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Anatomia do sistema digestório das Aves

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CAMPUS IX
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
IRACEMA JESUS
LORRANY R. PINTO
RESUMO DA ANATOMIA DOS SISTEMAS RESPIRATÓRIO, DIGESTÓRIO E UROGENITAL DAS AVES
BARREIRAS – BA
2023
IRACEMA JESUS
LORRANY R. PINTO
RESUMO DA ANATOMIA DOS SISTEMAS RESPIRATÓRIO, DIGESTÓRIO, UROGENITAL E REPRODUTOR
Trabalho apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), como requisito para obtenção da nota parcial de Anatomia dos Animais Domésticos II.
Orientador: Prof. Magda Xavier
BARREIRAS – BA
2023
SUMÁRIO
	
1 INTRODUÇÃO	3
2 SISTEMA RESPIRATÓRIO	4
3 SISTEMA DIGESTÓRIO	8
4 SISTEMA UROGENITAL………………………………………………………………..13
5 SISTEMA REPRODUTOR………………………………………………………………15
6 CONCLUSÃO…………………………………………………………………………….20
1 INTRODUÇÃO
Será abordado neste trabalho, aspectos anatômicos e topográficos das estruturas dos sistemas respiratório, digestório, urogenital e reprodutor das aves domésticas, ou seja, aquelas utilizadas para fins de produção. As aves, em especial as galinhas, são de grande importância comercial pela rápida conversão de proteína vegetal em proteína animal. Por tanto é se suma importância que o médico veterinário tenha conhecimento acerca da anatomia, tornando possível a compreensão das funções fisiológicas, identificação e tratamento de possíveis patologias e zoonoses, além de indicar métodos de manejo adequado.
Contudo, reconhecendo a importância do conhecimento sobre as espécies silvestres, afins de resgate e proteção, além do evidente crescimento do comércio de aves silvestres e exóticas como animais de estimação, serão feitas comparações entre aves de diferentes ordens, como por exemplo os anseriformes (patos, gansos, marrecos), psittaciformes (calopsita, papagaio, cacatua), e aves rapina, consideradas as carnívoras (falcões, gaviões, carcarás, corujas), apodiformes (beija-flor e andorinhas), piciformes (pica-paus, tucanos)
2 SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório das aves é consideravelmente diferente e mais eficiente que o dos mamíferos, pois devemos considerar adaptações para o voo que aumenta a demanda metabólica, a termorregulação, vocalização e a própria hematose. As principais diferenças são: a ausência do músculo diafragma; a presença de sacos aéreos que auxiliam no vôo; pulmão rígido com presença de tecido cartilaginoso; siringe, órgão fonador exclusivo das aves; ausência de alvéolos e fluxo de ar contínuo.
O movimento de dobradiça do esterno no sentido ventro-cranial e lateral é que faz a expansão da cavidade para a entrada de ar nos sacos aéreos, já que o pulmão é de volume fixo e as aves não possuem diafragma.
O fluxo de ar nos parabrônquios paleopulmonares é unidirecional, o que torna a ventilação e troca gasosa mais eficiente. As trocas gasosas não ocorrem em alvéolos como em mamíferos, no caso das aves, são os capilares aéreos que levam o O2 até os capilares sanguíneos onde é absorvido. O fluxo sanguíneo e aéreo nesses capilares são opostos, tornando a hematose mais eficiente
Cavidade nasal 
Os orifícios nasais se encontram na base do bico, revestidos por um tecido córneo, denominado opérculo, que tem a função de proteger a cavidade contra a entrada de corpos estranhos. As narinas dão acesso as conchas rostral, medial e caudal que estão divididas pelo septo mediano e se comunicam com a coana, fenda situada no palato duro que conduz o ar para a orofaringe. As conchas têm papel importante na filtração, termorregulação e olfação. A concha caudal possui o divertículo do seio infraorbitário, mais desenvolvido nos psitacídeos, o qual se estende até o bico inferior. 
