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SOBRE AUTOR Geraldo Magela Campos da Silva é pastor da Igreja Batista Nacional Luz do Evangelho, em Contagem, Minas Gerais, desde 1990. Casado com Vilma Miranda da Silva e pai de Israel Campos Miranda da Silva. Bacharel em Teologia pelo STEB (Seminário Teológico do Brasil) e Real Faculdade de Brasília (UNIREAL). Além disso, também é redator de estudos para a LERBAN, já presidiu Comissão de Exame Teológico e hoje é o presidente da ORMIBAN Central de Minas Gerais. Tem realizado seu ministério com ênfase no valor da Palavra de Deus e a importância do caráter na liderança cristã. \ PERGUNTAS PRELIMINARES (DOUTRINA, TEOLOGIA, RELIGIÃO E REVELAÇÃO)................................................... 11 1. BIBLIOLOGIA ......................................... 17 2. A DOUTRINA DE DEUS....................... 31 3. A DOUTRINA DE CRISTO.......................47 4. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO ... 59 5. A DOUTRINA DA IGREJA.................... 71 6. A DOUTRINA DO HOMEM.................. 87 7. A DOUTRINA DO PECADO.....................93 8. A DOUTRINA DA SALVAÇÃO.............99 9. A DOUTRINA DOS ANJOS ................... 115 10. A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS. 125 BIBLIOGRAFIA ......................................... 139 ROTEIRO DE PERGUNTAS ................... 143 “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (II Timóteo 2.15) PERGUNTAS PRELIMINARES (DOUTRINA, TEOLOGIA, RELIGIÃO E REVELAÇÃO) 1 .0 que significa doutrina? R: Doutrina significa "ensino” ou “instrução” (Didachê, grego). Doutrina cristã: “ D o u tr in a cr is tã p od e d e fin ir -se a ssim : as v erd a d es fundam entais da Bíblia dispostas em forma sistemática. Este estudo chama-se comumente: “teologia”, ou seja, “um tratado ou discurso racional acerca de Deus.” (M yer Pearlman) 2. O que é teologia? R: É a ciência que trata sobre Deus e as relações entre Deus e o universo. Outra definição: E o estudo acerca de Deus baseado na experiência do homem com Ele e na revelação divina. THEOS (grego): Deus. LOGIA (grego): Estudo, tratado. 3. Qual o objetivo da teologia ou teologia sistemática? R: O teólogo Langston reponde esta pergunta da seguinte forma: “Pretendemos, no estudo de teologia sistemática, selecionar fatos que nos façam conhecer melhor a pessoa de Deus, as Suas relações com o universo, e organizá-los num sistem a racional. Não se encontra na Bíblia uma Teologia Sistemática já feita e ordenada, mas encontram-se os fatos com os quais podemos organizá-la, dar lhe forma, sistematizá-la. O fim portanto da teologia sistemática não é criar fatos, mas descobri-los num sistema..." (Esboço de Teologia Sistemática. A.B. Langston - pág. 16) 4. Qual a necessidade da teologia? R: Podemos destacar cinco motivos que a tornam necessária: a) O instinto organizador do intelecto: “O intelecto humano não se co n ten ta com um a s im p les a cu m u lação de fa tos: Invariavelmente busca uma unificação e sistematização do seu conhecimento”. h) A natureza difundida da descrença de nossos dias: “Os perigos que ameaçam a Igreja vêm, não da ciência, mas da filosofia. Nossas universidades, faculdades e sem inários estão, na maioria, saturados de ateísmo, agnosticismo e panteísmo... O homem que não possui um sistema organizado de pensamento está à mercê daquele que o tem.” c ) A natureza das Escrituras: “A Bíblia é para o teólogo o que a natureza é para o cientista... Deus não achou necessário escrever a Bíblia na forma de Teologia Sistem ática; é nossa tarefa, portanto, ajuntar os fatos dispersos e colocá-los sob a forma de um sistema lógico”. d) O desenvolvim ento de um caráter cristão in te ligen te : “A teologia não apenas nos ensina que tipo de vida deveríamos viver, mas nos inspira a viver dessa maneira. Em outras palavras, a teologia não apenas indica as normas de conduta, mas também nos fornece os motivos para tentarmos viver de acordo com essas normas”. e) As cond ições para o serv iço cris tão e f ic a z : "Tem sido freqüentemente demonstrado que é apenas na medida em que as pessoas forem completamente instruídas na Palavra de Deus que elas se tornarão cristãos firmes e trabalhadores eficazes por Cristo. Há, assim, uma relação definitiva entre a pregação doutrinária e o serviço cristão eficaz” . (Palestras em Teologia Sistemática. H. C. Thiessen - pág. 7) Resumindo: ”É necessária para a satisfação do intelecto do homem a respeito do cristianismo e necessária para definir, defender e propagar o cristianism o” . 5. Qual o significado de religião? R: “A Religião é a vida do homem nas suas relações sobre humanas, isto é, a vida do hom em em relação ao poder que o criou, à Autoridade suprema acim a dele e ao Ser invisível com Quem é capaz de ter com unhão” (Langston). Religião (religare, latim) é resultado da busca do hom em para ser religado ao Seu Criador. O cristianismo é a verdadeira religião, pois está fundamentado na revelação divina e prega a verdade acerca de Deus. Somente através do Filho de Deus, Jesus Cristo, o homem pode chegar a Deus (Jo 14.6; I Tm 2.5). 6. Qual a diferença entre religião e teologia? R: Religião é vida, teologia é doutrina. A religião precede a teologia. Ambas são distintas em bora estejam intimamente ligadas. “A teologia está relacionada com a religião, assim como a botânica com a vida das plantas.” (Langston) 7. Qual o significado de revelação? K: "É a revelação que Deus faz de Si mesmo... Na revelação. Deus faz-se conhecido dos homens na sua personalidade e nas suas relações. Revelar é informar, e isto é justamente o que Deus tem feito". “Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel.” (SI 103.7) (Esboço de Teologia Sistemática, A.B. Langston - pág. 15) Revelar: Revelare (latim) significa “descobrir5', “tirar o véu”, “fazer conhecer”, etc. Ação de Deus em comunicar ao homem os seus desígnios. Há várias fontes da revelação de Deus. 8. Quais as fontes da revelação de Deus? R: a) Jesus Cristo: A principal fonte de revelação (Jo 1.14, 14.9, 17.6-8; Hb 1.1,2). “ Mas as revelações mais ricas, e mais espirituais, e mais efetivas, e mais verdadeiras, são as que se realizaram em Cristo Jesus, no que ele era, no que disse e no que fez.” (Langston) b) As Escrituras Sagradas: Revelação escrita da sua Pessoa, caráter, propósitos e ações (Jo 5.39). c) Q Espírito Santo: Este comunica aos homens a sabedoria de Deus e seus desígnios (Jo 16.13,14; I Co 2.6-10; Ap 2.11 e 22.17). d) O hom em : Por sua natureza moral, sua semelhança com o Criador e por ser essencialmente religioso é fonte da teologia. Este encontra sua expressão maior no contexto da Igreja (E f 3.8-12). e) A natureza: O salmista e rei Davi viu na natureza uma revelação de Deus (SI 19.1). 0 H istória: A m archa dos eventos da história universal fornece evidências de um poder e de uma providência dominantes. "Os princípios do divino governo moral encontram-se na história das nações tanto quanto na experiência dos homens” (D. S. Clark). A história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos (SI 75.7: Dn 2.21 e 5.21). g) H. C. Thiessem relaciona as fontes da revelação da seguinte forma: Revelação geral de D eus: Na natureza, história e na consciência do homem. Revelação especial de D eus: Em milagres, profecia e Jesus Cristo. Esta última fonte, Cristo, como o centro da história e da revelação (Palestras em Teologia Sistemática, H. C. Thiessen páginas 10-18). 1. Qual o significado do termo Bibliologia? R: E a ciência que trata das questões preliminares e críticas das Escrituras, tais como: seu texto, línguas originais, inspiração, canonicidade. autenticidade, autoridade e conteúdo. 2. Você já leu a Bíblia toda de forma sistem ática? R: Caso sua resposta seja negativa, inicie imediatamente. A leitura sistemática da Bíblia é essencialpara aqueles que desejam conhecer as doutrinas da Bíblia. Sugestão: Leia 4 capítulos por dia e terá lido toda a Bíblia em menos de um ano. Você pode alternar entre um Livro do Antigo e um do Novo Testamento. “A leitura sistemática da Bíblia é essencial para aqueles que desejam conhecer as doutrinas da Bíblia.” 3. O que é a Bíblia? R: E a palavra de Deus inspirada. A nossa única regra de fé e prática. 4. Quem é o seu autor? R: O Próprio Deus. 5. Cerca de quantos homens escreveram a Bíblia? R: Aproximadamente 40 homens. 19 (». Quantos Livros contém a Bíblia? R: 66 Livros, sendo 39 no Antigo Testam ento e 27 no Novo I estamento. 7. Como podemos fazer uma divisão da Bíblia? K: a) Antigo Testamento: Pentateuco (5 Livros), Históricos (12 Livros), Poéticos (5 Livros), Profetas Maiores (5 Livros) e Profetas Menores (12 Livros). b) Novo Testamento: Evangelhos (4 Livros), Histórico (1 Livro), Cartas Paulinas (13 Cartas), Cartas Gerais (8 Cartas), Profético (1 Livro, que é o Apocalipse). 8. De que trata o Antigo Testamento? R: A História do povo de Israel e a preparação do mundo para a vinda do Messias. 9. De que trata o Novo Testamento? R: I a manifestação do Messias, o Cristo ao mundo. Seu propósito, ■ i revelação e a consumação do seu propósito. 10. Em quantos anos a Bíblia foi escrita? R Aproximadamente 1500 anos. 1 1 .0 que foi o período interbíblico? R l lm período de aproximadamente 398 anos compreendido entre o prol ela Malaquias até o profeta João Batista. Este período também 20 é conhecido como a era do silêncio. Nenhum escrito foi inspirado neste período. 12. Em quais línguas originais a Bíblia foi escrita? R: a) Antigo Testam ento: Hebraica e pequenos acréscimos em Aramaico nos Livros de Daniel (Dn 2.4 a 7.28) e Esdras (4.8 a 6.18; 7.12-26). b) Novo Testam ento: N a língua grega. 