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Aula 03 - Urbanístico

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Aula 03
Direito Urbanístico p/ Carreira Jurídica
2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
Autor:
Igor Maciel
Aula 03
22 de Fevereiro de 2021
37171323005 - Júnior Souza Ferreira
 
Sumário 
Considerações Iniciais .......................................................................................................................... 2 
1 - Introdução ....................................................................................................................................... 3 
Capítulo I – Disposições Preliminares .................................................................................................. 4 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ..................................................................................................... 5 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ..................................................................................................... 7 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ..................................................................................................... 9 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 14 
Capítulo II – Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento .............................................................. 16 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 19 
Capítulo III – Do Projeto de Loteamento ........................................................................................... 21 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 24 
Capítulo IV – Do Projeto de Desmembramento ................................................................................ 28 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 29 
Capítulo V – Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento .................................. 30 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 35 
Capítulo VI – Do Registro do Loteamento e Desmembramento ....................................................... 39 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 47 
Capítulo VII – Dos Contratos .............................................................................................................. 49 
Como este ponto já foi cobrado em provas? ................................................................................................. 60 
Capítulo VIII – Disposições Gerais ...................................................................................................... 63 
Como este ponto já foi cobrado em prova? ................................................................................................... 67 
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1 
 
Aspectos Processuais previsto na Lei ............................................................................................. 68 
Desapropriação............................................................................................................................................... 68 
Legitimidade ................................................................................................................................................... 68 
Foro ................................................................................................................................................................. 69 
Intimações ...................................................................................................................................................... 70 
Capítulo IX – Disposições Penais ........................................................................................................ 71 
Capítulo X – Disposições Finais .......................................................................................................... 73 
2 – Área de Preservação Permanente ............................................................................................... 74 
3 - Bibliografia .................................................................................................................................... 80 
4 - Resumo da aula ............................................................................................................................. 81 
5 – Questões Objetivas ...................................................................................................................... 87 
5.1 - Questões de Procuradorias .................................................................................................... 87 
5.2 – Questões de Defensoria ........................................................................................................ 96 
6 - Gabaritos ....................................................................................................................................... 99 
6.1 - Questões de Procuradorias .................................................................................................... 99 
6.2 - Questões de Defensoria ......................................................................................................... 99 
7 - Comentários ................................................................................................................................ 100 
7.1 - Questões de Procuradorias .................................................................................................. 100 
7.2 – Questões de Defensoria ...................................................................................................... 127 
8 - Considerações Finais ................................................................................................................... 133 
 
 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Olá meus amigos, tudo bem? Firmes nos estudos? 
 
Vamos seguir com nosso curso. 
 
Quaisquer dúvidas, estou às ordens nos seguintes contatos: 
 
Grande abraço, 
 
E-mail: profigormaciel@gmail.com 
 
Redes Sociais/YouTube/Instagram: @ProfIgorMaciel 
 
Canal no Telegram: https://t.me/estrategiapge 
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1 - INTRODUÇÃO 
 
Falaremos em nossa aula sobre a Lei nº 6.766/79 que dispõe sobre o parcelamento do solo 
urbano. Referida norma é também conhecida por Lei Lehmann. De acordo com o artigo 1º: 
 
Art. 1º. O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei. 
Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer 
normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o 
previsto nesta Lei às peculiaridades regionais e locais. 
 
Assim, em que pese o parcelamento do solo ser regido por esta lei, Estados, Distrito Federal 
e Municípios poderão estabelecer normas complementares para adequar as disposições legais às 
peculiaridades regionais e locais. A legislação em análise divide-se em 10 (dez) capítulos e 
geralmente é cobrada em provas de concursos com a “letra fria” da lei. 
Iremos, então, analisar cada capítulo do texto legal, apontando, sempre que possível, a 
forma de cobrança dos dispositivosem prova, bem como eventual doutrina cabível no contexto. 
 
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CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
 De acordo com o artigo 2º, da lei em análise, o parcelamento do solo urbano poderá ocorrer 
de duas formas: através de loteamento ou desmembramento. 
 
Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou 
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e 
municipais pertinentes. 
 
E o que seria um loteamento? 
 
 A própria norma explica a definição de loteamento, tratando-se de uma subdivisão da gleba 
em lotes destinados a edificação, desde que haja alteração nas vias de circulação existentes 
(abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos, prolongamento, modificação ou 
ampliação das vias existentes). 
 
§ 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, 
com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, 
modificação ou ampliação das vias existentes. 
 
E o que seria um desmembramento? 
 
 Já o desmembramento é a subdivisão da gleba também em lotes destinados a edificação, 
mas sem alteração nas vias de circulação, aproveitando-se o sistema viário existente (inexistirá 
abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos 
já existentes. 
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§ 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a 
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na 
abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou 
ampliação dos já existentes. 
 
E o que seria um lote? 
 
Para José Afonso da Silva (2015, pg. 354): 
 
A formação de lotes constitui o objetivo do processo de loteamento (arruamento e 
divisão em lotes). Lote é a porção do terreno com frente para logradouro público em 
condições de receber edificação residencial, comercial, institucional ou industrial. Lotes 
são, pois, unidades edificáveis. Por isso, a legislação de ordenação do solo há que 
estabelecer um mínimo de normas quanto às suas dimensões e contornos, para que se 
prestem à sua finalidade. 
 
 A lei, definindo o conceito de lote, estabeleceu ser um terreno servido de infraestrutura 
básica e com dimensões que atendam aos índices urbanísticos da sua área. 
 
§ 4º Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões 
atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a 
zona em que se situe. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – FUB – Engenheiro Civil – 2015) O loteamento de solo urbano será 
considerado viável, desde que a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, 
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com aproveitamento do sistema viário existente, não acarrete abertura de novas vias 
e logradouros públicos ou mesmo prolongamento, modificação ou ampliação dos já 
existentes. 
Comentários: 
 
Percebam, meus amigos, que o item está Falso. 
A diferença básica entre o desmembramento e o loteamento está na alteração ou não 
do sistema viário existente. 
No loteamento, ocorrerá a alteração do sistema viário existente, incluindo a abertura 
de novas vias e logradouros públicos ou mesmo a modificação ou ampliação dos já 
existentes. 
 
(CESPE – MPOG – Analista – 2012) Nos termos da Lei de Parcelamento vigente, 
considera-se desmembramento a subdivisão de glebas com ou sem abertura de vias, 
desde que haja criação de logradouro público. 
Comentários: 
 
O item também está Falso. 
 
Isto porque, conforme vimos acima, o desmembramento, nos termos da legislação 
vigente, não permite a abertura de novas vias ou logradouros públicos. Aproveita-se, 
em tal instituto, as vias públicas existentes. 
 
(CESPE – CEF – Engenheiro Civil – 2006) No que se refere a parcelamento do solo 
urbano, considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a 
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique 
a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação 
ou ampliação dos já existentes. 
Comentários: 
 
Item verdadeiro, conforme disposto no parágrafo 2º, do artigo 2º, da Lei 6.766/79. 
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Professor, a Lei também define o que seria infraestrutura básica? 
 
 Sim. Mas aqui precisamos ter um pouco de atenção. 
 É que o texto original da lei já foi alterado algumas vezes, razão pela qual as bancas gostam 
de cobrar este ponto. Para não confundir, veremos apenas o texto vigente (desde a Lei 
11.445/2007): 
 
§ 5º A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos 
urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, 
abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. 
 
 Necessário, pois, que no parcelamento do solo haja a previsão de infraestrutura básica de 
iluminação, escoamento de águas pluviais, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, 
enfim, condições mínimas para assegurar qualidade de vida à população que passará a ocupar 
aquele determinado ponto do território. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – FUB – Engenheiro Civil – 2015) De acordo com a legislação federal vigente 
aplicada ao parcelamento do solo urbano, julgue o item subsequente. 
 
A lei considera como estrutura básica dos parcelamentos do solo urbano os 
equipamentos urbanos de escoamento de águas pluviais, as redes de esgoto sanitário, 
de abastecimento de água potável e de energia elétrica pública e domiciliar, a 
iluminação pública, bem como as vias de circulação, pavimentadas ou não. 
 
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(CESPE – MPE - RR – Promotor – 2008) Quanto ao parcelamento do solo urbano, julgue 
o item subsequente. 
 
São considerados infraestrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento de 
águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e abastecimento de água 
potável, de energia elétrica pública e domiciliar, bem como as vias de circulação 
pavimentadas ou não. 
Comentários: 
 
Ambos os itens estão verdadeiros, conforme parágrafo 5º, do artigo 2º, da Lei 
6.766/79. 
 
E quanto à infraestrutura básica dos parcelamentos situados em Zonas de Interesse 
Social? 
 
 A Lei 9.785/99 acrescentou à norma estudada a possibilidade de se exigir uma infraestrutura 
básica diferenciada para parcelamentos situados em Zonas Habitacionais de Interesse Social (ZHIS) 
assim declaradas por lei. Nestes casos, a infraestrutura consistirá, no mínimo de: 
 
I - vias de circulação; 
II - escoamento das águas pluviais; 
II - rede para o abastecimento de água potável; e 
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. 
 
 Percebam que, comparativamente com o parágrafo anterior, não se exige neste tipo de zona 
equipamentos urbanos de iluminação pública w energia elétrica pública. 
 Eis o texto legal para análise: 
 
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§ 6º A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais 
declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: (Incluído 
pela Lei nº 9.785, de 1999) 
I - vias de circulação; 
II - escoamento das águas pluviais; 
III - rede para o abastecimento de água potável; 
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – MPE/RR – Promotor – 2008) Para as ZHIS, as exigências para o parcelamento 
restringem-se às vias de circulação, ao escoamento de águas pluviais, à rede de 
abastecimento de água potável e às soluções para o esgotamento sanitário, para a 
biodigestão de resíduos sólidos e a energia elétrica domiciliar. 
Comentários: 
 
O item está falso, eis que não se exige para as ZHIS soluções para a biodigestão de 
resíduos sólidos. 
 
(CESPE – MPE/RR – Promotor – 2008) Os equipamentos públicos de educação, saúde 
e lazer não fazem parte obrigatória da infraestrutura básica, salvo no que se refere às 
ZHIS, onde, por força de lei, fica o poder público local obrigado a restabelecer as 
condições mínimas de inserção social das comunidades carentes. 
Comentários: 
Item falso. 
 
A lei estabelece quanto às Zonas Habitacionais de Interesse Social um conteúdo 
inferior de exigências de infraestrutura básica e não superior ao parcelamento do solo 
tradicional. 
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A Lei 13.465/2017 acrescentou ao artigo 2º, da Lei 6.766/79 os parágrafos 7º e 8º que assim 
estão estabelecidos: 
 
7º O lote poderá ser constituído sob a forma de imóvel autônomo ou de unidade 
imobiliária integrante de condomínio de lotes. 
§ 8º Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida 
nos termos do § 1o deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do 
poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a 
condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados. 
 
 Percebam que o novel dispositivo legal acrescentou ao artigo 2º a definição das formas de 
constituição do lote. Estes poderá ser constituído sob a forma de: 
 
Imóvel Autônomo ou Unidade imobiliária integrante de condomínio de lotes 
 
 A Lei 13.645/2017 procurou regularizar uma situação bastante corriqueira no Brasil: os 
diversos condomínios de loteamentos existentes onde o Empreendedor loteava uma gleba de terra 
e vendia os lotes individualizados sem casas construídas, mas os compradores não conseguiam 
constituir um condomínio. 
 Isto porque a Lei 4.591/64, que dispõe sobre condomínio em edificações e incorporações 
imobiliárias, apenas definia dois tipos de condomínio: o horizontal, constituído por casas e o 
condomínio vertical, constituído em um edifício de dois ou mais pavimentos. 
 Além disso, o §8º definiu o que seria o condomínio de acesso controlado. 
 Penso ser ponto com alta probabilidade de cobrança em provas e apenas a letra da lei pode 
nos socorrer no estudo: 
 
§ 8º Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida 
nos termos do § 1º deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do 
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poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a 
condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados. 
 
 Apenas a título de exemplo, imaginemos que em um prédio de apartamentos residenciais 
(condomínio vertical) seja necessária a instituição de uma taxa de condomínio extra para 
pagamento de uma reforma na área da piscina. 
 Acaso a assembleia de condôminos delibere pelo pagamento de um valor extra por cada 
condômino, ainda que um destes não tenha comparecido à reunião, todos estarão obrigados pela 
decisão assemblear. Trata-se de interpretação do artigo 12, caput e parágrafo quarto, da Lei 
4.591/64: 
 
Art. 12. Cada condômino concorrerá nas despesas do condomínio, recolhendo, nos 
prazos previstos na Convenção, a quota-parte que lhe couber em rateio. 
§ 4º As obras que interessarem à estrutura integral da edificação ou conjunto de 
edificações, ou ao serviço comum, serão feitas com o concurso pecuniário de todos os 
proprietários ou titulares de direito à aquisição de unidades, mediante orçamento 
prévio aprovado em assembléia-geral, podendo incumbir-se de sua execução o síndico, 
ou outra pessoa, com aprovação da assembléia. 
 
 E se o condômino se recusar a pagar as taxas? 
 Amigos, neste caso, o condomínio (pessoa jurídica que engloba a coletividade dos 
condôminos) poderá executar os valores judicialmente e o imóvel do particular – ainda que seja 
bem de família – responderá pela dívida. Neste sentido: 
 
Execução. Penhora. Imóvel financiado. Bem de família. Taxas condominiais. Precedentes 
da Corte. 
1. A jurisprudência da Corte admite a penhora de imóvel financiado pelo Sistema 
Financeiro de Habitação para pagamento de taxas condominiais, não obstando o fato 
de ser considerado bem de família, a teor do art. 3º, IV, da Lei nº 8.009/90. 
2. Recurso especial não conhecido. 
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(REsp 172.866/SP, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 16/08/1999, DJ 02/10/2000, p. 162) 
 
E o condomínio de lotes, como funcionava? 
 
 Os proprietários de imóveis em “condomínio de lotes” precisavam constituir não um 
“condomínio do edifício X” para administrar as taxas de manutenção do patrimônio comum. Para 
tanto, era necessária a constituição de associações de moradores que não gozavam das mesmas 
vantagens de um condomínio. 
 A mesma reforma na área da piscina de um “condomínio de lotes“ seria instituída pela 
assembleia da associação de moradores. Contudo, acaso um dos moradores se recuse a pagar, o STJ 
definiu que nestas hipóteses – por inexistir previsão deste tipo de condomínio na lei 4.591/64: 
 
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA - ART. 543-C DO CPC - 
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES - CONDOMÍNIO DE FATO - COBRANÇA DE TAXA DE 
MANUTENÇÃO DE NÃO ASSOCIADO OU QUE A ELA NÃO ANUIU - 
IMPOSSIBILIDADE. 
1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firma-se a seguinte tese: "As taxas de manutenção 
criadas por associações de moradores não obrigam os não associados ou que a elas não 
anuíram". 
2. No caso concreto, recurso especial provido para julgar improcedente a ação de 
cobrança. 
(REsp 1439163/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Rel. p/ Acórdão Ministro 
MARCO BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/03/2015, DJe 22/05/2015) 
 
Parcelamento apenas é permitido em Zonas Urbanas, expansão urbanas ou de 
urbanização específica. 
 
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 Este é mais um ponto bastante cobrado em provas. O parcelamento do solo para fins 
urbanos não será possível, via de regra em áreas rurais. É que somente se admite o parcelamento 
em áreas urbanas, em zonas consideradas como de expansão urbana ou em zonas de urbanização 
específica. 
 Trata-se do disposto no artigo 3º, da lei: 
Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas 
urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano 
diretor ou aprovadas por lei municipal. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999)E onde não será permitido o parcelamento do solo? 
 
 Este talvez o dispositivo da Lei 6.766/79 que mais deverá ser memorizado. Trata-se do 
parágrafo único do artigo 3º que estabelece não ser possível o parcelamento do solo: 
 
I – Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, sem que antes sejam tomadas as 
medidas necessárias para assegurar o escoamento das águas. A ideia é exatamente 
evitar a construção de imóveis em terrenos que irão, no futuro próximo, alagar. 
II – Em terrenos alterados com material nocivo à saúde pública, antes de terem sido 
saneados os impactos nocivos à saúde; 
III – Em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), a não ser 
que as autoridades competentes façam exigências específicas permitindo o 
parcelamento e estas sejam devidamente atendidas; 
IV – Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; 
V – Em áreas de preservação ecológica; 
VI – Em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua 
correção. 
 
 Transcreve-se o texto legal para análise e memorização: 
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Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo: 
I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências 
para assegurar o escoamento das águas; 
II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem 
que sejam previamente saneados; 
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se 
atendidas exigências específicas das autoridades competentes; 
IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; 
V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições 
sanitárias suportáveis, até a sua correção. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – FUB – Arquiteto – 2015) Em referência a planejamento e projeto de espaços 
urbanos, julgue o próximo item. 
 
É defeso por lei o parcelamento do solo em terrenos, com declividade igual ou superior 
a 40% como também os alagadiços, ainda que seja providenciado o escoamento prévio 
de suas águas, visto que, em épocas de chuvas, esses locais estarão sujeitos a 
inundações. 
Comentários: 
 
O item está falso por vários motivos. 
O índice de declividade proibitivo é igual ou superior a 30% (trinta por cento) e não 40; 
 
Já os terrenos alagadiços, acaso sejam tomadas providências prévias que garantam o 
escoamento das águas poderão ser objeto de parcelamento. 
 
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(CESPE – CEF – Engenharia Civil – 2014) No Brasil, legislação federal regula o 
parcelamento do solo urbano desde os anos 70 do século passado, com definição das 
devidas restrições em relação à ocupação de áreas frágeis e insalubres, além das 
obrigações do poder público, dos loteadores e dos compradores. Acerca desse assunto, 
julgue o item que se segue. 
 
Não se permite o parcelamento do solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações 
antes que sejam tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas. 
Comentários: 
 
Item verdadeiro, conforme disposto no artigo 3º, parágrafo único, inciso I, da Lei 
6.766/79. 
 
(CESPE – Senado Federal – Consultor Legislativo – 2002) Para a aprovação de projeto 
de parcelamento, é preciso que o município inclua a respectiva gleba em sua zona 
urbana ou de expansão urbana. É o poder público local que define onde e quando 
poderá haver parcelamento do solo. A lei federal, entretanto, veda o parcelamento de 
áreas insalubres ou perigosas até que a situação de risco esteja sanada. 
Comentários: 
 
Item Verdadeiro. 
Interpretação que sintetiza o entendimento que tivemos em aulas anteriores com o 
disposto na Legislação ora estudada. 
 
 Notem, meus amigos, que independente da área do concurso, nesta matéria a cobrança 
sempre passa pelos dispositivos legais. Seguiremos com a mesma didática no restante da aula. 
 
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CAPÍTULO II – DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA 
LOTEAMENTO 
 
 Os requisitos urbanísticos do loteamento estão previstos nos artigos 4 e 5 da Lei 6.766/79. 
O artigo 4º traz exigências mínimas que os loteamentos deverão atender, como: 
 
I – Áreas de circulação mínimas e espaços livres de uso público, além de área destinada 
à implantação de equipamento urbano comunitário, todos proporcionais à densidade 
de ocupação prevista para a zona respectiva; 
 
II – Lotes com área mínima de 125 m² e frente mínima de cinco metros; 
 
Legislação específica pode ampliar tais exigências. 
 
IV – As vias do loteamento devem harmonizar-se com a topografia local e articular-se 
com as vias adjacentes oficiais; 
 
 Nesse ponto, importante destacar pequenas alterações feitas pela Lei nº 13.913/2019, que 
alterou o inciso III e acrescentou o inciso III-A ao artigo 4º da Lei nº 6.766/79: 
 
Eis o texto legal para análise: 
Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano 
e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à 
densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para 
a zona em que se situem. 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e 
frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a 
urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, 
previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; 
III – ao longo das faixas de domínio público das rodovias, a reserva de faixa não edificável 
de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado poderá ser reduzida por lei municipal 
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ou distrital que aprovar o instrumento do planejamento territorial, até o limite mínimo 
de 5 (cinco) metros de cada lado. (Redação dada pela Lei nº 13.913, de 2019) 
III-A. – ao longo das águas correntes e dormentes e da faixa de domínio das ferrovias, 
será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de, no mínimo, 15 (quinze) metros 
de cada lado; (Incluído pela Lei nº 13.913, de 2019) 
IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes 
ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 
 
§ 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, 
saúde, lazer e similares. 
 
