
corrente sanguínea. Esse mecanismo de controle é conhecido
como feedback negativo ou retroindução negativa.
Hipóse (pituitária)
Suprarrenais
F
R
E
N
T
E
 3
173
A hipófise é responsável pela regulação da atividade
de outras glândulas do corpo e de várias funções do or
ganismo Essa glândula é ligada ao hipotálamo por meio
do infundíbulo Terminações dos axônios do hipotálamo
liberam hormônios na neuroipófise, os quais ficam ali ar
mazenados, sendo liberados para os vasos sanguíneos
quando necessário
Alguns dos hormônios liberados pelo hipotálamo pas
sam para a adenoipófise por meio de vasos sanguíneos;
essas substâncias são hormônios reguladores da adenoi
pófise: os hormônios RH estimulam (releasing hormone) e
os IH inibem (inhibiting hormone) certas células a produzi
rem ou não outros hormônios.
No que diz respeito à atuação dessas glândulas, a
adenoipófise controla o crescimento, a maturação sexual,
a atividade de outras glândulas endócrinas e a produção
de leite nas glândulas mamárias. Já a neuroipófise atua
sobre a quantidade de urina eliminada pelos rins e sobre
a expulsão do leite pelas glândulas mamárias (Fig. 4)
Hormônios da neuroipófise
O lobo posterior da hipófise secreta dois hormônios:
ADH e ocitocina.
y Hormônio antidiurético ADH (ou vasopressina):
promove a reabsorção de água nos rins (nos túbulos
dos néfrons), ocasionando a formação de urina mais
concentrada Sua produção é estimulada quando o
Ocitocina
Antidiurético
ProlactinaTireotrófico AdrenocorticotróficoSomatotrófico Gonadotrófico Aldosterona
Neurossecreção
Adenoipófise
Neuroipófise
Hipotálamo
Hormônios
liberados
Contrações
do útero
Néfron
Osso
Suprarrenal
(Adrenal)
Tireoide
Gônadas
Glândula mamária
(produção de leite)
Glândula mamária
(expulsão do leite)
Fig. 4 Os hormônios hipofisários exercem o controle da atividade de diversas estruturas do organismo.
indivíduo fica um longo período sem ingerir água,
funcionando como um mecanismo poupador de
água A inibição de produção de ADH ocorre com
a ingestão de água ou de bebida alcoólica, o que
ocasiona a formação de uma urina mais diluída Caso
ocorra a interrupção prolongada na produção de
ADH, o indivíduo elimina muitos litros de água pela
urina, favorecendo também a perda de sais minerais
e de glicose; esse quadro é denominado diabetes
insípido, doença caracterizada por sede excessiva
e pela excreção de grande quantidade de urina bas-
tante diluída
 O ADH é também chamado de vasopressina porque
induz a constrição moderada das arteríolas do corpo,
elevando a pressão sanguínea
y Ocitocina: determina a contração da parede uterina,
promovendo as contrações fundamentais para a rea-
lização do parto As contrações do útero estimulam a
neuroipófise a secretar mais ocitocina, aumentando
as contrações uterinas; esse mecanismo é denomi-
nado feedback positivo. A injeção de ocitocina é um
recurso utilizado em alguns casos para induzir o parto.
A ocitocina também estimula a contração involuntária
da musculatura das glândulas mamárias, promovendo
a ejeção do leite; o estímulo ocorre com o início da
amamentação, quando o bebê suga o mamilo. Esse
hormônio também apresenta elevação de concentra-
ção após o ato sexual
Neuroipóse
BIOLOGIA Capítulo 17 Sistema endócrino174
Hormônios da adenoipófise
y Prolactina (ou hormônio lactogênico): estimula o au-
mento das mamas e a produção de leite pelas glândulas
mamárias (a ocitocina promove a expulsão do leite).
y Somatotrofina (ou hormônio somatotrófico – GH): a
sigla GH consiste na expressão growth hormone – em
português, hormônio do crescimento. Esse hormônio
promove a elongação dos ossos, estimula a divisão ce-
lular e a síntese de proteínas (em ossos e músculos).
 A adenoipófise produz também os chamados hormô-
nios tróficos, os quais exercem função estimulante de
outras glândulas endócrinas (Fig. 4); são os seguintes:
y Gonadotrofinas: atuam sobre as gônadas (testículos
e ovários), provocando efeitos fisiológicos nessas
estruturas, como a síntese de outros hormônios. As
gonadotrofinas são o LH (luteinizing hormone – em
português, hormônio luteinizante, ou luteotrófico) e
o FSH (follicle stimulating hormone – em português,
hormônio foliculestimulante).
y Tireotrofina (ou hormônio tireotrófico) – TSH: a sigla
TSH (thyroid stimulating hormone) significa hormônio esti-
mulante da tireoide; seu papel é promover o estímulo da
tireoide para a produção de hormônios como a tiroxina.
y Hormônio adrenocorticotrófico – ACTH (adrenocortico
tropic hormone): estimula a região superficial das adrenais
(o córtex adrenal) a produzir hormônios como o cortisol.
Ainda no que se refere ao hormônio GH, vale ressaltar
que há situações em que o indivíduo apresenta problemas
em sua produção, o que pode acontecer durante a infância
ou na vida adulta. Na infância, a falta de GH promove o na-
nismo, enquanto seu excesso determina o gigantismo. No
adulto, pode ocorrer produçãoexcessiva de GH, resultando
em um quadro de acromegalia, ou seja, há crescimento de
algumas extremidades do organismo, como queixo, nariz
e dedos (Fig. 5).
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 P
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NanismoGigantismo
Acromegalia
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Fig. 5 Distúrbios na produção do hormônio do crescimento e suas consequências
no fenótipo de pessoas afetadas.
Paratireoides
São quatro pequenas glândulas localizadas na parte
posterior da tireoide, que está ligada à faringe e à traqueia
(Fig. 6).
Osso hioide
Faringe
Glândulas
paratireoides
Epiglote
Traqueia
Cartilagem proeminente
da tireoide
(pomo de adão)
Glândula
tireoide
Fig. 6 Tireoide e sua relação anatômica com a laringe. No alto, vista anterior.
Embaixo, vista posterior, com a presença das glândulas paratireoides.
As paratireoides produzem o paratormônio (PTH), que
tem como função regular os níveis de cálcio sanguíneo. O
cálcio tem papel fundamental em vários processos, como
a contração muscular e a coagulação sanguínea. O para-
tormônio é liberado quando há déficit de cálcio no sangue,
promovendo a absorção do composto, proveniente da ali-
mentação, no intestino. Uma dieta pobre em cálcio estimula
a remoção de cálcio dos ossos, deixando-os mais frágeis.
Tireoide
A tireoide produz os hormônios calcitonina, tiroxina
(T4) e triiododotironina (T3)
A calcitonina contribui para a regulação dos níveis de
cálcio no sangue, apresentando efeito contrário ao do pa-
ratormônio, ou seja, promovendo a transferência de cálcio
do sangue para os ossos
A tiroxina, também denominada tetraiodotironina (T4),
apresenta quatro átomos de iodo na molécula; é o hormônio
produzido mais abundantemente pela tireoide, e é liberado
juntamente com a triiodotironina (T3). O T3 é assim chama-
do porque apresenta três átomos de iodo na molécula; ele
tem maior atividade do que o T4. Esses hormônios tireoidia-
nos estimulam a atividade metabólica geral do organismo,
elevando a ocorrência de processos como a síntese proteica
e a respiração celular.

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