Podemos observar também, ventral a concha média, a abertura do ducto nasolacrimal e ao nível da concha rostral, a abertura do ducto da glândula nasal, conhecida como glândula do sal. Nas aves marinhas, essas glândulas secretam uma solução hipertônica que permite que elas sejam capazes de ingerir água salgada, como por exemplo os pinguins. É ausente nos pombos.
Laringe
A laringe das aves está situada no assoalho da faringe, caudal a língua, possui 4 cartilagens as quais está suspensa: uma cricóidea, uma pró-cricóidea e um par de aritenóide (tireóide a epiglote são ausentes). A glote é formada pelas aritenóides, controlada por ação muscular para impedir a entrada de corpos estranhos nas vias inferiores. 
Traqueia
Ao contrário dos mamíferos, os anéis da traquéia das aves são fechados, isso impede que o alimento, muitas vezes engolido inteiro (peixes, insetos…) causam constrição na traqueia, prejudicando a respiração. Se inicia na laringe, pode ser apalpada no lado direito do pescoço e vai até a siringe. Em algumas aves de pescoço longo como o cisne, a traqueia é ainda maior que o próprio pescoço e chega a formar alça numa escavação do esterno. Para as aves que migram em grandes altitudes, um traqueia longa auxilia na umidificação do ar inalado.
Siringe
Série de membranas localizadas na parte mais distal da traquéia, antes da bifurcação dos brônquios. Responsável pela fonação das aves. A complexidade do canto está relacionado com a quantidade de músculos presente. Aves canoas possuem em média 7 pares, papagaios possuem 3 pares, enquanto urubus e avestruzes não possuem nenhum (COLVILLE, T.). Patos e cisnes machos podem apresentar uma estrutura óssea chamada caixa de ressonância, do lado esquerdo da siringe.
Pulmão
Localizado crânio-dorsalmente na cavidade, não lobado, marcado profundamente pelas costelas e vértebras torácicas, as quais está intimamente posicionado. Sua face visceral faz contato com o fígado, o esôfago e o coração. Possui maior quantidade de cartilagem, ao contrário dos mamíferos, é portanto mais rígido, menos expansível, o volume de ar é compensado pelos sacos aéreos. Cada pulmão (são dois) possuem 3 subdivisões do brônquicas.
Brônquios
Os brônquios conduzem o ar pelo pulmão e sacos aéreos. São eles: 
Brônquio intrapulmonar primário, um em cada pulmão. Na inspiração conduz o ar da traqueia para os brônquios secundários, na expiração faz o inverso; 
Brônquios secundários médio ventrais, conduzem o ar dos parabrônquios para os sacos aéreos craniais; médio dorsal, conduzem o ar do brônquio primário para os sacos aéreos caudais e brônquios terciários; látero ventrais e látero dorsal, conduzem o ar também para os sacos aéreos caudais; 
brônquios terciários ou parabrônquios, divididos em paleopulmonares, conduzem o ar dos brônquios secundários médio dorsal para os capilares e depois para os brônquios secundários médio ventrais em um fluxo unidirecional, é onde ocorre a hematose; e neopulmonares (não encontrados em emas e pinguins) conduzem o ar entre os sacos aéreos caudais e os brônquios secundários médio dorsal.
Sacos aéreos
São ampliações dos brônquios que formam fundos cegos de finas membranas, que se estendem do pulmão até as vísceras, contendo alguns divertículos que entram em alguns ossos e até entre músculos esqueléticos. Possuem cerca de 10x mais volume de ar que os pulmões, cumprindo papel importante na respiração e no voo.
Os sacos aéreos são divididos em dois grupos, cranial e caudal. No grupo cranial, alguns autores descrevem a presença de 2 sacos aéreos cervicais, enquanto outros descrevem como sendo apenas um; 1 saco aéreo clavicular e 2 sacos aéreos torácico cranial. No grupo caudal, 2 sacos aéreos torácico caudal e 2 sacos aéreos torácico abdominal.