§ 3º Se necessária, a reserva de faixa não-edificável vinculada a dutovias será exigida no 
âmbito do respectivo licenciamento ambiental, observados critérios e parâmetros que 
garantam a segurança da população e a proteção do meio ambiente, conforme 
estabelecido nas normas técnicas pertinentes. 
 
 Ademais, a legislação municipal definirá para cada zona em que se divida o território do 
Município, os usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que 
incluirão, obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os coeficientes máximos de 
aproveitamento. (§1º). 
A Lei nº 13.465/2017 acrescentou o §4º ao artigo 4º da Lei 6.766/79 que está assim redigido: 
 
§ 4º No caso de lotes integrantes de condomínio de lotes, poderão ser instituídas 
limitações administrativas e direitos reais sobre coisa alheia em benefício do poder 
público, da população em geral e da proteção da paisagemurbana, tais como servidões 
de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros. 
 
 A recente Lei nº 13.913/2019 também incluiu o § 5º ao artigo 4º, conforme segue: 
 
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§ 5º As edificações localizadas nas áreas contíguas às faixas de domínio público dos 
trechos de rodovia que atravessem perímetros urbanos ou áreas urbanizadas passíveis 
de serem incluídas em perímetro urbano, desde que construídas até a data de 
promulgação deste parágrafo, ficam dispensadas da observância da exigência prevista 
no inciso III do caput deste artigo, salvo por ato devidamente fundamentado do poder 
público municipal ou distrital. (Incluído pela Lei nº 13.913, de 2019) 
 
 A ideia, portanto, é que se surgira um condomínio de lotes que antes não estava legalmente 
previsto, o Poder Público poderá estabelecer limitações administrativas e direitos reais sobre o 
imóvel em benefício da população em geral. 
 Assim, poderá ser estabelecido, por exemplo, uma servidão de passagem, onde o 
proprietário do imóvel (cada um dos condôminos) permite a comunicação entre vias ou logradouros 
públicos para a população. 
 A lei 6.766/79 estabelece ainda a possibilidade de o Poder Público exigir para cada 
loteamento reservas de áreas sem construção alguma (áreas non aedificandi) destinada a 
equipamentos urbanos. Ou seja, o Poder Público garante uma reserva de área para que no futuro 
possa construir equipamentos públicos, conforme caput do artigo 5º: 
 
Art. 5º. O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada 
loteamento, a reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos. 
 
E o que seriam estes equipamentos públicos urbanos? 
 
 Conforme previsão do parágrafo único, do artigo 5º, são urbanos os equipamentos públicos 
destinados aos serviços públicos essenciais como abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, 
telefone, gás canalizado e coleta de águas das chuvas. 
Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento 
de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica 
e gás canalizado. 
 
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Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – Senado Federal – Consultor Legislativo – 2002) A definição do perímetro 
urbano, das exigências de infra-estrutura e da destinação de áreas públicas e de áreas 
de lotes é feita pelo município, no exercício de sua competência para a ordenação do 
território urbano. 
Comentários: 
 
Item verdadeiro, conforme parte final do inciso I, do artigo 4º, acima estudado. 
 
(CESPE – Câmara dos Deputados– Analista Legislativo – 2014) Com relação ao 
desenvolvimento urbano e aos aspectos legais relacionados a esse assunto, julgue o 
item subsecutivo. 
 
Um lote, segundo a legislação, deve ter área mínima de 125 m2. 
Comentários: 
 
Item Verdadeiro. 
 
Trata-se da especificação do lote prevista no artigo 4º, inciso II, acima transcrito. 
 
(CESPE – CEF – Engenharia Civil – 2006) Julgue o item que se segue, relativo a legislação 
ambiental e urbanística. 
 
Em loteamentos, os lotes devem ter área e dimensão de frente mínimas estabelecidas 
por legislação pertinente, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização 
específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente 
aprovados pelos órgãos públicos competentes. 
Comentários: 
 
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Item Verdadeiro. 
 
Trata-se da interpretação do inciso II, do artigo 4º, da Lei 6.766/79. 
 
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CAPÍTULO III – DO PROJETO DE LOTEAMENTO 
 
 Antes de elaborar o projeto de loteamento, caberá ao interessado solicitar à Prefeitura 
Municipal (ou DF) que defina as diretrizes do uso do solo, bem como o traçado dos lotes, do sistema 
viário e das áreas reservadas para equipamentos urbano e comunitário. 
 O interessado apresenta, então, requerimento com as plantas do imóvel e projeto com as 
divisas da gleba e demais requisitos do artigo 6º, da Lei 6.766/79. 
A Prefeitura, quando for o caso, indicará nas plantas apresentadas, de acordo com as diretrizes 
de planejamento estadual e municipal o traçado básico do sistema viário principal, bem como a 
localização dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário das áreas livres de uso e 
demais aspectos constantes no artigo 7º. 
 
Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à 
Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes 
para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas 
reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, 
requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: 
I - as divisas da gleba a ser loteada; 
II - as curvas de nível à distância adequada, quando exigidas por lei estadual ou 
municipal; 
III - a localização dos cursos d’água, bosques e construções existentes; 
IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de 
comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no 
local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada; 
V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina; 
VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas. 
 
Art. 7º. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas 
plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de 
planejamento estadual e municipal: 
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I - as ruas ou estradas existentes ou projetada, que compõem o sistema viário da cidade 
e do município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas; 
II - o traçado básico do sistema viário principal; 
III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e 
comunitário e das áreas livres de uso público; 
IV - as faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as 
faixas não edificáveis; 
V - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis. 
 
 Ressalte-se que as diretrizes expedidas pelo Município vigorarão pelo prazo máximo de 
quatro anos, consoante determinado pelo parágrafo único do artigo 7º: 
 
Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos. 
 
Há possibilidade de os Municípios dispensarem as exigências vistas nos artigos 6º e 
7º? 
 
 Sim, de acordo com o artigo 8º, tanto os Municípios com menos de cinquenta mil 
habitantes, como os Municípios cujo plano diretor já tenha diretrizes de urbanização para aquela 
determinada zona em que se situe o parcelamento, poderão dispensar a fase de fixação das 
diretrizes previstas nos dispositivos 6º e 7º da Lei 6.766/79. 
 Mas atenção! Tal dispensa apenas pode ser feita através de lei. 
 
Art. 8º Os Municípios com menos de cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano 
diretor contiver diretrizes de urbanização para a zona em que se situe o parcelamento 
poderão dispensar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previstas nos arts. 6o e 
7o desta Lei.Igor Maciel
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Uma vez recebidas as orientações do Município, o que deve o interessado fazer? 
 
 Deverá, então, o interessado apresentar ao Município projeto do loteamento contendo 
desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução de obras com duração máxima de quatro 
anos. Estas exigências todas devem ser orientadas pelo traçado e diretrizes oficiais previamente 
definidas. 
 Além disso, deverá também o interessado apresentar certidão atualizada da gleba expedida 
pelo Cartório de Registro de Imóveis, certidão negativa de tributos municipais e instrumento de 
garantia. 
 O título de propriedade será, contudo, dispensado na hipótese de se tratar de parcelamento 
popular destinado às classes de menor renda, ou imóvel declarado de utilidade pública e em 
processo de desapropriação. 
 
Art. 9º Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, o projeto, contendo 
desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração 
máxima de quatro anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal, 
quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida 
pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, de certidão negativa de tributos 
municipais e do competente instrumento de garantia, ressalvado o disposto no § 4o do 
art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 
§ 1º - Os desenhos conterão pelo menos: 
I - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração; 
Il - o sistema de vias com a respectiva hierarquia; 
III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de 
tangência e ângulos centrais das vias; 
IV - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; 
V - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de 
curvas e vias projetadas; 
VI - a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais. 
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§ 2º - O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos: 
I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou 
zonas de uso predominante; 
II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes 
e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas; 
III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de 
registro do loteamento; 
IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou 
de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências. 
 
 Por fim, destaque-se as orientações do §3º, do artigo 9º: 
 
§ 3º Caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula apresentada como 
atual não tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias do tempo 
da sua apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas 
insubsistentes tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto as aprovações 
consequentes. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – MPOG – Analista – 2012) O poder público municipal, por meio da emissão de 
diretrizes, estabelece parâmetros para parcelamentos, como a frente mínima dos 
lotes, o comprimento máximo das quadras e os tipos das infraestruturas urbanas 
exigidas. 
Comentários: 
 
Item verdadeiro. 
 
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Esta a interpretação que se faz dos artigos 6º e 8º acima transcritos, cabendo, pois, ao 
Município a emissão das diretrizes e parâmetros para os parcelamentos. 
 
(CESPE – Senado Federal – Consultor Legislativo – 2002) Ainda que a gleba se localize 
em zona urbana, ou de expansão urbana, nem por isso seu proprietário dispõe do 
direito de parcelá-la. Antes de apresentar o projeto de parcelamento, o proprietário 
deve, necessariamente, aguardar e atender diretrizes específicas estabelecidas pela 
prefeitura municipal. 
Comentários: 
 
Item Verdadeiro. 
 
Trata-se da interpretação do artigo 6º, da Lei 6.766/79, eis que caberá ao Município 
dar diretrizes e parâmetros ao parcelamento que se pretende aprovar. 
 
(CESPE – Câmara dos Deputados– Analista Legislativo – 2014) Considerando a Lei n.º 
6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, julgue o item 
subsequente. 
 
Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à 
prefeitura municipal, ou ao Distrito Federal, quando for o caso, a definição das 
diretrizes para o uso do solo. 
Comentários: 
 
Item verdadeiro. 
 
Trata-se da interpretação do artigo 6º, da Lei 6.766/79, eis que caberá ao Município 
dar diretrizes e parâmetros ao parcelamento que se pretende aprovar. 
 
(CESPE – MPU - Analista – 2010) Em áreas municipais, o loteador deve apresentar as 
diretrizes de uso do solo à prefeitura antes da elaboração do projeto de loteamento. 
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Comentários: 
 
Item Falso. 
 
Conforme visto acima, tais diretrizes são apresentadas pelo Poder Público Municipal 
(artigo 6º, Lei 6.766/79). 
 
(CESPE – TRE/GO - Analista – 2009 – ADAPTADA) Considerando a Lei n.º 
6.766/1979,(...), assinale a opção correta. 
 
a) São considerados equipamentos comunitários as escolas de ensino fundamental e 
médio localizadas em cidades de até 30.000 habitantes. 
b) As diretrizes para a elaboração de projetos de loteamentos expedidas pelo poder 
municipal vigorarão pelo prazo máximo de 4 anos. 
c) Ao poder federal caberá disciplinar a aprovação pelos municípios de loteamentos e 
desmembramentos quando localizados em áreas de interesse histórico. 
d) Os municípios com menos de 100.000 habitantes serão dispensados da fase de 
fixação de diretrizes de planejamento para a elaboração do projeto de loteamento. 
Comentários: 
 
Alternativa correta, letra B, conforme disposto no parágrafo único do artigo 7º: 
 
Art. 7º. Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de 
quatro anos. 
 
A alternativa A está falsa, em razão de que o §2º, do artigo 4º, estabelece que são 
equipamentos comunitários: 
 
§ 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, 
saúde, lazer e similares. 
 
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Não há, portanto, qualquer ressalva quanto à quantidade de habitantes da cidade, 
tornando a alternativa falsa. 
 
A alternativa C está falsa, conforme será visto adiante no artigo 13, inciso I. Referida 
competência cabe aos Estados. 
 
A alternativa D está falsa, eis que, conforme artigo 8º, os municípios com menos de 
50.000 habitantes poderão dispensar por lei a fase de fixação de diretrizes de 
planejamento para elaboração do projeto de loteamento. 
 
Art. 8º Os Municípios com menos de cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano 
diretor contiver diretrizes de urbanização para a zona em que se situe o parcelamento 
poderão dispensar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previstas nos arts. 6o e 
7o desta Lei. 
 
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CAPÍTULO IV – DO PROJETODE DESMEMBRAMENTO 
 
 Vimos acima as disposições quanto aos projetos de loteamento. Quanto aos projetos de 
desmembramento, a lei regula as disposições nos artigos 10 e 11 que serão vistos a seguir. 
 O interessado em um projeto de desmembramento deverá apresentar requerimento à 
Prefeitura Municipal acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo 
Cartório de Registro de Imóveis e da planta do imóvel correspondente. 
 O título de propriedade será, contudo, dispensado na hipótese de se tratar de parcelamento 
popular destinado às classes de menor renda, ou imóvel declarado de utilidade pública e em 
processo de desapropriação. 
 O requerimento deve conter, ainda, as exigências do artigo 10: 
 
Art. 10. Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará 
requerimento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, 
acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de 
Registro de Imóveis competente, ressalvado o disposto no § 4o do art. 18, e de planta 
do imóvel a ser desmembrado contendo: 
I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; 
II - a indicação do tipo de uso predominante no local; 
III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área. 
 
 Além disso: 
 
Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas 
vigentes para as regiões em que se situem ou, na ausência destas, as disposições 
urbanísticas para os loteamentos. 
Parágrafo único - O Município, ou o Distrito Federal quando for o caso, fixará os 
requisitos exigíveis para a aprovação de desmembramento de lotes decorrentes de 
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loteamento cuja destinação da área pública tenha sido inferior à mínima prevista no § 
1º do art. 4º desta Lei. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
 Para resumir o que estudamos sobre desmembramento tanto no artigo 2º, como nos artigos 
10 e 11 da Lei 6.766/79, eis uma excelente questão do CESPE cuja afirmativa fora considerada 
VERDADEIRA: 
 
(CESPE – Câmara dos Deputados– Analista Legislativo – 2014) Com relação ao 
desenvolvimento urbano e aos aspectos legais relacionados a esse assunto, julgue o 
item subsecutivo. 
 
Realiza desmembramento aquele que subdivide a gleba em lotes com a finalidade de 
edificação, se tal subdivisão não implicar na abertura de novas vias e logradouros 
públicos. O projeto de desmembramento deverá ser apresentado junto à prefeitura 
municipal ou ao Distrito Federal, quando for o caso, de modo a indicar as vias 
existentes, os loteamentos próximos, o tipo de uso predominante no local e a divisão 
de lotes pretendida na área. 
 
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CAPÍTULO V – DA APROVAÇÃO DO PROJETO DE 
LOTEAMENTO E DESMEMBRAMENTO 
 
 Tanto a aprovação do projeto de loteamento como do projeto de desmembramento segue 
as disposições do Capítulo V da Lei. 
Os projetos devem ser aprovados pela Prefeitura Municipal a quem compete a fixação de 
diretrizes e, uma vez aprovado, o projeto deve ser executado respeitando o prazo constante no 
cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação. 
 
Art. 12. O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela 
Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete 
também a fixação das diretrizes a que aludem os arts. 6º e 7º desta Lei, salvo a exceção 
prevista no artigo seguinte. 
§ 1º O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do cronograma de 
execução, sob pena de caducidade da aprovação. 
 
E se o Município possuir áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande 
impacto, como fica a aprovação do projeto? 
 
 Nestes casos, a aprovação de projetos nos municípios inseridos no cadastro nacional com 
áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou 
processos geológicos ou hidrológicos correlatos ficará vinculada ao atendimento dos requisitos 
constantes da carta geotécnica de aptidão à urbanização. 
 Trata-se do disposto no §2º: 
 
 § 2º Nos Municípios inseridos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis 
à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos 
geológicos ou hidrológicos correlatos, a aprovação do projeto de que trata o caput ficará 
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vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de aptidão à 
urbanização. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) (Vigência) 
 
 Ressalte-se, por fim, que é vedada a aprovação de projeto de loteamento e 
desmembramento em áreas de risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em 
legislação dele derivada. (§3º). 
 
E qual o prazo para aprovação ou rejeição de um projeto de parcelamento? 
 
 De acordo com ao artigo 16, lei municipal irá definir os prazos para: 
 
I - Aprovação ou rejeição dos projetos; 
 
II - Aceitação ou recusa das obras executadas; 
 
 Contudo, se a legislação Municipal for omissa, os prazos devem ser considerados como (§2º): 
 
I – 90 (noventa) dias para aprovação ou rejeição dos projetos; 
 
II – 60 (sessenta) dias para aceitação ou recusa fundamentada das obras de 
urbanização; 
 
Eis o texto legal para análise: 
 
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Art. 16. A lei municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento 
apresentado seja aprovado ou rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas 
ou recusadas. 
§ 2º Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de noventa dias para a 
aprovação ou rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa fundamentada das 
obras de urbanização 
 
E se referido prazo transcorrer sem a manifestação expressa do Poder Municipal? 
Quais os efeitos da omissão Administrativa? 
 
 Para o parágrafo 1º, do artigo 16, acaso transcorram os prazos sem a manifestação do Poder 
Público: 
 
I – O projeto apresentado será considerado rejeitado, ou; 
 
II – As obras executadas serão consideradas recusadas; 
 
 Neste caso, assegura-se eventual indenização por eventuais danos derivados da omissão. 
 
§ 1º Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será 
considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais 
danos derivados da omissão 
 
Professor, é possível que a disciplina para aprovação de loteamentos e 
desmembramentos pelos Municípios fique a cargo dos Estados? 
 
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Sim. E aqui precisamos ficar atentos. 
 
. 
 
 
I - quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos 
mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim 
definidas por legislação estadual ou federal; 
 
II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do 
município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou 
em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal; 
 
III - quando o loteamento abranger área superior a 1.000.000 m². 
 
 Além disso, quando o loteamento estiver localizado em área do município integrante de 
região metropolitana, o exame e a anuênciaprévia à aprovação dos projetos caberão à autoridade 
metropolitana, conforme parágrafo único do artigo 13: 
 
Parágrafo único - No caso de loteamento ou desmembramento localizado em área de 
município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação 
do projeto caberão à autoridade metropolitana. 
A lei de parcelamento prevê hipóteses em que o Estado atua por meio de Decreto? 
 
Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de 
loteamentos e desmembramentos nas seguintes condições: 
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Sim. Os artigos 14 e 15 estabelecem hipóteses onde os Estados devem atuar por Decreto: 
 
I – Na definição das áreas de proteção especial (a exemplo, da proteção aos mananciais 
ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por 
legislação estadual ou federal); 
 
II – No estabelecimento das normas a que deverão se submeter os projetos de 
loteamento e desmembramento de sua competência, devendo sempre atender às 
exigências urbanísticas do planejamento municipal. 
 
 Neste sentido: 
 
Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no 
inciso I do artigo anterior. 
 
Art. 15. Os Estados estabelecerão, por decreto, as normas a que deverão submeter-se 
os projetos de loteamento e desmembramento nas áreas previstas no art. 13, 
observadas as disposições desta Lei. 
Parágrafo único - Na regulamentação das normas previstas neste artigo, o Estado 
procurará atender às exigências urbanísticas do planejamento municipal. 
 
 
. 
 
Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção 
especial, previstas no inciso I do artigo 13. 
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 Finalizando este tópico, cabe-nos destacar que a partir da aprovação do loteamento, o 
loteador não poderá alterar a destinação dos espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas 
destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do 
memorial descritivo. 
 A exceção fica por conta das hipóteses da caducidade da licença ou desistência do loteador, 
hipótese em que algumas exigências, estudadas mais adiante, devem ser observadas. 
 
Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios 
públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial 
descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação 
do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, 
sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – MPOG – Analista – 2012) Para reforçar a divisão das responsabilidades 
governamentais, as áreas de proteção especial devem ser definidas pelos municípios, 
juntamente com os estados, no plano diretor ou em legislação dele derivada. 
Comentários: 
 
Item Falso. 
 
Conforme artigo 14, da Lei 6.766/79, as áreas de proteção especial são definidas por 
meio de decreto estadual e não através de lei. 
 
(CESPE – Câmara dos Deputados– Analista Legislativo – 2014) Considerando a Lei n.º 
6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, julgue o item 
subsequente. 
 
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Caso a área de um loteamento pertença a dois municípios, a definição das diretrizes 
para o traçado dos lotes e do sistema viário caberá ao município onde estiver localizada 
a maior área desse loteamento. 
Comentários: 
 
Item Falso. 
 
