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1) Após a Segunda Guerra, uma grande crise se instalou no Japão, que continuava sendo ocupado pelo exército aliado. Nessa época, nos Estados Unidos ocorre o nascimento do transistor, voltando para a área da telefonia. E a partir dos dados que chegavam para o exército aliado sobre a importante descoberta, os cientistas japoneses começaram a realizar seus próprios estudos e testes. Finalmente o Japão fabricou seu primeiro transistor de contato, sendo usado em um equipamento de rádio primeiramente. Em maio de 1952, foi tornado pública a tecnologia dos transistores. Os transistores não eram mais usados só para fins familiares, também incorporados em produtos de consumo, a era da produção em série tinha começado no Japão. A Sony, após ter que reformular todo o produto por causas legais, e teve problemas sérios com a produção do modelo. Apenas com a implementação do Índio na mesma densidade juntamente com fósforo que foi dada a volta por cima em uma situação que parecia não ter mais saída. O resultado acabou aparecendo, as características do transistor melhoraram, e o desempenho do rádio melhorou muito. O próprio processo se tornou uma patente, o rendimento aumentou, e os lucros começaram a entrar. A Sony vira referência para fabricantes, e o Japão se torna o líder mundial na fabricação de transistores de germânio. Atualmente, os semicondutores desempenham um papel fundamental nas implementações de circuitos integrados com alta taxa de integração (VLSI), as principais etapas do processo são, crescimento do wafer, oxidação e fotolitografia, dopagem, deposição e gravação de metais, teste e empacotamento, simulação de circuitos, automação de design e CIM. Para o suporte da fabricação em larga escala todos esses processos são tecnologias parceiras: litografia, deposição de metal, teste e empacotamento. O processo inicia com o crescimento de um cristal de silício puro, chamado wafer, separado em finas fatias. Uma camada de óxido de silício é formada na superfície e um padrão de luz é projetado, expondo as áreas que serão gravadas. Impurezas são implantadas em áreas específicas do wafer para controlar propriedades elétricas e a dopagem criará regiões de tipo N e P, essenciais para o funcionamento dos transistores. Na deposição, camadas de metal, como alumínio ou cobre, são postas sobre o wafer, e a fotolitografia é usada novamente para criar o padrão de interconexões e outros elementos do circuito. O metal sobrando é removido e o circuito é testado para garantir sua funcionalidade. O chip é então cortado e encapsulado no material protetor. 2) A partir de 1950, o uso de semicondutores tornou-se recorrente em diversos campos tecnológicos, o que aperfeiçoou e fortaleceu vários segmentos da engenharia, como a computação e as telecomunicações. Muitas tecnologias usadas nos dias de hoje devem-se ao desenvolvimento e aprimoramento dos semicondutores. Nesse contexto, a miniaturização de componentes e circuitos vem representando importante passo na evolução da própria eletrônica, como também dos vários campos da pesquisa teórica e aplicada (Gray; Searle apud Siqueira, 2023). Com o surgimento de novas técnicas de purificação de materiais, o germânio (Ge) e o silício (Si), por seu caráter semicondutor, passam a ser a principal matéria-prima da indústria eletrônica. Os semicondutores mais tradicionais na indústria são aqueles que cristalizam na estrutura do diamante, como silício e germânio ou zincblende. Com o avanço das pesquisas, outros materiais passaram a ser empregados na fabricação de dispositivos semicondutores e chips capazes de conter milhares ou até milhões de componentes eletrônicos confinados numa área milimétrica. Segundo Morris (apud Siqueira, 2023), o desenvolvimento de chips tem sua origem com o britânico Geoffrey Dummer, permitindo mais tarde que os norte-americanos Jack Kilby e Robert Noyce, nos anos de 1960, desenvolvessem o primeiro chip funcional, abrindo as portas da microeletrônica. Com o aperfeiçoamento das técnicas de fabricação, os chips (CI) impulsionam a computação, compactando os computadores, permitindo não só reduzir espaço e aumentar a eficiência, como também melhorar a linguagem de máquina e sistemas operacionais da época. No que diz respeito à computação quântica, utilizamos os princípios da mecânica quântica para realizar cálculos complexos muito mais rápidos do que os computadores tradicionais. A computação quântica e a computação tradicional diferem principalmente na forma como os dados são processados. Os computadores tradicionais utilizam bits (0 ou 1), enquanto os computadores quânticos utilizam qubits (0, 1 ou ambos ao mesmo tempo). Essa propriedade, conhecida como superposição, permite que os computadores quânticos realizem cálculos paralelos em grande escala, aumentando a capacidade de processamento. A computação quântica pode ser aplicada em diversos campos, como no desenvolvimento de novos materiais e medicamentos, criptografia e segurança da informação, inteligência artificial, otimização de processos logísticos e financeiros. REFERÊNCIAS SIQUEIRA, K. S. Física dos materiais semicondutores no ensino médio: possibilidades e desafios. Diversitas Journal, volume 8, número 2, páginas 1125-1142, abril de 2023.
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