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1 
LISTA DE EXERCÍCIOS: REVISÃO 3 – FILOSOFIA MODERNA 
 
TEMA ABORDADO 
AULA 16 – Filosofia Moderna: Política - Nicolau Maquiavel. 
AULA 17 – Filosofia Moderna: Política - Thomas Hobbes. 
AULA 18 – Filosofia Moderna: Política - John Locke. 
AULA 19 – Filosofia Moderna: Política - Jean-Jacques Rousseau. 
AULA 20 – Filosofia Moderna: Política - Charles Montesquieu. 
 
1. (Ufsj 2012) “Algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas, que vivem 
socialmente umas com as outras [...] tendem para o benefício comum”. 
 
Para Thomas Hobbes, essa tendência não ocorre entre os homens porque 
 
A) esses insetos, dentro da sua irracionalidade natural, dão lições de conduta aos seres 
humanos; seja na tarefa diária, seja na politização paradoxal do modelo comunista 
difundido por Joseph Stalin e Karl Marx. 
B) as abelhas e as formigas têm a peculiaridade de construir suas sociedades dentro de 
uma unidade dinâmica e circular, que poderia ser bem definida como um contrato social 
se elas fossem humanas. Os seres humanos não atingiram tal estágio ainda. 
C) estes estão constantemente envolvidos numa competição pela honra e pela dignidade 
e se julgam uns mais sábios que outros para exercer o poder público, reformam e 
inovam, o que muitas vezes leva o país à desordem e à guerra civil. 
D) o motivo maior que guia a vida de tais criaturas é a engrenagem da soberania da 
vontade de criar, da vontade de poder, retomada por Nietzsche e pelo existencialismo. 
 
2. (Ufu 2012) [...] a condição dos homens fora da sociedade civil (condição esta que 
podemos adequadamente chamar de estado de natureza) nada mais é do que uma simples 
guerra de todos contra todos na qual todos os homens têm igual direito a todas as coisas; 
[...]. 
HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Campinas: Martins Fontes, 1992. 
 
De acordo com o trecho acima e com o pensamento de Hobbes, assinale a alternativa 
correta. 
 
A) Segundo Hobbes, o estado de natureza se confunde com o estado de guerra, pois ambos 
são uma condição original da existência humana. 
B) Para Hobbes, o direito dos homens a todas as coisas está desvinculado da guerra de 
todos contra todos. 
C) Segundo Hobbes, é necessário que a condição humana seja analisada sempre como se 
os homens vivessem em sociedade. 
D) Segundo Hobbes, não há vínculo entre o estado de natureza e a sociedade civil. 
 
3. (Uem 2012) “Hobbes não viu que a mesma causa que impede os selvagens de usarem 
sua razão, como o pretendem os nossos jurisconsultos, impede-os também de abusar das 
suas faculdades, como ele próprio o pretende; de sorte que se poderia dizer que os 
selvagens não são maus precisamente porque não sabem o que é ser bom” 
(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os 
homens. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p.590). 
 
A partir disso, assinale o que for correto. 
 
 
 
2 
01) Jean-Jacques Rousseau aplica à política o princípio ontológico aristotélico, segundo 
o qual o homem é uma criatura criada por Deus. 
02) As concepções diferentes que Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau têm sobre a 
natureza humana os levam a divergir sobre a forma de organização que deve 
fundamentar a sociedade civil. 
04) De acordo com Rousseau, são dois os motivos de o homem não ser mau no estado de 
natureza: em primeiro lugar, sendo isolado e não tendo as paixões do homem civil, o 
homem natural não ataca, não se vinga, não mata. Além disso, há no homem natural, 
o sentimento de piedade. 
08) Para Rousseau, o homem torna-se o lobo do homem, quando, ao afastar-se do estado 
de natureza, ele se perverte. 
16) Segundo Hobbes, os homens tendem sempre para a guerra, pois, se dois homens 
desejam a mesma coisa ao mesmo tempo, e esta é impossível de ser obtida por ambos, 
eles se tornam inimigos. 
 