Os divertículos são: supraumeral o mais relevante, supra medular, axilar, subcordal, umeral, gástrico, acetabular e ílio-lombar.
Diagrama do fluxo de ar no sistema respiratório das aves: 
Diagrama do sistema respiratório das aves. Vista lateral (A) e vista ventral (B):
Fonte: Colville, Thomas P. Anatomia e fisiologia clínica para medicina veterinária /Thomas P. Colville, Joanna M. Bassert; [tradução Verônica Barreto Novais et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
3 SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório é responsável pela absorção de nutrientes vitais para a manutenção do organismo.As aves possuem este sistema pequeno se comparado aos mamíferos, isso é importante para diminuir seu peso, influenciando na leveza necessária para o voo. Sua taxa de metabolismo é alta, convertendo rapidamente o alimento em energia, a depender da espécie e da alimentação, a ave é capaz de assimilar entre 60% e 99% da energia dos alimentos (COLVILLE, 2008). As diferentes espécies e hábitos alimentares vão possuir características específicas adaptadas.
O processo digestivo tem início com a apreensão do alimento, algumas espécies utilizam também os membros pélvicos, como os psitacídeos que possuem pés zigodactilos, onde os 2º e 3º dígitos são virados para frente enquanto os 1º e 4º para trás, essa morfologia proporciona maior firmeza e destreza para se apoiar em um membro enquanto o outro segura o alimento. As aves rapina (carnívoras) possuem unhas maiores e mais afiadas para conseguir segurar suas presas.
Bico
Ranfoteca é a estrutura de queratina que envolve a maxila (rinoteca) e a mandíbula (gnatoteca). Os ossos quadrado e jugal permitem a cinese craniana, que é a capacidade que as aves têm de mover a maxila independente do crânio, isso auxilia na alimentação. 
Os galiformes que se alimentam forrageando grãos, possuem bico curto e grosso para melhor seleção desses alimentos. Os anseriformes, que se alimentam também de peixes, vão possuir bico longo e achatado com presença de lamelas para peneirar água. Os psitaciformes por sua vez, tem bico curto e curvado, próprio para quebrar sementes, além de também ser utilizado para locomoção. Os rapinantes, bicos afiados em forma de gancho para rasgar a carne. Os piciformes, como os pica-paus possuem bicos extremamente fortes que servem para tamborilar a madeira a procura de alimento. Os apodiformes tem seu bico mais alongado facilitando a retirada do néctar.
Orofaringe
É a região que se estende do bico até o esôfago, as aves não possuem palato mole. No teto da orofaringe, o palato duro, encontram-se duas fendas, uma mais rostral, a coana, que faz a comunicação com a cavidade nasal e, outra mais caudal, a fenda infundibular que faz conexão com o ouvido médio. No assoalho estão a língua, glândulas salivares, papilas gustativas e papilas mecânicas. Em algumas espécies, como por exemplo o pelicano, o palato mole do assoalho se prolonga formando uma bolsa para estoque temporário de alimento. Devido a ausência de palato mole no teto da cavidade oral, as aves não conseguem fazer um vácuo para sugar a água, por isso precisam levantar a cabeça para que esta escorra para o esôfago.
