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Profe. Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 09 – HC I: Revoluções Francesa e Industrial 
 
 
 
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AULA 09: HC I - Revoluções Francesa e Industrial 
 
 
 
 
 
HC I: Revolução Francesa e Industrial 
Profe Alê Lopes 
AULA 09 
Unicamp 
Exasiu 
Exasiu 
EXTENSIVO 
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Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 09 – HC I: Revolução Francesa e Industrial 
 
 
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 AULA 09: HC I - Revoluções Francesa e Industrial 
Sumário 
 
Introdução: A Europa em Transformação .................................................................. 3 
1. A Revolução Industrial ................................................................................................ 8 
1.1 – O pioneirismo inglês ............................................................................................... 13 
1.2 – Impactos sociais da Revolução Industrial ............................................................... 15 
2. A Revolução Francesa .............................................................................................. 20 
2.1 – Uma Europa Absolutista antes da Dupla Revolução .............................................. 20 
2.2 – Revolução Francesa ................................................................................................ 23 
2.2.1 - As causas mais profundas da Revolução de 1789: o prelúdio ............................................................ 24 
2.2.2 – As tentativas de solucionar as “causas” ................................................................................................. 28 
2.2.3 – O desenrolar do conflito .......................................................................................................................... 31 
2.2.4 – 1ª. Fase: Assembleia Nacional Constituinte: o que não avança retrocede ...................................... 32 
2.2.5 – 2ª. Fase: a construção da República Francesa ...................................................................................... 42 
2.2.6 - O Governo Republicano do Diretório: a liderança dos girondinos (1795-1799) ............................. 47 
3. Lista de Questões ...................................................................................................... 49 
4. Gabarito ....................................................................................................................... 80 
5. Questões Comentadas ............................................................................................. 81 
6. Considerações Finais .............................................................................................. 153 
 
 
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Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 09 – HC I: Revolução Francesa e Industrial 
 
 
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 AULA 09: HC I - Revoluções Francesa e Industrial 
Queridas e Queridos Alunos, 
Sejam bem-vindos e bem-vindas a mais uma aula. É sempre um grande prazer compartilhar 
com vocês nosso trabalho e participar dessa caminhada até sua aprovação. É bom saber que você 
avançou mais uma aula! Isso é muito bom porque você está dominando cada dia mais nossa 
disciplina! 
Nesta aula continuaremos a estudar a formação do Mundo Capitalista. Na aula passada 
falamos das primeiras experiências políticas, filosóficas e econômicas de crítica ao Mundo do 
Antigo Regime. Assim, você já estudou o Movimento iluminista e a teoria liberal, as Revoluções 
Liberais inglesas do século XVII e a Independência dos Estados Unidos da América. As Revolução 
Industrial e Francesa completam e dão sentido às transformações estudadas até aqui. Elas marcam 
o início do da chamada História Contemporânea. Por isso, nossa aula é dedicada a essa chamada 
“dupla revolução”. 
Esse é um assunto que não cai nas provas, não! DESPENCA mesmo!!! Então, por favor, seja 
safo. Não durma. Anote tudo, faça seu controle de temporalidade e complete sua linda do tempo. 
Não me canso de afirmar, para você toda questão de história é imperdível! Você precisa 
estar preparado para TUDO! Não esquece: “o segrego do sucesso é a constância no objetivo”. 
Vamos seguir juntos! Se você tiver dúvidas, utilize o Fórum de Dúvidas! Eu vou te responder bem 
rapidinho. Ah, não tem pergunta boba, Ok? Vamos começar? Já sabe: pega seu café e sua 
ampulheta. Bora!! 
 
 
INTRODUÇÃO: A EUROPA EM TRANSFORMAÇÃO 
Na aula passada vimos o início de um mundo em transformação. Nosso foco foram a 
Inglaterra e o processo de mudança política nesse país. Ou seja, no século XVII, a burguesia 
mercantil em aliança com a nobreza aburguesada (os proprietários das grandes terras cuja função 
era criar ovelhas e produzir lã para a manufatura têxtil) conseguiu controlar o rei e criar condições 
para a expansão da economia rumo à industrialização. 
É verdade, como vimos, que isso foi um longo processo que incluiu a queda de alguns reis, 
a cabeça de uns deles, 2 revoluções (a Puritana e a Gloriosa) e, por fim, a imposição de uma Petição 
de Direitos do Parlamento sobre seu rei (o Bill of Rights). Assim, a Inglaterra tornou-se o epicentro 
de uma transformação econômica e produtiva sem precedentes na história. 
Os desdobramentos dessas experiências inglesas, e seus desdobramento teóricos no 
Movimento Iluminista, detonaram modificações em outros lugares do mundo, como na América. 
Com certeza, na Independência das 13 colônias que acabou por criar um novo e promissor país: 
os Estados Unidos da América! 
XVII XIX
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 AULA 09: HC I - Revoluções Francesa e Industrial 
Na Europa, o exemplo da força social da burguesia, com seu modelo econômico e suas 
ideias políticas, tornou-se elemento impulsionador de uma série de revoltas e revoluções na 
segunda metade do século XVII e durante o século XIX. 
Ao mesmo tempo, tal situação também demonstrou que havia uma crise do Antigo Regime. 
Veja o que diz um dos principais historiadores sobre esse momento histórico, Eric Hobsbawn, no 
livro A Era das Revoluções: 
O fim do século XVIII, como vimos, foi uma época de crise para os velhos regimes da 
Europa e seus sistemas econômicos, e suas últimas décadas foram cheias de agitações 
políticas, às vezes, chegando ao ponto da revolta, e de movimentos coloniais em busca 
de autonomia, às vezes atingindo o ponto de secessão: não só nos Estados Unidos 
(1776-1783) mas também na Irlanda (1782-1784), na Bélgica e em Liège (1787-1790), 
na Holanda (1783-1787), em Genebra e até mesmo – como já discutimos – na Inglaterra 
(1779). A quantidade de agitações políticas é tão grande que alguns historiadores mais 
recentes falaram de uma “era da revolução democrática”, em que a Revolução Francesa 
foi apenas um exemplo, embora o mais dramático e de maior alcance e repercussão.1 
(grifos nossos) 
 
Assim, se o século XVII e o início do XVIII abrigou sementes de transformação, no século XIX essas 
sementes irromperam em Revoluções que originaram uma novíssima sociedade nascida a partir 
dos escombros do velho regime absolutista e mercantilista. 
 
 Presta atenção agora e articula comigo, a partir dos grifos da citação e do esquema a 
seguir: 
Leia mais um trecho de Hobsbawn: 
Aqui precisamos simplesmente observar que as forças econômicas e sociais, as 
ferramentas políticas e intelectuais desta transformação já estavam preparadas, pelo 
menos em uma parte da Europa suficientemente grande para revolucionar o 
resto.2(grifos nossos) 
Quais são as forças econômicas e sociais e as ferramentas políticas e intelectuais que o 
autor está se referindo? Vejamos no esquema a seguir: 
 
1 HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2003, pp.98-99. 
2 HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2003, p. 21. 
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 AULA 09: HC I - Revoluções Francesa e Industrial 
 
Essas forças sociais e econômicas, bem como as ferramentas políticas e intelectuais se 
conjugaram de maneira explosiva na França de 1789 e produziram mudanças políticas muito mais 
profundas do que aquelas desenvolvidas na Inglaterra 1 século antes. Foi a partir da Revolução 
Francesa que o liberalismo se expandiu primeiro para a Europa e, depois, para o mundo (pelo 
menos o Ocidental). Anote isso dentro do seu coração!! 
Por isso, o historiador inglês afirma que a França foi o epicentro gêmeo da Inglaterra, na 
sua perspectiva política, de tal forma que a Revolução Francesa e a Revolução Industrial 
constituem uma “dupla revolução” – uma combinação de dois eventos indissociáveis. Nas palavras 
de Hobsbawn: 
 
Mas não seria exagerado considerarmos esta dupla revolução – a francesa, bem mais 
política, e a industrial inglesa – não tanto como um fato que pertença a história dos dois 
países que foram seus principais suportes e símbolos, mas sim como a cratera gêmea 
de um vulcão regional bem maior. O fato de que as erupções simultâneas ocorreram 
na França e na Inglaterra, e de que suas características difiram tão pouco, não é nem 
acidental nem sem importância. [...] É igualmente relevante notar que elas são, neste 
período, quase inconcebíveis sob qualquer outra forma que não a do triunfo do 
capitalismo liberal burguês.3 
 
Veja que o historiador afirma, conforme o grifo do trecho acima, que não foi mera 
coincidência que as duas revoluções ocorressem quase simultaneamente e sob os mesmos 
aspectos de forças econômicas e sociais e das mesmas ferramentas políticas e intelectuais. A força 
da burguesia, o liberalismo, a industrialização... todos esses elementos estavam presentes nas 
 
3 Idem, p. 20. 
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duas revoluções, percebe? Contudo, uma com relevância maior no aspecto político (a França) e a 
outra no aspecto econômico (a Inglaterra). Dessa forma, o mundo se transformou segundo um 
modelo franco-britânico. 
 Agora, finaliza essa articulação reflexiva comigo: 
O que permitiu que ambas as revoluções explodissem e se espalhassem feito fogo no 
palheiro foi a crise do Antigo Regime. O antigo regime era, no século XVIII, um sistema político e 
econômico que para continuar em pé precisava de “escoras”. Mas quais seriam os sustentáculos 
desse “anciens régimes”? 
Veremos ao longo da aula de hoje, que as velhas monarquias absolutistas precisaram se 
escorar umas nas outras, fazendo alianças para tentar barrar os ventos da transformação que não 
se contentavam com os limites territoriais da Inglaterra ou da França. Por isso, as principais 
monarquias absolutistas (naquele contexto eram a Rússia, a Prússia e a Áustria) usaram a força de 
sua tradição, seu velho status social, sua capacidade de mobilizar exércitos, e até mesmo a Igreja 
Católica, para impor uma reação conservadora contra a pressão revolucionária. 
Portanto, querido e querida, o contexto de gradual solapamento da velha sociedade do Antigo 
Regime foi uma condição fundamental para que aquelas forças econômicas e sociais (burguesia) 
detentoras das ferramentas políticas e intelectuais (liberalismo político e econômico) pudessem 
convergir em consequências transformadoras a fim de criar e sustentar um novo mundo. 
Assim, podemos dizer que o Século XIX constituiu um tempo de tensão, conflitos e disputas 
entre dois mundos: 
 
 
Mas eu vou fazer um spoiler aqui: adivinha quem vai ganhar esse jogo de “cabo de guerra”? 
Novo Mundo: 
Capitalista 
(ascensão)
Velho Mundo: 
Antigo Regime
(declínio)
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Portanto, queridas e queridos alunos, temos que ter em mente, SEMPRE, que cada evento 
que estudarmos está em função dessa luta e da vitória do Novo Mundo Capitalista. Nesse sentido, 
o historiador Hobsbawn, acompanhado por outros historiadores, estabeleceu uma divisão desse 
período dando ênfase à consolidação política do novo mundo, sua expansão econômica e as 
consequências militares desse longo processo. Veja como ficou a periodização e os principais 
elementos que caracterizam cada um desses “blocos de tempo”: 
 
 
 
 
 
 
 
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Pronto, agora que você já sabe que a dupla revolução forneceu o sentido geral das batalhas e 
conflitos do século XIX, vamos estudar cada capítulo dessa série chamada “O longo Século XIX”. 
1. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Entre meados do século XVIII e ao longo do XIX, configurou-se um cenário de 
transformações das ideias – o Iluminismo! Nesse mesmo contexto, surgiu uma nova forma de 
produzir riquezas: a industrialização, ou seja, produzir mercadorias por meio de máquinas. Por 
isso, alguns historiadores falam em maquinofatura. 
 Essa Revolução foi fruto de um processo histórico formado por múltiplos fatores 
combinados ao longo do tempo. Preste muita atenção, pois vamos estudá-los agora! 
 
Para relembrarmos. Até então, na economia mercantilista, as mercadorias 
comercializadas eram extraídas da natureza ou produzidas no campo. Por isso, os 
primeiros economistas iluministas – conhecidos como fisiocratas - falavam que a 
terra era o principal meio de riqueza. Nos séculos XV e XVI, houve esforço 
gigantesco para se descobrir uma rota até as Índias para buscar especiarias. Nas 
Américas se produziu açúcar, tabaco, couro, carne, extraíram-se as drogas do 
sertão e, sobretudo, extraíram-se ouro, prata, diamantes. Além claro, do grande 
comércio de viventes: seres humanos africanos. Perceba que, naquele contexto da Modernidade, 
o comércio era o centro da atividade econômica. Por isso, a classe econômica que ganhou grande 
importância nessa época, apesar da dominação da nobreza, foi a burguesia comercial, ou 
mercadores - como eram mais conhecidos na naquela época. 
 
Eric Hobsbawn escreveu 
a principal análise sobre o que 
chamou de Longo Século XIX – 
que começaria com a Revolução 
Francesa e termina com a 1ª. 
Guerra Mundial. Ele publicou na 
trilogia composta pelos livros: 
A Era das Revoluções, a Era do 
Capital e a Era dos Impérios. As 
bancas de Vestibular AMAM 
esse autor. Fiquem ligados! 
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A manufatura usava parte desses produtos tropicais para produzir os produtos necessários 
para o comércio em menor escala. Nesses séculos de mercantilismo, houve certa evolução técnica. 
Anote aí: 
➢ Produção artesanal: As mercadorias eram 
produzidas nas oficinas por artesãos, mestres e 
aprendizes. A escala dessa produção era 
praticamente familiar e com alguns mestres e 
aprendizes. O artesão conhecia e realizava 
TODAS as etapas do processo de produção. Em 
geral, o artesão era o DONO da oficina. 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Produção manufatureira: Diante da forma artesanal 
de produção a forma usada para aumentar a produção 
era aumentando o número de produtores, por isso, 
surgiram as manufaturas. Para se ter mais tecido era 
preciso ter mais tecelãs e tecelões. 
Nessa etapa da evolução técnica da produção 
as manufaturas constituíam “enormes oficinas”. Ainda 
sem especialização do trabalho, mas já com algumas 
divisões da atividade produtiva, pois os artesãos que 
trabalhavam na manufatura conheciam todas as 
etapas produtivas. 
Contudo, esse processo não era muito 
planejado. Além disso, o fato de os donos das oficinasperceberem que, conforme um trabalhador se 
especializava ele trabalhava mais rápido, porque a 
atividade ficava mais aprimorada e mais automática, 
contribuiu para alterar o processo produtivo. A realidade produtiva estava prestes a saltar para a 
grande escala. 
Nas manufaturas, as ferramentas pertenciam a um único dono específico que, em geral, 
fiscalizava e organizava o trabalho realizado pelos seus empregados. Além disso, algumas 
ferramentas foram aprimoradas e deram alguma velocidade à produção. Um exemplo é o tear 
manufaturado. 
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Veja a imagem, observe a diferença com a ilustração dos teares da artesã. Mas note 
também que ele ainda é de 
madeira e operado manualmente. 
A partir do final do século 
XVII e início do XVIII, a Inglaterra 
já apresentava uma manufatura 
bastante dinâmica. Tanto é 
verdade que, em 1703, ela se 
impunha como a maior produtora 
têxtil da Europa e, por isso, pôde 
estabelecer, com Portugal, o 
Tratado dos panos e vinhos – 
Tratado de Methuen. Veja a 
imagem de uma réplica de uma 
grande manufatura têxtil 
britânica. 
 Só para você não achar que a Inglaterra era a única que pensava em produzir mais e mais, 
a França também tinha manufaturas importantes, mas o país não teve políticas econômicas que 
incentivassem o desenvolvimento do sistema manufatureiro. Tampouco, havia na França 
condições políticas para o crescimento da burguesia, diferentemente da Inglaterra. 
Dessa forma, a burguesia inglesa buscava novas formas de aumentar a produção e, com as 
pesquisas científicas nas áreas de física e química - iniciadas nessa conjuntura de transformações- 
foi possível desenvolver a tecnologia de máquina à vapor. 
 Portanto, a partir da segunda metade do século XVIII, surgem as primeiras máquinas que 
impulsionaram a passagem da produção manufaturada para a maquinofaturada – processo este 
que caracterizou a Revolução Industrial. 
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James Watt (1736-1819), engenheiro inglês, foi inventor da Máquina térmica usada inicialmente 
para retirar água de dentro das minas de carvão. Depois seu mecanismo espalhou-se para diversos 
setores, inclusive para a indústria têxtil e para a criação da locomotiva à vapor – que mudou 
completamente o modo de vida da sociedade europeia. 
Na prática, foi essa invenção que deu suporte tecnológico para todo o processo de Revolução 
Industrial, pois substituiu a força do trabalho humano por trabalho mecânico gerada pela força do 
vapor. 
 
➢ Produção mecanizada ou 
maquinofaturada: iniciada com os 
avanços técnicos e com o 
aperfeiçoamento do processo 
produtivo. A produção é realizada 
a partir da divisão e especialização 
do trabalho, ou seja, cada 
trabalhador realiza uma tarefa 
específica. Aqui, as máquinas 
substituíram várias ferramentas e, 
algumas vezes, o próprio 
trabalhador. Isso permitiu o desenvolvimento da produção em série e em 
larga escala. 
O artesão já não controlava a produção cujo tempo era ditado pelo ritmo da máquina e 
definido pelo dono da máquina, ou seus gerentes/encarregados (chefes). Agora, o ex-artesão 
A água 
aquecida na 
caldeira entra em 
ebulição e o 
vapor expande-se 
provocando o 
movimento do 
pistão que, 
acoplado à roda, 
provoca o 
movimento de 
um eixo: essa é a 
mágica da 
substituição do 
trabalho humano 
pelo trabalho da 
máquina. 
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tornou-se um trabalhador que passou a trocar seu tempo de trabalho por um salário. Surge a 
figura do trabalho assalariado. Esse processo de transformações e essa nova configuração 
produtiva é chamada de Revolução Industrial. 
 
Assim, a Revolução Industrial pode ser caracterizada como um longo processo de 
transformações técnicas, ocorridas de modo genérico na Europa Ocidental, a 
partir da segunda metade do século XVIII. 
Além disso, memorize: o processo de industrialização da economia, isto, é, a 
instalação da indústria, das máquinas e o emprego dos operários (trabalhadores 
assalariados das indústrias) foi impulsionado pioneiramente pela Inglaterra. 
 Pega o bizu: 
Bixo, atente-se: esse processo estendeu-se para outros setores e outros países, sempre estimulado 
por novas descobertas, novas tecnologias, novas matérias-primas, novas fontes de energia e novas 
formas de organizar a produção. Nesse sentido, os especialistas afirmam existir fases da revolução 
industrial, o que algumas vezes aparece nos livros de história como fases da revolução industrial 
ou revoluções industriais. 
 
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1.1 – O PIONEIRISMO INGLÊS 
O processo de mecanização da produção aconteceu primeiro na Inglaterra. Vamos buscar 
explicações para a largada precoce inglesa na Revolução Industrial. Em frente, me acompanha! 
O pioneirismo inglês na Revolução Industrial pode ser explicado por elementos políticos e 
econômicos. Durante a fase mercantilista da economia foi possível acumular muito capital na 
Inglaterra. Nesse processo de expansão econômica duas classes sociais se destacaram: a 
burguesia mercantil e a nobreza aburguesada. Como se fosse uma engrenagem que se 
retroalimenta, o fortalecimento da burguesia e do comércio representava o próprio fortalecimento 
econômico da Inglaterra. 
 Elementos econômicos e políticos: 
➢ Os cercamentos: 
Os cercamentos foram um processo de concentração fundiária no qual a terra foi utilizada 
com dois objetivos: produção de alimentos e criação de ovelhas. Foi um processo que começou 
ainda no final da Idade Média, se estendeu por toda a Idade Moderna e se acentuou com a 
Revolução Industrial, pois esta permitiu a mecanização de alguns processos produtivos. A lã das 
ovelhas era utilizada para a produção de tecidos. 
Desse processo de concentração fundiária decorreram alguns efeitos que contribuíram para 
o pioneirismo inglês na industrialização da economia: 
1. Produção de alimento em larga escala, que possibilitava o abastecimento das cidades; a 
formação de feiras, comércio local e comida a preços mais acessíveis. Além disso, a 
Inglaterra não precisava importar alimentos, como Portugal e Espanha, promovendo, 
assim, balança comercial favorável. 
2. Produção de matéria-prima em quantidade suficiente para formação de uma manufatura 
têxtil. 
3. Êxodo rural que mantinha um contingente de trabalhadores livres para serem utilizados 
na produção têxtil. Durante a Revolução Industrial esse contingente foi fundamental para 
abastecer demais ramos da indústria. 
4. Formação de uma classe política conhecida como “nobreza aburguesada”. As terras 
desse setor da nobreza estavam ligadas ao desenvolvimento da economia mercantil – 
como a criação de ovelhas - e, portanto, aos interesses da burguesia mercantil 
5. Esses dois grupos se aliaram politicamente em vários momentos contra a nobreza 
tradicional (que, em geral, apoiava o poder absolutista do rei) para fazer valer políticas 
de incentivo comercial. Uma das medidas foi a criação de leis protecionistas para 
proteger a manufatura doméstica de lã das crescentes quantidades de tecidos 
importados. 
 
➢ Fortalecimento das atividades mercantis: acumulação primitiva de capital 
Ao longo da época de desenvolvimento mercantilista, a Inglaterra promoveu uma política 
de estímulo às atividades mercantis por meio do fortalecimento da marinha mercante. Desde o 
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Governo da Dinastia dos Tudor, sobretudo no governo da rainha Elisabeth I, passando pelo 
Governo do republicano Oliver Cromwell – com os Atos de Navegação, de 1651 – foi possível à 
Inglaterra tornar-se a “senhora dos mares”. 
Para isso, os britânicos conseguiram: 
✓ Vencer a hegemonia de Felipe II, rei da Espanha. 
✓ Enfrentar a Holanda e a França. 
✓ Com a crise de Portugal e Espanha, no século XVII, ocuparam um espaço no comércio 
transatlântico que não tinham. 
Além disso, você deve lembrar do papel proeminente da Inglaterra em relação aos acordos 
que ela estabeleceu com Portugal. Em 1703 foi o Tratado de Methuen, justamente quando se 
descobriu ouro na América portuguesa. Ou seja, indiretamente o Brasil contribuiu para financiar o 
fortalecimento econômico e político da burguesia e da nobreza aburguesada inglesa. 
Dessa forma, diversos historiadores afirmam que esse processo de fortalecimento do 
comércio inglês gerou um “acúmulo primitivo de capital”. Esses montantes enormes de lucros 
privilegiaram a ação empreendedora, criativa e inventiva da burguesa, dos intelectuais, dos 
cientistas que buscavam novas e mais eficientes formas de produzir riqueza. 
Evidentemente, uma economia mercantil mais forte transformou a burguesia inglesa na classe mais 
vanguardista na promoção de inovações. 
➢ Condições estruturais favoráveis 
 
✓ A Inglaterra tinha muitas 
jazidas de carvão e ferro, o 
que facilitava o uso de 
fontes de energia e de 
fonte de matéria-prima. 
✓ 4As grandes levas de 
trabalhadores rurais, que 
saíram do campo e foram 
para a cidade, 
transformaram-se em 
“exército industrial de 
reserva” (anote essa 
expressão porque ela 
despenca nos textos de 
época que caem no 
 
4 Habitações operárias: evolução das imagens de representação - Scientific Figure on ResearchGate. 
Available from: https://www.researchgate.net/figure/Figura-01-Bairros-pobres-de-Londres-Litogravura-
de-Gustave-Dore-de-1872-Fonte_fig1_320589970 [accessed 22 Apr, 2019] 
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vestibular), ou seja, pessoas desempregadas disponíveis para serem empregadas 
como trabalhadores assalariados nas fábricas. 
 
1.2 – IMPACTOS SOCIAIS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
A Revolução Industrial não foi só uma mudança na forma de produzir riqueza. Ela foi o 
elemento impulsionador de uma revolução na forma como a sociedade se organizou e, assim, 
causou impactos no campo produtivo, econômico, social, político e ideológico. 
Por sua vez, os impactos relacionados ao campo político, econômico e ideológico vamos 
destrinchá-los no contexto da Revolução Francesa. Quanto aos aspectos sociais das 
transformações ocorridas a partir do processo de industrialização, vejamos agora. 
 A primeira grande transformação foi o cenário da vida social. A urbanização se 
aprofundou rápida e desorganizadamente. Praticamente todos os “problemas da 
cidade” que 
discutimos na 
contemporaneidade 
têm raízes nesse 
momento histórico. Por 
isso, falamos da 
formação de uma 
sociedade urbano-
industrial – com seus 
avanços e limites. As 
indústrias foram 
instaladas nos 
arredores das cidades. 
Isso gerou um afluxo 
de uma grande massa 
de trabalhadores, de 
modo que a população 
urbana cresceu demais: 
 Bairro operário de Londres, Gravura de Gustave Doré, 1850 
 
Veja os números e a partir dele faça uma reflexão sobre a imagem que segue logo após o 
gráfico: 
 
 
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 Em relação ao universo social, 
houve mudança e progresso nos 
setores de comunicação e 
transporte. Isso foi fundamental 
para ampliar a circulação e 
distribuição de mercadoria, bem 
como para ampliar a dimensão 
social dos espaços de circulação das 
pessoas. A locomotiva à vapor, as 
estações de trem, as chegadas e 
partidas alteraram profundamente o 
modo de ser, sentir e viver das 
pessoas. Essas novas sensações 
ficaram retratadas nas obras de 
pintores como Monet, na escola artística que conhecemos como impressionismo. 
 
 Como falamos, a Revolução Industrial é um sistema que criou relações sociais. A mais 
estruturante delas foram as relações de trabalho estabelecidas entre proprietários e não-
proprietários. Na acepção clássica dos economistas do século XIX: a relação entre capital 
e trabalho. 
Como vimos, a maquinofatura se caracteriza pela divisão do trabalho a partir de atividades 
especializadas. Dentro da fábrica, os trabalhadores são aqueles que trocam seu tempo de trabalho 
por salário. 
0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000
1750
1801
1851
Crescimento população urbana na Inglaterra
População urbanaEstação Saint-Lazare, 1877, óleo sobre tela Claude Monet, Museu d’Orsay, Paris. 
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No entanto, o que os 
inúmeros estudos no campo da 
história, da economia, da 
etnografia e até mesmo das artes 
demonstram é que as condições 
nas quais os trabalhadores 
executavam suas atividades 
eram aviltantes. A partir dessas 
pesquisas 
podemos 
citar: 
 
 
 
 
Horas longas e trabalho duro não eram novidade para aqueles que sempre viveram da força do 
seu trabalho braçal: os pobres! Mas trabalhar na fábrica é diferente de trabalhar no campo. No 
campo, o controle da jornada e do tempo é mais possível ao próprio trabalhador. Os períodos 
eram mais folgados. No inverno, por exemplo, a falta de luz diminuía o número de horas em que 
se trabalhava. Já aqueles que teciam em oficinas domésticas podiam até certo ponto estabelecer 
seus próprios horários. Nos bairros operários é o apito que controla o horário de trabalhar e 
descansar das pessoas. Esse momento, diga-se de passagem, era sempre o menor. Reflita sobre 
esse tema, pois os Vestibulares amam perguntar sobre o “controle do tempo”: se o próprio 
homem, se Deus ou se a fábrica! 
 
Nessa conjuntura, as crises entre trabalhadores e proprietários se intensificaram e, com isso, 
surgiram as organizações de trabalhadores. De um lado, os proprietários chamados de patrões 
desejavam manter seus custos sempre os menores possíveis; de outro, os trabalhadores exigiam 
melhores condições de trabalho e aumento de salários. 
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5Essa 
gravura fez parte de 
um relatório do 
Parlamento Inglês 
sobre o trabalho 
infantil nas minas de 
carvão. Ela mostra 
um trapper abrindo 
uma porta 
subterrânea para 
um hurrier que 
empurra um vagão cheio de carvão. Segundo o relatório, crianças dentre 5 e 10 anos, os trappers, 
passavam doze horas por dia sentados sozinhos no escuro, abrindo e fechando portas. Os hurriers, 
em geral meninas, empurravam os carrinhos com cerca de 400 quilos por até 6 quilômetros por 
dia, entre o veio do carvão e o elevador da mina em túneis de 50 centímetros de altura. 
 
Mas, Profe, não existia nenhuma lei que falasse sobre tempo de trabalho, de trabalho infantil ou 
sobre o quanto se precisava ganhar para viver em Londres? 
Apenas em 1842, em consequência do relatório e dos protestos dos operários, surgiu a Lei 
das Minas, que proibiu o emprego de crianças de menos de 10 anos bem como de mulheres. Veja, 
somente as crianças menores de 10. Com 10 já poderia trabalhar nessas condições. 
Contudo, as teorias do liberalismo econômico tinhamuma interpretação sobre a atribuição 
de valor ao trabalho: a mesma de qualquer mercadoria. Grosso modo, quando estudamos os 
aspectos econômicos do liberalismo, aprendemos que a lei da oferta e da procura deve determinar 
o valor das mercadorias. Por suposto, se o trabalho é entendido como mercadoria, então, o valor 
a ser pago pelo trabalho é determinado pelo mercado, ou melhor, pela quantidade de mercadoria 
existente no mercado. Por isso, nem Estado, nem sindicatos e nem os patrões poderiam regular 
essa “lei natural” do mercado. 
Evidentemente, com o número exagerado de pessoas vivendo nas cidades, por essa lógica 
liberal, o salário poderia chegar a um fator quase nulo. Moralmente, a classe de proprietários se 
via livre de qualquer julgamento cristão acerca das péssimas condições de vida a que seus 
empregados, inclusive crianças, estavam submetidos. Contudo, a diferença da riqueza produzida 
e dos salários recebidos, somada às péssimas condições de vida dos trabalhadores, gerava tensões 
entre as duas classes sociais fundamentais da economia industrial: proprietários e não 
proprietários. 
 
5 Children in Mines. Disponível em: https://museum.wales/articles/2011-04-11/Children-in-Mines/. 
Acessado em 22-04-2019. 
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Diante dessa tensão, os operários iniciaram uma série de movimentos contra esse estado 
de exploração. Foi assim que, em 1811 surgiu o movimento ludita. Era um movimento revoltoso, 
espontaneístas e praticado por trabalhadores que quebravam as máquinas. Em geral, boicotavam 
as caldeiras das máquinas gerando inundação em fábricas e minas de carvão. Muitas vezes, muitos 
trabalhadores saiam ferido dessas ações. 
Percebendo a necessidade de se organizar melhor, alguns operários começaram um 
movimento político chamado Cartismo. O movimento cartista começou a exigir o direito ao voto 
aos operários. Dessa forma, os trabalhadores poderiam ser eleitos para o parlamento inglês. Em 
decorrência, teriam condições de exigir leis para melhorar as condições de vida da classe 
trabalhadora. Essa foi uma longuíssima batalha até final do século XIX. 
No meio do caminho, os operários aprimoraram a ideia de “rebelião” operária, pois 
perceberam que ao destruir as máquinas, perdiam o mínimo que tinham. Ou seja, perceberam 
que capital e trabalho compõem uma relação de dependência. Mas precisavam de um novo 
instrumento para reclamar suas reivindicações. Como, na maioria das vezes, não eram recebidos 
para o diálogo e a negociação, criaram a greve. 
Greve é a situação na qual os trabalhadores param de trabalhar momentaneamente, ou seja, 
paravam a produção das máquinas. Com isso, eles esperavam chamar a atenção dos patrões, uma 
vez que máquina parada é prejuízo. 
 
 
Para organizar 
essas ações e as pautas 
de reivindicações, os 
trabalhadores criaram 
sindicatos, chamados 
na Inglaterra de trade 
unions. 
Nesse momento 
da história, os 
sindicatos foram uma 
importante forma de 
diálogo e de resistência 
dos trabalhadores 
contra o abuso e a exploração de um setor dos proprietários. Afinal, esses conflitos se estenderam 
durante todo o século XIX. 
Para finalizar quero chamar sua atenção para o fato de que as ações e instituições mudam 
ao longo do tempo. Por isso, vocês devem olhar esses elementos no seu tempo histórico para, 
assim, perceber o contexto do surgimento, a função que desempenhavam, a importância que 
tiveram, as relações que estabeleceram, entre outros. 
O quarto Estado. Giuseppe Pellizza da Volpedo. Óleo sobre tela, 1901. Museu do Novecento, 
Milão, Itália. 
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Jamais, jamais mesmo cometam o erro de serem anacrônicos: ou seja, olhar para o tempo 
histórico passado com os significados atuais. 
2. A REVOLUÇÃO FRANCESA 
2.1 – UMA EUROPA ABSOLUTISTA ANTES DA DUPLA REVOLUÇÃO 
Veja, a Revolução Francesa tem uma importância enorme para as transformações tratadas 
aqui. Lembra do trecho que lemos acima, do historiador inglês? 
“A quantidade de agitações políticas é tão grande que alguns historiadores mais 
recentes falaram de uma “era da revolução democrática”, em que a Revolução Francesa 
foi apenas um exemplo, embora o mais dramático e de maior alcance e repercussão. 
(grifos nossos) 
 Assim, para falar da repercussão dessa experiência histórica e entender as consequências 
que ela provocou, é necessário que você recorde da forma como a Europa estava organizada. 
Politicamente você já sabe e até desenha, né: 
 
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Agora, quero que você perceba como as monarquias absolutistas estavam organizadas 
territorialmente. Observe bem o mapa com atenção para 3 reinos: Rússia, Prússia e Áustria. 
 
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Esses três reinos (ou impérios) constituíram as 3 principais Monarquias Absolutistas da 
Europa, além da França – esta, com certeza, a Monarquia Absoluta que servia de modelo para 
outras. Cada uma teve um processo de formação distinto, no entanto, conforme nos ensina Perry 
Anderson, todas elas se constituíram instituindo formal e juridicamente relações de servidão 
maciça no campo e constituindo exércitos permanentes. Nesse sentido, o grau de violência dessas 
monarquias contra a população campesina é maior do que aquela vivida na Europa Ocidental. Nas 
palavras de Anderson, 
O Estado absolutista no Leste foi, em contraste, a máquina repressiva de uma classe 
feudal que acabara de extinguir as tradicionais liberdades comunais dos pobres. Foi um 
instrumento para a consolidação da servidão, em um cenário onde não existe vida 
urbana autônoma, muito menos resistência. [...] A dose de violência injetada nas 
relações sociais foi proporcionalmente muito maior. E o Estado Absolutista no Oriente 
nunca perdeu as marcas dessa experiência originária. (p. 213) 
 
6 Adaptação de ARRUDA, José Jobson de A. Atlas Histórico Básico, 2008, p. 25. 
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Essas duas características gerais estão relacionadas com as guerras que ocorreram no Leste 
Europeu durante todo o século XVII como as de caráter religioso e, sobretudo, a Guerra dos Trinta 
Anos corrida entre 1616 e 1648. 
Outra experiência de tensões militares foram as inúmeras invasões que a Suécia promoveu 
no leste Europeu nesse mesmo período, especialmente sobre a região que hoje conhecemos 
como Alemanha. Essa região era um labirinto de pequenos Estados muito fragmentados e frágeis. 
Segundo Perry Anderson, 
 
A Suécia – o mais novo e surpreendente de todos os absolutismos ocidentais, um país 
jovem de população escassa e economia rudimentar – se revelou o flagelo do Leste. 
Seu impacto sobre a Prússia, Polônia e Rússia nos noventa anos que se passaram entre 
1630 e 1720 ... é o maior ciclo de expansão militar do absolutismo europeu. (p. 217) 
Tal conjuntura dizimou parte importante da população do campo. Em terras muito extensas 
e com baixa densidade demográfica, como as da Rússia, Polônia e até alguns estados alemães, 
manter os camponeses presos à terra era uma questão fundamental para garantir mão de obra e 
a continuidade da produção de alimentos. Quanto aos exércitos, fora uma consequência do 
constante belicismo da região devido às disputaspor uma saída para o Mar Báltico ou ao Sul, nos 
Balcãs. 
 Mas Profe, por que você está ressaltando isso agora? 
 Porque quero que você pense nessas relações entre classes sociais distintas no 
contexto da expansão do pensamento liberal!!! 
 Quero que você imagine como vai ficar essa massa campesina, em situação de 
servidão secular, quando os ventos liberais atingirem a Europa Ocidental. O que será 
que o campesino e os pequenos produtores hão de pensar e fazer? 
 Também quero que você pense na relação entre as monarquias. Vai refletindo aí e 
formando uma imagem na sua cabeça ao longo dessa aula, pode ser? 
Além disso, essas Monarquias tiveram como papel histórico garantir o poder e a 
legitimidade do poder absolutista. 
 Diante desses desafios para entendermos bem o contexto no qual explode a Revolução 
Francesa, não se esqueça dessas Monarquias Absolutistas da Europa Oriental, pois foram elas que 
se levantaram contra a maior e mais profunda experiência liberal: A Revolução Francesa de 1789! 
Se liga!!! 
2.2 – REVOLUÇÃO FRANCESA 
A Revolução Francesa, enquanto primeiro momento mais contundente da queda do 
absolutismo francês, teve início em 1789. Porém, enquanto um processo histórico, a queda do 
absolutismo francês – em definitivo – ocorrerá apenas em 1830. Até o round final, inúmeros atos 
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precedentes ora colocaram os revolucionários à frente, ora a tentativa de restauração da 
Monarquia esteve em vantagem. 
Nessa seção da aula, veremos o período que a historiografia convencionou alocar a 
Revolução Francesa que vai de 1789 até 1799, quando Napoleão chega ao poder. Para ficar mais 
fácil de entender essa década inteira, costumamos dividi-la em 3 fases: 
Para iniciar, então, 
esse importante 
conhecimento que todo 
ano cai nos vestibulares, 
comecemos pelas causas 
estruturais, isto é: quais 
eram as condições 
objetivas da vida social, 
econômica e política da 
França no momento pré-
Revolução? 
 
2.2.1 - As causas mais profundas da Revolução de 1789: o prelúdio 
Primeiramente, temos que resgatar os novos valores culturais e ideológicos que rondavam 
toda a Europa. As ideias Iluministas foram ingredientes importantes para o processo 
revolucionário. Então, apenas para reforço, lembre-se de que o Iluminismo questionava: 
 
✓ As explicações religiosas para a existência do mundo e dos fenômenos da vida, pois o ideal 
revolucionário priorizava as experiências científicas; 
 
✓ O funcionamento do Estado, o qual impunha uma ordem social e econômica desigual, 
marcada por privilégios à realeza e à nobreza. 
 
A própria independência dos EUA contra a monarquia inglesa foi mais um sopro para 
impulsionar os ventos da Revolução Francesa. Como a França apoiou os colonos contra a 
metrópole inglesa, muitos líderes norte-americanos passaram a frequentar a França. Benjamin 
Franklin, por exemplo, um dos pensadores políticos norte-americano de maior influência, foi 
embaixador dos EUA na França. Literalmente, os ideais da independência americana estiveram 
em solo francês. 
Além da efervescência no plano das ideias, outros elementos mais profundos, das raízes da 
sociedade, estavam na iminência de provocar transformações. Assim, como se fossem placas 
tectônicas em rota de coalizão, as causas socioeconômicas estavam no ponto de gerar uma grande 
crise revolucionária. 
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2.2.1.1 – Questões econômicas 
Do ponto de vista ECONÔMICO, a economia francesa estava fragilizada em razão da 
política externa adotada e dos altos gastos da Monarquia para sustentar a corte. Externamente, a 
França contraiu dívidas volumosas ao sair derrotada na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) e ao 
apoiar a independência das 13 Colônias Americanas (1775-1783). O envolvimento dos franceses 
na guerra custou cerca de 2 milhões de libras esterlinas, quantia equivalente a alimentação de 7 
milhões de franceses durante um ano. Uau!! 
 
A Guerra dos Sete Anos foi um conflito entre França, a Monarquia de Habsburgo e seus 
aliados (Saxônia, Império Russo, Império Sueco e Espanha), de um lado, e a Inglaterra, Portugal, 
o Reino da Prússia e Reino de Hanôver, de outro. A guerra foi motivada por disputas de territórios 
em diversas colônias (como nas terras do que hoje conhecemos como Canadá) e na própria 
Europa, bem como pela crescente influência de Frederico II, rei da Prússia. 
Além disso, em 1786, França e Inglaterra assinaram o Tratado de Eden-Rayneval o qual 
concedia aos britânicos vantagens no comércio de tecidos em território francês. Isso porque a 
França recorreu aos bancos britânicos para adquirir empréstimos. A contra partida dos britânicos 
foi que os franceses retirassem impostos sobre os produtos britânicos. 
Nesse sentido, o comércio interno francês e a confecção de manufaturas foram abalados. 
Em particular, burgueses franceses que viviam da indústria do tecido passaram a fechar as portas. 
Assim, a entrada dos produtos britânicos – com isenção de impostos – provocou falência de 
dezenas de burgueses e uma massa desempregada nas ruas. 
Já os gastos com a corte, além dos privilégios que eram mantidos e das obras luxuosas, 
que vinham sendo realizadas desde Luís XIV, também incluía a manutenção do corpo de 
burocratas em cargos e postos. Estes cargos e postos eram conhecidos como “ofícios venais” e 
eram vendidos a particulares. Para pagar o salário desses cargos e mantê-los, afinal, eram cargos 
hereditários, o Estado francês necessitava de muita arrecadação. 
Repare que os “ofícios venais” podiam ser comprados por quem tivesse dinheiro, isto é, 
em geral, comerciantes. Dessa forma, a burguesia comercial – pelo menos parte dela – 
transformava-se em nobreza. Outra parte da burguesia que ascendia à condição de nobre era 
aquela que comprava títulos de nobreza, os, assim conhecidos, “togados” (pois usavam togas). 
Conforme mais indivíduos e famílias entravam na nobreza próxima à corte, maior o gasto. Duas 
consequências imediatas: esses novos nobres também deixavam de pagar impostos (queda ainda 
maior de receitas); e, um atrito crescente entre a nobreza “puro sangue” e os “emergentes”. 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_de_Habsburgo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sax%C3%B4nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Russo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Sueco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Pr%C3%BAssia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Han%C3%B4ver
 
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A relação da alta nobreza com o rei era a 
seguinte: quanto mais próximo do rei, maior a 
isenção de impostos. Nesse sentido, não pagar 
impostos era um sinal de status, de modo que os 
nobres faziam questão de tornar público o quanto 
deixavam de pagar em impostos. 
Com isso, exibiam um certo 
reconhecimento social, de modo que a disputa 
por privilégios na corte gerava inúmeras desconfianças e traições entre os nobres. Imagine a 
quantidade de fofocas na Corte??? 
Como a maior ou menor proximidade do núcleo duro da Corte – da família real – 
determinava o quanto de impostos os nobres deixavam de pagar, havia uma disputa de foice, ou 
melhor, de lenços de seda, entre a própria nobreza. Essa disputa se tornou mais profunda com a 
ampliação dos “ofícios venais” e dos togados. Era como se fosse uma competição por privilégios. 
Este quadro iria se agravar a pontode a disputa de interesses influenciar os rumos do 
poder, leia-se da Monarquia Absolutista. A nobreza tradicional – oriunda do feudalismo – 
começava a fazer uma oposição ao rei, pois não aceitava o “inchaço” da corte por indivíduos e 
famílias que ascendiam por meio de compra de títulos ou cargos. 
Essa tensão entre Monarquia e parte da aristocracia mais nobre começou no final do 
governo de Luís XIV, o qual, diante da necessidade de receitas, revogou algumas isenções de 
nobres mais distantes da corte. Com Luís XV e Luís XVI essa prática prosseguiu e se ampliou, fato 
que levou à constituição de uma oposição aberta formada por “nobres sobretaxados”. Sob Luís 
XVI, essa tensão entre nobres que não queriam perder privilégios e a Corte passou a ser 
denominada como reação feudal ou 
aristocrática. 
Com uma crise financeira em franca 
ampliação, o Monarquia francesa de Luís XVI 
passou a cobrar mais impostos sobre os 
camponeses e sobre os trabalhadores 
urbanos, conhecidos como “sans-culottes”. A 
expressão vem do fato de a população mais 
pobre não usar culotes, um tipo de meia de 
seda vestida por cima da calça. Uma meia de 
seda – portanto, um produto caro – que 
somente os nobres usavam. Veja o contraste 
social das vestimentas: 
 
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O baixo clero, a pequena 
nobreza e a burguesia também 
sofriam com a alta carga de 
impostos. No geral, a 
insatisfação do chamado 3º 
estado só crescia. 
 