Conforme inciso II, do artigo 13, da Lei 6.766/79, caso a área de um loteamento 
pertença a dois muncípios, a definição das diretrizes caberá aos Estados: 
 
Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e 
desmembramentos nas seguintes condições. 
II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do 
município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou 
em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal. 
 
(CESPE – TCE/ES – Analista Administrativo – 2013) Com relação ao parcelamento do 
solo urbano no Brasil, assinale a opção correta. 
 
a) Lote é legalmente definido como o terreno servido de infraestrutura básica cujas 
dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou pela lei 
municipal para a zona em que se situa. 
b) A existência de rede de gás liquefeito de petróleo é um dos requisitos de 
infraestrutura básica para os parcelamentos situados em zonas habitacionais de 
interesse social. 
c) Em loteamentos de urbanização específica, a área mínima estabelecida para o lote 
é de 125 m2. 
d) A definição das diretrizes de uso do solo para parcelamento é de responsabilidade 
do arquiteto e urbanista, em parceria com o proprietário da área. 
e) Cabe à União formular as diretrizes para a aprovação dos loteamentos em regiões 
metropolitanas. 
Comentários: 
 
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Alternativa correta, letra A, dada a definição de lote vista no §4º, do artigo 2º, da Lei 
6.766/79: 
 
§ 4º Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões 
atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a 
zona em que se situe. 
 
A alternativa B está falsa, eis que inexiste tal exigência no §6º, do artigo 2º. 
Relembremos as exigências: 
 
§ 6º A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais 
declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: 
I - vias de circulação; 
II - escoamento das águas pluviais; 
III - rede para o abastecimento de água potável; 
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. 
 
A letra C também está falsa, uma vez que a área mínima de 125 m² é a regra geral para 
o tamanho de um lote. Em loteamento de urbanização específica, a área pode ser 
diferenciada, conforme inciso II, do artigo 4º: 
 
Artigo 4º. 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e 
frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a 
urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, 
previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; 
 
Já a letra D está errada porque a definição de diretrizes do uso do solo é de 
responsabilidade do Poder Público, conforme disposto np caput do artigo 6º: 
 
Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar 
à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as 
diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e 
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das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para 
este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: 
 
Por fim, a letra E está falsa, eis que a competência para formular as diretrizes para a 
aprovação dos loteamentos em regiões metropolitanas é do Estado, consoante 
estudado no inciso II, do artigo 13: 
 
Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e 
desmembramentosnas seguintes condições. 
II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do 
município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou 
em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal. 
 
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CAPÍTULO VI – DO REGISTRO DO LOTEAMENTO E 
DESMEMBRAMENTO 
 
 Aprovado o projeto de loteamento ou desmembramento, a Lei 6.766/79 estabelece que deve 
o loteador submetê-lo ao registro imobiliário. E, acaso não o faça no prazo de 180 (cento e oitenta) 
dias, ocorrerá a caducidade do projeto. 
 O artigo 18 estabelece, ainda, os documentos que devem acompanhar o pedido de registro 
do imóvel no Cartório, quase todos relacionados a certidões negativas, ao título de propriedade do 
imóvel e a ações e títulos relacionados ao proprietário e ao imóvel. 
 
Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá 
submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de 
caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: 
I - título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o disposto nos 
§§ 4o e 5o; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 
II - histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 (vintes 
anos), acompanhados dos respectivos comprovantes; 
III - certidões negativas: 
a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel; 
b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 (dez) anos; 
c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração 
Pública. 
IV - certidões: 
a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 10 (dez) 
anos; 
b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 10 (dez) anos; 
c) de ônus reais relativos ao imóvel; 
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d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 10 (dez) anos. 
V - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação 
pela Prefeitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução das obras exigidas por 
legislação municipal, que incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do 
loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das obras de escoamento 
das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a duração máxima de 
quatro anos, acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução 
das obras; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 
VI - exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de promessa 
de cessão, do qual constarão obrigatoriamente as indicações previstas no art. 26 desta 
Lei; 
VII - declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. 
§ 1º - Os períodos referidos nos incisos III, alínea b e IV, alíneas a, e d, tomarão por base 
a data do pedido de registro do loteamento, devendo todas elas serem extraídas em 
nome daqueles que, nos mencionados períodos, tenham sido titulares de direitos reais 
sobre o imóvel. 
 
A eventual existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as referentes 
a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do loteamento se o 
requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão prejudicar os adquirentes dos 
lotes. 
E, acaso o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente a comprovação feita, este suscitará 
a dúvida perante o juiz competente. (§2º). 
Além disso, o inciso VII acima transcrito exige a anuência do cônjuge quanto ao registro do 
loteamento. Esta não dispensa também o consentimento para os atos de alienação ou promessa de 
alienação dos lotes 
 
§ 3º - A declaração a que se refere o inciso VII deste artigo não dispensará o 
consentimento do declarante para os atos de alienação ou promessa de alienação de 
lotes, ou de direitos a eles relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge. 
 
O destaque necessário deve ser feito quanto à desnecessidade de se acostar o título de 
propriedade quando se tratar de parcelamento popular destinado às classes de menor renda, em 
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imóvel declarado de utilidade pública com processo de desapropriação judicial em curso e imissão 
provisória na posse: 
 
§ 4º O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular, 
destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com 
processo de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que 
promovido pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades 
delegadas, autorizadas por lei a implantar projetos de habitação. 
§ 5º No caso de que trata o § 4o, o pedido de registro do parcelamento, além dos 
documentos mencionados nos incisos V e VI deste artigo, será instruído com cópias 
autênticas da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de 
desapropriação, do comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando 
formulado por entidades delegadas, da lei de criação e de seus atos constitutivos 
 
 Para José Afonso da Silva (2015, pg. 336): 
 
A inscrição do loteamento produz os seguintes efeitos urbanísticos: 
(a) Legitima a divisão e as vendas de lotes, com a perda da individualidade objetiva do 
terreno loteado e a aparição das individualidades dos lotes; 
(b) Torna imodificável unilateralmente o plano de loteamento e arruamento; 
(c) Transfere para o domínio público do Município as vias de comunicação e as áreas 
reservadas constantes do memorial e da planta, independentemente de qualquer outro 
ato alienativo. 
 
Qual o procedimento a ser adotado dentro do Cartório de Imóveis? 
 
 De acordo com o artigo 19: 
Art. 19. Examinada a documentação e encontrada em ordem, o Oficial do Registro de 
Imóveis encaminhará comunicação à Prefeitura e fará publicar, em resumo e com 
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pequeno desenho de localização da área, edital do pedido de registro em 3 (três) dias 
consecutivos, podendo este ser impugnado no prazo de 15 (quinze) dias contados da 
data da última publicação. 
 
 Após este prazo, o registro será feito imediatamente. 
 
E se houver impugnação de terceiros? 
 
 Neste caso, o procedimento a ser adotado pelo Oficial de Registros será: 
 
i. Intimação da Prefeitura Municipal para se manifestar em cinco dias, sob pena de 
arquivamento do processo; 
 
ii. Com as manifestações, o processo será enviado ao juiz competente para decisão; 
 
 Recebidos os autos, o juiz: 
 
i. Ouvirá o Ministério Público no prazo de cinco dias; 
 
ii. Após, o juiz decidirá de plano ou fará uma instrução sumária, devendo remeter ao 
interessado as vias ordinárias caso a matéria exija maior indagação. 
Trata-se do disposto nos §§1º e 2º: 
 
§ 1º - Findo o prazo sem impugnação, será feito imediatamente o registro. Se houver 
impugnação de terceiros, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o requerente e a 
Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para que sobre ela se 
manifestem no prazo de 5 cinco) dias, sob pena de arquivamento do processo. Com tais 
manifestações o processo será enviado ao juiz competente para decisão. 
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§ 2º - Ouvido o Ministério Público no prazo de 5 (cinco) dias, o juiz decidirá de plano ou 
após instrução sumária, devendo remeter ao interessado as vias ordinárias caso a 
matéria exija maior indagação. 
 
 Quanto aos editais, a lei prevê que: 
 
§ 3º - Nas capitais, a publicação do edital se fará no Diário Oficial do Estado e num dos 
jornais de circulação diária. Nos demais municípios, a publicação se fará apenas num 
dos jornais locais, se houver, ou, não havendo, em jornal da região. 
 
 E, se o Oficial de Registro de Imóveis efetuar o Registro em desacordo com as exigências 
legais, a ele serão aplicadas as seguintes sanções: 
 
§ 4º - O Oficial do Registro de Imóveis que efetuar o registro em desacordo com as 
exigências desta Lei ficará sujeito a multa equivalente a 10 (dez) vezes os emolumentos 
regimentais fixados para o registro, na época em que for aplicada a penalidade pelo juiz 
corregedor do cartório, sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis. 
 
 Por fim, o registro do loteamento será feito por extrato no livro próprio, com a indicação de 
cada lote, a averbação das alterações, a abertura de ruas e praças e as áreas destinadas a espaços 
livres ou a equipamentos urbanos. (artigo 20 e parágrafo único). 
 E, após registrado o loteamento, o Oficial de Registro comunicará, por certidão, o seu 
registro à Prefeitura (artigo 19, §5º). 
 
E se área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária? 
 
 Imaginemos a hipótese de um loteamento que ocupe terrenos situados em mais de uma 
circunscrição imobiliária (mais de um Cartório de Registro de Imóveis é competente para o registro 
da área). 
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Nestes casos, a solução dada pelo artigo 21, da Lei 6.766/79 foi o requerimento ser feito 
primeiramente perante a circunscrição em que estiver localizada a maior parte da área loteada. 
 Após, o interessado requererá sucessivamente o registro do loteamento em cada uma das 
demais, comprovando em cada uma o registro efetuado na anterior, até que o loteamento esteja 
registrado em todas. E, enquanto não procedidos todos estes registros o loteamento será 
considerado como não registrado. 
 Eis a norma legal: 
 
Art. 21. Quando a área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária, 
o registro será requerido primeiramente perante aquela em que estiver localizada a 
maior parte da área loteada. Procedido o registro nessa circunscrição, o interessado 
requererá, sucessivamente, o registro do loteamento em cada uma das demais, 
comprovando perante cada qual o registro efetuado na anterior, até que o loteamento 
seja registrado em todas. Denegado registro em qualquer das circunscrições, essa 
decisão será comunicada, pelo Oficial do Registro de Imóveis, às demais para efeito de 
cancelamento dos registros feitos, salvo se ocorrer a hipótese prevista no § 4º deste 
artigo. 
§ 3º - Enquanto não procedidos todos os registros de que trata este artigo, considerar-
se-á o loteamento como não registrado para os efeitos desta Lei. 
 
 Além disso, nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição, sendo certo que 
não poderá o interessado processar simultaneamente em diferentes cartórios pedidos de registro 
do mesmo loteamento. Tal prática enseja a nulidade dos atos praticados. 
 
§ 1º - Nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição. 
§ 2º - É defeso ao interessado processar simultaneamente, perante diferentes 
circunscrições, pedidos de registro do mesmo loteamento, sendo nulos os atos 
praticados com infração a esta norma. 
 
 Por fim, acaso denegado o registro em qualquer das circunscrições, essa decisão será 
comunicada pelo Oficial de Registros de Imóveis a todos os demais, para efeito de cancelamento 
dos registros feitos (artigo 21, caput, parte final). 
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§ 4º - O indeferimento do registro do loteamento em uma circunscrição não 
determinará o cancelamento do registro procedido em outra, se o motivo do 
indeferimento naquela não se estender à área situada sob a competência desta, e desde 
que o interessado requeira a manutenção do registro obtido, submetido o 
remanescente do loteamento a uma aprovação prévia perante a Prefeitura Municipal, 
ou o Distrito Federal quando for o caso. 
 
A partir de que momento os lotes destinados a equipamentos públicos passam a 
integrar o patrimônio público? 
 
 A partir da data do registro do loteamento, as vias, praças, espaços livres e as áreas 
destinadas a equipamentos públicos passam a integrar o domínio do Município. 
 E, caso o parcelamento do solo seja implantado e não registrado, o Município poderá 
requerer o registro das áreas destinadas a uso público que passarão a integrar seu patrimônio. Nesta 
hipótese, precisará apenas da planta de parcelamento elaborada pelo loteador ou aprovada pelo 
Município e de declaração que o parcelamento se encontra implantado. 
 
Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do 
Município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e 
outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo. 
Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado, o 
Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento 
elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o 
parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, 
que passarão dessa forma a integrar o seu domínio. 
 
O registro do loteamento poderá ser cancelado? 
 
 De acordo com o artigo 23, as hipóteses de cancelamento do registro de loteamento são: 
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I – decisão judicial; 
 
II – requerimento do loteador, enquanto nenhum lote houver sido repassado a terceiros 
(com anuência da Prefeitura ou do Estado, quando for o caso); 
 
III – requerimento conjunto de todos os adquirentes dos lotes com o loteador (com 
anuência da Prefeitura ou do Estado, quando for o caso); 
 
 A anuência do Ente Público, contudo, deve ser a regra. A Prefeitura e o Estado só poderão 
se opor ao cancelamento se disto resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento 
urbano ou se já se tiver realizado qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências. 
 Neste sentido: 
 
Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado: 
I - por decisão judicial; 
II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal 
quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato; 
III - a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes, com 
anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do Estado. 
§ 1º - A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento se disto resultar 
inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se tiver realizado 
qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências. 
 
 Ressalte-se que sempre que o cancelamento ocorrer a requerimento do loteador, o Oficial 
de Registro fará publicar um resumo contendo o edital do pedido de cancelamento para que seja 
impugnado no prazo de 30 (trinta) dias. 
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 E, mesmo que não haja qualquer impugnação, passado esseprazo, o processo deve ser 
remetido ao Juiz para a competente homologação do pedido de cancelamento, ouvido o 
Ministério Público. 
 Esta homologação deve ser, ainda, precedida de vistoria judicial para comprovar a 
inexistência de adquirentes instalados na área loteada. 
 
§ 2º - Nas hipóteses dos incisos II e III, o Oficial do Registro de Imóveis fará publicar, em 
resumo, edital do pedido de cancelamento, podendo este ser impugnado no prazo de 
30 (trinta) dias contados da data da última publicação. Findo esse prazo, com ou sem 
impugnação, o processo será remetido ao juiz competente para homologação do pedido 
de cancelamento, ouvido o Ministério Público. 
§ 3º - A homologação de que trata o parágrafo anterior será precedida de vistoria judicial 
destinada a comprovar a inexistência de adquirentes instalados na área loteada. 
 
 Por fim, destaque-se que o processo de loteamento e os contratos depositados em Cartório 
poderão ser examinados por qualquer pessoa, a qualquer tempo, independentemente do 
pagamento de custas ou emolumentos, ainda que a título de busca (artigo 24). 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – PGE/BA – Procurador do Estado – 2014) No que se refere ao parcelamento 
do solo urbano e aos registros públicos, julgue o item seguinte. 
 
Aprovado o projeto de loteamento pelo município, o loteador deverá submetê-lo ao 
registro imobiliário, acompanhado dos documentos indicados na lei, dentro de cento 
e oitenta dias, sob pena de caducidade da aprovação. 
Comentários: 
 
Item Verdadeiro. Trata-se do disposto no caput do artigo 18: 
 
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Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá 
submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de 
caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: 
 
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CAPÍTULO VII – DOS CONTRATOS 
 
 Para o artigo 25, os compromissos de compra e venda bem como qualquer outro que atribua 
direito a adjudicação compulsória dos lotes, acaso estejam registrados, conferem direito real 
oponível a terceiros. Além disso, tais compromissos são irretratáveis. 
 
Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de 
cessão, os que atribuam direito a adjudicação compulsória e, estando registrados, 
confiram direito real oponível a terceiros. 
 
 Tais contratos podem ser feitos mediante escritura pública ou instrumento particular, mas 
devem seguir o modelo apresentado pelo loteador quando do pedido de registro do loteamento, 
devendo conter no mínimo os dados constantes no artigo 26: 
 
Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão 
poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o 
modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes 
indicações: 
I - nome, registro civil, cadastro fiscal no Ministério da Fazenda, nacionalidade, estado 
civil e residência dos contratantes; 
II - denominação e situação do loteamento, número e data da inscrição; 
III - descrição do lote ou dos lotes que forem objeto de compromissos, confrontações, 
área e outras características; 
IV - preço, prazo, forma e local de pagamento bem como a importância do sinal; 
V - taxa de juros incidentes sobre o débito em aberto e sobre as prestações vencidas e 
não pagas, bem como a cláusula penal, nunca excedente a 10% (dez por cento) do débito 
e só exigível nos casos de intervenção judicial ou de mora superior a 3 (três) meses; 
VI - indicação sobre a quem incumbe o pagamento dos impostos e taxas incidentes sobre 
o lote compromissado; 
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VII - declaração das restrições urbanísticas convencionais do loteamento, supletivas da 
legislação pertinente. 
§ 1º O contrato deverá ser firmado em 3 (três) vias ou extraídas em 3 (três) traslados, 
sendo um para cada parte e o terceiro para arquivo no registro imobiliário, após o 
registro e anotações devidas. 
§ 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, 
será obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. 
 
 Percebam que a legislação exige a redação de um contrato com o mínimo de informações 
sobre a avença. 
 E, em casos de parcelamentos populares, quando o Poder Público estiver provisoriamente 
imitido na posse do imóvel (casos de desapropriação vistos acima), admite-se apenas a cessão da 
posse por instrumento particular, ao qual se atribui caráter de escritura pública. Tal documento 
constitui crédito contra o Poder Público expropriante, desde que cumpridas as obrigações do 
cessionário. 
 Tão logo a sentença da desapropriação seja registrada, a posse provisória será convertida 
em propriedade e o contrato de cessão, em promessa de compra e venda. 
 
