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Tratado de Montevidéu 1960

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Tratado de Montevidéu (1960)
O surgimento das integrações entre os países é, geralmente, regulamentado por meio de tratados
internacionais, os quais representam os anseios e os objetivos destas parcerias.
Na América Latina já houveram algumas tentativas de integração regional, as quais nem sempre são
conhecidas dos latino-americanos, sendo que blocos e parcerias em outras partes do mundo acabam
sendo ainda mais conhecidas, mesmo sendo uma realidade mais distante.
Um dos tratados mais relevantes já efetuados na América Latina, e que deu sustentação para projetos
posteriores, como o próprio Mercosul, é Tratado de Montevidéu, em sua primeira versão no ano de 1960.
A base deste projeto foi a tentativa de criação, na América Latina, de uma zona de livre comércio, assim
como já existia em outras partes do mundo, firmando, para isso, relações entre os governos dos países
latino-americanos.
Os países da América Latina são, ainda hoje, países em estado de pouco desenvolvimento ou, no
máximo, considerados como emergentes, o que fez com que este projeto não vingasse, embora as
discussões estejam vivas até os dias atuais.
Plaza da Independência de Montevidéu (Foto:
depositphotos)
O Tratado de Montevidéu de 1960
O Tratado de Montevidéu foi um acordo firmado em 18 de fevereiro de 1960, em Montevidéu, no Uruguai,
pelos representantes da Argentina, do Brasil, do Chile, do México, do Paraguai, do Peru e ainda do
próprio Uruguai, sendo posteriormente incluídos nos acordos a Colômbia (1961), o Equador (1962),
Venezuela (1966} e a Bolívia (1967).
Na conferência intergovernamental entre estes países naquela ocasião foi discutida a criação de uma
zona de livre comércio na América Latina, visando uma ampliação do poder econômico dos países
latino-americanos diante do mercado global, fortalecendo para isso, a integração regional, eliminando
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gradualmente as barreiras alfandegárias, abrindo maiores possibilidades de negociações entre estes
países e destes com o mundo.
Veja também: Guerra da Cisplatina – Causas deste conflito entre Brasil e Uruguai
A criação dessa zona de livre comércio seria um instrumento possível para promoção do desenvolvimento
econômico destes países, os quais ainda se apresentavam como subdesenvolvidos.
Essas medidas, teoricamente, trariam benefícios para todo povo latino-americano, melhorando sua
qualidade de vida. Os países que integraram as discussões manifestaram ciência de que o
desenvolvimento econômico deve ser alcançado por meio do máximo aproveitamento dos recursos de
produção disponíveis e da melhor coordenação dos planos de desenvolvimento nos vários setores da
economia.
Para isso, respeitam-se as normas e os interesses dos países envolvidos, pensando em medidas
adequadas, especialmente na situação apresentada pelos países com menor nível de desenvolvimento
econômico, portanto, prezando-se pela equidade. Com base nos princípios estipulados pelos países
presentes no contexto de formação deste grupo na América Latina, foi criado a Associação Latino-
Americana de Livre Comércio, com sede em Montevidéu, no Uruguai, representando materialmente os
interesses e objetivos dos países membros.
Os países latino-americanos são historicamente considerados pouco desenvolvidos, especialmente com
uma industrialização tardia e ainda nos dias atuais não bem concreta. Com isso, a integração entre os
países não teve êxito efetivo naquele momento, embora tenha sido base para discussões e tratados
posteriores, como o próprio Tratado de Assunção de 1991.
Associação Latino-Americana de Livre Comércio
A Associação Latino-Americana de Livre Comércio foi uma tentativa de integração regional na América
Latina, com base no Tratado de Montevidéu de 1960, do qual fizeram parte Argentina, Brasil, Chile,
México, Paraguai, Peru, e Uruguai, sendo admitidos posteriormente Bolívia, Colômbia, Equador, e
Venezuela, tendo permanecido desta forma até o ano de 1980, quando foi transformada em Associação
Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio, sendo admitida em 1999 a Cuba.