Para piorar, entre 1787 e 
1789, as condições climáticas 
resultaram em péssimas colheitas e, consequentemente, uma crise de abastecimento alimentar 
atingiu a população. Como a administração monárquica não fazia planejamentos de médio e longo 
prazo para o conjunto da sociedade, a estiagem virou uma calamidade pública. Os alimentos foram 
inflacionados e a fome (fome mesmo, com milhares de mortes) tomou conta da população. Essa 
situação agravou a condição do camponês. 
No campo, onde se concentrava a maioria da população, os camponeses já sofriam com a 
carga de impostos, os quais perpetuavam desde o período feudal. Com a crise da “Grande Fome”, 
o caldo entornou e o estopim da Revolução estava aceso. 
 
2.2.1.2 – Questões sociais e políticas 
Do ponto de vista SOCIAL, nesse contexto de desigualdade social e de concentração de 
renda, muitos focos de revolta popular passaram a ocorrer em solo francês. Todas as insatisfações 
eram duramente reprimidas pela força militar da realeza. 
Então, querido e querida aluna, pensem em uma população de cerca de 25 milhões de 
franceses (estimativa de meados do século XVIII), sendo que 500 mil pertenciam ao 1º e 2º estados 
e o restante, 24,5 milhões, ao 3º estado. Aonde levaria a insatisfação popular? Se existisse 
pesquisa Ibope como temos hoje, o governo monárquico atingiria 99% de ruim ou péssimo, 
provavelmente. 
Distante de Paris e dos principais centros urbanos, afinal, o luxuoso Palácio de Versalhes se 
localiza a 30 km de Paris, Luís XVI passou a viver uma crise de legitimidade. A monarquia começava 
a ser abertamente questionada em todos os 3 estados. 
Dessa forma, a crise econômica e social começava a se transformar em uma crise política: 
1 – os nobres preteridos não queriam pagar impostos. Por isso, reivindicavam a volta dos 
privilégios feudais e a diminuição da nobreza emergente → crescente reação da aristocracia contra 
a monarquia; 
2 – o povo não enxergava a monarquia como capaz de solucionar a miséria, bem como enxergava 
no parasitismo da nobreza as causas da desigualdade social. Reivindicava, principalmente os sans-
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culottes, o fim dos privilégios feudais e a igualdade social. Da mesma forma, os camponeses 
também exigiam o fim dos privilégios feudais e liberdade do trabalho. Afinal, as práticas feudais, 
embora sob outras formas e com adaptações, ainda permaneciam no campo. 
3 - a burguesia cobrava uma solução para que a crise econômica fosse devidamente encaminhada 
e seus negócios voltassem a prosperar. Parte dessa solução significava igualar, juridicamente, 
todos os homens, de modo que os privilégios fossem extintos. Nesse sentido, o projeto burguês 
se espelhava na Monarquia constitucional inglesa. Os burgueses reivindicavam, também, que o 
alto clero e a alta nobreza pagassem impostos. Por essas razões é possível afirmar que a burguesia 
francesa, inspirada nos ideais iluministas, defendia a igualdade jurídica civil. Atenção, igualdade 
civil (todos são iguais perante a lei) é diferente de igualdade social (condições similares de vida 
material). 
 
Veja, então, que, do ponto de vista dos INTERESSES DE CLASSE SOCIAL, havia uma 
convergência contra a Monarquia Absolutista e a nobreza. 
Os membros do 3º estado marchavam no mesmo sentido da crítica. Dessa forma, alianças 
mais profundas estavam em construção: o 3º estado (sans-culottes e camponeses), bem como a 
burguesia, identificavam os privilégios como um grande problema. 
Em meio à tensão crescente, uma série de “boatarias” se espalhava pela França em torno 
do rei e de rainha Maria Antonieta. Na época espalharam uma “fake-news” que colou e até hoje 
falam no senso-comum da história. Espalharam que a Rainha Maria Antonieta, quando se referiu 
à fome e aos pobres teria dito: “se não têm pão, que comam 
brioches”. Essa frase, de fato, não é dela. 
Na verdade, o problema era que a rainha era austríaca e 
pertencia à família dos Habsburgo. A frase inventada queria 
exemplificar como ela era completamente desconectada da vida 
de seus súditos. Como se não bastasse todo tipo de chacota 
sobre Maria Antonieta, ela também foi popularmente culpada 
pelos gastos luxuosos da corte e pelo endividamento do Estado 
absolutista. Também, né, seus vestidos eram um pouquinho 
exagerados!!! 
 
2.2.2 – As tentativas de solucionar as “causas” 
Como vimos, a essência dos problemas socioeconômicos do Estado absolutista francês 
residia em gastar mais do que arrecadava. Dessa forma, uma série de medidas passou a ser 
adotada por Luís XVI e seus ministros a fim de estancar a crise. Vamos ver algumas delas: 
1787 – o Ministro Visconde de Calonne (1734 – 1802), responsável pelas finanças, convocou 
a Assembleia dos Notáveis. Nesta apenas representantes do alto clero e da nobreza participaram. 
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O Ministro propôs uma reforma que previa a supressão dos privilégios e o pagamento de impostos 
por parte do 1º e do 2º estados. 
A revolta aristocrática foi enorme e a reação dos nobres a esse projeto resultou na demissão 
do Ministro de Visconde de Calonne. Viu só? Essa posição dos nobres e do clero ficou conhecido 
como reação aristocrática.: nada de imposto para cima da gente, Magestade!!! 
1789 – Durante 2 anos, entre 1787 e 1789, os Ministros de Luís XVI não conseguiram 
apresentar soluções satisfatórias para os problemas da França. 
Jacques Necker (1732-1804) foi nomeado, em 1788, Diretor Geral das Finanças e, logo em 
seguida, foi nomeado Ministro de Estado. Para ganhar tempo e tentar buscar uma solução fiscal 
que conquistasse legitimidade entre todos os 3 estados, Necker propôs a Luís XVI reabrir a 
Assembleia dos Estados Gerais, fechada em 1614 por Maria de Medici e pelo Cardeal Richelieu. 
(Lembre-se de que esse fechamento da Assembleia dos Estados Gerais foi um dos motivos do 
fortalecimento da Monarquia absolutista na França). 
A Assembleia dos Estados Gerais funcionava como se fosse um Parlamento em que os 3 
estados tinham representação e decidiam sobre atosa serem executados pela Monarquia. Por 
isso, a proposta soou interessante aos ouvidos do rei. Até a convocação e instalação dos Estados 
Gerais seria preciso uma eleição de deputados nas províncias. O envolvimento de representes dos 
3 estados na saída para a crise econômica, além de acalmar os ânimos, conferiria legitimidade à 
saída escolhida por todos os 3 estados. 
Porém, quando foi reaberta, em 5 de maio de 1789, houve um debate sobre a 
representação do 3º estado. A polêmica foi em torno do tipo de voto: 
 
 
Cada representante teria 
direito a um voto: "uma cabeça, 
um voto", independentemente 
do estado (1o , 2o ou 3o). 
Essa proposta era defendida 
pela burguesia, pois sabia que 
só dessa forma teria mais força. 
Voto 
por 
cabeça Isto é, só existiriam 3 votos, sendo que o 1o estado decidiria 
se era X ou Y, os 2o e 3o 
também. Assim, um resultado 
possível seria 2 votos em X e 1 
voto em Y. 
A burguesia era contra essa 
proposta porque sabia que 1o e 
2o estado fechariam saídas 
comuns. Por exemplo, se fosse 
para deicider se nobreza e 
clero passariam a pagar 
impostos, certamente a 
proposta seria derrotada.
Voto 
por 
estado
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A burguesia queria o voto por cabeça, 
computado por deputado, para poder fazer frente à 
força do 1º e do 2º estados, pois, em votações como 
“fim dos privilégios”, caso fosse mantida a forma de 
votação “voto por estado” o resultado seria 2 a 1 para 
a nobreza e o clero. Ou seja, não se findariam os 
privilégios. Tampouco as reivindicações mais 
estruturais do 3º estado prosperariam no formato de 
votação por estado. 
Veja em números a proporção da composição 
dos deputados na Assembleia dos Estados Gerais: 
 
 
Diante do impasse, entre junho e julho de 1789, o 3º estado se revolta. O rei responde com 
o fechamento da Assembleia dos Estados Gerais. Após essa medida arbitrária, o 3º estado não 
reconhece a decisão do rei e constitui um tipo de organização política paralela. 
Para tanto, os membros que representavam o 3º estado ocuparam a Sala de Jogos da Péla 
e mandaram o recado ao Rei: só sairiam de lá quando fosse instituída uma Assembleia Constituinte 
para elaborar uma Constituição para a França. 
Para mostrar união e força fizeram um juramento 
conhecido com Jeu de Paume. Jeu de Paume era 
justamente um jogo praticado em um dos salões do 
Palácio de Versalhes onde eles ficaram reunidos. Juraram 
fidelidade em torno da união dos interesses do povo! 
A proposta Necker de convocar a Assembleia dos 
Estados gerais, no final das contas, foi uma espécie de 
“tiro pela culatra”. Ele não conhecia a medida da força 
da revolta do 3º. Estado. 
 
 
 
 
Ilustração sobre o Jogo da 
Péla ou Jau de Paume. 
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Com efeito, esse ato dos representantes do 3º estado, por um lado, foi uma ação de 
deslegitimação do poder do rei e da Monarquia absolutista, e, por outro, a legitimação da 
soberania popular, pois o pacto Jeu de Paume estabeleceu que ninguém contrariaria os interesses 
do “povo”. Hummmm, isso tem um cheiro das ideias de Rousseau e Locke, não tem? 
A afronta à Monarquia foi maior ainda, pois, nesse juramento, o 3º estado se declarou como 
a nova Guarda Nacional da França, uma guarda popular para defender o povo francês das 
arbitrariedades da Monarquia e de qualquer ameaça à soberania popular. 
A partir da movimentação política dos deputados do 3º estado, à revelia de Luís XVI e sua 
corte, foi formada uma Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de impor limites à 
Monarquia e aos poderes do rei, bem como de elaborar uma Constituição para a França. 
É claro que a Corte, 1º e 2º estados não reconheceram essa nova organização política, pois, 
na prática, tratava-se de um poder paralelo. 
Repare que esse tipo de tensão entre Poder Absoluto e Poder Parlamentar, que colocava 
em xeque a soberania do rei, nós já vimos na história da Inglaterra. Mas será que aqui na França a 
história se desenvolveu da mesma forma? 
Lembra-se de como a Revolução Gloriosa, a qual definiu o novo rearranjo institucional entre 
Monarquia e Parlamento, foi pacífica? E na França, também foi relax? 
2.2.3 – O desenrolar do conflito 
 Esse conflito político em torno do fechamento dos Estados Gerais e da formação de uma 
Assembleia Constituinte do povo tomou as ruas das cidades. A disputa entre esses poderes fez a 
crise revolucionária entrar em erupção. 
Esse cenário, somado ao que vimos acima enquanto “causas” estruturais da Revolução, 
provocou uma onda de oposição ao rei, à nobreza e ao clero. As ruas foram tomadas pelo povo! 
Paris estava em convulsão!! 
Imagem de Jacques Necker. Antes de entrar para a 
política, ele foi sócio do banco Banco Thélusson e Vernet e 
possuía negócios na Companhia das Índias. 
Xiii Majestade, 
deu ruim!!! Eu disse 
que não entendia nada 
de política...só 
economia! 
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Entre 12 e 14 de julho de 1789, Paris foi palco de protestos populares, reuniões dos 
representantes do 3º estado, articulações para derrubar a Monarquia, enfim, um verdadeiro 
levante. O povo assumiu controle de um arsenal do exército real e, em seguida, no dia 14 de julho, 
como início simbólico da Revolução Francesa, tomou a prisão política conhecida como Bastilha. 
7 A Bastilha, além de conter 
mais um arsenal militar, era símbolo 
das arbitrariedades e do poder 
absolutista em Paris. À porta da 
Bastilha, o prefeito de Paris tentou 
negociar com a população, porém, 
foi morto e decapitado ali mesmo. 
A imagem da cabeça do 
prefeito de Paris em uma lança 
passou a ser a mensagem a todos que 
se opusessem ao movimento 
revolucionário. 
A partir desse evento, a 
violência física passou a ser questão 
central no desenrolar da Revolução Francesa, seja porque os debates, em muitas ocasiões foram 
substituídos por atos de violência, seja porque as tentativas de restauração do Poder Monárquico 
tiveram que ser combatidas com resposta militar. Afinal, o exército formado pela Assembleia 
Constituinte tinha como objetivo defender o povo e, naquele momento, o povo era a Revolução. 
Logo, era preciso defender a Revolução. 
2.2.4 – 1ª. Fase: Assembleia Nacional Constituinte: o que não avança retrocede 
Agosto de 1789. A Assembleia Constituinte aprova o fim dos privilégios para o clero e para 
a nobreza e decretou a igualdade entre todos os franceses. Contudo, todos os franceses do 
gênero masculino. No calor dos acontecimentos, o sentimento de vingança contra a opressão 
secular sofrida pelos trabalhadores (urbanos e camponeses), levou à Noite do Grande Medo. A 
população passou a entrar na propriedade dos nobres e da aristocracia senhorial no campo: um 
recado de que os privilégios haviam acabado. Castelos e Mansões foram destruídos. Nobres foram 
sumariamente executados. 
 Outro exemplo marcante dessa fase inicial da Revolução, e muito interessante, pois estava 
relacionado com a fome, foi a caça aos coelhos. Até então, caçar coelhos era um privilégio dos 
nobres, pois somente a eles era permitida a caça. Com o fim dos privilégios, a população 
camponesa passou a caçar coelhos para se alimentar. 
 
7 
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/384288?&searchField=All&ft=bastille&offset=0&rpp
=20&pos=2 
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Assim, nessa fase inicial da Revolução Francesa,o ideal instalado foi a fórmula da soberania 
popular em que o povo podia tudo. Com efeito, quem estivesse contra o sentido da Revolução e 
quisesse manter privilégios pagaria com a vida. 
Repare na diferença entre os dois tipos de bandeira: de um lado, a representação da 
Monarquia; do outro, a famosa bandeira tricolor que representava liberdade, igualdade e 
fraternidade. 
 
 
 
Em seguida, em 26 de agosto de 1789, os revolucionários aprovaram por aclamação a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, inspirada em ideias iluministas e na Declaração 
de Independência dos Estados Unidos. O eixo da Declaração acabava com os privilégios 
tradicionais do Antigo Regime (dos títulos da nobreza) e trazia princípios de igualdade (direito de 
todos à vida; direito de todos a terem sua propriedade). 
Contudo, esse primeiro documento oficial da Revolução não previu transformações em 
direitos econômicos (igualdade social), tampouco igualdade de gênero. Dessa forma, as mulheres 
continuavam sem direitos e a relação estrutural entre ricos e pobres não foi alterada. Socialmente, 
apenas a abolição da escravidão na França foi abolida. 
Além das ideias de liberdade e igualdade presentes na Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão, a noção de fraternidade ali presente conferia, pela primeira vez, uma identidade 
nacionalista popular. Isso porque a fraternidade seria a relação de laços iguais e de solidariedade 
entre um povo formado por cidadãos iguais: o povo francês. 
 
 
 
 
 
Os fundamentos político-filosóficos da Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão são: 
• Liberalismo político 
• Liberalismo econômico 
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(FUVEST 2005) 
 A "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", votada pela Assembleia Nacional 
Constituinte francesa, em 26 de agosto de 1789, visava 
a) romper com a Declaração de Independência dos Estados Unidos, por esta não ter 
negado a escravidão. 
b) recuperar os ideais cristãos de liberdade e igualdade, surgidos na época medieval e 
esquecidos na moderna. 
c) estimular todos os povos a se revoltarem contra seus governos, para acabar com a 
desigualdade social. 
d) assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo, iriam fundar a nova constituição 
francesa. 
e) pôr em prática o princípio: a todos, segundo suas necessidades, a cada um, de acordo 
com sua capacidade. 
Comentário 
A Declaração é inspirada no iluminismo e na Declaração da Independência dos EUA, assim, 
visa proteger os direitos civis e políticos dos cidadãos. 
Gabarito: D 
(UNIFESP) 
No preâmbulo da Constituição francesa de 1791 lê-se: "Não há mais nobreza, nem 
distinções hereditárias, nem distinções de Ordens, nem regime feudal... Não há mais nem 
venalidade, nem hereditariedade de qualquer ofício público; não há mais para qualquer 
porção da Nação, nem para qualquer indivíduo qualquer privilégio nem exceção..." Do 
texto depreende-se que, na França do Antigo Regime, as pessoas careciam de 
a) igualdade jurídica. 
b) direitos de herança. 
c) liberdade de movimento. 
d) privilégios coletivos. 
e) garantias de propriedade. 
Comentário 
Veja que o preâmbulo menciona características que existiam antes e que, em tese, não 
existiriam mais. Todas as referências dizem respeito às distinções entre as pessoas. Distinções 
essas baseadas em privilégios, nascimento e legitimação divina. Portanto, antes da revolução 
francesa, as pessoas não tinham igualdade jurídica. 
Gabarito: A 
No final de 1789, a Assembleia Nacional, que era o governo de fato naquele momento, 
passou a debater como o poder seria organizado e qual seria o conteúdo do documento que se 
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transformaria na Constituição da França. Na prática, discutia-se o desenho do arranjo institucional 
do Estado francês. Por exemplo, qual seria a forma e o sistema de governo nesta na nova França 
que surgia, Monarquia? República? 
Uma parcela dos representantes – muito provavelmente em função da força da tradição 
monárquica e dos acontecimentos na Inglaterra – defendia a participação da Monarquia e dos 
nobres, tal como o modelo inglês. 
Diante das posições diversas que começavam a se formar, os membros da Assembleia 
dividiram-se entre democratas (peso igual de voto para todo mundo) e monarquistas (concessões 
políticas à Monarquia e aos nobres). 
Dessa forma, os representantes favoráveis à Monarquia passaram a se sentar à DIREITA da 
sala de reuniões (do plenário); os representantes democratas passaram a se sentar à ESQUERDA 
do plenário. E, pasme, é daqui que surgiu a noção de esquerda e direita utilizada na política 
moderna. E você pensava que isso era coisa de grupo de Whats!!!! É evidente que essas 
nomenclaturas ganharam diversos significados ao longo da história. Mas tudo começou assim! 
Os debates da Carta Constitucional francesa também incluíram os limites da participação 
da Igreja na política. A maioria definiu pelo estabelecimento de um Estado laico, ou seja, livre de 
influências religiosas, pois cada um era livre para acreditar no que quisesse. Afinal, querido e 
querida, o número de conflitos religiosos, reformas e contra reformas religiosas estava fresco na 
memória do povo. Certamente, ninguém gostaria de voltar a ser perseguido por conta da sua fé. 
Ainda como desdobramento dessa reorganização entre política e religião, os bens da Igreja 
Católica foram confiscados. O argumento enfatizava que a Igreja havia se apropriado dos bens 
públicos da França durante séculos. No mesmo sentido, os padres foram transformados em uma 
espécie de funcionário público, pois, caso quisessem continuar com a administração das Igrejas, 
por serem públicas, deveriam estar submetidos à soberania popular. 
Por isso que, em julho de 1790, foi feita a Constituição Civil do Clero. Por meio desse 
documento os clérigos passaram a jurar fidelidade à França, à Revolução, e não mais à Igreja 
Católica de Roma. Essa foi uma forma de diminuir a influência do papado em território francês. 
Como regra, o alto clero não se submeteu às imposições revolucionárias e, por isso, foi 
rotulado de “clero refratário”. Já o baixo clero, mais próximo ao povo, aceitou a Constituição Civil 
do Clero. 
Assim, em setembro de 1791, a Assembleia Nacional promulgou uma nova Constituição 
que estabeleceu: 
✓ que a França teria a forma de governo do tipo Monarquia Constitucional, ou seja, o que 
não avança retrocede. Isso significava que: o Poder Executivo seria exercido pelo rei o qual 
teria poderes limitados pela Assembleia. O rei também não teria o direito de dissolver ou 
fechar a Assembleia. 
✓ Os membros do Parlamento, quer dizer o Poder Legislativo, seriam eleitos por voto 
censitário proporcional ao imposto pago. Dessa forma, só teriam direito de votar e de 
serem votados os homens considerados cidadãos ativos (bons pagadores). Veja que, entre 
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os cerca de 15 milhões de franceses adultos daquele momento, somente 4 milhões se 
encaixavam nesse critério 
censitário. 
Os grupos políticos do 
momento estavam divididos da 
seguinte forma: 
 
 
 
 
 
• Os euillants/monarquistas defendiam a monarquia constitucional; 
• Os girondinos, sendo que uma parte era favorável a uma república com poder 
descentralizado e, outra, a monarquia constitucional; 
• Os cordeliers e os jacobinos defendiam um projeto mais popular, ou seja, que incluísse 
mais o povo no sistema político. Eram radicalmente contrários à Monarquiae defendiam 
a instalação de uma república. Nesse grupo estavam os líderes mais conhecidos da 
Revolução Francesa e os que mais caem nos vestibulares: Georges Danton (1759-1794); 
Maximilien Robespierre (1758-1794); e, Jean-Paul Marat (1743-1793). 
 
Já, já, apresento-os a vocês de forma mais detalhada. Por agora, saiba que 
Robespierre fazia parte dos Clube dos Jacobinos; e Danton e Marat eram 
membros da Sociedade dos Amigos dos Direitos do Homem e do Cidadão, 
conhecida como Clube dos Cordeliers, pois a sede do clube ficava no Convento 
dos Cordeliers de Paris. Juntos, esses dois grupos – Cordeliers e Jacobinos – 
influenciavam pequenos comerciantes, assalariados, artesãos e trabalhadores urbanos. 
Apesar do estabelecimento da Monarquia Constitucional, em certo sentido um alento para 
a nobreza e para a burguesia mais moderada, parte significativa dos nobres, temendo novos 
terrores e incertos quanto aos rumos daquela situação, fugiu da França. 
Vamos ao primeiro “lamentável”, como diria um radialista de futebol, do processo da Revolução 
Francesa. Quando lá para cima do texto eu disse que se tratava de um processo de idas e vindas, 
chamo a atenção para isso agora: 
Primeiro revés: a Revolução foi contra a Monarquia e os privilégios, porém a Constituição de 1791 
estabeleceu a Monarquia Constitucional; 
Segundo revés: embora o povo tenha participado ativamente da revolução entre 1789 e 1791, o 
voto foi negado aos camponeses, aos trabalhadores urbanos e as mulheres. 
 Mas e a Fraternidade e a Igualdade profeeee? 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Danton
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maximilien_Robespierre
 
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É meus caros, a história não é tão simples. De toda forma, podemos perceber os limites da 
implementação das ideias do Novo Mundo. 
 
 No final do século XVIII a condição das mulheres 
no mundo ocidental era de permanente opressão, ou 
seja, os homens lhes negavam protagonismos e 
autonomia na vida. Basta lembrarmos que mulheres que 
se destacavam eram, em muitos casos, consideradas 
bruxas. Nesse sentido, no máximo, às mulheres era 
reservado o papel de mães-educadoras. 
Os pensadores iluministas, embora defendessem a 
liberdade e igualdade individuais, não aceitavam a 
participação das mulheres na política e enquanto 
cidadãs. 
Apesar das adversidades opressoras, as mulheres tiveram papel de destaque na Revolução 
Francesa, como quando marcharam em direção ao Palácio de Versalhes. Cerca de 7 mil mulheres 
foram cobrar que a Corte resolvesse a crise do pão. 
Duas principais motivações levaram as francesas às ruas: melhores condições de vida às famílias; 
igualdade de direitos com os homens. Com espírito de guerreiras, muitas se alistaram – 
clandestinamente, disfarçadas de homens – no exército francês; outras, tomavam a palavra em 
espaços públicos e faziam exigências aos homens deputados e até mesmo à Assembleia, primeiro 
a dos Estados Gerais e, depois, a Nacional Constituinte. Do ativismo das mulheres, surgiram 
organizações específicas, como a Associação das Republicanas Revolucionárias criada em 1793 
por Claire Lacombe e Pauline Léon. 
Em meio à Revolução Francesa, a revolucionária Olympe de Gouges obteve papel de destaque.Ela 
elaborou a Declaração de Direitos das Mulheres e da Cidadã. Essa Declaração reivindicava direitos 
iguais para as mulheres, seja na política, na justiça, seja em questões econômicas (direitos sociais). 
O documento explicitava a necessidade de equiparação das mulheres aos homens, como 
demonstra o Artigos 6º, 7º e 8º do texto: 
Artigo 6º 
A lei deve ser a expressão da vontade geral. Todas as cidadãs e cidadãos devem concorrer 
pessoalmente ou com seus representantes para sua formação; ela deve ser igual para todos. 
Todas as cidadãs e cidadãos, sendo iguais aos olhos da lei devem ser igualmente admitidos a 
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todas as dignidades, postos e empregos públicos, segundo as suas capacidades e sem outra 
distinção a não ser suas virtudes e seus talentos. 
Artigo 7º 
Dela não se exclui nenhuma mulher. Esta é acusada., presa e detida nos casos estabelecidos pela 
lei. As mulheres obedecem, como os homens, a esta lei rigorosa. 
Artigo 8º 
A lei só deve estabelecer penas estritamente e evidentemente necessárias e ninguém pode ser 
punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e 
legalmente aplicada às mulheres. 
Já o artigo 11º objetiva garantir o direito à maternidade sem preconceitos e o direito de a mulher 
afirmar que determinado homem era pai de seu filho. Veja: 
Artigo 11 
A livre comunicação de pensamentos e de opiniões é um dos direitos mais preciosos da mulher, 
já que essa liberdade assegura a legitimidade dos pais em relação aos filhos. Toda cidadã pode 
então dizer livremente: "Sou a mãe de um filho seu", sem que um preconceito bárbaro a force a 
esconder a verdade; sob pena de responder pelo abuso dessa liberdade nos casos estabelecidos 
pela lei. 
Entretanto, em 1791 a Assembleia Nacional Constituinte rejeitou a Declaração de Direitos das 
Mulheres e da Cidadã, escrita por Gouges. 
Além disso, ocorreu algo pior: como o debate de gênero passou longe das aspirações dos 
revolucionários, Olympe foi acusada de traição por Robespierre e guilhotinada em 1793. 
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 (UNESP 2018) 
A gravura representa a marcha de mulheres revolucionárias até o palácio real de 
Versalhes em 5 de outubro de 1789. 
A participação das mulheres na Revolução Francesa 
a) levou à conquista do direito de voto, 
porém não do direito de exercer cargos 
executivos no novo governo francês. 
b) teve ressonância parcial nas decisões 
políticas, pois apenas as mulheres da alta 
burguesia envolveram-se nos protestos 
políticos e civis. 
c) foi notável nas manifestações e clubes 
políticos, porém seus direitos políticos e 
sociais não foram ampliados 
significativamente. 
d) originou a igualdade de direitos civis em relação aos homens após a proclamação da 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
e) diminuiu bastante após os conflitos e a violência generalizada que marcaram a tomada da 
Bastilha. 
Comentário 
A despeito da significativa participação das mulheres na execução da Revolução Francesa, o 
movimento acabou por não representar ganhos sociais e políticos reais para as mesmas. A 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, por exemplo, documento mais significativo 
produzido pelos revolucionários, não inseria as mulheres nos ganhos civis conseguidos à época. 
Observo que, a imagem reproduzida pela questão, apresenta a marcha das mulheres em direção 
ao Palácio de Versalhes para cobrar do rei medidas quanto a crise do “pão”. Nessa 
manifestação, elas percorreram cerca de 14 quilômetros, armadas de lanças, machados, foices 
e puxando um canhão. 
Gabarito: C 
 
2.2.4.1 – Forças contrarrevolucionárias 
A alta nobreza começa, então, a articular uma revanche de fora da França. Esses nobres 
buscaram apoio em Monarquias como a inglesa, a Prússia e a dos Habsburgo, no Sacro Império 
Romano-Germânico (Áustria). 
Na noite de 20 para 21 de junho de 1791, o rei e a rainha tentaram fugir da França para a 
Áustria. Mas o plano foi descoberto. Como se não bastasse esse plano de deserção, também foi 
descoberto que Luís XVI, juntamente com a nobreza que já havia fugido e mais a Monarquia dos 
Habsburgo (família de Maria Antonieta) planejavam invadir a França e derrotar a Revolução. E isso 
não foi fake News,não!!! 
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O rei e a rainha foram presos e conduzidos a Paris. A partir desse momento, surge a 
questão: o que fazer com o rei? Ou melhor: o que fazer com um rei traidor da revolução e da 
pátria francesa? 
• A alta burguesia e seus representantes girondinos defendiam a permanência do rei 
preso e, como haviam decidido por uma Monarquia Constitucional, a transferência 
do trono para o filho de Luís XVI. Repare que havia um cálculo político dos girondinos 
nessa defesa: como Luís XVII não tinha idade para assumir o trono, seria preciso 
eleger um Regente para comandar o Poder Executivo; essa eleição seria feita pela 
Assembleia, na qual, por conta do voto censitário, os burgueses eram maioria. Essa 
seria uma saída favorável aos interesses da alta burguesia, pois ela passaria a 
comandar o Poder Executivo e o Poder Legislativo. No jogo de xadrez isso seria um 
xeque; 
 
• Já os jacobinos e os cordelliers, representantes da pequena burguesia, dos 
trabalhadores urbanos e dos profissionais liberais (médicos, advogados etc.) 
defendiam a morte do rei na guilhotina. O pressuposto para jacobinos e cordelliers 
era simples: tratar o rei como qualquer outro traidor. Jean-Paul Marat, médico e 
escritor, tinha uma capacidade de persuadir a opinião pública pela escrita. Marat, 
que comandava o jornal L 'Ami du peuple (O Amigo do Povo), além de defender 
reformas sociais para a maioria da população marginalizada, expunha em seus textos 
que a Monarquia deveria ser eliminada e Luís XVI condenado. No geral, os jacobinos 
não queriam nenhuma concessão à Monarquia Absolutista. 
 
Esse impasse em torno do destino do rei expos uma fratura no modelo de 
Monarquia Constitucional escolhido em 1791. Na prática, havia uma contradição 
entre os sentidos da Revolução Francesa, seu significado mais profundo de 
oposição ao Antigo Regime, e a fórmula da Monarquia Constitucional, que não 
permitia a execução do rei na condição de traidor da pátria e do povo. Com 
efeito, a defesa dos jacobinos por um República e pelo fim da Monarquia 
começava a ganhar força. 
 
Diante dessa nova crise, as Monarquias Absolutistas da Áustria e da Prússia, que ajudaram 
a traçar o plano de invasão da França, encaminharam a Declaração de Pillnitz ao governo 
revolucionário da Assembleia Constituinte. Esse documento era uma ameaça: se Luís XVI não fosse 
reconduzido ao trono, a França seria invadida. 
Nesse momento, então, a Revolução passou a contar com uma ameaça externa 
configurada. Uma guerra batia às portas dos franceses. Importante você saber que, na iminência 
dessa guerra: 
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• Jacobinos se manifestaram publicamente contra iniciá-la, pois sabiam que era 
exatamente nisso que os restauracionistas apostavam: uma derrota militar para as 
Monarquias Absolutistas do leste europeu; 
• Os girondinos e a alta nobreza se manifestaram publicamente favoráveis ao 
confronto, pois sabiam que o exército francês não daria conta. 
De toda forma, a batalha era inevitável. 
2.2.4.2 - Para não retroceder mais, a Revolução avançou: rumo ao fim da Monarquia 
A primeira de uma série de batalhas ocorreu em abril de 1792. A França, por meio de um 
Decreto da Assembleia Nacional, defendido pelos girondinos, declarou guerra à Áustria, 
governada pelo Imperador Francisco II (sobrinho da rainha Maria Antonieta). 
Entre maio e setembro de 1792 o Exército francês sucumbiu às forças militares da Áustria 
e da Prússia. As baixas e a desorganização do Exército levaram os jacobinos a articular na 
Assembleia a aprovação de uma medida chamada “Pátria em Perigo”. Tratava-se de uma 
convocação de todos os franceses homens com mais de 16 anos. Monarquistas e girondinos foram 
contra a medida. Por que será??? 
Com isso, a natureza do Exército francês muda radicalmente, pois, a partir de então, as 
fileiras eram compostas por “soldados-cidadãos”. O novo exército passou de 150 para 400 mil 
homens. Essa virada sobre monarquistas e girondinos contou com a influência das três principais 
personalidades acima lembradas: Georges Danton, Maximilien Robespierre e Jean-Paul Marat. Os 
três lideram o movimento da “Pátria em Perigo”. Foram líderes decisivos para assegurar a virada 
nos rumos do processo revolucionário. 
Para os jacobinos e cordeliers o envolvimento dos cidadãos na resposta armada foi 
importante porque revitalizou a participação popular nos rumos políticos da Revolução Francesa. 
O ímpeto de 1789 foi retomado. Por meio dessa mobilização popular rumo à guerra, os jacobinos 
conseguiram instaurar, com o apoio de províncias próximas a Paris, um Governo Provisório em 
Paris denominado de Comuna (não tem nada próximo ao comunismo aqui, ideologia inexistente 
nesse momento da história). Comuna aqui equivale à “cidade”. Em decorrência da instauração da 
Comuna, formou-se o Conselho Geral da Comuna, uma espécie de poder paralelo ao da 
Assembleia Nacional. 
Esse poder paralelo liderado pelos jacobinos organizou a resistência e passou a ter vitórias 
militares contra os invasores. Apesar de perder alguns territórios, os franceses saíram vitoriosos 
dos conflitos. O destaque foi a vitória na batalha de Valmy, a qual selou a derrota dos invasores. 
Com certeza, isso ampliou o sentimento de nacionalismo liberal dos franceses. E, anote aí, um 
jovem soldado começou a despontar nas fileiras do exército francês: Napoleão Bonaparte. 
As investidas dos jacobinos inverteram a correlação de forças pró Monarquia 
Constitucional, a qual, a essa altura, não funcionava mais. Luís XVI passou a ser julgado por traição 
à pátria. A violência contra os traidores da França e do povo também se voltou mais uma vez 
contra os nobres, que torceram e fizeram campanha por uma vitória dos invasores. 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Danton
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maximilien_Robespierre
 
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Além dos nobres, perseguidos e executados sumariamente, o clero refratário também foi 
atacado. Entre 2 e 7 de setembro ocorreu o Massacre de Setembro abrindo uma espécie de 
tribunal popular em várias cidades da França com o objetivo de julgar e executar os inimigos 
internos. O trecho abaixo, escrito por Marat expressa essa situação: 
 A Comuna de Paris apressa-se a informar a seus irmãos de todos os departamentos que uma parte 
dos ferozes conspiradores detidos nas prisões foi levada à morte pelo Povo ; atos de justiça que 
lhe pareceram indispensáveis, para reter pelo terror as legiões de traidores escondidos dentro de 
seus muros, no momento em que iam marchar contra o inimigo ; e a nação inteira, após a longa 
sequência de traições que a conduziram até a beira do abismo, se apressará a adotar este meio 
tão necessário de salvação pública, e todos os Franceses gritarão como os Parisienses : Nós 
marchamos contra o inimigo ; mas nós não deixaremos atrás de nós estes bandidos, para degolar 
os nossos filhos e mulheres. 
Entre 20 e 22 de setembro de 1792, 749 deputados alinhados aos jacobinos decretam o 
fim da Monarquia e começam a construção da República. Em 21 de setembro foi proclamada a 
Primeira República Francesa. 
2.2.5 – 2ª. Fase: a construção da República Francesa 
Ocorrem as seguintes mudanças: 
A Assembleia Nacional passou ser chamada de CONVENÇÃO e contou com os seguintes 
grupos organizados: 
➢ Girondinos (direita) 
➢ Jacobinos (montanheses – esquerda) 
➢ Planície ou pântano (centro) 
O governo passou a ser caracterizado como Governo da Montanha, pois Montanha era a 
forma comoos jacobinos eram conhecidos. 
Nesta nova configuração política, sem ameaças da Monarquia, os girondinos defendiam: 
➢ interesses relacionados ao desenvolvimento e ao aprimoramento da República; 
➢ fortalecimento do capitalismo comercial; 
➢ defesa das liberdades individuais e à igualdade jurídica. 
Temiam que a continuação do levante social acabasse com a propriedade privada. Dessa 
forma, não desejavam que o processo revolucionário fosse adiante. Desse momento em diante, 
os girondinos passaram a atuar em prol da contenção do processo revolucionário. 
A montanha/jacobinos, por sua vez, apresentava interesses mais radicais, no sentido de 
mudanças estruturais na sociedade francesa: 
➢ igualdade social; 
➢ prioridade aos direitos coletivos em detrimentos dos direitos individuais. 
➢ reforma agrária 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Comuna_de_Paris_(1792)
 
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Já a planície, agrupamento que se posicionava no centro entre girondinos e jacobinos, ora 
pendia a um grupo ora a outro. 
Com a proclamação da República, o rei deixou de sê-lo e passou à condição de cidadão 
como qualquer outra pessoa. Dessa forma, Luís, e não mais XVI, foi à julgamento e executado na 
guilhotina em 21 de janeiro de 1793. A rainha Maria Antonieta também foi executada, porém, em 
data posterior à morte de Luís. 
Logo após a execução de Luís, a Inglaterra declarou guerra à França por considerar que o 
ato de execução do rei havia sido um atentado contra as Monarquias – como se eles nunca 
tivessem executado um rei, né, gente! 
 A Áustria também se mobilizou para invadir o norte da França. Internamente, como na 
França ainda havia monarquistas – seja entre os girondinos, seja entre os nobres- o país ficou 
dividido. Um clima de guerra civil passou a tomar conta das cidades. Ainda, no ano de 1793, Marat 
foi assassinado por uma girondina. 
A morte de Marat, 1793. Jacques-louis David.Museu Real das Finas Artes da Bélgica. 
 
Com esses novos conflitos, os girondinos 
perderam espaço e os jacobinos receberam o 
apoio dos deputados da planície. O Poder 
Legislativo passou a exercer plenamente o 
governo: comandava o exército; as relações 
diplomáticas; estabelecia as leis. 
Além disso, a Declaração de Direito do 
Homem e do Cidadão foi atualizada e nela 
passou a constar os direitos à insurreição, ao 
trabalho e à assistência social. 
Para enfrentar novas invasões 
estrangeiras e os conflitos internos, a 
Convenção fez um novo chamado à população: 
cerca de 300 mil homens se alistaram aos comandos militares já atuantes. Novamente, um dos 
militares que continua a se destacar, mas agora como general é Napoleão Bonaparte. Repare que, 
ao mesmo tempo em que Napoleão estava na linha de frente da manutenção da Revolução, pois 
foi o principal líder para livrar a França da ameaça estrangeira, não participava dos debates 
políticos internos propriamente dito, como na Convenção. 
 
2.2.5.1 - O Governo Republicano dos Jacobinos (1793-1795) 
Essa etapa da Revolução Francesa é conhecida como a etapa da República e da Convenção, 
pois a forma de governo se consolida como República e o órgão político, como expliquei acima, 
virou uma Convenção. 
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Em 1793 foi proclamada, então, a primeira Constituição da República Francesa, conhecida 
como Constituição do Ano I, votada pelo Poder Legislativo e ratificada pelo voto popular. Do 
ponto de vista político, a principal inovação foi a implantação do sufrágio universal masculino. 
Para o momento histórico francês, tratou-se da radicalização da democracia. Do ponto de 
vista social, a Constituição Republicana acabou com a escravidão nas colônias, como no Haiti. 
Outras inovações institucionais desse momento foram: 
➢ a criação do Comitê de Salvação Publica, com funções executivas e responsável por 
controlar o exército de 300 mil homens; 
➢ a implantação do Comitê de Segurança Nacional, responsável por controlar os 
conflitos internos; 
➢ instauração do Tribunal Revolucionário, responsável por julgar atos e crimes 
contrários a Revolução, de modo que a pena para qualquer condenado era a 
execução na guilhotina. Destaco que o Tribunal Revolucionário passou a ser 
comandado por Robespierre e, por isso, vamos falar um pouco dele... 
Maximilien Robespierre era advogado e excelente orador. Seus discursos, quando deputado do 
3º estado na Assembleia dos Estados Gerais e na Assembleia Nacional, eram impactantes. Em 
seguida, destacou-se nas demais fases da Revolução e recebeu o apelido de “incorruptível”. Foi 
Robespierre quem conduziu o julgamento do rei e assinou na sentença: "o rei devia morrer para 
que o país pudesse viver". 
Abaixo, um trecho de uns dos discursos de Robespierre 
 
 
“Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, 
a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as 
conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império 
da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a 
insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o 
amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas 
boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, 
o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da 
felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do 
homem8.” 
Além da fase violenta de Robespierre, que veremos logo abaixo, o período em que ele 
esteve à frente do Governo dos Jacobinos se destacou pelos seguintes feitos: 
 
8 HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT,M. (Org.) História da Vida Privada: da 
Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 
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- Proclamação da Igualdade e do Direito à Educação; 
- O tratamento pessoal informal obrigatório (uso do “tu”) para eliminar distinções sociais; 
- A adoção de um novo calendário, diferente do usado pela Monarquia 
 
Após o assassinato de Marat, outros atos contra os jacobinos são desferidos pelos 
girondinos. Com isso, Robespierre radicaliza o combate aos inimigos da Revolução. Por meio do 
Tribunal Revolucionário, Robespierre persegue e executa na guilhotina os opositores. 
O problema é que, com conflitos, crises e situação econômica desfavorável, não seria 
possível conviver sem críticas. Para Robespierre, praticamente todas as críticas eram contrárias à 
Revolução. Como consequência, instalou-se a fase do Terror Jacobino, ou Terror Vermelho, entre 
julho de 1793 a julho de 1794. Em 17 de setembro de 1793, a Convenção promulgou a Lei dos 
Suspeitos, que ampliou a jurisdição dos Tribunais Revolucionários. Foi por meio dessa lei que 
Maria Antonieta foi executada. 
Nesse 1º ano da República, Robespierre atuou como chefe do Governo Jacobino, 
concentrou poderes, violou direitos da Constituição Republicana e implementou medidas 
autoritárias. Duas delas são simbólicas e se voltaram contra ele: 
• Robespierre impôs o culto à razão em uma tentativa de descristianizar a França. Porém, 
mudanças culturais não se fazem por decreto. Sem contar que tal medida ia de encontro a 
própria ideia de Estado laico, pois se ele impôs uma doutrina em cima de outras, nada mais 
fez do que partidarizar o Estado a favor de sua crença. Em particular, essa medida foi 
impopular, pois os franceses religiosos (a maioria do povo) não aceitaram essa política. 
• A Lei do Máximo Preço. Uma tentativa de controlar o preço dos alimentos, porém sem 
sucesso. 
Os números do Terror Jacobino são os seguintes: 
Número de presos Número de execuçõesna guilhotina 
500 mil 40 mil 
 
Robespierre atingiu um grau de obsessão pela perseguição que até mesmo, Danton, antigo 
aliado, após criticar Robespierre, foi executado na guilhotina. 
Os girondinos, diante dos rumos do Governo Jacobino, organizaram uma reação em 
conjunto com o partido da planície (do centro) e com montanheses descontentes. A oposição ao 
Governo de Robespierre cresceu e, em 27 de julho de 1794, consumou-se o Golpe do 9 de 
Termidor, a queda de Robespierre. 
Ele foi preso, julgado e considerado um traidor da pátria, portanto, executado na 
guilhotina. O fim do Governo Jacobino ainda contou com o “Terror Branco”, ou seja, a 
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execução dos partidários do Governo Jacobino. O Clube Jacobino foi fechado e as reformas 
sociais foram paralisadas. 
 