§ 3º Admite-se, nos parcelamentos populares, a cessão da posse em que estiverem 
provisoriamente imitidas a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas entidades 
delegadas, o que poderá ocorrer por instrumento particular, ao qual se atribui, para 
todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando a disposição do 
inciso II do art. 134 do Código Civil. 
§ 4º A cessão da posse referida no § 3o, cumpridas as obrigações do cessionário, 
constitui crédito contra o expropriante, de aceitação obrigatória em garantia de 
contratos de financiamentos habitacionais. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 
§ 5º Com o registro da sentença que, em processo de desapropriação, fixar o valor da 
indenização, a posse referida no § 3o converter-se-á em propriedade e a sua cessão, em 
compromisso de compra e venda ou venda e compra, conforme haja obrigações a 
cumprir ou estejam elas cumpridas, circunstância que, demonstradas ao Registro de 
Imóveis, serão averbadas na matrícula relativa ao lote. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 
1999) 
 
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 Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como 
título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova 
de quitação (§6º). 
 A recente Lei nº 13.786/2018 inovou ao trazer o artigo 26-A, que trata de uma formatação 
dos contratos de compra e venda, cessão ou promessa de cessão de loteamento: 
 
Art. 26-A. Os contratos de compra e venda, cessão ou promessa de cessão de 
loteamento devem ser iniciados por quadro-resumo, que deverá conter, além das 
indicações constantes do art. 26 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
I - o preço total a ser pago pelo imóvel; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
II - o valor referente à corretagem, suas condições de pagamento e a identificação 
precisa de seu beneficiário; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
III - a forma de pagamento do preço, com indicação clara dos valores e vencimentos das 
parcelas; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
IV - os índices de correção monetária aplicáveis ao contrato e, quando houver 
pluralidade de índices, o período de aplicação de cada um; (Incluído pela Lei nº 
13.786, de 2018) 
V - as consequências do desfazimento do contrato, seja mediante distrato, seja por meio 
de resolução contratual motivada por inadimplemento de obrigaçãodo adquirente ou 
do loteador, com destaque negritado para as penalidades aplicáveis e para os prazos 
para devolução de valores ao adquirente; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
VI - as taxas de juros eventualmente aplicadas, se mensais ou anuais, se nominais ou 
efetivas, o seu período de incidência e o sistema de amortização; (Incluído pela 
Lei nº 13.786, de 2018) 
VII - as informações acerca da possibilidade do exercício, por parte do adquirente do 
imóvel, do direito de arrependimento previsto no art. 49 da Lei nº 8.078, de 11 de 
setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), em todos os contratos firmados 
em estandes de vendas e fora da sede do loteador ou do estabelecimento comercial; 
(Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
VIII - o prazo para quitação das obrigações pelo adquirente após a obtenção do termo 
de vistoria de obras; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
IX - informações acerca dos ônus que recaiam sobre o imóvel; (Incluído pela 
Lei nº 13.786, de 2018) 
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X - o número do registro do loteamento ou do desmembramento, a matrícula do imóvel 
e a identificação do cartório de registro de imóveis competente; (Incluído pela Lei nº 
13.786, de 2018) 
XI - o termo final para a execução do projeto referido no § 1º do art. 12 desta Lei e a 
data do protocolo do pedido de emissão do termo de vistoria de obras. (Incluído 
pela Lei nº 13.786, de 2018) 
§ 1º Identificada a ausência de quaisquer das informações previstas no caput deste 
artigo, será concedido prazo de 30 (trinta) dias para aditamento do contrato e 
saneamento da omissão, findo o qual, essa omissão, se não sanada, caracterizará justa 
causa para rescisão contratual por parte do adquirente. (Incluído pela Lei nº 
13.786, de 2018) 
§ 2º A efetivação das consequências do desfazimento do contrato, mencionadas no 
inciso V do caput deste artigo, dependerá de anuência prévia e específica do adquirente 
a seu respeito, mediante assinatura junto a essas cláusulas, que deverão ser redigidas 
conforme o disposto no § 4º do art. 54 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 
(Código de Defesa do Consumidor). (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
 
Indo além, o artigo 27 regula o inadimplemento contratual em promessas de compra e venda 
ou de cessão: 
 
Art. 27. Se aquele que se obrigou a concluir contrato de promessa de venda ou de cessão 
não cumprir a obrigação, o credor poderá notificar o devedor para outorga do contrato 
ou oferecimento de impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de proceder-se 
ao registro de pré-contrato, passando as relações entre as partes a serem regidas pelo 
contrato-padrão. 
§ 1º Para fins deste artigo, terão o mesmo valor de pré-contrato a promessa de cessão, 
a proposta de compra, a reserva de lote ou qualquer, outro instrumento, do qual conste 
a manifestação da vontade das partes, a indicação do lote, o preço e modo de 
pagamento, e a promessa de contratar. 
§ 2º O registro de que trata este artigo não será procedido se a parte que o requereu 
não comprovar haver cumprido a sua prestação, nem a oferecer na forma devida, salvo 
se ainda não exigível. 
§ 3º Havendo impugnação daquele que se comprometeu a concluir o contrato, 
observar-se-á o disposto nos arts. 639 e 640 do Código de Processo Civil. 
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Alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado 
 
 Segundo o artigo 28, a alteração do loteamento registrado depende de acordo entre o 
loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração. Além disso, necessária a aprovação pela 
Prefeitura e o registro no Cartório de Imóveis. 
 
Art. 28. Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado 
dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela 
alteração, bem como da aprovação pela Prefeitura Municipal, ou do Distrito Federal 
quando for o caso, devendo ser depositada no Registro de Imóveis, em complemento 
ao projeto original com a devida averbação. 
 
Transmissão de direitos 
 
Quanto ao loteador 
 
O adquirente do terreno mediante ato inter vivos ou causa mortis deverá suceder o 
transmitente em todos os seus direitos e obrigações, ficando, inclusive, os compromissos de compra 
e venda eventualmente firmados. Qualquer disposição em contrário será nula. 
 
Art. 29. Aquele que adquirir a propriedade loteada mediante ato inter vivos, ou por 
sucessão causa mortis, sucederá o transmitente em todos os seus direitos e obrigações, 
ficando obrigado a respeitar os compromissos de compra e venda ou as promessas de 
cessão, em todas as suas cláusulas, sendo nula qualquer disposição em contrário, 
ressalvado o direito do herdeiro ou legatário de renunciar à herança ou ao legado. 
 
Quanto aos adquirentes 
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 Já os adquirentes dos lotes poderão transferir seus direitos por simples trespasse lançado 
no verso das vias em poder das partes ou por instrumento em separado. Tal cessão não depende 
da anuência do loteador, contudo, necessária a notificação do loteador ou o registro da cessão para 
que sejam produzidos efeito em relação a este. 
 Tal ciência pode ser dada, inclusive, pelo próprio Oficial de Registro no prazo de 10 (dez) dias 
em caso de registro de cessão sem anuência do loteador. 
 
Art. 31. O contrato particular pode ser transferido por simples trespasse, lançado no 
verso das vias em poder das partes, ou por instrumento em separado, declarando-se o 
número do registro do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do cessionário, 
para o devido registro. 
§ 1º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus efeitos 
só se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a 
cessão. 
§ 2º - Uma vez registrada a cessão, feita sem anuência do loteador, o Oficial do Registro 
dar-lhe-á ciência, por escrito, dentro de 10 (dez) dias. 
 
Quais os efeitos da declaração de falência de uma das partes sobre os contratos? 
 
 A lei ainda estabelece que a sentença que declarar a falência de qualquer uma das partes 
não possui o condão de rescindir os compromissos de compra e venda ou de cessão da área loteada 
ou de lotes da mesma. 
 O artigo 30, inclusive, é expresso ao afirmar que se a falência ou insolvência for do 
proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao 
administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos 
serão levados à praça. 
 
Art. 30. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes 
não rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de 
cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou 
insolvência for do proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, 
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incumbirá ao síndico ou ao administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se 
do adquirente do lote, seus direitos serão levados à praça. 
 
Rescisão por inadimplemento 
 
 De acordo com o artigo 32: 
 
Art. 32. Vencida e não paga a prestação, o contrato será considerado rescindido 30 
(trinta) dias depois de constituídoem mora o devedor. 
 
 O devedor adquirente será intimado a pagar as prestações vencidas e as que se vencerem 
até o pagamento, acrescidos de juros e custas. Acaso o devedor pague referidos valores (purgue a 
mora), o contrato estará restabelecido (convalescerá o contrato). 
 
§ 1º Para os fins deste artigo o devedor-adquirente será intimado, a requerimento do 
credor, pelo Oficial do Registro de Imóveis, a satisfazer as prestações vencidas e as que 
se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionados e as custas de 
intimação. 
§ 2º Purgada a mora, convalescerá o contrato. 
 
 Contudo, acaso o devedor não pague tais valores, o vendedor poderá requerer ao cartório 
o cancelamento da averbação. 
 
§ 3º - Com a certidão de não haver sido feito o pagamento em cartório, o vendedor 
requererá ao Oficial do Registro o cancelamento da averbação. 
 
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 Outra novidade da recente Lei nº 13.786/2018 foi o artigo 32-A, que merece atenção pela 
sua especificidade: 
 
Art. 32-A. Em caso de resolução contratual por fato imputado ao adquirente, 
respeitado o disposto no § 2º deste artigo, deverão ser restituídos os valores pagos por 
ele, atualizados com base no índice contratualmente estabelecido para a correção 
monetária das parcelas do preço do imóvel, podendo ser descontados dos valores pagos 
os seguintes itens: (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
I - os valores correspondentes à eventual fruição do imóvel, até o equivalente a 0,75% 
(setenta e cinco centésimos por cento) sobre o valor atualizado do contrato, cujo prazo 
será contado a partir da data da transmissão da posse do imóvel ao adquirente até sua 
restituição ao loteador; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
II - o montante devido por cláusula penal e despesas administrativas, inclusive arras ou 
sinal, limitado a um desconto de 10% (dez por cento) do valor atualizado do contrato; 
(Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
III - os encargos moratórios relativos às prestações pagas em atraso pelo adquirente; 
(Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
IV - os débitos de impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana, 
contribuições condominiais, associativas ou outras de igual natureza que sejam a estas 
equiparadas e tarifas vinculadas ao lote, bem como tributos, custas e emolumentos 
incidentes sobre a restituição e/ou rescisão; (Incluído pela Lei nº 13.786, de 
2018) 
V - a comissão de corretagem, desde que integrada ao preço do lote. (Incluído 
pela Lei nº 13.786, de 2018) 
§ 1º O pagamento da restituição ocorrerá em até 12 (doze) parcelas mensais, com início 
após o seguinte prazo de carência: (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
I - em loteamentos com obras em andamento: no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) 
dias após o prazo previsto em contrato para conclusão das obras; (Incluído 
pela Lei nº 13.786, de 2018) 
II - em loteamentos com obras concluídas: no prazo máximo de 12 (doze) meses após a 
formalização da rescisão contratual. (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
§ 2º Somente será efetuado registro do contrato de nova venda se for comprovado o 
início da restituição do valor pago pelo vendedor ao titular do registro cancelado na 
forma e condições pactuadas no distrato, dispensada essa comprovação nos casos em 
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que o adquirente não for localizado ou não tiver se manifestado, nos termos do art. 32 
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
§ 3º O procedimento previsto neste artigo não se aplica aos contratos e escrituras de 
compra e venda de lote sob a modalidade de alienação fiduciária nos termos da Lei n° 
9.514, de 20 de novembro de 1997. (Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
 
 Se o cancelamento ocorrer após o pagamento de mais de 1/3 (um terço) do preço, será 
necessário constar este fato no ato de cancelamento e da quantia paga. Novo registro do mesmo 
lote apenas poderá ser feito, após comprovada a restituição do valor pago pelo vendedor ao titular 
do registro cancelado e a comprovação do distrato assinado pelas partes. 
 Relacionando-se com o artigo 32-A anteriormente transcrito, a recente Lei nº 13.786/2018 
também alterou o artigo 35: 
 
Art. 35. Se ocorrer o cancelamento do registro por inadimplemento do contrato, e tiver 
sido realizado o pagamento de mais de 1/3 (um terço) do preço ajustado, o oficial do 
registro de imóveis mencionará esse fato e a quantia paga no ato do cancelamento, e 
somente será efetuado novo registro relativo ao mesmo lote, mediante apresentação 
do distrato assinado pelas partes e a comprovação do pagamento da parcela única ou 
da primeira parcela do montante a ser restituído ao adquirente, na forma do art. 32-A 
desta Lei, ao titular do registro cancelado, ou mediante depósito em dinheiro à sua 
disposição no registro de imóveis. (Redação dada pela Lei nº 13.786, de 2018) 
§ 1º Ocorrendo o depósito a que se refere este artigo, o Oficial do Registro de Imóveis 
intimará o interessado para vir recebê-lo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de ser 
devolvido ao depositante. 
§ 2º No caso de não se encontrado o interessado, o Oficial do Registro de Imóveis 
depositará quantia em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no inciso 
I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção 
monetária. 
§ 3º A obrigação de comprovação prévia de pagamento da parcela única ou da primeira 
parcela como condição para efetivação de novo registro, prevista no caput deste artigo, 
poderá ser dispensada se as partes convencionarem de modo diverso e de forma 
expressa no documento de distrato por elas assinado. (Incluído pela Lei nº 
13.786, de 2018) 
 
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E se o credor / loteador se recusar a receber as prestações durante o adimplemento 
do contrato? 
 
 Nesta hipótese, será o credor constituído em mora através de notificação via Cartório de 
Registro de Imóveis para receber as importâncias que serão depositadas pelo devedor no próprio 
cartório. 
 Passados 15 (quinze) dias desta notificação, o pagamento será considerado efetuado, salvo 
impugnação do credor que impugne o depósito e, alegando inadimplemento do devedor, requeira 
a intimação do devedor nos termos do artigo 32 acima transcrito. 
 
Art. 33. Se o credor das prestações se recusar recebê-las ou furtar-se ao seu 
recebimento, será constituído em mora mediante notificação do Oficial do Registro de 
Imóveis para vir receber as importâncias depositadas pelo devedor no próprio Registro 
de Imóveis. Decorridos 15 (quinze) dias após o recebimento da intimação, considerar-
se-á efetuado o pagamento, a menos que o credor impugne o depósito e, alegando 
inadimplemento do devedor, requeira a intimação deste para os fins do disposto no art. 
32 desta Lei. 
 
Benfeitorias 
 
Atenção! 
 Independente da hipótese de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias 
úteis e necessárias feitas por ele deverão ser indenizadas. 
 
Art. 34. Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as 
benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser 
indenizadas, sendo de nenhum efeito qualquer disposição contratual em contrário. 
 
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 Ressalte-se, contudo, que a recente Lei nº 13.786/2018 alterou o art. 34 acima transcrito, 
substituindo o antigo parágrafo único pelos §§1º e 2º, conforme segue: 
 
§ 1º Não serão indenizadas as benfeitorias feitas em desconformidade com o contrato 
ou com a lei. (Redação dada pela Lei nº 13.786, de 2018) 
§ 2º No prazo de 60 (sessenta) dias, contado da constituição em mora, fica o loteador, 
na hipótese do caput deste artigo, obrigado a alienar o imóvel mediante leilão judicial 
ou extrajudicial, nos termos da Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997. 
(Incluído pela Lei nº 13.786, de 2018) 
 
Cancelamento do registro de compromisso, cessão ou promessa de cessão. 
 
 Nos termos do artigo 36, as hipóteses de cancelamento do registro de compromisso, cessão 
ou promessa de cessão são apenas: 
 
I - decisão judicial; 
 
II - requerimento conjunto das partes contratantes; 
 
III - rescisão comprovada do contrato. 
 
 Eis o texto legal: 
 
Art. 36. O registro do compromisso, cessão ou promessa de cessão só poderá ser 
cancelado: 
I - por decisão judicial; 
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II - a requerimento conjunto das partes contratantes; 
III - quando houver rescisão comprovada do contrato. 
 
Como este ponto já foi cobrado em provas? 
 
(VUNESP – Procurador do Município de São José do Rio Preto – 2014) A Lei n.º 6.766, 
de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá 
outras providências, estabelece sobre os contratos que 
a) são retratáveis os compromissos de compra e venda e as cessões que, registrados, 
confiram direito real oposto a terceiros. 
b) as promessas de cessão e as cessões deverão ser feitas por escritura pública. 
c) os firmados por procurador de uma das partes terão a respectiva procuração 
arquivada em cartório de registro de documentos com dois translados para o registro 
imobiliário. 
d) a sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não 
rescindirá os contratos e compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão 
que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. 
e) o contrato particular pode ser transferido por trespasse, mas a cessão depende da 
anuência do loteador. 
Comentários: 
 
Alternativa correta, letra D. 
 
Trata-se do disposto no artigo 30: 
 
Art. 30. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes 
não rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de 
cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou 
insolvência for do proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, 
incumbirá ao síndico ou ao administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se 
do adquirente do lote, seus direitos serão levados à praça. 
 
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A alternativa A está falsa, em razão do disposto no artigo 25, acima estudado: 
 
Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de 
cessão, os que atribuam direito a adjudicação compulsória e, estando registrados, 
confiram direito real oponível a terceiros. 
 
A letra B também está falsa, uma vez que as contratações poderão ser feitas também 
por instrumentos particulares, conforme artigo 26: 
 
Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão 
poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com 
o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as 
seguintes indicações: 
 
A letra C está falsa, uma vez que a legislação não faz tal exigência. Quanto aos 
procuradores, diz o §2º do artigo 26: 
 
§ 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, 
será obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. 
 
A letra E está falsa, uma vez que a cessão não depende da anuência do loteador, 
conforme disposto no §1º, do artigo 31: 
 
Art. 31.§ 1º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus 
efeitos só se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando 
registrada a cessão. 
 
A nova lei procurou regularizar estas associações de moradores? 
 
 Sim. 
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 E aqui trazemos o disposto no artigo 36-A da Lei 6.766/79 também inserido pela Lei 
13.465/2017: 
 
Art. 36-A. As atividades desenvolvidas pelas associações de proprietários de imóveis, 
titulares de direitos ou moradores em loteamentos ou empreendimentos 
assemelhados, desde que não tenham fins lucrativos, bem como pelas entidades civis 
organizadas em função da solidariedade de interesses coletivos desse público com o 
objetivo de administração, conservação, manutenção, disciplina de utilização e 
convivência, visando à valorização dos imóveis que compõem o empreendimento, 
tendo em vista a sua natureza jurídica, vinculam-se, por critérios de afinidade, similitude 
e conexão, à atividade de administração de imóveis. 
 Procurou-se, assim, dar maior efetividade/cogência às taxas cobradas por estas associações 
de moradores, nos termos do parágrafo único do artigo 36-A: 
 
Parágrafo único. A administração de imóveis na forma do caput deste artigo sujeita 
seus titulares à normatização e à disciplina constantes de seus atos constitutivos, 
cotizando-se na forma desses atos para suportar a consecução dos seus objetivos. 
 
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CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 Conforme o artigo 37, da Lei 6.766/79, é vedado vender ou prometer vender parcela de 
loteamento ou desmembramento não registrado. 
 
Mas e se o loteador o fizer irregularmente? Quais os efeitos? 
 
 Em primeiro lugar, não poderá o loteador rescindir contratos com adquirentes 
inadimplentes, eis que o artigo 39 estabelece ser nula de pleno direito qualquer cláusula que 
possibilite a rescisão do contrato por inadimplemento, quando irregular o loteamento: 
 
Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento 
do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. 
 
 Isto porque a própria norma estabelece que ao verificar a irregularidade do loteamento, 
deverá o adquirente suspender os pagamentos a que se obrigara e notificar o loteador para suprir 
a falta. 
 
Art. 38. Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha registrado ou 
regularmente executado ou notificado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito 
Federal quando for o caso, deverá o adquirente do lote suspender o pagamento das 
prestações restantes e notificar o loteador para suprir a falta. 
 
 Tal notificação poderá ser feita também pela Prefeitura ou pelo Ministério Público: 
 
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§ 2º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, ou o Ministério 
Público, poderá promover a notificação ao loteador prevista no caput deste artigo. 
 
Ademais, suspendendo o pagamento das prestações, deverá o adquirente começar a 
depositá-las no cartório de Imóveis que as depositará em algum banco.A movimentação destes 
valores dependerá de prévia autorização judicial. 
 
§ 1º Ocorrendo a suspensão do pagamento das prestações restantes, na forma 
do caput deste artigo, o adquirente efetuará o depósito das prestações devidas junto ao 
Registro de Imóveis competente, que as depositará em estabelecimento de crédito, 
segundo a ordem prevista no inciso I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta 
com incidência de juros e correção monetária, cuja movimentação dependerá de prévia 
autorização judicial. 
 
 Ao demonstrar que regularizou o loteamento, o loteador comparece a juízo e solicita uma 
autorização para levantar os valores depositados. Neste caso, necessária a citação da Prefeitura e a 
oitiva do Ministério Público. 
 Reconhecida a regularidade do loteamento, o loteador deverá promover a notificação de 
todos os adquirentes dos lotes para que passem a pagar diretamente a ele as prestações restantes. 
 
§ 3º Regularizado o loteamento pelo loteador, este promoverá judicialmente a 
autorização para levantar as prestações depositadas, com os acréscimos de correção 
monetária e juros, sendo necessária a citação da Prefeitura, ou do Distrito Federal 
quando for o caso, para integrar o processo judicial aqui previsto, bem como audiência 
do Ministério Público. 
§ 4º Após o reconhecimento judicial de regularidade do loteamento, o loteador 
notificará os adquirentes dos lotes, por intermédio do Registro de Imóveis competente, 
para que passem a pagar diretamente as prestações restantes, a contar da data da 
notificação. 
 
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 Contudo, acaso o loteador não atenda às notificações no prazo legal, ou em casos onde a 
própria Prefeitura regularize o empreendimento, não poderá o empreendedor exigir o recebimento 
das prestações depositadas. 
 
§ 5º No caso de o loteador deixar de atender à notificação até o vencimento do prazo 
contratual, ou quando o loteamento ou desmembramento for regularizado pela 
Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, nos termos do art. 40 
desta Lei, o loteador não poderá, a qualquer titulo, exigir o recebimento das prestações 
depositadas. 
 
Mas, professor, poderá a própria Prefeitura regularizar o loteamento? 
 
 Sim, esta a disposição do artigo 40. 
 Acaso desatendida a notificação pelo loteador, poderá a própria Prefeitura regularizar o 
loteamento não autorizado ou executado sem observância das normas legais. Tal ato objetiva evitar 
lesão aos padrões de desenvolvimento urbano e defender os direitos dos adquirentes de lotes. 
 Nestes casos, a própria Prefeitura irá obter judicialmente o levantamento dos valores 
depositados pelos adquirentes, conforme analisado no item anterior. Trata-se de um ressarcimento 
das importâncias despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações necessárias para 
regularizar o loteamento ou desmembramento. 
 Contudo, não poderá a Prefeitura contrariar as regras para regularização de parcelamento 
vistas nos artigos 3º e 4º desta lei. 
 