13. A Bíblia é ou contém a Palavra de Deus? Explique a sua resposta. R: E a Palavra de Deus. Portanto, toda a Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo. 14. A Bíblia é a Palavra de Deus. Então, como ela também pode conter as palavras de hom ens ímpios, demônios e até satanás? R: As palavras destes constituem um registro inspirado, ou seja, o Espírito Santo inspirou os escritores bíblicos a registrarem as suas palavras (Ex: Jó 4. 13-21). 15. Existem erros científicos, históricos e geográficos na Bíblia? R: Não. 16. O que são Livros canônicos? R: São os Livros divinam ente inspirados que constituem a Bíblia ou Escrituras Sagradas. A palavra cânon é de origem grega e 21 significa “vara de medir” . São Livros que estão de acordo com o padrão, a regra, a medida. 17. O que são livros apócrifos? R: São os livros que não têm inspiração divina. Apócrifo significa "sem autenticidade ou falso”. São os livros cuja inspiração não é autêntica. Podem ter valor histórico, mas não fazem parte do Cânon. Alguns livros apócrifos foram escritos no período interbíblico. I;,x: 1 e II Macabeus que estão na Bíblia católica. Os evangélicos ou protestantes utilizam o Antigo Testamento que é reconhecido como autêntico pelos judeus que são a maior autoridade em Antigo I estamento. Deus confiou-lhes a tarefa de escrever e cuidar do A nligo Testamento (Rm 3.1,2). 18. Quais as provas no Antigo Testamento de que a Bíblia é inspirada? R: Ex 24.4, 34.28; Js 3.9; II Sm 23.1,2; II Rs 17.13; Is 34.16, 59.21; 7,c 7.12. 19. Quais as provas no Novo Testamento de que a Bíblia é inspirada? R: Jo 5.39; Hb 1.1,2; Rm 3.1,2; II Tm 3.16,17; II Pd 1.19-21. 20. Deus teve planos para escrever a Bíblia? R: Sim. 21. Para que serve a Bíblia em sua vida? R: Para revelar-me Deus e ensinar, corrigir, educar e habilitar-me para a obra (Jo 5.39; II Tm 3.16,17). 22. Dê três motivos para a Bíblia ter sido escrita? R: 1 - Para que o homem de Deus seja aperfeiçoado (II Tm 3.16,17). 2- Para que seja perfeitamente habilitado para toda boa obra. 3- Para que todos creiam que Jesus é o M essias (Jo 20.31). 23. O que significa a palavra Bíblia? R: É a forma atual do vocábulo grego “BÍBLIA” e significa livros. A palavra Bíblia pode ser aplicada tanto no plural (coleção de livros) quanto no singular (livro). 24. O que significa a palavra inspiração? R: Provém de dois vocábulos latinos “IN+SPIRO ” e significa literalm ente “SOPRAR EM ” ou “SOPRAR DENTRO ” . É o ato de Deus soprar no homem, pelo Espírito Santo, a sua Palavra. M étodo sobrenatural de Deus para com unicar seus desígnios ao hom em (II Tm 3.16). 2 5 .0 que significa a palavra iluminação? R: Operação do Espírito Santo que consiste em clarear a mente hum ana para a compreensão da verdade revelada (Hb 6.4, 10.32). 26. O que significa a palavra revelação? R: Deriva do latim “REVELARE” e significa descobrir, tirar o véu, fazer conhecer, etc. Ação de Deus em comunicar ao homem os seus desígnios. A Bíblia é a revelação escrita de Deus. 27. Q ual o m a ter ia l de e scr ita do A n tigo e N ovo Testamentos? R: Foram escritos com material diferente do que conhecemos hoje. Antigo Testamento: Peles e provavelmente em argila. Estilete e cinzel (Jó 19.24; Jr 17.1). Novo Testamento: Papiro, vellum (pele fina de antílope ou bezerro), etc. 28. Quais as referências bíblicas para textos clássicos como: Os Dez Mandamentos, A Instituição da Páscoa, A Passagem pelo Mar Vermelho, O Sermão da M ontanha, A Oração do Pai Nosso, A Instituição da Ceia, A Ressurreição de Jesus, O Amor é o Dom Supremo, Os Dons Espirituais, A Descida do Espírito Santo (Pentecostes), O Ide de Jesus, Instruções quanto a Celebração da Ceia do Senhor, O Arrebatamento da Igreja, etc? R: Iix 20; Ex 12; Ex 14; Mt 5,6,7; Mt 6; Mt 26; Mt 28; I Co 13; I Co 12,13,14; At 2; Mt 28.18-20; I Co 11; I Ts 4.13-18. 29. Em quais Livros a Igreja fundamenta as suas doutrinas? R: Devem ser fundamentadas principalmente nos Evangelhos e I pistolas. Os outros Livros (históricos, proféticos, etc) podem 11; i/er f undamentos doutrinários, mas devem estar em harmonia com i»'. Evangelhos e Epístolas. W. Quais os nomes técnicos da Bíblia? R Técnicos: A Palavra (Tg 1.21-23), A Escritura (Jo 2.22), As l NiTituras (Mt 22.29), A Palavra de Deus (Mc 7.13), A Lei (I Co M I ), A Lei do Senhor (Is 34.16), As Escrituras (Jo 5.39), As Sagradas Letras (II Tm 3.15). Os Oráculos de Deus (Rm Rm 3.2) etc. 31. Quais os nomes figurativos da Bíblia? R: Figurativos: Luz (SI 119.105), Espelho (Tg 1.23). Martelo (Jr 23.29), Espada (E f 6.17). etc. 32. O Antigo Testamento é a Palavra de Deus ou não tem mais validade para nós que estamos vivendo na Graça? R: É a Palavra de Deus assim como o Novo Testamento. O Antigo Testamento completa o Novo e o Novo com pleta o Antigo e um explica o outro. 33. O que você sabe a respeito da versão antiga do Antigo Testamento conhecida como Septuaginta? R: Tradução do hebraico para o grego destinada ao uso dos judeus helen istas residen tes principalm ente em A lexandria, G récia. Tradução feita entre 285 e 247 a.C. a pedido do rei Ptolomeu Filadelfo, de Alexandria, e o nome se dá por ter sido traduzida por 72 sábios judeus. 34. O que você sabe a respeito da Vulgata latina? R: Tradução fam osa produzida por Jerônimo entre 383 a 405 d.C. A princípio baseou-se na Septuaginta, depois passou a usar o texto original hebraico. Com posta do A.T. e do N.T. Fato curioso é que ele não traduziu os livros apócrifos, por não constarem dos textos de origem da versão. Porém, petições de amigos o levaram a traduzir Judite, Tobias, acréscim os a Ester e acréscimos a Daniel. O que levou Jerôn im o a fazer esta tradução foi o fato das diversidades e im perfeições das duas versões latinas já existentes. “HEXAPLA” (Orígenes, 185-254) e “ANTIGA LATINA” . Esta versão de Jerônimo serviu de base para as demais por um espaço de mil anos. Foi declarada "edição oficial" da Igreja Católica Romana no Concilio de Trento (1546). 35. A Bíblia procura provar a existência de Deus? R: Não. Em texto algum encontraremos esta preocupação, ela apenas atestaa existência de Deus. 36. O Antigo Testamento é a Palavra de Deus ou não tem mais validade para nós que estamos vivendo na graça? R: li a Palavra de Deus. Este apresenta as profecias e toda a preparação para o Novo Testamento. Um completa e explica o outro. 37. O que significa a expressão veterotestamentário? R: Aquilo que é relacionado com o Velho Testamento ou Antigo I estamento. 38. O que significa a expressão neotestamentário? R: Aquilo que é relacionado com o Novo Testamento. 39. Qual a origem da língua hebraica? R: Segundo se pensa, deriva de HEBER, um descendente de Sem e ancestral deAbraão (Gn 10.21,22,25e 11.15-26). Alguns afirmam i|iie Abraão já teria chegado em Canaã com esta língua e outros (li/,em que ele aprendeu lá. Este nome se deriva do povo que dela se ocupa: Os hebreus. Os textos de II Rs 18.26 e Ne 13.24 dão a entender que esta já era a língua oficial dos judeus (judaico). 40. Qual a origem da língua grega? R: Todos os Livros do Novo Testamento foram escritos na língua grega, tam bém cham ada de “KOINE", que significa popular, comum, etc. Existiam dois tipos de grego: O Atico ou clássico: Era falado principalm ente na capital e usado pelos grandes filósofos da terra ou eruditos em geral. Koinê: A lexandre, o Grande, anexou m uitos povos ao seu Im pério pela sede de conquista. Essas c iv ilizações eram obrigadas a aprender o grego por imposição. Genealogicamente, essa língua é falada pelos descendentes de Jafé, terceiro filho de Noé (Gn 10.1,2). 41. Qual a origem da língua aramaica? R: “Aram aica” deriva de Arã, um dos cinco filhos de Sem (Gn 10.22). Esta palavra é também traduzida por “Síria”, levando-nos a conclusão de que o aramaico era a língua prim itiva da Síria. Deduzimos de II Rs 18.26, que a Assíria também falava este idioma. Podemos concluir tam bém , através da luz que nos dá Gn 31.47, que a língua falada na M esopotâmia era o aramaico ou siríaco, e isso no tem po de Labão. Notem que esse era o país de Abraão (Gn 24.4; 28.2,5). A Babilônia falava o aramaico, a prova é que partes dos Livros de Daniel e Esdras (Dn 2.4 a 7.28 e Ed 4.8 a 6.18; 7.12-26) estão nesse idiom a e vale inform ar que Daniel e Esdras viveram na Babilônia. O aram aico foi adotado obrigatoriamente pelos judeus por causa do Cativeiro Babilônico que durou setenta anos. 42. Nem sem pre as Escrituras foram cham adas de Bíblia. Quem foi o prim eiro a usar este nome? R: Foi João Crisóstom o (345-407), que pela prim eira vez usou este nom e no IV século. Era um grande pregador nascido na 97 Antioquia. profundo conhecedor da Bíblia e inigualável orador. Foi chamado até de “O Boca de Ouro”, e é considerado um dos pais da Igreja. 43. Qual o primeiro Livro a ser impresso com a invenção da imprensa? R: A Bíblia. João Gutemberg, natural de Mainz, Alemanha, foi o “Pai da Imprensa'’. Era um servo de Deus e tanto se empenhou na difusão da Palavra de Deus, que o primeiro Livro a ser impresso, com a invenção da imprensa (1450), foi a Bíblia (numa versão latina). Há mais de cinco séculos Gutemberg deixou escrita esta mensagem: “Deus sofre, pois há multidões que sua Palavra nunca pode alcançar. A verdade divina está presa em algumas folhas à mão. Vamos romper os selos e dar asas à verdade... Para deixá-la voar a toda criatura de todas as nações”. 44. Quem fez a primeira versão da Bíblia em português? R: Foi João Ferreira de Almeida, nascido em 1628 em Lisboa, lilho de pais católicos. Em visita a Holanda, converteu-se a Igreja reformada através da leitura de um folheto em espanhol que lhe causou profunda im pressão. Tornou-se M inistro C alv in ista , pregando e escrevendo em várias línguas. Neste período, Deus o usou com o instrum ento para rea liza r a fam osa “V E R Sà O ALMEIDA”. O Novo Testamento completo foi publicado em 1681, e o Antigo Testam ento, estacionado em Ezequiel 48.21, foi completado por Jacobus Den Akker e publicado em 1748. Somente em 1819 foram publicados o Antigo e o Novo Testamentos juntos. Hoje no Brasil, sua versão é usada em grande escala com o “LDIÇÃO REVISTA E ATUALIZADA NO BRASIL”. 