(FUVEST 2013) 
Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E 
eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça 
em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, 
arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos 
proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores 
colherão o que semearam. 
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado. 
O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução 
Francesa de 1789. O autor 
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus 
métodos e costumes políticos. 
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra 
maneira de transformar o país. 
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei. 
d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes 
existentes na França. 
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade 
na história francesa. 
Comentário 
O texto mostra os sentimentos de Graco Babeuf em relação aos eventos que iniciaram a 
Revolução Francesa, em 1789. Tais sentimentos apresentam-se contraditórios, embora, ao 
final, Babeuf deixe claro que a ação violenta dos revolucionários era uma resposta aos abusos 
cometidos pelo Antigo Regime francês ("Nossos senhores colherão o que semearam"). Ao 
mesmo tempo em que ele apoiou a Revolução ele rechaça a violência. Posteriormente, na 
fase da Revolução Francesa conhecida como Diretório, Graco Babeuf liderou a Conjura dos 
Iguais. 
Gabarito: D 
 
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2.2.6 - O Governo Republicano do Diretório: a liderança dos girondinos (1795-1799) 
Comparado ao Governo Jacobino antes do Terror de Robespierre, o Governo dos 
Girondinos pode ser considerado como conservador. Cuidado, conservador não quer dizer 
monarquista. Ocorreram revogações de mecanismos políticos que permitiam a participação 
popular no processo decisório. Os Comitês de Salvação foram diluídos e as manifestações de rua 
brutalmente reprimidas. 
Uma nova Constituição é promulgada em 22 de agosto de 1795. Nesta, o voto universal 
foi suprimido e o voto censitário restaurado. Essa restauração do voto por renda foi mais um 
elemento do conservadorismo dos girondinos, isto é, manter a vida política sem a participação da 
massa. Em linhas gerais, a Constituição de 1795 estava baseada na defesa da propriedade privada 
e na garantia das liberdades civis e individuais aos homens. Não por menos, querido aluno e aluno, 
o escritor Victor Hugo, no célebre livro Os Miseráveis, se refere aos indivíduos que tinham direito 
a voto como “proprietário eleitor”. 
O Poder Legislativo foi reorganizado em duas Câmaras, na verdade, dois Conselhos: 
➢ o Conselho dos Quinhentos, que propunha leis; 
➢ o Conselho dos Anciãos, com 250 membros, sendo que a idade mínima para fazer 
parte desse Conselho era de 40 anos. O Conselho dos Anciãos aprovava as leis 
elaboradas pelo Conselho dos Quinhentos ou rechaçava-as. 
 O Diretório, por sua vez, substituiu a Convenção e passou a exercer o Poder Executivo. 
Veja que complexa a tentativa de harmonia entre os poderes: o Diretório era formado por 
uma lista de 5 membros. O Conselho dos Quinhentos elaborava uma lista de 10 nomes entre eles. 
Então, mandavam para os Anciãos que aprovavam 5 nomes entre os 10 da lista. Estes 5 
compunham o diretório. Na prática, a eleição para o Poder Executivo era indireta e este contava 
com 5 lideranças políticas!! 
Uma nova coligação externa contra França foi formada e, novamente, derrotada. A essa 
altura o General Napoleão Bonaparte, além de conhecido nos campos de batalha, ficou famoso 
na França. 
Enquanto isso, o processo revolucionário degringolava: 
✓ a crise econômica aumenta; 
✓ muitos atos de corrupção tomam conta do novo governo; 
✓ a oposição ao Governo do Diretório dos Girondinos toma as ruas; 
✓ a população passa a pedir pão e a volta da Constituição de 1793; 
✓ os movimentos dos sans-culottes foram reprimidos pela Guarda Nacional e, com isso, uma 
força social importante foi eliminada do espaço público. 
 
Agora, era o Terror Branco que passou a impregnar a lógica da violência do processo 
revolucionário. Ou seja, para a maioria da população, a situação só piorava. Outro movimento 
popular que foi reprimido pelo “Terror Branco” foi a Conjura dos Iguais, liderado por Gracchus 
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Babeuf (1760-1797). O autor do texto da questão acima. Babeuf comandava o jornal A tribuna do 
povo por meio do qual criticava o Governo do Diretório. 
A conjuntura era tão extrema, e a revolta social tão grande, somada à crise econômica e à 
fome que a saída encontrada por um setor dos girondinos foi articular um golpe contra seu próprio 
governo. 
Nesse sentido, em novembro de 1799 é consumado o Golpe do 18 Brumário liderado por 
Napoleão Bonaparte. Neste momento, Napoleão despontava como líder popular e reconhecido 
por diferentes camadas da sociedade. Era, na visão política dos articuladores do Golpe, a figura 
que continha algo fundamental para o momento: legitimidade política para governar. O General 
Napoleão Bonaparte era uma figura de consenso entre os militares e agradava a burguesia porque 
defendia a industrialização da França. Para o povo, Napoleão era um herói que defendeu a França 
dos inimigos externos. 
Forma-se, então, um novo Governo a partir do exército e dos girondinos. O Diretório foi 
substituído por um Consulado o qual era conduzido por 3 Cônsules, o Primeiro e principal Cônsul 
era Napoleão Bonaparte. 
Assim, em 1799, o primeiro objetivo desse novo governo, que marcou o início da Era 
Napoleônica, foi pacificar a França e dar novo impulso econômico para o país. Fim da Revolução 
Francesa, mas não do Antigo Regime!!! 
 
Bem, queridas e queridos alunos chegamos ao final da nossa aula sobre a dupla revolução 
que deu o start para os acontecimentos do Longo Século XIX e embates entre o Antigo Regime e 
o Liberalismo/ Capitalismo - momento que Eric Hobsbawn chama de “A Era das Revoluções”. 
Assim, mergulhamos em experiências ocorridas entre o final do século XVII e começo do 
XIX. Essa é uma história cheia de nuances que ainda tem muita história pela frente. 
Faça seu controle de temporalidade. Vai montando sua linha do tempo pois ela será 
fundamental na hora da revisão finalÉ isso, fico por aqui. Você segue até a última questão. Aproveita TODOS os comentários, 
pois foram desenvolvidos em cada detalhe para fazer você mentalizar, aprender a responder uma 
questão, não escorregar nos caprichos do examinador. 
Pintura de Antoine-Jean Gros. O jovem Napoleão em 
um episódio durante a Batalha de Arcole em novembro de 
1796. Nessa batalha o exército austríaco foi derrotado. 
 
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Gabaritar história não é privilégio, é obrigação. Será seu diferencial. E não basta saber o 
conteúdo é preciso ser safo para adotar as melhores estratégias! 
Espero por você no Fórum de Dúvidas, se elas aparecerem! 
Um beijo, um abraço apertado e um suspiro dobrado de amor sem fim! 
Alê 
3. LISTA DE QUESTÕES 
 (Unicamp 2022) 
“A sociedade é uma benção, mas o governo, mesmo em seu melhor estado, é apenas um 
mal necessário. No seu pior estado, é um mal intolerável, pois quando sofremos ou ficamos 
expostos, por causa de um governo, às mesmas desgraças que poderíamos esperar em um 
país sem governo, nossa calamidade pesa ainda mais ao considerarmos que somos nós que 
fornecemos os meios pelos quais sofremos. Há algo de muito ridículo na composição da 
monarquia; primeiro ela exclui um homem dos meios de informação, mas lhe permite agir 
em casos que requerem capacidade superior de julgamento. A posição de um rei o aparta 
do mundo; no entanto, a atividade de um rei exige que ele conheça perfeitamente o mundo. 
Com isso, as diferentes partes, opondo-se de forma antinatural e destruindo uma à outra, 
provam que essa figura é absurda e inútil.” 
(Adaptado de Thomas Paine, Senso comum e os direitos do homem. L&PM Pocket. Edição 
do Kindle – posição 32 a 138.) 
O trecho acima foi retirado do panfleto O Senso comum e Os direitos do homem, publicado 
de forma anônima, em 1776. Com autoria assumida por Thomas Paine, a obra causou grande 
reação pública. A partir do texto e das informações fornecidas, é correto dizer que o autor 
a) apresenta a Monarquia como um mal necessário e a figura do rei absolutista como absurda 
e inútil, contudo inquestionável. Paine tornou-se o principal nome contrário à Revolução 
Americana. 
b) estabelece uma relação direta entre a sociedade e o governo, abrindo espaço para 
debates acerca do mau governo. O panfleto escrito por Paine tornou-se uma base teórica 
para a Revolução Americana. 
c) demonstra como regimes autoritários favorecem os meios de informação, para que os 
homens exerçam suas capacidades de julgamento. Paine usou jornais para combater a 
Revolução Americana. 
d) considera que sociedades com e sem governos têm os mesmos benefícios, 
desenvolvendo-se de formas semelhantes. Paine desencorajou o engajamento dos colonos 
ingleses na Revolução Americana. 
 (Unicamp 2021) 
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Seguindo a trajetória das ativistas, vemos que lutaram ao lado dos homens no movimento 
popular urbano e participaram de várias jornadas populares, como as de 9 de abril, 20 de 
junho e 10 de agosto de 1792, as quais resultaram na queda da monarquia. Abraçaram a 
Revolução, queriam armar-se para defender a nação dos inimigos internos, e tomaram parte 
nas festas cívicas. Algumas se alistaram no exército e foram lutar nas fronteiras. No caso das 
Republicanas Revolucionárias, durante certo tempo contaram com o apoio dos deputados 
da Montanha e os ajudaram a derrubar os Girondinos. Nessa ocasião, mereceram elogios 
públicos. Depois se aliaram aos radicais e fizeram oposição aos Montanheses. As militantes 
adquiriram uma visibilidade nunca imaginada para mulheres do povo, despertando o 
interesse e a inquietação de integrantes do governo acerca da questão dos direitos civis e 
políticos femininos. Sua presença na cena política foi tolerada e até incentivada no início da 
Revolução Francesa, porém reprimida em outubro de 1793, e depois de forma definitiva em 
1795. 
(Adaptado de Tania Machado Morin, Virtuosas e perigosas: as mulheres na Revolução 
Francesa. São Paulo: Alameda, 2013, p. 4-6.) 
Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a Revolução Francesa, assinale a 
alternativa correta. 
 a) A Revolução Francesa não garantiu o direito de voto às mulheres, mas a participação delas 
no movimento fez com que sua exclusão da vida pública ganhasse visibilidade e fosse 
debatida. 
b) Os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade da Revolução consolidaram os direitos 
civis e políticos das mulheres, igualando-os aos direitos dos homens de forma inédita na 
história da França e da Europa. 
c) Os revolucionários consideravam que as tarefas desempenhadas pelas mulheres na 
Revolução eram irrelevantes e restritas às atividades domésticas, por isso elas não 
conquistaram os mesmos direitos civis que os homens. 
d) A Revolução Francesa aboliu a desigualdade de gênero em todos os âmbitos da vida 
pública por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que estabelecia a igualdade 
e a cidadania. 
 (UNICAMP – 2017) 
A dona de casa entre as classes populares urbanas é uma personagem maior e majoritária. 
A dona de casa não tem muitas papas na língua. Muitas vezes é uma rebelde, tanto na vida 
privada quanto na vida pública. E não raro paga um alto preço por isso, como alvo principal 
de violências que podem chegar ao crime “passional”. 
(Adaptado de Michelle Perrot, “Figuras e papéis”, em Philippe Ariès (org.), História da vida 
privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. v. 4, p. 146.) 
A mulher das classes populares nas sociedades urbanas do século XIX na Europa 
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a) tinha múltiplas funções, como educar os filhos, cuidar da casa e administrar as finanças, 
mas vivia restrita ao espaço doméstico e por isso sua rebeldia era punida com violência. 
b) era responsável pelo trabalho doméstico e muitas vezes tinha uma jornada dupla, pelo 
trabalho externo que realizava em fábricas, pequenos comércios e outros serviços. 
c) sofreu estigma e violência por revolucionar os costumes e liderar o movimento de 
conquista do voto feminino. 
d) contrariava o senso comum de ser cordata e obediente, pois sua condição social indicava 
que não tinha referencial de uma boa educação. 
 (Unicamp 2014) 
 
Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale 
a alternativa correta. 
a) Os sujeitos envolvidos na ação política representada na tela são homens do campo com 
seus instrumentos de ofício nas mãos. 
b) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a bandeira tricolor e a figura da 
Liberdade, mas retrata um ato político assentado na teoria bolchevique. 
c) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa reavivado pelas lutas políticas de 
1830 na França quanto a posição política do pintor. 
d) No quadro, vê-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante 
a Revolução Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocráticos. 
 (UECE 2017) 
Atente ao seguinte excerto: 
“O crime [...] consistiu em herdar as piores feições do sistema doméstico num contexto em que 
inexistiam as compensações do lar: ‘ele sistematizou o trabalho das crianças pobres e 
desocupadas, explorando-o com uma brutalidade tenaz...’ [...] Na fábrica a máquina ditava as 
condições, a disciplina, a velocidade e a regularidade da jornada de trabalho, tornando-as 
equivalentes para o mais delicado e o mais forte”. 
Edward P. Thompson. A Formação da Classe Operária Inglesa. Vol. II: A maldição de Adão. Rio 
de Janeiro,Paz e Terra. 1987. p. 207. 
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Considerando os processos de transformação ocorridos na sociedade ocidental, é correto 
afirmar que esse trecho da obra do historiador inglês Edward P. Thompson se refere à 
 a) Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra entre 1688 e 1689, que garantiu o fim do 
absolutismo na Inglaterra e possibilitou o desenvolvimento social e econômico daquele país. 
b) Revolução Industrial, que, principiando no século XVIII, estabeleceu novas formas de 
organização do trabalho na sociedade capitalista. 
 c) Revolução Francesa, que no final do século XVIII criou um novo modelo social e econômico 
para o mundo ocidental. 
d) Revolução Haitiana, que teve início em 1791 e marcou a independência do país caribenho 
do domínio francês, mas colocou-o sob o controle do capital industrial inglês. 
 (UECE 2017) 
Atente ao que se diz a respeito do fenômeno conhecido como Revolução Industrial. 
I. Trouxe uma série de consequências para os trabalhadores ao redimensionar drasticamente 
o antigo modo de produção e proporcionar salários dignos. 
II. No decorrer do processo de industrialização, naturalmente decidiu-se por criar os 
sindicatos, para reduzir tarifas alfandegárias para os industriais. 
III. Novos problemas sociais surgiram, como greves, manifestações populares, criminalidade, 
alcoolismo e prostituição, frutos da exploração de homens, mulheres e crianças. 
É correto o que se afirma somente em 
a) II e III. 
b) I. 
c) I e II. 
d) III. 
 (UECE 2016) 
Atente ao seguinte excerto: “De 1815 a 1847, F. Gaillot arrola uma quinzena de casos 
ocorridos e outros tantos de tentativas abortadas. O ludismo é mais importante em 1848, 
quando assume feições particularmente graves, à imagem da duração da crise e da 
esperança despertada pela nova República”. 
(PERROT, M. Os excluídos da História. Operários, mulheres, prisioneiros. Trad. Denise 
Bottmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p.37. 
Sobre o ludismo, é correto afirmar que 
a) é um ramo da psicologia voltado para casos extremos de crise política. 
b) constituiu um partido político na Inglaterra. 
c) foi um movimento operário de protesto contra a produção industrial. 
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d) foi uma manifestação de rebeldes franceses a favor da produção fabril. 
 (UECE 2015) 
Os efeitos da Revolução Francesa sobre a vida privada ultrapassaram as expressões da 
cultura política representadas pelo vestuário, pela linguagem e pelo ritual político. O novo 
Estado atacou rigorosamente os poderes das comunidades do Antigo Regime em muitos 
outros campos, tais como 
Escolha uma: 
a) a constituição civil e todos os símbolos da vida familiar e doméstica. 
b). a música, a pintura e as artes em geral. 
c) a Igreja, as corporações e a nobreza. 
d) a saúde, a higiene e as organizações sanitárias. 
 (UECE 2014) 
“Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os 
juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os 
banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, 
queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que 
realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo 
pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo 
econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, 
no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no 
comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.” 
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora 
Guanabara, 1986, p. 149. 
Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais 
transformações políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde 
ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à 
A) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689. 
B) Revolução Francesa, de 1789 a 1799. 
C) Revolução Russa, de 1917. 
D) Revolução de Avis, de 1383 a 1385. 
 (UVA 2016) 
Foram decorrência da Revolução Industrial, exceto: 
a) aumento da concentração urbana. 
b) alargamento do mercado consumidor. 
c) distribuição igualitária de benefícios. 
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d) especialização técnica do trabalho. 
 (UVA 2016) 
A Revolução Francesa (1789-1799) foi a grande revolução burguesa que marcou a ascensão 
desta classe social ao poder político na França. Foi o acontecimento mais importante da 
Idade Moderna. Por isso a Revolução Francesa assinala o início da Idade Contemporânea. 
São fatores que determinaram a deflagração da Revolução Francesa, exceto 
a) a oposição ao mercantilismo e o absolutismo dos Bourbons. 
b) a crise financeira agravada pela queda da produção. 
c) o sistema tributário justo, existente no país. 
d) o Iluminismo e a Independência dos Estados Unidos. 
 (UFU 2017) 
Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. 
Deste esgoto imundo jorra o ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo 
desenvolvimento e sua maior brutalidade, aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado 
torna-se quase um selvagem. 
TOCQUEVILLE, A. de, Joumeys to England and Ireland. Ed. Mayer, 1958, p. 107-8. 
O advento das revoluções burguesas na Europa, atrelado ao industrialismo, gerava, ao 
mesmo tempo, perplexidade e deslumbramento ao promover mudanças sociais radicais e 
ambíguas, fomentadas pelos avanços tecnológicos em diferentes esferas. 
Assinale a alternativa que apresenta a principal mudança no sistema produtivo dos países 
pioneiros em promover a industrialização. 
a) A formação de mão de obra com os cercamentos dos campos cultiváveis, expulsando-se 
os trabalhadores dos grandes centros urbanos. 
b) O declínio do proletariado enquanto grupo social hegemônico, arrefecendo-se os conflitos 
de classe. 
c) A manutenção das terras comunais para a produção de alimentos voltados para a 
subsistência dos camponeses europeus. 
d) A adoção da divisão técnica do trabalho, com grande utilização de maquinários nas 
fábricas e aumento da acumulação de capitais. 
 (UFU 2016) 
Uma verdadeira paixão pelos Estados Unidos tomara conta dos franceses nos anos que 
precederam a revolução, como testemunham Chateaubriand e o próprio Franklin, que 
escrevia de Paris a seus correspondentes americanos: “aqui é comum dizer que nossa causa 
é a do gênero humano”. Além do mais, essa república fora fundada por colonos com quem 
a França tecera contra a Inglaterra uma aliança vitoriosa: os que tinham se engajado na 
aventura eram conhecidos por ter sofrido[ ... ) de “inoculação americana”. 
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OZOUF, Mona. Varennes: a morte da realeza, 21 de junho de 1791. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2009. p. 175-176 {Adaptado). 
A historiografia é consensual em afirmar que o movimento revolucionário francês e os ideais 
iluministas foram de grande importância para diversas lutas coloniais ocorridas na América. 
Menos estudada é a influência que os norte-americanos exerceram sobre os revolucionários 
franceses. Essa influência pode ser explicada, para além dos fatoresmencionados na citação 
de Mona Ozouf, 
a) pela forte tradição liberal dos colonos norte-americanos que, durante a luta pela 
independência, foram contrários a toda forma de exploração do trabalho. 
b) pelo forte apelo simbólico que exercia o exemplo norte-americano de emancipação 
colonial, visto como caso modelar de luta contra a opressão dos poderes instituídos. 
c) pelo desprezo que os colonos norte-americanos tinham em relação à religião, vista por 
eles como braço aliado do poder da metrópole inglesa, contra a qual deveriam lutar. 
d) pela defesa da doutrina fisiocrata que, no plano político, se traduzia na permanência de 
privilégios constitucionais para as camadas senhoriais. 
 (UFU 2011) 
Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário desenrola o 
arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas 
pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a importante 
atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito operações 
distintas. Trabalhando desta maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas mais de 
quarenta e oito mil alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia 4.800 
alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, sem 
que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de atividade, certamente cada um deles 
não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um. 
SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural,1996, p. 65. 
Sobre a divisão do trabalho instituída a partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos, 
é correto afirmar que: 
a) o toyotismo é uma forma de gerenciamento de estoque das indústrias, que proporcionou 
melhores meios de lidar com o meio ambiente e o controle de matériasprimas. 
b) o fordismo é uma forma de gerenciamento científico que serviu para os trabalhadores 
exercitarem suas melhores habilidades em atividades específicas. 
c) a redução da exigência do desenvolvimento das habilidades do trabalhador teve impacto 
sobre o processo produtivo e restringiu o conhecimento integral do trabalhador sobre seu 
ofício. 
d) a especialização do trabalhador obrigou que somente homens, bem treinados e com 
instrução sólida, fossem absorvidos pelas vagas de trabalho geradas com o processo de 
industrialização 
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 (UDESC 2017) 
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Estas três palavras, somadas à bandeira azul, branca 
e vermelha, tornaram-se símbolos das ideias defendidas e das reivindicações no movimento 
chamado Revolução Francesa. 
Com relação à Revolução Francesa, assinale a alternativa correta. 
a) Das revoluções de esquerda ocorridas no século XIX, a Revolução Francesa é das mais 
significativas, justamente por ser a primeira a contar exclusivamente com a participação de 
classes populares. Seu modelo foi reimplementado posteriormente apenas em 1917, durante 
a Revolução Russa. 
b) Apesar de sua relevância histórica, a Revolução Francesa não influenciou qualquer 
movimento revolucionário ou reivindicatório fora do território europeu. 
c) A relevância da Revolução Francesa pode ser compreendida por ter sido, entre outras 
coisas, o primeiro movimento político que instaurou popularmente o governo de uma 
mulher. Esta foi personificada como "Marianne" e foi representada por Delacroix no famoso 
quadro Liberdade guiando o povo. 
d) A Revolução Francesa teve reverberações não apenas na Europa, mas também na 
América. Uma das principais foi, certamente, a influência que exerceu sobre a Independência 
dos EUA. 
e) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em 1789, ainda que 
ressaltasse a liberdade e a igualdade dos cidadãos perante a lei, era excludente em relação 
às mulheres. Tal fato auxilia compreender a composição da Declaração dos Direitos da 
Mulher e da Cidadã, escrita por Olympe de Gouges, em 1791. 
 (UDESC 2017) 
Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até 
aos próprios deveres. Não há nenhuma reparação possível para quem renuncia a tudo. Tal 
renúncia é incompatível com a natureza do homem. Assim, seja qual for o lado por que se 
considerem as coisas, o direito de escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, mas 
porque absurdo e sem significação. As palavras escravidão e direito são contraditórias; 
excluem-se mutuamente. (Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.) 
O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado em 1762, apresenta ideias que 
confluem com as lutas por “liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido lema da 
Revolução Francesa. 
Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, assinale a alternativa correta a 
respeito das relações entre a Revolução Francesa e a prática da escravidão. 
a) Um dos princípios da Revolução Francesa, a igualdade, está previsto na Declaração dos 
direitos do homem e do cidadão. Por este motivo, a partir de 1791, a escravidão, em todas 
as suas formas, foi abolida e jamais restabelecida nas colônias francesas. 
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b) Ainda que o posicionamento dos revolucionários fosse homogêneo, no que diz respeito 
ao fim da escravidão, esta foi abolida apenas em 1791, com a assinatura de um tratado entre 
Napoleão e o líder haitiano Toussaint Louverture. Após a assinatura deste tratado, a 
escravidão jamais foi restabelecida em uma colônia francesa. 
c) A defesa da liberdade e as lutas pelo fim da escravidão eram pautas bastante cômodas 
para os revolucionários franceses, pois a França nunca contou com pessoas escravizadas em 
suas colônias. 
d) Os posicionamentos dos revolucionários a respeito da escravidão eram relativamente 
contraditórios. Apesar das preleções de Rousseau, alguns grupos defendiam, primeiramente, 
apenas o fim do tráfico negreiro. As lutas pela abolição da escravidão e a independência do 
Haiti, concretizada apenas em 1804, são representativas destas contradições. 
e) Como a obra não cita as mulheres, pode-se concluir que Jean-Jacques Rousseau era um 
defensor da escravidão apenas para as mulheres. 
 (UDESC 2014) 
“Na manhã de sexta-feira, observa-se um grande número de guardas nacionais, que 
pareciam dispostos a defender o rei. Mas, ao contrário, por volta das 9h45, o povo, misturado 
com outros destacamentos da Guarda Nacional e com os federados, preparava-se para 
entrar à força no palácio. Então todas as portas foram abertas, os canhoneiros giraram seus 
canhões contra o palácio e a Guarda Nacional, que parecia estar ali para impedir o acesso, 
tomou de súbito o partido do povo e da outra fração da Guarda. (...) Os suíços foram todos 
massacrados e saqueados, e parece impossível dar uma explicação plausível para a barbárie 
e os insultos de que foram objeto seus cadáveres. Alguns dos suíços que se dirigiram à 
Guarda Nacional e pediram misericórdia foram decapitados pela fúria popular e seus corpos 
foram jogados pelas janelas. O número de mortos oscila entre 2 mil e 2,5 mil. Felizmente, o 
rei, a rainha, o delfim e toda a família real foram por volta das 8 horas, antes que o assalto 
começasse, à Assembleia Nacional e ali ficaram sãos e salvos durante todo o dia. Mas que 
terror e desolação não devem ter sentido! Todas as pessoas da criadagem e ligadas ao 
serviço da família real foram massacradas.” 
(Arquivos de Gênova, Correspondance de Spinola. Apud: VOVELLE, Michel. A Revolução 
Francesa 1789-1799. São Paulo: Unesp, 2012. pp. 36-37.) 
O relato do embaixador de Gênova, a respeito da jornada de 10 de agosto de 1792, aponta 
para a nova fase que se inaugurava na RevoluçãoFrancesa. Analise as proposições em 
relação à ruptura iniciada em 1789. 
I. A exigência de maior participação política da burguesia se devia aos burgueses serem 
proibidos de assumir posições na administração do Estado francês. 
II. O episódio da tomada do palácio das Tulherias, acima narrado, constituiu-se em uma 
exceção no processo revolucionário que, à parte a execução do rei Luís XVI e da rainha Maria 
Antonieta, foi pacífico e contou com a união geral da população para quebrar os privilégios. 
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III. A tomada da Bastilha assinalou a libertação de milhares de presos políticos, vítimas de um 
sistema judiciário ineficiente, o qual impedia o acesso a advogados. 
IV. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão apresenta uma síntese da filosofia 
das Luzes, destacando-se o direito à liberdade individual, à igualdade e à propriedade. 
Sendo assim, fundamentalmente rejeitados o sistema hierárquico e a censura do Antigo 
Regime. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
c) Somente a afirmativa IV é verdadeira. 
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 (UDESC 2013) 
Segundo o historiador Eric Hobsbawn, a Revolução Industrial “sob qualquer aspecto [este] 
foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos 
desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha”. 
HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções – 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 
45. 
Com relação ao excerto acima, assinale a alternativa incorreta. 
a) Não ocorreram movimentos de resistência dos trabalhadores às novas formas de trabalho 
estabelecidas pela Revolução Industrial. 
b) A Revolução Industrial propiciou o surgimento de novas formas de organização da 
produção de bens, sendo que o sistema de fábricas tornou-se o preponderante, difundindo-
se para outros países e continentes, no decorrer dos séculos XIX e XX. 
c) Possibilitou o estabelecimento de uma nova forma de controle do tempo, que passou a 
ser marcado pelo relógio e não mais pela natureza. 
d) O sistema de fábricas, no qual os trabalhadores estão concentrados em um mesmo 
espaço, possibilitou que o dono da fábrica controlasse também a mão de obra, além da 
matéria prima. 
e) Entre as principais inovações tecnológicas advindas com a Revolução Industrial, pode-se 
citar a substituição das máquinas movidas à tração animal ou à força da água pelas máquinas 
a vapor. 
 (Uel 2020) 
Analise a imagem a seguir: 
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Exposta no Museu do Louvre, a obra “Liberdade Guiando o Povo”, remete à existência de 
questão social ainda hoje debatida. 
Com base na imagem e nos conhecimentos sobre modernidade e vida social, é correto 
afirmar que a obra representa 
a) a luta de estratos sociais em defesa da igualdade jurídica e pela conquista dos direitos de 
cidadania. 
b) a primeira tentativa de revolução social do proletariado moderno contra a burguesia. 
c) a participação popular na luta pelo direito de voto pelas mulheres e contra o trabalho 
infantil. 
d) o repúdio ao caráter sangrento das revoluções populares, produtoras de regimes 
ditatoriais. 
e) a democracia, que atinge a plenitude quando homens, mulheres e jovens pegam em 
armas. 
 (Uel 2018) 
Analise as figuras a seguir: 
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Com relação ao tema da Revolução Industrial Inglesa, atribua V (Verdadeiro) ou F (Falso) às 
afirmativas a seguir. 
( ) A substituição do tear manual pelo mecânico no processo fabril propiciou aos 
trabalhadores, em suas relações sociais de produção, maior tempo livre para o lazer. 
( ) O aumento da produtividade pela mecanização industrial ampliou a prosperidade 
econômica da população, diminuindo as diferenças sociais entre ricos e pobres. 
( ) A organização da produção realizada pelo artesão em suas atividades domésticas 
estabeleceu-se em sistema de corporações de mestres de ofícios. 
( ) A produção industrial, durante o século XIX, libertou as crianças trabalhadoras dos riscos 
de morte oriundos das atividades de trabalho artesanal. 
( ) Os cercamentos das terras comunais privaram os camponeses do livre acesso às suas 
condições de auto-sobrevivência. 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, V, F, F, V. 
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b) V, F, V, F, F. 
c) F, F, V, F, V. 
d) F, F, F, V, V. 
e) F, V, F, V, F. 
 (UEL 2016) 
Thomas Morus, em sua obra Utopia, criou uma analogia para a sociedade de sua época. 
Nessa representação da sociedade, caracterizada pelo caos, ovelhas se alimentavam de seres 
humanos, explicitando, dessa forma, um rompimento do equilíbrio social, no século XVIII. 
Com base nos conhecimentos sobre as transformações históricas ocorridas nesse período, 
assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a denominação da fase do sistema 
produtivo e a nação correspondente nesse processo. 
a) Plantations – Alemanha. 
b) Dominium – Itália. 
c) Servidão – Portugal. 
d) Corveia – França. 
e) Cercamentos – Inglaterra. 
 (PUC-SP 2014) 
 “O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir 
a contrarrevolução(...). É a parte sombria e mesmo terrível desse período da Revolução 
[Francesa], mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.” 
Michel Vovelle. A revolução francesa explicada à minha neta. São Paulo: Unesp, 2007, p. 74-
75. 
São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o 
período do Terror, 
a) o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do preço do pão. 
b) a prisão do rei e da rainha e a conquista e colonização de territórios no Norte da África. 
c) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos 
operários. 
d) a ascensão política dos principais comandantes militares e a implantação da monarquia 
constitucional. 
e) o início da perseguição e da repressão contra religiosos e a convocação dos Estados 
Gerais. 
 (PUC-RJ 2021) 
No final do século XVIII, cidadãos franceses reunidos em Assembleia Constituinte aprovaram 
a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, cujo primeiro artigo é 
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“Art.1o Os Homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem 
fundamentar-se na utilidade comum.” 
Essas ideias podem ser associadas 
a) à crise do Antigo Regime, aristocrático e desigual, e ao início da Revolução Francesa. 
b) à afirmação do igualitarismo social e à difusão das ideias socialistas na França. 
c) ao Mercantilismo, que tinha a defesa da liberdade fundada na “utilidade comum” como 
princípio básico. 
d) à extinção das distinções entre os indivíduos, permitindo a ascensão do totalitarismo. 
 (PUC-RJ 2016) 
Considerando que a Revolução Industrial se caracteriza por ser um processo contínuo, porém 
convencionalmente dividido em fases, avalie as seguintes afirmações sobre a primeira fase 
dessa Revolução: 
I. Tevea preponderância da Inglaterra, especialmente com o desenvolvimento da indústria 
têxtil. 
II. Caracterizou-se pela nova disciplina do trabalho, o que modificou hábitos e costumes dos 
trabalhadores, que, em grande parte, provinham do campo. 
III. Utilizou a mão de obra de famílias inteiras, incluindo mulheres e crianças. 
IV. Impôs aos trabalhadores uma intensa divisão do trabalho e a racionalização do tempo, 
implementando o sistema conhecido como Taylorismo. 
Estão CORRETAS somente as afirmações: 
a) I, III e IV. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) I, II, III e IV. 
e) I, II e III. 
 (FGV 2018) 
Na sua faceta mais radical, a Revolução Francesa promoveu uma certa redistribuição de terra, 
por meio de medidas como a venda dos bens nacionais. Entretanto, nesse processo de 
construção de uma ordem jurídica burguesa, o fim da escravidão não seria, no final das 
contas, incluído. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 trazia, no seu 
artigo 1º, o princípio segundo o qual “os homens nascem e permanecem livres e iguais em 
direitos”. Mas a história revolucionária mostrou que essa fórmula clássica do liberalismo 
político foi capaz de gerar, de imediato, posturas contraditórias entre os diferentes atores 
históricos do período, que interpretavam os termos liberdade e igualdade à luz de suas 
próprias aspirações e interesses. 
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(Laurent Azevedo Marques de Saes. A Societé des Amis des Noirs e o movimento 
antiescravista sob a Revolução Francesa (1788-1802). Tese (Doutorado em História Social) – 
FFLCH, USP. 2013. Adaptado) 
Nesse contexto, é correto afirmar que 
a) a Revolução Francesa, embora conduzida em nome de princípios universais de liberdade 
e igualdade, acabou incorporando a escravidão colonial na nova ordem jurídica, sem que 
essa instituição tivesse sido posta em discussão nem sequer no período mais radical do 
processo revolucionário, no momento no qual os jacobinos tentaram dirigir os rumos da 
revolução. 
b) os princípios de liberdade e igualdade, para a maioria dos homens nas assembleias 
revolucionárias, não encontravam fronteiras ou limites ditados pela condição da França de 
potência colonial, mas representavam valores universais a serem difundidos inclusive para a 
América a partir de Paris, ainda que a ascensão de Napoleão tenha freado a propagação das 
ideias revolucionárias. 
c) o império colonial francês à época girava em torno da “pérola das Antilhas”, São Domingos 
(futuro Haiti), colônia que havia projetado a França para o topo do mercado internacional de 
produtos tropicais e que transformou o sucesso da produção caribenha na base da riqueza 
burguesa dos portos franceses, o que não impediu que jacobinos e sans culottes 
defendessem a abolição e a independência colonial desde julho de 1789. 
d) a questão colonial evidenciava, sob certos aspectos, os limites da Revolução Francesa, 
liberal e burguesa, pois dentro da ótica mercantilista que orientou a economia francesa 
desde o século XVII, a prosperidade da Nação dependia da balança comercial favorável e, 
nesse sentido, o papel do comércio com as colônias e da reexportação dos produtos 
proporcionados por esse comércio era visto como capital. 
e) a restauração da escravidão nas colônias, ocorrida em 1799 por ordem de Bonaparte 
depois da abolição em 1789, por exigência dos revolucionários, teve como desdobramento 
o levante negro no Haiti, em que se lutava simultaneamente pela abolição da escravidão e 
pelo rompimento dos laços coloniais com a França, resultando na independência do Haiti, 
primeiro a libertar os escravos no continente americano. 
 (FGV-SP 2001) 
“Quem, portanto, ousaria dizer que o Terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário 
para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços 
ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos 
e sim alguma coisa mais. Assim, o que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e 
florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros.” 
E. J. Sieyès. Qu’est-ce que le Triers Êtat. 
O texto do Abade Sieyès nos remete a uma leitura da/do: 
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a) sistema de estamentos na França pré-revolucionária, privilegiando o papel realizador do 
clero; 
b) França durante o período do Terror, quando Robespierre orienta os jacobinos à execução 
total do alto clero; 
c) condição do Terceiro Estado, de não apenas desejar construir uma nação, mas, 
fundamentalmente, de ser efetivamente a nação; 
d) necessidade de acordos entre os diferentes estamentos para a construção de uma nação 
próspera e republicana; 
e) Terceiro Estado, composto pelo baixo clero, e representando 98% da população francesa, 
que buscava dar fim aos privilégios dos demais estamentos. 
 (FGV-SP 2001) 
Considerando a Revolução Industrial em suas duas diferentes fases, podemos afirmar que: 
a) a primeira fase caracterizou-se pela utilização do carvão e do ferro e desenvolveu-se 
primeiramente na Inglaterra, na França e na Bélgica; 
b) tanto a primeira como a segunda fase da Revolução Industrial caracterizaram-se pela 
utilização do aço e da eletricidade; 
c) Alemanha, Itália, Rússia, EUA e Japão foram os países que se destacaram em sua primeira 
fase; 
d) tanto a primeira como a segunda fase da Revolução Industrial caracterizaram-se pela 
utilização do carvão e do aço; 
e) a segunda fase da Revolução Industrial caracterizou-se pela utilização do aço e da 
robótica e desenvolveu-se principalmente no Japão. 
 