Art. 40. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, se desatendida 
pelo loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou desmembramento não 
autorizado ou executado sem observância das determinações do ato administrativo de 
licença, para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos 
direitos dos adquirentes de lotes. 
§ 1º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, que promover a 
regularização, na forma deste artigo, obterá judicialmente o levantamento das 
prestações depositadas, com os respectivos acréscimos de correção monetária e juros, 
nos termos do § 1º do art. 38 desta Lei, a título de ressarcimento das importâncias 
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despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações necessárias para regularizar 
o loteamento ou desmembramento. 
§ 5º A regularização de um parcelamento pela Prefeitura Municipal, ou Distrito Federal, 
quando for o caso, não poderá contrariar o disposto nos arts. 3o e 4o desta Lei, 
ressalvado o disposto no § 1o desse último. 
 
 Quanto aos valores pagos pela Prefeitura para regulariza o loteamento, caso não sejam 
integralmente ressarcidas, poderão ser exigidas do loteador, na forma do artigo 47 a ser estudado 
um pouco mais adiante ou dos próprios adquirentes. 
 
§ 2º As importâncias despendidas pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal 
quando for o caso, para regularizar o loteamento ou desmembramento, caso não sejam 
integralmente ressarcidas conforme o disposto no parágrafo anterior, serão exigidas na 
parte faltante do loteador, aplicando-se o disposto no art. 47 desta Lei. 
§ 3º No caso de o loteador não cumprir o estabelecido no parágrafo anterior, a 
Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, poderá receber as 
prestações dos adquirentes, até o valor devido. 
 
 A Prefeitura poderá, inclusive, promover eventual Ação Cautelar para assegurar o integral 
ressarcimento com os gastos de regularização do loteamento. 
 
§ 4º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para assegurar a 
regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento integral 
de importâncias despendidas, ou a despender, poderá promover judicialmente os 
procedimentos cautelares necessários aos fins colimados. 
 
 Uma vez regularizado o loteamento, poderá o adquirente proceder normalmente à 
obtenção do registro, desde que comprove o depósito do pagamento de todas as prestações do 
preço avençado. 
 
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Art. 41. Regularizado o loteamento ou desmembramento pela Prefeitura Municipal, ou 
pelo Distrito Federal quando for o caso, o adquirente do lote, comprovando o depósito 
de todas as prestações do preço avençado, poderá obter o registro, de propriedade do 
lote adquirido, valendo para tanto o compromisso de venda e compra devidamente 
firmado. 
 
 Mesmo que haja a execução do loteamento não aprovado, as áreas públicas exigidas por lei 
devem ser mantidas, sem prejuízo das sanções administrativas, civis e criminais. Neste caso, deverá 
o loteador ressarcir a Prefeitura em pecúnia em valor equivalente ao dobro da diferença entre a 
área exigida e a efetivamente destinada. 
 
Art. 43. Ocorrendo a execução de loteamento não aprovado, a destinação de áreas 
públicas exigidas no inciso I do art. 4º desta Lei não se poderá alterar sem prejuízo da 
aplicação das sanções administrativas, civis e criminais previstas. 
Parágrafo único. Neste caso, o loteador ressarcirá a Prefeitura Municipal ou o Distrito 
Federal quando for o caso, em pecúnia ou em área equivalente, no dobro da diferença 
entre o total das áreas públicas exigidas e as efetivamente destinadas. 
 
Como este ponto já foi cobrado em prova? 
 
(CESPE – MPU - Analista – 2010) A aprovação final de um parcelamento urbano 
depende da efetivação da venda, cessão ou ocupação de todos os lotes e de seu 
registro, pelo proprietário, em cartório de registro de imóveis da circunscrição onde se 
encontra a gleba fracionada. 
Comentários: 
 
Item Falso. 
 
A efetivação da venda não possui relação com a aprovação do parcelamento urbano. 
Ao contrário, nos termos do artigo 37, sequer será possível vender o lote antes de 
devidamente aprovado e registrado o loteamento. 
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ASPECTOSPROCESSUAIS PREVISTO NA LEI 
Desapropriação 
 
 Quanto a eventual processo de desapropriação nos terrenos loteados, a Lei 6.766/79 
estabelece que não serão considerados como loteados ou loteáveis os terrenos objetos de 
desmembramento ou loteamento não registrado. Contudo, apenas os terrenos ainda não vendidos 
ou compromissados. 
 
Art. 42. Nas desapropriações não serão considerados como loteados ou loteáveis, para 
fins de indenização, os terrenos ainda não vendidos ou compromissados, objeto de 
loteamento ou desmembramento não registrado. 
 
 Ao mesmo tempo, o artigo 44 estabelece que: 
 
Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Estado poderão expropriar áreas urbanas ou 
de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, 
ressalvada a preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades. 
 
Legitimidade 
 
 Tanto o loteador quanto os vizinhos são partes legítimas para promover ação destinada a 
impedir a construção em desacordo com as normas legais ou contratuais. Tal direito do loteador 
permanece, ainda que tenha vendido todos os lotes. 
 
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Art. 45. O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes 
legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com 
restrições legais ou contratuais. 
 
 Ao demandar em juízo, o loteador deverá acostar aos autos os registros e contratos a que 
se refere quanto ao loteamento: 
 
Art. 46. O loteador não poderá fundamentar qualquer ação ou defesa na presente Lei 
sem apresentação dos registros e contratos a que ela se refere. 
 
 Se o loteador integrar grupo econômico, qualquer pessoa física ou jurídica beneficiária do 
grupo será solidariamente responsável pelos prejuízos causados aos compradores de lotes e ao 
Poder Público: 
 
Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico ou financeiro, qualquer pessoa física ou 
jurídica desse grupo, beneficiária de qualquer forma do loteamento ou 
desmembramento irregular, será solidariamente responsável pelos prejuízos por ele 
causados aos compradores de lotes e ao Poder Público. 
 
Foro 
 
 Quanto ao foro: 
 
Art. 48. O foro competente para os procedimentos judiciais previstos nesta Lei será o da 
comarca da situação do lote. 
 
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Intimações 
 
 Quanto às intimações previstas na legislação em epígrafe, o artigo 49 estabelece que: 
 
Art. 49. As intimações e notificações previstas nesta Lei deverão ser feitas pessoalmente 
ao intimado ou notificado, que assinará o comprovante do recebimento, e poderão 
igualmente ser promovidas por meio dos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos 
da Comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-las. 
§ 1º Se o destinatário se recusar a dar recibo ou se furtar ao recebimento, ou se for 
desconhecido o seu paradeiro, o funcionário incumbido da diligência informará esta 
circunstância ao Oficial competente que a certificará, sob sua responsabilidade. 
§ 2º Certificada a ocorrência dos fatos mencionados no parágrafo anterior, a intimação 
ou notificação será feita por edital na forma desta Lei, começando o prazo a correr 10 
(dez) dias após a última publicação. 
 
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CAPÍTULO IX – DISPOSIÇÕES PENAIS 
 
 O capítulo IX da Lei 6.766/79 estabelece ainda algumas disposições penais. Trata-se de crime 
contra a Administração Pública dar início ou efetuar loteamento ou desmembramento para fins 
urbanos sem autorização do órgão competente ou em desacordo com as normas legais. 
 Tal crime será qualificado se cometido por meio de venda ou promessa de venda de lotes 
não registrado no Registro de Imóveis competentes. As penas cominadas para este delito são de 
reclusão. 
 
Art. 50. Constitui crime contra a Administração Pública. 
I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo 
para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com 
as disposições desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e 
Municipíos; 
II - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo 
para fins urbanos sem observância das determinações constantes do ato administrativo 
de licença; 
III - fazer ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou comunicação ao público ou a 
interessados, afirmação falsa sobre a legalidade de loteamento ou desmembramento 
do solo para fins urbanos, ou ocultar fraudulentamente fato a ele relativo. 
Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes 
o maior salário mínimo vigente no País. 
Parágrafo único - O crime definido neste artigo é qualificado, se cometido. 
I - por meio de venda, promessa de venda, reserva de lote ou quaisquer outros 
instrumentos que manifestem a intenção de vender lote em loteamento ou 
desmembramento não registrado no Registro de Imóveis competente. 
II - com inexistência de título legítimo de propriedade do imóvel loteado ou 
desmembrado, ressalvado o disposto no art. 18, §§ 4o e 5o, desta Lei, ou com omissão 
fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato não constituir crime mais grave. (Redação 
dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 
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Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de 10 (dez) a 100 (cem) vezes o maior 
salário mínimo vigente no País. 
 
 Além disso, aquele que concorrer para a prática do crime previsto nesta lei também incidirá 
nas mesmas penalidades. 
 
Art. 51. Quem, de qualquer modo, concorra para a prática dos crimes previstos no artigo 
anterior desta Lei incide nas penas a estes cominadas, considerados em especial os atos 
praticados na qualidade de mandatário de loteador, diretor ou gerente de sociedade. 
 
 Por fim, efetuar o registro de loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos 
competentes também é crime sujeito à pena de detenção e multa. 
 
Art. 52. Registrar loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos 
competentes, registrar o compromisso de compra e venda, a cessão ou promessa de 
cessão de direitos, ou efetuar registro de contrato de venda de loteamento ou 
desmembramento não registrado. 
Pena: Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o 
maior salário mínimo vigente no País, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. 
 
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CAPÍTULO X – DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
 De acordo com o artigo 53, as alterações de uso do solo rural para fins urbanísticos 
dependem de prévia oitiva do INCRA e da aprovação da Prefeitura Municipal. 
 
Art. 53. Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos dependerão de prévia 
audiência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Órgão 
Metropolitano, se houver, onde se localiza o Município, e da aprovação da Prefeitura 
municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigências da legislação 
pertinente. 
 
Por fim, o artigo 53-A considera de interesse público os parcelamentos vinculados a 
programas habitacionais de iniciativa do Poder Público, em especial na regularização de 
parcelamentos e de assentamentos.Nestes casos, não será exigível documentação que não seja a 
mínima necessária e indispensável aos registros no cartório competente. 
Ao Poder Público não se aplicam as exigências e sanções aplicáveis aos particulares, em 
especial aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem prevenir questões 
de domínio de glebas, que se presumirão asseguradas pelo Poder Público respectivo. 
 
Art. 53-A. São considerados de interesse público os parcelamentos vinculados a planos 
ou programas habitacionais de iniciativa das Prefeituras Municipais e do Distrito 
Federal, ou entidades autorizadas por lei, em especial as regularizações de 
parcelamentos e de assentamentos. 
Parágrafo único. Às ações e intervenções de que trata este artigo não será exigível 
documentação que não seja a mínima necessária e indispensável aos registros no 
cartório competente, inclusive sob a forma de certidões, vedadas as exigências e as 
sanções pertinentes aos particulares, especialmente aquelas que visem garantir a 
realização de obras e serviços, ou que visem prevenir questões de domínio de glebas, 
que se presumirão asseguradas pelo Poder Público respectivo. 
 
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2 – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
 
 De acordo com o artigo 3º, inciso II, do Código Florestal, a área de preservação permanente 
é a área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de 
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 
 Tais áreas estão contidas tanto em terrenos público quanto em terrenos particulares e 
segundo os artigos 4º e 6º do Código Florestal definem áreas que são consideradas de preservação 
permanente, independente se localizadas em zonas urbanas ou rurais. Dentre elas, destacamos: 
 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos 
os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: 
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; 
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) 
metros de largura; 
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 
(duzentos) metros de largura; 
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 
(seiscentos) metros de largura; 
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 
(seiscentos) metros; 
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: 
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento 
ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do 
empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; 
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X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a 
vegetação; 
 
 Já segundo o artigo 6º: 
 
Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de 
interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou 
outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: 
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de 
rocha; 
II - proteger as restingas ou veredas; 
III - proteger várzeas; 
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; 
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; 
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; 
VII - assegurar condições de bem-estar público; 
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. 
IX- proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional. 
 
 Para Romeu Thomé (2015, pg. 314): 
 
são áreas ambientalmente relevantes e, como tal, devem ter sua vegetação preservada. 
São Áreas destinadas exclusivamente à proteção de suas funções ecológicas 
caracterizadas, regra geral, pela intocabilidade e vedação de uso econômico direto. 
 
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 A questão toma contornos mais complexos quanto à regularização (manutenção ou não) de 
imóveis urbanos situados em área de preservação permanente onde habitam famílias muitas vezes 
de boa-fé e extremamente necessitadas. Para Frederico Amado (2014, pg. 246): 
 
apesar dessas ocupações clandestinas atentarem contra o direito fundamental ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, é certo que em muitos casos houve uma 
tolerância social e uma aceitação tácita do Poder Público, que nada fez a respeito, 
podendo incidir no caso outros direitos fundamentais, como o da moradia, além do 
Princípio da Segurança Jurídica. 
 
Tem-se, portanto, o choque entre o direito fundamental à moradia e o direito fundamental 
à preservação ambiental, sendo certo que o Código Florestal tentou solucionar tal controvérsia, com 
dispositivos alterados pela Lei nº 13.465/2017. 
É necessário que na regularização fundiária de interesse social em questão seja feito estudo técnico 
que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior com a adoção 
das medidas nele preconizadas. Assim: 
 
Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação 
Permanente, a regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto 
de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana. 
(Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
 Tal estudo técnico deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos: 
 
I - caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada; 
II - especificação dos sistemas de saneamento básico; 
III - proposição de intervenções para a prevenção e o controle de riscos geotécnicos e 
de inundações; 
IV - recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização; 
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V - comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental, 
considerados o uso adequado dos recursos hídricos, a não ocupação das áreas de risco 
e a proteção das unidades de conservação, quando for o caso; 
VI - comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada pela 
regularização proposta; e 
VII - garantia de acesso público às praias e aos corpos d'água. 
 
Quanto à regularização fundiária de interesse específico: 
 
Art. 65. Na Reurb-E dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação 
Permanente não identificadas como áreas de risco, a regularização fundiária será 
admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei 
específica de regularização fundiária urbana. (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 1º O processo de regularização ambiental, para fins de prévia autorização pelo órgão 
ambiental competente, deverá ser instruído com os seguintes elementos: 
I - a caracterização físico-ambiental, social, cultural e econômica da área; 
II - a identificação dos recursos ambientais,dos passivos e fragilidades ambientais e das 
restrições e potencialidades da área; 
III - a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura urbana e de saneamento 
básico implantados, outros serviços e equipamentos públicos; 
IV - a identificação das unidades de conservação e das áreas de proteção de mananciais 
na área de influência direta da ocupação, sejam elas águas superficiais ou subterrâneas; 
V - a especificação da ocupação consolidada existente na área; 
VI - a identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de movimentos de 
massa rochosa, tais como deslizamento, queda e rolamento de blocos, corrida de lama 
e outras definidas como de risco geotécnico; 
VII - a indicação das faixas ou áreas em que devem ser resguardadas as características 
típicas da Área de Preservação Permanente com a devida proposta de recuperação de 
áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização; 
VIII - a avaliação dos riscos ambientais; 
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IX - a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental e 
de habitabilidade dos moradores a partir da regularização; e 
X - a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população às praias e aos 
corpos d’água, quando couber. 
 
Por fim, é fundamental destacarmos que: 
 
§ 2o Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos rios ou de 
qualquer curso d’água, será mantida faixa não edificável com largura mínima de 15 
(quinze) metros de cada lado. 
§ 3o Em áreas urbanas tombadas como patrimônio histórico e cultural, a faixa não 
edificável de que trata o § 2o poderá ser redefinida de maneira a atender aos 
parâmetros do ato do tombamento. 
 
 Percebam, portanto, que constatada a existência de área de preservação permanente, total 
ou parcialmente, em núcleo urbano informal, a Reurb observará tais requisitos, sendo certo que se 
torna obrigatória a elaboração de estudos técnicos que justifiquem as melhorias ambientais em 
relação à situação anterior, inclusive por meio de compensações ambientais, quando for o caso. 
 A MP 759 ressalta, ainda, os seguintes pontos: 
 
§ 4º Na Reurb cuja ocupação tenha ocorrido às margens de reservatórios artificiais de 
água destinados à geração de energia ou ao abastecimento público, a faixa da área de 
preservação permanente consistirá na distância entre o nível máximo operativo normal 
e a cota máxima maximorum. 
 
 Por fim, segundo Romeu Thomé (2015, pg. 321), a obrigação de recomposição da vegetação 
degradada possui natureza real e opera-se propter rem, sendo transmitida ao sucessor em caso de 
transferência de domínio ou posse do imóvel: 
 
Caso verificada a degradação da vegetação de APP, deverá o atual 
proprietário/possuidor/ocupante do imóvel recompor a vegetação suprimira 
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(ressalvados os usos autorizados pelo Código Florestal), mesmo que não tenha sido ele 
o responsável pela supressão. 
 
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3 - BIBLIOGRAFIA 
AMADO, Frederico Di Trindade. DIREITO AMBIENTAL ESQUEMATIZADO. 5ª EDIÇÃO. Rio de 
Janeiro: Forense, 2014. 
 
SILVA, José Afonso da. DIREITO URBANÍSTICO BRASILEIRO. 7ª Edição. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2015. 
 
THOMÉ, Romeu. Manual de Direito Ambiental. 5ª edição. Salvador: Juspodivm, 2015. 
 
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4 - RESUMO DA AULA 
1. O parcelamento do solo urbano poderá ocorrer de duas formas: através de loteamento ou 
desmembramento. 
 
2. O desmembramento é a subdivisão da gleba também em lotes destinados a edificação, 
mas sem alteração nas vias de circulação, aproveitando-se o sistema viário existente 
(inexistirá abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação 
ou ampliação dos já existentes. 
 
3. A Lei 9.785/99 acrescentou à norma estudada a possibilidade de se exigir uma 
infraestrutura básica diferenciada para parcelamentos situados em Zonas Habitacionais de 
Interesse Social (ZHIS) assim declaradas por lei. 
 
4. A Lei 13.645/2017 procurou regularizar uma situação bastante corriqueira no Brasil: os 
diversos condomínios de loteamentos existentes onde o Empreendedor loteava uma gleba 
de terra e vendia os lotes individualizados sem casas construídas, mas os compradores não 
conseguiam constituir um condomínio. 
 
5. O parcelamento do solo para fins urbanos não será possível, via de regra em áreas rurais. É 
que somente se admite o parcelamento em áreas urbanas, em zonas consideradas como 
de expansão urbana ou em zonas de urbanização específica. 
 
6. Os requisitos urbanísticos do loteamento estão previstos nos artigos 4 e 5 da Lei 6.766/79. 
O artigo 4º traz exigências mínimas que os loteamentos deverão atender, como: 
 
I – Áreas de circulação mínimas e espaços livres de uso público, além de área destinada à 
implantação de equipamento urbano comunitário, todos proporcionais à densidade de 
ocupação prevista para a zona respectiva; 
II – Lotes com área mínima de 125 m² e frente mínima de cinco metros; 
 
As exceções dizem respeito às urbanizações específicas ou edificações de conjuntos habitacionais 
de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; 
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III – Reserva obrigatória de uma faixa não-edificável mínima de 15 metros de cada lado em 
faixas de domínio público em rodovias e ferrovias e também ao longo de águas correntes e 
dormentes; 
 
Legislação específica pode ampliar tais exigências. 
 
IV – As vias do loteamento devem harmonizar-se com a topografia local e articular-se com as 
vias adjacentes oficiais; 
 
7. A lei 6.766/79 estabelece ainda a possibilidade de o Poder Público exigir para cada 
loteamento reservas de áreas sem construção alguma (áreas non aedificandi) destinada a 
equipamentos urbanos. Ou seja, o Poder Público garante uma reserva de área para que no 
futuro possa construir equipamentos públicos. 
 
8. Conforme previsão do parágrafo único, do artigo 5º, são urbanos os equipamentos 
públicos destinados aos serviços públicos essenciais como abastecimento de água, esgoto, 
energia elétrica, telefone, gás canalizado e coleta de águas das chuvas. 
 