4. (Uem 2012) O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) diz no Contrato Social: 
 
“A passagem do estado natural ao estado civil produz no homem uma mudança notável, 
substituindo em sua conduta o instinto pela justiça, e conferindo às suas ações a 
moralidade que anteriormente lhes faltava. [...] O que o homem perde pelo contrato social 
é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo que o tenta e pode alcançar; o que ganha 
é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.” 
(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Contrato Social. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 
2009, p. 606-607.) 
A partir desse trecho, que reproduz uma concepção clássica da filosofia política 
contratualista, é correto afirmar que: 
 
01) A opção pelo contrato social ocorre porque não há garantias jurídicas no estado 
natural. 
02) O estado natural é pautado por condutas instintivas porque não há limitações cívicas 
ou legais. 
04) O contrato social garante mais liberdade civil porque os homens agem moralmente. 
08) A liberdade civil não é uma conquista para os homens porque eles perdem seu maior 
bem, a liberdade instintiva. 
16) O estado natural é inseguro e injusto porque não há homens moralmente corretos. 
 
5. (Uff 2012) De acordo com o filósofo iluminista Montesquieu, no livro clássico O 
Espírito das Leis, quando as mesmas pessoas concentram o poder de legislar, de executar 
e de julgar, instaura-se o despotismo, pois, para que os cidadãos estejam livres do abuso 
de poder, é preciso que “o poder freie o poder”. 
 
Identifique a sentença que melhor resume esse pensamento de Montesquieu. 
 
A) Para que a sociedade seja bem governada é necessário que uma só pessoa disponha do 
poder de legislar, agir e julgar. 
B) A separação dos poderes enfraquece o Estado e toma a sociedade vulnerável aos 
ataques de seus inimigos. 
C) A separação e independência entre os poderes é uma das condições fundamentais para 
que os cidadãos possam exercer sua liberdade. 
D) A sociedade melhor organizada é aquela em que o executivo goza de poder absoluto. 
E) As mesmas pessoas podem concentrar o poder, desde que sejam bem intencionadas. 
 
 
 
3 
6. (Enem 2012) É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a 
liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é 
independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis 
permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, 
porque os outros também teriam tal poder. 
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado). 
 
A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito 
 
A) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo. 
B) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis. 
C) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às 
leis. 
D) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das 
consequências. 
E) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais. 
 
7. (Unioeste 2011) “A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo 
e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de 
corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto 
em conjunto, a diferença entre um e outro não é suficientemente considerável para que 
qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa 
também aspirar, tal como ele. (...) Desta igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade 
quanto à esperança de atingirmos nossos fins. Portanto, se dois homens desejam a mesma 
coisa, ao mesmo tempo (...) esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. (...) 
Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder 
comum capaz de manter a todos em respeito, elesse encontram naquela condição a que 
se chama de guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens”. 
Hobbes. 
Com base no texto citado, seguem as seguintes afirmativas: 
 
I. Os homens, por natureza, são absolutamente iguais, tanto no exercício de suas 
capacidades físicas, quanto no exercício de suas faculdades espirituais. 
II. Sendo os homens, por natureza, “tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do 
espírito” é razoável que cada um ataque o outro, quer seja para destruí-lo, quer seja 
para proteger-se de um possível ataque. 
III. Na inexistência de um “poder comum” que “mantenha a todos em respeito”, a atitude 
mais racional é a de manter a paz e a concórdia na “esperança” de que todos e cada um 
atinjam seus fins. 
IV. A condição dos homens que vivem sem um poder comum é de guerra generalizada, 
de todos contra todos. 
V. O homem, por natureza, vive em sociedade e nela desenvolve suas potencialidades, 
mantendo relações sociais harmônicas e pacíficas. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Apenas I está correta. 
B) Apenas II e III estão corretas. 
C) Apenas I e V estão corretas. 
D) Apenas II e IV estão corretas. 
E) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
 
 
4 
8. (Uenp 2011) “Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a 
piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, 
na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a 
nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a 
vingança e coisas semelhantes. E os pactos sem a espada não passam de palavras, sem 
força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de natureza (que 
cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com 
segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, 
cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e 
capacidade, como proteção contra todos os outros.” 
MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e 
civil. 
Sobre o pensamento de Hobbes, assinale a alternativa incorreta: 
 
A) O contrato social que dá origem ao Estado só é obedecido pela força e pelo temor. 
B) Os homens, na sua condição natural, observam apenas as suas paixões naturais. 
C) O contrato social que dá origem ao Estado pode ser desfeito quando o soberano 
desrespeita os direitos dos súditos e age de forma parcial, visando a seus próprios 
interesses. 
D) A concepção de homem natural de Hobbes é marcada por um profundo pessimismo 
antropológico. 
E) A filosofia política hobbesiana é atomista. 
 