 (IFSudMinas 2016) 
Analise as afirmações a seguir sobre a Revolução Francesa. 
I) A crise financeira experimentada pela França antes da revolução e o regime político 
absolutista do rei podem ser considerados como fatores importantes para o início da 
revolução. 
II) A Queda de Bastilha foi o evento decisivo para o início da Revolução Francesa. A Bastilha 
era uma prisão para a qual o rei enviava injustamente muitos condenados. 
III) Havia uma disputa de poder entre os Girondinos e os Jacobinos, mas estes nunca 
conseguiram assumir o poder na França depois da revolução. 
IV) O principal lema da Revolução Francesa é: liberdade, igualdade e fraternidade. 
Agora marque a alternativa CORRETA. 
a) Apenas I, II e III são verdadeiras. 
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b) penas II, III e IV são verdadeiras. 
c) Apenas I, II e IV são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 (IFRS 2019) 
Nas sentenças abaixo a respeito da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no final do 
XVIII, marque verdadeiro (V) ou falso (F). 
( ) Um dos motivos do pioneirismo inglês na Revolução Industrial foi o precoce processo de 
cercamento dos campos (século XVI) que concentrou a propriedade fundiária e ampliou a 
oferta de mão de obra assalariada nos campos e nas cidades. 
( ) O desenvolvimento da indústria propiciou uma significativa melhora na urbanização e nas 
condições de vida da classe operária nos grandes centros industriais, tais como a Inglaterra 
no início do século XIX. 
( ) A gradual mecanização e especialização da produção retirou dos trabalhadores o domínio 
sobre o produto final do trabalho em um processo que pode ser denominado alienação do 
trabalho. 
( ) A segunda fase da Revolução Industrial (aproximadamente entre 1875 e 1945) coincidiu 
com um novo processo de dominação das potências europeias sobre os territórios daÁfrica 
e da Ásia em busca de fontes de energia e de mercado para suas mercadorias e capitais. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) V – F – F – V 
b) F – F – V – F 
c) V – F – V – V 
d) F – V – V – V 
e) F – F – V – V 
 (UNESP 2006) 
 "... a Revolução de 1789 não fez nada pelo operário: o camponês ganhou a terra, o operário 
está mais infeliz que outrora e os monarquistas têm razão quando afirmam que as antigas 
Corporações [de Ofício] protegiam melhor o trabalhador do que o regime atual". 
 ("Jornal Le Matin", 07 de março de 1885.) 
Com tal declaração, o escritor francês Émile Zola fazia um balanço dos efeitos sociais da 
Revolução de 1789, referindo-se 
a) aos confiscos dos bens dos nobres franceses emigrados e à política liberal implementada 
pelo Estado. 
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b) à baixa participação dos trabalhadores urbanos nas lutas sociais na França do final do 
século XIX. 
c) ao apoio dos operários ao projeto de Restauração do absolutismo francês, como garantia 
de melhoria social. 
d) à liderança política dos camponeses franceses nas revoluções socialistas e comunistas do 
século XIX. 
e) à política de bem-estar social instituída pelo Partido Social Democrata francês ao longo 
do século XIX. 
 (URCA 2020) 
A segunda metade do século XVIII convulsionou a Europa em movimentos de contestação e 
crise do Antigo Regime. “A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e 
radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, 
o conceito e o vocabulário do nacionalismo. A França forneceu os códigos legais, o modelo 
de organização técnica e científica e o sistema métrico de medidas para a maioria dos países. 
A ideologia do mundo moderno atingiu as antigas civilizações que tinham até então resistido 
as ideias europeias inicialmente através da influência francesa. Esta foi a obra da Revolução 
Francesa” 
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. p.98 São Paulo, Paz e Terra, 2010). 
São vinculados ao movimento revolucionário francês: 
A) A sociedade era dividida em estamentos, sendo o terceiro estado composto pela maior 
parte da população, únicos que pagavam impostos, e que estavam sendo oprimidos pelos 
demais estados (clero e nobreza) entre os populares descontentes destaca-se a burguesia 
em ascensão que vislumbravam direitos políticos. 
B) Durante o processo revolucionário a rainha Maria Antonieta e o seu marido Oliver 
Cromwell foram decapitados pelos revolucionários radicais acusados de alta traição ao 
Estado, a morte do Reis foram extremamente simbólicas para legitimar a queda do antigo 
regime. 
C) Em 1789 foi delineado o documento de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 
sendo um manifesto da burguesia contra a sociedade de privilégios dos nobres, em nenhum 
momento se propôs em ser a favor de uma sociedade democrática e igualitária. 
D) Durante o processo revolucionário se destacaram alguns motins, entre eles, o político e o 
da fome. Sendo os motins da fome protagonizados pelas mulheres. 
E) O regime Jacobino, também denominado de fase do terror, foi responsável por mobilizar 
o apoio da massa contra a rebeldia dos notáveis e dos girondinos, implantar terrorismo às 
pessoas consideradas traidoras, controlar os preços e implantar uma constituição de 
tendência radical. 
 (URCA 2018) 
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“[...] No princípio da década de 1830, entre um terço e a metade da força de trabalho (em 
todas as classes de trabalho) nas indústrias algodoeiras tinha menos de vinte e um anos de 
idade. No setor de lãs cardadas, a proporção de jovens era ainda maior. Entre os adultos, 
bem mais da metade eram mulheres. [....] A força de trabalho adulto nas indústrias têxteis do 
Reino Unido atingia 191.671 pessoas, das quais 102.812 eram mulheres e apenas 88.859, 
homens.” 
(THOMPSON E. P. A formação da Classe Operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. V.II 
p.170) 
Sobre a situação dos trabalhadores durante a Revolução Industrial Inglesa, pode-se afirmar: 
A) O movimento sindical foi inicialmente organizado através do Ludismo que tinha como 
base de ação reuniões e assembleias pacíficas que reivindicavam melhores condições de vida 
e direitos para os trabalhadores. 
B) Em virtude das péssimas condições de vida, progressivamente, houve um retorno dos 
trabalhadores da cidade para o campo, desacelerando o processo industrial na Inglaterra em 
algumas décadas. 
C) A existência de uma legislação específica protegia os menores de idade e não permitia o 
trabalho de crianças nas fábricas. 
D) As cidades, sobretudo, os bairros da classe operária, eram espaços altamente insalubres 
com péssimas condições de saúde, higiene e moradia. Os baixos salários pagos aos 
trabalhadores e a péssima alimentação contribuíam para a sua baixa expectativa de vida. 
E) Por serem mais especializadas, as mulheres eram mais requisitadas para a indústria de 
trabalho têxtil e, em muitas situações, tinham salários maiores que os homens nas fábricas. 
 (UEA 2010) 
A máquina, da qual parte a Revolução Industrial, substitui o trabalhador, que maneja uma 
única ferramenta, por um mecanismo, que opera com uma massa de ferramentas iguais ou 
semelhantes de uma só vez, e que é movimentada por uma única força motriz, qualquer que 
seja sua força. (Karl Marx. O Capital, 1867.) A partir do texto, é correto considerar que a 
Revolução Industrial 
(A) aboliu a mão de obra no processo produtivo, provocando desemprego e sofrimentos 
sociais. 
(B) aumentou a produção de mercadorias, instituindo uma forma de produção diferente da 
artesanal. 
(C) impediu o surgimento de movimentos socialistas, subordinando os operários às 
máquinas. 
(D) produziu um quadro de nivelamento econômico entre os países, devido à expansão da 
industrialização. 
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(E) atenuou as desigualdades sociais, favorecendo a ascensão política da grande massa de 
trabalhadores industriais. 
 (UNITINS 2021) 
Ao longo da história, a relação do indivíduo com o trabalho foi se modificando em 
conformidade com acontecimentos e valores dos diferentes períodos sociais. Segundo Karl 
Marx, “uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha envergonha 
mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de suas colmeias. Mas o que 
distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele constrói o favo em sua cabeça, antes 
de construí-lo em cera” 
(MARX, Karl. O Capital. Vol. I, tomo 1. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 149- 150). 
Analise as seguintes afirmativas a respeito do trabalho humano no desenrolar do processo 
histórico. 
I - Na Grécia antiga a dignidade do indivíduo estava relacionada à sua capacidade de dedicar-
se ao desenvolvimento do pensamento, distanciando-se o mais possível do trabalho manual. 
II – O desenvolvimento do capitalismo promoveu mudanças nos modos de produção, no 
comércio, nas relações de trabalho, na lógica da acumulação e do lucro. 
III - A sociedade medieval desenvolveu a concepção de que o trabalho eleva a condição 
social do indivíduo e promove sua realização pessoal. 
IV- A partir da Revolução Industrial, o sentido de trabalho foi sendo estruturado como 
emprego e se fortaleceu a figura do trabalhador assalariado. 
É correto o que se afirma em: 
A) I, II e IV, apenas. 
B) I e IV, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV. 
 (UNITINS 2021) 
A imageme o texto a seguir fazem referência à Revolução Francesa. 
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Caderno de Terceiro Estado da paróquia de Longey-en-Dunois, França. 
“Nós, habitantes da paróquia de Longey abaixo-assinados, tendo-nos reunido em virtude 
das ordens do Rei, na sexta-feira, dia 6 do presente mês de maio de 1789, resolvemos o que 
segue: pedimos que todos os privilégios sejam abolidos. Declaramos que se alguém merece 
ter privilégios e gozar de isenções, são estes, sem contradição, os habitantes do campo, pois 
são os mais úteis ao Estado, porque por seu trabalho o fazem viver. Que até hoje foram 
quase os únicos a pagar os exorbitantes impostos de que esta província está carregada”. 
MATTOSO, Kátia M. de Q. Textos e documentos para o estudo de História Contemporânea. 
São Paulo: Edusp, 1976. 
Sobre a Revolução Francesa, analise as afirmativas a seguir e considere V (Verdadeiro) ou F 
(Falso). 
( ) A base ideológica da Revolução Francesa foi o Iluminismo, movimento intelectual que 
defendia o uso da razão e maior liberdade econômica e política. 
( ) São causas da Revolução Francesa a insatisfação popular com a crise econômica e política 
da França, no final do século XVIII, bem como a grande desigualdade social gerada pela 
monarquia absolutista. 
( ) A Revolução Francesa teve a duração de dez anos e foi encerrada pelo Golpe de 18 de 
Brumário, quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder. 
( ) Apesar de sua duração, a Revolução Francesa não influenciou a queda do regime 
absolutista na Europa. 
( ) A Queda da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789, em Paris, marcou o início de um 
ciclo revolucionário conhecido como Revolução Francesa. 
A opção que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é: 
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A) F, V, V, V e F. 
B) V, F, V, V e F. 
C) F, F, V, V e V. 
D) V, F, V, F e V. 
E) V, V, V, F e V 
 (UNICENTRO 2019) 
“Para o historiador, todos os acontecimentos, mesmo os remotos, têm atualidade e vida. 
Mas isso é ainda mais verdadeiro no caso da Revolução Francesa de 1789, que transformou 
o modo de vida até daqueles que pouco souberam ou sabem sobre ela, até hoje em dia. 
Não será exagero dizer que ela ajudou a dar forma ao mundo ocidental contemporâneo, 
moldando as instituições e os ideais que nos animam e que consideramos universais.” 
GRESPAN, Jorge. Revolução Francesa e Iluminismo. São Paulo: Contexto, 2003, p. 9. 
Sobre a Revolução Francesa é correto afirmar. 
a) A Revolução Francesa ocorreu em meio a uma crise econômica e foi produto de revoltas 
de burgueses, camponeses e trabalhadores urbanos. 
b) A Revolução Francesa é considerada a primeira Revolução Comunista, pois, até hoje, esse 
sistema molda as instituições no mundo ocidental. 
c) Foi uma revolução comandada por Napoleão Bonaparte que, influenciado pelo Iluminismo, 
organizou um golpe de estado contra Luiz XVI. 
d) A Revolução Francesa foi um movimento caracterizado pelo terror, organizado pelo 
revolucionário Robespierre, em apoio ao absolutismo de Luiz XVI. 
e) Trata-se de uma revolução burguesa, inspirada no Iluminismo e comandada por 
Robespierre, na qual o Czar Nicolau II foi executado na guilhotina. 
 (UNICENTRO 2019) 
Para além dos aspectos estritamente econômicos, a Revolução Industrial representou uma 
mudança social fundamental em outros aspectos da vida dos trabalhadores. Assinale a 
alternativa que contém as novas características do trabalho industrial. 
a) Trabalho na agricultura de subsistência com técnicas tradicionais. 
b) Trabalho familiar e no espaço doméstico, o que permitiu grandes ganhos econômicos para 
a classe trabalhadora. 
c) Trabalho comunitário através de mutirões e uma mentalidade religiosa. 
d) Expansão de uma moral hedonista e aristocrática. 
e) Proletarização das classes trabalhadoras e submissão do trabalho à disciplina fabril de 
produção. 
 
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 (UNITAU 2015) 
Os fatos abaixo, numerados de I a V, referem-se às fases da Revolução Francesa e seus 
principais acontecimentos. 
I. É aprovada a Constituição Civil do Clero que estabelece a transformação de seus membros 
em funcionários civis do Estado. 
II. Os camponeses da região da Vendeia rebelam-se contra o alistamento obrigatório. Disso 
se aproveitaram o clero refratário e os monarquistas, para insuflar a contrarrevolução. 
III. É eleita a Assembleia Legislativa, composta na maioria por membros da alta burguesia, 
favoráveis à manutenção da monarquia constitucional. 
IV. A Conjura dos Iguais, movimento popular liderado por Graco Babeuf, propõe a tomada 
do poder à força e o fim da propriedade privada. 
V. Forma-se a primeira coligação das forças absolutistas contra a França, integrada por 
Inglaterra, Áustria, Prússia, Espanha, Holanda, Sardenha e Rússia. 
Identifique a alternativa que apresenta, na sequência CORRETA, os fatos que se relacionam 
e correspondem às fases: 
 a) I - Segunda fase (Monarquia constitucional); II – Segunda fase (Monarquia constitucional); 
III - Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); IV – Quarta fase (Diretório); V - Terceira 
fase (Convenção Nacional – República). 
 b) I – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); II – Terceira fase (Convenção Nacional 
– República); III – Segunda fase (Monarquia constitucional); IV – Quarta fase (Diretório); V - 
Terceira fase (Convenção Nacional – República). 
 c) I – Quarta fase (Diretório); II – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); III - Quarta 
fase (Diretório); IV – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); V - Terceira fase 
(Convenção Nacional – República). 
 d) I – Terceira fase (Convenção Nacional – República); II - Terceira fase (Convenção Nacional 
– República); III – Quarta fase (Diretório); IV – Quarta fase (Diretório); V – Primeira fase 
(Assembleia Nacional Constituinte). 
 e) I – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); II – Terceira fase (Convenção Nacional 
– República); III – Segunda fase (Monarquia constitucional); IV – Quarta fase (Diretório); V - 
Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte). 
 (UNCISAL 2020) 
Revolução Industrial é um termo geral, largamente usado para descrever um conjunto de 
mudanças tecnológicas e organizacionais que foram consideravelmente além daquele que é 
o aspecto mais bem conhecido destas: a invenção de máquinas motorizadas. 
DAVIES, Norman. Europe: a history. London: Pimlico, 1997, p. 679 (tradução livre). 
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Além da “invenção de máquinas motorizadas”, outras inovações técnicas e/ou 
organizacionais características da primeira fase da Revolução Industrial (1760-1840) na 
Europa ocidental foram 
A) o arado e o moinho hidráulico. 
B) a automação da produção e a prensa de tipos móveis. 
C) o beneficiamento do ferro e o trabalho artesanal doméstico. 
D) o motor de combustão interna e a adição do petróleo à matriz energética. 
E) a iluminação a gás e a adoção do carvão mineral como importante fonte de energia. 
 (UNCISAL 2018) 
“Estevão inclinou-se sobre o tear, calmo, atento e laborioso. Como todos os homens da floresta 
de teares, onde trabalhava, Estevão formava contraste estranho com o rumor, o barulho e a 
agitação das peças do mecanismo a que fora destinado”. O excerto apresentado é do livro 
Tempos Difíceis, de Charles Dickens,publicado em 1854 e relançado no Brasil em 2014. Nessa 
ficção, Dickens retrata o impacto da Revolução Industrial sobre a vida da população inglesa do 
século XIX. Em relação a esse contexto, assinale a alternativa correta. 
(A) A Revolução Industrial é um fenômeno histórico, iniciado na França, que impactou toda a 
Europa no século XVIII e XIX. 
(B) A Revolução Industrial teve na Inglaterra seu início, devido a diversos fatores. Dentre eles, está 
o fato de a Inglaterra possuir uma monarquia que adotava medidas que contribuíam com o 
desenvolvimento de uma burguesia mercantil desde o século XVII. 
(C) O saber do trabalhador ficou mais complexo a partir da Revolução Industrial, pois ele precisou 
conhecer todas as etapas da produção, diferentemente do período anterior, no qual ele estava 
submetido a um processo de especialização do seu saber. 
(D) Adaptar-se ao trabalho nas fábricas foi uma atividade fácil para a população inglesa do século 
XVIII, visto que a dinâmica da fábrica utilizava a mesma concepção de tempo que o trabalhador 
tinha ao trabalhar no campo. 
(E) A Revolução Industrial Inglesa permitiu a inserção das mulheres no mercado de trabalho, 
propiciando a elas as mesmas condições de trabalho e os mesmos direitos que os homens. 
 (UNAERP 2020) 
No século XVIII, no contexto comercial inglês, um conjunto de atos administrativos que 
ficaram conhecidos como Enclosure Acts, ou Leis dos Cercamentos, contribuiu de maneira 
decisiva para o que mais tarde ficaria conhecido como a revolução industrial inglesa. Os 
Enclosure Acts 
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a) instituíam que as terras consideradas de uso público, de fato ou direito, ocupadas então 
por camponeses, passassem a ser reconhecidas como propriedade de um nobre local. 
b) estabeleciam que as terras nobiliárquicas, que ainda tratavam o camponês em regime de 
trabalho servil, fossem disponibilizadas para a produção de algodão, a matéria-prima para a 
produção de tecidos. 
c) estabeleciam que os camponeses deveriam obrigatoriamente produzir algodão. Dessa 
forma, sem condições de competir com os grandes produtores algodoeiros americanos, 
deixaram o campo, provocando êxodo rural. 
d) instituíam que as terras ocupadas por camponeses que viviam de sua subsistência 
deveriam, imperativamente, ser arrendadas ou concedidas à Coroa que, por sua vez, através 
de cartas de doação, as concederia a produtores de seda. 
e) instituíam a divisão das grandes propriedades em pequenas. Isso levou à redução da 
produtividade e, consequentemente, à capacidade de concorrência dos pequenos 
proprietários rurais frente aos grandes latifúndios das nobrezas locais. 
 (UNAERP 2020) 
Na Europa, entre as últimas duas décadas do século XVIII e nas primeiras três do século XIX, 
surgiu um estilo artístico conhecido como Neoclassicismo, com uma nova tendência estética 
que prevaleceu nas criações dos artistas da época, expressando os valores próprios de uma 
nova e fortalecida burguesia. Assinale a opção que expressa um fato histórico que influenciou 
esse estilo artístico. 
a) A segunda fase da Revolução Industrial, no século XVII, revelando um estilo estético de 
arte aplicado à indústria. 
b) A Contrarreforma italiana, do início do século XVII, que trouxe consigo à estética do alto 
Renascimento e do maneirismo. 
c) A Revolução Francesa, em 1789, símbolo da queda do Antigo Regime, que expressou um 
estilo inclinado ao culto à natureza e à imaginação. 
d) As escavações arqueológicas em Pompeia e Herculano, descobertas em 1748, que 
ofereceram a primeira visão da arte romana bem preservada. 
e) A descoberta da Pedra de Roseta, durante a expedição francesa ao Egito, em 1799, 
quando seus painéis revelaram o sofisticado estilo de vida da elite egípcia. 
 
 (UNIRV 2018) 
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceu na Europa nos séculos 
XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho 
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. 
O texto acima escreve sobre a Revolução Industrial. Sobre os acontecimentos na Revolução 
Industrial, Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas. 
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a) ( ) Ao longo do século XIX a consolidação do capitalismo tornaria as condições de vida e 
de trabalho do nascente proletariado extremamente importantes e, principalmente, com a 
formação das associações internacionais dos trabalhadores, percebeu-se uma estreita 
relação entre o marxismo, o movimento operário europeu e o capitalismo. 
b) ( ) O ludismo traduz as primeiras manifestações de resistência da nascente classe operária 
que ocupou os últimos anos do século XVIII e os primeiros do século XIX. O movimento 
cartista, movimento operário que surgiu na primeira metade do século XIX, não se constituiu 
um fato isolado, pois foi precedido de greves, motins, insurreições e outras manifestações 
da classe operária. 
c) ( ) As mudanças promovidas pela Primeira Revolução Industrial ocorreram em vários 
âmbitos. Na esfera da produção, os três setores mais atingidos foram: a mineração de carvão, 
a indústria têxtil e a siderurgia. 
d) ( ) Os meios de produção no sistema capitalista não podem ser apenas máquinas, as 
ferramentas, as instalações físicas, as fontes de energia, os meios de transporte e a tecnologia 
em produtos e processos, pois incluem a discussão em torno do socialismo utópico. 
 (UNIRV 2019) 
No final do século XVIII, a Inglaterra adentrou um processo de transformações econômicas e 
sociais que mudariam completamente a dinâmica da economia mundial e moldaria a Idade 
Contemporânea. Sobre a Revolução Industrial, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as 
alternativas. 
a) (V) O Reino Unido e mais precisamente a Inglaterra foram palco da Revolução Industrial 
devido ao acúmulo de uma série de fatores. As revoluções inglesas, que resultaram, já na 
década de 1680, em uma monarquia parlamentar de cunho liberal, e tratados comerciais 
vantajosos como Methuen (1703), foram dois desses fatores. 
b) (V) As primeiras etapas da Revolução Industrial não envolviam avanços tecnológicos, mas 
a transformação na dinâmica do trabalho, mudando o foco da encomenda para o estoque e 
o trabalho autônomo pelo especializado. Isso esboça-se claramente nas teorias de Taylor 
sobre a produtividade. 
c) (V) A Revolução Industrial ocasionou mudanças sociais drásticas, pois ao contrário do 
artesão que dominava todo o processo produtivo, o operário é alienado do processo pela 
especialização. Essa condição vulnerabilizava o trabalhador que passou a depender da 
estrutura fabril para sobreviver, tornando o desemprego uma ameaça à estabilidade social 
dos grandes centros urbanos. 
d) (F) A Revolução Industrial comprovou a eficácia do modelo econômico liberal, que 
garantindo a estabilidade econômica só foi ameaçado pelas ditaduras socialistas na metade 
do século XX. 
 (CÁSPER LÍBERO 2013) 
Sobre a Revolução Francesa iniciada em 1789, é correto afirmar que: 
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a) foi longamente preparada pelo ciclo revolucionário ocorrido na Inglaterra no século XVII, 
o que explica o apoio que esse país prestou aos revoltosos franceses. 
b) tratou-se, principalmente, de uma revolução cultural, ápice do desenvolvimento do 
chamado Iluminismo. 
c) não foi devidamente percebida como um movimento relevante por seus contemporâneos, 
ganhando importância apenas retrospectivamente, com o início da Revolução de 1848. 
d) não implicou mudançassignificativas na ordem societária dominante no mundo ocidental. 
e) apresentou diferentes fases, desembocando em um contexto monárquico, 
antirrevolucionário e reacionário, representado pelo Congresso de Viena. 
 (UFMS 2020) 
Leia o texto a seguir. 
“A Revolução conquistou o mundo. Apesar das santas alianças e dos sistemas de intervenção, 
os despotismos pereceram um após outro, as Constituições multiplicaram-se, as servidões 
esfumaram-se, os povos oprimidos libertaram-se, unificados em nações. Que país se poderá 
gabar de nada dever ao espírito desta revolução? O próprio centro da Revolução é vítima de 
uma curiosa reação quando, em 1813, aquele que lhe arrebata a liberdade e quer dar ordens 
à Europa encontra pela frente os povos conduzidos ao combate em nome da liberdade. Obra 
da burguesia, a Revolução redundou em proveito da burguesia. Na direção da administração 
pública, ela substitui-se à aristocracia, classe vencida. Instruída, exercitada na prática dos 
negócios, a burguesia, em face da massa ignorante, é a única que pode fornecer quadros à 
nova ordem. Com isto ganha estipêndios elevados, prestígio e um gosto real pelas funções 
públicas. Em vão o Terror limita o seu concurso: o Termidor devolve-lhe os lugares perdidos; 
e, de fato, sob os regimes ulteriores, conservá-los-á. Por outro lado, é ela a grande 
beneficiária de bens nacionalizados; e, favorecida pela desvalorização do papel-moeda, 
realiza um bom negócio. [...] Esta Revolução tem o seu quinhão de horrores; mergulha na 
guerra, outro horror; os princípios são menosprezados, renegados até. Por fim volta a trazer 
à cena política o despotismo a maior desgraça para a liberdade; e, prometendo a igualdade, 
consente que uma classe se substitua a outra, deixando que a nova privilegiada regateie a 
emancipação da que continua subordinada.” 
(Fonte: NICOLLE, Paul. Coleção Europa-América. Lisboa: Ed. Europa-América, 1975. p. 
120-121. Adaptado). 
Qual é a revolução tratada pelo fragmento de texto? 
a) Revolução Industrial. 
b) Revolução Bolchevique. 
c) Revolução Gloriosa. 
d) Revolução Americana. 
e) Revolução Francesa. 
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 (UFMS 2019) 
Um dos eventos que mais influenciaram a história da humanidade nos últimos séculos foi a 
revolução industrial. Esse acontecimento impulsionou a economia, a exploração do trabalho, o 
domínio de algumas nações sobre vastas regiões do mundo e acentuou a divisão entre os países 
dominantes e os que eram dominados. Assim, a revolução industrial movimentou não apenas a 
economia, mas também a sociedade, a produção artística e cultural e a política de toda uma 
época. Assinale a alternativa que caracteriza corretamente os primeiros momentos da revolução 
industrial e que tornaram a Inglaterra pioneira no desenvolvimento de indústrias durante o século 
XVIII. 
a) A Inglaterra, importante metrópole do século XVIII, possuía colônias na América do 
Norte, África e Ásia que favoreceram a exploração de matérias-primas e mão de obra, 
impulsionando o desenvolvimento de seu setor industrial. 
b) A Inglaterra contava com um grande contingente de trabalhadores disponíveis, visto que 
a lei de cercamentos de terras desapropriou inúmeros camponeses, que passaram a atuar nas 
fábricas como trabalhadores e influenciaram decisivamente na divisão dos lucros e dos meios de 
produção, fatores que tornaram a Inglaterra uma grande potência industrial. 
c) Caracterizada pela exploração do trabalho assalariado, a revolução industrial oferecia 
benefícios e estímulos para a população mais pobre (como ambiente salubre, jornadas de trabalho 
justas e salários que estimulavam a competitividade entre os trabalhadores fabris), e a burguesia 
industrial retroalimentava o sistema com o consumo interno, fortalecendo-o primeiro na Inglaterra 
para mais tarde estender suas redes de comércio com os demais países da Europa. 
d) A mecanização do sistema de produção foi um fator determinante para que o sistema 
fabril de produção superasse o sistema de manufaturas, aliado ao fato de que a Inglaterra contava 
com grandes reservas de carvão mineral e ferro para alimentar e produzir novas máquinas para a 
produção. 
e) A organização da produção manufatureira inglesa foi fundamental para o 
desenvolvimento da revolução industrial, visto que essa produção de manufaturas passou a contar 
com máquinas e motores que substituíram a divisão do trabalho e colaboraram para o acúmulo 
de lucro pelo detentor dos meios de produção. 
 (UESB 2018) 
Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça 
de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas 
Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas 
Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos Poder e força 
de Atenas 
(HOLANDA... 2018). 
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A análise do fragmento musical e os conhecimentos sobre a situação da mulher, ao longo da 
história das sociedades permitem afirmar: 
01) A democracia ateniense possibilitou uma melhor condição de vida para a mulher, devido 
à possibilidade de defesa de seus interesses, em função da sua participação política, 
diferentemente da sociedade militarizada espartana. 
02) O legado dos egípcios antigos influenciou na estrutura de poder da República romana, 
ao dar direito de participação às mulheres no Senado e o poder matriarcal na família romana, 
papéis que exerciam no Egito conquistado por Júlio César. 
03) A civilização muçulmana, de características agropastoril, estabeleceu a divisão sexual do 
trabalho, ficando a mulher responsável pela agricultura e o homem pelo pastoreio, o que 
possibilitou uma igualdade de funções sociais. 
04) A mulher medieval assumiu uma posição de escrava sexual dos senhores feudais e dos 
monges católicos, por serem responsabilizadas pelo pecado original, sendo o tráfico de 
mulheres uma atividade aceita pela Igreja Católica. 
05) O desenvolvimento da sociedade urbana e industrial deu início a uma mudança no papel 
da mulher na sociedade, que saiu do ambiente exclusivamente privado e passou a 
frequentar, cada vez mais, os espaços públicos, no desempenho de outras atividades, como 
operárias de industriais. 
 (UESB 2018) 
Chegamos finalmente, neste 21º século da era cristã, a uma etapa histórica em que todos os 
povos da Terra, em maior ou menor grau, participam da mesma civilização: a capitalista. No 
entanto, poucos, no mundo todo, dão-se conta desse fenômeno único em toda a História. 
Qual a razão dessa inconsciência coletiva? Há duas razões principais, a meu ver. A primeira 
delas é que o curso dessa evolução histórica só veio a se completar recentemente. Até a 
segunda metade do século XX, o capitalismo ainda não havia alcançado todos os confins do 
orbe terrestre. Algumas regiões permaneciam, até então, isoladas do resto do mundo, 
envoltas no espesso manto de velhas tradições. A segunda razão, pela qual uma boa parte 
da humanidade ainda não tomou consciência desse fato histórico sem precedentes, é que, 
fora do círculo intelectual marxista, o capitalismo sempre foi apresentado, pura e 
simplesmente, como um sistema econômico; e boa parte dos economistas o analisava, e 
continua a analisá-lo, na esteira dos fisiocratas franceses que influenciaram Adam Smith, 
como o único sistema natural da vida econômica. (CHEGAMOS... 2018). 
O desenvolvimento da civilização capitalista ocorreu através de eventos socioeconômicos, 
políticos e ideológicos, que, muitas vezes, se deram através de conflitos, críticas, disputas e 
de avanços e de retrocessos, como se pode inferir 
01) no estabelecimentode boas condições salariais e de vida para o operariado, durante a 
Primeira Revolução Industrial, como condição básica para a criação de um mercado 
consumidor. 
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02) nas repercussões da Revolução Gloriosa inglesa, que estabeleceu o sufrágio universal e 
a participação política do operariado, contendo a expansão das ideias marxistas e a crítica 
ao capitalismo. 
03) no desfecho da Revolução Francesa, que abalou os alicerces do Antigo Regime e da 
sociedade de privilégio, através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas 
manteve a desigualdade de classe. 
04) no surgimento da fisiocracia, que, inspirada nos princípios do mercantilismo, defendia 
uma política protecionista estatal contra a concorrência estrangeira e de incentivo à indústria 
nacional. 
05) nas concepções do liberalismo clássico, defendido por Adam Smith, que pregava a 
internacionalização da economia, a formação de blocos econômicos e de um mercado 
comum europeu. 
 (UNEB 2016) 
A conquista da cidadania tem sido um processo lento, que tem variado conforme o tempo 
histórico, e, também, entre as diferentes sociedades, podendo-se, dessa forma, 
corretamente afirmar: 
01) A ascensão dos coraixitas ao poder, no mundo árabe medieval, unificou o Império 
Islâmico, possibilitando a democratização da participação política no processo decisório 
muçulmano. 
02) O Renascimento cultural representou os valores da classe social burguesa em ascensão, 
favorecendo, assim, a extinção, na época moderna, da sociedade estamental característica 
do Antigo Regime. 
03) A expansão marítima e comercial colocou a Europa em contato com culturas diferentes, 
consolidando o princípio da alteridade e o respeito aos direitos dos povos não europeus. 
04) O jacobinismo francês defendeu a limitação do lucro de alguns setores econômicos, 
através, principalmente, da Lei do Máximo e da ampliação dos direitos do cidadão, com a 
defesa do sufrágio universal masculino. 
05) A Primeira Revolução Industrial estabeleceu os primeiros direitos sociais, a partir da 
aceitação burguesa das reivindicações do movimento ludista, consolidando o direito de 
cidadania para os trabalhadores ingleses. 
 (UNEB 2017) 
A Revolução Industrial impactou de diversas maneiras nas relações estabelecidas entre os 
diversos continentes e na organização socioeconômica e política interna das diversas 
sociedades, como se pode inferir 
01) no apoio da França jacobina ao processo da independência das colônias americanas, 
objetivando a implantação do modelo da Comuna de Paris no Novo Mundo. 
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02) na intervenção inglesa na defesa da independência das colônias africanas, objetivando a 
ampliação do mercado fornecedor de matéria-prima e consumidor de produtos 
industrializados. 
03) no deslocamento da mão de obra africana da América, em forma de trabalhador escravo, 
para as recentes indústrias inglesas, que passaram a constituir o primeiro operariado fabril. 
04) no rompimento das relações diplomáticas entre as Treze Colônias Inglesas e a Inglaterra, 
que rivalizavam na disputa de mercados para seus produtos industriais. 
05) no surgimento de um movimento operário que se transformou em uma luta direcionada 
à quebra das máquinas, e para a formação das primeiras organizações sindicais na Inglaterra. 
 (PISM 2020) 
- Leia o texto a seguir: 
“Aqueles que são contratados experienciam uma distinção entre o tempo do empregador e 
o seu ‘próprio’ tempo. E o empregador deve usar o tempo de sua mão-de-obra e cuidar para 
que não seja desperdiçado: o que predomina não é a tarefa, mas o valor do tempo quando 
reduzido a dinheiro. O tempo agora é moeda: ninguém passa o tempo, e sim o gasta” [...] 
“Havia muitos relógios em Londres na década de 1790: a ênfase estava mudando do ‘luxo’ 
para a ‘conveniência’; até os colonos podiam ter relógios de madeira. Na verdade (como 
seria de esperar), ocorria uma difusão geral de relógios portáteis e não portáteis no exato 
momento em que a Revolução Industrial requeria maior sincronização do trabalho.” 
THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial. In: Costumes em 
comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, 
p. 272 e 279. 
O texto acima aborda a transição para a sociedade industrial, as mudanças na percepção 
interna de tempo e o surgimento de uma disciplina de trabalho nos finais do século XVIII e 
início do século XIX. Das alternativas abaixo, assinale a opção CORRETA: 
a) Com o advento da sociedade industrial e da disciplina do trabalho, os trabalhadores 
passaram a ter o controle de sua vida produtiva, cuja dinâmica oscilava entre momentos de 
trabalho volumoso e de ociosidade intensa. 
b) Durante o estabelecimento do processo industrial inglês, os padrões de trabalho tinham 
como característica a irregularidade, com tarefas semanais ou quinzenais, fazendo com que 
o dia de trabalho fosse moldado pelo trabalhador. 
c) No contexto da transição para a sociedade industrial, a posse e o uso do relógio de bolso 
ficaram restritos à elite, sendo, portanto, artigo de luxo, feito de metais preciosos e utilizado 
para acentuar status. 
d) A introdução da disciplina de trabalho gerou melhorias nas condições de vida dos 
trabalhadores, pois, com ela, passaram a usufruir de benefícios como: gratificações por 
pontualidade, pagamento de horas extras, férias remuneradas. 
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e) A divisão do trabalho, a supervisão do trabalho, o uso de relógios, o uso racional do tempo 
foram alguns dos recursos utilizados pelos industriais para formar novos hábitos e nova 
disciplina de tempo entre os trabalhadores. 
 (PISM 2017) 
Em julho de 1789, houve a explosão de movimentos populares em Paris. Artesãos, operários 
e desempregados se envolveram fortemente com o processo revolucionário, que ocasionou 
a tomada da Bastilha, momento simbólico da Revolução Francesa. Os grupos populares que 
protagonizaram a revolução passaram a ser conhecidos como sans-culottes. 
Em relação aos sans-culottes, assinale a resposta que CORRESPONDA às suas reivindicações 
e atitudes. 
a) Desejavam tomar o poder do rei de forma moderada, mediante as decisões do Primeiro 
Estado. 
b) Defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de poder por parte da 
aristocracia. 
c) Tinham um projeto político bem definido, cuja principal proposta era o alinhamento com 
grupos contrarrevolucionários. 
d) Exigiam melhores condições de vida e participação política dos setores sociais médios e 
pobres, saqueando armazéns e tomando edifícios governamentais. 
e) Defendiam que os preços fossem tabelados e o fim da exploração econômica, sem 
qualquer proximidade com os camponeses e suas reivindicações. 
4. GABARITO 
1. B 
2. A 
3. B 
4. C 
5. B 
6. D 
7. C 
8. C 
9. B 
10. C 
11. C 
12. D 
13. B 
14. C 
15. E 
16. D 
17. C 
18. A 
19. A 
20. C 
21. E 
22. A 
23. A 
24. E 
25. D 
26. C 
27. A 
28. C 
29. C 
30. A 
31. B 
32. D 
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33. B 
34. A 
35. E 
36. A 
37. E 
38. B 
39. E 
40. B 
41. A 
42. D 
43. F-V-V-F 
44. V-V-V-F 
45. E 
46. E 
47. D 
48. 05 
49. 03 
50. 04 
51. 05 
52. E 
53. D
 
5. QUESTÕES COMENTADAS 
 (Unicamp 2022) 
“A sociedade é uma benção, mas o governo, mesmo em seu melhor estado, éapenas um 
mal necessário. No seu pior estado, é um mal intolerável, pois quando sofremos ou ficamos 
expostos, por causa de um governo, às mesmas desgraças que poderíamos esperar em um país 
sem governo, nossa calamidade pesa ainda mais ao considerarmos que somos nós que 
fornecemos os meios pelos quais sofremos. Há algo de muito ridículo na composição da 
monarquia; primeiro ela exclui um homem dos meios de informação, mas lhe permite agir em 
casos que requerem capacidade superior de julgamento. A posição de um rei o aparta do mundo; 
no entanto, a atividade de um rei exige que ele conheça perfeitamente o mundo. Com isso, as 
diferentes partes, opondo-se de forma antinatural e destruindo uma à outra, provam que essa 
figura é absurda e inútil.” 
(Adaptado de Thomas Paine, Senso comum e os direitos do homem. L&PM Pocket. Edição 
do Kindle – posição 32 a 138.) 
O trecho acima foi retirado do panfleto O Senso comum e Os direitos do homem, publicado 
de forma anônima, em 1776. Com autoria assumida por Thomas Paine, a obra causou grande 
reação pública. A partir do texto e das informações fornecidas, é correto dizer que o autor 
a) apresenta a Monarquia como um mal necessário e a figura do rei absolutista como 
absurda e inútil, contudo inquestionável. Paine tornou-se o principal nome contrário à Revolução 
Americana. 
b) estabelece uma relação direta entre a sociedade e o governo, abrindo espaço para 
debates acerca do mau governo. O panfleto escrito por Paine tornou-se uma base teórica para a 
Revolução Americana. 
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c) demonstra como regimes autoritários favorecem os meios de informação, para que os 
homens exerçam suas capacidades de julgamento. Paine usou jornais para combater a Revolução 
Americana. 
d) considera que sociedades com e sem governos têm os mesmos benefícios, 
desenvolvendo-se de formas semelhantes. Paine desencorajou o engajamento dos colonos 
ingleses na Revolução Americana. 
Comentários 
Antes tudo, repare no ano de publicação do texto: 1776, segunda metade do século XVIII. 
Esse é um momento de grande efervescência política e tensão social em todo mundo. Lembre-se 
que é nesse contexto que o iluminismo e o liberalismo se difundiam pela Europa e suas colônias; 
no Novo Mundo eclodiam várias revoltas nativistas e separatistas, algumas das quais deram início 
a movimentos de independência; a Revolução Industrial despontava na Inglaterra; e a Revolução 
Francesa (1789) abalou as fundações do Antigo Regime. Por seu turno, Thomas Paine (1737-1809) 
foi ao mesmo tempo ator, testemunha e intérprete de vários desses processos. Ele foi um político 
britânico, assim como panfletário, revolucionário, inventor e intelectual. Até seus 37 anos, viveu 
na Inglaterra, mas migrou para as colônias inglesas na América do Norte, pouco antes da 
Revolução Americana – movimento de independência dos EUA – eclodir. Seu texto aqui exposto, 
publicado em 1776, foi uma das grandes inspirações da independência norte-americana, 
declarada ainda naquele ano. Além desse, outros de seus escritos famosos foram A Crise 
Americana, uma série de panfletos revolucionários publicados entre 1776 e 1783, e Direitos do 
Homem, de 1791, um guia das ideias iluministas. Ele também teve uma participação importante 
na Revolução Francesa, tendo sido eleito para deputado na Convenção Nacional Francesa, em 
1792. Era visto como aliado pelos girondinos e como inimigo pelos jacobinos. De qualquer forma, 
nele vemos um adversário tenaz do Antigo Regime, um republicano nato. Com isso em mente, 
vejamos o que é correto dizer sobre autor a partir do trecho exposto: 
a) Incorreta. No final do texto, Paine afirma que a monarquia, por consequência o rei, é algo 
inútil e absurdo. O “governo”, sendo ele monárquico ou republicano, que é um mal necessário na 
vida em sociedade. Ainda, como destaquei no comentário, Paine apoiava a Revolução Americana 
e até escreveu textos defendo-a. 
b) Correta! Nas primeiras linhas do texto, Paine admite que pode existir uma variedade de 
tipos de governo. Todos eles são um mal de necessário. Contudo, os piores governos são 
insuportáveis. Dessa forma, ele reconhece a necessidade da sociedade debater a legitimidade 
daqueles que a governam. E, de fato, O Senso comum e Os direitos do homem era um texto de 
defesa da Revolução Americana. 
c) Incorreta. Na verdade, ele afirma que a monarquia mantem o soberano apartado do 
mundo, sem acesso regular às informações, ao mesmo tempo que exige que ele tome decisões 
complexas e de difícil julgamento. Por isso, é uma forma de governo inútil e absurda. 
d) Incorreta. Apenas os maus governos, aqueles intoleráveis, é que são equivalentes a uma 
sociedade sem governo, pois causa tanto ou mais dor e sofrimento. Além disso, já vimos que Paine 
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apoiou a Revolução Americana e até panfletou para que os colonos norte-americanos aderissem 
ao movimento. 
Gabarito: B 
 (Unicamp 2021) 
Seguindo a trajetória das ativistas, vemos que lutaram ao lado dos homens no movimento 
popular urbano e participaram de várias jornadas populares, como as de 9 de abril, 20 de 
junho e 10 de agosto de 1792, as quais resultaram na queda da monarquia. Abraçaram a 
Revolução, queriam armar-se para defender a nação dos inimigos internos, e tomaram parte 
nas festas cívicas. Algumas se alistaram no exército e foram lutar nas fronteiras. No caso das 
Republicanas Revolucionárias, durante certo tempo contaram com o apoio dos deputados 
da Montanha e os ajudaram a derrubar os Girondinos. Nessa ocasião, mereceram elogios 
públicos. Depois se aliaram aos radicais e fizeram oposição aos Montanheses. As militantes 
adquiriram uma visibilidade nunca imaginada para mulheres do povo, despertando o 
interesse e a inquietação de integrantes do governo acerca da questão dos direitos civis e 
políticos femininos. Sua presença na cena política foi tolerada e até incentivada no início da 
Revolução Francesa, porém reprimida em outubro de 1793, e depois de forma definitiva em 
1795. 
(Adaptado de Tania Machado Morin, Virtuosas e perigosas: as mulheres na Revolução 
Francesa. São Paulo: Alameda, 2013, p. 4-6.) 
Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a Revolução Francesa, assinale a 
alternativa correta. 
 a) A Revolução Francesa não garantiu o direito de voto às mulheres, mas a participação delas 
no movimento fez com que sua exclusão da vida pública ganhasse visibilidade e fosse 
debatida. 
b) Os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade da Revolução consolidaram os direitos 
civis e políticos das mulheres, igualando-os aos direitos dos homens de forma inédita na 
história da França e da Europa. 
c) Os revolucionários consideravam que as tarefas desempenhadas pelas mulheres na 
Revolução eram irrelevantes e restritas às atividades domésticas, por isso elas não 
conquistaram os mesmos direitos civis que os homens. 
d) A Revolução Francesa aboliu a desigualdade de gênero em todos os âmbitos da vida 
pública por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que estabelecia a igualdade 
e a cidadania. 
Comentários: 
A temática dessa questão é a participação das mulher na Revolução Francesa e à limitação 
de acessos aos direitos liberais que foram a base do processo de luta contra o absolutismo. 
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Com um texto bastante grande, a questão demandava uma leitura atenta para perceber as 
contradições na forma de enxergar a participação das mulheres, bem como a legitimidade 
para que acessassemos direitos que estavam sendo criados e garantidos para homens. 
No começo, as mulheres foram consideradas “heroínas de Versalhes”, mas, conforme 
ampliavam sua participação e aumentavam as exigências de igualdade, os representantes da 
Assembleia Constituinte foram se colocando contrários a essa postura. Em 1793, os Clubes 
Femininos foram proibidos e em 1975, houve a proibição de qualquer participação das 
mulheres em manifestações públicas. 
A única alternativa possível é a A porque ela traz a contradição entre a participação, a 
negação de direitos, porém a conquista da visibilidade do tema sobre o direito das mulheres 
Apesar de trabalhosa, estava fácil porque as demais alternativas estão muito erradas, uma 
vez que elas trazem uma perspectiva de que a Revolução garantiu direitos às mulheres. 
Vejamos esses erros: 
a) Gabarito, conforme comentários. 
b) Errado. Os direitos das mulheres forma negados e não consolidados. 
c) Errado. Como falamos, há contradições na forma como os revolucionários viam a atuação 
das mulheres. 
d) Errado. Como comentamos, não há garantias e proteção de direitos às mulheres. 
Gabarito: A 
 (UNICAMP – 2017) 
A dona de casa entre as classes populares urbanas é uma personagem maior e majoritária. 
A dona de casa não tem muitas papas na língua. Muitas vezes é uma rebelde, tanto na vida 
privada quanto na vida pública. E não raro paga um alto preço por isso, como alvo principal 
de violências que podem chegar ao crime “passional”. 
(Adaptado de Michelle Perrot, “Figuras e papéis”, em Philippe Ariès (org.), História da vida 
privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. v. 4, p. 146.) 
A mulher das classes populares nas sociedades urbanas do século XIX na Europa 
a) tinha múltiplas funções, como educar os filhos, cuidar da casa e administrar as finanças, 
mas vivia restrita ao espaço doméstico e por isso sua rebeldia era punida com violência. 
b) era responsável pelo trabalho doméstico e muitas vezes tinha uma jornada dupla, pelo 
trabalho externo que realizava em fábricas, pequenos comércios e outros serviços. 
c) sofreu estigma e violência por revolucionar os costumes e liderar o movimento de 
conquista do voto feminino. 
d) contrariava o senso comum de ser cordata e obediente, pois sua condição social indicava 
que não tinha referencial de uma boa educação. 
Comentários: 
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O texto remete à condição das mulheres de classes populares nas cidades europeias do século 
XIX que, como efeito da Revolução Industrial, cumpriam uma jornada dupla de trabalho ao cuidar 
do lar e trabalhar nas fábricas a fim de contribuir com a renda familiar. Com isso, já sabemos que 
o gabarito letra b). Vamos olhar o que está incorreto nas demais alternativas: 
a) Ao longo do século XIX, as mulheres passaram a ocupar outros espaços além do doméstico. 
c) O movimento sufragista só surgiu entre o fim do século XIX e início do XX. O texto aborda o 
momento anterior, em que as mulheres passaram a trabalhar fora de casa. 
d) As mulheres não eram mal-educadas, o ponto discutido é sobre os espaços ocupados por esse 
grupo social. 
Gabarito: B 
 (Unicamp 2014) 
 
Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale 
a alternativa correta. 
a) Os sujeitos envolvidos na ação política representada na tela são homens do campo com 
seus instrumentos de ofício nas mãos. 
b) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a bandeira tricolor e a figura da 
Liberdade, mas retrata um ato político assentado na teoria bolchevique. 
c) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa reavivado pelas lutas políticas de 
1830 na França quanto a posição política do pintor. 
d) No quadro, vê-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante 
a Revolução Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocráticos. 
Comentários 
Questão interpretativa. O comando pede para o aluno observar a obra e responder o item correto. 
Espera-se, nesses casos, que o aluno seja capaz de estabelecer uma relação entre o quadro e a 
alternativa. 
Veja, um quadro é um tipo de texto não verbal que tem uma narrativa e uma história subentendida 
que se apresenta por meio de signos e códigos com sentido. Por isso, quando uma questão 
apresenta um quadro como texto, você deve utilizar as técnicas de interpretação que você 
aprende na disciplina de linguagens. 
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A pintura de Delacroix é uma homenagem à Revolução de 1830 – ou as Jornadas Gloriosas – na 
França, que pôs fim ao governo de Carlos X, o último rei da dinastia dos Bourbon Segundo 
palavras do próprio Delacroix, “ainda que não tenha lutado por meu país, posso representá-lo”. 
O nome da obra também mostra o posicionamento político do autor: um defensor da liberdade. 
Além disso, a pintura relembra o ideário da Revolução Francesa, em especial na bandeira tricolor 
nas mãos da Liberdade. 
Tendo isso em vista, vejamos os itens abaixo: 
a- Não são apenas sujeitos do campo representados na imagem. Há burgueses de cartola com 
armas na mão. 
b- O item B é maluquinho porque a teoria que inspira as revoltas na França desse momento, 
pelo menos até 1848, é o liberalismo. Teoria bolchevique é do século XX, na Rússia. 
c- Conforme o que demonstrado acima, item correto. 
d- Vários erros nesse item. Não há só servos em um dos “lados do front”. Por fim, a Liberdade 
não encarna ideais da aristocracia, mas do terceiro estado – burguesia, sans-cullottes, 
trabalhadores, camponeses. Todos representados na obra. 
Gabarito: C 
 (UECE 2017) 
Atente ao seguinte excerto: 
“O crime [...] consistiu em herdar as piores feições do sistema doméstico num contexto em que 
inexistiam as compensações do lar: ‘ele sistematizou o trabalho das crianças pobres e 
desocupadas, explorando-o com uma brutalidade tenaz...’ [...] Na fábrica a máquina ditava as 
condições, a disciplina, a velocidade e a regularidade da jornada de trabalho, tornando-as 
equivalentes para o mais delicado e o mais forte”. 
Edward P. Thompson. A Formação da Classe Operária Inglesa. Vol. II: A maldição de Adão. Rio 
de Janeiro, Paz e Terra. 1987. p. 207. 
Considerando os processos de transformação ocorridos na sociedade ocidental, é correto 
afirmar que esse trecho da obra do historiador inglês Edward P. Thompson se refere à 
 a) Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra entre 1688 e 1689, que garantiu o fim do 
absolutismo na Inglaterra e possibilitou o desenvolvimento social e econômico daquele país. 
b) Revolução Industrial, que, principiando no século XVIII, estabeleceu novas formas de 
organização do trabalho na sociedade capitalista. 
 c) Revolução Francesa, que no final do século XVIII criou um novo modelo social e econômico 
para o mundo ocidental. 
d) Revolução Haitiana, que teve início em 1791 e marcou a independência do país caribenho 
do domínio francês, mas colocou-o sob o controle do capital industrial inglês. 
Comentários 
A primeira dica para resolver essa questão é olhar para o título do livro de E. Thompson, A 
Formação da Classe Operária Inglesa. Ou seja, o autor trata do contexto da Revolução Industrial 
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na Inglaterra. Mais especificamente, neste livro, Thompson discute as transformações 
provocadas pela industrialização em relação aos trabalhadores. A máquina aumentou a 
produção e a jornada de trabalho, alterou o ritmo da fábrica, introduziu a disciplina fabril 
mudando a concepção de tempo que as pessoastinham. Caminhava-se, portanto, para a 
consolidação de um novo sistema de produção, o sistema capitalista cuja classe trabalhadora 
passou a ser parte fundante da relação entre capital e trabalho. 
Sobre a menção à Revolução Francesa, repare que a alternativa C também está errada na parte 
que diz sobre a criação de um novo modelo econômico. Esse aspecto econômico, tal como 
vimos na aula, é muito mais característico da Revolução Industrial. OK? 
Gabarito: B 
 (UECE 2017) 
Atente ao que se diz a respeito do fenômeno conhecido como Revolução Industrial. 
I. Trouxe uma série de consequências para os trabalhadores ao redimensionar drasticamente 
o antigo modo de produção e proporcionar salários dignos. 
II. No decorrer do processo de industrialização, naturalmente decidiu-se por criar os 
sindicatos, para reduzir tarifas alfandegárias para os industriais. 
III. Novos problemas sociais surgiram, como greves, manifestações populares, criminalidade, 
alcoolismo e prostituição, frutos da exploração de homens, mulheres e crianças. 
É correto o que se afirma somente em 
a) II e III. 
b) I. 
c) I e II. 
d) III. 
Comentários 
Sobre a afirmação I, ela está errada porque os trabalhadores não tinham boas condições de 
trabalho e vida digna. Pelo contrário: altas jornadas de trabalho; locais de trabalho inseguros; 
salários baixos etc. 
O Item II está errado porque os sindicatos não foram uma criação “natural” do processo de 
industrialização, mas fruto da experiencias dos trabalhadores na luta por melhorias no trabalho. 
Lembre-se de que tudo começou com o ludismo, depois evoluiu para formas mais organizadas 
de atuação dos trabalhadores para reivindicarem junto aos patrões. Além disso, o objetivo dos 
sindicatos não era reduzir taxas para as indústrias. 
Por fim, o item III está correto, sendo a alternativa D o nosso gabarito. 
Gabarito: D 
 (UECE 2016) 
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Atente ao seguinte excerto: “De 1815 a 1847, F. Gaillot arrola uma quinzena de casos 
ocorridos e outros tantos de tentativas abortadas. O ludismo é mais importante em 1848, 
quando assume feições particularmente graves, à imagem da duração da crise e da 
esperança despertada pela nova República”. 
(PERROT, M. Os excluídos da História. Operários, mulheres, prisioneiros. Trad. Denise 
Bottmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p.37. 
Sobre o ludismo, é correto afirmar que 
e) é um ramo da psicologia voltado para casos extremos de crise política. 
f) constituiu um partido político na Inglaterra. 
g) foi um movimento operário de protesto contra a produção industrial. 
h) foi uma manifestação de rebeldes franceses a favor da produção fabril. 
Comentários 
Esta é o tipo de questão no alvo, pois ou você sabe o conceito ou fica divagando na hora da 
prova. Vimos que, no início da Revolução Industrial, os trabalhadores começaram a canalizar 
suas insatisfações contra as máquinas. Tal movimento ficou conhecido como ludismo. 
Gabarito, letra C. 
Gabarito: C 
 (UECE 2015) 
Os efeitos da Revolução Francesa sobre a vida privada ultrapassaram as expressões da 
cultura política representadas pelo vestuário, pela linguagem e pelo ritual político. O novo 
Estado atacou rigorosamente os poderes das comunidades do Antigo Regime em muitos 
outros campos, tais como 
Escolha uma: 
a) a constituição civil e todos os símbolos da vida familiar e doméstica. 
b). a música, a pintura e as artes em geral. 
c) a Igreja, as corporações e a nobreza. 
d) a saúde, a higiene e as organizações sanitárias. 
Comentários 
Essa questão requer um conhecimento em torno do sentido geral da Revolução Francesa 
para a história. Essa revolução foi uma negação do Antigo Regime, o qual estava baseado – 
dentre outros elementos – na sociedade estamental: 1º estado, formado pela Igreja; 2º 
estado, formado pelos nobres; 3º estado o restante da sociedade. Durante a Revolução 
Francesa, o 3º estado, o qual estava dividido – do ponto de vista político – em Girondino e 
Jacobinos, contestou e derrubou a ordem geral do Antigo Regime, incluindo-se a 
segmentação social da vida francesa. Quase tudo foi derrubado. 
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Os símbolos da vida familiar não, pois a sociedade continuou patriarcal. As artes em geral, 
apesar da crítica dos revolucionários ao modo de vida da nobreza, foram mantidas. A D não 
faz muito sentido, pois saúde e organizações sanitárias são sinônimos de melhoria de vida e 
era justamente isso que os revolucionários queriam, uma vida melhor. 
Gabarito: C 
 (UECE 2014) 
“Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os 
juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os 
banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, 
queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que 
realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo 
pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo 
econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, 
no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no 
comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.” 
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora 
Guanabara, 1986, p. 149. 
Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais 
transformações políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde 
ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à 
A) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689. 
B) Revolução Francesa, de 1789 a 1799. 
C) Revolução Russa, de 1917. 
D) Revolução de Avis, de 1383 a 1385. 
 Comentários: 
O texto de Huberman, traz à tona as mudanças vividas da Era Medieval para a Moderna. Disso, 
podemos associar o período com dois dos principais aspectos citados no excerto. Primeiro, é a 
ascensão da Burguesia, e segundo é crítica ao sistema prevalecente durante esse tempo que 
conhecemos por Antigo Regime. Então, como Huberman aborda, as transformações que 
começaram a ocorrer na Europa a partir do século XVII (Revoluções Inglesas) indicavam que as 
transformações dos tempos estavam ocorrendo e o grande evento que modificou todas as 
estruturas modernas, e que influenciou o resto do mundo a partir dele, aconteceu no século XVIII, 
na França. Trata-se da: 
a) Incorreta. A Revolução Gloriosa proporcionou a Inglaterra as estruturas para o 
desenvolvimento da Revolução Industrial no século XVIII. Porém, diferentemente dos franceses, 
os ingleses tiveram em suas revoluções um impacto mais local do que continental, em um 
primeiro momento. 
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b) Correto. A Revolução Francesa foi o grande marco da passagem da Idade Moderna para a 
Contemporânea. Os reflexos no Velho Continente foram muitos, rompendo de vez com as 
estruturas do Antigo Regime. Após o seu período, nem a França, nem a Europa foram mais as 
mesmas, impactando inclusive na América, que passaria por processos revolucionários para 
conquista de sua Independência em várias regiões. 
c) Incorreto. A Revolução Russa teve um caráter socialista, indo de oposição com o evento 
narrado pelo texto, de cunho burguês. 
d) Incorreto. A Revolução de Avis foi uma revolta restrita a Portugal, por causa da insatisfaçãodos burgueses com as políticas empregadas pela coroa. Ele não teve reflexos significativos para 
o restante do continente, porém, para o Brasil ela foi fundamental, visto que a independência foi 
proclamada graças a ela, pelo filho do rei português, D. Pedro I. 
Gabarito: B 
 (UVA 2016) 
Foram decorrência da Revolução Industrial, exceto: 
a) aumento da concentração urbana. 
b) alargamento do mercado consumidor. 
c) distribuição igualitária de benefícios. 
d) especialização técnica do trabalho. 
 Comentários: 
Entre meados do século XVIII e ao longo do XIX, configurou-se um cenário de transformações 
nas formas de produzir riquezas: a industrialização, ou seja, produzir mercadorias por meio de 
máquinas (alguns historiadores falam em maquinofatura). Até o início da Industrialização, a 
economia empregada pelos países ocidentais era a mercantilista. Nesse momento, a classe que 
mais se destacou, devido a sua origem intrínseca com ordem econômica mercantil, foi a 
Burguesia Comercial. 
Agora, abordando os séculos do mercantilismo, houve uma certa evolução nas técnicas 
produtivas. Primeiro, a passagem da produção artesanal para a produção manufatureira. As 
manufaturas constituíam “enormes oficinas”, onde as ferramentas pertenciam a um único dono 
específico que, em geral, fiscalizava e organizava o trabalho realizado pelos seus empregados 
(ainda sem especialização do trabalho, mas já com algumas divisões da atividade produtiva). Só 
que os donos das manufaturas perceberam que, conforme um trabalhador se especializava, ele 
trabalhava mais rápido, porque a atividade ficava mais aprimorada e mais automática. Isso 
contribuiu para a alteração o processo produtivo mais uma vez. 
Algumas ferramentas foram aprimoradas e deram velocidade à produção. Um exemplo é o tear 
manufaturado. A partir disso, no final do século XVII e início do XVIII, a Inglaterra já apresentava 
uma manufatura bastante dinâmica. Dessa dinamicidade, a burguesia inglesa aumentou a 
produção e, com as pesquisas científicas nas áreas de física e química - iniciadas nessa conjuntura 
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de transformações- conseguiu desenvolver a tecnologia de máquina à vapor. Portanto, a partir 
da segunda metade do século XVIII, surgem as primeiras máquinas que impulsionaram a 
passagem da produção manufaturada para a maquinofaturada – processo este que caracterizou 
a Revolução Industrial. 
Explicado isso, vejamos o que não se caracteriza como consequência desse evento: 
a) Correto. Com o desenvolvimento das maquinofaturas (indústrias), a vida urbana floresceu, e 
muitas pessoas que viviam no campo passaram a viver nas cidades de novo. 
b) Correto. Como a produção passou a ser em larga escala, os produtos que durante o Medievo 
e a Modernidade eram de consumo só entre nobres, passaram a ser consumidos pelas classes 
mais pobres, devido ao excedente produtivo. 
c) Incorreto. A Revolução Industrial proporcionou um maior enriquecimento somente da 
Burguesia, enquanto os camponeses não tiveram essa mesma sorte, se tornando proletários 
industriais. Isso se converteu em benefícios para os burgueses, que ascenderam ao poder, 
enquanto a nobreza e os reis perdiam espaço. 
d) Correto. A Revolução Industrial tornou o trabalho, antes artesanal, em especializado, divido 
por diversas etapas. Isso aumentou a produção dos trabalhadores, que passaram a produzir em 
larga escala em passo que as tecnologias e ferramentas para isso iam se aprimorando. 
Gabarito: C 
 (UVA 2016) 
A Revolução Francesa (1789-1799) foi a grande revolução burguesa que marcou a ascensão 
desta classe social ao poder político na França. Foi o acontecimento mais importante da 
Idade Moderna. Por isso a Revolução Francesa assinala o início da Idade Contemporânea. 
São fatores que determinaram a deflagração da Revolução Francesa, exceto 
a) a oposição ao mercantilismo e o absolutismo dos Bourbons. 
b) a crise financeira agravada pela queda da produção. 
c) o sistema tributário justo, existente no país. 
d) o Iluminismo e a Independência dos Estados Unidos. 
 Comentários: 
A Revolução Francesa foi um processo, fruto de séculos, onde a classe burguesa francesa, em 
ascensão na França, se impôs contra as classes aristocráticas. Vale ressaltar, que ela teve a ajuda 
dos camponeses e dos trabalhadores urbanos, que queriam melhores condições de vida. Assim, a 
formação do movimento revolucionário nos remete a criação do Estado Absolutista Francês, que 
foi marcado pela opressão e violência de classes, onde a nobreza e o clero gozavam de benefícios, 
luxos e vantagens, enquanto as classes do Terceiro Estado, viviam à mercê da hierarquia 
estamental que lhes foi imposta. Porém, a partir do século XVIII, as justificavas que alimentavam o 
Antigo Regime francês, como a do direito divino dos reis, a de homens se diferenciarem no 
nascimento, o protecionismo, a intervenção estatal e a intolerância religiosa, começaram a sofrer 
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enormes críticas quando surgiu no interior do país um movimento intelectual que tinha como 
fundamento se opor ao sistema vigente do país– era o Iluminismo. Os intelectuais iluministas 
defendiam a ideia de que a razão deveria guiar o homem e o Estado, e não a religião. Assim, aos 
poucos, ele foi ganhando adeptos da burguesia e das classes camponesas, que se sentiam 
injustiçados pelo Estado. Assim, esse sentimento de contestação passou a se intensificar, 
principalmente após alguns eventos. Os primeiro deles, foram após a Guerra dos Sete Anos (1756-
1763) e a Guerra de Independência Americana (1775-1783) , onde em conflitos envolvendo a 
França e Inglaterra, travadas tanto em solo americano quanto em europeu, os franceses saíram 
derrotados e precisando sobretaxar mais ainda sua população, pelos custos nos empreendimentos 
militares. Além disso, essas cobranças ajudariam a pagar as despesas da Corte francesa, que eram 
enormes devido os excessos de abusos e privilégios que os nobres detinham. Todavia, em um 
determinado momento, essa arrecadação passou a não ser suficiente para manter todos as 
mordomias dos nobres, e alguns mais afastados do rei passaram a sofrer com o pagamento de 
impostos também. Então a exagerada cobranças financeiras para manter o Estado Absoluta 
francês passou a gerar um descontentamento amplo, que ia desde alguns grupos aristocráticos, 
até chegar ao Terceiro Estado inteiro. Porém, o rei Luís XVI, pouco se importou com essa situação 
e continuou a manter as regalias que o Clero e a nobreza próxima detinham. Até que a situação 
piorou, quando problemas climáticos devastaram o país entre 1787 e 1789, e fez a população 
passasse por uma enorme crise alimentícia e produtiva. Isso revoltou as massas populares, que 
guiadas pela Burguesia iniciaram a Revolução Francesa com a tomada da Bastilha em 1789. 
Desse jeito, passamos as questões e assinalemos a alternativa que não tem relação com os motivos 
que causaram a Revolução: 
a) Correto. O Absolutismo e a economia intervencionista Bourbonica, dos “reis luíses” foi um dos 
motivos que causou a insatisfação burguesa, que estava mais propensa as ideias liberais que 
surgiram com o Iluminismo e a Revolução Industrial na Inglaterra. 
b) Correto. A queda da produção foi resultado tanto do aumento dos impostos as manufaturas 
que quebraram no século XVIII, com as políticas economistas impostas pelo Estado francês, quanto 
pelos enormes problemas climáticos que a França passou anos antes do período revolucionário. 
c) Incorreto. O sistema tributário francês era um dos mais desiguais e injustos da Europa, com boa 
parte dos impostos sendo pagos por membros do Terceiro Estado. 
d) Correto. Osdois movimentos foram fundamentais, por terem inspirado a Revolução e tomada 
de poder na França. 
Gabarito: C 
 (UFU 2017) 
Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. 
Deste esgoto imundo jorra o ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo 
desenvolvimento e sua maior brutalidade, aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado 
torna-se quase um selvagem. 
TOCQUEVILLE, A. de, Joumeys to England and Ireland. Ed. Mayer, 1958, p. 107-8. 
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O advento das revoluções burguesas na Europa, atrelado ao industrialismo, gerava, ao 
mesmo tempo, perplexidade e deslumbramento ao promover mudanças sociais radicais e 
ambíguas, fomentadas pelos avanços tecnológicos em diferentes esferas. 
Assinale a alternativa que apresenta a principal mudança no sistema produtivo dos países 
pioneiros em promover a industrialização. 
a) A formação de mão de obra com os cercamentos dos campos cultiváveis, expulsando-se 
os trabalhadores dos grandes centros urbanos. 
b) O declínio do proletariado enquanto grupo social hegemônico, arrefecendo-se os conflitos 
de classe. 
c) A manutenção das terras comunais para a produção de alimentos voltados para a 
subsistência dos camponeses europeus. 
d) A adoção da divisão técnica do trabalho, com grande utilização de maquinários nas 
fábricas e aumento da acumulação de capitais. 
Comentários 
Atenção para o comando da questão, pois a UFU cobrou sobre “mudança no sistema 
produtivo”. Assim, a alternativa A, apesar de trazer uma informação correta sobre o papel 
dos cercamentos na Inglaterra na formação da mão de obra assalariada, não está de acordo 
com o que é cobrado. 
A B também está errada porque o proletariado se organizou, principalmente em sindicatos, 
para exigir melhores condições de trabalho. Esse fato fez com que os conflitos trabalhistas 
(empregadores x trabalhadores) aumentassem. 
A alternativa C está fora errada porque, primeiro não houve essa manutenção das terras 
comunais, os camponeses foram expulsos para as cidades, segundo, porque é uma 
informação que não está relacionada com o processo produtivo. 
Sobre a D, ela retrata o processo da mecanização do processo produtivo, é o nosso gabarito. 
Gabarito: D 
 (UFU 2016) 
Uma verdadeira paixão pelos Estados Unidos tomara conta dos franceses nos anos que 
precederam a revolução, como testemunham Chateaubriand e o próprio Franklin, que 
escrevia de Paris a seus correspondentes americanos: “aqui é comum dizer que nossa causa 
é a do gênero humano”. Além do mais, essa república fora fundada por colonos com quem 
a França tecera contra a Inglaterra uma aliança vitoriosa: os que tinham se engajado na 
aventura eram conhecidos por ter sofrido[ ... ) de “inoculação americana”. 
OZOUF, Mona. Varennes: a morte da realeza, 21 de junho de 1791. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2009. p. 175-176 {Adaptado). 
A historiografia é consensual em afirmar que o movimento revolucionário francês e os ideais 
iluministas foram de grande importância para diversas lutas coloniais ocorridas na América. 
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Menos estudada é a influência que os norte-americanos exerceram sobre os revolucionários 
franceses. Essa influência pode ser explicada, para além dos fatores mencionados na citação 
de Mona Ozouf, 
a) pela forte tradição liberal dos colonos norte-americanos que, durante a luta pela 
independência, foram contrários a toda forma de exploração do trabalho. 
b) pelo forte apelo simbólico que exercia o exemplo norte-americano de emancipação 
colonial, visto como caso modelar de luta contra a opressão dos poderes instituídos. 
c) pelo desprezo que os colonos norte-americanos tinham em relação à religião, vista por 
eles como braço aliado do poder da metrópole inglesa, contra a qual deveriam lutar. 
d) pela defesa da doutrina fisiocrata que, no plano político, se traduzia na permanência de 
privilégios constitucionais para as camadas senhoriais. 
Comentários 
A alternativa A, ao afirmar que os norte-americanos teriam sido contrários a toda forma de 
exploração do trabalho, sugere que a luta pela independência dos EUA teria sido anti-
capitalista, quando na verdade não o foi. O fim da exploração do trabalho é uma bandeira 
comunista e não era esse o valor político e ideológico que movia os norte-americanos. A luta 
pela independência foi uma emancipação contra a Coroa Britânica. 
A relação da Revolução Francesa com o processo de independência dos EUA tem muito 
aspectos. Dentre eles, destaco que os franceses ajudaram militar e economicamente a 
independência americana, de modo que a vitória dos americanos contra os ingleses inspirou 
os franceses a resistir e vencer contra um poder historicamente instituído, o Antigo Regime. 
A revolução americana tornou-se, então, modelo por ser a primeira vez que uma colônia se 
tornou independente de sua metrópole. Dessa forma, a letra B “pelo forte apelo simbólico 
que exercia o exemplo norte-americano de emancipação colonial, visto como caso modelar 
de luta contra a opressão dos poderes instituídos” está correta. 
Gabarito: B 
 (UFU 2011) 
Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário desenrola o 
arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas 
pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a importante 
atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito operações 
distintas. Trabalhando desta maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas mais de 
quarenta e oito mil alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia 4.800 
alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, sem 
que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de atividade, certamente cada um deles 
não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um. 
SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural,1996, p. 65. 
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Sobre a divisão do trabalho instituída a partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos, 
é correto afirmar que: 
a) o toyotismo é uma forma de gerenciamento de estoque das indústrias, que proporcionou 
melhores meios de lidar com o meio ambiente e o controle de matériasprimas. 
b) o fordismo é uma forma de gerenciamento científico que serviu para os trabalhadores 
exercitarem suas melhores habilidades em atividades específicas. 
c) a redução da exigência do desenvolvimento das habilidades do trabalhador teve impacto 
sobre o processo produtivo e restringiu o conhecimento integral do trabalhador sobre seu 
ofício. 
d) a especialização do trabalhador obrigou que somente homens, bem treinados e com 
instrução sólida, fossem absorvidos pelas vagas de trabalho geradas com o processo de 
industrialização 
Comentários 
O texto retrata o processo de especialização do trabalho, que retira do trabalhador o 
conhecimento sobre a elaboração completa de um produto. Até antes da Revolução Industrial, 
final do século XVIII, os artesãos produtores eram aqueles que conheciam e realizavam todas as 
etapas da produção e, portanto, controlavam a produção. A partir da industrialização, a 
especialização tira do trabalhador o controle sobre a elaboração do produto, que passa a ser 
controlado pelo burguês ao empregar alguns especialistas. Dessa forma, o trabalhador passou a 
atuar em parte do processo produtivo e não mais nele de formaglobal, tal como quando era 
artesão. 
Gabarito: C 
 (UDESC 2017) 
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Estas três palavras, somadas à bandeira azul, branca 
e vermelha, tornaram-se símbolos das ideias defendidas e das reivindicações no movimento 
chamado Revolução Francesa. 
Com relação à Revolução Francesa, assinale a alternativa correta. 
a) Das revoluções de esquerda ocorridas no século XIX, a Revolução Francesa é das mais 
significativas, justamente por ser a primeira a contar exclusivamente com a participação de 
classes populares. Seu modelo foi reimplementado posteriormente apenas em 1917, durante 
a Revolução Russa. 
b) Apesar de sua relevância histórica, a Revolução Francesa não influenciou qualquer 
movimento revolucionário ou reivindicatório fora do território europeu. 
c) A relevância da Revolução Francesa pode ser compreendida por ter sido, entre outras 
coisas, o primeiro movimento político que instaurou popularmente o governo de uma 
mulher. Esta foi personificada como "Marianne" e foi representada por Delacroix no famoso 
quadro Liberdade guiando o povo. 
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d) A Revolução Francesa teve reverberações não apenas na Europa, mas também na 
América. Uma das principais foi, certamente, a influência que exerceu sobre a Independência 
dos EUA. 
e) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em 1789, ainda que 
ressaltasse a liberdade e a igualdade dos cidadãos perante a lei, era excludente em relação 
às mulheres. Tal fato auxilia compreender a composição da Declaração dos Direitos da 
Mulher e da Cidadã, escrita por Olympe de Gouges, em 1791. 
Comentários 
O comando da questão é bem claro a respeito da referência à Revolução Francesa e sabemos 
que ela ocorreu no século XVIII. Por isso, a alternativa A já está errada logo no começo. Além 
disso, ela não pode ser considerada de esquerda, pois o caráter das mudanças provocadas 
pela Revolução Francesa foi burguês, ou seja, uma revolução burguesa. 
A B também está errada, porque os ventos do processo revolucionário francês estimularam 
as independências na américa espanhola e movimentos de independência no Brasil. 
Aproveito para responder a letra D, a qual está errada. Na verdade, foi o contrário, pois a 
independência dos EUA ocorreu antes da Revolução Francesa. 
A Revolução Francesa negou a participação das mulheres na política. A letra C está errada. 
Diferentemente, a E está certa. Veja, a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, 
marco da Revolução Francesa, e exemplo das ideias iluministas, pregava a igualdade de 
todos dentro da sociedade, mas, mesmo assim, promovia a exclusão feminina. Para lutar 
pelos direitos das mulheres, um grupo de francesas lançou a Declaração de Direitos da 
Mulher e da Cidadã. 
Gabarito: E 
 (UDESC 2017) 
Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até 
aos próprios deveres. Não há nenhuma reparação possível para quem renuncia a tudo. Tal 
renúncia é incompatível com a natureza do homem. Assim, seja qual for o lado por que se 
considerem as coisas, o direito de escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, mas 
porque absurdo e sem significação. As palavras escravidão e direito são contraditórias; 
excluem-se mutuamente. (Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.) 
O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado em 1762, apresenta ideias que 
confluem com as lutas por “liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido lema da 
Revolução Francesa. 
Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, assinale a alternativa correta a 
respeito das relações entre a Revolução Francesa e a prática da escravidão. 
a) Um dos princípios da Revolução Francesa, a igualdade, está previsto na Declaração dos 
direitos do homem e do cidadão. Por este motivo, a partir de 1791, a escravidão, em todas 
as suas formas, foi abolida e jamais restabelecida nas colônias francesas. 
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b) Ainda que o posicionamento dos revolucionários fosse homogêneo, no que diz respeito 
ao fim da escravidão, esta foi abolida apenas em 1791, com a assinatura de um tratado entre 
Napoleão e o líder haitiano Toussaint Louverture. Após a assinatura deste tratado, a 
escravidão jamais foi restabelecida em uma colônia francesa. 
c) A defesa da liberdade e as lutas pelo fim da escravidão eram pautas bastante cômodas 
para os revolucionários franceses, pois a França nunca contou com pessoas escravizadas em 
suas colônias. 
d) Os posicionamentos dos revolucionários a respeito da escravidão eram relativamente 
contraditórios. Apesar das preleções de Rousseau, alguns grupos defendiam, primeiramente, 
apenas o fim do tráfico negreiro. As lutas pela abolição da escravidão e a independência do 
Haiti, concretizada apenas em 1804, são representativas destas contradições. 
e) Como a obra não cita as mulheres, pode-se concluir que Jean-Jacques Rousseau era um 
defensor da escravidão apenas para as mulheres. 
Comentários 
Vamos começar pela alternativa E, pois, ela está errada mais por exercício de lógica do que 
por seu conteúdo. Não dá para concluir algo que não está dito no texto. Além disso, o texto 
é claro, ao afirmar a contradição entre direito e escravidão de uma forma geral, seja homem 
ou seja mulher. 
Agora, com relação as demais alternativas, para respondê-las precisamos lembrar do instituto 
da escravidão entre o processo da revolução francesa e os acontecimentos posteriores. A 
despeito da influência iluminista (liberdade e igualdade) e do significado da Revolução 
Francesa para a universalização de direitos, os franceses não apoiaram a abolição da 
escravidão nas colônias na América. 
Gabarito: D 
 (UDESC 2014) 
“Na manhã de sexta-feira, observa-se um grande número de guardas nacionais, que 
pareciam dispostos a defender o rei. Mas, ao contrário, por volta das 9h45, o povo, misturado 
com outros destacamentos da Guarda Nacional e com os federados, preparava-se para 
entrar à força no palácio. Então todas as portas foram abertas, os canhoneiros giraram seus 
canhões contra o palácio e a Guarda Nacional, que parecia estar ali para impedir o acesso, 
tomou de súbito o partido do povo e da outra fração da Guarda. (...) Os suíços foram todos 
massacrados e saqueados, e parece impossível dar uma explicação plausível para a barbárie 
e os insultos de que foram objeto seus cadáveres. Alguns dos suíços que se dirigiram à 
Guarda Nacional e pediram misericórdia foram decapitados pela fúria popular e seus corpos 
foram jogados pelas janelas. O número de mortos oscila entre 2 mil e 2,5 mil. Felizmente, o 
rei, a rainha, o delfim e toda a família real foram por volta das 8 horas, antes que o assalto 
começasse, à Assembleia Nacional e ali ficaram sãos e salvos durante todo o dia. Mas que 
terror e desolação não devem ter sentido! Todas as pessoas da criadagem e ligadas ao 
serviço da família real foram massacradas.” 
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(Arquivos de Gênova, Correspondance de Spinola. Apud: VOVELLE, Michel. A Revolução 
Francesa 1789-1799. São Paulo: Unesp, 2012. pp. 36-37.) 
O relato do embaixador de Gênova, a respeito da jornada de 10 de agosto de 1792, aponta 
para a nova fase que se inaugurava na Revolução Francesa. Analise as proposições em 
relação à ruptura iniciada em 1789. 
I. A exigência de maior participação política da burguesia se devia aos burgueses serem 
proibidos de assumir posições na administração do Estado francês. 
II. O episódio da tomada do palácio dasTulherias, acima narrado, constituiu-se em uma 
exceção no processo revolucionário que, à parte a execução do rei Luís XVI e da rainha Maria 
Antonieta, foi pacífico e contou com a união geral da população para quebrar os privilégios. 
III. A tomada da Bastilha assinalou a libertação de milhares de presos políticos, vítimas de um 
sistema judiciário ineficiente, o qual impedia o acesso a advogados. 
IV. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão apresenta uma síntese da filosofia 
das Luzes, destacando-se o direito à liberdade individual, à igualdade e à propriedade. 
Sendo assim, fundamentalmente rejeitados o sistema hierárquico e a censura do Antigo 
Regime. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
c) Somente a afirmativa IV é verdadeira. 
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
Comentários 
A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, foi um ciclo revolucionário de grande 
proporção e influência, inspirado nos ideais do Iluminismo e motivado pela situação de crise que 
a França vivia no final do século XVIII. Causou profundas transformações e marcou o início da 
queda de regimes absolutistas na Europa. Na ocasião, a monarquia francesa foi destituída e 
substituída por uma sucessão de governos revolucionários. Basicamente, a revolução teve três 
fases nas quais diferentes orientações políticas prevaleceram, sempre marcadas pela rivalidade 
entre os diferentes grupos que apoiaram a revolução, principalmente entre girondinos e jacobinos. 
Ainda, a França revolucionária teve que lidar com a pressão de uma coalização liderada pelos 
Habsburgo e composta por monarquias vizinhas que temiam que a revolução ultrapasse as 
fronteiras e se espalhasse pela Europa. O episódio narrado pelo texto se deu quando as alas mais 
radicais entre os revolucionários reagiram às tentativas do girondinos (burgueses mais ricos) em 
implantar uma monarquia constitucional. Foi nessa época que a França se tornou uma república 
pela primeira vez (1792-1795). Contudo, os girondinos conseguiram assumir o poder e instalaram 
o Diretório, em 1795, que, apesar de mais reacionário ainda era um governo revolucionário. 
Entretanto, os sucessivos governos revolucionários chegaram definitivamente ao fim quando 
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Napoleão Bonaparte aplicou o golpe do 18 Brumário, em 1799 e instituiu um governo 
centralizado. Sabendo disso, vamos às alternativas: 
I. Incorreto. Representando a maior parte da população na estrutura do poder absolutista 
francês, o Terceiro Estado era formado pela burguesia (grupo social mais próspero), 
pelos trabalhadores das cidades e pelos camponeses (o grupo social mais numeroso). 
Responsável pelo desenvolvimento financeiro e comercial do país, a burguesia passou 
a encontrar sérias dificuldades para garantir seus interesses, uma vez que a nobreza e o 
clero se sustentavam por meio da cobrança de impostos abusivos, que comprometiam 
seriamente a expansão comercial do país. 
II. Incorreto. A Revolução Francesa foi marcada por forte sublevação popular. Sua fase da 
Revolução Francesa mais violenta e radical ficou conhecida como Revolução Popular, 
Fase Radical ou Terror, liderada pelos jacobinos (pequenos comerciantes e profissionais 
liberais) e com grande participação das camadas mais pobres da população, durando 
de 1792 a 1794. 
III. Incorreto. Na ocasião da tomada, a Bastilha estava praticamente vazia e só possuía sete 
prisioneiros. A população de Paris que a invadiu foi em busca de munição e pólvora 
armazenados na Bastilha, símbolo máximo da opressão do Antigo Regime, ou seja, do 
absolutismo francês. 
IV. Correto! O Iluminismo incluiu uma série de ideias centradas na razão como a principal 
fonte de autoridade e legitimidade e defendia ideais como liberdade, progresso, 
fraternidade, separação Igreja-Estado, etc. Durante o século XVIII, os intelectuais 
franceses tiveram papel fundamental pois, vivendo numa época em que a França ainda 
era um Estado católico sob autoridade religiosa de Roma, transformaram-se em mártires 
do iluminismo devido à sua luta contra a censura e intolerância. A publicação da 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão rompeu com as estruturas do 
absolutismo europeu. O ideal da liberdade, aliás, levou a Revolução Francesa a ter o 
amplo apoio dos camponeses e camponesas. O estatuto da liberdade atingiu não 
apenas o indivíduo, mas também a economia. Os burgueses não precisavam mais se 
submeter aos interesses econômicos da Corte e sim aos princípios do livre mercado e 
comércio. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”. 
Gabarito: C 
 (UDESC 2013) 
Segundo o historiador Eric Hobsbawn, a Revolução Industrial “sob qualquer aspecto [este] 
foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos 
desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha”. 
HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções – 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 
45. 
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Com relação ao excerto acima, assinale a alternativa incorreta. 
a) Não ocorreram movimentos de resistência dos trabalhadores às novas formas de trabalho 
estabelecidas pela Revolução Industrial. 
b) A Revolução Industrial propiciou o surgimento de novas formas de organização da 
produção de bens, sendo que o sistema de fábricas tornou-se o preponderante, difundindo-
se para outros países e continentes, no decorrer dos séculos XIX e XX. 
c) Possibilitou o estabelecimento de uma nova forma de controle do tempo, que passou a 
ser marcado pelo relógio e não mais pela natureza. 
d) O sistema de fábricas, no qual os trabalhadores estão concentrados em um mesmo 
espaço, possibilitou que o dono da fábrica controlasse também a mão de obra, além da 
matéria prima. 
e) Entre as principais inovações tecnológicas advindas com a Revolução Industrial, pode-se 
citar a substituição das máquinas movidas à tração animal ou à força da água pelas máquinas 
a vapor. 
Comentários 
Lembra que falei na aula que a essa trilogia do Hobbsbawn despencava nas provas? Tá aí, 
comprovado! Mas vamos ao que interessa! A Revolução Industrial foi o período de grande 
desenvolvimento tecnológico iniciado na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII. 
Se caracteriza por transformações políticas e tecnológicas de grande impacto na sociedade, 
sobretudo nos âmbitos do processo produtivo e no estilo de vida dos trabalhadores. 
Uma série de circunstâncias históricas permitiram que essa mudança fosse desencadeada e 
que os ingleses fossem os pioneiros nisso. Tais circunstâncias começaram a ser criadas devido aos 
acontecimentos que se deram entre o século XVI e o XVII. Os cercamentos de terras que 
começaram ainda durante o reinado de Henrique VIII com a desapropriação das terras da Igreja 
Católica, o fortalecimento da marinha inglesa a partir do governo de Elizabeth I, as Revoluções 
Puritana e Gloriosa no XVII, a assinatura de tratados comerciais monopolistas e o próprio sistema 
econômico mercantilista foram ingredientes indispensáveis para gerar acumulação de capitais, 
concentração fundiária e o crescimento da burguesia mercantil e da nobreza aburguesada. Aos 
poucos, as oficinas domésticas e o trabalho camponês iam sendo substituídos pelas manufaturas 
e pelos latifúndios para aumentar a produtividade. O trabalhador ia perdendo seu controle sobre 
o processo e o tempo de trabalho. Os proprietários das manufaturas e dos latifúndios passaram a 
investir no aperfeiçoamento das ferramentas e novas máquinas foram inventadaspara continuar 
ampliando o lucro e abaixando o custo da produção. Ainda, os cercamentos produziram um êxodo 
rural intenso que inundou as cidades de desempregados. Isso contribuiu para que o valor dos 
salários caísse, sobretudo depois que as ideias do liberalismo econômico se difundiram, pois seus 
ideólogos consideram o trabalho como qualquer outra mercadoria, cujo valor devia ser atribuído 
segundo a lei da oferta e da demanda. Tudo isso não seria possível também se não houvesse a 
colonização de outros territórios de onde poderiam ser extraídas ou produzidas matérias-primas 
para indústria. Além disso, o próprio transporte das matérias-primas se tornou um negócio 
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rentável para muitos burgueses. Dessa forma, podemos ver que esse grande processo chamado 
de Revolução Industrial iniciado na Inglaterra não só foi uma mudança na forma de produzir 
riqueza, mas uma transformação completa da organização da sociedade, causando impactos no 
campo produtivo, econômico, social, político e ideológico. 
Agora que estamos afinados com o contexto, lembre-se que é para você marcar a 
alternativa INCORRETA! Então vejamos: 
a) Incorreta! Como ficou evidente no comentário, os trabalhos saíram com todo o ônus 
dessas transformações econômicas, sociais e políticas. Contudo, eles não foram 
passivos! A resistência deles é tão antiga quanto as circunstâncias que possibilitaram a 
Revolução Industrial. Lembra-se que boa parte do Exército de Novo Tipo (New Model 
Army) que lutou pela Revolução Puritana, no século XVII, aderiu ao movimento porque 
já se sentiu prejudicados pelos cercamentos e pela perseguição religiosa empreendida 
pelos reis absolutistas ingleses? Pois é! O século XVIII também foi repleto de motins e 
insurreições de trabalhadores urbanos e camponeses, como demonstrou o historiador 
inglês Edward P. Thompson. Quando a Revolução Industrial estava no seu auge, na 
virada entre o XVIII e o XIX, com as grandes indústrias dominando os ambientes urbanos 
e os latifúndios predominando nas zonas rurais, não seria diferente. Nas cidades, por 
exemplo, os trabalhadores deram início a dois movimentos: ludismo (quebra de 
máquinas), nos primeiros anos do século XIX; e o cartismo, nos anos 1840. 
b) Correta. Está de acordo com o comentário. Porém, para complementar vale dizer que 
os historiadores costumam apontar que houve várias fases da Revolução Industrial, ou 
mais de uma revolução. Isto porque conforme o tempo passava, novos mercados eram 
alcançados, novas matérias-primas descobertas e as invenções inovavam, a organização 
da produção se transformava várias vezes. Assim, a segunda metade do século XIX, com 
a descoberta da eletricidade, do petróleo, do aço e de inovações nas formas de 
comunicação geraram uma nova revolução que passou a adotar o modo de produção 
fordista. Neste segundo momento, de fato, a repartição de territórios africanos e 
asiáticos entre os europeus, que deu início ao neocolonialismo (ou imperialismo), foi 
fator determinante. Grande parte das reservas e petróleo e outras fontes minerais de 
energia eram encontradas nesses locais. Ademais, toda essa exploração e transporte de 
matérias-primas a nível mundial era um comércio em si que também gerava riqueza 
tanto quanto o processo industrial que transforma esses produtos em bens de consumo. 
Conforme a burguesia se desenvolvia nos demais países, a industrialização ganhava mais 
espaço. 
c) Correta. Quem passou a controlar o ritmo de trabalho e a divisão entre o tempo de 
trabalho e de descanso eram os patrões e seus gerentes, não mais os trabalhadores. 
Não à toa o relógio se popularizou justamente nessa época, para controlar melhor a 
produtividade, controlando o tempo dos empregados. 
d) Correta, pois complementa o que dissemos em relação a “c”. 
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e) Correta. A grande inovação tecnológica dessa primeira fase da revolução industrial era 
o uso do carvão e do vapor como fontes de energia para as novas máquinas que eram 
aperfeiçoadas para aumentar a produtividade e diminuir o custo da produção. 
Gabarito: A 
 (Uel 2020) 
Analise a imagem a seguir: 
 