9. Antes de elaborar o projeto de loteamento, caberá ao interessado solicitar à Prefeitura 
Municipal (ou DF) que defina as diretrizes do uso do solo, bem como o traçado dos lotes, 
do sistema viário e das áreas reservadas para equipamentos urbano e comunitário. O 
interessado apresenta, então, requerimento com as plantas do imóvel e projeto com as 
divisas da gleba e demais requisitos do artigo 6º, da Lei 6.766/79. 
 
10. A Prefeitura, quando for o caso, indicará nas plantas apresentadas, de acordo com as 
diretrizes de planejamento estadual e municipal o traçado básico do sistema viário 
principal, bem como a localização dos terrenos destinados a equipamento urbano e 
comunitário das áreas livres de uso e demais aspectos constantes no artigo 7º. 
 
11. De acordo com o artigo 8º, tanto os Municípios com menos de cinquenta mil habitantes, 
como os Municípios cujo plano diretor já tenha diretrizes de urbanização para aquela 
determinada zona em que se situe o parcelamento, poderão dispensara fase de fixação 
das diretrizes previstas nos dispositivos 6º e 7º da Lei 6.766/79. 
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12. O interessado em um projeto de desmembramento deverá apresentar requerimento à 
Prefeitura Municipal acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida 
pelo Cartório de Registro de Imóveis e da planta do imóvel correspondente. 
 
13. Os projetos devem ser aprovados pela Prefeitura Municipal a quem compete a fixação de 
diretrizes e, uma vez aprovado, o projeto deve ser executado respeitando o prazo 
constante no cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação. 
 
14. Quando o loteamento estiver localizado em área do município integrante de região 
metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação dos projetos caberão à 
autoridade metropolitana. 
 
15. A partir da aprovação do loteamento, o loteador não poderá alterar a destinação dos 
espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e 
outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo. 
 
16. Aprovado o projeto de loteamento ou desmembramento, a Lei 6.766/79 estabelece que 
deve o loteador submetê-lo ao registro imobiliário. E, acaso não o faça no prazo de 180 
(cento e oitenta) dias, ocorrerá a caducidade do projeto. 
 
17. A eventual existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as 
referentes a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro 
do loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão 
prejudicar os adquirentes dos lotes. 
 
18. Nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição, sendo certo que não poderá 
o interessado processar simultaneamente em diferentes cartórios pedidos de registro do 
mesmo loteamento. Tal prática enseja a nulidade dos atos praticados. 
 
19. Acaso denegado o registro em qualquer das circunscrições, essa decisão será comunicada 
pelo Oficial de Registros de Imóveis a todos os demais, para efeito de cancelamento dos 
registros feitos. 
 
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20. Caso o parcelamento do solo seja implantado e não registrado, o Município poderá 
requerer o registro das áreas destinadas a uso público que passarão a integrar seu 
patrimônio. Nesta hipótese, precisará apenas da planta de parcelamento elaborada pelo 
loteador ou aprovada pelo Município e de declaração que o parcelamento se encontra 
implantado. 
 
21. A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento do registro de loteamento se 
disto resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se 
tiver realizado qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências. 
 
22. Os compromissos de compra e venda bem como qualquer outro que atribua direito a 
adjudicação compulsória dos lotes, acaso estejam registrados, conferem direito real 
oponível a terceiros. Além disso, tais compromissos são irretratáveis. 
 
23. Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como 
título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da 
respectiva prova de quitação. 
 
24. A alteração do loteamento registrado depende de acordo entre o loteador e os 
adquirentes de lotes atingidos pela alteração. Além disso, necessária a aprovação pela 
Prefeitura e o registro no Cartório de Imóveis. 
 
25. O adquirente do terreno mediante ato inter vivos ou causa mortis deverá suceder o 
transmitente em todos os seus direitos e obrigações, ficando, inclusive, os compromissos 
de compra e venda eventualmente firmados. Qualquer disposição em contrário será nula. 
 
26. Já os adquirentes dos lotes poderão transferir seus direitos por simples trespasse lançado 
no verso das vias em poder das partes ou por instrumento em separado. Tal cessão não 
depende da anuência do loteador, contudo, necessária a notificação do loteador ou o 
registro da cessão para que sejam produzidos efeito em relação a este. 
 
27. Não poderá o loteador rescindir contratos com adquirentes inadimplentes, eis que o artigo 
39 estabelece ser nula de pleno direito qualquer cláusula que possibilite a rescisão do 
contrato por inadimplemento, quando irregular o loteamento. 
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28. Suspendendo o pagamento das prestações, deverá o adquirente começar a depositá-las no 
cartório de Imóveis que as depositará em algum banco. A movimentação destes valores 
dependerá de prévia autorização judicial. 
 
29. Ao demonstrar que regularizou o loteamento, o loteador comparece a juízo e solicita uma 
autorização para levantar os valores depositados. Neste caso, necessária a citação da 
Prefeitura e a oitiva do Ministério Público. 
 
30. Reconhecida a regularidade do loteamento, o loteador deverá promover a notificação de 
todos os adquirentes dos lotes para que passem a pagar diretamente a ele as prestações 
restantes. 
 
31. Contudo, acaso o loteador não atenda às notificações no prazo legal, ou em casos onde a 
própria Prefeitura regularize o empreendimento, não poderá o empreendedor exigir o 
recebimento das prestações depositadas. 
 
32. Quanto aos valores pagos pela Prefeitura para regulariza o loteamento, caso não sejam 
integralmente ressarcidas, poderão ser exigidas do loteador. A Prefeitura poderá, inclusive, 
promover eventual Ação Cautelar para assegurar o integral ressarcimento com os gastos 
de regularização do loteamento. 
 
33. Mesmo que haja a execução do loteamento não aprovado, as áreas públicas exigidas por 
lei devem ser mantidas, sem prejuízo das sanções administrativas, civis e criminais. Neste 
caso, deverá o loteador ressarcir a Prefeitura em pecúnia em valor equivalente ao dobro 
da diferença entre a área exigida e a efetivamente destinada. 
 
34. Quanto a eventual processo de desapropriação nos terrenos loteados, a Lei 6.766/79 
estabelece que não serão considerados como loteados ou loteáveis os terrenos objetos de 
desmembramento ou loteamento não registrado. Contudo, apenas os terrenos ainda não 
vendidos ou compromissados. 
 
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35. Tanto o loteador quanto os vizinhos são partes legítimas para promover ação destinada a 
impedir a construção em desacordo com as normas legais ou contratuais. Tal direito do 
loteador permanece, ainda que tenha vendido todos os lotes. 
 
36. Se o loteador integrar grupo econômico, qualquer pessoa física ou jurídica beneficiária do 
grupo será solidariamente responsável pelos prejuízos causados aos compradores de lotes 
e ao Poder Público. 
 
37. É considerado crime contra a Administração Pública dar início ou efetuar loteamento ou 
desmembramento para fins urbanos sem autorização do órgão competente ou em 
desacordo com as normas legais. 
 
38. Efetuar o registro de loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos 
competentes também é crime sujeito à pena de detenção e multa. 
 
39. Ao Poder Público não se aplicam as exigências e sanções aplicáveis aos particulares, em 
especial aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem prevenir 
questões de domínio de glebas, que se presumirão asseguradas pelo Poder Público 
respectivo. 
 
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5 – QUESTÕES OBJETIVAS 
5.1 - QUESTÕES DE PROCURADORIAS 
 
1. (CESPE - Proc Mun (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2017) Com relação a direitos reais, 
parcelamento do solo urbano, locação e registros públicos, julgue o item seguinte. 
 
Embora o município tenha o dever de fiscalizar para impedir a realização de loteamento irregular, 
ante a responsabilidade pelo uso e pela ocupação do solo urbano, a regularização está no âmbito 
da discricionariedade, conforme entendimento pacificado no STJ. 
Certo Errado 
 
2. (CESPE - Proc Mun (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2017) A respeito de parcelamento do solo, 
impacto de vizinhança, regularização fundiária de interesse social, desapropriação e 
tombamento, julgue o item a seguir com base na legislação urbanística. 
 
No âmbito do parcelamento do solo urbano, desmembramento corresponde à subdivisão de gleba 
em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação e criação de logradouros 
públicos. 
Certo Errado 
 
3. (CESPE - Proc Mun (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2017) Considerando a jurisprudência 
majoritária e atual dos tribunais superiores, julgue o item subsequente. 
 
Para o STJ, se parte de um imóvel urbano for declarada pelo poder público área de preservação 
permanente, ficará afastada a titularidade do proprietário em relação a essa porção do imóvel. Uma 
vez transformada em área de preservação permanente, a porção é retirada do domínio privado e 
passa a ser considerada bem público para todos os efeitos, incluindo-se os tributários. 
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Certo Errado 
 
4. (CESPE - Proc (João Pessoa)/Pref João Pessoa/2018) Após ter adquirido um lote a ser pago 
em prestações, o comprador verificou que o loteamento não se encontrava registrado. 
 
Nessa situação hipotética, a lei que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano indica que o 
adquirente do bem deve 
 
a) comunicar o fato ao Ministério Público. 
b) registrar ocorrência policial. 
c) exigir do loteador a anulação do contrato. 
d) notificar o fato ao órgão municipal competente. 
e) suspender o pagamento das prestações. 
 
5. (CESPE - Proc (João Pessoa)/Pref João Pessoa/2018) O ministério público local tomou 
conhecimento do loteamento irregular de determinada área para fins urbanos. O parquet 
constatou que o loteamento não possuía autorização do órgão público competente e estava em 
desacordo com as normas do município. 
 
Nesse caso, o responsável pelo loteamento irregular cometeu crime contra a administração pública, 
que, de acordo com a Lei n.º 6.766/1979, será qualificado se tiver sido cometido 
a) por agente público no exercício de suas funções. 
b) pela definição de lotes de área inferior a 80 m2. 
c) para venda de lote sem registro no cartório de registro de imóveis competente. 
d) em área de preservação ambiental sujeita a regime especial de uso. 
e) em área de reserva legal averbada na matrícula do imóvel. 
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==1bd45a==
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6. (CESPE - Proc (João Pessoa)/Pref João Pessoa/2018) Um proprietário de determinada área 
urbana de quarenta hectares abriu novas vias e designou pequenas parcelas do terreno para 
venda a terceiros, com a finalidade de construção de moradias em sistema de condomínio. 
 
Nessa situação hipotética, esse proprietário realizou 
a) o loteamento da sua propriedade, que deverá conter lotes de, no mínimo, 125 m2. 
b) o desmembramento da sua propriedade, que deverá conter lotes de, no mínimo, 125 m2. 
c) o loteamento da sua propriedade, que deverá conter lotes de, no máximo, 125 m2. 
d) o desmembramento de sua propriedade, devendo solicitar à prefeitura local a definição de 
diretrizes para uso do solo, mediante apresentação da planta do imóvel, que deverá conter as 
divisas da gleba desmembrada. 
e) o loteamento de sua propriedade, devendo solicitar à prefeitura local a aprovação do projeto, 
mediante apresentação da planta do imóvel, que deverá conter a indicação das vias existentes e 
dos loteamentos próximos. 
 
7. (VUNESP - Proc Mun (Rosana)/Pref Rosana/2016) Os lotes urbanos, para fins de 
loteamento e parcelamento do solo, conforme estabelecido na Lei nº 6.766/79, quando o 
loteamento se destinar a edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente 
aprovados pelos órgãos públicos competentes, poderão ter área mínima 
a) de 150 m2. 
b) menor que 125 m2. 
c) entre 130 e 150 m2. 
d) entre 150 e 250 m2. 
e) de 250 m2. 
 
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8. (VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) Com relação ao parcelamento do solo 
urbano, previsto na Lei Federal n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Lei Lehmann), é correto 
afirmar que os loteamentos deverão atender, pelo menos, ao seguinte requisito: 
a) mesmo na hipótese do loteamento destinar-se a urbanização específica ou edificação de 
conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos 
competentes, os lotes não poderão ter área mínima inferior a 125 m2 (cento e vinte e cinco metros 
quadrados). 
b) ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será facultativa a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, 
salvo maiores exigências da legislação específica. 
c) ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, 
salvo maiores exigências da legislação específica. 
d) as vias de loteamento não necessitam, obrigatoriamente, articular-se com as vias adjacentes 
oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 
e) a legislação estadual definirá, para cada zona em que se divida o território do Município, os usos 
permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo. 
 
9. (VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) A Lei n.º 6.766, de 19 de dezembro de 
1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras providências, estabelece 
sobre os contratos que: 
 
a) são retratáveis os compromissos de compra e venda e as cessões que, registrados, confiram 
direito real oposto a terceiros. 
b) as promessas de cessão e as cessões deverão ser feitas por escritura pública. 
c) os firmados por procurador de uma das partes terão a respectiva procuração arquivada em 
cartório de registro de documentos com dois translados para o registro imobiliário. 
d) a sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não rescindirá os 
contratos e compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que tenham por objeto a 
área loteada ou lotes da mesma. 
e) o contrato particular pode ser transferido por trespasse, mas a cessão depende da anuência do 
loteador. 
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10. (VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) O parcelamento do solo urbano, segundo 
a Lei n.º 6.766/79, poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento. A referida Lei 
considera 
 
a) zona habitacional o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices 
urbanísticos definidos por lei estadual para a zona regional em que esteja situado. 
b) loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de vias de 
circulação já existentes e modificaçãode equipamentos públicos. 
c) desmembramento a divisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas 
vias e aproveitamento do sistema viário já existente. 
d) infraestrutura básica dos parcelamentos, a constituída pelos equipamentos de caráter misto de 
escoamento das águas pluviais, esgotamento sanitário e vias de canalização de água para 
dessedentação de animais. 
e) lote o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos 
definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
 
11. (FCC - Proc (São Luís)/Pref SL/2016) Sobre o parcelamento do solo urbano, é correto 
afirmar que: 
 
a) são tipos de parcelamento o loteamento, o remembramento, o desdobro e o desmembramento. 
b) o Poder Público municipal poderá indeferir por discricionariedade o projeto de loteamento. 
c) é crime contra Administração Pública, com pena de reclusão, lotear sem as devidas autorizações 
municipais. 
d) gleba ocupada por moradia social desordenadamente não pode ser objeto de parcelamento. 
e) em qualquer parcelamento, os lotes serão de, no mínimo, 100 metros quadrados. 
 
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12. (FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) São atos sujeitos ao registro na matrícula do 
imóvel: 
 
a) notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel urbano. 
b) servidões em geral. 
c) mudança de denominação e de numeração dos prédios, edificação, reconstrução, demolição, 
desmembramento e loteamento de imóveis. 
d) caução e cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis. 
e) cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem 
como a constituição de fideicomisso. 
 
13. (FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A respeito dos requisitos urbanísticos para 
loteamentos, considere: 
 
I. As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e 
comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de 
ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. 
 
II. Os lotes terão área mínima de 250 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) e frente 
mínima de 10 (dez) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes. 
 
III. Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 30 (trinta) metros de cada lado, 
salvo maiores exigências da legislação específica. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
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a) III. 
b) I e III. 
c) I e II. 
d) I. 
e) II e III. 
 
14. (FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A respeito do registro do loteamento no Cartório 
de Registro de Imóveis, é correto afirmar que 
 
a) a existência de ações pessoais impedirá o registro do loteamento, independentemente de 
qualquer justificativa ou comprovação por parte do requerente. 
b) aprovado o projeto de loteamento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro 
de 60 dias, sob pena de caducidade da aprovação. 
c) o pedido de registro do loteamento deverá ser instruído, dentre outros documentos, com 
certidões negativas de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a 
Administração Pública. 
d) a existência de protestos impedirá o registro do loteamento, independentemente de qualquer 
justificativa ou comprovação por parte do requerente. 
e) a declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento dispensará o 
consentimento deste para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos a 
eles relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge. 
 
15. (FCC - Proc (Teresina)/Pref Teresina/2010) Em relação aos loteamentos urbanos, é 
INCORRETO afirmar que 
 
a) o Município não poderá expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, 
demolição, reconstrução e incorporação. 
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b) os interessados em elaborar projetos de loteamento deverão solicitar à Prefeitura Municipal que 
defina as diretrizes para o uso do solo, o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e 
das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário. 
c) os espaços livres de uso comum, as vias e praças e áreas destinadas a outros equipamentos 
urbanos constantes do projeto não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a 
aprovação do loteamento, salvo em caso de caducidade da licença ou desistência do loteador. 
d) aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao 
Registro Imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação. 
e) a Prefeitura Municipal poderá, para assegurar a regularização do loteamento ou 
desmembramento, bem como o ressarcimento integral de importâncias despendidas ou a 
despender, promover judicialmente os procedimentos cautelares necessários a tais fins. 
 
16. (CESPE - Proc Mun (BH)/Pref BH/2017) Chamado para analisar projetos de parcelamento 
de solo urbano em áreas impróprias, determinado procurador municipal verificou hipótese de 
proibição absoluta. 
 
Com base nas disposições da Lei n.º 6.766/1979, é correto afirmar tratar-se, na situação, de 
parcelamento do solo em terrenos 
 a) onde as condições geológicas não aconselham a edificação. 
 b) alagadiços e sujeitos a inundações. 
 c) aterrados com material nocivo à saúde pública. 
 d) com declividade igual ou superior a 30%. 
 
17. (CESPE - Proc (PGE SE)/PGE SE/2017) Uma construtora realizou parcelamento de solo 
urbano, mediante loteamento, sem observância das disposições legais. 
 
Nesse caso, de acordo com o entendimento do STJ, 
 a) o município tem responsabilidade solidária pela regularização do loteamento, devendo pagá-la 
ainda que o loteador possa fazê-lo. 
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 b) a responsabilidade do município em regularizar o loteamento, embora discricionária, é de 
execução imediata. 
 c) a regularização do loteamento deverá ser decidida em ação civil pública. 
 d) o poder da administração pública de regularizar o loteamento é discricionário. 
 e) o município terá o poder-dever para regularizar o loteamento. 
 
18. (VUNESP - Proc (Pref Marília)/Pref Marília/2017) Pedro obteve a aprovação, pela 
Prefeitura Municipal, de um projeto de loteamento, bem como promoveu o registro do mesmo 
perante o Cartório de Registro de Imóveis. Houve o início das vendas, que foram um sucesso: em 
menos de 5 meses, 90% dos lotes foram vendidos. Em razão do sucesso das vendas, Pedro 
apresentou uma proposta de alteração do loteamento, visando reduzir em 50% as áreas antes 
previstas para equipamentos urbanos, com o intuito de aumentar o número de lotes para venda. 
 
É correto que a municipalidade 
 a) poderá concordar com a proposta de alteração apresentada por Pedro, tendo em vista que irá 
aumentar o número de moradores e melhorar a arrecadação do IPTU. 
 b) somente poderá concordar se ainda não efetuou o registro em seu nome dos equipamentos 
urbanos constantes do projeto e do memorial descritivo. 
 c) poderá concordar com a proposta,mesmo que tenha feito o registro em seu nome dos 
equipamentos urbanos constantes do projeto e do memorial descritivo. 
 d) poderá concordar, desde que sejam previstas medidas compensatórias, independentemente de 
ter realizado ou não o registro dos equipamentos urbanos. 
 e) não poderá concordar com a proposta porque, desde a aprovação do loteamento, as áreas dos 
equipamentos urbanos passaram a ser bens públicos, independentemente do registro. 
 
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5.2 – QUESTÕES DE DEFENSORIA 
1. (FMP - DP RO/DPE RO/2010) Tendo como base o regramento instituído pela Lei do 
Parcelamento do Solo Urbano – Lei Federal n.º 6.766/79, analise as assertivas que seguem. 
 
I. Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões não sejam 
menores do que o equivalente a setenta metros quadrados e, além disso, atendam aos índices 
urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
 
II. A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por 
lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de vias de circulação, escoamento das 
águas pluviais, rede para o abastecimento de água potável e soluções para o esgotamento sanitário 
e para a energia elétrica domiciliar. 
 
III. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de 
expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por 
lei municipal. 
 
IV. Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de 
esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. 
 