Língua
A esse órgão auxilia na deglutição, impulsionando o alimento para o esôfago. Em grande parte das espécies, possui poucos músculos, sendo movimentada pelos músculos do aparato mandibular. Em psitaciformes a camada muscular é mais desenvolvida
Esôfago
Tubo de musculatura lisa que se prolonga desde a orofaringe até o pró-ventrículo, inicialmente entre a traqueia e os músculos cervicais, mas logo se posiciona no lado direito do pescoço, tem presença de glândulas mucosas cuja finalidade é lubrificar o alimento. Em grande parte das aves, na entrada do tórax, no espaço interclavicular o esôfago se expande formando o inglúvio, popularmente conhecido como papo. A função do inglúvio é armazenamento e controle de passagem do alimento, geralmente é mais desenvolvido em aves que comem poucas vezes no dia, em aves insetívoras o epitélio é mais espesso para proteger contra picada de insetos vivos. Os pombos possuem uma particularidade que faz com que em época reprodutiva, tanto os machos quanto as fêmeas, a mucosa descama células lipídicas, misturadas ao alimento ingerido formando o leite de papo que é regurgitado e é oferecido para os recém eclodidos. Constitui de duas porções, uma porção cranial chamado esôfago cervical (da orofaringe ao inglúvio) e esôfago torácico (do inglúvio ao proventrículo).
Estômago
O estômago das aves é dividido por uma constrição, sendo sua primeira porção o proventrículo, estômago químico ou glandular, onde é possível perceber grande quantidade de glândulas digestivas na submucosa. A segunda parte é a moela, estômago mecânico ou muscular, composto por duas camadas grossas de musculatura estriada, ligadas a centros tendíneos que são capazes de triturar ossos, pedras e materiais muito duros, e uma mucosa densa chamado estrato córneo. Aves carnívoras possuem a musculatura da moela menos desenvolvida. O pró-ventrículo se localiza ventralmente em contato com o lobo esquerdo do fígado, a moela possui um contato mais espesso com o esterno, situam-se uma atrás da outra no plano mediano.
Intestino delgado
Duodeno é a porção inicial do intestino delgado, inicia-se no esfíncter pilórico, passa pela lateral direita da moela, faz uma curva em forma de U onde se encontra o pâncreas, cujo ducto desemboca na porção distal assim como os ductos biliares.
O jejuno se inicia a partir da junção duodenojejunal, apresenta parede fina e muitas voltas cuja aparência pode variar entre espécies, por exemplo nos pombos se apresenta como um espiral mas em anseriforme apresenta várias voltas em forma de U. É nele que se encontra o divertículo de Merkel, vestígio embrionário do saco vitelino.
O íleo é a porção distal do intestino delgado usualmente descrito com início no divertículo de Meckel e fim no ceco.
Intestino grosso
O ceco inicia-se na junção ileocólica e acompanha o íleo, seu fundo cego geralmente se encontra perto da cloaca. Nele ocorre a digestão microbiana da celulose e absorção de líquidos. Está presente nas aves como os galináceos, anseriformes e corujas, mas é ausente em psitacídeos, gaviões, pica-paus e outros pássaros.
O colo inicia-se após o ceco e termina em uma prolongação chamada reto, que termina na cloaca. Sua função é a reabsorção de líquidos.
Cloaca
Órgão que faz conexão com o meio externo, por onde os excrementos são liberados pela abertura da cloaca. É uma estrutura comum para os sistemas digestório e urogenital, onde desembocam reto, uretra e ducto deferente. Dividida em três porções, é na primeira onde desemboca o reto, chamada coprodeu, onde as fezes são acumuladas. As porções seguintes são urodeu onde desemboca a uretra e proctodeu responsável pelo controle de excreção.
Pâncreas
Situado na curva duodenal, possui um lobo dorsal e um ventral ligados distalmente, seus ductos despejam o suco pancreático na porção distal do duodeno. Função endócrina e exócrina, produz enzimas digestivas e hormônios, muito similar a função do pâncreas de mamíferos.
Fígado
Bilobado em aves, lobo direito geralmente maior que o esquerdo. Superfície parietal está localizada próxima a parede ventral e lateral do corpo e dos sacos aéreos torácicos. A superfície visceral está em contato com diversos órgãos, a veia cava caudal passa através da parte cranial do lobo direito. Os ductos e vasos penetram no fígado em uma fissura transversal na face visceral onde se encontra também a vesícula biliar (ausente em pombos e periquitos). A função do fígado é a homeostase e produção de bile. Os ductos biliares oriundos dos dois lobos penetram na porção final do duodeno. 