9. (Unioeste 2011) “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no 
homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça 
dando às suas ações a moralidade que antes lhes faltava. É só então que, tomando a voz 
do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando 
em consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir baseado em outros princípios e 
a consultar e ouvir a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive 
de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades 
se exercem e se desenvolvem, suas ideias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, 
toda sua alma se eleva a tal ponto que (...) deveria sem cessar bendizer o instante feliz 
que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser 
inteligente e um homem”. 
Rousseau. 
Com base no texto, seguem as seguintes afirmativas: 
 
I. A mudança significativa que ocorre para o homem, na passagem do estado natural para 
o estado civil, é a de que o homem passa a conduzir-se pelos instintos, como um 
“animal estúpido e limitado”. 
II. A conduta do homem, no estado natural, é baseada na justiça e na moralidade e em 
conformidade com princípios fundados na razão. 
III. Ao ingressar no estado civil, na sua conduta, o homem substitui a justiça pelo instinto 
e apetite, orientando-se, apenas, pelas suas inclinações e não pela “voz do dever” e 
sem “ouvir a razão”. 
IV. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o homem passa a agir 
baseado em princípios da justiça e da moralidade, orientando-se antes pela razão do 
que pelas inclinações. 
V. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o homem obtém vantagens 
que o faz um “ser inteligente e um homem”, obtendo, assim a “liberdade civil”, 
submetendo-se, apenas, “à lei que prescrevemos a nós mesmos”. 
 
 
 
5 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Apenas I e II estão corretas. 
B) Apenas II e III estão corretas. 
C) Apenas I e V estão corretas. 
D) Apenas IV e V estão corretas. 
E) Apenas II e V estão corretas. 
 
10. (Uenp 2011) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se 
crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é 
um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito [ordem social], no 
entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.” 
ROUSSEAU, J.J. Contrato Social. Coleção Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural. 
 
Analise as afirmativas sobre o pensamento de Rousseau 
 
I. O homem natural é bom, o isolamento propiciado pelo estado de natureza favorece o 
desenvolvimento e o exercício de qualidades positivas, como o amor de si mesmo e a 
piedade. 
II. A ordem social é natural e deriva da natureza gregária do ser humano. 
III. O estado se origina com o objetivo de impedir que os homens retornem ao estado de 
guerra generalizado. 
 
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é(são): 
 
A) apenas a I. 
B) apenas a II. 
C) apenas a III. 
D) apenas a IV. 
E) todas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
RESOLUÇÕES 
 
Resposta da questão 1: [C] 
A passagem do enunciado, retirada do Leviatã, compara as formas de agregação do 
homem com a de algumas outras criaturas vivas, como as abelhas e as formigas. Hobbes 
reconhece que a sociedade dessas criaturas é diferente da sociedade humana e, então, 
procura as razões dessa diferença. Dentre as razões que ele enumera, está aquela afirmada 
na alternativa [C]. 
 
Resposta da questão 2: [A] 
O estado de natureza é "natural" em apenas um sentido específico. Para Hobbes, 
a autoridade política é artificial e em contrapartida o estado anterior à instituição do 
governo é natural. Na sua condição "natural", o ser humano carece de governo, que é uma 
autoridade artificial, pois a única autoridade natural é aquela da mãe sobre o filho – dado 
que a mãe tem a vida do filho. Entre adultos, inevitavelmente o caso difere e surge a 
necessidade do artifício. 
Naturalmente, todo homem tem direito igual a todas as coisas, porém, de fato, 
cada homem difere um do outro em força e, talvez, até em inteligência. Todavia, cada 
homem tem poder suficiente para ameaçar a vida de qualquer outro, de modo que 
invariavelmente o estado de natureza é uma disputa de todos contra todos por tudo que é 
direito de todos. O estado de natureza é forçosamente uma guerra de todos contra todos. 
Entre outras inúmeras funções, Hobbes, com essa teoria, se opõe à teoria monarquista do 
direito divino ao trono. 
 
Resposta da questão 3: 02 + 04 + 08 + 16 = 30. 
Rousseau pensa o Estado de Natureza de uma maneira inversa a Hobbes. Enquanto 
Hobbes pensa o estado natural do homem como um estado de guerra, Rousseau pensa 
como sendo um estado de natural harmonia. Desta maneira, a sociedade civil é também 
considerada de maneira inversa. Rousseau considera que foi a sociedade que degenerou 
o homem, enquanto que Hobbes afirmava que o Estado Civil servia para defender os 
homens e lhes dar segurança. Assim,também o modelo de sociedade defendido por cada 
filósofo é diverso. Em certo sentido, Hobbes pode ser associado ao absolutismo, enquanto 
que Rousseau defendia um tipo de democracia participativa. 
 