Quais são corretas? 
 
a) Apenas a I, a II e a III. 
b) Apenas a I, a II e a IV. 
c) Apenas a I, a III e a IV. 
d) Apenas a II, a III e a IV. 
e) Todas elas. 
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2. (FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Arquiteto/2010) Em loteamentos, considerando os requisitos 
urbanísticos exigidos pela Lei no 6.766/76, os lotes terão área 
a) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros. 
b) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros, apenas para conjuntos habitacionais de interesse 
social. 
c) mínima de 150 m2 e frente mínima de 5 metros. 
d) proporcional à densidade de ocupação prevista nos planos diretores ou aprovada por lei 
municipal para a zona em que se situem. 
e) mínima de 125 m2 e frente mínima de 8 metros. 
 
3. (FCC - DP MA/DPE MA/2003) A Lei nº 6.766, de 19/12/1979, ao dispor que nos loteamentos 
urbanos "os lotes terão área mínima de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados)", 
estabelece sobre estes 
a) fungibilidade. 
b) indivisibilidade convencional. 
c) indivisibilidade legal. 
d) intangibilidade. 
e) a qualidade de imóveis para efeitos legais. 
 
4. (CESPE - DP DF/DP DF/2006) Julgue o item a seguir, acerca do regime jurídico dos 
loteamentos e dos zoneamentos. 
 
Promover o adequado ordenamento territorial por meio da regularização não é somente dar 
legalidade formal a uma situação ilegal, mas, sim, executar saneamento básico, atenuar danos 
ecológicos e garantir que os habitantes do local em situação de ilegalidade não sofram qualquer 
tipo de risco a que porventura tenham sido expostos pelo mau loteador. Diante disso, não é mera 
faculdade do município ou do DF promover a adequada regularização, mas, sim, poder-dever. 
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Certo 
Errado 
 
 
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6 - GABARITOS 
6.1 - QUESTÕES DE PROCURADORIAS 
 
1. ERRADO 
2. ERRADO 
3. ERRADO 
4. E 
5. C 
6. A 
7. B 
8. C 
9. D 
10. E 
11. C 
12. B 
13. D 
14. C 
15. A 
16. A 
17. E 
18. E 
6.2 - QUESTÕES DE DEFENSORIA 
 
1. D 
2. A 
3. C 
4. CERTO
 
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7 - COMENTÁRIOS 
7.1 - QUESTÕES DE PROCURADORIAS 
 
1. (CESPE - Proc Mun (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2017) Com relação a direitos reais, parcelamento do 
solo urbano, locação e registros públicos, julgue o item seguinte. 
 
Embora o município tenha o dever de fiscalizar para impedir a realização de loteamento irregular, ante a 
responsabilidade pelo uso e pela ocupação do solo urbano, a regularização está no âmbito da 
discricionariedade, conforme entendimento pacificado no STJ. 
Certo Errado 
Comentários 
Gabarito, ERRRADO. 
 
Eis importante julgado do STJ: 
 
ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LOTEAMENTO IRREGULAR. DANO AMBIENTAL. 
RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO. ART. 40 DA LEI N. 6.766/79. PODER-DEVER. PRECEDENTES. 
1. O art. 40 da Lei 6.766/79, ao estabelecer que o município "poderá regularizar loteamento ou 
desmembramento não autorizado ou executado sem observância das determinações do ato 
administrativo de licença", fixa, na verdade, um poder-dever, ou seja, um atuar vinculado da 
municipalidade. Precedentes. 2. Consoante dispõe o art. 30, VIII, da Constituição da República, 
compete ao município "promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano". 3. Para evitar 
lesão aos padrões de desenvolvimento urbano, o Município não pode eximir-se do dever de 
regularizar loteamentos irregulares, se os loteadores e responsáveis, devidamente notificados, 
deixam de proceder com as obras e melhoramentos indicados pelo ente público. 4. O fato de o 
município ter multado os loteadores e embargado as obras realizadas no loteamento em nada 
muda o panorama, devendo proceder, ele próprio e às expensas do loteador, nos termos da 
responsabilidade que lhe é atribuída pelo art. 40 da Lei 6.766/79, à regularização do loteamento 
executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença. 5. No caso, se o 
município de São Paulo, mesmo após a aplicação da multa e o embargo da obra, não avocou para 
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si a responsabilidade pela regularização do loteamento às expensas do loteador, e dessa omissão 
resultou um dano ambiental, deve ser responsabilizado, conjuntamente com o loteador, pelos 
prejuízos dai advindos, podendo acioná-lo regressivamente. 6. Recurso especial provido. (REsp 
1.113.789/SP, Rel.: Min. Castro Meira, j. em 16.06.2009, p. em DJe 29.06.2009) 
 
2. (CESPE - Proc Mun (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2017) A respeito de parcelamento do solo, impacto 
de vizinhança, regularização fundiária de interesse social, desapropriação e tombamento, julgue o item a 
seguir com base na legislação urbanística. 
 
No âmbito do parcelamento do solo urbano, desmembramento corresponde à subdivisão de gleba em lotes 
destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação e criação de logradouros públicos. 
Certo Errado 
Comentários 
Gabarito, ERRADO. 
 
A questão procurou confundir os conceitos de loteamento e desmembramento, nos termos da Lei 6.766/79, 
artigo 2º. Segundo o referido dispositivo legal, o parcelamento do solo urbano poderá ocorrer de duas 
formas: através de loteamento ou desmembramento. 
 
Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá serfeito mediante loteamento ou 
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e 
municipais pertinentes. 
 
E o que seria um loteamento? 
 
A própria norma explica a definição de loteamento, tratando-se de uma subdivisão da gleba em lotes 
destinados a edificação, desde que haja alteração nas vias de circulação existentes (abertura de novas vias 
de circulação, de logradouros públicos, prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes). 
 
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§ 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com 
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação 
ou ampliação das vias existentes. 
 
E o que seria um desmembramento? 
 
Já o desmembramento é a subdivisão da gleba também em lotes destinados a edificação, mas sem alteração 
nas vias de circulação, aproveitando-se o sistema viário existente (inexistirá abertura de novas vias e 
logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. 
 
§ 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com 
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e 
logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. 
 
3. (CESPE - Proc Mun (Fortaleza)/Pref Fortaleza/2017) Considerando a jurisprudência majoritária e 
atual dos tribunais superiores, julgue o item subsequente. 
 
Para o STJ, se parte de um imóvel urbano for declarada pelo poder público área de preservação permanente, 
ficará afastada a titularidade do proprietário em relação a essa porção do imóvel. Uma vez transformada em 
área de preservação permanente, a porção é retirada do domínio privado e passa a ser considerada bem 
público para todos os efeitos, incluindo-se os tributários. 
Certo Errado 
Comentários 
Gabarito, ERRADO. 
 
Se parte de um imóvel for declarada como área non aedificandi, a exemplo das Áreas de Preservação 
Permanente, estas continuam sendo de propriedade do particular e, além disso, o IPTU continuará a incidir 
normalmente. 
 
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A Lei 6.766/79 estabelece a necessidade de se reservar nos loteamentos áreas non aedificandi: 
 
Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
(...) 
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada 
lado, salvo maiores exigências da legislação específica; 
 
Art. 5º. O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a 
reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos. 
 
Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, 
serviços de esgostos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. 
 
Mas e em relação ao IPTU? O proprietário de imóvel que possui área non aedificandi precisa pagar IPTU 
sobre o valor total da propriedade ou apenas sobre o valor edificável? 
 
Esta discussão chegou ao STJ, onde os contribuintes argumentavam que a ausência de disposição total da 
propriedade não poderia ensejar o pagamento do IPTU sobre o imóvel integral. 
 
Alegavam, pois, que estavam pagando o tributo sobre toda a propriedade quando apenas poderiam dispor 
de parte dela, dada a necessidade da limitação administrativa quanto à impossibilidade de edificação no 
terreno como um todo. 
 
Contudo, o STJ não aceitou tais argumentos. 
 
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É que o fato gerador do IPTU (propriedade de imóvel urbano) permanece íntegro, qual seja, a propriedade 
localizada na zona urbana do município. A restrição parcial à utilização do imóvel não pode afastar a 
incidência do tributo. 
 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. IPTU. LIMITAÇÃO DE USO, GOZO E FRUIÇÃO. REEXAME DE 
FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. ARTS. 175, I E II, E 176 DO 
CTN. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. 
1. Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, a restrição à utilização parcial da propriedade 
não afasta a incidência do Imposto Predial e Territorial Urbano, uma vez que o fato gerador da 
exação permanece íntegro, qual seja, a propriedade localizada na zona urbana do município. (...) 
(AgRg no REsp 1564422/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
17/12/2015, DJe 10/02/2016). 
 
4. (CESPE - Proc (João Pessoa)/Pref João Pessoa/2018) Após ter adquirido um lote a ser pago em 
prestações, o comprador verificou que o loteamento não se encontrava registrado. 
 
Nessa situação hipotética, a lei que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano indica que o adquirente do 
bem deve 
 
a) comunicar o fato ao Ministério Público. 
b) registrar ocorrência policial. 
c) exigir do loteador a anulação do contrato. 
d) notificar o fato ao órgão municipal competente. 
e) suspender o pagamento das prestações. 
Comentários 
Gabarito, letra E. 
 
Conforme art. 38 da Lei nº 6.766/79: 
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Art. 38. Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha registrado ou 
regularmente executado ou notificado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando 
for o caso, deverá o adquirente do lote suspender o pagamento das prestações restantes e 
notificar o loteador para suprir a falta. 
 
As demais alternativas não encontram respaldo legal. 
 
5. (CESPE - Proc (João Pessoa)/Pref João Pessoa/2018) O ministério público local tomou conhecimento 
do loteamento irregular de determinada área para fins urbanos. O parquet constatou que o loteamento 
não possuía autorização do órgão público competente e estava em desacordo com as normas do 
município. 
 
Nesse caso, o responsável pelo loteamento irregular cometeu crime contra a administração pública, que, de 
acordo com a Lei n.º 6.766/1979, será qualificado se tiver sido cometido 
a) por agente público no exercício de suas funções. 
b) pela definição de lotes de área inferior a 80 m2. 
c) para venda de lote sem registro no cartório de registro de imóveis competente. 
d) em área de preservação ambiental sujeita a regime especial de uso. 
e) em área de reserva legal averbada na matrícula do imóvel. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
 
Conforme art. 50, p. único, inciso I da referida lei: 
 
Art. 50. Constitui crime contra a Administração Pública. 
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Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o maior 
salário mínimo vigente no País. 
 
Parágrafo único - O crime definido neste artigo é qualificado, se cometido. 
I - por meio de venda, promessa de venda, reserva de lote ou quaisquer outros instrumentos que 
manifestem a intenção de vender lote em loteamento ou desmembramento não registrado no 
Registro de Imóveis competente. 
 
As demais alternativas não possuem respaldo legal. 
 
6. (CESPE - Proc (João Pessoa)/Pref João Pessoa/2018) Um proprietário de determinada área urbana 
de quarenta hectaresabriu novas vias e designou pequenas parcelas do terreno para venda a terceiros, 
com a finalidade de construção de moradias em sistema de condomínio. 
 
Nessa situação hipotética, esse proprietário realizou 
a) o loteamento da sua propriedade, que deverá conter lotes de, no mínimo, 125 m2. 
b) o desmembramento da sua propriedade, que deverá conter lotes de, no mínimo, 125 m2. 
c) o loteamento da sua propriedade, que deverá conter lotes de, no máximo, 125 m2. 
d) o desmembramento de sua propriedade, devendo solicitar à prefeitura local a definição de diretrizes para 
uso do solo, mediante apresentação da planta do imóvel, que deverá conter as divisas da gleba 
desmembrada. 
e) o loteamento de sua propriedade, devendo solicitar à prefeitura local a aprovação do projeto, mediante 
apresentação da planta do imóvel, que deverá conter a indicação das vias existentes e dos loteamentos 
próximos. 
Comentários 
Gabarito, letra A. 
O item está de acordo com o art.4º, II da Lei 6.766/79. 
 
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Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente 
mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
7. (VUNESP - Proc Mun (Rosana)/Pref Rosana/2016) Os lotes urbanos, para fins de loteamento e 
parcelamento do solo, conforme estabelecido na Lei nº 6.766/79, quando o loteamento se destinar a 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos 
competentes, poderão ter área mínima 
a) de 150 m2. 
b) menor que 125 m2. 
c) entre 130 e 150 m2. 
d) entre 150 e 250 m2. 
e) de 250 m2. 
Comentários 
Gabarito, letra B. 
O item está de acordo com o art.4º, II da Lei 6.766/79. 
 
Art. 4o Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima 
de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
8. (VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) Com relação ao parcelamento do solo urbano, 
previsto na Lei Federal n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Lei Lehmann), é correto afirmar que os 
loteamentos deverão atender, pelo menos, ao seguinte requisito: 
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a) mesmo na hipótese do loteamento destinar-se a urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes, os lotes não 
poderão ter área mínima inferior a 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados). 
b) ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será 
facultativa a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências 
da legislação específica. 
c) ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será 
obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores 
exigências da legislação específica. 
d) as vias de loteamento não necessitam, obrigatoriamente, articular-se com as vias adjacentes oficiais, 
existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 
e) a legislação estadual definirá, para cada zona em que se divida o território do Município, os usos 
permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
 
Conforme art. 4º, inciso III da lei: 
 
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada 
lado, salvo maiores exigências da legislação específica; 
 
Letra A: Poderão ter essa área mínima, conforme art. 4º, inciso II: 
 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima 
de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
Letra B: Não será facultativo, mas obrigatório: 
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III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada 
lado, salvo maiores exigências da legislação específica; 
 
Letra D: Há sim essa necessidade: 
 
IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou 
projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 
 
Letra E: Quem definirá será a legislação municipal: 
 
§ 1º A legislação municipal definirá, para cada zona em que se divida o território do Município, 
os usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que incluirão, 
obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os coeficientes máximos de 
aproveitamento. 
 
9. (VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) A Lei n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que 
dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras providências, estabelece sobre os contratos que: 
 
a) são retratáveis os compromissos de compra e venda e as cessões que, registrados, confiram direito real 
oposto a terceiros. 
b) as promessas de cessão e as cessões deverão ser feitas por escritura pública. 
c) os firmados por procurador de uma das partes terão a respectiva procuração arquivada em cartório de 
registro de documentos com dois translados para o registro imobiliário. 
d) a sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não rescindirá os contratos 
e compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes 
da mesma. 
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e) o contrato particular pode ser transferido por trespasse, mas a cessão depende da anuência do loteador. 
Comentários 
Gabarito, letra D. 
 
Conforme parte inicial do art. 30 da lei: 
 
Art. 30. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não 
rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que 
tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou insolvência for do 
proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao 
administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos 
serão levados à praça. 
 
Letra A: São irretratáveis, conforme art. 25: 
 
Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de cessão, 
os que atribuam direito a adjudicação compulsória e, estando registrados, confiram direito real 
oponível a terceiros. 
 
Letra B: A obrigatoriedade de registro serve para o loteamento e não exatamente para a cessão e a promessa 
de cessão, que deverão acompanhar o registro no caso do efetivo loteamento.Letra C: A lei não prevê os dois traslados: 
 
§ 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, será 
obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. 
 
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Letra E: Independe da referida anuência, conforme art. 31: 
 
Art. 31. O contrato particular pode ser transferido por simples trespasse, lançado no verso das 
vias em poder das partes, ou por instrumento em separado, declarando-se o número do registro 
do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do cessionário, para o devido registro. 
§ 1º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus efeitos só se 
produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a cessão. 
 
10. (VUNESP - Proc Mun (Pref SJRP)/Pref SJRP/2014) O parcelamento do solo urbano, segundo a Lei n.º 
6.766/79, poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento. A referida Lei considera 
 
a) zona habitacional o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices 
urbanísticos definidos por lei estadual para a zona regional em que esteja situado. 
b) loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de vias de circulação já 
existentes e modificação de equipamentos públicos. 
c) desmembramento a divisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias e 
aproveitamento do sistema viário já existente. 
d) infraestrutura básica dos parcelamentos, a constituída pelos equipamentos de caráter misto de 
escoamento das águas pluviais, esgotamento sanitário e vias de canalização de água para dessedentação de 
animais. 
e) lote o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos 
pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
Comentários 
Gabarito, letra E. 
O item é a literalidade do art.2º, §4º da Lei 6.766/79. 
 
Art. 2º O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou 
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e 
municipais pertinentes. 
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§ 4º Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos 
índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
 
Letra A. A lei não conceitua zona habitacional. 
 
Letra B. Conforme art. 2º, § 1, Lei 6.766/79: 
 
Art.2º, §1º Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com 
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação 
ou ampliação das vias existentes. 
 
Letra C. Conforme art. 2º, § 2º, Lei 6.766/79: 
 
Art. 2o, § 2o Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a 
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura 
de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já 
existentes. 
 
Letra D. Conforme art. 2º, § 5º, Lei 6.766/79: 
 
Art. 2º, §5º A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos 
urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, 
abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. 
 
11. (FCC - Proc (São Luís)/Pref SL/2016) Sobre o parcelamento do solo urbano, é correto afirmar que: 
 
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a) são tipos de parcelamento o loteamento, o remembramento, o desdobro e o desmembramento. 
b) o Poder Público municipal poderá indeferir por discricionariedade o projeto de loteamento. 
c) é crime contra Administração Pública, com pena de reclusão, lotear sem as devidas autorizações 
municipais. 
d) gleba ocupada por moradia social desordenadamente não pode ser objeto de parcelamento. 
e) em qualquer parcelamento, os lotes serão de, no mínimo, 100 metros quadrados. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
 
Conforme art. 50, inciso I da Lei nº 6.766/79: 
 
Art. 50. Constitui crime contra a Administração Pública. 
I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins 
urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições 
desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municipíos; 
 
Letra A: Os termos presentes na referida lei são apenas loteamento e desmembramento. 
 
Letra B: Será ato vinculado se o loteamento atender aos requisitos dispostos por lei do próprio ente. 
 
Letra D: Isso faz parte da política pública destinada à regularização fundiária. Destaque especial, assim, para 
as inovações da Lei nº 13.465/2017. 
 
Letra E: O limite é definido pelo art. 4º, inciso II da lei: 
 
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Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima 
de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
12. (FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) São atos sujeitos ao registro na matrícula do imóvel: 
 
a) notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel urbano. 
b) servidões em geral. 
c) mudança de denominação e de numeração dos prédios, edificação, reconstrução, demolição, 
desmembramento e loteamento de imóveis. 
d) caução e cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis. 
e) cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem como a 
constituição de fideicomisso. 
Comentários 
Gabarito, letra B. 
 
O item está em conformidade com o art.167, “6” da Lei 6216/75. 
 