Diferença entre os bicos de acordo com a alimentação:
Fonte: Tribo das aves https://www.facebook.com/tribodasaves/photos/bicos-e-suas-fun%C3%A7%C3%B5espara-saber-mais-sobre-nossas-aves-acesse-nosso-site-e-confir/2676089012626249/?locale=pt_BR
Orofaringe:
Fonte: Dyce, K. M. (Keith M.) Tratado de anatomia veterinária / K.M. Dyce, W.O. Sack, C.J.G. Wensing ; [tradução Renata Scavone de Oliveira… et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
Diagrama geral do sistema digestório das aves:
Fonte: Colville, Thomas P. Anatomia e fisiologia clínica para medicina veterinária /Thomas P. Colville, Joanna M. Bassert; [tradução Verônica Barreto Novais et al.]. Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
4 SISTEMA UROGENITAL
O sistema urogenital das aves é composto por um par de rins, ureteres e cloaca que apresentam função excretora e osmorreguladora. As aves por sua vez, excretam ácido úrico que é retirado da corrente sanguínea através do processo de filtraçãoque ocorre nos rins, neles também é produzida a urina que passa através dos ureteres em direção a cloaca. O produto final filtrado pelos rins é conduzido ao urodeu localizado na cloaca e é eliminado junto ao material fecal. As aves diferentes dos mamíferos, não possuem bexiga urinária (exceto o avestruz) tal adaptação foi desenvolvida ao decorrer dos processos evolutivos adquiridos ao longo do tempo para facilitar o voo. O sistema porta renal é responsável por regular sangue provenientes de regiões pélvicas, intestinais e genitais. Cada par de rim possuem néfrons que apresentam alça de Henle. As veias renais são responsáveis por transportar sangue aos rins. Os ureteres são tubos responsáveis por direcionar a urina dos rins a cloaca, e se localizam ambos os lados do abdômen. A cloaca é considerada a porção final do oviduto onde ocorre a secreção da urina e fezes.
Rins
Os rins são retroperitoneais, possuem formato alongado e trilobulado, apresentam coloração castanha e são divididos em lóbulos cranial, medial e caudal e região medular e cortical onde cada lóbulo é subdividido em lóbulos, irrigados pelas veías ilíaca externa e isquiática, ramos da aorta abdominal. Cada artéria se divide em artérias interlobulares microscópicas que vão ocupar o centro dos lóbulos renais. As veias renais aproximam o órgão da veia ilíaca comum, afluente da veia cava caudal. 
Ureteres
Os ureteres originam-se na divisão cranial pela confluência de vários ramos primários e passam pela superfície médio ventral dos rins onde recebem ramos adicionais das divisões medial e caudal a sua passagem, o ureter segue em direção caudal ao lado do ducto deferente finalizando no urodeu na porção da cloaca. Não há presença de bexiga e uretra.
Cloaca
E um orifício comum ao trato digestório, excretor e reprodutor, pode ser dividido em três câmaras. O coprodeu ( porção mais cranial) urodeu e proctodeu. A cloaca está presente tanto em machos quanto fêmeas. Apresenta mucosas com pregas luminárias revestidas de epitélio estratificado pavimentoso, onde o grau de queratinização aumenta à medida que se aproxima o orifício externo cloacal.
Sistema Porta Renal
O sistema porta renal é constituído de veias portas craniais, caudais e renais. As veias portas recebem sangue proveniente de regiões caudais do corpo e as canalizam para o leito intralobular que recebe sangue das artérias renais. Desse modo o sangue que anteriormente havia passado no leito pélvico retorna em direção ao rim para passar através de um segundo leito capilar. Há também a presença de uma importante estrutura a válvula porta que regula a quantidade e o fluxo de sangue venoso que passa pelo rim. O sistema porta renal está diretamente relacionado com a excreção do ácido úrico.