45. Qual o significado de Evangelho? R: A palavra Evangelho (EUANGELION. grego) significa "BOAS N O V A S” . N a lite ra tu ra c láss ica essa p a lav ra desig n av a a recompensa dada pela entrega de boas notícias. N a Septuaginta há ocorrência desta palavra neste sentido de boas novas (II Sm 4.10). No Novo Testamento passou a referir-se às "BOAS NOVAS” a respeito de Jesus Cristo e deu nome aos quatro prim eiros Livros. É encontrada mais de setenta e cinco vezes no N ovo Testamento. 46. O que significa Evangelhos Sinóticos? R: O significado da palavra sinótico é “resum ido” . A respeito dos Evangelhos, refere-se aos de Mateus, Marcos e Lucas. Um estudo comparativo entre estes três levou estudiosos a reconhecer que há um considerável corpo de material comum entre eles e que o de Marcos tem a prioridade. Somente trinta e um versículos de Marcos não encontram paralelo nem em Mateus nem em Lucas. O quarto Evangelho de João foi escrito no final do prim eiro século cristão e tem suas fontes diferentes daquelas dos Sinóticos. 47. Por que quatro Evangelhos e não apenas um? R: Os quatro Evangelhos são canônicos, importantes e necessários, pois revelam Jesus Cristo em seus quatro aspectos conforme a visão de Ezequiel 1.10 e Apocalipse 4.7: M ateus: Como Rei, simbolizado pelo Leão. M arcos: Como Servo, simbolizado pelo boi. Lucas: Como Homem, apontando para a Sua humanidade. João: Como Deus, sim bolizado pela águia. Os quatro datam um período entre 60 e 100 d. C. 48. Qual o tema central da Bíblia? R: A Pessoa de Jesus Cristo e a Redenção do homem por meio d 'E le. 49. Qual o personagem principal da Bíblia? R: A Pessoa de Jesus Cristo. íBeuimmi de & e m 1. É possível definir Deus? R: De forma plena não. pois o finito jamais poderá definir o infinito. Os teó logos definem na ten ta tiv a de au x ilia r o hom em na compreensão de Deus. Vejamos algumas definições: “Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que em santo amor cria, sustenta e dirige tudo.” (A.B. Langston) “O Deus revelado nas Escrituras é um Ser Pessoal, auto- existente e auto-consciente, Criador do Universo, fonte de toda vida e bênção. Resum indo: Deus é Espírito, é Puro, é Pessoal e infinito.” (J. D. Douglas) 2. Qual a natureza de Deus? R: De acordo com a defin ição de Langston, Ele é “E spírito Pessoal” . 3. Qual o caráter de Deus? R: Ele é “perfeitamente bom ” . 4. Qual a relação de Deus com o universo? R: “Cria, sustenta e dirige tudo” (SI 24.1,2; Cl 1.15-17; Hb 11.2,3) 5. Quais as objeções sobre a existência de Deus? Is: O ateísmo consiste na negação absoluta da idéia de Deus. Visto que são os ateus que se opõem às convicções mais profundas da ruça humana, a responsabilidade de provar a não existência de Deus recai sobre eles. Suas principais objeções são as seguintes: ;i) Objeção Intelectual: ‘‘Esta parte daqueles que, observando o universo, acham que é desnecessária a existência de Deus. Tudo se move com regularidade em seus eixos. Acham que não é necessário alinnar mais que uma lei natural” . Para eles tudo funciona pelas leis naturais do universo e a lei da evolução basta para explicar o seu desenvolvimento. I>) ( )bieção M oral: Esta é mais séria e baseia-se na presença do mal no universo. O mal é contrário à bondade perfeita de Deus e i irtt > pode ser aprovado por ele. Há um abismo intransponível entre I >eus e o mal. Por isso, dizem “Se há um Deus, ele não é onipotente, e se ele é onipotente, logo não é bom. Se ele é bom e onipotente, p< H que não acaba com todos os padecimentos, injustiças, guerras e iodas as misérias da humanidade?” A existência de tudo isso, dizem e les , “deve-se ou à im p o tên c ia de D eus ou ao seu indilerentismo”. “ Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação...” (SI 14.1 e 53.1) 6. Como provar a existênciade Deus? Quais argumentos podemos usar? K; I lá evidências incontestáveis a respeito da existência de Deus. Podemos relacionar as seguintes: 34 a) Argumento da C riação: A razão argumenta que o universo deve ter tido um princípio. Todo efeito deve ter uma causa suficiente. O universo, sendo o efeito, por conseguinte deve ter uma causa. Principalmente se considerarmos a extensão do universo. b) Argumento do Desígnio: O desígnio e a formosura evidenciam- se no universo. O desígnio e a formosura implicam um Arquiteto dotado de inteligência suficiente para explicar sua obra. COMENTÁRIO “Cientistas reconhecem que há um desígnio na natureza” Em seu livro “The B lind W atchmaKer” (O Religioso Cego), o Zoólogo R ichard D aw kins, da U niversidade de O xford, um destacado evolucionista, chama a biologia de “o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido criadas com algum propósito”. U m a célula, a m enor unidade viva, chega a ter 100.000 m oléculas, e 10.000 reações químicas interrelacionadas simultâneas. As células não podem ter surgido pôr acaso. Darwkins admite que “Cada célula contém, no seu núcleo, um banco de dados digitalm ente codificado que é maior do que a soma de todos os 30 volum es da Enciclopédia Britânica” . E isso eqüivale apenas a uma célula. H á trilhões de células no corpo humano, m ilhares de tipos d iferen tes, operando em re lacionam entos incrivelmente com plexos e delicadamente equilibrados. “Toda a beleza, harmonia e perfeição do universo e a complexidade do corpo humano seriam impossíveis sem a presença de uma inteligência por traz planejando e executando tudo. Somente a existência de Deus pode explicar estas realidades”. 35 c) Argumento da Natureza do H om em : O homem dispõe de natureza moral, isto é. a sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um caminho reto de ação que deve seguir e um caminho errado que deve evitar. O homem, sendo um ser moral e dotado de livre arbítrio, nos leva a concluir que há um Legislador que idealizou uma norma de conduta. Se 0 homem fosse simplesmente matéria, seria impossível este dotar de uma consciência, valores morais, sentimentos, etc. d) Argumento da H istória: A marcha dos eventos da história universal fornece evidências de um poder e duma providência dominantes. “Os princípios do divino governo moral encontram- se na história das nações tanto quanto na experiência dos homens” (D. S. Clark). A história bíblica foi escrita para revelar 1 )eus na história, isto é, para ilustrai- a obra de Deus nos negócios humanos (SI 75.7; Dn 2.21 e 5.21). r ) A rgumento da Crença Universal: A crença na existência de Deus é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana. “( 'omo é do conhecimento de todos os antropólogos, já foi para o limbo das controvérsias mortas... todos concordam que nao existem raças, por mais primitivas que sejam, totalm ente destituídas de concepção religiosa...” (Jevons, autoridade no assunto de raças e religiões comparadas). COMENTÁRIO "Visto que são os ateus que se opõem às convicções mais pi olundas da raça humana, a responsabilidade de provar a iiAn existência de Deus recai sobre eles”. < i M n este argumento, transferimos a responsabilidade para os ateus r mostramos que estes estão em discordância com a raça humana. 36 Certa vez um ateu disse a um rabino: "Te dou uma m oeda se você me m ostrar onde Deus está". O rabino respondeu: "E eu te dou duas m oedas se me m ostrar onde Deus não está". 7. Na relação de Deus com o universo, o que é Transcendência? R: Transcendência: E Deus separado de toda a criação, como um Ser Independente e auto-existente (Is 40.12-17). 8. Na relação de Deus com o universo, o que é Imanência? R: Im anência: E a capacidade de Deus em vir ao encontro da criação, do homem, é sua presença difundida e seu poder dentro de sua criação (SI 139.7-10; Is 57.15, 66.1,2 ). “Transcendência sem imanência nos daria deísmo, e imanência sem transcendência nos daria panteísmo... as duas coexistem em Deus.” (Langston) 9. Qual o significado do termo teológico Teofania? R: Aparição ou revelação da divindade. 10. Qual o significado do termo teológico Epifania? R: E a m aneira pela qual Deus se revela tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A epifania através do Filho Jesus Cristo é a mais perfeita de todas as maneiras de revelação (Tt 2.11, 3.4; Hb 1.1,2). K I ifiira de linguagem utilizada pelos escritores da Bíblia em que t aiaelerísticas físicas do ser humano são atribuídas a Deus. apesar 1)1 sle sc revelar como Espírito não limitado ao tempo e ao espaço poi niu corpo físico (Is 59.1; 66.1,2). I 2. Qual o significado do termo teológico Antropopatia? K Sentimentos humanos aplicados a Deus, como por exemplo: “ciilfio, se arrependeu o Senhor...” ( ( in 6.6). 13. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Teísmo? K A crença em um D eus P essoal, tan to im anen te quan to li anseendente que existe nas Três Pessoas distintas da Trindade. É a posição do teísmo cristão. Esta é a posição correta acerca de I tens pois se baseia na Escritura Sagrada. 14. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Alcísmo? K I eoria que nega a existência de Deus. 15. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Deísmo? U : Admite que Deus criou e depois da criação se afastou e entregou o mundo para ser governado pelas leis naturais (negação da imanência). 11. Qual o significado do termo teológico Antropoformismo? 16. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Panteísmo? R: E a crença de que Deus está em todas as coisas e todas as coisas são D eus. C o n fu n d in d o C riador com c riação (negação da transcendência). 17. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Politeísmo? R: Crença na existência de vários deuses. 18. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Agnosticismo? R: Expressão originada de duas palavras gregas que significam “não e saber” . O agnosticism o nega a capacidade hum ana de conhecer a Deus. Segundo este pensamento, a mente finita não pode alcançar o infinito. 19. Qual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Materialismo? R: N ega qualquer distinção entre a mente e a matéria. Afirm a que todas as m anifestações da vida e da mente e todas as forças são sim plesm ente propriedades da matéria. “O pensamento é secreção do cérebro como a bílis é secreção do fígado” . 20. Quais os atributos de Deus , explique-os e prove-os na Bíblia. R: Os A tributos são Naturais e Morais. Os naturais dizem respeito á Sua natureza e m orais dizem respeito ao Seu caráter. 39 ATRIB UTOS NATURAIS a) Onisciência: Seu conhecimento de todas as coisas (SI 147.4.5; Rm 11.33-36; Mt 6.8 e 10.30). b ) Onipresença: Sua presença em todos os lugares. A onisciência e a onipresença de Deus estão intimamente ligadas (SI 139.7-12; Jr 23.24; Mt 18.20). c) Onipotência: Significa o poder de Deus ilimitado para fazer Lido quanto é da sua vontade e propósito (Gn 17.1, 18.14; Ap 1.8 ). 11) Imutabilidade: Significa que não há em Deus mudança nenhuma. Não muda de propósito, de pensamento e nem de natureza (Ml 3.6; Tg 1.17; Hb 13.8). c) Hternidade: Sua relação com o tem po. Sua duração é sem princípio e fim (SI 41.13; II Pd 3.8 e Ap 1.8). Kronos: Tempo do mundo natural, físico. Kairos: Tempo do mundo espiritual, eternidade. I) Unidade: É um ser que existe e se m anifesta nos diferentes modos de sua existência (I Tm 2.5; Dt 6.4). ATRIBUTOS MORAIS a) Santidade: É a plenitude da excelência moral de Deus que é reverenciado como três vezes santo (Is 6.1-3). b) Justiça ou retidão: O vocábulo retidão aplicado a Deus significa a confirm ação própria de Deus em favor do que é reto e em oposição ao que é errado (Dt 32.4). c) A m or: E a qualidade da natureza divina de se dar a si mesmo. Faz parte da essência de Deus (Jo 3.16; Rm 5.5-8; I Jo 4.7-10 e 4.16). d) Verdade: Deus não só é a fontee nem apenas o incentivador da verdade, Ele é a Própria verdade e sua Palavra é a verdade (Jo 1.14-17, 14.6). “...é a fonte e a base de todas as formas de conhecim ento e de todas as matérias de conhecim ento” (M ullins, pág. 240). “...porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como tam bém a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas...” (Rm 1.19,20) 2 1 .0 que significa Trindade e Triunidade? Prove na Bíblia. R: - TRINDADE: Significa a tríplice m anifestação de Deus ou a sua manifestação no Pai, no Filho e no Espírito Santo. A 1 - TRIUNIDADE: Significa o tríplice modo da existência de I )eus. que é a existência de três em um. - A Trindade diz respeito à revelação de Deus ao passo que a I riunidade refere-se à existência de Deus. - A idéia de Deus no Antigo Testamento é a unidade, por isso observaremos a Trindade de forma explícita somente no Novo Testamento como Pai, Filho e Espírito Santo. TRINDADE No Antigo Testamento: Não a encontraremos de forma explícita como no Novo Testamento devido à idéia de unidade (Dt 6.4). - O Anjo do Senhor identificado como Jeová sendo chamado de Senhor, Deus, sendo reverenciado, adorado, recebendo oferta, etc ((in 16.7,13, 22.15, 31.11, Ex 3.2,4; Js 5.14; Jz 6.21-24, 13.20-22; Is 63.9). Esse Anjo do Senhor é a manifestação de Jesus no Antigo I estamento. O Pai como uma Pessoa distinta (Dt 32.6; Is 63.16 e Ml 2.10), O Messias (SI 2.6,7; 45.6,7; Pv 30.4; Is 9.6, 61.1 e Jr 23.5) e o Espírito Santo (Gn 1.2; Is 11.2,63.11,14). “O Antigo Testamento não ensina clara e diretamente sobre a Trindade. A razão é evidente: O problema do politeísmo entre as nações. A nação de Israel não estava preparada para compreender. Deus primeiramente acentuou a verdade de ser o Único Deus, para depois no Novo Testamento tornar explícita a Trindade. Mesmo assim, parte dos judeus teve conflito com esta verdade”. No Novo Testamento: - O Pai é Deus (Jo 6.27, 14.9-13; I Pd 1.2;II Co 1.2). -O Filho é Deus (Jo 1.1.18; Tt 2.13: Hb 1.2). - O Espírito Santo é Deus (At 5.3.4; Rm 15.30: Hb 9.14). TRIUNIDADE No Antigo Testamento: - Na criação (Gn 1.26. ELOHIM no original tem o sentido de pluralidade e significa Deus). - N a confusão de línguas (Gn 11,7). - N a experiência de Isaías (Is 6.3,8). - No Livro de Daniel (Dn 2.47). - N a benção arônica (Nm 6.24-26). No N ovo Testam ento: N o batism o de Jesus (M t 3.13-17); na ordenança do batismo (M t 28.19); na benção apostólica (II Co 13.13); na oração sacerdotal (Jo 17.21-23) e no ensino de João (I Jo 5.7). 22. O que significa Vestigium Dei? R: Termo latino que significa “vestígios de Deus” . Trata-se da visão de que há vestígios ou indícios do Deus Único na ordem da criação, tendo Deus revelado o ser divino na criação por meio de analogias (analogia: ponto de semelhança entre coisas diferentes). 23. O que significa Vestigium Trinitalis? R: Termo latino que significa “vestígios da Trindade” (oriundo provavelmente de Agostinho) e representa a busca de analogias da Trindade na estrutura tríplice de algumas coisas. Por exemplo: O homem é formado de espírito, alma e corpo. O corpo humano é formado de três partes: cabeça, tronco e membros. A m atéria tem três estados: o sólido, líquido e gasoso. O ovo: gema, clara e casca. A célula: núcleo, citoplasma e membrana. Agostinho via um vestígio da trindade na pessoa humana, no autoconhecimento e no amor próprio das pessoas. 24 . Quais os Nomes de Deus no Antigo Testamento? Identifique-os na Bíblia. R: - ELOHIM: Está no original no plural e significa Deus (Gn 1.1). - EL-SHADAI: O Deus Todo-Poderoso (Gn 17.1). - EL-ELYON: O Deus-Altíssimo (Gn 14.19). - EL-OLAM: O Deus Eterno (Gn 21.33). - ADONAI: É também como ELOHIM uma palavra plural. ADONAI significa Senhor (Gn 15.2,8). - JEOVÁ OU IAVE: Este é o Nome mais pessoal de Deus usado pelos hebreus. Tem origem no verbo ser (hayah, hebraico) que tem-se crido significar o “auto-existente” (Palestras em Teologia Sistemática, pág. 25, H. C. Thiessen) ou “EU SOU” como se revela a Moisés (Ex 3.14). A versão de Almeida o traduz como Senhor. - JEOVÁ-SABAOTH: O Senhor dos Exércitos (SI 84.1; Is 1.9 e 6.3). -JEOVÁ-JIRÉH: O Senhor Proverá (Gn 22.14). -JEOVÁ-RAFÁ: O Senhor que Cura (Ex 15.26). -JEOVÁ-NISSI: O Senhor é a Minha Bandeira (Ex 17.15). -JEOVÁ-TSIKNU: O Senhor Justiça N ossa (Jr 23.6). -JEOVÁ-SHALOM: O Senhor é Paz (Jz 6.24). -JEOVÁ-RA’AH: O Senhor Meu Pastor (SI 23.1). -JEOVÁ-SHAMMAH: O Senhor está Ali (Ez 48.35). 25. Quais os Nomes de Deus no Novo Testamento? Identifique-os na Bíblia. R: -THEOS: Eqüivale a EL, ELOHIM e ELYON. É o mais aplicado a Deus (Mc 5.7; Lc 1.32,35; At 7.48, 16.17; Hb 7.1). -KYRIOS: Designa Deus como Senhor, o Possuidor, o Poderoso. E empregado ao Deus Pai como também ao Filho (Fp 2.11). 44 -PATER: É empregado a Deus mesmo nas religiões pagãs. O Nome PATER já é encontrado na Septuaginta (grego) para designar a relação de Deus com Israel (Dt 32.6; SI 103.13; Is 63.16, 64.8; Jr 3.4,19 e mais freqüentemente no Novo Testamento (Mt 5.48. 6.6. 6.9. 7.11; Jo 1 .1 4 .2 .16 .3 .35 .4 .24 , etc). de Cxiôta 1.Qual o significado de Cristologia? R: E o estudo da Pessoa e Obra de Cristo ou a doutrina de Cristo. CRISTO (grego): Ungido. LOGIA (grego): Estudo, tratado. 2. Quais as naturezas de Cristo? Prove-as na Bíblia. R: Suas naturezas são a divina e a humana. a) N atureza divina de Cristo ou deidade de C risto: Jesus tinha conhecimento da sua própria deidade (Jo 3.12,13, 8.58, 14.9,10). Assumiu prerrogativas divinas: Onisciência e Onipresença (Mt 18.20, capacidade para saber que estão reunidos sem Nome e de se fazer presente); Poder para perdoar pecados (Mc 2.5-7); Poder para ressuscitar mortos (Jo 6.39,40); Proclamou-se Juiz e Á rb itro do destino dos hom ens (M t 25 .31 ,32 ; Jo 5.22); Conhecimento do futuro (Jo 18.4); Controle sobre a natureza ou criação (Mc 4.39). A Bíblia declara a sua deidade (Is 9.6; Jo 1.1-3,20.28; Fp 2.6; Tt 2.13). Seu nome é colocado em igualdade com o Pai e o Espírito Santo (M t 28.19; II Co 13.13). b) Natureza hum ana de C risto: Jesus chamou-se e foi chamado homem (Jo 3.14; At 2.22, 7.56; Rm 5.15 e lT m 2.5). Jesus possuía elem entos essenciais da natureza hum ana, isto é, um corpo natural e um a alma racional (Mt 26.38; Lc 24.39; Jo 11.33; Hb 2.14). Jesus tinha características que pertenciam à natureza humana. Sentiu fome (M t 4.2); sentiu cansaço (Mt 8.24; Jo 4.6); sede (Jo 19.28); sentia am or (Mc 10.21) e sentia indignação-(Mc 3.5). 49 Jesus estava sujeito às leis de desenvolvimento. Cresceu fisicamente (Lc 2.40,42, 3.23); Foi tentado (Hb 2.18) e processo de aprendizado (Hb 5.8). Padeceu e morreu (Lc 22.44; Jo 19.30,33). Sua humanidade foi íntegra ou perfeita. Foi sobrenaturalmente concebida (Lc 1.34,35); sua na tu reza se revela livre de depravaçâo (Jo 8.46; II Co 5.21; Hb 4.15; I Pd 1.19). Sua natureza humana cresceu juntamente com a natureza divina. Ele é o Deus-Homem. 100% Deus e 100% Homem. A união destas duas naturezas é indissolúvel (Hb 7.24-28). com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de D avi...” (Rm 1.3) 3. Como o verbo se fez carne? R: l*or obra do Espírito Santo no ventre de M aria (Mt 1.21-25; Lc 1.34,35). 