Exposta no Museu do Louvre, a obra “Liberdade Guiando o Povo”, remete à existência de 
questão social ainda hoje debatida. 
Com base na imagem e nos conhecimentos sobre modernidade e vida social, é correto 
afirmar que a obra representa 
a) a luta de estratos sociais em defesa da igualdade jurídica e pela conquista dos direitos de 
cidadania. 
b) a primeira tentativa de revolução social do proletariado moderno contra a burguesia. 
c) a participação popular na luta pelo direito de voto pelas mulheres e contra o trabalho 
infantil. 
d) o repúdio ao caráter sangrento das revoluções populares, produtoras de regimes 
ditatoriais. 
e) a democracia, que atinge a plenitude quando homens, mulheres e jovens pegam em 
armas. 
Comentários 
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O quadro A Liberdade guiando o povo (1830) de Eugène Delacroix, é considerado um símbolo 
das revoluções ocorridas durante o final do século XVIII e primeira metade do século XIX. Ao 
contrário do que muitos pensam, a pintura não é uma representação da Revolução Francesa de 
1789. A imagem mostra uma insurreição das classes oprimidas, uma multidão de homens no 
campo de batalha empunhando armas e espadas, conduzidos por uma figura feminina, 
acompanhada por corpos dos soldados adversários mortos aos seus pés. 
a) Correto! É justamente isso que o quadro busca representar. 
b) Incorreto. A pintura faz referência ao levante de julho de 1830, na França, que causou a 
substituição do rei Bourbon Carlos X por Luís Felipe, duque de Orléans. 
c) Incorreto. Com o fim da Era Napoleônica, a França viu retorno da dinastia Bourbon, na 
figura do rei Luís XVIII (1814 - 1824). Em 1824, após sua morte, seu sucessor Carlos X passou 
a fomentar medidas que restaurassem o absolutismo do Antigo Regime. No ano de 1830, 
a vitória liberal nas eleições para deputado foi a reação contra o desenvolvimento de um 
governo tão conservador. Sob a liderança do duque Luís Felipe, jornais, estudantes, 
burgueses e trabalhadores iniciaram manifestações e levantes que culminaram na 
Revolução de julho 1830. 
d) Incorreto. O quadro representa a luta por liberdade através do confronto violento. 
Relacionado com a Revolução de Julho de 1830, a pintura retrata os ideais levantados pelos 
revolucionários, baseados na Revolução Francesa de 1879: liberdade, igualdade e 
fraternidade. 
e) Incorreto. Apesar de Delacroix ter retratado a Liberdade, como a figura de uma deusa e 
também como mulher do povo, essas representações são apenas alegorias. Uma 
observação atenta ao quadro demonstra que apenas homens estão no campo de batalha. 
Se relacionarmos a obra ao seu contexto de criação, a Revolução de Julho de 1830 era para 
garantir que o absolutismo não fosse restaurado, e não a implantação de um regime 
democrático conduzido pelo povo. 
Gabarito: A 
 (Uel 2018) 
Analise as figuras a seguir: 
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Com relação ao tema da Revolução Industrial Inglesa, atribua V (Verdadeiro) ou F (Falso) às 
afirmativas a seguir. 
( ) A substituição do tear manual pelo mecânico no processo fabril propiciou aos 
trabalhadores, em suas relações sociais de produção, maior tempo livre para o lazer. 
( ) O aumentoda produtividade pela mecanização industrial ampliou a prosperidade 
econômica da população, diminuindo as diferenças sociais entre ricos e pobres. 
( ) A organização da produção realizada pelo artesão em suas atividades domésticas 
estabeleceu-se em sistema de corporações de mestres de ofícios. 
( ) A produção industrial, durante o século XIX, libertou as crianças trabalhadoras dos riscos 
de morte oriundos das atividades de trabalho artesanal. 
( ) Os cercamentos das terras comunais privaram os camponeses do livre acesso às suas 
condições de auto-sobrevivência. 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, V, F, F, V. 
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b) V, F, V, F, F. 
c) F, F, V, F, V. 
d) F, F, F, V, V. 
e) F, V, F, V, F. 
Comentários 
A produção têxtil é o melhor exemplo das mudanças desencadeadas pela Revolução Industrial 
que teve início na Inglaterra no século XVIII. Esse era o principal ramo da indústria inglesa. Os 
cercamentos que ocorriam desde finais da Idade Média em grande parte tinham como objetivo 
ampliar a terra disponível para criação de ovelhas ou para a plantação de algodão, que serviam 
de matéria-prima para a produção de tecidos, os quais eram consumidos pela população e 
exportados para outros países. Conforme os proprietários desse negócio enriqueceram e 
aperfeiçoaram as ferramentas utilizadas, a produção e o trabalho foram organizados de novas 
formas. Isso não ocorreu só nos campos, mas também nas cidades onde estavam as oficinas que 
transformavam a lã e o algodão em tecidos. 
Aos poucos, alguns proprietários foram aumentando suas oficinas e contratando mais 
trabalhadores, o que deram origem às manufaturas. Ainda sem especialização do trabalho, mas já 
com algumas divisões da atividade produtiva, os artesãos ainda conheciam todas as etapas 
produtivas. Contudo, esse processo não era muito planejado. Além disso, o fato de os donos das 
oficinas perceberem que, conforme um trabalhador se especializava ele trabalhava mais rápido, 
porque a atividade ficava mais aprimorada e mais automática, contribuiu para alterar o processo 
produtivo. Como na manufatura, as ferramentas pertenciam a um único dono específico que, em 
geral, fiscalizava e organizava o trabalho realizado pelos seus empregados, algumas delas foram 
aprimoradas e deram alguma velocidade à produção. Foi nestes lugares que os teares expostos 
na imagem surgiram e foram utilizados pela primeira vez. A realidade produtiva estava prestes a 
saltar para a grande escala. Agora, vejamos: 
Falsa. A inovação tecnológica das ferramentas produtivas, como tear, tinha como principal 
objetivo aumentar a produção e seu ritmo ao passo que diminuía os custos de todo o processo 
produtivo. Portanto, a questão central era justamente o controle do tempo e, por isso, patrões e 
gerentes tentavam controlar cada vez mais o tempo de trabalho dos trabalhadores para extrair o 
máximo de sua capacidade produtiva. Consequentemente, eles tinham menos tempo para dedicar 
ao ócio e ao lazer, ou qualquer outra atividade que não a labuta excessiva. 
Falsa. O processo de industrialização teve como sua base a concentração fundiária e a acumulação 
de riqueza, portanto agravou as desigualdades sociais. 
Verdadeira! Desde o final da Idade Média, os artesãos costumavam se organizar em corporações 
de ofício, nas quais eles organizavam a educação dos aprendizes e tabelavam os preços de seus 
serviços e produtos. Nesse esquema, eles detinham a propriedade das ferramentas e o controle 
sobre o processo produtivo. Era frequente eles trabalharem nas suas próprias casas, ou em oficinas 
contíguas a elas, e contar com o auxílio de suas famílias durante o trabalho. Conforme as 
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manufaturas cresceram, essa organização do trabalho foi perdendo espaço e se tornando mais 
rara. 
Falsa. Crianças e mulheres, mesmo as grávidas, eram empregadas sem maiores cuidados nas 
indústrias do século XIX. 
Verdadeira! Os cercamentos ocorriam desde o século XVI e se intensificaram ao longo do XVIII. 
Por conta disso, uma grande massa de camponeses foi desapropriada das terras que lhes 
provinham seu sustento. Consequentemente, tornaram-se desempregados e passaram a migrar 
para as cidades em busca de trabalho nas oficinas e indústrias. Contudo, a grande quantidade 
deles gerou a queda do preço dos salários, pois o liberalismo econômico ditava a economia 
industrial. 
 Portanto, a alternativa correta é a letra “c”. 
Gabarito: C 
 (UEL 2016) 
Thomas Morus, em sua obra Utopia, criou uma analogia para a sociedade de sua época. 
Nessa representação da sociedade, caracterizada pelo caos, ovelhas se alimentavam de seres 
humanos, explicitando, dessa forma, um rompimento do equilíbrio social, no século XVIII. 
Com base nos conhecimentos sobre as transformações históricas ocorridas nesse período, 
assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a denominação da fase do sistema 
produtivo e a nação correspondente nesse processo. 
a) Plantations – Alemanha. 
b) Dominium – Itália. 
c) Servidão – Portugal. 
d) Corveia – França. 
e) Cercamentos – Inglaterra. 
Comentários 
O autor inglês Thomas Morus descreve um rompimento da ordem natural, dentro de uma 
ficção que remete a seu país, a Inglaterra, no século XVIII. Nesse momento, ocorreu o 
processo de fechamento dos campos comuns utilizados por todos os camponeses de forma 
livre para a criação de seus animais, os quais foram cercados, sendo tal processo 
denominado de “cercamentos”, que foi um dos aspectos que contribui para a Revolução 
Industrial, tal como vimos na aula. 
Gabarito: E 
 (PUC-SP 2014) 
 “O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir 
a contrarrevolução(...). É a parte sombria e mesmo terrível desse período da Revolução 
[Francesa], mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.” 
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Michel Vovelle. A revolução francesa explicada à minha neta. São Paulo: Unesp, 2007, p. 74-
75. 
São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o 
período do Terror, 
a) o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do preço do pão. 
b) a prisão do rei e da rainha e a conquista e colonização de territórios no Norte da África. 
c) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos 
operários. 
d) a ascensão política dos principais comandantes militares e a implantação da monarquia 
constitucional. 
e) o início da perseguição e da repressão contra religiosos e a convocação dos Estados 
Gerais. 
Comentário 
Na Revolução Francesa, 1789-1799, ocorreu o período do “Terror” entre junho de 1793 até julho 
de 1794 no contexto da Convenção Nacional. Os jacobinos liderados por Robespierre com apoio 
dos Sans-culottes utilizaram a guilhotina e mataram muitas pessoas consideradas “traidoras da 
revolução”. A questão é que qualquer coisa era usada como acusação de traição. Até aliados 
jacobinos foram guilhotinados, como Jacques Danton. 
No entanto, apesar do terror e da violência, os jacobinos adotaram algumas medidas sociais 
importantes como a lei do máximo que congelou preços, aboliu a escravidão nas colônias das 
França, criou um novo sistema de pesos e medidas, entre outras medidas importantes. 
Ou seja, os dois lados da moeda são: 
1- Terror, com a perseguição e guilhotina dos “traidores da Revolução”. 
2- Medidas sociais que tentavammelhorar as condições de vida. 
 As demais alternativas estão incorretas. O rei foi guilhotinado antes do período do terror. Em 
setembro de 1792 foi adotada a república na França. A perseguição aos religiosos começou antes 
e a convocação dos Estados Gerais ocorreu em 1789. 
Gabarito: A 
 (PUC-RJ 2021) 
No final do século XVIII, cidadãos franceses reunidos em Assembleia Constituinte aprovaram 
a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, cujo primeiro artigo é 
“Art.1o Os Homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem 
fundamentar-se na utilidade comum.” 
Essas ideias podem ser associadas 
a) à crise do Antigo Regime, aristocrático e desigual, e ao início da Revolução Francesa. 
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b) à afirmação do igualitarismo social e à difusão das ideias socialistas na França. 
c) ao Mercantilismo, que tinha a defesa da liberdade fundada na “utilidade comum” como 
princípio básico. 
d) à extinção das distinções entre os indivíduos, permitindo a ascensão do totalitarismo. 
Comentários 
Nessa questão, se prestarmos atenção à cronologia dos fatos, podemos eliminar algumas 
alternativas incorretas. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi aprovada na França 
em 26 de agosto de 1789. Com isso, podemos eliminar as alternativas “b” e “d”, pois o socialismo 
só se desenvolveu como uma filosofia política no século XIX e o totalitarismo no XX, ou seja, depois 
que a Declaração foi aclamada. 
 Nos restam então, a “a” e a “c”, as quais podemos avaliar lembrando dos fundamentos 
político-filosóficos que basearam a concepção dessa Declaração, os quais era os liberalismos 
político e econômico elaborados pelos iluministas entre os séculos XVII e XVIII. Então, também 
podemos eliminar a letra “c”, pois o liberalismo econômico era uma crítica ao mercantilismo. 
 Portanto, a alternativa correta é letra “a”, uma vez que a principal proposta do liberalismo 
político que inspirou a Revolução Francesa era o fim do Antigo Regime por seu caráter desigual e 
autoritário. 
Gabarito: A 
 (PUC-RJ 2016) 
Considerando que a Revolução Industrial se caracteriza por ser um processo contínuo, porém 
convencionalmente dividido em fases, avalie as seguintes afirmações sobre a primeira fase 
dessa Revolução: 
I. Teve a preponderância da Inglaterra, especialmente com o desenvolvimento da indústria 
têxtil. 
II. Caracterizou-se pela nova disciplina do trabalho, o que modificou hábitos e costumes dos 
trabalhadores, que, em grande parte, provinham do campo. 
III. Utilizou a mão de obra de famílias inteiras, incluindo mulheres e crianças. 
IV. Impôs aos trabalhadores uma intensa divisão do trabalho e a racionalização do tempo, 
implementando o sistema conhecido como Taylorismo. 
Estão CORRETAS somente as afirmações: 
a) I, III e IV. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) I, II, III e IV. 
e) I, II e III. 
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Comentários 
A primeira grande etapa da Revolução Industrial foi aquela que ocorreu entre as primeiras décadas 
do século XVIII e 1870. Foi um período marcado por contínuas invenções, além de inúmeras 
mudanças no cotidiano dos indivíduos europeus. O desenvolvimento industrial e tecnológico, o 
êxodo rural, o crescimento das cidades, a divisão do trabalho e o surgimento de novas classes 
sociais, como o operariado, são exemplos mais evidentes dessas transformações. 
I. Correta! A Revolução Industrial iniciou na indústria têxtil. Anteriormente, a produção de 
tecidos era um processo artesanal e lento. A partir de 1733, surgiram na Inglaterra 
importantes tecnologias para o processamento e tecelagem do algodão e da lã, como 
a lançadeira volante, a máquina de fiar com fusos múltiplos e, principalmente, máquinas 
movidas a vapor. Tudo isso ajudou o país a liderar a Revolução industrial. 
II. Correta! Com a concentração de poder nas mãos de uma minoria de proprietários 
capitalistas, aumentou o número de camponeses despojados de suas terras. O foco era 
a produção de lã para indústria. Sem opções de sobrevivência, os outrora camponeses 
foram para as cidades, para o trabalho mecanizado, elevando a quantidade de mão de 
obra barata. Essa massa de desempregados foi contratada como operários pelos 
burgueses industriais, sendo explorados nas fábricas com baixos salários e jornadas 
exaustivas de trabalho. 
III. Correta! Uma das características mais marcantes da Revolução Industrial foi o trabalho 
infantil e feminino. Antes disso, a maior parte da população vivia em áreas rurais. No 
campo, as crianças começavam a trabalhar desde pequenas, auxiliando os pais nas 
tarefas. A vida nas cidades alterou completamente esse panorama das relações de 
trabalho familiares. A concepção era de que o trabalho de crianças contribuía para o 
aumento da renda familiar. Ao passar o dia nas fábricas, as crianças também foram 
atingidas pelas transformações nas relações de trabalho. 
IV. Incorreta. Na primeira fase da Revolução Industrial, a principal característica é a 
mudança do processo produtivo, anteriormente lento e manual, no qual os 
trabalhadores deveriam realizar todas as etapas do sistema produtivo. Com o avanço 
tecnológico, surge a chamada “divisão do trabalho”, onde cada trabalhador passa, a 
exercer apenas uma etapa específica da produção e não todas as etapas. Surgido 
apenas em meados do séc. XIX, o taylorismo foi uma forma de organização de 
trabalhadores no processo de produção, adotando métodos de trabalho considerados 
científicos e mais eficientes, o que revolucionou a indústria. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”. 
Gabarito: E 
 (FGV 2018) 
Na sua faceta mais radical, a Revolução Francesa promoveu uma certa redistribuição de terra, 
por meio de medidas como a venda dos bens nacionais. Entretanto, nesse processo de 
construção de uma ordem jurídica burguesa, o fim da escravidão não seria, no final das 
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contas, incluído. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 trazia, no seu 
artigo 1º, o princípio segundo o qual “os homens nascem e permanecem livres e iguais em 
direitos”. Mas a história revolucionária mostrou que essa fórmula clássica do liberalismo 
político foi capaz de gerar, de imediato, posturas contraditórias entre os diferentes atores 
históricos do período, que interpretavam os termos liberdade e igualdade à luz de suas 
próprias aspirações e interesses. 
(Laurent Azevedo Marques de Saes. A Societé des Amis des Noirs e o movimento 
antiescravista sob a Revolução Francesa (1788-1802). Tese (Doutorado em História Social) – 
FFLCH, USP. 2013. Adaptado) 
Nesse contexto, é correto afirmar que 
a) a Revolução Francesa, embora conduzida em nome de princípios universais de liberdade 
e igualdade, acabou incorporando a escravidão colonial na nova ordem jurídica, sem que 
essa instituição tivesse sido posta em discussão nem sequer no período mais radical do 
processo revolucionário, no momento no qual os jacobinos tentaram dirigir os rumos da 
revolução. 
b) os princípios de liberdade e igualdade, para a maioria dos homens nas assembleias 
revolucionárias, não encontravam fronteiras ou limites ditados pela condição da França de 
potência colonial, mas representavam valores universais a serem difundidos inclusive para a 
América a partir de Paris, ainda que a ascensão de Napoleão tenha freado a propagação das 
ideias revolucionárias. 
c) o império colonial francês à época girava em torno da “pérola das Antilhas”, São Domingos 
(futuro Haiti),colônia que havia projetado a França para o topo do mercado internacional de 
produtos tropicais e que transformou o sucesso da produção caribenha na base da riqueza 
burguesa dos portos franceses, o que não impediu que jacobinos e sans culottes 
defendessem a abolição e a independência colonial desde julho de 1789. 
d) a questão colonial evidenciava, sob certos aspectos, os limites da Revolução Francesa, 
liberal e burguesa, pois dentro da ótica mercantilista que orientou a economia francesa 
desde o século XVII, a prosperidade da Nação dependia da balança comercial favorável e, 
nesse sentido, o papel do comércio com as colônias e da reexportação dos produtos 
proporcionados por esse comércio era visto como capital. 
e) a restauração da escravidão nas colônias, ocorrida em 1799 por ordem de Bonaparte 
depois da abolição em 1789, por exigência dos revolucionários, teve como desdobramento 
o levante negro no Haiti, em que se lutava simultaneamente pela abolição da escravidão e 
pelo rompimento dos laços coloniais com a França, resultando na independência do Haiti, 
primeiro a libertar os escravos no continente americano. 
Comentário 
A questão aborda uma problematização da revolução francesa e os limites na implantação do 
projeto iluminista. Um desses problemas é a “questão colonial”, mais especificamente a 
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continuidade da escravidão nas colônias francesas – a qual só foi abolida na 2ª. República Francesa, 
a partir de 1848. 
Assim, a tese contida no texto expõe que, apesar do teor igualitário da Declaração de Direitos do 
Homem e do Cidadão, os atores sociais franceses pós-Revolução adaptaram os termos de 
liberdade e igualdade conforme melhor lhes conveio. Nesse caso, na relação entre Metrópole e 
Colônia, o Pacto Colonial continuou sendo seguido à risca, o que garantiu o prosseguimento da 
exploração econômica e da escravidão. 
Vejamos os itens: 
A- Item errado porque durante o Governo Republicano Jacobino a escravidão foi abolida nas 
colônias. 
B- Embora o liberalismo afirme o caráter universal e natural dos direitos do homem, não era 
um movimento que, inicialmente, pretendia a expansão. 
C- O item está errado porque a França não chegou ao topo do comércio internacional de 
produtos tropicais. 
D- O item é perfeito. Demonstra como, apesar da transformação política, a França ainda 
dependia de sua estrutura mercantil de produção inclusive para impulsionar a economia 
industrial. 
E- O único erro do item é afirmar que a escravidão nas colônias foi abolida em 1789. Como já 
falamos, essa medida foi tomada na época da república Jacobina. 
Gabarito: D 
 (FGV-SP 2001) 
“Quem, portanto, ousaria dizer que o Terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário 
para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços 
ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos 
e sim alguma coisa mais. Assim, o que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e 
florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros.” 
E. J. Sieyès. Qu’est-ce que le Triers Êtat. 
O texto do Abade Sieyès nos remete a uma leitura da/do: 
a) sistema de estamentos na França pré-revolucionária, privilegiando o papel realizador do 
clero; 
b) França durante o período do Terror, quando Robespierre orienta os jacobinos à execução 
total do alto clero; 
c) condição do Terceiro Estado, de não apenas desejar construir uma nação, mas, 
fundamentalmente, de ser efetivamente a nação; 
d) necessidade de acordos entre os diferentes estamentos para a construção de uma nação 
próspera e republicana; 
e) Terceiro Estado, composto pelo baixo clero, e representando 98% da população francesa, 
que buscava dar fim aos privilégios dos demais estamentos. 
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Comentários 
Durante o Antigo Regime francês o parlamento era organizado na forma da Assembleia dos 
Estados Gerais. Na prática, funcionava como um conselho para sugerir e discutir leis, além de 
aconselhar o monarca. Contudo, essa Assembleia havido sido fechada em 1614. Com o 
agravamento da crise na França, no final do século XVIII, o ministro real no cargo de Diretor Geral 
das Finanças, Jacques Necker, propôs ao rei que convocasse os Estados Gerais para debaterem 
soluções para os problemas políticos, econômicos e sociais que a França enfrentava. 
 Por bem, essa Assembleia era composta por 3 estados. O 1º estado era composto pela 
nobreza; o 2º, pelo clero; e o 3º pelo resto da sociedade, isto é, burgueses, camponeses, 
trabalhadores assalariados e sans-cullotes. Quando a Assembleia foi aberta, a primeira discussão 
foi sobre como seria o sistema de votação, se o voto seria por cabeça ou por estado. A importância 
disso residia no fato que a maioria esmagadora da população pertencia ao terceiro estado, cujos 
representantes eleitos somavam 600 deputados, enquanto os outros dois tinham 300 cada um. 
Logo, o povo teria mais vantagem se cada pessoa tivesse direito a um voto. O voto por estado, 
defendido pelos nobres e pelo clero, implicaria que cada estado tinham um voto, independente 
da quantidade de deputados eleitos, o que obviamente dava vantagem para eles que em geral 
eram contrários a mudanças muito drásticas. É por isso que o autor do texto, um membro do 
terceiro estado, defende sua importância na sociedade francesa, uma vez que literalmente 
representa o povo. Como vimos na aula, esse impasse acabou gerando a revolta do 3º estado e 
acelerou o estopim da revolução. Então, vamos às alternativas. 
a) Errado. Apesar dos estamentos estarem relacionados com o Estados Gerais, sendo 
praticamente sinônimos, os primeiros dizem respeito à divisão social, enquanto os segundo 
se tratam da divisão política da sociedade. Além disso, o clero não tinha um papel 
realizador, mas sim legitimador da ordem social. 
b) Errado. O período do Terror, liderado por Robespierre, correu em meados de 1793, 
durante a segunda fase da revolução (República). A divisão do poder legislativo em três 
estados já havia sido abolida desde 1789. 
c) Certo! Esse é o fundamento do argumento expresso pelo autor do trecho. Se o Terceiro 
Estado abrigava a maioria massiva da população, parcela na qual estavam tanto burgueses 
que investiam na economia francesa quanto trabalhadores que efetivamente trabalhavam 
para manter essa economia em movimento, consequentemente devia ser considera a 
própria nação. 
d) Errado. No breve trecho destaca, não há defesa da necessidade de fazer acordos entre os 
estamentos sociais, mas sim que a massa de desprivilegiados se unisse para a assumir o 
comando efetivo da nação, pois eram eles que de fato construíam e moviam a nação. 
e) Errado. O clero não fazia parte do Terceiro Estado, mas sim a burguesia, os camponeses, 
os trabalhadores assalariados e os sans-cullotes. 
Gabarito: C 
 (FGV-SP 2001) 
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Considerando a Revolução Industrial em suas duas diferentes fases, podemos afirmar que: 
a) a primeira fase caracterizou-se pela utilização do carvão e do ferro e desenvolveu-se 
primeiramente na Inglaterra, na França e na Bélgica; 
b) tanto a primeira como a segunda fase da Revolução Industrial caracterizaram-se pela 
utilização do aço e da eletricidade; 
c) Alemanha, Itália, Rússia, EUA e Japão foram os países que se destacaram em sua primeira 
fase; 
d) tanto a primeira como a segunda fase da Revolução Industrial caracterizaram-se pela 
utilização docarvão e do aço; 
e) a segunda fase da Revolução Industrial caracterizou-se pela utilização do aço e da 
robótica e desenvolveu-se principalmente no Japão. 
 
Comentários 
A Revolução Industrial, que ocorreu aproximadamente entre as décadas de 1730 e 1840, foi um 
processo de profundas transformações econômicas, sociais, culturais e tecnológicas, e teve sua 
origem na Inglaterra. Seu impacto se estendeu por todas as áreas da sociedade. A chamada 
Revolução Industrial se divide em duas fases: a primeira de 1733 a 1840 e a segunda de 1870 a 
1914. Sabendo disso, vamos às alternativas: 
a) Correta! O elemento-chave ou que deu origem a essa revolução foi a invenção da máquina 
a vapor movida à carvão, que foi aplicada na locomotiva e a partir daí deu um avanço 
tecnológico sem precedentes. Até 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar 
entre os países industrializados. Na Europa, os maiores centros de desenvolvimento 
industrial, na época, eram as regiões mineradoras de carvão; lugares como o norte da 
França, nos vales do Rio Sambre e Meuse, na Alemanha, no vale de Ruhr, e também em 
algumas regiões da Bélgica. Ainda assim, a Inglaterra estava muito à frente na 
industrialização devido a uma série de circunstâncias históricas relacionadas ao seu 
desenvolvimento econômico, político e social. Os demais países continuariam 
predominantemente rurais até meados do século XIX. 
b) Incorreta. Dentre as principais características da primeira fase da Revolução Industrial está 
o uso do ferro e do carvão como fonte de energia, que resulta na substituição da energia 
produzida pelo homem por energias como a vapor, eólica e hidráulica. Já o uso do aço e 
da eletricidade se deu a partir de meados do século XIX, na chamada Segunda Revolução 
Industrial. 
c) Incorreta. Inglaterra foi o país onde a Revolução industrial surgiu, passando para França e 
Bélgica que também apresentavam condições adequadas para o desenvolvimento 
industrial-tecnológico devido às reservas abundantes de carvão. A Segunda Revolução 
Industrial diz respeito ao período entre a segunda metade do século XIX até cerca de 
meados do século XX, tendo seu fim durante a Segunda Guerra Mundial. A industrialização 
avançou os limites geográficos da Europa Ocidental, e na segunda metade do século XIX, 
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países como Itália, Alemanha, França, Rússia, Japão e Estados Unidos, se industrializaram, 
a partir desse momento. 
d) Incorreta. Conforme dito nas respostas acima, a primeira fase da Revolução Industrial é 
caracterizada pelo uso do carvão e do ferro; já a segunda fase, se caracteriza pelo uso do 
aço e da eletricidade. 
e) Incorreta. Apesar de o uso do aço ser característico da segunda fase da Revolução Industrial 
e do Japão começar a se industrializar nesse período, a robótica e outras tecnologias fazem 
parte da quarta fase da Revolução Industrial, caracterizada pelo desenvolvimento e a 
incorporação de inovações tecnológicas na indústria, o que ocorreu a partir da segunda 
metade do século XX. 
Gabarito: A 
 (IFSudMinas 2016) 
Analise as afirmações a seguir sobre a Revolução Francesa. 
I) A crise financeira experimentada pela França antes da revolução e o regime político 
absolutista do rei podem ser considerados como fatores importantes para o início da 
revolução. 
II) A Queda de Bastilha foi o evento decisivo para o início da Revolução Francesa. A Bastilha 
era uma prisão para a qual o rei enviava injustamente muitos condenados. 
III) Havia uma disputa de poder entre os Girondinos e os Jacobinos, mas estes nunca 
conseguiram assumir o poder na França depois da revolução. 
IV) O principal lema da Revolução Francesa é: liberdade, igualdade e fraternidade. 
Agora marque a alternativa CORRETA. 
a) Apenas I, II e III são verdadeiras. 
b) penas II, III e IV são verdadeiras. 
c) Apenas I, II e IV são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
Comentários 
Antes de responder, é bom lembrar que a Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, 
foi um ciclo revolucionário de grande proporção e influência, inspirado nos ideais do Iluminismo e 
motivado pela situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou profundas 
transformações e marcou o início da queda de regimes absolutistas na Europa. No século XVIII, 
pensadores iluministas, se opuseram, através de suas ideias, aos privilégios e diversos conflitos 
causados pelo modelo das monarquias absolutas. Para eles, o rei representava uma figura de 
legitimação das desigualdades e engessamento político, que atingia toda a sociedade. Assim, eles 
propuseram a criação de um novo regime dividido em três poderes que se encarregariam de 
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exercer justiça através de leis, destinadas a qualquer indivíduo, independentemente de sua 
posição política, condição econômica ou religião. Com isso mente, vejamos: 
I) Correto! Nos anos que antecederam a Revolução, a França era uma monarquia absolutista, 
sendo uma das mais importantes da Europa, governada por Luís XVI. O poder do rei era 
absoluto, e a sociedade francesa era dividida em “estados”: o Primeiro representava o 
clero, o Segundo a nobreza, e o Terceiro Estado era formado pelo restante da população. 
Essa divisão social estratificada ao máximo, marcava um abismo de desigualdade social, 
uma vez que nobreza e clero gozavam de muitos privilégios e luxo, enquanto o povo, 
padecia de fome e miséria, além de pagarem altos impostos para os dois primeiros estados. 
Esse quadro de crise econômica se agravou, sobretudo, pelos altos gastos do rei e de sua 
corte, mas, sobretudo, pela derrota da França na Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763) e pelo 
envolvimento na Revolução Americana (1776 - 1781). 
II) Correto! A Queda da Bastilha foi o ápice de uma série de eventos que propiciaram a 
Revolução Francesa. Durante a Assembleia dos Estados Gerais (convocada desde a Idade 
Média, apenas em períodos emergenciais), o Terceiro Estado se encontrava insatisfeito com 
o sistema político vigente e propôs sua alteração. O rei francês, acuado, tentou dissolver a 
Assembleia. Os representantes do Terceiro Estado não aceitaram a situação, rebelaram-se 
e fundaram a Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de redigir uma Constituição 
para transformar a França em uma monarquia constitucional. O rei tentou fechar a 
Assembleia Nacional Constituinte, e a reação popular foi tomar as ruas de Paris e defender 
a instituição que havia sido criada pelo Terceiro Estado, no dia 12 de julho de 1789. No dia 
14 de julho, a população seguiu com o seu levante, atacando primeiro o Arsenal dos 
Inválidos e depois promovendo a queda da Bastilha. A Bastilha era uma antiga fortaleza 
que havia sido transformada em prisão para os opositores políticos dos reis franceses, 
símbolo máximo da opressão absolutista. 
III) Incorreto. Os jacobinos, atuaram como um partido político durante o processo 
revolucionário. Seus membros defendiam mudanças mais radicais que os girondinos: eram 
contrários à Monarquia e queriam implantar uma República. Esse grupo era apoiado por 
um dos setores mais populares da França, os sans-cullotes (artesãos, trabalhadores e 
pequenos proprietários), e lutaram por outras mudanças sociais depois da revolução. Foram 
responsáveis por instaurar o período conhecido como Terror, forma ditatorial de exercício 
do poder baseado na ideologia da racionalidade e radicalismo revolucionário. 
IV) Correto! a Revolução Francesa fez surgir um estado completamente novo. A monarquia 
absolutista passa a ser uma república, onde não havia mais súditos e sim, cidadãos. A 
sociedade, antesliderada pela aristocracia e pelo clero, agora era governada pela 
burguesia. Além disso, povo ganhou centralidade nos assuntos coletivos (fraternidade), e a 
liberdade política e a igualdade perante a lei também foram lemas e conquistas da 
revolução. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”. 
Gabarito: C 
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 (IFRS 2019) 
Nas sentenças abaixo a respeito da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no final do 
XVIII, marque verdadeiro (V) ou falso (F). 
( ) Um dos motivos do pioneirismo inglês na Revolução Industrial foi o precoce processo de 
cercamento dos campos (século XVI) que concentrou a propriedade fundiária e ampliou a 
oferta de mão de obra assalariada nos campos e nas cidades. 
( ) O desenvolvimento da indústria propiciou uma significativa melhora na urbanização e nas 
condições de vida da classe operária nos grandes centros industriais, tais como a Inglaterra 
no início do século XIX. 
( ) A gradual mecanização e especialização da produção retirou dos trabalhadores o domínio 
sobre o produto final do trabalho em um processo que pode ser denominado alienação do 
trabalho. 
( ) A segunda fase da Revolução Industrial (aproximadamente entre 1875 e 1945) coincidiu 
com um novo processo de dominação das potências europeias sobre os territórios da África 
e da Ásia em busca de fontes de energia e de mercado para suas mercadorias e capitais. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) V – F – F – V 
b) F – F – V – F 
c) V – F – V – V 
d) F – V – V – V 
e) F – F – V – V 
Comentários 
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a Revolução Industrial é o nome dado ao longo 
processo de mudança na forma de produzir a riqueza. Esse processo teve início na Inglaterra, 
ao longo do século XVIII, como dito. Uma série de circunstâncias históricas permitiram que 
essa mudança fosse desencadeada e que os ingleses fossem os pioneiros nisso. Tais 
circunstâncias começaram a ser criadas devido aos acontecimentos que se deram entre o 
século XVI e o XVII. Os cercamentos de terras que começaram ainda durante o reinado de 
Henrique VIII com a desapropriação das terras da Igreja Católica, o fortalecimento da marinha 
inglesa a partir do governo de Elizabeth I, as Revoluções Puritana e Gloriosa no XVII, a 
assinatura de tratados comerciais monopolistas e o próprio sistema econômico mercantilista 
foram ingredientes indispensáveis para gerar acumulação de capitais, concentração fundiária 
e o crescimento da burguesia mercantil e da nobreza aburguesada. Aos poucos, as oficinas 
domésticas e o trabalho camponês iam sendo substituídos pelas manufaturas e pelos 
latifúndios para aumentar a produtividade. O trabalhador ia perdendo seu controle sobre o 
processo e o tempo de trabalho. Os proprietários das manufaturas e dos latifúndios passaram 
a investir no aperfeiçoamento das ferramentas e novas máquinas foram inventadas para 
continuar ampliando o lucro e abaixando o custo da produção. Ainda, os cercamentos 
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produziram um êxodo rural intenso que inundou as cidades de desempregados. Isso 
contribuiu para que o valor dos salários caísse, sobretudo depois que as ideias do liberalismo 
econômico se difundiram, pois seus ideólogos consideram o trabalho como qualquer outra 
mercadoria, cujo valor devia ser atribuído segundo a lei da oferta e da demanda. Tudo isso 
não seria possível também se não houvesse a colonização de outros territórios de onde 
poderiam ser extraídas ou produzidas matérias-primas para indústria. Além disso, o próprio 
transporte das matérias-primas se tornou um negócio rentável para muitos burgueses. Dessa 
forma, podemos ver que esse grande processo chamado de Revolução Industrial iniciado na 
Inglaterra não só foi uma mudança na forma de produzir riqueza, mas uma transformação 
completa da organização da sociedade, causando impactos no campo produtivo, 
econômico, social, político e ideológico. Com isso mente, vamos às alternativas: 
Verdadeira! Os cercamentos das terras comunais, ou openfields, teve início sob o reinado de 
Henrique VIII, no século XVI, como citamos. Esse monarca rompeu com a Igreja Católica em 
1534 e, por isso, expropriou as terras pertencentes à essa instituição, no território inglês. 
Essa terra foi usada por ele como moeda de troca para conseguir apoio político das classes 
dominantes na Inglaterra, tanto da nobreza tradicional quanto da nobreza aburguesa e dos 
burgueses que naquele momento ainda começavam acender socialmente. Entretanto, parte 
dessas terras eram comunais, isto é, qualquer pessoa podia utilizá-las e muitos camponeses 
faziam uso delas para plantar ou colher o seu sustento. Eles acabaram perdendo o acesso a 
essas terras, pois os novos proprietários as cercavam para utilizá-las como pasto de ovelhas 
ou latifúndios agrários. O problema é que eles não pararam só nas terras da Igreja. Alguns 
proprietários e os próprios monarcas vez ou outra cercavam cada vez mais terras comunais 
ao longo dos séculos de modo que quando chegamos no XVIII havia uma grande massa de 
camponeses desapropriados que iam procurar trabalho nas manufaturas nas cidades. 
Falsa. As indústrias que surgiram conforme os proprietários aperfeiçoavam as máquinas e o 
processo produtivo aos seus interesses eram extremamente insalubres para os trabalhadores. 
A prioridade ali era produzir o máximo possível com o menor custo possível. Portanto, era 
frequente esses espaços terem pouca iluminação e ventilação, quase nada de segurança e 
os empregados serem obrigados a trabalhar muitas horas seguidas nessas condições. 
Verdadeira! Como dito no comentário, conforme os trabalhadores perdiam suas terras e se 
viam obrigados a trabalhar nas manufaturas e, posteriormente, nas indústrias foi tirado deles 
o controle sobre o ritmo e as condições de trabalho. Além disso, eles também não eram mais 
os donos das ferramentas, pois estas eram do patrão. Com isso, quem definia o preço do 
produto final era o empregador, que também estipulava o valor do salário a ser pago. Dessa 
forma, aos trabalhadores sobrou apenas a propriedade de sua própria força de trabalho que 
tinham que vender aos capitalistas por salários insuficientes para seu sustento de forma 
digna. 
Verdadeira! Os historiadores costumam apontar que houve várias fases da Revolução 
Industrial, ou mais de uma revolução. Isto porque conforme o tempo passava, novos 
mercados eram alcançados, novas matérias-primas descobertas e as invenções inovavam, a 
organização da produção se transformava várias vezes. Assim, a revolução industrial que 
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ocorreu no XVIII, conhecida como a primeira, tem espaço na Inglaterra e suas inovações 
estavam relacionadas ao uso vapor como energia e a adoção do método taylorista de 
produção. As circunstâncias que possibilitaram essas mudanças estão também relacionadas 
a colonização da América, que era a principal fornecedora de matéria-prima aos europeus. 
Na segunda metade do século XIX, com a descoberta da eletricidade, do petróleo, do aço e 
de inovações nas formas de comunicação geraram uma nova revolução que passou a adotar 
o modo de produção fordista. Neste segundo momento, de fato, a repartição de territórios 
africanos e asiáticos entre os europeus, que deu início ao neocolonialismo (ou imperialismo), 
foi fator determinante. Grande parte das reservas e petróleo e outras fontes minerais de 
energia eram encontradas nesses locais. Ademais, toda essa exploraçãoe transporte de 
matérias-primas a nível mundial era um comércio em si que também gerava riqueza tanto 
quanto o processo industrial que transforma esses produtos em bens de consumo. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”. 
 