Art. 167 No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos: 
6) das servidões em geral; 
 
As demais alternativas são justificadas com a leitura do art.167. da Lei 6216/75: 
 
Art. 167 No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos: 
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I - o registro: 
1) da instituição de bem de família; 
2) das hipotecas legais, judiciais e convencionais; 
3) dos contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula de vigência no 
caso de alienação da coisa locada; 
4) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em funcionamento, 
com os respectivos pertences ou sem eles; 
5) das penhoras, arrestos e seqüestros de imóveis; 
6) das servidões em geral; 
7) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habitação, quando não resultarem do direito de 
família; 
8) das rendas constituídas sobre imóveis ou a eles vinculadas por disposição de última vontade; 
9) dos contratos de compromisso de compra e venda de cessão deste e de promessa de cessão, 
com ou sem cláusula de arrependimento, que tenham por objeto imóveis não loteados e cujo 
preço tenha sido pago no ato de sua celebração, ou deva sê-lo a prazo, de uma só vez ou em 
prestações; 
10) da enfiteuse; 
11) da anticrese; 
12) das convenções antenupciais;13) das cédulas de crédito rural; 
14) das cédulas de crédito, industrial; 
15) dos contratos de penhor rural; 
16) dos empréstimos por obrigações ao portador ou debêntures, inclusive as conversíveis em 
ações; 
17) das incorporações, instituições e convenções de condomínio; 
18) dos contratos de promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de unidades autônomas 
condominiais a que alude a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, quando a incorporação ou 
a instituição de condomínio se formalizar na vigência desta Lei; 
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19) dos loteamentos urbanos e rurais; 
20) dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados em conformidade com 
o Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937, e respectiva cessão e promessa de cessão, 
quando o loteamento se formalizar na vigência desta Lei; 
21) das citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis; 
22) das sentenças de desquite e de nulidade ou anulação de casamento, quando, nas respectivas 
partilhas, existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro; 
23) dos julgados e atos jurídicos entre vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem inclusive 
nos casos de incorporação que resultarem em constituição de condomínio e atribuírem uma ou 
mais unidades aos incorporadores; 
24) das sentenças que nos inventários, arrolamentos e partilhas, adjudicarem bens de raiz em 
pagamento das dívidas da herança; 
25) dos atos de entrega de legados de imóveis, dos formais de partilha e das sentenças de 
adjudicação em inventário ou arrolamento quando não houver partilha; 
26) da arrematação e da adjudicação em hasta pública; 
27) do dote; 
28) das sentenças declaratórias de usucapião; 
29) da compra e venda pura e da condicional; 
30) da permuta; 
31) da dação em pagamento; 
32) da transferência, de imóvel a sociedade, quando integrar quota social; 
33) da doação entre vivos; 
34) da desapropriação amigável e das sentenças que, em processo de desapropriação, fixarem o 
valor da indenização; 
II - a averbação: 
1) das convenções antenupciais e do regime de bens diversos do legal, nos registros referentes a 
imóveis ou a direitos reais pertencentes a qualquer dos cônjuges, inclusive os adquiridos 
posteriormente ao casamento; 
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2) por cancelamento, da extinção dos ônus e direitos reais; 
3) dos contratos de promessa de compra e venda, das cessões e das promessas de cessão a que 
alude o Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937, quando o loteamento se tiver formalizado 
anteriormente à vigência desta Lei; 
4) da mudança de denominação e de numeração dos prédios, da edificação, da reconstrução, da 
demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis; 
5) da alteração do nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de outras circunstâncias que, 
de qualquer modo, tenham influência no registro ou nas pessoas nele interessadas; 
6) dos atos pertinentes a unidades autônomas condominiais a que alude a Lei nº 4.591, de 16 de 
dezembro de 1964, quando a incorporação tiver sido formalizada anteriormente à vigência desta 
Lei; 
7) das cédulas hipotecárias; 
8) da caução e da cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis; 
9) das sentenças de separação de dote; 
10) do restabelecimento da sociedade conjugal; 
11) das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a 
imóveis, bem como da constituição de fideicomisso; 
12) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos registrados ou 
averbados; 
13) " ex offício ", dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público." 
 
13. (FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A respeito dos requisitos urbanísticos para loteamentos, 
considere: 
 
I. As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, 
bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano 
diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. 
 
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II. Os lotes terão área mínima de 250 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) e frente mínima de 
10 (dez) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes. 
 
III. Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, 
será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 30 (trinta) metros de cada lado, salvo maiores 
exigências da legislação específica. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) III. 
b) I e III. 
c) I e II. 
d) I. 
e) II e III. 
Comentários 
Gabarito, letra D. 
 
I: VERDADEIRO -> Conforme art. 4º, inciso I da lei: 
 
Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e 
comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de 
ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. 
 
II: FALSO -> A área mínima é de 125m², conforme inciso II: 
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II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima 
de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
III: FALSO -> O correto é 15 metros: 
 
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e 
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada 
lado, salvo maiores exigências da legislação específica; 
 
14. (FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2014) A respeito do registro do loteamento no Cartório de 
Registro de Imóveis, é correto afirmar que 
 
a) a existência de ações pessoais impedirá o registro do loteamento, independentemente de qualquer 
justificativa ou comprovação por parte do requerente. 
b) aprovado o projeto de loteamento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 60 
dias, sob pena de caducidade da aprovação. 
c) o pedido de registro do loteamento deverá ser instruído, dentre outros documentos, com certidões 
negativas de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração Pública. 
d) a existência de protestos impedirá o registro do loteamento, independentemente de qualquer justificativa 
ou comprovação por parte do requerente. 
e) a declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento dispensará o 
consentimento deste para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos a eles 
relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
 
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O item está em conformidade com o art.18, III, “c” da lei 6.766/79. 
 
Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-
lo ao registroimobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da 
aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: 
III - certidões negativas: 
c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração Pública 
 
Letra A. Conforme art.18, §2º da Lei 6.766/79: 
 
Art. 18, §2º A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as referentes 
a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do loteamento 
se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão prejudicar os 
adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente a comprovação feita, 
suscitará a dúvida perante o juiz competente 
 
Letra B. Conforme art.18 da Lei 6.766/79: 
 
Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-
lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da 
aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: 
 
Letra D. Conforme art.18, §2º da Lei 6.766/79: 
 
Art. 18, § 2º A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as 
referentes a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do 
loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão prejudicar 
os adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente a comprovação 
feita, suscitará a dúvida perante o juiz competente. 
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Letra E. Conforme art.18, §3º da Lei 6.766/79: 
 
Art.18, §3º A declaração a que se refere o inciso VII deste artigo não dispensará o consentimento 
do declarante para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos a eles 
relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge 
 
15. (FCC - Proc (Teresina)/Pref Teresina/2010) Em relação aos loteamentos urbanos, é INCORRETO 
afirmar que 
 
a) o Município não poderá expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, 
reconstrução e incorporação. 
b) os interessados em elaborar projetos de loteamento deverão solicitar à Prefeitura Municipal que defina 
as diretrizes para o uso do solo, o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas 
reservadas para equipamento urbano e comunitário. 
c) os espaços livres de uso comum, as vias e praças e áreas destinadas a outros equipamentos urbanos 
constantes do projeto não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do 
loteamento, salvo em caso de caducidade da licença ou desistência do loteador. 
d) aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao Registro 
Imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação. 
e) a Prefeitura Municipal poderá, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem 
como o ressarcimento integral de importâncias despendidas ou a despender, promover judicialmente os 
procedimentos cautelares necessários a tais fins. 
Comentários 
Gabarito, letra A. 
Conforme art.44 da Lei 6.766/79: 
 
Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Estado poderão expropriar áreas urbanas ou de 
expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, ressalvada a 
preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades. 
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Letra B. Conforme art.6º da Lei 6.766/79: 
 
Art. 6o Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura 
Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, 
traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento 
urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, 
pelo menos: 
 
Letra C. Conforme art.17 da Lei 6.766/79: 
 
Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos 
e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão 
ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses 
de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências 
do art. 23 desta Lei. 
 
Letra D. Conforme art.18 da Lei 6.766/79: 
 
Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-
lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da 
aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: 
 
Letra E. Conforme art.40, §4º da Lei 6.766/79: 
 
Art. 40. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, se desatendida pelo 
loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou desmembramento não autorizado ou 
executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença, para evitar lesão 
aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes. 
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§ 2º As importâncias despendidas pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for 
o caso, para regularizar o loteamento ou desmembramento, caso não sejam integralmente 
ressarcidas conforme o disposto no parágrafo anterior, serão exigidas na parte faltante do 
loteador, aplicando-se o disposto no art. 47 desta Lei. 
 
16. (CESPE - Proc Mun (BH)/Pref BH/2017) Chamado para analisar projetos de parcelamento de solo 
urbano em áreas impróprias, determinado procurador municipal verificou hipótese de proibição absoluta. 
 
Com base nas disposições da Lei n.º 6.766/1979, é correto afirmar tratar-se, na situação, de parcelamento 
do solo em terrenos 
 a) onde as condições geológicas não aconselham a edificação. 
 b) alagadiços e sujeitos a inundações. 
 c) aterrados com material nocivo à saúde pública. 
 d) com declividade igual ou superior a 30%. 
Comentários 
Gabarito, letra A. 
 
Conforme art.3º, parágrafo único a letra “A” é a única situação dentre os seguintes incisos. 
 
Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de 
expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas 
por lei municipal. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 
Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo: 
I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para 
assegurar o escoamento das águas; 
Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam 
previamente saneados; 
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III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas 
exigências específicas das autoridades competentes; 
IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; 
V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias 
suportáveis, até a sua correção. 
 
17. (CESPE - Proc (PGE SE)/PGE SE/2017) Uma construtora realizou parcelamento de solo urbano, 
mediante loteamento, sem observância das disposições legais. 
 
Nesse caso, de acordo com o entendimento do STJ, 
 a) o município tem responsabilidade solidária pela regularização do loteamento, devendo pagá-la ainda que 
o loteadorpossa fazê-lo. 
 b) a responsabilidade do município em regularizar o loteamento, embora discricionária, é de execução 
imediata. 
 c) a regularização do loteamento deverá ser decidida em ação civil pública. 
 d) o poder da administração pública de regularizar o loteamento é discricionário. 
 e) o município terá o poder-dever para regularizar o loteamento. 
Comentários 
Gabarito, letra E. 
 
Conforme o importante julgado abaixo: 
 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LOTEAMENTO 
IRREGULAR. MUNICÍPIO. PODER-DEVER. LEGITIMIDADE PASSIVA. ARTS. 30, VIII, DA CF, E 40 DA 
LEI 6.766/79. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA 
PARTE, PROVIDO. 1. A ausência de prequestionamento do dispositivo legal tido como violado 
torna inadmissível o recurso especial. Incidência das Súmulas 282/STF e 211/STJ. 2. Inexiste 
violação do art. 535, II, do Código de Processo Civil, quando o aresto recorrido adota 
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fundamentação suficiente para dirimir a controvérsia, sendo desnecessária a manifestação 
expressa sobre todos os argumentos apresentados pelos litigantes. 3. É pacífico o entendimento 
desta Corte Superior de que o Município tem o poder-dever de agir para fiscalizar e regularizar 
loteamento irregular, pois é o responsável pelo parcelamento, uso e ocupação do solo urbano, 
atividade essa que é vinculada, e não discricionária. 4. Legitimidade passiva do ente municipal 
para figurar em ação civil pública que objetiva a regularização de loteamento irregular. 5. Recurso 
especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. (REsp nº 447.433/SP, Rel. Min. Denise 
Arruda, Órgão Julgador: 1ª Turma, j. em 01.06.2006, p. em 22.06.2006) 
 
Letra A: É subsidiária, conforme entendimento abaixo: 
 
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PARCELAMENTO DO SOLO 
URBANO. REGULARIZAÇÃO DE LOTEAMENTO PRIVADO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO 
MUNICÍPIO. ART. 40 DA LEI N. 6.766/1979. PROCEDIMENTO FACULTATIVO. 1. É facultativo o 
procedimento previsto no art. 40 da Lei n. 6.7661979, o qual possibilita ao município o 
ressarcimento dos custos financeiros pela realização de obras de infra-estrutura em loteamento 
privado irregular, quando o loteador não as realiza. Precedentes: AgRg no REsp 1310642/RS, Rel. 
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 09/03/2015; REsp 859.905/RS, Rel. Ministro 
Mauro Campbell Marques, Rel. p/ Acórdão Ministro César Asfor Rocha, Segunda Turma, DJe 
16/03/2012. 2. É subsidiária a responsabilidade do ente municipal pelas obras de infra-
estrutura necessárias à regularização de loteamento privado, quando ainda é possível cobrar 
do loteador o cumprimento de suas obrigações. 3. Recurso especial não provido. (REsp nº 
1.394.701/AC, Rel.: Min. Benedito Gonçalves, Órgão Julgador: 1ª Turma, j. em 17.09.2015, p. em 
28.09.2015) 
 
Letra B: Tem o poder-dever, conforme julgado destacado no gabarito. 
 
Letra C: A ACP não é obrigatória, visto que há procedimento administrativo previsto no art. 38 da Lei nº 
6.766/79: 
 
Art. 38. Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha registrado ou 
regularmente executado ou notificado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando 
for o caso, deverá o adquirente do lote suspender o pagamento das prestações restantes e 
notificar o loteador para suprir a falta. 
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§ 1º Ocorrendo a suspensão do pagamento das prestações restantes, na forma do caput deste 
artigo, o adquirente efetuará o depósito das prestações devidas junto ao Registro de Imóveis 
competente, que as depositará em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no 
inciso I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção 
monetária, cuja movimentação dependerá de prévia autorização judicial. 
§ 2º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, ou o Ministério Público, 
poderá promover a notificação ao loteador prevista no caput deste artigo. 
§ 3º Regularizado o loteamento pelo loteador, este promoverá judicialmente a autorização para 
levantar as prestações depositadas, com os acréscimos de correção monetária e juros, sendo 
necessária a citação da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, para integrar o 
processo judicial aqui previsto, bem como audiência do Ministério Público. 
§ 4º Após o reconhecimento judicial de regularidade do loteamento, o loteador notificará os 
adquirentes dos lotes, por intermédio do Registro de Imóveis competente, para que passem a 
pagar diretamente as prestações restantes, a contar da data da notificação. 
§ 5º No caso de o loteador deixar de atender à notificação até o vencimento do prazo contratual, 
ou quando o loteamento ou desmembramento for regularizado pela Prefeitura Municipal, ou 
pelo Distrito Federal quando for o caso, nos termos do art. 40 desta Lei, o loteador não poderá, 
a qualquer titulo, exigir o recebimento das prestações depositadas. 
 
Letra D: Conforme o mesmo entendimento do gabarito. 
 
18. (VUNESP - Proc (Pref Marília)/Pref Marília/2017) Pedro obteve a aprovação, pela Prefeitura 
Municipal, de um projeto de loteamento, bem como promoveu o registro do mesmo perante o Cartório 
de Registro de Imóveis. Houve o início das vendas, que foram um sucesso: em menos de 5 meses, 90% dos 
lotes foram vendidos. Em razão do sucesso das vendas, Pedro apresentou uma proposta de alteração do 
loteamento, visando reduzir em 50% as áreas antes previstas para equipamentos urbanos, com o intuito 
de aumentar o número de lotes para venda. 
 
É correto que a municipalidade 
 a) poderá concordar com a proposta de alteração apresentada por Pedro, tendo em vista que irá aumentar 
o número de moradores e melhorar a arrecadação do IPTU. 
 b) somente poderá concordar se ainda não efetuou o registro em seu nome dos equipamentos urbanos 
constantes do projeto e do memorial descritivo. 
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 c) poderá concordar com a proposta, mesmo que tenha feito o registro em seu nome dos equipamentos 
urbanos constantes do projeto e do memorial descritivo. 
 d) poderá concordar, desde que sejam previstas medidas compensatórias, independentemente de ter 
realizado ou não o registro dos equipamentos urbanos. 
 e) não poderá concordar com a proposta porque, desde a aprovação do loteamento, as áreas dos 
equipamentos urbanos passaram a ser bens públicos, independentemente do registro. 
Comentários 
Gabarito, letra E. 
 
Conforme art. 17 da Lei nº 6.766/79: 
 
Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos 
e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão 
ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses 
de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências 
do art. 23 desta Lei. 
 
7.2 – QUESTÕES DE DEFENSORIA 
1. (FMP - DP RO/DPE RO/2010) Tendo como base o regramento instituído pela Lei do Parcelamento 
do Solo Urbano – Lei Federal n.º 6.766/79, analise as assertivas que seguem. 
 
I. Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões não sejam menores do 
que o equivalente a setenta metros quadrados e, além disso, atendam aos índices urbanísticos definidos 
pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
 
II. A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonashabitacionais declaradas por lei como 
de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de vias de circulação, escoamento das águas pluviais, rede 
para o abastecimento de água potável e soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica 
domiciliar. 
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III. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão 
urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. 
 
IV. Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, 
energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. 
 
Quais são corretas? 
 
a) Apenas a I, a II e a III. 
b) Apenas a I, a II e a IV. 
c) Apenas a I, a III e a IV. 
d) Apenas a II, a III e a IV. 
e) Todas elas. 
Comentários 
Gabarito, letra D. 
 
I: FALSO -> Não há tal previsão de medida na lei, conforme art. 2º, §4º: 
 
Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou 
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e 
municipais pertinentes. 
§ 4º Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos 
índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
 
II: VERDADEIRO -> Conforme art. 2º, §6º: 
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§ 6º A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por 
lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: 
I - vias de circulação; 
II - escoamento das águas pluviais; 
III - rede para o abastecimento de água potável; e 
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. 
 
III: VERDADEIRO -> Conforme art. 3º: 
 
Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de 
expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas 
por lei municipal. 
 
IV: VERDADEIRO -> Conforme art. 2º, §5º: 
 
§ 5º A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de 
escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de 
água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. 
 
2. (FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Arquiteto/2010) Em loteamentos, considerando os requisitos 
urbanísticos exigidos pela Lei no 6.766/76, os lotes terão área 
a) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros. 
b) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros, apenas para conjuntos habitacionais de interesse social. 
c) mínima de 150 m2 e frente mínima de 5 metros. 
d) proporcional à densidade de ocupação prevista nos planos diretores ou aprovada por lei municipal para a 
zona em que se situem. 
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e) mínima de 125 m2 e frente mínima de 8 metros. 
Comentários 
Gabarito, letra A. 
 
Conforme o art.4º, II da Lei 6.766/76, os lotes terão área mínima de 125 m² e frente mínima de 5 metros. 
 
Art. 4o. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente 
mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou 
edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
3. (FCC - DP MA/DPE MA/2003) A Lei nº 6.766, de 19/12/1979, ao dispor que nos loteamentos urbanos 
"os lotes terão área mínima de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados)", estabelece sobre estes 
a) fungibilidade. 
b) indivisibilidade convencional. 
c) indivisibilidade legal. 
d) intangibilidade. 
e) a qualidade de imóveis para efeitos legais. 
Comentários 
Gabarito, letra C. 
 
A dimensão determinada por lei é clara imposição de metragem mínima para os lotes que integrarem um 
loteamento, conforme art. 4º da referida lei. 
Assim, essa será a menor unidade possível a ser considerada no loteamento, não podendo haver uma divisão 
desse tamanho, repartição ou qualquer ato que venha a diminuir suas dimensões. 
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Logo, a lei impôs sua indivisibilidade. 
 
4. (CESPE - DP DF/DP DF/2006) Julgue o item a seguir, acerca do regime jurídico dos loteamentos e 
dos zoneamentos. 
 
Promover o adequado ordenamento territorial por meio da regularização não é somente dar legalidade 
formal a uma situação ilegal, mas, sim, executar saneamento básico, atenuar danos ecológicos e garantir que 
os habitantes do local em situação de ilegalidade não sofram qualquer tipo de risco a que porventura tenham 
sido expostos pelo mau loteador. Diante disso, não é mera faculdade do município ou do DF promover a 
adequada regularização, mas, sim, poder-dever. 
Certo 
Errado 
Comentários 
Gabarito, CERTO. 
 
Segue importante julgado do STJ sobre o tema: 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA 
LIDE. NÃO OCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO AO DIREITO DE AMPLA DEFESA E AO 
CONTRADITÓRIO. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTS. 302, III, 331, § 2º, 332, 333, I E II DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 211 DO STJ. 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LOTEAMENTO IRREGULAR. MUNICÍPIO. PODER-DEVER. ART. 40 DA LEI 
6.766/79. PRECEDENTES DO STJ. 1. Hipótese em que o Ministério Público do Estado de São Paulo 
ajuizou ação civil pública contra o Município, a Associação de Ocupantes e dois sócios, 
objetivando a regularização do loteamento, que foi julgada procedente para condenar os 
requeridos à realização de obras necessárias à infra-estrutura do loteamento irregular, dentre 
outras cominações. 2. A ausência de prequestionamento dos dispositivos legais tidos como 
violados (302, III, 331, § 2º, 332, 333, I e II do Código de Processo Civil) torna inadmissível o 
recurso especial. Incidência das Súmulas 282/STF e 211/STJ. 3. É pacífico o entendimento desta 
Corte Superior de que o Município tem o poder-dever de agir para fiscalizar e regularizar 
loteamento irregular, pois é o responsável pelo parcelamento, uso e ocupação do solo urbano, 
atividade essa que é vinculada, e não discricionária. Precedentes: REsp 432.531/SP, 2ª Turma, 
Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 25.4.2005; REsp 448.216/SP, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 
17.11.2003; REsp 131.697/SP, 2ª Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ de 13.6.2005. 4. 
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Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido. (REsp 1170929/SP, Rel. 
Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/05/2010, DJe 27/05/2010) 
 
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8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final de mais uma aula. 
Espero que vocês tenham gostado. 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. 
Grande abraço a todos, 
 
E-mail: profigormaciel@gmail.com 
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Canal no Telegram: https://t.me/estrategiapge 
 
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