Diagrama esquemático do sistema urogenital:
Fonte: Disponivel em <http://biologiapontal.blogspot.com/2017_04_09_archive.html>
 
 5 SISTEMA REPRODUTOR
As aves domésticas e silvestres apresentam características anatômicas e fisiológicas similares entre si, embora haja diversas adaptações que as aves desenvolveram para facilitarem a reprodução em diferentes habitats, principalmente aves silvestres.
Diferenciação Do Sistema Reprodutor Das Aves 
A determinação sexual é essencialmente genética, e é determinada no momento da fertilização. Cada indivíduo apresenta dois cromossomos sexuais Z e W ( cromossomo sexual exclusivamente feminino) que se combinam entre si logo após a fecundação para formar os genótipos sexuais. Sendo o ZZ macho e o ZW fêmea. O cromossomo W é responsável pela diferenciação sexual nas aves por carregar genes que são expressos para determinar que o embrião desenvolve as gônadas, órgãos sexuais femininos. Assim como nos mamíferos, as gônadas se desenvolvem a partir do mesoderma intermediário na superfície ventromedial dos rins embrionários. A diferença gonadal ocorre por volta do 6 ou 7 dia no estágio 29-30 HH período em que ocorre a migração das células germinativas primordiais produzidas no epiblasto para as gônadas primordiais. Semelhante aos mamíferos, as células germinativas primordiais migram do saco vitelínico para gônadas indiferenciadas por quimiotaxia. No entanto, nas aves, a migração ocorre pela corrente sanguínea. De acordo o genótipo as GPS que carregam os cromossomos ZZ, que estimulará o desenvolvimento das gônadas masculinas, enquanto o ZW estimulará a formação do ovário esquerdo. Já no embrião ZZ,os túbulos seminíferos se desenvolvem a partir dos cordões medulares em ambas as gônadas primordiais. No embrião ZW, as células somáticas do epitélio cortical e as células germinativas formarão os folículos ovarianos primordiais.
As aves apresentam uma particularidade durante a diferenciação gonadal,onde é comum uma assimetria gonadal em ambos os sexos, onde a gônada esquerda é maior que a direita. Nas fêmeas é comum uma falha no desenvolvimento dos ovários . Somente o ovário esquerdo e o oviduto associado a ele se desenvolvem e se tornam funcionais. 
Sistema Reprodutor Masculino
As aves apresentam o sistema reprodutor masculino formado por dois testículos que se localizam na cavidade abdominal aderidos à parede corporal por uma prega derivada do peritônio chamada mesórquio. Também apresentam um par de epidídimos e um par de ductos deferentes desembocando no falo dorsolateral da cloaca. De modo geral, as aves são desprovidas de glândulas sexuais acessórias do penis. Algumas espécies como gansos e patos possuem um órgão copulador espiralado bem desenvolvido denominado pseudopenis, o qual conduz o semen através de um sulco espiral, perus e galos apresentam um pequeno penis na região ventral da cloaca, que permanece estéril no momento da cópula. As aves não possuem saco escrotal, algumas espécies apresentam o glomo seminal.
Testículos
Os testículos apresentam coloração amarronzada e formato de feijão são relativamente grandes, medindo cerca de 5 cm de comprimento apresentando coloração esbranquiçada durante períodos de acasalamento. Em períodos de quiescência (muda) eles se retraem e se tornam amarelados. São fixados por uma prega curta do peritônio e se localizam ventralmente aos sacos abdominais, proventrículos intestinos e fígado.
Epidídimos
O epidídimo é um órgão pequeno formado por um labirinto de ductos incluindo tubos eferentes e tubos conectores o órgão é complexo, incluindo rede testis, túbulos eferentes, túbulos conectores e túbulos epididimarios, que por fim, se conectam na porção distal ao ducto deferente.Nas aves é possível observar variações morfológicas no epidídimo a depender da espécie e de acordo com o estado da atividade produtiva. Em animais maduros e de atividade sexual, os túbulos eferentes são revestidos por epitélio cúbico ou cilíndrico com poucas células ciliadas e tubos conectores e epididimários revestidos por epitélio cilíndrico com microvilosidades apicais. Já em animais inativos sexualmente podem ser observados túbulos epididimários atrofiados, e uma redução no diâmetro do lúmen e comprometimento funcional do epitélio.