Gabarito: C 
 (UNESP 2006) 
 "... a Revolução de 1789 não fez nada pelo operário: o camponês ganhou a terra, o operário 
está mais infeliz que outrora e os monarquistas têm razão quando afirmam que as antigas 
Corporações [de Ofício] protegiam melhor o trabalhador do que o regime atual". 
 ("Jornal Le Matin", 07 de março de 1885.) 
Com tal declaração, o escritor francês Émile Zola fazia um balanço dos efeitos sociais da 
Revolução de 1789, referindo-se 
a) aos confiscos dos bens dos nobres franceses emigrados e à política liberal implementada 
pelo Estado. 
b) à baixa participação dos trabalhadores urbanos nas lutas sociais na França do final do 
século XIX. 
c) ao apoio dos operários ao projeto de Restauração do absolutismo francês, como garantia 
de melhoria social. 
d) à liderança política dos camponeses franceses nas revoluções socialistas e comunistas do 
século XIX. 
e) à política de bem-estar social instituída pelo Partido Social Democrata francês ao longo 
do século XIX. 
Comentário 
Primeira coisa é entender bem o texto. Depois contextualizar o momento que o autor está 
tratando, por fim, mobilizar conhecimento específico sobre o contexto. 
Então veja: Zola fala do camponês e do operário. O primeiro ganhou terra e o segundo ficou 
infeliz e mais desprotegido. 
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Assim, podemos pensar o seguinte: durante a revolução francesa, os camponeses ganharam 
terras porque os nobres foram expropriados. Ocorreu algo como uma reforma agrária. Os 
operários ficaram mais desprotegidos porque o Estado liberal implantado desde a Revolução 
Francesa proibiu a organização da classe trabalhadora. Sindicatos e associações de classe 
não puderam se organizar, sobretudo, com o governo de Napoleão. 
Assim, o único item que poderia ser assinalado é o A. 
Se você não lembrasse de nada disso e se não desse para pensar em tudo isso o que você 
faria? Vai por exclusão. De cara poderia excluir itens B, C, D e E porque nenhum deles se 
relaciona ao assunto do texto. 
Gabarito: A 
 (URCA 2020) 
A segunda metade do século XVIII convulsionou a Europa em movimentos de contestação e 
crise do Antigo Regime. “A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e 
radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, 
o conceito e o vocabulário do nacionalismo. A França forneceu os códigos legais, o modelo 
de organização técnica e científica e o sistema métrico de medidas para a maioria dos países. 
A ideologia do mundo moderno atingiu as antigas civilizações que tinham até então resistido 
as ideias europeias inicialmente através da influência francesa. Esta foi a obra da Revolução 
Francesa” 
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. p.98 São Paulo, Paz e Terra, 2010). 
São vinculados ao movimento revolucionário francês: 
A) A sociedade era dividida em estamentos, sendo o terceiro estado composto pela maior 
parte da população, únicos que pagavam impostos, e que estavam sendo oprimidos pelos 
demais estados (clero e nobreza) entre os populares descontentes destaca-se a burguesia 
em ascensão que vislumbravam direitos políticos. 
B) Durante o processo revolucionário a rainha Maria Antonieta e o seu marido Oliver 
Cromwell foram decapitados pelos revolucionários radicais acusados de alta traição ao 
Estado, a morte do Reis foram extremamente simbólicas para legitimar a queda do antigo 
regime. 
C) Em 1789 foi delineado o documento de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 
sendo um manifesto da burguesia contra a sociedade de privilégios dos nobres, em nenhum 
momento se propôs em ser a favor de uma sociedade democrática e igualitária. 
D) Durante o processo revolucionário se destacaram alguns motins, entre eles, o político e o 
da fome. Sendo os motins da fome protagonizados pelas mulheres. 
E) O regime Jacobino, também denominado de fase do terror, foi responsável por mobilizar 
o apoio da massa contra a rebeldia dos notáveis e dos girondinos, implantar terrorismo às 
pessoas consideradas traidoras, controlar os preços e implantar uma constituição de 
tendência radical. 
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 Comentários: 
A Revolução Francesa foi um divisor de águas para a Europa, tanto em aspectos sociais, quanto 
econômicos e políticos. A derrubada da monarquia francesa e a decapitação do rei Luís XVI e 
de sua esposa, Maria Antonieta foi um marco que abalou as monarquias europeias e causou 
consequências em todo o mundo ocidental. 
Visto isso, vejamos aspectos associados ao movimento revolucionário: 
a) Incorreto. A França do século XVIII era marcada pela divisão de Estados, e quem pertencesse 
ao Terceiro Estado não possuía nenhum direito político, e em contrapartida pagavam muitos 
impostos na sociedade francesa, porém com as crises do final do século XVIII, uma parcela da 
nobreza, distante da realeza passou a pagar impostos também. 
b) Incorreto. O marido de Maria Antonieta era o rei da França, Luís XVI e não Oliver Cromwelll. 
c) Incorreto. A Declaração do Homem e do Cidadão, propunha acabar com os privilégios 
tradicionais do Antigo Regime (dos títulos da nobreza) e trazia princípios de igualdade (direito 
de todos à vida; direito de todos a terem sua propriedade). 
d) Correto. As mulheres tiveram intenso papel no processo revolucionário francês se 
destacando na marcha até o Palacio de Versalhes, com cerca de 7 mil revolucionárias, para 
resolver a questão da “crise do pão”. Além disso, durante a Revolução, elas reivindicaram 
melhores condições de vida às famílias e igualdade de direitos com os homens. Muitas se 
alistaram no exército disfarçadas e em 1791 fizeram a Declaração dos Direitos da Mulher. 
Porém, esta foi ignorada pelos revolucionários, que três anos depois mandaram sua criadora, 
Olympe de Gouges, para guilhotina. Do ativismo feminino, surgiram organizações específicas, 
como a Associação das Republicanas Revolucionárias criada em 1793 por Claire Lacombe e 
Pauline Léon. 
e) Incorreto. Os jacobinos mobilizam o povo contra os girondinos e não contra os notáveis, que 
já haviam perdido o poder na França, com o início da revolução. 
Assim, a única resposta correta é a letra D. 
Gabarito: B 
 (URCA 2018) 
“[...] No princípio da década de 1830, entre um terço e a metade da força de trabalho (em 
todas as classes de trabalho) nas indústrias algodoeiras tinha menos de vinte e um anos de 
idade. No setor de lãs cardadas, a proporção de jovens era ainda maior. Entre os adultos, 
bem mais da metade eram mulheres. [....] A força de trabalho adulto nas indústrias têxteis do 
Reino Unido atingia 191.671 pessoas, das quais 102.812 eram mulheres e apenas 88.859, 
homens.” 
(THOMPSON E. P. A formação da Classe Operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. V.II 
p.170) 
Sobre a situação dos trabalhadores durante a Revolução Industrial Inglesa, pode-se afirmar: 
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A) O movimento sindical foi inicialmente organizado através do Ludismo que tinha como 
base de ação reuniões e assembleias pacíficas que reivindicavam melhores condições de vida 
e direitos para os trabalhadores. 
B) Em virtude das péssimas condições de vida, progressivamente, houve um retorno dos 
trabalhadores da cidade para o campo, desacelerandoo processo industrial na Inglaterra em 
algumas décadas. 
C) A existência de uma legislação específica protegia os menores de idade e não permitia o 
trabalho de crianças nas fábricas. 
D) As cidades, sobretudo, os bairros da classe operária, eram espaços altamente insalubres 
com péssimas condições de saúde, higiene e moradia. Os baixos salários pagos aos 
trabalhadores e a péssima alimentação contribuíam para a sua baixa expectativa de vida. 
E) Por serem mais especializadas, as mulheres eram mais requisitadas para a indústria de 
trabalho têxtil e, em muitas situações, tinham salários maiores que os homens nas fábricas. 
 Comentários: 
 O texto de Thompson, como seu título traz, aborda a formação da classe operária inglesa 
no século XIX. Assim, no trecho acima o autor evidencia algumas características das condições 
de trabalho nas fábricas da Inglaterra no começo do século: o primeiro era que muitos jovens 
e crianças eram colocados para trabalhar nas Indústrias. Além disso, mais de 50% do 
proletariado fabril era formado por mulheres. Isso evidencia uma sociedade machista e que não 
possui nenhum tipo de proteção ao trabalho infantil. 
Diante disso, passamos as alternativas: 
a) Incorreto. O ludismo foi um movimento de caráter violento, por se tratar de uma revolta 
dentro das fábricas, onde as máquinas eram quebradas em forma de protesto ao trabalho 
exploratório do proletariado inglês no começo do século XIX. 
b) Incorreto. Em virtude das péssimas condições de vida, os trabalhadores passaram a se 
organizar em associações e sindicatos, reivindicando mais direitos políticos, como no Cartismo, 
que exigiu o direito a voto pelas classes mais pobres, para que pudessem eleger representantes 
para ocupar as cadeiras do Parlamento britânico. 
c) Incorreto. Essa afirmação vai em contradição com o que o texto evidencia. 
d) Correto. As condições do trabalho nas cidades, devido sua enorme expansão e vinda em 
massa de camponeses para as áreas urbanas, fez com que os salários fossem reduzidos a quase 
zero, enquanto as jornadas de trabalho eram exaustivas. 
e) Incorreto. As mulheres compunham a maior parte dos operários, pois elas não podiam 
exercer altos cargos da sociedade inglesa. 
Gabarito: D 
 (UEA 2010) 
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A máquina, da qual parte a Revolução Industrial, substitui o trabalhador, que maneja uma 
única ferramenta, por um mecanismo, que opera com uma massa de ferramentas iguais ou 
semelhantes de uma só vez, e que é movimentada por uma única força motriz, qualquer que 
seja sua força. (Karl Marx. O Capital, 1867.) A partir do texto, é correto considerar que a 
Revolução Industrial 
(A) aboliu a mão de obra no processo produtivo, provocando desemprego e sofrimentos 
sociais. 
(B) aumentou a produção de mercadorias, instituindo uma forma de produção diferente da 
artesanal. 
(C) impediu o surgimento de movimentos socialistas, subordinando os operários às 
máquinas. 
(D) produziu um quadro de nivelamento econômico entre os países, devido à expansão da 
industrialização. 
(E) atenuou as desigualdades sociais, favorecendo a ascensão política da grande massa de 
trabalhadores industriais. 
Comentários: 
Em seu livro do capital, Marx comenta sobre as características da Revolução Industrial. É 
importante ressaltar que esse processo aconteceu em tempos diferentes em diversos países 
do mundo, assim gerando desigualdades industriais entre eles. Além disso, com a 
mecanização e sistematização do trabalho a partir das máquinas, isso possibilitou um 
aumento na produção, pois um produto que antigamente era feito de maneira artesanal, 
naquele momento, podia ser feito com tecnologias muito mais avançadas, em uma escala 
muito maior, em um tempo menor e com menos trabalhadores. Assim, a Revolução Industrial 
modificou todas as relações produtivas existentes até aquele momento. Isso fez surgir as 
Indústrias e os trabalhadores, que foram chamados de proletários. Porém, devido ao 
desenvolvimento do capitalismo sem uma preocupação de como esse crescimento seria 
feito, isso gerou uma desigualdade social grande entre o proletariado (que possuía a força 
de trabalho), e a burguesia (que detinha os meios de produção). Com isso, surgiria no século 
XIX, correntes teóricas, que fariam aparecer movimentos sociais contra essa nova ordem 
estabelecida pelo capitalismo. Portanto, a única resposta correta é a letra (B). 
Gabarito: B 
 (UNITINS 2021) 
Ao longo da história, a relação do indivíduo com o trabalho foi se modificando em 
conformidade com acontecimentos e valores dos diferentes períodos sociais. Segundo Karl 
Marx, “uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha envergonha 
mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de suas colmeias. Mas o que 
distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele constrói o favo em sua cabeça, antes 
de construí-lo em cera” 
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(MARX, Karl. O Capital. Vol. I, tomo 1. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 149- 150). 
Analise as seguintes afirmativas a respeito do trabalho humano no desenrolar do processo 
histórico. 
I - Na Grécia antiga a dignidade do indivíduo estava relacionada à sua capacidade de dedicar-
se ao desenvolvimento do pensamento, distanciando-se o mais possível do trabalho manual. 
II – O desenvolvimento do capitalismo promoveu mudanças nos modos de produção, no 
comércio, nas relações de trabalho, na lógica da acumulação e do lucro. 
III - A sociedade medieval desenvolveu a concepção de que o trabalho eleva a condição 
social do indivíduo e promove sua realização pessoal. 
IV- A partir da Revolução Industrial, o sentido de trabalho foi sendo estruturado como 
emprego e se fortaleceu a figura do trabalhador assalariado. 
É correto o que se afirma em: 
A) I, II e IV, apenas. 
B) I e IV, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV. 
 Comentários: 
O texto aborda um fala de Marx sobre a história do trabalho. Com relação a isso, ele disse 
que a relação de trabalho entre os indivíduos vai sempre se modificando conforme os períodos e 
os acontecimentos das sociedades. Assim, vejamos as afirmações e assinalemos as corretas em 
relação a história das relações de trabalho: 
I. Correto. O tédio era uma virtude para o exercício da cidadania, uma vez que, com tempo 
livre, o homem poderia se dedicar ao pensamento da vida na polis, enquanto seus escravos se 
preocupavam com os trabalhos manuais. 
II. Correto. Desde que o capitalismo surgiu, ele modificou radicalmente os modos 
produtivos. Primeiro na passagem do modo de produção artesanal para o manufaturado. Depois 
quando as manufaturas foram substituídas pelas maquinofaturas (indústrias). 
III. Incorreta. Durante a época medieval, existia a percepção de trabalho como algo 
camponês. Acreditava que existiam os que rezavam (clero), os que lutavam (os nobres) e os que 
trabalhavam (servos). É com base nesses três estamentos, que a sociedade ocidental medieval se 
estabeleceu. 
IV. Correto. A Revolução Industrial inaugurou uma nova fase na divisão de trabalhos na 
sociedade humana. Os empregos passaram a ser todos assalariados e se formou a classe operaria 
inglesa. 
Gabarito: A 
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 (UNITINS 2021) 
A imagem e o texto a seguir fazem referência à Revolução Francesa. 
 
Caderno de Terceiro Estado da paróquia de Longey-en-Dunois, França. 
“Nós, habitantes da paróquia de Longey abaixo-assinados, tendo-nos reunido emvirtude 
das ordens do Rei, na sexta-feira, dia 6 do presente mês de maio de 1789, resolvemos o que 
segue: pedimos que todos os privilégios sejam abolidos. Declaramos que se alguém merece 
ter privilégios e gozar de isenções, são estes, sem contradição, os habitantes do campo, pois 
são os mais úteis ao Estado, porque por seu trabalho o fazem viver. Que até hoje foram 
quase os únicos a pagar os exorbitantes impostos de que esta província está carregada”. 
MATTOSO, Kátia M. de Q. Textos e documentos para o estudo de História Contemporânea. 
São Paulo: Edusp, 1976. 
Sobre a Revolução Francesa, analise as afirmativas a seguir e considere V (Verdadeiro) ou F 
(Falso). 
( ) A base ideológica da Revolução Francesa foi o Iluminismo, movimento intelectual que 
defendia o uso da razão e maior liberdade econômica e política. 
( ) São causas da Revolução Francesa a insatisfação popular com a crise econômica e política 
da França, no final do século XVIII, bem como a grande desigualdade social gerada pela 
monarquia absolutista. 
( ) A Revolução Francesa teve a duração de dez anos e foi encerrada pelo Golpe de 18 de 
Brumário, quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder. 
( ) Apesar de sua duração, a Revolução Francesa não influenciou a queda do regime 
absolutista na Europa. 
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( ) A Queda da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789, em Paris, marcou o início de um 
ciclo revolucionário conhecido como Revolução Francesa. 
A opção que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é: 
A) F, V, V, V e F. 
B) V, F, V, V e F. 
C) F, F, V, V e V. 
D) V, F, V, F e V. 
E) V, V, V, F e V 
 Comentários: 
A questão aborda a Revolução Francesa. A imagem é uma pintura muito representativa do 
movimento revolucionário – durante tomada a Bastilha, em 1789 (essa edificação era um presídio 
e o símbolo máximo do Absolutismo francês). Além disso, o texto traz depoimentos de cidadãos 
urbanos de Paris, em meio o levante contra os privilégios do Primeiro e do Segundo Estado 
francês, que gozavam de isenções fiscais enquanto o Terceiro Estado sustentava majoritariamente 
o Estado francês por meio de impostos. 
Assim, de acordo com isso, analisemos as afirmações e marquemos verdadeiro ou falso: 
I. Correto. O iluminismo foi a base intelectual que fundamentou a Revolução Francesa e a 
Independência Americana, com preceitos racionais e liberais. 
II. Correta. A crise econômica e política foi gerada pela má gerencia dos reis Bourbon no Estado 
francês, em que eles cobravam sobretaxas ao 3º Estado, enquanto concediam isenções de 
impostos a nobreza e o clero, despertando revolta entre membros da Burguesia comercial 
francesa e os camponeses, contra o sistema do Antigo Regime. 
III. Correto. Enquanto a Revolução acontecia e os franceses iam conquistando novos inimigos no 
exterior, temido pelo processo revolucionário francês, um jovem soldado, chamado Napoleão 
Bonaparte, aos poucos fui subindo na hierarquia militar. Sua eximia habilidade o fez um líder 
militar, e em 1799, ele por meio do Golpe de 18 Brumário encerrou de uma vez a Revolução 
Francesa. 
IV. Incorreta. Após a Revolução Francesa, nos países vizinhos, ocorreu também um avanço dos 
processos de derrubada das monarquias absolutistas europeias, em detrimento dos Estados 
burgueses liberais. 
V. Correta. A tomada da Bastilha por camponeses iniciou de vez a Revolução na França. 
Gabarito: E 
 (UNICENTRO 2019) 
“Para o historiador, todos os acontecimentos, mesmo os remotos, têm atualidade e vida. 
Mas isso é ainda mais verdadeiro no caso da Revolução Francesa de 1789, que transformou 
o modo de vida até daqueles que pouco souberam ou sabem sobre ela, até hoje em dia. 
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Não será exagero dizer que ela ajudou a dar forma ao mundo ocidental contemporâneo, 
moldando as instituições e os ideais que nos animam e que consideramos universais.” 
GRESPAN, Jorge. Revolução Francesa e Iluminismo. São Paulo: Contexto, 2003, p. 9. 
Sobre a Revolução Francesa é correto afirmar. 
a) A Revolução Francesa ocorreu em meio a uma crise econômica e foi produto de revoltas 
de burgueses, camponeses e trabalhadores urbanos. 
b) A Revolução Francesa é considerada a primeira Revolução Comunista, pois, até hoje, esse 
sistema molda as instituições no mundo ocidental. 
c) Foi uma revolução comandada por Napoleão Bonaparte que, influenciado pelo Iluminismo, 
organizou um golpe de estado contra Luiz XVI. 
d) A Revolução Francesa foi um movimento caracterizado pelo terror, organizado pelo 
revolucionário Robespierre, em apoio ao absolutismo de Luiz XVI. 
e) Trata-se de uma revolução burguesa, inspirada no Iluminismo e comandada por 
Robespierre, na qual o Czar Nicolau II foi executado na guilhotina. 
Comentários 
A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, foi um ciclo revolucionário de grande 
proporção e influência, inspirado nos ideais do Iluminismo e motivado pela situação de crise que 
a França vivia no final do século XVIII. Causou profundas transformações e marcou o início da 
queda de regimes absolutistas na Europa. Na ocasião, a monarquia francesa foi destituída e 
substituída por uma sucessão de governos revolucionários. Basicamente, a revolução teve três 
fases nas quais diferentes orientações políticas prevaleceram, sempre marcadas pela rivalidade 
entre os diferentes grupos que apoiaram a revolução, principalmente entre girondinos e jacobinos. 
Ainda, a França revolucionária teve que lidar com a pressão de uma coalização liderada pelos 
Habsburgo e composta por monarquias vizinhas que temiam que a revolução ultrapasse as 
fronteiras e se espalhasse pela Europa. Foi nessa época que a França se tornou uma república 
pela primeira vez. Entretanto, os sucessivos governos revolucionários chegaram definitivamente 
ao fim quando Napoleão Bonaparte aplicou o golpe do 18 Brumário, em 1799 e instituiu um 
governo centralizado. Com isso em mente, vejamos: 
a) Correta! Às vésperas da revolução de 1789, a França passa por crises econômica, política e 
social. O país saiu profundamente endividado e com seus campos devastados da Guerra 
dos Sete Anos. Mesmo assim, a monarquia continuava tendo gastos exorbitantes com 
artigos de luxos e obras faraônicas cujo único objetivo era aumentar seu prestígio. Além 
disso, havia uma política de venda de títulos, na qual nobres e burgueses que atendiam aos 
interesses da coroa recebiam postos no governo e passavam a pagar menos impostos 
enquanto a maior parte da população, que já era pobre, paga altas taxas tributárias, cada 
vez maiores. Havia uma grande desigualdade social e a maioria das pessoas não podia 
participar da política institucional para tentar mudar os rumos do governo. Lembre-se que 
nesse momento, a política francesa dividia a sociedade em três estados: nobres e alto clero 
compunham o 1º e 2º estados, enquanto burgueses, camponeses e o povo em geral 
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estavam no 3º estado. Acontece que cada estado tinha direito a um voto nas discussões do 
governo, mesmo que o último abrigasse a maioria esmagadora da população. Ou seja, era 
praticamente impossível para o povo mudar qualquer coisa pelas vias institucionais, caso 
não fosse interesse da monarquia e da nobreza. Por isso, por mais que um ou outro burguês 
mais abastado tenha se aliado ao monarca por meio da compra de títulos, muitos deles 
continuavam em desvantagem política e econômica com o funcionamento do país daquele 
jeito. Por essas razões, burgueses,camponeses, trabalhadores urbanos e sans-cullotes (os 
mais miseráveis) acabaram apoiando o movimento em 1789. Porém, uma vez derrotado o 
inimigo comum, as diferenças de interesse se explicitaram. 
b) Incorreta. Realmente, a Revolução Francesa inspirou a teoria marxista e comunista que se 
desenvolveu a partir do século XIX. Contudo, é um anacronismo considerar esse evento 
como um fenômeno comunista. Esta palavra nem mesmo existia quando os revolucionários 
franceses iniciaram sua insurreição. Além disso, o que caracteriza um regime comunista, em 
teoria, é o controle do governo pelos trabalhadores, enquanto os governos revolucionários 
franceses contaram com a presença de muitos burgueses que não tinham o mínimo 
interesse em distribuir riquezas e poder político com o resto da população. 
c) Incorreta. Napoleão só começou a se destacar a partir de 1792 devido a suas ações como 
soldado nas lutas contra as monarquias que queriam pôr fim à Revolução Francesa. 
d) Incorreta. Robespierre era completamente contrário a monarquia e, portanto, a Luiz XVI. 
Na verdade, ele intensificou a perseguição à todos que criticavam a revolução. 
e) Incorreta. O Czar era o governante da Rússia, não da França. Não foi ele que foi decapitado, 
mas sim Luís XVI, rei francês, em 1792. 
Gabarito: A 
 (UNICENTRO 2019) 
Para além dos aspectos estritamente econômicos, a Revolução Industrial representou uma 
mudança social fundamental em outros aspectos da vida dos trabalhadores. Assinale a 
alternativa que contém as novas características do trabalho industrial. 
a) Trabalho na agricultura de subsistência com técnicas tradicionais. 
b) Trabalho familiar e no espaço doméstico, o que permitiu grandes ganhos econômicos para 
a classe trabalhadora. 
c) Trabalho comunitário através de mutirões e uma mentalidade religiosa. 
d) Expansão de uma moral hedonista e aristocrática. 
e) Proletarização das classes trabalhadoras e submissão do trabalho à disciplina fabril de 
produção. 
Comentários 
A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico iniciado na 
Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII. Se caracteriza por transformações políticas 
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e tecnológicas de grande impacto na sociedade, sobretudo nos âmbitos do processo produtivo e 
no estilo de vida dos trabalhadores. Fundamentalmente, essas mudanças causaram uma 
transformação completa da organização da sociedade, causando impactos no campo produtivo, 
econômico, social, político e ideológico. Lembre-se que desde o final da Idade Média, os artesãos 
costumavam se organizar em corporações de ofício, nas quais eles organizavam a educação dos 
aprendizes e tabelavam os preços de seus serviços e produtos. Nesse esquema, eles detinham a 
propriedade das ferramentas e o controle sobre o processo produtivo. Era frequente eles 
trabalharem nas suas próprias casas, ou em oficinas contíguas a elas, e contar com o auxílio de 
suas famílias durante o trabalho. Conforme as manufaturas cresceram, essa organização do 
trabalho foi perdendo espaço e se tornando mais rara. 
 Aos poucos, alguns proprietários foram aumentando suas oficinas e contratando mais 
trabalhadores, o que deram origem às manufaturas. Ainda sem especialização do trabalho, mas já 
com algumas divisões da atividade produtiva, os artesãos ainda conheciam todas as etapas 
produtivas. Contudo, esse processo não era muito planejado. Além disso, o fato de os donos das 
oficinas perceberem que, conforme um trabalhador se especializava ele trabalhava mais rápido, 
porque a atividade ficava mais aprimorada e mais automática, contribuiu para alterar o processo 
produtivo. Como na manufatura, as ferramentas pertenciam a um único dono específico que, em 
geral, fiscalizava e organizava o trabalho realizado pelos seus empregados, algumas delas foram 
aprimoradas e deram alguma velocidade à produção. Foi nestes lugares que os teares expostos 
na imagem surgiram e foram utilizados pela primeira vez. A realidade produtiva estava prestes a 
saltar para a grande escala. 
As indústrias que surgiram conforme os proprietários aperfeiçoavam as máquinas e o 
processo produtivo aos seus interesses eram extremamente insalubres para os trabalhadores. A 
prioridade ali era produzir o máximo possível com o menor custo possível. Portanto, era frequente 
esses espaços terem pouca iluminação e ventilação, quase nada de segurança e os empregados 
serem obrigados a trabalhar muitas horas seguidas nessas condições. Assim, também foi tirado 
deles o controle sobre o ritmo e as condições de trabalho. Além disso, eles também não eram 
mais os donos das ferramentas, pois estas eram do patrão. Com isso, quem definia o preço do 
produto final era o empregador, que igualmente estipulava o valor do salário a ser pago. Dessa 
forma, aos trabalhadores sobrou apenas a propriedade de sua própria força de trabalho que 
tinham que vender aos capitalistas por salários insuficientes para seu sustento de forma digna. 
Com isso em mente, vamos às alternativas: 
a) Incorreto. O trabalho se concentrava na fábrica e as técnicas utilizadas eram formuladas 
pelos patrões que visavam o aumento da produtividade, menos que a qualidade de cada 
produto. As máquinas passaram a ditar o ritmo e as habilidades necessárias para a 
produção. Assim, as técnicas tradicionais foram caindo em desuso. 
b) Incorreto. O caráter doméstico do trabalho foi desaparecendo conforme manufaturas e 
indústrias ganharam espaço. Consequentemente, os trabalhadores perderam o controle 
sobre as ferramentas, o ritmo da produção e seu ganho econômico foi diminuído. 
c) Incorreto. Não se tratava de trabalho comunitário, mas sim assalariado, no qual o 
trabalhador vendia seu tempo e força de trabalho ao patrão em troca de uma quantia em 
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dinheiro, geralmente insuficiente para seu sustento de forma digna. A mentalidade 
religiosa, no caso cristã não gerava solidariedade dos patrões com seus empregos que eram 
obrigados a trabalhar em condições precárias e insalubres ou morreriam de fome e 
desamparo em meio a massa de desempregados. 
d) Incorreto. Na verdade, ganhou espaço uma mentalidade utilitarista e burguesa. 
e) Correto! A definição de proletário é aquele que só tem a propriedade de sua própria força 
de trabalho, a qual precisa vender em troca de um salário para sobreviver. Foi justamente 
isso que ocorreu na Revolução Industrial. Conforme perdiam suas terras, tornavam-se 
desempregados e possuíam menos recursos para adquirir suas próprias ferramentas não 
lhes restava muitas opções. Assim, restava-lhes se submeter ao trabalho extenuante das 
fábricas onde eram obrigados a trabalhar em péssimas condições por baixos salários, no 
ritmo ditado pelas máquinas e pelos patrões. 
Gabarito: E 
 
 (UNITAU 2015) 
Os fatos abaixo, numerados de I a V, referem-se às fases da Revolução Francesa e seus 
principais acontecimentos. 
I. É aprovada a Constituição Civil do Clero que estabelece a transformação de seus membros 
em funcionários civis do Estado. 
II. Os camponeses da região da Vendeia rebelam-se contra o alistamento obrigatório. Disso 
se aproveitaram o clero refratário e os monarquistas, para insuflar a contrarrevolução. 
III. É eleita a Assembleia Legislativa, composta na maioria por membros da alta burguesia, 
favoráveis à manutenção da monarquia constitucional. 
IV. A Conjura dos Iguais, movimento popular liderado por Graco Babeuf, propõe a tomada 
do poder à força e o fim da propriedade privada. 
V. Forma-se a primeira coligação das forças absolutistas contra a França, integrada por 
Inglaterra, Áustria, Prússia, Espanha, Holanda, Sardenhae Rússia. 
Identifique a alternativa que apresenta, na sequência CORRETA, os fatos que se relacionam 
e correspondem às fases: 
 a) I - Segunda fase (Monarquia constitucional); II – Segunda fase (Monarquia constitucional); 
III - Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); IV – Quarta fase (Diretório); V - Terceira 
fase (Convenção Nacional – República). 
 b) I – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); II – Terceira fase (Convenção Nacional 
– República); III – Segunda fase (Monarquia constitucional); IV – Quarta fase (Diretório); V - 
Terceira fase (Convenção Nacional – República). 
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 c) I – Quarta fase (Diretório); II – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); III - Quarta 
fase (Diretório); IV – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); V - Terceira fase 
(Convenção Nacional – República). 
 d) I – Terceira fase (Convenção Nacional – República); II - Terceira fase (Convenção Nacional 
– República); III – Quarta fase (Diretório); IV – Quarta fase (Diretório); V – Primeira fase 
(Assembleia Nacional Constituinte). 
 e) I – Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); II – Terceira fase (Convenção Nacional 
– República); III – Segunda fase (Monarquia constitucional); IV – Quarta fase (Diretório); V - 
Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte). 
Comentários 
Para responder corretamente a esta questão, é necessário fazer uma contextualização 
cronológica dos fatos. A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, foi um ciclo 
revolucionário de grande proporção e influência, inspirado nos ideais do Iluminismo e 
motivado pela situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou profundas 
transformações e marcou o início da queda de regimes absolutistas na Europa. Assim, o item 
I, sobre a Declaração Civil do Clero, aprovada em 1790, medida legal promoveu a separação 
do Estado e da Igreja, se situa na Primeira fase, em decorrência da Assembleia Constituinte. 
Na Segunda fase, é eleita a Assembleia Legislativa, entre 1789-1792. Na Terceira fase, é 
formada a Primeira Coligação de Nações Absolutistas, um esforço conjunto de diversas 
monarquias europeias contra a França revolucionária, quando a República Francesa 
formalmente declarou guerra contra a monarquia de Habsburgo em 20 de abril de 1792. 
Ainda nessa fase, no ano seguinte, ocorre A Revolta da Vendeia de 1793, quando artesãos e 
camponeses se insurgiram contra a Revolução e a burguesia das grandes cidades e a favor 
da Igreja católica e do sistema monárquico, recebendo o apoio da aristocracia. Por fim, na 
Quarta fase (Diretório), em 1796, tem início a Conjura (ou Conspiração) dos Iguais, que 
propunha a comunidade dos bens e do trabalho cuja a atenção era voltada ao alcançar a 
igualdade efetiva entre os homens. Veja de uma forma mais ilustrativa: 
I. É aprovada a Constituição Civil do Clero que estabelece a transformação de seus membros 
em funcionários civis do Estado. Primeira fase (Assembleia Nacional Constituinte); 
III. É eleita a Assembleia Legislativa, composta na maioria por membros da alta burguesia, 
favoráveis à manutenção da monarquia constitucional. Segunda fase (Monarquia 
constitucional); 
II. Os camponeses da região da Vendeia rebelam-se contra o alistamento obrigatório. Disso 
se aproveitaram o clero refratário e os monarquistas, para insuflar a contrarrevolução. 
Terceira fase (Convenção Nacional – República); 
V. Forma-se a primeira coligação das forças absolutistas contra a França, integrada por 
Inglaterra, Áustria, Prússia, Espanha, Holanda, Sardenha e Rússia. Terceira fase (Convenção 
Nacional – República) 
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IV. A Conjura dos Iguais, movimento popular liderado por Graco Babeuf, propõe a tomada 
do poder à força e o fim da propriedade privada. Quarta fase (Diretório); 
Portanto, a alternativa correta é a letra “b”. 
Gabarito: B 
 (UNCISAL 2020) 
Revolução Industrial é um termo geral, largamente usado para descrever um conjunto de 
mudanças tecnológicas e organizacionais que foram consideravelmente além daquele que é 
o aspecto mais bem conhecido destas: a invenção de máquinas motorizadas. 
DAVIES, Norman. Europe: a history. London: Pimlico, 1997, p. 679 (tradução livre). 
Além da “invenção de máquinas motorizadas”, outras inovações técnicas e/ou 
organizacionais características da primeira fase da Revolução Industrial (1760-1840) na 
Europa ocidental foram 
A) o arado e o moinho hidráulico. 
B) a automação da produção e a prensa de tipos móveis. 
C) o beneficiamento do ferro e o trabalho artesanal doméstico. 
D) o motor de combustão interna e a adição do petróleo à matriz energética. 
E) a iluminação a gás e a adoção do carvão mineral como importante fonte de energia. 
 Comentários: 
Como Davies menciona, a Revolução Industrial trouxe um conjunto de mudanças tecnológicas e 
organizacionais para as sociedades europeias do final do século XVIII e início do século XVIII. 
Entre elas, as máquinas motorizadas, como a máquina a vapor. Porém, outras ferramentas 
desenvolvidas durante esse tempo foram: 
a) Incorreto. Esses avanços tecnológicos surgiram na Idade Média. 
b) Incorreto. A automação da produção só ocorreria tempos depois da Primeira Revolução 
Industrial. 
c) Incorreto. O trabalho artesanal não tem relação com a Revolução Industrial, uma vez que o 
trabalho passou a ser industrializado, ao invés de manufaturado. 
d) Incorreto. O petróleo ainda não era usado durante a Revolução Industrial. 
e) Correto. O carvão mineral e o gás foram os grandes impulsionadores do desenvolvimento das 
indústrias e das cidades inglesas ao longo do século XIX, como fonte de luz. 
Gabarito: E 
 (UNCISAL 2018) 
“Estevão inclinou-se sobre o tear, calmo, atento e laborioso. Como todos os homens da floresta 
de teares, onde trabalhava, Estevão formava contraste estranho com o rumor, o barulho e a 
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agitação das peças do mecanismo a que fora destinado”. O excerto apresentado é do livro 
Tempos Difíceis, de Charles Dickens, publicado em 1854 e relançado no Brasil em 2014. Nessa 
ficção, Dickens retrata o impacto da Revolução Industrial sobre a vida da população inglesa do 
século XIX. Em relação a esse contexto, assinale a alternativa correta. 
(A) A Revolução Industrial é um fenômeno histórico, iniciado na França, que impactou toda a 
Europa no século XVIII e XIX. 
(B) A Revolução Industrial teve na Inglaterra seu início, devido a diversos fatores. Dentre eles, está 
o fato de a Inglaterra possuir uma monarquia que adotava medidas que contribuíam com o 
desenvolvimento de uma burguesia mercantil desde o século XVII. 
(C) O saber do trabalhador ficou mais complexo a partir da Revolução Industrial, pois ele precisou 
conhecer todas as etapas da produção, diferentemente do período anterior, no qual ele estava 
submetido a um processo de especialização do seu saber. 
(D) Adaptar-se ao trabalho nas fábricas foi uma atividade fácil para a população inglesa do século 
XVIII, visto que a dinâmica da fábrica utilizava a mesma concepção de tempo que o trabalhador 
tinha ao trabalhar no campo. 
(E) A Revolução Industrial Inglesa permitiu a inserção das mulheres no mercado de trabalho, 
propiciando a elas as mesmas condições de trabalho e os mesmos direitos que os homens. 
 Comentários: 
A Revolução Industrial foi um movimento histórico surgido na Inglaterra na segunda metade do 
século XVIII, impulsionada pelas reformas no Parlamento inglês,no século anterior, que 
garantiram as burguesias locais maior desenvolvimento e respaldo para o seu crescimento. Isso 
fez com que houvesse transformações significativas nas cidades e nos modos produtivos de 
trabalho, eles se tornavam mais especializados para que se pudesse produzir mais. Isso atraiu 
muitos camponeses para o meio urbano, porém o crescimento surreal da população urbana, 
gerou graves problemas sociais, umas vezes que o trabalho assalariado era muito baixo, devido 
a enorme quantidade de pessoas, e as jornadas eram exaustivas e exploratórias. 
Ademais, sobre o assunto, olhemos qual a alternativa está correta: 
a) Incorreto. Ela foi iniciada na Inglaterra. 
b) Correto. Como falado nos comentários, as reformas na política inglesas vindas pela Revolução 
Puritana e Gloriosa, proporcionaram a classe mercantil burguesa uma maior autonomia e um 
maior poder para seu desenvolvimento. 
c) Incorreto. A partir da Revolução Industrial o trabalhador não necessitava mais conhecer todo 
o processo produtivo para a fabricação do produto. A especialização do serviço fez com que os 
trabalhadores das manufaturas pudessem produzir mais. 
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d) Incorreto. A mesma dinâmica que o trabalhador tinha no campo, era algo surreal para o 
ambiente urbano. Isso gerou uma difícil adaptação as jornadas exaustivas, que gerou revolta 
entre os operários contra as más condições de trabalho e vida da população. 
e) Incorreto. As mulheres durante a Revolução Industrial ainda sofrerem com o machismo e o 
preconceito de gênero, muito presente na sociedade inglesa daquele momento. 
Gabarito: B 
 (UNAERP 2020) 
No século XVIII, no contexto comercial inglês, um conjunto de atos administrativos que 
ficaram conhecidos como Enclosure Acts, ou Leis dos Cercamentos, contribuiu de maneira 
decisiva para o que mais tarde ficaria conhecido como a revolução industrial inglesa. Os 
Enclosure Acts 
a) instituíam que as terras consideradas de uso público, de fato ou direito, ocupadas então 
por camponeses, passassem a ser reconhecidas como propriedade de um nobre local. 
b) estabeleciam que as terras nobiliárquicas, que ainda tratavam o camponês em regime de 
trabalho servil, fossem disponibilizadas para a produção de algodão, a matéria-prima para a 
produção de tecidos. 
c) estabeleciam que os camponeses deveriam obrigatoriamente produzir algodão. Dessa 
forma, sem condições de competir com os grandes produtores algodoeiros americanos, 
deixaram o campo, provocando êxodo rural. 
d) instituíam que as terras ocupadas por camponeses que viviam de sua subsistência 
deveriam, imperativamente, ser arrendadas ou concedidas à Coroa que, por sua vez, através 
de cartas de doação, as concederia a produtores de seda. 
e) instituíam a divisão das grandes propriedades em pequenas. Isso levou à redução da 
produtividade e, consequentemente, à capacidade de concorrência dos pequenos 
proprietários rurais frente aos grandes latifúndios das nobrezas locais. 
 
Comentários 
A Revolução Industrial alterou de maneira profunda o mundo após seu desenvolvimento na 
Inglaterra, principalmente a partir do século XVIII. A expansão urbana e industrial do capitalismo, 
que teve por base a exploração do trabalho assalariado por proprietários e detentores dos meios 
de produção, se espalhou por diversos países e levou uma boa parcela de camponeses aos centros 
urbanos, em busca de trabalho. Nesse período, o Estado passa a ver a terra como mercadoria 
geradora de lucros, e através da Lei dos cercamentos (Enclosure Acts), as privatizam e 
comercializam. A prática dos cercamentos de terras esteve na base do surgimento do capitalismo, 
contribuindo para a formação da burguesia e do operariado, gerando condições para o 
desenvolvimento da Revolução Industrial e da Revolução Agrícola na Inglaterra. Essas duas 
revoluções são pontos fundamentais para compreensão da expansão que o capitalismo conheceu 
a partir do século XVIII. 
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a) Verdadeira! Proprietários com espírito comercial monopolizavam a terra através da Lei dos 
Cercamentos (Enclosure Acts), que foi uma crescente ação de privatização de terras de uso 
comum dos camponeses, conduzida por poderosos senhores locais. A zona rural inglesa 
que era caracterizada pelo openfield (o campo aberto, sem vedação), ou terras comunais, 
passou a ter sua exploração nos campos fechados, cercados. 
b) Falso. A partir do século XVII, na Inglaterra, passou a realizar o fechamento dos campos 
abertos ou pastos comuns mediante o cercamento das terras. Esse processo provocou a 
substituição de lavouras por pastagens para a produção de lã, culminando na ruína dos 
camponeses, que antes habitavam essas terras e nelas produziam e sua migração maciça 
para as cidades em busca de trabalho na crescente indústria. 
c) Falso. Com a concentração de poder nas mãos de uma minoria de proprietários capitalistas, 
aumentou o número de camponeses despojados de suas terras. O foco desse movimento, 
era a produção de lã para indústria. Sem opções de sobrevivência, os outrora camponeses 
foram para as cidades, para o trabalho mecanizado, elevando a quantidade de mão de obra 
barata. O processo dos cercamentos levou ao empobrecimento uma população estável. 
Essa massa de desempregados foi contratada como operários pelos burgueses industriais, 
sendo explorados nas fábricas com baixos salários e jornadas exaustivas de trabalho 
d) Falso. Os cercamentos foram, na verdade, leis promulgadas pelo governo inglês que 
favoreceram os latifundiários em detrimento dos pequenos proprietários, camponeses, que 
foram expulsos de suas terras. 
Gabarito: A 
 (UNAERP 2020) 
Na Europa, entre as últimas duas décadas do século XVIII e nas primeiras três do século XIX, 
surgiu um estilo artístico conhecido como Neoclassicismo, com uma nova tendência estética 
que prevaleceu nas criações dos artistas da época, expressando os valores próprios de uma 
nova e fortalecida burguesia. Assinale a opção que expressa um fato histórico que influenciou 
esse estilo artístico. 
a) A segunda fase da Revolução Industrial, no século XVII, revelando um estilo estético de 
arte aplicado à indústria. 
b) A Contrarreforma italiana, do início do século XVII, que trouxe consigo à estética do alto 
Renascimento e do maneirismo. 
c) A Revolução Francesa, em 1789, símbolo da queda do Antigo Regime, que expressou um 
estilo inclinado ao culto à natureza e à imaginação. 
d) As escavações arqueológicas em Pompeia e Herculano, descobertas em 1748, que 
ofereceram a primeira visão da arte romana bem preservada. 
e) A descoberta da Pedra de Roseta, durante a expedição francesa ao Egito, em 1799, 
quando seus painéis revelaram o sofisticado estilo de vida da elite egípcia. 
 