São algumas das bases da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), a influência da
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), tendo-se em vista a formação de um
mercado comum na América do Sul, como forma de promover o desenvolvimento, especialmente pela
substituição das importações.
Ainda, a ALALC sofreu influência da constituição da Comunidade Econômica Europeia através do Tratado
de Roma. Os exemplos que vinham ocorrendo no mundo sobre integração regional foram elementos que
motivaram ainda mais a constituição de algo similar na América do Sul, ou na América Latina, mais
especificamente.
Veja também: Agrupamentos comerciais
A intenção era a ampliação dos mercados nacionais, bem como a integração entre as diferentes escalas.
Ainda, perceber quais as atividades industriais mais apropriadas em cada situação, segundo as condições
https://www.estudopratico.com.br/guerra-da-cisplatina-causas-deste-conflito-entre-brasil-e-uruguai/
https://www.estudopratico.com.br/agrupamentos-comerciais/
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dos países, promovendo parcerias comerciais.
Outra importante intenção foi a tentativa de que, importando menos produtos, haveria uma maior
possibilidade de exportação de produtos manufaturados, aproveitando-se dos recursos naturais
abundantes na América do Sul, bem como de um possível desenvolvimento industrial.
Havia também um certo receio relacionado ao contexto de criação da Comunidade Econômica
Europeia, com temor acerca de uma possível limitação de relações dos países membros desta com os
latino-americanos.
Veja também: Comunidade Econômica Europeia
Mercosul
As discussões travadas no âmbito do Tratado de Montevidéu estão relacionadas com a criação, na
década de 1990, do Mercado Comum do Sul, chamado de Mercosul, o qual teve como intenção uma
integração econômica dos países da América do Sul, criando um mercado regional.
No ano de 1991, em Assunção, capital do Paraguai, os presidentes da Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai assinaram o acordo para formação do Mercado Comum do Sul, o Mercosul, estes na situação de
Estados Parte, e que contou com adesão de outros países em anos posteriores, como Chile, Bolívia
(1996), Peru (2003), Equador, Colômbia (2004) e Guiana e Suriname (2013) na situação de Estados
Associados. Em 2012, a Venezuela passa a ser Estado Parte do bloco.
Veja também: Mercosul – Características e objetivos
A Bolívia aguarda tornar-se Estado Parte. Algumas das medidas propostas pelo Mercosul são a
eliminação das barreiras alfandegárias, como taxas aduaneiras e tarifas de importação e
exportação, estabelecendo, para isso, uma tarifa comum entre os países membros do grupo.
Essas medidas visam, certamente, uma menor intervenção estrangeira na política e economia regional,
promovendo o desenvolvimento interno do grupo, sem, no entanto, eliminar as relações com países que
fora do grupo, mas criando as bases para uma maior competitividade no mercado externo.
Além disso, a criação de um grupo com condições comuns na América do Sul é também uma forma de
fortalecimento identitário, buscando com isso, uma integração mais ampla em longo prazo, promovendo
um intercâmbio entre os países sul-americanos.
Referências
» KUNAST, Luana. Estudo Prático. Mercosul: características e objetivos. Disponível em:
https://www.estudopratico.com.br/mercosul-caracteristicas-e-objetivos/. Acesso em 17 dez. 2017.
» TRATADO de Montevidéu – 1960. Disponível em:
https://www3.nd.edu/~jbergstr/DataEIAs2006/FTA5yrData_files/PDF%20Files/Latin%20America/LAFTA%20-
%20MONTEVIDEO%20TREATY%20(1960)%20(Spanish).pdf. Acesso em 17 dez. 2017.
https://www.estudopratico.com.br/comunidade-economica-europeia/
https://www.estudopratico.com.br/mercosul-caracteristicas-e-objetivos/

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