4. Havia possibilidade de Jesus pecar? R I sta pergunta é bastante delicada e alvo de debates teológicos. I ’< >i lauto, uma resposta superficial deixaria muito a desejar. Quanto i ' i “ impccabilidade de Cristo” (o fato de que Ele nunca cometeu pecado) é ponto pacífico. A Bíblia atesta a sua impecabilidade: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46) “... foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15, conferir Hb 2.18). A questão é: Havia possibilidade? Há os que admitem esta possibilidadee argumentam que "Ele era livre para obedecer ou desobedecer' e que “A Bíblia exalta a sua obediência e isto é uma evidência desta possibilidade”. Citam Fp 2.8 e Rm 5.19b como base bíblica. Outros não admitem tal possibilidade. E argumentam que “Cristo não p o ssu ía lim itaçõ es m orais d ev id as ao pecado ou que envolvessem a possibilidade de pecar” (Teologia Elementar, E. H. Bancroft, pág. 111). “As Escrituras não autorizam o ensino de que o nosso Senhor poderia ter pecado... As Escrituras cham am -nO de 'o Santo’. Em sua qualidade, era a santidade de Deus. Visto que sua qualidade era a santidade de Deus, não podia haver pecado em ‘o Santo’, nem tendência para pecar. Essa santa natureza humana sem pecado estava indissoluvelm ente ligada à Personalidade do Filho. Sua natureza hum ana não poderia ter pecado sem o consentim ento de Sua Personalidade ímpar; essa Personalidade teria de dizer ‘Q uero’ ao pecado. Mas, visto que a Personalidade de nosso Senhor Jesus C risto é a P ersona lidade de Deus, era im possível que essa Personalidade consentisse em pecar. Visto que Sua Personalidade não podia consentir em pecar, era impossível que Ele, em sua n a tu re z a h u m a n a (já que Sua n a tu re z a h u m a n a e s ta v a inseparavelmente ligada à Sua Personalidade), viesse a pecar” - Haldemam (Teologia Elementar, E. H. Bancroft, pág. 112). COMENTÁRIO O posicionamento a favor da impossibilidade de Jesus pecar tem maior aceitação no meio teológico. A natureza divina era a sustentação da sua natureza humana. Jesus não possuiu uma natureza pecaminosa. Adm itirm os a possibilidade de Jesus pecar é como adm itirm os a possibilidade de que o Pai ou o Espírito Santo possam pecar. Ele não pecou porque sua personalidade não consentiu e jamais consentiria com o pecado. Este posicionamento não anula a sua obediência tão exaltada nas Escrituras Sagradas. 5. Quantas naturezas tinha Cristo na eternidade antes da encarnação? R: Uma. A divina. 6. Quantas naturezas tem Cristo após a ressurreição? R: Duas. Divina e humana. 7. E agora, depois de ter sido glorifícado? R: Duas. Divina e humana (humana glorificada, At 7.55,56; Hb 1.3,4). Como já vimos, a união destas duas naturezas é indissolúvel (Hb 7.24-28). 8. Quais os conceitos errôneos sobre a Pessoa de Jesus Cristo que surgiram no decorrer da história, principalmente nos primeiros séculos? R: a) Os ebionitas (107 d. C.): Negavam a realidade da natureza 11 i vi na de Cristo. Segundo seus ensinos, Cristo era somente homem, mas possuía uma relação muito íntima com Deus. !>) Os docetas (70 a 170 d. C): Negavam a humanidade de Cristo. Para eles o mal residia na matéria, e visto que Jesus não tinha pecado, logo, não tinha também corpo material. Seu corpo era apenas aparente, e não real (doketes, de dokein, grego, que significa parecer). c) O arianismo (325 d. C.): Ário foi o fundador desta teoria e negava a integridade da natureza divina de Cristo. O Verbo, que se fez carne, segundo o Evangelho de João. não era Deus. senão um dos seres mais altos do Criador, era apenas uma criatura. Ário negava a integridade, a perfeição da natureza divina de Cristo. d) A teoria de Apolinário (381 d. C): Negou a integridade da natureza humana de Cristo. Segundo Apolinário, Cristo não tinha mente humana, o que Ele tinha de humano era o corpo e o espírito. O Verbo que se fez carne tom ou o lugar da mente, e por isso Cristo não era homem perfeito. e) A teoria de N estório (431 d. C.): N estório negava a união verdadeira entre as duas naturezas de Cristo. Ele atribuía a Cristo duas partes ou divisões, uma hum ana e outra divina. Quando estava dorm indo era a parte hum ana que dormia. Mas quando acordava e repreendia os ventos, era a parte divina que estava em ação. í) A teoria de Eutiques (451 d. C.): Segundo Eutiques, as duas naturezas de Cristo fundiam-se de m aneira que form avam uma terceira natureza, que nem era divina nem hum ana. Para ele, Jesus não era hum ano e nem tampouco divino. COMENTÁRIO Por séculos ocorreram fortes tensões teológicas a respeito de Jesus- Deus-Homem. Uns acentuaram a divindade e outros a humanidade. A escola de Alexandria, no Egito enfatizava a divindade enquanto a de A ntioquia a humanidade. Foi um erro a ênfase unilateral destas duas escolas. Para resolver este problem a teológico foi convocado o Concilio de Calcedônia, cidade perto de Constantinopla, no ano de 451. Este Concilio “escolheu um caminho entre os de A lexandria e An! loquia... destacando a completa divindade de Cristo e a completa humanidade de Cristo e a unidade da Pessoa de Cristo" (A História • Ias I )outrinas, pág. 49 - William S. Smith). Ou seja. em Cristo há «.luas naturezas, divina e humana, em uma Pessoa. Mesmo após este im portan te Concilio ainda perm aneceram controvérsias por parte das duas escolas unilaterais. O arianismo sustenta “a dualidade das naturezas a ponto de romper a unidade i lc pessoa e predomina a natureza humana de Jesus, ficando a divindade extrínseca e paralela” (escola de Antioquia, pág. 7). No mundo medieval encontramos a escola tom ista (Tomas de Aquino) que preferencialm ente pensa Jesus a partir de sua divindade e a escola franciscana, a partir de sua humanidade. N os li mpos modernos se fala de uma cristologia descendente (Deus que se encarna) e uma ascendente (o homem Jesus que lentamente viu revelando sua divindade). Como vemos, as tensões teológicas a respeito de Jesus Cristo sempre existiram e existirão. Somente nas Escrituras Sagradas encontrarem os o fundam ento seguro para com preenderm os a Maravilhosa Pessoa de Jesus Cristo. Quais os ofícios de Cristo? Prove-os na Bíblia. Iv Proleta, Sacerdote e Rei. .1) Profeta: Como Profeta o Senhor Jesus não apenas predisse o luluro, mas representou Deus diante dos homens, como é o principal trabalho dos profetas. Interpretar os atos e os planos de Deus e fazer conhecida aos homens a sua vontade. M oisés IaIou a respeito de Jesus com um Profeta (Dt 18.15; At 3.22,23). ( )s profetas no Antigo Testamento usavam a expressão “Assim diz o Senhor” e Jesus dizia “Eu porém vos digo” (Mt 5.22). h) Sacerdote: O sacerdote representa os homens diante de Deus enquanto o profeta representa Deus diante dos homens. Jesus realizou o ofício de Sacerdote com perfeição oferecendo a si 54 mesmo como Cordeiro imaculado (Hb 4.14. 9.28. 10.11.12; I Pd 1.19; Ap 5.6). c) O Rei: Cristo há de reinar sobre todas as coisas, assim no céu como na terra. Seu reinado é citado tanto no Antigo quanto no Novo Testam ento (SI 2.6-8; Mt 25.31, 28.18). Nenhum rei governou e governará com a autoridade, justiça e perfeição do Rei dos reis (Ap 17.14, 19.16). 10. Quais os estados de Cristo? Prove-os na Bíblia. R: Humilhação e exaltação. a) Humilhação: O Verbo preexistente fez-se homem (Jo 1.14). Deixou a glória divina (Jo 17.5). A ssum iu a form a de servo (Fp 2.6-8). Submeteu-se ao Espírito Santo (M t4.1; At 1.2, 10.38; Hb 9.14). Deixou de usar seu poderes (Lc 23.35). E quando m orreu na cruz (Fp 2.8). b) Exaltação: Sua exaltação se deu em duas fases: 1. A ressurreição ao terceiro dia (Lc 24.6,7; I Co 15.3,4). 2. A ascensão (At 1.9, 7.55; Fp 2.9-11 e Hb 1.3,4). 11. Qual o significado dos Nomes Jesus, Cristo, M essias e Em anuel? R: - Jesus (grego): Salvador (Lc 1.31). Cristo (grego): Ungido (Mt 16.16). M essias (heb.): Ungido (Jo 1.41, 4.25). Emanuel (heb.): Deus Conosco (Is 7.14; Mt 1.23). 12. É possível provar a preexistência de Cristo antes da sua encarnação? R: Sim. No Novo Testamento Ele é apresentado como o Verbo que estava com Deus antes da encarnação (Jo 1.1,2). E participou da criação do universo (Jo 1.3; Hb 1.2, 11.3 e Cl 1.15-17). No Antigo Testamento se manifestava como o Anjo do Senhor. Manifestou-se a M oisés na sarça ardente (Ex 3.2,4,6,14); a Josué çomo príncipe do exército do Senhor e foi adorado (Js 5.14); a Jacó como um homem (Gn 32.24,29,30); a Gideão com o Anjo do Senhor (Jz 6.22) ea M anoá pai de Sansão (Jz 13.16-18,22). 13. Quais as profecias no Antigo Testamento a respeito da ressurreição de Jesus? R: No SI 16.8-10; Os 6.2; Jn 1.17. Jesus confirm a Jonas como uma profecia a respeito da sua ressurreição em Mt 12.40. “e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Kscrituras”(I Co 15.4). 14. Qual o sentido da expressão “O Primogênito de toda a criação” em Colossenses 1.15? A Bíblia estaria dizendo que Jesus foi criado? R: Não. Este texto não quer dizer que Jesus é o primeiro a ser criado, como alegam as testemunhas de Jeová, colocando-o como uma criatura, negando assim a sua d iv indade tão clara nas Escrituras. Primogênito aqui tem o sentido de ser o herdeiro de todas as coisas. O contexto coloca a Pessoa de Jesus como criador e sustentador que são obras divinas e não de um a criatura. 56 “Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste.” (Cl 1.17) 15. Quais os tipos de Cristo no Antigo Testamento? R: - Adão (Gn 2.21). “pesado sono” aqui sim boliza a morte de Jesus na cruz. M elquisedeque (Gn 14.18-20). Isaque (Gn 22). José (Gn 37.28). - M oisés (Dt 18.15). Josué (Nm 13.8; Dt 32.44). - Davi (SI 89.35-37). - Ciro (Is 44.28). Eliaquim (Is 22.20-25). “pois, nele, foram criadas todas as coisas...” (Cl 1.16) í ) o u t m n a d& E»pmla Santa ( 9*"mumMú£^§ia ) 1. Qual o significado de pneumatologia? R: É a estudo acerca da Pessoa e obra do Espírito Santo ou a doutrina do Espírito Santo. PNEUM A (grego): Vento, sopro. ÁGIOS (grego): Santo, puro. LOGIA (grego): Estudo, tratado. 2. Qual a definição da Pessoa do Espírito Santo? R: É a terceira Pessoa da Trindade. Trabalha conjuntamente com as outras Pessoas na criação original. Insp irou hom ens para escreverem a Bíblia, iluminou e ilumina outros para entendê-la. Capacita, revestindo de poder, para a realização da obra de Deus. Ele orienta e dirige a Igreja hoje. No mundo, ele age convencendo os hom ens do pecado da justiça e do juízo. 