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Comentários 
O Neoclassicismo representa um movimento artístico e cultural surgido no século XVIII na Europa 
e se espalhando pelo mundo, até meados do século XIX. Foi um movimento de oposição ao 
Barroco, baseado em ideais clássicos. 
a) Falso. O Neoclassicismo surge após a Revolução Francesa (1789), no início da Revolução 
Industrial e no contexto do Iluminismo, inspirados nas artes greco-romana e renascentista, 
no realismo e no racionalismo das obras. 
b) Falso. O Neoclassicismo foi um movimento cultural nascido na Europa em meados do 
século XVIII, que teve grande influência na arte e cultura ocidentais, até meados do século 
XIX. Inspirado pelos ideais iluministas e em um renovado interesse pela culturada 
Antiguidade Clássica, surge como uma reação contra os excessos dramáticos do Barroco, 
considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contrarreforma. 
c) Falso. O Neoclassicismo foi apenas um movimento artístico e cultural, que refletiu as 
mudanças ocorridas com ascensão da burguesia. Este estilo procurou expressar e 
interpretar os interesses da burguesia na época da Revolução Francesa e do Império 
Napoleônico, mas também refletiu muitos dos valores políticos e cívicos do Estado. 
d) Verdadeira! As escavações de Herculano e Pompeia, duas antigas cidades romanas 
soterradas por uma erupção do vulcão Vesúvio, começaram a ser realizadas entre 1738 e 
1748. Embora não tenham encontrado grandes obras-primas, foram descobertos inúmeros 
artefatos que contribuíram para a recriação de aspectos do cotidiano romano, até então 
incógnitos. Contudo, esse fato não foi o único que possibilitou o surgimento do 
Neoclassicismo. Desde o Renascimento italiano, a arte greco-romana tem sido recuperada 
e explorada. Já no século XVIII, intelectuais italianos e alemães, como Goethe, louvaram 
ainda mais a arte clássica, sobretudo a grega, restaurando uma arte idealista, que deveria 
servir como modelo. 
e) Falso. Descoberta em 1799 pela expedição francesa ao Egito liderada por Napoleão 
Bonaparte, a Pedra de Roseta, cujo texto foi fundamental para a compreensão hieróglifos 
egípcios, deu início a um novo ramo do conhecimento, a egiptologia. Apesar de ser um 
artefato da antiguidade, pouco tem a ver com o movimento neoclássico. 
Gabarito: D 
 (UNIRV 2018) 
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceu na Europa nos séculos 
XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho 
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. 
O texto acima escreve sobre a Revolução Industrial. Sobre os acontecimentos na Revolução 
Industrial, Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas. 
a) ( ) Ao longo do século XIX a consolidação do capitalismo tornaria as condições de vida e 
de trabalho do nascente proletariado extremamente importantes e, principalmente, com a 
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formação das associações internacionais dos trabalhadores, percebeu-se uma estreita 
relação entre o marxismo, o movimento operário europeu e o capitalismo. 
b) ( ) O ludismo traduz as primeiras manifestações de resistência da nascente classe operária 
que ocupou os últimos anos do século XVIII e os primeiros do século XIX. O movimento 
cartista, movimento operário que surgiu na primeira metade do século XIX, não se constituiu 
um fato isolado, pois foi precedido de greves, motins, insurreições e outras manifestações 
da classe operária. 
c) ( ) As mudanças promovidas pela Primeira Revolução Industrial ocorreram em vários 
âmbitos. Na esfera da produção, os três setores mais atingidos foram: a mineração de carvão, 
a indústria têxtil e a siderurgia. 
d) ( ) Os meios de produção no sistema capitalista não podem ser apenas máquinas, as 
ferramentas, as instalações físicas, as fontes de energia, os meios de transporte e a tecnologia 
em produtos e processos, pois incluem a discussão em torno do socialismo utópico. 
Comentários 
Revolução Industrial, provocou milhares de mudanças no cotidiano dos indivíduos europeus a 
partir do século XVIII. O desenvolvimento industrial e tecnológico, o êxodo rural, o crescimento 
das cidades e o surgimento de novas classes sociais, como o operariado, são exemplos mais 
evidentes dessas transformações. 
a) Falsa. As teorias socialistas e anarquistas influenciaram diretamente os líderes de 
movimentos proletários contra as contradições do sistema capitalista, principalmente as 
teses marxistas que propunham a revolução do proletariado para superar o estágio 
capitalista e passar para uma sociedade comunista onde não haveria uma sociedade 
economicamente desigual. 
b) Verdadeira! O ludismo foi um movimento de trabalhadores que se uniram e revoltaram-se 
contra a industrialização e a precarização do trabalho, no princípio da Revolução Industrial, 
pois acreditavam ser a tecnologia a razão do desemprego e da miséria. Já o movimento 
cartista, juntamente com os trade unions, primeiros sindicatos de trabalhadores, elaborou 
em 1838, a chamada Carta do Povo, que reivindicava, entre outras coisas, o direito ao 
sufrágio universal secreto, que daria liberdade de voto a qualquer pessoa adulta, 
independente da situação econômica; o direito dos trabalhadores em participar do 
Parlamento; a limitação dos mandatos políticos e a diminuição da jornada de trabalho. 
Assim, ambos os movimentos surgiram como consequência direta das transformações 
causadas nas relações de trabalho e na qualidade de vida do trabalhador inglês. 
c) Verdadeira! Essas são as quatro características mais importantes da Primeira Revolução 
Industrial: o carvão mineral, que era fonte de energia; a máquina à vapor, que usava energia 
mecânica; o ferro, utilizado para construir máquinas, navios, locomotivas e a indústria têxtil, 
que foi a principal indústria dessa época. 
d) Falsa. O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das riquezas, 
baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de produção podem 
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ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles possuem a função de 
gerar renda por meio do trabalho. Há duas classes sociais principais nesse sistema: os 
capitalistas (ou burgueses) e os proletários (ou trabalhadores). Os capitalistas são os donos 
dos meios de produção, que empregam os trabalhadores e a eles pagam salários. Os 
proletários, por sua vez, oferecem sua mão-de-obra para realizar determinado trabalho em 
troca de uma remuneração. Podemos dizer que o capitalismo é o oposto do socialismo, 
pois este defende a propriedade social dos meios de produção – não a propriedade 
privada. Já o socialismo utópico, diz respeito a uma corrente do socialismo, do início de 
século XIX, que desejava expandir os princípios da Revolução Francesa para criar uma 
sociedade mais racional, baseada no entendimento científico, na qual a implantação do 
sistema socialista ocorreria de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, e até mesmo 
partindo da própria burguesia, sendo assim, criticados por opositores marxistas. 
Gabarito: F – V – V – F 
 (UNIRV 2019) 
No final do século XVIII, a Inglaterra adentrou um processo de transformações econômicas e 
sociais que mudariam completamente a dinâmica da economia mundial e moldaria a Idade 
Contemporânea. Sobre a Revolução Industrial, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as 
alternativas. 
a) (V) O Reino Unido e mais precisamente a Inglaterra foram palco da Revolução Industrial 
devido ao acúmulo de uma série de fatores. As revoluções inglesas, que resultaram, já na 
década de 1680, em uma monarquia parlamentar de cunho liberal, e tratados comerciais 
vantajosos como Methuen (1703), foram dois desses fatores. 
b) (V) As primeiras etapas da Revolução Industrial não envolviam avanços tecnológicos, mas 
a transformação na dinâmica do trabalho, mudando o foco da encomenda para o estoque e 
o trabalho autônomo pelo especializado. Isso esboça-se claramente nas teorias de Taylor 
sobre a produtividade. 
c) (V) A Revolução Industrial ocasionou mudanças sociais drásticas, pois ao contrário do 
artesão que dominava todo o processo produtivo, o operário é alienado do processo pela 
especialização. Essa condição vulnerabilizava o trabalhador que passou a depender da 
estrutura fabril para sobreviver, tornando o desemprego uma ameaça à estabilidade social 
dos grandes centros urbanos.d) (F) A Revolução Industrial comprovou a eficácia do modelo econômico liberal, que 
garantindo a estabilidade econômica só foi ameaçado pelas ditaduras socialistas na metade 
do século XX. 
Comentários 
A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico iniciado na 
Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII. Se caracteriza por transformações políticas 
e tecnológicas de grande impacto na sociedade, sobretudo nos âmbitos do processo produtivo e 
no estilo de vida dos trabalhadores. 
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a) Verdadeira! As revoluções Puritana, de 1640, e a Gloriosa, de 1688, podem ser 
consideradas como partes de um mesmo processo de conflito entre o absolutismo e o 
liberalismo, entre o poder do rei e o do Parlamento, tendo como resultado o 
estabelecimento da monarquia parlamentar. Já o Tratado de Methuen, conjunto de 
medidas acordadas entre ingleses e portugueses, resultou em um imenso acúmulo de 
capital para os primeiros, enquanto acabou por limitar gravemente a economia dos 
segundos, que ficou impedida de diversificar a sua agricultura e estabelecer acordos 
comerciais com outros países. Concomitantemente, o consumo em grande escala de tecido 
inglês tornava Portugal uma das nações mais endividadas da época. 
b) Verdadeira! Surgido em meados do séc. XIX, o taylorismo foi uma forma de organização de 
trabalhadores no processo de produção, adotando métodos de trabalho considerados 
científicos e mais eficientes, o que revolucionou a indústria. As principais características 
desse modo de organização estão relacionadas com a maximização da produção atrelada 
ao máximo aproveitamento da mão de obra e com o surgimento dos princípios da 
administração científica. 
c) Verdadeira! Antes da Revolução Industrial, os trabalhadores exerciam suas funções de 
modo independente e atuavam nas mais variadas etapas que envolviam a produção de uma 
determinada riqueza. Ao dominarem todas as etapas do processo de fabricação, 
reconheciam e determinavam o valor a ser pago pelas várias funções que desempenhavam. 
Assim que as indústrias passaram a dominar o processo de produção, notamos que a 
tecnologia empregada não só determinava a redução dos custos e a ampliação dos lucros 
da empresa. Cada vez que novas máquinas eram criadas, milhares de trabalhadores eram 
dispensados das fábricas e aqueles que permaneciam eram designados a realizar uma 
mesma ação cada vez mais específica do processo de produção. Vivenciando a rotina de 
uma função que poderia ser exercida por qualquer outra pessoa e percebendo a existência 
de vários desempregados interessados em exercer aquela mesma função, o operário 
concordava em receber um baixo salário pelo seu trabalho. 
d) Falsa. O liberalismo econômico consiste no entendimento de que o Estado não deve 
interferir na economia, pois essa deve ser feita a partir da livre iniciativa dos cidadãos, livres 
para produzir e fazer comércio, responsáveis por si mesmos. Com a Revolução Industrial e 
o desenvolvimento do capitalismo industrial, a burguesia almejava produzir mais, lucrar 
mais e expandir a propriedade privada. O liberalismo clássico mostrou-se ineficaz no início 
do século XX, após o advento de crises, como a Grande Depressão de 1929, com a quebra 
da Bolsa de Valores de Nova Iorque. O cenário foi de desemprego geral e péssimas 
condições de vida e trabalho para a classe operária europeia e estadunidense 
(principalmente), mas também para as classes operárias de outros países fora dos grandes 
eixos industriais. O socialismo havia inspirado a formação de organizações sindicais, que 
organizaram grandes greves contra a exploração dos trabalhadores por parte da burguesia, 
algo comum dentro da doutrina liberal. Esse cenário fez com que governantes e 
economistas revissem o liberalismo clássico no século XX. 
Gabarito: V – V – V – F 
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 (CÁSPER LÍBERO 2013) 
Sobre a Revolução Francesa iniciada em 1789, é correto afirmar que: 
a) foi longamente preparada pelo ciclo revolucionário ocorrido na Inglaterra no século XVII, 
o que explica o apoio que esse país prestou aos revoltosos franceses. 
b) tratou-se, principalmente, de uma revolução cultural, ápice do desenvolvimento do 
chamado Iluminismo. 
c) não foi devidamente percebida como um movimento relevante por seus contemporâneos, 
ganhando importância apenas retrospectivamente, com o início da Revolução de 1848. 
d) não implicou mudanças significativas na ordem societária dominante no mundo ocidental. 
e) apresentou diferentes fases, desembocando em um contexto monárquico, 
antirrevolucionário e reacionário, representado pelo Congresso de Viena. 
Comentários 
A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, foi um ciclo revolucionário de grande 
proporção e influência, inspirado nos ideais do Iluminismo e motivado pela situação de crise que 
a França vivia no final do século XVIII. Causou profundas transformações e marcou o início da 
queda de regimes absolutistas na Europa. Na ocasião, a monarquia francesa foi destituída e 
substituída por uma sucessão de governos revolucionários. Basicamente, a revolução teve três 
fases nas quais diferentes orientações políticas prevaleceram, sempre marcadas pela rivalidade 
entre os diferentes grupos que apoiaram a revolução, principalmente entre girondinos e jacobinos. 
Ainda, a França revolucionária teve que lidar com a pressão de uma coalização liderada pelos 
Habsburgo e composta por monarquias vizinhas que temiam que a revolução ultrapasse as 
fronteiras e se espalhasse pela Europa. Foi nessa época que a França se tornou uma república 
pela primeira vez. Entretanto, os sucessivos governos revolucionários chegaram definitivamente 
ao fim quando Napoleão Bonaparte aplicou o golpe do 18 Brumário, em 1799 e instituiu um 
governo mais centralizado. Com isso em mente, vejamos: 
a) Errado. Apesar das revoluções inglesas do século XVII terem influenciado a opção dos 
franceses pela revolução, a Inglaterra não os apoiou. Porém, vale destacar que os dois 
episódios tinham em comum a popularização das ideias iluministas, que defendiam a 
igualdade jurídica, as liberdades individuais, o liberalismo (político e econômico) e o fim do 
absolutismo. A Inglaterra acabou solapando o absolutismo por meio da instalação de uma 
monarquia parlamentarista. Porém, entre os revolucionários franceses não houve consenso 
sobre isso. Apenas os girondinos (alta burguesia) e uma parcela dos nobres que perdeu 
seus privilégios fiscais nas reformas impostas por Luís XVI apoiavam a monarquia 
parlamentarista. Os jacobinos, cordeliers (pequena burguesia e profissionais liberais), 
camponeses, assalariados e sans-cullotes apoiavam a radicalização da democracia a 
instauração de uma república. Apesar de inicialmente a Assembleia Nacional Constituinte 
ter proclamado a monarquia parlamentarista, os rumos subsequentes foram cada vez mais 
pendendo para a radicalização contra qualquer possibilidade de retorno da Coroa ao 
poder. Quando o rei francês foi condenado e executado em 1793, a Inglaterra passou a 
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fazer coro às ameaças de invasão e embargos contra a França junto de outras monarquias 
europeias. 
b) Errado. A revolução teve uma dimensão cultural, sobretudo no que diz respeito a 
autoridade da Igreja no Estado e na educação. Contudo, foi principalmente uma revolução 
social e política, pois foi nessas instâncias da vida em sociedade que ocorreram as maiores 
transformações. 
c) Errado. ARevolução Francesa iniciada em 1789 foi considerada relevante desde o momento 
de sua deflagração. Extremamente violenta, alterou completamente a conjuntura política e 
social na França, ao tentar pôr fim ao Antigo Regime. Tanto é que várias monarquias 
europeias que se aliaram para pressionar os revolucionários a restaurarem a coroa francesa. 
d) Errado. O processo revolucionário francês implicou mudanças drásticas para a ordem social 
dominante até então, isto é, o Antigo Regime. Na França, ele quase foi extinto nesses 10 
anos de governos revolucionários. Muitos nobres, girondinos e todos aqueles críticos à 
revolução tiveram suas vidas ceifadas na guilhotina e seus bens e propriedades confiscados. 
A igualdade jurídica permitiu que os privilégios das classes dominantes perante a lei fossem 
abolidos. O fim da divisão do legislativo francês em três estados também mudou o 
equilíbrio político até então dominante que favorecia decisões à favor da monarquia, da 
nobreza feudal e do alto clero. 
e) Certo! Os historiadores costumam dividir o período revolucionário na França em três fases: 
1) Assembleia Nacional Constituinte (1789-1792); 2) República ou Convenção (1792-1795); 
3) Diretório (1795-1799). Uma vez deflagrada a revolução, as rivalidades de interesse entre 
os grupos sociais que apoiaram inicialmente o movimento começaram a se explicitar, 
principalmente entre girondinos e jacobinos. Havia aqueles partidários da instalação de 
uma monarquia parlamentarista; outros que queriam uma república na qual apenas os 
proprietários tivessem direitos políticos; e muitos que defendiam uma democracia radical, 
na qual o voto masculino deveria ser universal. Os governos revolucionários tiveram que 
lidar com um contexto de grande instabilidade, por essas razões e pelas dificuldades 
impostas pelas monarquias vizinhas que queriam sabotar a experiência revolucionária. 
Assim, em 1799 Napoleão Bonaparte liderou o golpe do 18 Brumário apoiado sobretudo 
pelos girondinos, dando fim à Revolução. 
Gabarito: E 
 
 
 
 (UFMS 2020) 
Leia o texto a seguir. 
“A Revolução conquistou o mundo. Apesar das santas alianças e dos sistemas de intervenção, 
os despotismos pereceram um após outro, as Constituições multiplicaram-se, as servidões 
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esfumaram-se, os povos oprimidos libertaram-se, unificados em nações. Que país se poderá 
gabar de nada dever ao espírito desta revolução? O próprio centro da Revolução é vítima de 
uma curiosa reação quando, em 1813, aquele que lhe arrebata a liberdade e quer dar ordens 
à Europa encontra pela frente os povos conduzidos ao combate em nome da liberdade. Obra 
da burguesia, a Revolução redundou em proveito da burguesia. Na direção da administração 
pública, ela substitui-se à aristocracia, classe vencida. Instruída, exercitada na prática dos 
negócios, a burguesia, em face da massa ignorante, é a única que pode fornecer quadros à 
nova ordem. Com isto ganha estipêndios elevados, prestígio e um gosto real pelas funções 
públicas. Em vão o Terror limita o seu concurso: o Termidor devolve-lhe os lugares perdidos; 
e, de fato, sob os regimes ulteriores, conservá-los-á. Por outro lado, é ela a grande 
beneficiária de bens nacionalizados; e, favorecida pela desvalorização do papel-moeda, 
realiza um bom negócio. [...] Esta Revolução tem o seu quinhão de horrores; mergulha na 
guerra, outro horror; os princípios são menosprezados, renegados até. Por fim volta a trazer 
à cena política o despotismo a maior desgraça para a liberdade; e, prometendo a igualdade, 
consente que uma classe se substitua a outra, deixando que a nova privilegiada regateie a 
emancipação da que continua subordinada.” 
(Fonte: NICOLLE, Paul. Coleção Europa-América. Lisboa: Ed. Europa-América, 1975. p. 
120-121. Adaptado). 
Qual é a revolução tratada pelo fragmento de texto? 
a) Revolução Industrial. 
b) Revolução Bolchevique. 
c) Revolução Gloriosa. 
d) Revolução Americana. 
e) Revolução Francesa. 
Comentários 
O final do século XVIII e ao longo do XIX, o mundo passou por várias revoluções em diversos 
lugares. Todas elas foram grandemente influenciadas pelos ideais do iluminismo e do liberalismo, 
consequentemente, pelos valores burgueses. Assim, a descrição feita pelo autor do texto parece 
até bastante genérica, pois se torna difícil apontar qual das tantas revoluções se trata. Contudo, 
alguns detalhes nos ajudam a nos situar. Em primeiro lugar, o autor menciona que “as santas 
alianças” não foram capazes de conter a revolução. Ora, Santa Aliança é o nome que recebeu a 
coalização feita pelas monarquias absolutistas europeias para enfrentar a França comandada por 
Napoleão, em 1815. O autor fala em alianças no plural, porque não havia sido a primeira vez que 
as monarquias haviam se unido contra os franceses. Na verdade, elas começaram a fazer isso com 
a Revolução Francesa, ocorrida a partir de 1789. Os monarcas, principalmente os que faziam 
fronteira com o território francês, queriam impedir que a revolução ultrapassasse as fronteiras. 
Inclusive, eles organizaram bloqueios econômicos para que a França revolucionária não pudesse 
prosperar economicamente e fosse obrigada a restaurar sua monarquia, de modo que a ideia de 
revolução ficasse descredibilizada. 
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Outros elementos reforçam que é desse evento que o texto fala. A Revolução Francesa teve várias 
fases e diferentes regimes de governo, nos quais se destacava a rivalidade entre os girondinos 
(burgueses mais ricos) e os jacobinos (pequeno-burgueses). Justamente, durante a segunda fase 
da revolução, quando a república se consolidava como regime, essa rivalidade alcançou seu auge. 
Em 1793, os jacobinos conseguiram mais espaço no poder e radicalizaram a situação. Eles eram 
completamente contra a restauração de uma monarquia, mesmo que fosse parlamentarista, e 
defendiam a maior participação do povo na política instituição. Nesse ponto, os jacobinos fizeram 
muitos inimigos. A coalização das monarquias absolutistas, comandada pelos Habsburgo, 
continuava dificultando o desenvolvimento da nova República e, agora, boa parte dos girondinos 
se somavam aos críticos da revolução. Com isso, o líder dos jacobinos, Maximilien Robespierre, 
radicaliza o combate aos inimigos da revolução, por meio do Tribunal Revolucionário que lhe 
permite perseguir e executar seus opositores na guilhotina. 
O problema é que, com conflitos, crises e situação econômica desfavorável, não seria possível 
conviver sem críticas. Para Robespierre, praticamente todas as críticas eram contrárias à 
Revolução. Como consequência, instalou-se a fase do Terror Jacobino, ou Terror Vermelho, entre 
julho de 1793 a julho de 1794. Nesse período, vigorou a Lei dos Suspeitos, que ampliou a jurisdição 
do Tribunal Revolucionário. 
Por essas razões, o texto só pode estar se referindo à Revolução Francesa que, de fato, foi uma 
das primeiras a ocorrer na linha de sucessão de revoluções que se iniciaram nas últimas décadas 
do século XVIII e se estenderam pelo XIX. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”. 
Gabarito: E 
 (UFMS 2019) 
Um dos eventos que mais influenciaram a história da humanidade nos últimos séculos foi a 
revolução industrial. Esse acontecimento impulsionou a economia, a exploração do trabalho, o 
domínio de algumas nações sobre vastas regiões do mundo e acentuou a divisão entre os países 
dominantes e os que eram dominados. Assim, a revolução industrial movimentou não apenas a 
economia, mas também a sociedade, a produção artística e cultural e a política de toda uma 
época. Assinale a alternativa que caracteriza corretamente os primeiros momentos da revoluçãoindustrial e que tornaram a Inglaterra pioneira no desenvolvimento de indústrias durante o século 
XVIII. 
a) A Inglaterra, importante metrópole do século XVIII, possuía colônias na América do 
Norte, África e Ásia que favoreceram a exploração de matérias-primas e mão de obra, 
impulsionando o desenvolvimento de seu setor industrial. 
b) A Inglaterra contava com um grande contingente de trabalhadores disponíveis, visto que 
a lei de cercamentos de terras desapropriou inúmeros camponeses, que passaram a atuar nas 
fábricas como trabalhadores e influenciaram decisivamente na divisão dos lucros e dos meios de 
produção, fatores que tornaram a Inglaterra uma grande potência industrial. 
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c) Caracterizada pela exploração do trabalho assalariado, a revolução industrial oferecia 
benefícios e estímulos para a população mais pobre (como ambiente salubre, jornadas de trabalho 
justas e salários que estimulavam a competitividade entre os trabalhadores fabris), e a burguesia 
industrial retroalimentava o sistema com o consumo interno, fortalecendo-o primeiro na Inglaterra 
para mais tarde estender suas redes de comércio com os demais países da Europa. 
d) A mecanização do sistema de produção foi um fator determinante para que o sistema 
fabril de produção superasse o sistema de manufaturas, aliado ao fato de que a Inglaterra contava 
com grandes reservas de carvão mineral e ferro para alimentar e produzir novas máquinas para a 
produção. 
e) A organização da produção manufatureira inglesa foi fundamental para o 
desenvolvimento da revolução industrial, visto que essa produção de manufaturas passou a contar 
com máquinas e motores que substituíram a divisão do trabalho e colaboraram para o acúmulo 
de lucro pelo detentor dos meios de produção. 
Comentários 
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a Revolução Industrial é o nome dado ao longo 
processo de mudança na forma de produzir a riqueza. Esse processo teve início na Inglaterra, ao 
longo do século XVIII, como dito. Uma série de circunstâncias históricas permitiram que essa 
mudança fosse desencadeada e que os ingleses fossem os pioneiros nisso. Tais circunstâncias 
começaram a ser criadas devido aos acontecimentos que se deram entre o século XVI e o XVII. Os 
cercamentos de terras que começaram ainda durante o reinado de Henrique VIII com a 
desapropriação das terras da Igreja Católica, o fortalecimento da marinha inglesa a partir do 
governo de Elizabeth I, as Revoluções Puritana e Gloriosa no XVII, a assinatura de tratados 
comerciais monopolistas e o próprio sistema econômico mercantilista foram ingredientes 
indispensáveis para gerar acumulação de capitais, concentração fundiária e o crescimento da 
burguesia mercantil e da nobreza aburguesada. Aos poucos, as oficinas domésticas e o trabalho 
camponês iam sendo substituídos pelas manufaturas e pelos latifúndios para aumentar a 
produtividade. O trabalhador ia perdendo seu controle sobre o processo e o tempo de trabalho. 
Os proprietários das manufaturas e dos latifúndios passaram a investir no aperfeiçoamento das 
ferramentas e novas máquinas foram inventadas para continuar ampliando o lucro e abaixando o 
custo da produção. Ainda, os cercamentos produziram um êxodo rural intenso que inundou as 
cidades de desempregados. Isso contribuiu para que o valor dos salários caísse, sobretudo depois 
que as ideias do liberalismo econômico se difundiram, pois seus ideólogos consideram o trabalho 
como qualquer outra mercadoria, cujo valor devia ser atribuído segundo a lei da oferta e da 
demanda. Tudo isso não seria possível também se não houvesse a colonização de outros territórios 
de onde poderiam ser extraídas ou produzidas matérias-primas para indústria. Além disso, o 
próprio transporte das matérias-primas se tornou um negócio rentável para muitos burgueses. 
Dessa forma, podemos ver que esse grande processo chamado de Revolução Industrial iniciado 
na Inglaterra não só foi uma mudança na forma de produzir riqueza, mas uma transformação 
completa da organização da sociedade, causando impactos no campo produtivo, econômico, 
social, político e ideológico. Com isso mente, vamos às alternativas: 
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a) Incorreto. Nesse momento, a Inglaterra ainda não possuía colônias na África e na Ásia, 
apenas entrepostos comerciais e feitorias. 
b) Incorreta. A questão só erra ao afirmar que houve divisão dos lucros e dos meios de 
produção entre patrões e trabalhadores. Na verdade, os meios de produção eram 
propriedade do proprietário e todo o lucro ficava para ele. Como o número de 
trabalhadores disponíveis era grande devido aos cercamentos que transformaram muitos 
camponeses em sem terras e desempregados, os preços dos salários se mantinham 
extremamente baixos. 
c) Incorreta. A revolução industrial não oferecia nenhum benefício ou incentivo aos mais 
pobres para trabalharem mais além da morte por inanição. Nesse processo, os 
trabalhadores ficaram completamente vulneráveis, pois, de um lado, os cercamentos 
impediam que eles tivessem terras para se sustentar e, por outro, aumentava o número de 
desempregados o que consequentemente abaixa o valor dos salários. Por sua vez, o 
interesse os patrões era unicamente o lucro, preocupando-se apenas em produzir o máximo 
possível aos menores custos. Portanto, pouco se importavam em tornar os ambientes de 
trabalho mais salubres e seguros aos trabalhadores. Por outro lado, realmente havia uma 
preocupação da Inglaterra em manter um mercado interno autossuficiente no ramo dos 
alimentos, mas seu interesse econômico principal residia no aumento das exportações de 
seus produtos, o que dava mais lucro. 
d) Correta! Conforme os proprietários das oficinas foram aperfeiçoando as ferramentas de 
trabalho para aumentar sua produção e diminuir seus custos, novas máquinas automáticas 
e semiautomáticas foram inventadas inaugurando a industrialização e a produção 
propriamente fabril. O ferro era material indispensável para a confecção desse maquinário. 
Por seu turno, a principal fonte de energia para mantê-lo funcionando era o vapor, 
conseguido com a queima de carvão. 
e) Incorreto. As máquinas não substituíram a divisão do trabalho. De fato, com as novas 
invenções o número de trabalhadores necessários diminuiu e os que restavam precisavam 
apenas se dedicar a supervisionar o trabalho das máquinas, fazendo intervenções 
periódicas, como apertar um botão aqui, puxar uma alavanca ali. Contudo, isso não acabou 
por completo com a divisão do trabalho que continuou existindo tanto nas fábricas quanto 
nos demais ambientes de trabalho. Afinal, em todas as grandes empresas haviam os 
trabalhadores do chão de fábrica, os supervisores, os gerentes e outras funções auxiliares. 
De resto, a alternativa descreve bem o processo que fez as manufaturas evoluírem para a 
maquinofatura. 
Gabarito: D 
 
 (UESB 2018) 
Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça 
de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas 
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Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas 
Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos Poder e força 
de Atenas 
(HOLANDA... 2018). 
A análise do fragmento musical e os conhecimentos sobre a situação da mulher, ao longo da 
história das sociedades permitem afirmar: 
01) A democracia ateniense possibilitou uma melhor condição de vidapara a mulher, devido 
à possibilidade de defesa de seus interesses, em função da sua participação política, 
diferentemente da sociedade militarizada espartana. 
02) O legado dos egípcios antigos influenciou na estrutura de poder da República romana, 
ao dar direito de participação às mulheres no Senado e o poder matriarcal na família romana, 
papéis que exerciam no Egito conquistado por Júlio César. 
03) A civilização muçulmana, de características agropastoril, estabeleceu a divisão sexual do 
trabalho, ficando a mulher responsável pela agricultura e o homem pelo pastoreio, o que 
possibilitou uma igualdade de funções sociais. 
04) A mulher medieval assumiu uma posição de escrava sexual dos senhores feudais e dos 
monges católicos, por serem responsabilizadas pelo pecado original, sendo o tráfico de 
mulheres uma atividade aceita pela Igreja Católica. 
05) O desenvolvimento da sociedade urbana e industrial deu início a uma mudança no papel 
da mulher na sociedade, que saiu do ambiente exclusivamente privado e passou a 
frequentar, cada vez mais, os espaços públicos, no desempenho de outras atividades, como 
operárias de industriais. 
 Comentários: 
O texto aborda a subordinação da mulher na Atenas Antiga. Sobre a História das mulheres, 
vejamos as alternativas e confirmemos a que melhor se enquadrada na resposta correta: 
01. Incorreto. Em Atenas, as mulheres eram proibidas de exercer a vida pública, tendo funções 
somente para reprodução e constituição de famílias. 
02. Incorreto. As mulheres romanas não tiveram os direitos políticos assegurados, mesmo com o 
contato do faraó do Egito Cleópatra, com Júlio Cesar. 
03. Incorreto. A primeira afirmação está correta. A segunda errada, uma vez que as mulheres 
muçulmanas são duramente repreendidas e inferiorizadas pelos homens, seguindo os preceitos 
que estão escritos no Corão. 
04. Incorreto. No medievo, embora tenha-se uma visão da mulher submissa ao marido, tiveram 
na Europa Ocidental diversas rainhas espalhadas por todo o território, e muitas se constituíram 
como importantes figuras públicas para a formação dos Estados europeus. 
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05. Incorreto. Com o advento da Revolução Industrial, as mulheres passaram a trabalhar nas 
indústrias da cidade. E aos poucos começou a surgir os primeiros movimentos de reivindicação 
política das mulheres, e que se intensifica no século XX e XXI. 
Gabarito: 05 
 (UESB 2018) 
Chegamos finalmente, neste 21º século da era cristã, a uma etapa histórica em que todos os 
povos da Terra, em maior ou menor grau, participam da mesma civilização: a capitalista. No 
entanto, poucos, no mundo todo, dão-se conta desse fenômeno único em toda a História. 
Qual a razão dessa inconsciência coletiva? Há duas razões principais, a meu ver. A primeira 
delas é que o curso dessa evolução histórica só veio a se completar recentemente. Até a 
segunda metade do século XX, o capitalismo ainda não havia alcançado todos os confins do 
orbe terrestre. Algumas regiões permaneciam, até então, isoladas do resto do mundo, 
envoltas no espesso manto de velhas tradições. A segunda razão, pela qual uma boa parte 
da humanidade ainda não tomou consciência desse fato histórico sem precedentes, é que, 
fora do círculo intelectual marxista, o capitalismo sempre foi apresentado, pura e 
simplesmente, como um sistema econômico; e boa parte dos economistas o analisava, e 
continua a analisá-lo, na esteira dos fisiocratas franceses que influenciaram Adam Smith, 
como o único sistema natural da vida econômica. (CHEGAMOS... 2018). 
O desenvolvimento da civilização capitalista ocorreu através de eventos socioeconômicos, 
políticos e ideológicos, que, muitas vezes, se deram através de conflitos, críticas, disputas e 
de avanços e de retrocessos, como se pode inferir 
01) no estabelecimento de boas condições salariais e de vida para o operariado, durante a 
Primeira Revolução Industrial, como condição básica para a criação de um mercado 
consumidor. 
02) nas repercussões da Revolução Gloriosa inglesa, que estabeleceu o sufrágio universal e 
a participação política do operariado, contendo a expansão das ideias marxistas e a crítica 
ao capitalismo. 
03) no desfecho da Revolução Francesa, que abalou os alicerces do Antigo Regime e da 
sociedade de privilégio, através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas 
manteve a desigualdade de classe. 
04) no surgimento da fisiocracia, que, inspirada nos princípios do mercantilismo, defendia 
uma política protecionista estatal contra a concorrência estrangeira e de incentivo à indústria 
nacional. 
05) nas concepções do liberalismo clássico, defendido por Adam Smith, que pregava a 
internacionalização da economia, a formação de blocos econômicos e de um mercado 
comum europeu. 
 Comentários: 
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O capitalismo é fruto da ascensão e do desenvolvimento da Burguesia. Os mercadores medievais 
surgiram após as Cruzadas, e aos poucos foram aumentando e conquistando seus espaços. As 
cidades medievais foram aparecendo, as feiras e os comércios regionais foram reabrindo e os 
primeiros burgos foram sendo formados. Ao final do Período Medieval e início do Moderno, a 
classe burguesa se alia as realezas europeias para que se formasse os primeiros Estados 
Absolutistas. Depois, com o iluminismo do século XVIII, surge o movimento liberal, que 
impulsionou as Revoluções Industrial e Francesa, que romperam com todos os resquícios que a 
sociedade moderna tinha do feudalismo, e colocou à tona como protagonistas o capital e os 
burgueses. Estes, passaram a deter o poder dos Estados Nacionais do século XIX e XX, e que se 
desenvolveram ao que conhecemos hoje. 
Baseado nisso, vejamos a afirmação correta sobre o desenvolvimento do capitalismo: 
01. Incorreta. Não eram oferecidos bons salários aos operários ingleses da Primeira Revolução 
Industrial. 
02. Incorreta. A Revolução Gloriosa não passou de uma realocação política, sem derramamento 
de sangue. Não instaurou o sufrágio universal e a participação do operariado, além de nem 
existirem as ideias marxistas. 
03. Correta. A Revolução Francesa pode ser chamada de Revolução Burguesa, porque somente 
essa classe se beneficiou da derrubada da Monarquia francesa. Os camponeses continuaram sem 
seus direitos, e as mulheres continuaram a ser ignorados na Declaração dos Direitos do Homem e 
do Cidadão. 
04. Incorreta. A fisiocracia fazia oposição ao mercantilismo e não defendia a interferência do 
Estado na ordem econômica. 
05. Incorreta. O liberalismo pregava a liberdade, a igualdade e a propriedade. Além disso, 
defendia que houvesse zero interferência dos Estados na ordem econômica. Isso impossibilitaria 
a formação de um mercado europeu comum e a formação de blocos econômicos. 
Gabarito: 03 
 (UNEB 2016) 
A conquista da cidadania tem sido um processo lento, que tem variado conforme o tempo 
histórico, e, também, entre as diferentes sociedades, podendo-se, dessa forma, 
corretamente afirmar: 
01) A ascensão dos coraixitas ao poder, no mundo árabe medieval, unificou o Império 
Islâmico, possibilitando a democratização da participação política no processo decisório 
muçulmano. 
02) O Renascimento cultural representou os valores da classe social burguesa em ascensão, 
favorecendo, assim, a extinção, na época moderna, da sociedade estamental característica 
do Antigo Regime. 
03) A expansão marítima e comercial colocou a Europa em contato com culturas diferentes, 
consolidando o princípio da alteridade e o respeito aos direitos dos povos não europeus. 
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04) O jacobinismo francês defendeu a limitação do lucro de alguns setores econômicos, 
através, principalmente, da Lei do Máximo e da ampliação dos direitos do cidadão, com a 
defesa do sufrágio universal masculino. 
05) A Primeira Revolução Industrial estabeleceu os primeiros direitos sociais, a partir da 
aceitação burguesa das reivindicações do movimento ludista, consolidando o direito de 
cidadania para os trabalhadores ingleses. 
 Comentários: 
 A cidadania é algo que é discutido desde os tempos de Grécia e Roma Antiga. Ela foi se 
modificando ao longo das gerações, porém o que a tornou mais próxima do que conhecemos 
hoje, tem grande influência de um movimento que ocorreu na passagem do tempo moderno para 
o contemporâneo. 
Olhemos as opções e marquemos a correta: 
01. Incorreto. A ascensão dos coraixitas não possibilitou a democratização da participação política 
no processo decisório muçulmano. Ao contrário, impossibilitou e causou a divisão do Império 
Islâmico entre Sunitas e Xiitas. 
02. Incorreto. A extinção da sociedade estamental só iria ocorrer com a Revolução Francesa, no 
século XVIII, na passagem para o mundo contemporâneo. 
03. Incorreto. As expansões marítimas possibilitaram aos europeus ocidentais invadir, conquistar 
e dominar outros povos ao redor do mundo, tanto na América, quanto na África e Ásia, não 
havendo respeito aos direitos dos povos não-europeus. 
04. Correto. O Período Jacobino da Revolução Francesa (1789-1799) foi marcado pelo radicalismo 
da Revolução e ficou conhecido como o Período do “Terror Vermelho”. Nesse tempo Robespierre 
estabeleceu o sufrágio universal masculino, ampliando os direitos políticos franceses e 
estabelecendo a Lei do Preço Máximo, para combater a inflação. 
05. Incorreto. A primeira fase da Revolução Industrial foi marcada pelas péssimas condições de 
trabalho do proletariado inglês e do surgimento de uma classe operária que reivindica pelos seus 
direitos, mesmo sem sucesso pelas autoridades inglesas. 
Gabarito: 04 
 (UNEB 2017) 
A Revolução Industrial impactou de diversas maneiras nas relações estabelecidas entre os 
diversos continentes e na organização socioeconômica e política interna das diversas 
sociedades, como se pode inferir 
01) no apoio da França jacobina ao processo da independência das colônias americanas, 
objetivando a implantação do modelo da Comuna de Paris no Novo Mundo. 
02) na intervenção inglesa na defesa da independência das colônias africanas, objetivando a 
ampliação do mercado fornecedor de matéria-prima e consumidor de produtos 
industrializados. 
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03) no deslocamento da mão de obra africana da América, em forma de trabalhador escravo, 
para as recentes indústrias inglesas, que passaram a constituir o primeiro operariado fabril. 
04) no rompimento das relações diplomáticas entre as Treze Colônias Inglesas e a Inglaterra, 
que rivalizavam na disputa de mercados para seus produtos industriais. 
05) no surgimento de um movimento operário que se transformou em uma luta direcionada 
à quebra das máquinas, e para a formação das primeiras organizações sindicais na Inglaterra. 
 Comentários: 
A Revolução Industrial não teve somente impactos econômicos, mas também sociais e políticos, 
como a impulsão para a destituição da Monarquia Absolutista Francesa, que era contra as novas 
transformações advindas da burguesia. Além disso, também influenciou a Independência das Trezes 
Colônias da América Inglesa e dos restantes dos países hispano-portugueses. Entre as sociedades 
influenciadas, analisemos a que melhor se encaixa com o contexto industrial: 
01. Errada. A Comuna de Paris não é da época jacobina revolucionária, e sim de quase um século 
depois. 
02. Errada. Durante o século que se desenvolveu a Revolução Industrial, não houve a independência 
das colônias na África. Pelo contrário, a Inglaterra junto com outros países industriais europeus, na 
Neocolonização Africana, demonstrou a vontade dos europeus de continuarem explorando as 
colônias africanas ao invés de libertá-las. 
03. Errada. Não houve deslocamento de escravos negros da América para as indústrias inglesas. 
Mas houve um deslocamento da população do campo inglesa, para as cidades, quando ocorreu o 
processo de desenvolvimento urbano e das indústrias. 
04. Errada. Não houve um rompimento diplomático das Treze Colônias com a Inglaterra após a 
aceitação da Independência, porém elas passaram a rivalizar produtos industriais e mercados pelo 
mundo. 
05. Certa. Esse movimento ocorrido no início do século XIX foi chamado de Ludismo, e foi criado 
como uma forma de protesto as más condições de trabalho nas fábricas inglesas. 
Gabarito: 05 
 (PISM 2020) 
- Leia o texto a seguir: 
“Aqueles que são contratados experienciam uma distinção entre o tempo do empregador e 
o seu ‘próprio’ tempo. E o empregador deve usar o tempo de sua mão-de-obra e cuidar para 
que não seja desperdiçado: o que predomina não é a tarefa, mas o valor do tempo quando 
reduzido a dinheiro. O tempo agora é moeda: ninguém passa o tempo, e sim o gasta” [...] 
“Havia muitos relógios em Londres na década de 1790: a ênfase estava mudando do ‘luxo’ 
para a ‘conveniência’; até os colonos podiam ter relógios de madeira. Na verdade (como 
seria de esperar), ocorria uma difusão geral de relógios portáteis e não portáteis no exato 
momento em que a Revolução Industrial requeria maior sincronização do trabalho.” 
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THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial. In: Costumes em 
comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, 
p. 272 e 279. 
O texto acima aborda a transição para a sociedade industrial, as mudanças na percepção 
interna de tempo e o surgimento de uma disciplina de trabalho nos finais do século XVIII e 
início do século XIX. Das alternativas abaixo, assinale a opção CORRETA: 
a) Com o advento da sociedade industrial e da disciplina do trabalho, os trabalhadores 
passaram a ter o controle de sua vida produtiva, cuja dinâmica oscilava entre momentos de 
trabalho volumoso e de ociosidade intensa. 
b) Durante o estabelecimento do processo industrial inglês, os padrões de trabalho tinham 
como característica a irregularidade, com tarefas semanais ou quinzenais, fazendo com que 
o dia de trabalho fosse moldado pelo trabalhador. 
c) No contexto da transição para a sociedade industrial, a posse e o uso do relógio de bolso 
ficaram restritos à elite, sendo, portanto, artigo de luxo, feito de metais preciosos e utilizado 
para acentuar status. 
d) A introdução da disciplina de trabalho gerou melhorias nas condições de vida dos 
trabalhadores, pois, com ela, passaram a usufruir de benefícios como: gratificações por 
pontualidade, pagamento de horas extras, férias remuneradas. 
e) A divisão do trabalho, a supervisão do trabalho, o uso de relógios, o uso racional do tempo 
foram alguns dos recursos utilizados pelos industriais para formar novos hábitos e nova 
disciplina de tempo entre os trabalhadores. 
Comentários 
A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico iniciado na 
Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII. Se caracteriza por transformações políticas 
e tecnológicas de grande impacto na sociedade, sobretudo nos âmbitos do processo produtivo e 
no estilo de vida dos trabalhadores, entre elas a relação das pessoas com o tempo. Como o 
historiador Thompson ressalta no texto, o tempo passou a ser um dos elementos mais importantes 
para a produçãode riqueza e, consequente, para o trabalho. Conforme os proprietários e 
capitalistas queriam aumentar seus lucros, aumentando a produção e diminuindo os custos 
investiam no desenvolvimento tecnológico e pressionavam os empregados a trabalhar o máximo 
possível, pagando baixos salários. Assim, o ritmo do trabalho, os momentos de atividade e de 
descanso passaram a ser ditados pelos patrões e pelas máquinas. Uma mudança drástica na vida 
dos trabalhadores, pois antes da Revolução Industrial muitos deles eram camponeses, logo seu 
trabalho era ditado pelo tempo da natureza e eles tinham mais autonomia para controlar quantas 
horas e em quais momentos se dedicariam à labuta. Mesmo para os artesãos e trabalhadores 
urbanos, antes da industrialização, tinham mais autonomia, uma vez que trabalhavam em oficinas 
menores, muitas vezes nas próprias casas e sob demanda. Considerando isso, vejamos: 
a) Errado. Como acabei de dizer, a sociedade industrial e a disciplina do trabalho tiraram dos 
trabalhadores o controle sobre sua vida produtiva. 
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b) Errado, pelas mesmas razões que a anterior. O trabalho industrial era diário e podia durar 
mais de 12 horas por dia nesse contexto. 
c) Errado. Isso contraria o que autor disse no texto: “Havia muitos relógios em Londres na 
década de 1790: a ênfase estava mudando do ‘luxo’ para a ‘conveniência’; até os colonos 
podiam ter relógios de madeira”. Em outras palavras, como era necessário controlar mais 
o tempo para ampliar os lucros, os relógios se popularizaram, deixando de ser artigos de 
luxo e sendo produzidos com materiais mais acessíveis, para que os trabalhadores 
pudessem compra-los e usá-los, internalizando a disciplina do trabalho industrial. 
d) Errado. No primeiro momento e durante mais de um século, a disciplina do trabalho piorou 
a vida dos trabalhadores, pois exigia deles que trabalhassem por muitas horas e em 
condições precárias. Os benefícios citados pela alternativa só foram conquistados depois 
de muita luta sindical nas primeiras décadas do século XX. 
e) Certo! É justamente isso que o texto explica. 
Gabarito: E 
 (PISM 2017) 
Em julho de 1789, houve a explosão de movimentos populares em Paris. Artesãos, operários 
e desempregados se envolveram fortemente com o processo revolucionário, que ocasionou 
a tomada da Bastilha, momento simbólico da Revolução Francesa. Os grupos populares que 
protagonizaram a revolução passaram a ser conhecidos como sans-culottes. 
Em relação aos sans-culottes, assinale a resposta que CORRESPONDA às suas reivindicações 
e atitudes. 
a) Desejavam tomar o poder do rei de forma moderada, mediante as decisões do Primeiro 
Estado. 
b) Defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de poder por parte da 
aristocracia. 
c) Tinham um projeto político bem definido, cuja principal proposta era o alinhamento com 
grupos contrarrevolucionários. 
d) Exigiam melhores condições de vida e participação política dos setores sociais médios e 
pobres, saqueando armazéns e tomando edifícios governamentais. 
e) Defendiam que os preços fossem tabelados e o fim da exploração econômica, sem 
qualquer proximidade com os camponeses e suas reivindicações. 
 
Comentários 
A Revolução Francesa, de forma mais imediata, resulta da inciativa de vários setores da sociedade 
francesa que se viam prejudicados pelas crises que assolavam o país e estavam descontentes com 
medidas da monarquia absolutista francesa para a situação. Esses setores eram a burguesia, os 
camponeses, os trabalhadores assalariados e os sans-cullotes. Todos eles faziam parte do Terceiro 
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Estado na política francesa do Antigo Regime, enquanto o Primeiro e o Segundo Estados 
representavam a nobreza e o clero. 
 Os sans-cullotes eram as pessoas mais despossuídas da sociedade da época, isto é, os 
trabalhadores mais pobres, os desempregados e os miseráveis em geral. Esse apelido tinha 
origem no tipo de roupa que eles usavam. O cullote era uma meia branca que os nobres e pessoas 
mais ricas usavam por cima da calça, como um símbolo de status social. Por carregar este 
significado, as pessoas em geral se esforçavam para adquirir culotes para vestir, mesmo que 
fossem de qualidade mais humilde. O importante era não parecer um “zé ninguém”. Assim, quem 
não tinha cullote se destacava de forma muito negativa. Dá uma olhada na imagem abaixo para 
você visualizar o contraste: 
 
 Uma vez que eram os mais desprivilegiados da sociedade francesa, frequentemente os 
sans-cullotes apoiavam as medidas mais radicais a favor da revolução, defendo a abolição dos 
privilégios feudais e até mesmo o fim da propriedade privada. Dito isso, vejamos: 
a) Incorreto. Tratava-se justamente do contrário. Os sans-cullotes queriam o fim dos Estados 
Gerais justamente porque esse sistema garantia os privilégios na nobreza e do clero, que 
eram representados pelo Primeiro e Segundo Estados, enquanto o resto da população 
cabia ao Terceiro. 
b) Incorreto. De fato, eles defendiam o aprofundamento das reformas políticas, mas não em 
defesa da aristocracia e sim da soberania popular. 
c) Incorreto. O projeto político dos sans-cullotes é difícil de definir para nós, pois, sendo os 
mais pobres da sociedade, a maioria não sabia ler, nem escrever, logo deixaram muito 
poucos registros para que os historiadores pudessem avaliar se havia um projeto bem 
definido por parte deles. Contudo, sabemos que eles estavam longe de concordar com os 
setores contrarrevolucionários, isto é, aqueles que queriam o fim da revolução e a 
restauração da monarquia. 
d) Correto! Realmente, eles defendiam a radicalização da democracia e frequentemente 
realizavam ações violentas contra as classes dominantes em defesa da revolução. 
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e) Incorreto. Essas reivindicações também eram compartilhadas pelos camponeses. 
Gabarito: D 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Queridos, minha mãe me falava umas coisas que eu carrego para minha vida. As vezes 
compartilho. Uma delas era: Ninguém pode atrasar quem veio para vencer!!! Nem sei de onde ela 
tirou isso, mas eu carreguei comigo como amuleto. Compartilho com vocês, pois tenho certeza 
que nesse momento vocês estão dando seu melhor! 
E não esquece: cada dia, cada hora, cada minuto que você se envolve com a tarefa de 
adquirir mais conhecimento, gravar mais uma informação, colar mais um post it é uma riqueza 
infinita. Ninguém tira de você aquilo que está acumulado: o seu capital cultural. S2 
Não esqueça do mantra: Não existe solução mágica, mas existem estratégias que, se utilizadas 
com afinco e dedicação, podem realizar sonhos. Nós estamos JUNTOS nesse caminho!!! Contem 
comigo, meus querida e querido alunos. 
Utilize o Fórum de Dúvidas. Eu responderei suas perguntas com 
esmero. E não se esqueça de que não existe dúvida boba. Quanto mais você 
pergunta, mais conversamos e mais você sintetiza o conteúdo, certo! 
Também me procure nas redes sociais. Lá tem dicas preciosas para te 
ajudar na sua preparação. 
Um grande abraço estratégico, 
Alê Lopes 
 
 
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