Ductos Deferentes
As aves apresentam um par de ductos deferentes pregueados e longos que desembocam no falo na cloaca. Cada ducto é formado por pequenos túbulos revestidos por epitélio pseudoestratificado que pode apresentar formato cilíndrico ou cúbico. Ao redor dos túbulos estão as células mióides, tecido muscular liso e tecido conjuntivo e alguns vasos sanguíneos. Assim como os epidídimos os ductos deferentes apresentam variações morfológicas de acordo com a atividade sexual do animal. Em codornas, por exemplo, é possível observar variações no padrão morfológico dos ductos deferentes ao longo do ano.
Sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino das aves é composto por um único ovário, o esquerdo e por um oviduto associado, terminando na cloaca.
Ovário
O ovário funcional localiza-se anterior ao rim e posterior ao pulmão fixado à parede dorsal do corpo. O ovário apresenta medula ,tecido conjuntivo ,nervos, rede vascular e córtex onde se desenvolvem os folículos ovarianos em diferentes estágios.O córtex ovarianoé envolvido por epitélio cúbico ou pavimentoso simples, conhecido com epitélio germinativo. O ovário funcional,apresenta folículos ovarianos grandes e salientes na superfície do ovário por meio do pedúnculo folicular formado por tecido conjuntivo frouxo e alguns vasos sanguíneos. O folículo ovariano consiste num oócito em crescimento formado por vitelo e uma vesícula germinativa além de uma parede folicular formada por membrana periviteinica, por uma teca interna e uma teca externa. A vesícula germinativa é caracterizada como um aglomerado de organelas localizada na superfície do oócito funcionando como um centro metabólico do oócito para regular o crescimento funcional dos folículos. Os folículos ovarianos imaturos são pequenos e consistem num oócito rodeado por células foliculares à medida que os folículos se desenvolvem conseguem atingir proporções gigantescas devido a capacidade do oócito de se expandir. Os vitelogênicos são produzidos inicialmente no fígado sobre regulação de hormônios esteróides onde são transportados pela corrente sanguínea até o ovário e são utilizados para a produção do vitelo.
Os folículos são classificados em imaturos( ou primordiais), pré vitelogênicos ( ou primários), vitelogênicos( ou secundários) e maduros ( ou pré ovulatórios). Os folículos pré ovulatórios apresentam uma faixa de colágeno em superfície meridional do folículo, após a ovulação são formadas estruturas chamadas folículos pós ovulatórios que são um arranjo de células com citoplasma vacuolizado preenchido com gordura e núcleo picnótico.São produtoras de progesterona por um curto período sendo extremamente funcionais até que ocorra a oviposição. Diferente dos mamíferos, no ovário das aves não formam nenhum corpo lúteo. Os folículos ovarianos que não ovulam ou não completam seu desenvolvimento sofrem um processo de atresia folicular.
Oviduto
O oviduto é um órgão em formato de tubo espiralado,que se estende desde o ovário esquerdo a cloaca. E dividido em cinco regiões funcionais sendo elas; o infundíbulo, o magno, istmo, útero e a vagina.O oviduto é bem vascularizado e apresenta parede constituída por mucosas, camada muscular e várias pregas além de uma camada serosa externa .Nele há glândulas ovidutais que são responsáveis pela produção das membranas envoltórias do ovo.
Infundíbulo
Consiste numa parte acanalada e uma parede delgada de vários centímetros de comprimento, sua extremidade lateral está ligada a parede do corpo próxima a última costela. O oócito atravessa o infundíbulo por um período de quinze minutos onde glândulas infundibulares conseguem fornecer a ele camadas calaziceras a delgada cobertura em volta da gema.