3. Se o Espírito Santo é uma Pessoa conform e a definição anterior, quais as provas na Bíblia? R: a) O Espírito Santo possui características e realiza tarefas próprias de um a pessoa: Conhecim ento (I Co 2.10,11; Rm 8.27). A m or (Rm 15.30). Investigação (I Co 2.10, perscrutar = investigar minuciosamente). - Fala (At 1.16; Ap 2.7). Intercede (Rm 8.26). Clam a (G1 4.6). Testifica, dá testem unho (Jo 15.26). Ensina (Ne 9.20; Jo 14.26). Com anda (At 16.6,7, 20.28). - C onsola (Jo 14.16,17). - Guia (Jo 16.13; M t 4.1; Rm 8.14). “Somente uma pessoa possui estas características e pode realizar tais tarefas.” i;) () I .spírito Santo possui sentimentos e reações próprios de nina pessoa: ( 'ontende (Gn6.3). Ressente (Is 63.10; E f 4.30). Pode ser ultrajado (Hb 10.29, ultrajar = insultar, ofender a dignidade). Pode ser blasfemado (Mt 12.31,32). Pode indignar-se, mentir contra Ele (At 5.3). Pode ser extinto ou apagado (I Ts 5.19). E entristecido (Ef 4.30). “Somente uma pessoa pode demonstrar estes sentimentos e reações. O Espírito Santo não é simplesmente uma “força”, “energia” ou “vento”. Vento é um dos símbolos e não a essência da sua Pessoa.” 4. Quais as provas na Bíblia a respeito da deidade do Espírito Santo? R: O Eíspírito Santo é Deus porque possui nomes divinos, atributos divinos e realiza obras divinas, a) Nomes divinos: Espírito de Deus (I Jo 4.2). Espírito Santo (SI 51.11; At 5.3; Lc 11.13). Espírito de Santidade (Rm 1.4) Espírito da Verdade (Jo 14.17, 15.26, 16.13). Espírito da Glória (I Pd 4.14). b) Atributos divinos: O Espírito Santo é eterno (Hb 9.14). Onipresente (SI 139.7-10). Onipotente (Lc 1.35). Onisciente (I Co 2.10,11). c) Obras divinas do Espírito Santo: Criação (Jó 33.4). Vida eterna (Jo 6.63; Rm 8.2, vivifica). Profecia (II Sm 23.2; At 1.16). Regeneração (Jo 3.3-8; Tt 3.5). 5. Quais os símbolos do Espírito Santo? R: Á gua (Jo 7.38,39), Fogo (At 2.3), Vento (Jo 3.8; At 2.2), Óleo (I Sm 16.13; Lc 4.18; I Jo 2.27), Pomba (Mt 3.16,17; Jo 1.32)) e Selo (E f 1.13). 6. Qual o m inistério do Espírito Santo no mundo e na Igreja? R: a) No m undo: Contender, reprovar as más obras e convencer do pecado, da justiça e do ju ízo (Gn 6.3; Jo 16.8-11). Conscientizar e ilum inar quanto aos ensinos de Jesus e sua obra no Calvário (Jo 14.26; Hb 10.32; I Jo 5.8). Operar a regeneração ou novo nascimento nos que crêem (Jo 3.3-8). b) N a Igreja ou nos salvos: - Ensinar e lembrar as verdades divinas (Jo 14.26). - Guiar em toda a verdade (Jo 16.13). - Glorificar a Cristo (Jo 16.14). - Esquadrinhar as coisas profundas de Deus (I Co 2.10). - Interceder por nós nas orações (Rm 8.26,27). 63 I est i ficar a respeito da certeza da Salvação (Rm 8.16). I iatizar no Espírito Santo e dar poder para o testemunho de Jesus e para a realização da obra de Deus (At 1.8). Conceder dons espirituais e ministeriais (I Co 12.4-11). - Consolar (Jo 14.16). - Habitar (Jo 14.17; ). - Santificar (II Co 3.18). - Vocacionar e constituir obreiros (At 20.28), Instruindo-os (At 1.2), Capacitando-os (At 1.8), Separando-os (At 13.1-3), Emitindo pareceres doutrinários (At 15.28,29), O rientando-os na obra missionária (At 16.6-10) e preparando-os para o martírio (At 7.55). “Conhecer o Espírito Santo é conhecer o grande e poderoso Executivo Celestial. E conhecer a Pessoa da Trindade ativa na execução da Obra de Deus na terra.” (Passo a Passo com Cristo, n° 4, pág. 18 - João Leão S. Xavier - Editora LERBAN) 7. O que é o batismo no Espírito Santo? R: Batismo no Espírito Santo é “revestim ento de poder” ou “plenitude do Espírito Santo” . E um a experiência distin ta e subseqüente à Salvação. Na Salvação o crente recebe a habitação do Espírito Santo e no Batism o no E spírito Santo recebe o revestimento de poder ou plenitude do Espírito Santo. Vejamos sua base bíblica: A promessa foi feita no Antigo Testamento pelo profeta Joel (J1 2.28,29). Seu cumprimento no Novo Testamento ocorreu em Pentecostes (Al 2.16-21). João Batista repetiu a promessa e usou a expressão “Batismo i io Espírito” (Mt 3.11; Mc 1.8). - O Senhor Jesus usou a mesma expressão conforme Lucas regisimu (At 1.5). - O Próprio Senhor Jesus repetiu a prom essa do Pai (At 1.4; I ,c 24.49). - Este recebimento de poder iniciou-se com o Pentecostes e este mesm o poder está à disposição dos que crêem (At 1.4, 14, 2.1-4). 8. Qual a finalidade do batismo no Espírito Santo? R: Esta benção é o recebimento de poder (dinam is, grego) para testem unhar de Jesus e fazer a Obra de Deus (At 1.8). 9. Quais os obstáculos para o recebim ento desta bênção? a) Ignorância: Ignorar a promessa de Deus e o ensino bíblico sobre este tema. b) Subestim ação da bencão: Achar que não precisa ou que o conhecimento intelectual e cultura podem substituir esta benção. c) Erro doutrinário: M uitos interpretam mal as Escrituras e acham que este Batismo existiu somente para a Igreja Primitiva. d) C ondicionam ento: A tradição religiosa im pede que m uitos recebam esta benção. Os novos convertidos recebem com maior facilidade. e) Incredulidade: Tudo que recebemos de Deus é pela fé e a dúvida é um grande empecilho. f) M edo: Por falta de esclarecimento muitos têm medo de receber um espírito estranho (Lc 11.11-13). g) M au testem unho: M uitos se dizem batizados no Espírito, simulam dons espirituais e vivem escandalizando os outros. 65 10. Quais as condições para receber o batismo no Espírito Santo? R: u) Ter sede do Espírito Santo (Jo 7.37-39). b) Pedir em oração (Lc 11.13). c) Crer na Palavra (G1 3.2,22). d) Obedecer ao Senhor Jesus (At 5.32). e) Tomar posse pela fé (Jo 7.37-39). 11. Todo crente batizado no Espírito Santo fala línguas estranhas? R: Não. A orientação está em I Co 12.30,31 : “Tem todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons”. 12.0 que são dons espirituais? R: São uma dotação espiritual e sobrenatural de Deus através do Espírito Santo, capacitando a Igreja parao desempenho da sua missão. Os dons são conhecidos como “manifestações do I spírito Santo” (I Co 12.7). A palavra grega Charisma (Charis (iraça) tem o sentido de um “bem conferido” ou “um beneficio” e é usada no Novo Testamento para designar dons e lavores d iv inos. Os dons e sp ir itu a is são cham ados de < ’harism ata(ICo 12eR m 12.3-8)e, Pneum ática(IC o 12.1). O < ai isma é um dom espiritual, daí a expressão dons carismáticos. 13. Os dons espirituais são para os dias atuais ou foram somente para os primeiros dias da Igreja? R: Os dons espirituais acompanham a vida da Igreja, da mesma form a que a experiência do batism o no E spírito Santo. Aproximadamente no ano 59 d.C. o apóstolo Paulo escreveu a Ia Carta aos Coríntios e através dela ensinou acerca dos dons espirituais incentivando a Igreja a buscá-los: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais...” (I Co 14.1). Esta é uma evidência de que os dons espirituais acompanharam e acompanham a história da Igreja. Todos os que experimentam estes dons reconhecem que são atuais e um a bênção na vida da Igreja. 14. Quais os dons espirituais e qual a função de cada um? R: Podem ser classificados da seguinte forma (ver I Co 12.7- 11): 14.1. Dons de revelação: Revelam a sabedoria e o conhecimento de Deus. a) Palavra do conhecimento: O Espírito Santo faz conhecidas ao hom em verdades valiosas para edificação e instrução da Igreja. b) Palavra de sabedoria: Palavra prudente para esclarecer questões controvertidas na vida da Igreja e outras situações. c) Discernimento de espíritos: Revelação de qual espírito está operando: Se é de Deus, do homem ou do diabo. 14.2. Dons de poder: Para manifestar o poder de Deus. a) Fé: Capacita o crente a grandes realizações. Não é a mesma fé para a Salvação em Cristo. b) Operações de milagres: Realizações ou tarefas impossíveis. c) Dons de curar: Ministrar cura a pessoas enfermas. 14.3 . Dons de expressão verbal: a) Profecia: Mensagem de Deus aos homens para edificar, exortar e consolar ( I Co 14.3). b) Variedade de línguas: Falar com Deus através de língua misteriosa. Há edificação para o que fala (I Co 14.2,4). c) Interpretação de línguas: Capacidade para interpretar a língua desconhecida. Devemos buscar este dom (I Co 14.12,13). “Os dons espirituais são uma benção para a Igreja. Devemos exercitá-los visando sempre à edificação da Igreja, com decência e ordem”. (I Co 14.40) 15. Quais os dons ministeriais? R: Apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. Os dons ministeriais são capacitações do Espírito Santo para que a Igreja tenha uma liderança saudável, equilibrada e todo o Corpo de Cristo cresça rumo à maturidade espiritual, seja equipado e realize a tarefa que foi confiada pelo Senhor Jesus (E f 4.7-16). 16. Qual o fruto do Espírito Santo? U: O apóstolo Paulo usou a palavra fruto (singular), mas usou nove expressões para descrevê-lo : A m or, a leg ria , paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e d< >i n ínio próprio (G15.22,23). O fruto do Espírito é essencial para um bom relacionamento com Deus, com o próximo c coiísiuo mesmo. a) Em relação a Deus: Amor, paz e fidelidade. b) Em relação ao próxim o: Am or, paz, longan im idade. benignidade, bondade e fidelidade. c) Em relação a si mesmo: Alegria, paz, mansidão e domínio próprio. 17. Como era a obra do Espírito Santo no Antigo Testamento? a) N a criação: Este é citado como um dos executores da criação (Gn 1.2, 2.7 e SI 33.6). b) N a manutenção do universo: Este age na criação renovando a face da terra (Jó 26.13; SI 104.30). c) N a promoção da vida moral: Os dias ante-diluvianos (oram assinalados por um a expansão muito grande da iniqüidade e o Espírito Santo já agia nos homens para levá-los ao arrependimenlo (Gn 6.1-3) e agia na vida de Davi realizando sua obra moral i/,adora (SI 51.10-12). d) N a capacitação de homens para tarefas especiais: Conferindo habilidades (Ex 31.3, 35.30,31). Preparando líderes (Dt 34.9; Jz 3.9,10). Concedendo forças físicas (Jz 14.6). Vocacionando e enviando profetas (II Cr 20.13-17; J ó 3 2 IS; Mq 3.8; Ez 2.12). Inspirando hom ens para produzirem as Escrituras (II Sm l SI 45.1). 