Resposta da questão 4: 01 + 02 + 04 = 07. 
O trecho citado expõe uma descrição de Rousseau sobre as mudanças que ocorrem no 
homem quando, de um estado natural insustentável, ele passa para um estado civil 
fortalecedor. O filósofo não diz em momento algum que a “opção” pelo contrato social 
ocorre por um cálculo racional do homem que observa a ausência de garantias jurídicas 
do estado natural: 
 
“Esse estado primitivo não pode mais subsistir, e o gênero humano pereceria se não 
mudasse sua maneira de ser. Ora, como é impossível aos homens engendrar novas forças, 
mas apenas unir e dirigir as existentes, não lhes resta outro meio para se conservarem 
senão formar, por agregação, uma soma de forças que possa vencer a resistência, pô-los 
em movimento por um único móbil e fazê-los agir em concerto”. 
(ROUSSEAU, J-J. Contrato social. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 602) 
 
 
 
 
 
7 
Ou seja, para Rousseau, segundo o exposto, o contrato social sequer é uma “opção”, mas, 
sim, o meio que resta para a conservação do gênero humano. Em geral, não há relações 
entre os estados natural e civil – a não ser aquela de implicação entre a insustentabilidade 
do primeiro e a instauração do segundo. Também devemos mencionar que não se pode 
dizer o estado natural ser de certa maneira porque ele não é de outra, quer dizer, o estado 
natural é pautado por condutas instintivas, pois é constituído de animais, de homens 
primitivos, e não porque inexistem limitações cívicas ou legais. Por fim, apenas 
lembremos que o contrato social não garante mais liberdade civil, ele garante a liberdade 
civil. 
 
Resposta da questão 5: [C] 
 
Montesquieu é considerado como o teórico da separação dos poderes. É sua a ideia da 
necessidade de divisão entre poder judiciário, legislativo e executivo, ideia esta que, ainda 
hoje, é defendida e vigora na Constituição da grande maioria dos países democráticos. 
 
Resposta da questão 6: [B] 
 
É certo que a liberdade da sociedade democrática é justificada pela sua limitação 
designada pela constituição da lei, porém a grande questão passa, então, a ser: qual é o 
conteúdo da lei? Se a democracia é um regime fundado sobre o valor da liberdade, então 
como a própria lei poderia livrar-se desse condicionamento primordial? O que 
Montesquieu estabelece é a necessidade de a lei ser a limitação da licença de se fazer tudo 
aquilo que não esteja de acordo com a racionalidade do espírito da lei. 
 
Resposta da questão 7: [D] 
 
Segundo Hobbes, os homens, no estado de natureza, vivem em guerra de todos contra 
todos. Uma vez que não há um poder que mantenha a todos em respeito, o mais racional 
é atacar o outro, seja para destruí-lo ou para preservar-se do seu ataque. Vale ressaltar que 
apesar de serem “tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito”, os homens não 
são absolutamente iguais uns em relação aos outros. 
 
Resposta da questão 8: [C] 
 
A função do soberano é assegurar que todos respeitem o contrato social e, dessa forma, 
garantir a vontade de todos que é a paz e a segurança individual. Para desempenhar bem 
esta função, o soberano deve exercer um poder absoluto, sem estar subordinado a 
ninguém; e nem mesmo a uma Carta Magna. Se o poder soberano não conseguir realizar 
o interesse de todos, isto é, a obediência de todos ao contrato social, pode vir a ser deposto 
por uma rebelião. Concluir-se-á, nesse caso, que o soberano não era legítimo. 
 
Resposta da questão 9: [D] 
 
O contrato social marca a passagem do estado de natureza do homem para o estado civil. 
Com isso, o homem ganha a liberdade civil e pode agir conforme a sua liberdade também 
civil, segundo princípios racionais de justiça e moralidade. As únicas afirmativas que 
estão de acordo com essa concepção de Rousseau são a IV e a V. 
 
 
 
 
 
8 
Resposta da questão 10: [A] 
 
No Discurso sobre a origem da desigualdade dos homens Rousseau cria a hipótese dos 
homens em estado de natureza, vivendo sadios, bons e felizes enquanto cuidam de sua 
própria sobrevivência, até o momento em que é criada a propriedade e uns passam a 
trabalhar para outros, gerando escravidão e miséria.

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