Magno
O magno possui formato espiralado medindo cerca de 30 cm sendo considerado o mais longo do segmento do ducto suas paredes possuem mucosas com pregas espessas e glândulas que adicionam cerca da metade do albúmen presente no ovo que leva cerca de três horas para passar por essa parte.
Istmo
O Istmo mede cerca de 8 cm de comprimento é consideravelmente mais delgado e apresenta pregas mucosas mais baixas em comparação com o magno possui glândulas secretoras de albúmen aquoso responsável por dar forma ao ovo através de membranas permeáveis. Também ocorre a deposição de pigmentos e a formação da parte externa da casca do ovo.
Vagina
Apresenta formato tubular em formato de S pelo qual o ovo atravessa quando é expelido. E ligada ao útero através do esfíncter sua terminação acontece na parte lateral do urodeu. Finalmente, quando o ovo é posto a região vaginal se protrai minimizando o contato com as fezes.
Ambos machos e fêmeas apresentam um segmento final em comum a cloaca. É considerada a porção final do trato reprodutivo, digestivo, excretor e reprodutor das aves.
 Diagrama esquemático do sistema reprodutor das aves:
Fonte: Disponivel em : <https://midia.atp.usp.br/impressos/lic/modulo03/vertebrados_PLC0024/Vertebrados_top06.pdf>
6 CONCLUSÃO
 As aves são animais ovíparos que possuem formato de corpo aerodinâmico e se diferem das demais espécies por apresentarem corpo coberto de penas que além de facilitar o voo ajuda na conservação da temperatura corporal.Possuem membros anteriores modificados e quase todas as espécies conseguem voar, há presença de bicos e ausência de dentes e bexiga urinária, adaptações adquiridas nos processos evolutivos para facilitar o voo. O esqueleto desses animais apresenta ossos pneumáticos e leves comparado a estrutura óssea de outros vertebrados. Nas aves que voam, há presença de uma importante estrutura de sustentação e movimentação das, a carena. A alimentação das aves costuma ser diversificada a depender da espécie, variando entre frutas ,sementes e algumas espécies carnívoras como gaviões e águias. O sistema digestório é completo onde a ausência de dentes é compensada pela presença de estruturas como papo e moela. O sistema respiratório é formado por sacos aéreos e pulmões, onde há bifurcação dos brônquios na siringe. A siringe é responsável pelo canto, que varia de espécie a espécie. São animais endotérmicos que secretam ácido úrico e não possuem bexiga urinária ( exceto o avestruz) os produtos secretados pelos rins é eliminado junto às fezes pela cloaca, espécies marinhas apresentam glândulas de sal que tem como principal função eliminar o sal ingerido. O sistema reprodutor masculino é formado por dois testículos que ficam localizados na parede abdominal aderidos a parede corporal,um par de epididimários e ductos deferentes. Já o sistema reprodutor feminino é composto pelo ovário, oviduto, infundíbulo, magno, vagina e cloaca que é considerada a porção final do sistema reprodutor, digestivo e excretor das aves. 
7 REFERÊNCIAS
Sisson & Grossman: anatomia dos animais domésticos / Robert Getty; [tradução Alzido de Oliveira... et al.]. – [Reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
Colville, Thomas P. Anatomia e fisiologia clínica para medicina veterinária /Thomas P. Colville, Joanna M. Bassert; [tradução Verônica Barreto Novais… et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
Silva, Luana. Anatomia das aves domésticas e selvagens. Centro Científico Conhecer. Disponível em http://www.conhecer.org.br/download/ANATOMIA/Apostila.pdf . Acessado em 06/2023.
Dyce, K. M. (Keith M.) Tratado de anatomia veterinária / K.M. Dyce, W.O. Sack, C.J.G. Wensing ; [tradução Renata Scavone de Oliveira… et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.

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