69 o) Em algumas situações vinha "sobre” alguns homens com algum propósito específico capacitando-os para tarefas como guerrear e profetizar (I Sm 19.20; I Cr 12.18; II Cr 20.14). São também encontradas expressões como: "... e o enchi do Espírito de Deus” (Ex 31.3) ... homem como este, em quem há o Espírito de Deus?" (Gn 41.38; Nm 27.18) "... o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele...” (Jz 14.6) "... o Espírito de Deus se apossou de Saul...” (I Sm 10.10, 11.6) "... o Espírito do Senhor se apossou de Davi...” (I Sm 16.13) }>) Habitava no meio dos filhos de Israel: Em certas ocasiões especiais vinha “sobre” e se “apossava” de algumas pessoas, mas já habitava no meio do povo de Deus (Ne 9.20; Is 63.10; Zc 4.6). “...o meu Espírito habita no meio de vós; não tem ais.” (Ag 2.5) 18. O que é a blasfêmia contra o Espírito Santo? K: E a rejeição propositada e consciente da obra de convencimento ild pccado que este opera no pecador (Jo 16.8; M t 12.31,32). Se o homem rejeita o convencimento do Espírito Santo quem mais o convencerá? Esta é uma obra exclusiva do Espírito Santo. 19. Qual a relação entre o Espírito Santo e a Bíblia? K: Inspirou homens santos para escrevê-la e hoje ilumina a todos <|iio desejam entendê-la (Jo 14.26, 16.13; II Tm 3.16; II Pd 1.19- ,’.l ). i 70 CL ÍÕm dm m d a J g m fa ( £ e £ e ê í e £ & § i a ) 1. Qual o significado de Eclesiologia? R: É o estudo acerca da Igreja. EKKLESIA (grego): Assembléia, reunião. LOGIA (grego): Estudo, tratado. 2. Qual a origem da palavra Igreja? R: A palavra “Igreja” vem do termo EKKLESÍA, que significa assem bléia, reunião ou congregação. O sentido prático desta palavra é “os que foram chamados para fora” fazendo referência aos gregos que em suas cidades convocavam o povo para fora de suas casas para os das assembléias populares. De certa forma a Igreja é composta de pessoas que “foram chamadas para fora do mundo”. Foi Jesus Cristo quem usou o termo Igreja pela primeira vez: “Edificarei a minha Igreja” (Mt 16.18). 3. A palavra comunidade muito utilizada hoje em algumas denom inações tem fundamento nas Escrituras? R: O termo comunidade aparece quatro vezes no Novo Testamento (At 6.2,5; 15.30), sendo que uma delas se refere a Israel e não à Igreja (E f 2.12). Os textos de atos são históricos, mas o nome que Jesus deu pela prim eira vez é Igreja (Mt 16.18). Este é o nome que em todo o Novo Testamento é aplicado pelos apóstolos nas Cartas às Igrejas. Em Apocalipse capítulos 2 e 3, Jesus escreveu às sete Igrejas da Ásia. Algumas denominações têm adotado o termo comunidade por vários motivos tais como: enfatizar a comunhão entre os seus membros, valorizar os relacionam entos e o discipulado, enquanto outras adotam como estratégia de marketing ou puramente modismo. Vale salientar que muitas têm crescido e desenvolvido excelente trabalho e por isso devemos respeitá-las. Mas o termo Igreja está mais fundamentado à luz do Novo Testamento. Tanto pela declaração de Jesus, quanto pelos escritos dos apóstolos. 4. Qual é o fundamento da Igreja? R: "De acordo com o evangelho de Mateus 16.3-19, e a Ia Carta de Paulo aos Corintios 3.10-17, o fundamento da Igreja é Jesus Cristo, Filho do Deus vivo” (M anual da Convenção Batista Nacional, pág. 28). O fundamento da Igreja é o próprio Senhor Jesus (Mt 16.3-19). Ele é a pedra angular (I Pd 2.4-8). Ninguém pode lançar outro fundamento além daquele que está posto, que é Jesus (I Co 3.10- 17). O outro lado deste fundamento é o ensino dos apóstolos e profetas que aponta para a Pessoa de Jesus C risto e seus ensinamentos (Ef 2.20). 5. O que é a Igreja? R: Pode ser entendida como Igreja Universal e Igreja Local. a) Igreja Universal: “A Igreja Universal, mística, composta de todos os crentesem todos os tempos e de todos os lugares, os quais aceitaram Cristo como cabeça” (E clesiologia, pág.33, Enéas T o g n in i). E sta acep ção ap arece em Hb 12 .22; E f 3 .10 ; 5.23,24,27,29,32; Cl 1.18,24; I Tm 3.15. b) Igreja L oca l: “E um a reunião de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas que, num determinado lugar, voluntariamente se reúnem, de acordo com as leis de Cristo, a fim de assegurar o pleno estabelecimento do Seu Reino neles próprios e no mundo” (Manual Básico dos Batistas Nacionais, pág. 39 - definição de Van Ess). Trata-se de um organismo local ou corpo de Cristo local (At 16.5; Rm 16.4; I Co 7.17; II Co 1.1; Cl 4.15; IT s 1.1). c) Há outros termos como: - Igreja dos Primogênitos: Mencionada uma vez em Hb 12.23. São identificados com aqueles que foram salvos e já desfrutam da Glória e do gozo do Senhor. - M ilitante: E a Igreja que está militançlo. lutando aqui na terra para cum prir sua missão. - Triunfante: Igreja arrebatada, vitoriosa. Igreja que será a reunião de todos os crentes que perseverarem e saírem vencedores. 6. Quais os símbolos da Igreja? R: a) Edifício: Como edifício, a Igreja tem o fundamento, que é o Senhor Jesus, a '‘Pedra Angular” (I Co 3.10,11; E f 2.20-22). Nesse edifício, cada crente é um tijolo, uma pedra (I Pd 2.5). b) Lavoura: A Igreja é a lavoura de Deus e precisa de cuidados para frutificar (I Co 3.6-9). c) N oiva e Esposa: Como noiva a Igreja tem Jesus, que é o seu noivo. Ela é submissa a Ele (E f 5.22-33). E ainda como noiva, ela deve se apresentar ao Senhor pura, sem ruga, sem defeito (E f 5.26,27) e virgem (II Co 11.2). d) C orpo: Este é o símbolo mais conhecido para a Igreja. De fato a Igreja é o Corpo de Cristo visível e atuante aqui na terra e cada discípulo deve ser um membro ativo e em pleno funcionamento (I Co 12.12-27). e) C asa: O termo grego usado pelo apóstolo Paulo em I Tm 3.14- 16 (v. 15) quer dizer família, e não edifício. A Igreja é a família de Deus, que é o nosso Pai, e Jesus é o nosso irmão maior. f) C oluna: A coluna da Verdade neste m undo em oposição às mentiras de satanás (I Tm 3.15). g) Rebanho: Este é outro símbolo muito usado (At 20.28; I Pd 5.2). h) Luz e Sal: Luz para brilhar nas trevas e sal para provocar sede de Deus nos homens e conservar a sociedade para que esta não se corrompa no pecado (Mt 5.13-16). 7. Quem é o fundador da Igreja? R: Jesus Cristo (Mt 16.18). 8. Como surgiu a Igreja? R: “Do ponto de vista do plano de Deus, a existência da Igreja remonta à eternidade. Do ponto de vista da história, ela surgiu ou nasceu como autêntica obra da autoria de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Manual da Convenção Batista Nacional, pág. 27). lista já existia desde a eternidade no plano divino (E f 1.4). No tempo do ministério de Jesus aqui na terra podemos dizer que a Igreja estava em fase embrionária e em pentecostes nasceu como um organismo vivo (At 2.1-4). 9. Quais as ordenanças da Igreja? E qual o significado? K: Batismo e Ceia do Senhor. ;i) Batismo (Textos: Mt 28. 19 ; Rm 6. 1-8): Significado do termo Batismo ( Batizo: grego) = mergulhar, imergir. <) ato de mergulhar simboliza a morte, sepultamento e ressurreição cm Cristo (Rm 6. 4). I uma ordenança de Jesus Cristo (M t28. 18-20; Mc 16. 15,16). Nilo é opcional, é uma ordem do Senhor Jesus. Mm alo de admissão à Igreja local. I para os que crêem (Mc 16. 16). A (<>i ma bíblica é mergulho ou imersão (não é aspersão ou infusão). I y m p lo s : - Os israelitas na travessia do mar Vermelho (I Co 10. 1.2). - João Batista que batizava onde havia muita água (Jo 3. 23), ou seja. no rio Jordão. - Jesus, que após ser batizado saiu da água (Mt 3. 16). - O Eunuco da Etiópia que desceu da água e saiu após ser batizado (At 8. 38,39). A fórmula - Jesus deixou bem claro: “ ...em nome de Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28. 19). COMENTÁRIO A fórmula: “Batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Como vamos reconciliar isso com o mandamento de Pedro: “ ...cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo”? (At 2.38). Estas últimas palavras não representam uma fórmula batismal, porém uma simples declaração afirmando que recebiam batismo as pessoas que reconheciam Jesus como Senhor e Cristo. Por exemplo, o “Didaquê”, um documento cristão escrito cerca do ano 100 A.D., fala do batismo cristão celebrado em nome do Senhor Jesus, mas o mesmo documento, quando descreve o rito detalhadamente, usa a fórmula trinitária” (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, páginas 220 e 221, Myer Pearlman). b) Ceia do Senhor (M t 26.26-30; I Co 10.16,17, 11.23-32). Há quatro tipos de ensino: - Transubstanciação: Ensino do catolicismo romano de que o pão e o vinho se transformam literalmente no corpo e sangue de Cristo. - Consubstanciação: Ensino da Igreja Luterana de que Cristo de alguma forma se faz presente nos elementos da ceia. - Benção Inerente: Ensino de algumas Igrejas evangélicas de que há uma bênção especial nos elementos da ceia. - Ceia Simbólica: Pensamento mais comum nas Igrejas evangélicas e coerente com o ensino bíblico de que a ceia é um simbolismo ou memorial do sacrifício de Cristo. Esta é a posição dos batistas e grande parte das Igrejas evangélicas. “fazei isto em memória de mim.” (I Co 11.24,25) 10. Diante do ensino anterior, qual a forma e fórmula bíblica do batismo? R: A forma bíblica é mergulho ou imersão e a fórmula é em nome da Trindade ou trinitária: “ ...em nome de Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28. 19). 11. Qual a forma de sustento da Igreja? R: a) Dízimos (Ml 3.8-12; Mt 22.21, 23.23). b) Ofertas (Ml 3.8 b; Mc 12.41-44; II Co 9.7). 12. Quais os oficiais da Igreja? R: a) Pastores ou presbíteros (I Tm 3.1-7; Tt 1.5-9) e b) Diáconos (I Tm 3.8-13; At 6.1-7). 13. O que significam os títulos ministeriais pastor, bispo e presbítero? R: - Pastor: Apascentador . Termo simbólico fazendo relação à Igreja como rebanho. - Bispo: Superitendente, supervisor. 78 - Presbítero: A tradução ao pé da letra é velho, ancião. J.H. Thayer diz que "presbítero indica a dignidade de ofício, enquanto bispo indica a função” (Eclesiologia. pág. 39. Enéas Tognini). Entendemos que estes três títulos são sinônimos e portanto referem-se às mesmas funções. 14. Quais os cinco ministérios citados no Novo Testamento pelo apóstolo Paulo? Em qual texto bíblico e quais suas definições? R: Os cinco ministérios estão relacionados em Efésios 4.11 (ver também I Co 12.28-31) e são indispensáveis para a edificação da Igreja: A pósto lo : O líder que implanta um a Igreja local, assenta os fundam entos e segue adiante para abrir outras Igrejas. Este ministério é de extrema importância para a expansão das Igrejas (Lc 11.49; I Co 12.28; E f 2.20). Profeta: Aquele que tem uma mensagem oportuna do coração e mente de Deus, prediz eventos e fala à liderança e Igreja sobre o que o futuro lhes reserva. O profeta Agabo m ostrou ao apóstolo Paulo sobre a sua perseguição em Jerusalém (At 11.27,28; 13.1; 21.10,11). Evangelista: E o pregador do Evangelho. Sua mensagem tem forte ênfase na salvação dos pecadores e tem habilidade dada por Deus para trazer um grande número de pessoas para a Igreja local. Pastor: É aquele que tem o coração de um pastor de ovelhas. A lim enta as ovelhas, cuida, dirige, protege, corrige e consola o povo de Deus num contexto de Igreja local. M estre: Aquele que se destaca pelo ensino da Palavra de Deus. Procura ensinar as verdades divinas tanto de forma prática quanto pessoal (Ne 8.4-8). COMENTÁRIO "listes cinco ministérios estão presentes na Igreja atual. Um só I ícler pode desenvolver dois ministérios ao mesmo tempo. O pastor, por exemplo, pode receber de Deus o dom de mestre. A questão é que, por falta de uma boa compreensão, estes cincos ministérios não são devidamente valorizados e muitas vezes são confundidos. Evangelistas são chamados de pastores, pastores são chamados de apóstolos, etc. I Jm evangelista desenvolvendo o trabalhode pastor pode trazer grandes transtornos para a Igreja local. Este pode atrair muitas pessoas a Cristo, mas seu ministério não tem sustentação para conservá-las na Igreja” . 15. Quais as disciplinas na Igreja? K: a) Disciplina Formativa: Formar no cristão o caráter de Cristo. I isla c a mais importante por ser preventiva. b) Disciplina Corretiva: Correção do cristão faltoso (Mt 18.15- 20; G1 6.1). c) Disciplina Cirúrgica: Exclusão do membro faltoso que não demonstra arrependimento e cujo mau testemunho prejudica a Igreja local e trás escândalos para com os descrentes (Mt 18.17). Esta é a última instância. 16. Quais as formas de governo? R: a) Ditatorial: E o sistema onde o poder está centralizado num homem e sua palavra é final e não há margem para discussão ou parlicipação dos demais. 80 b) Episcopal: Este sistem a concentra o poder de decisão nas nulos dos bispos e outras classes de cléricos. c) Presbiteriano: Este é um sistema democrático-representativo. As Igrejas elegem presbíteros para governá-las, mas estas próprias Igrejas estão sujeitas a concílios. d) Congregacional: Neste caso os membros da Igreja local têm uma participação maior na vida da Igreja, nas decisões e cada Igreja local é autônoma, independente e soberana. E um governo participativo por parte dos membros e deve-se ter o cuidado para não ferir os princípios bíblicos de autoridade pastoral e autoridade e submissão (I Ts 5.12-14). No Novo Testamento há base para a participação dos discípulos na solução dos problemas, eleição de diáconos e pastores: - Eleição de diáconos (At 6.1-7). - Eleição de pastores (At 14.23). - Pelo ensino de Jesus a Igreja é o último tribunal de apelação no caso de disciplina e deve reunir-se em assembléia (M t 18.17,18). COMENTÁRIO “O governo congregacional é bíblico até onde não ultrapassa os princípios bíblicos de autoridade pastoral e autoridade e submissão. O verdadeiro líder é bom ouvinte. Ele ouve os seus liderados, mas deve estar consciente da vontade de Deus para a Igreja local e transmiti-la com a capacitação do Espírito Santo.” 17. Qual a missão da Igreja? R: Sua tríplice missão é: a) Em relação a D eus: Adorá-lo e glorificá-lo em toda parte (Jo 4.23; E f 1.11,12). h) Iún relação a si mesma: Edifícar a si mesma, cuidado uns com os outros e promover o seu próprio crescimento qualitativo e quantitativo (Hf4.15,16). c) Km relação ao m undo: Pregar o Evangelho ao perdido e fazer discípulos (Mt 28.18-20; At 1.8). 18. Quais as condições para pertencer a uma Igreja? R: - Confessar Jesus com Senhor e Salvador (Rm 10.9.10). - Ser regenerado ou nascido de novo (Jo 3.3). - Demonstrar genuíno arrependimento (Mt 3.2,8). - Ser batizado (Mt 28.19,20). 19. Quem realiza o batismo nas águas? R: A Igreja local. Por intermédio do pastor que tem aval da própria Igreja. 20. Quem pode ser batizado? R: Q uem se a rrepende dos pecad o s d em o n stra fru to s de arrependimento e tem idade suficiente para crer e entender a obra de salvação em Cristo (Mc 16.16). 21. Quem pode participar da ceia? R: Todos os cristãos nascidos de novo, que foram batizados conforme a Bíblia e em comunhão com a sua Igreja local (I Co 11.27-29). 22. Qual a diferença entre a Ceia e a Páscoa? R: A Ceia do Senhor não é a Páscoa, embora ambas têm uma forte ligação. A Páscoa é do Antigo Testamento, foi ordenada por Deus na libertação do povo hebreu da escravidão do Egito (Ex 12.1 -28). Esta tinha três aspectos: O histórico (libertação do Egito), o pessoal (experiência pessoal de salvação) e o profético (o sacrifício na cruz). A Ceia é do Novo Testamento, um memorial do sacrifício de Jesus Cristo. O Senhor Jesus celebrou a Páscoa instituindo a Ceia (Mt 26. 19, 26-30). O apóstolo Paulo usou a expressão ' ‘Ceia do Senhor” (I Co 11.20). A Páscoa tinha outros elementos que não são citados no texto da Ceia. Somente o pão e o vinho (I Co 11.23-26). 23. Quais as qualificações do pastor? R: De acordo com I Tm 3.1-7 deve ser irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado ao vinho, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento, que governe bem a sua casa, que não seja neófito e que tenha bom testem unho dos de fora (ver Tt 1.5-9). 24. Quais as funções do diácono? R: Diácono significa servo (Diákonos, grego). E aquele que é separado na Igreja para servir nas diversas necessidades tais como a Ceia do Senhor, auxiliar o pastor nas visitas aos enfermos e outros necessitados, atuar na área de beneficência social (esta última função é que levou a Igreja de Jerusalém a criar este ofício, ver At 6.1-6), etc. 25. Quais as qualificações do diácono? R: De acordo com I Tm 3.8-13 deve ser de consciência limpa, irrepreensíveis, m arido de uma só mulher, que governe bem seus filhos e a própria casa. 26. Há base bíblica para o ministério de diaconisa? R: Sim. Entre as qualificações do diácono há qualificações para a diaconisa também. O contexto não deixa dúvida. “Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.” (I Tm 3.11) “Febe era diakonos da Igreja de Cencréia (Rm 16.1): Título que nossa versão portuguesa traduz “que está servindo”, mas que com maior probabilidade deve ser traduzido “diaconisa”, como também fazem algumas versões” (O Novo Dicionário da Bíblia, Edições Vida Nova - pág. 419). 27. O que é uma Igreja Batista? R: “E um a Igreja organizada de acordo com a Bíblia Sagrada e se identifica com as demais Igrejas Batistas do mundo naquilo que é o seu patrim ônio com um : seus axiom as ou p rincíp ios, sua declaração de fé, suas realizações e suas práticas ou pragm áticas” (Manual Básico dos Batistas Nacionais). 28. O que é uma Igreja Batista Nacional? R: “E uma Igreja que se identifica com as demais Igrejas Batistas naquilo que é seu patrim ônio comum: seus p rincíp ios, sua declaração de fé, e suas práticas, e pelo fato de ser filiada à < onvenção Batista Nacional, cujas características distintivas são: No campo teológico-doutrinário: a crença de que o batismo no 1 .spírito Santo e os dons espirituais são realidades bíblicas vigentes para a igreja de Cristo hoje” (M anual da Convenção Batista Nacional, pág. 29). E uma Igreja fruto do avivamento iniciado nos nnos ,50. 29. O que é a Convenção Batista Nacional? R: U tiliza a sigla CBN e é, como o nome já diz: “Uma convenção de Igrejas Batistas Nacionais. E através dela que as Igrejas exercem a sua cooperação. A CBN nasceu das primeiras 16 Igrejas avivadas no seio da Convenção Batista Brasileira, de onde foram excluídas na Assembléia de 1965, em Niterói, R. J .” 30. Qual a importância da Convenção Batista Nacional? R: Prom ove com unhão e cooperação entre as Igrejas Batistas Nacionais e fortalece a identidade das Igrejas. Planeja e auxilia as Igrejas na obra de missões estaduais, nacionais e no exterior através do plano cooperativo e ofertas m issionárias. Produz literatura, ad m in istra os sem inários, prom ove tre inam ento de líderes, congressos de adolescentes, jovens, homens, mulheres, etc. 31. Q ual a form a de susten to da C onvenção B atista Nacional? R: O plano cooperativo, que é o sistema financeiro adotado de comum acordo por todas as Igrejas, ofertas especiais das Igrejas destinadas a CBN e outras contribuições espontâneas. 32. O que é a ORM IBAN? R: Ordem de M inistros Batistas Nacionais. 33. Qual a importância da ORM IBAN? R: Arrolar e credenciar todos os seus membros, regulam entar os casos de ordenação, integração e reintegração ao ministério pastoral no âm bito da CBN, tratar de todos os assuntos peculiares ao ministério e à doutrina no âmbito da CBN... (Manual da ORMIBAN, Cap. II, das finalidades e meios, pág. 4). i - íDauUina la Mamem ' t U a p o t a g i a 1.Qual o significado de antropologia? R: E o estudo acerca do homem, sua origem, constituição, etc. ANTROPOS (grego): Homem. LOGIA (grego):
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