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Os Problemas Da Indústria Fast Fashion 
 
A indústria da moda rápida, também conhecida como fast fashion, enfrenta uma série de 
problemas que têm levantado preocupações ambientais, sociais e éticas. 
 
Os principais desenvolvimentos e evoluções na indústria fast fashion: 
 
Década de 1970: Embora o conceito de fast fashion como o conhecemos hoje não tenha surgido 
até a década de 1980, algumas empresas já estavam experimentando modelos de negócios que 
se concentravam em produção em massa e rápida rotatividade de estoque. Empresas como a 
Zara, fundada em 1975 na Espanha, começaram a adotar práticas de produção rápida para 
responder rapidamente às tendências da moda. 
 
Década de 1980: A Zara se torna uma das pioneiras no modelo de negócios fast fashion, 
introduzindo um ciclo de produção e distribuição altamente eficiente que permite que novos 
produtos cheguem às lojas em questão de semanas após sua concepção. Outras empresas, 
como a H&M, na Suécia, e a Topshop, no Reino Unido, também começam a adotar práticas 
semelhantes. 
 
Década de 1990: A indústria fast fashion experimenta um crescimento explosivo, com o 
estabelecimento de lojas em todo o mundo. Grandes marcas como a Zara, H&M, Forever 21 e 
Primark expandem suas operações globalmente, capitalizando a demanda por roupas da moda 
a preços acessíveis. 
 
Anos 2000: A ascensão da internet e do comércio eletrônico impulsiona ainda mais o 
crescimento da indústria fast fashion. As empresas começam a investir em plataformas online e 
estratégias de marketing digital para alcançar um público global e oferecer uma ampla variedade 
de produtos da moda a preços competitivos. Embora a Shein tenha sido fundada em 2008, 
inicialmente como uma plataforma de comércio eletrônico focada em produtos de moda 
feminina, sua ascensão como uma das principais empresas de fast fashion global ocorreu ao 
longo dos anos seguintes. A empresa chinesa rapidamente se tornou conhecida por sua vasta 
seleção de roupas da moda a preços acessíveis e por sua capacidade de resposta rápida às 
tendências emergentes. 
 
Década de 2010: A indústria fast fashion enfrenta crescente escrutínio público devido aos seus 
impactos ambientais e sociais. Questões como poluição, condições de trabalho precárias em 
fábricas de países em desenvolvimento e exploração de recursos naturais levam a um aumento 
da conscientização do consumidor sobre as práticas da indústria. Durante esta década, a Shein 
consolidou sua posição como uma das principais empresas de fast fashion do mundo. A empresa 
expandiu sua presença globalmente, atendendo a uma ampla base de clientes em todo o mundo 
por meio de sua plataforma de comércio eletrônico. A Shein ganhou popularidade entre os 
consumidores mais jovens, especialmente nas redes sociais, onde influenciadores digitais 
promovem seus produtos. 
 
Anos 2020: A indústria fast fashion continua a prosperar, mas enfrenta desafios significativos à 
medida que os consumidores se tornam mais conscientes sobre questões de sustentabilidade e 
ética. Algumas empresas respondem a essas preocupações adotando políticas de 
responsabilidade social corporativa e comprometendo-se a reduzir seu impacto ambiental. 
A produção em massa de roupas rápidas consome grandes quantidades de recursos naturais, 
como água e energia, e gera uma quantidade significativa de resíduos. Além disso, o uso de 
produtos químicos tóxicos no processo de fabricação pode poluir o ar e a água, causando danos 
ao meio ambiente e à saúde humana. 
 
A rápida rotatividade de roupas na indústria fast fashion leva a um aumento no descarte de 
resíduos têxteis. Muitas roupas são descartadas após apenas algumas vezes de uso, 
contribuindo para a poluição e a sobrecarga dos aterros sanitários. 
 
A busca por mão de obra barata tem levado muitas empresas de fast fashion a terceirizar a 
produção para países em desenvolvimento, onde as leis trabalhistas são menos rigorosas e os 
trabalhadores frequentemente enfrentam condições de trabalho precárias, incluindo baixos 
salários, longas jornadas e falta de segurança no local de trabalho. 
 
Em muitos casos, os trabalhadores da indústria de fast fashion são submetidos a condições de 
trabalho desumanas e exploradoras, incluindo trabalho infantil, salários abaixo do mínimo 
necessário para sobrevivência e falta de acesso a direitos trabalhistas básicos, como férias 
remuneradas e licença maternidade. 
 
A produção em massa de roupas rápidas requer grandes quantidades de matérias-primas, como 
algodão e petróleo, que são recursos finitos e podem levar à degradação de ecossistemas 
naturais e habitats selvagens. 
 
A natureza rápida e descartável da moda fast fashion incentiva padrões de consumo 
insustentáveis, levando as pessoas a comprar mais roupas do que precisam e descartá-las 
rapidamente em busca das últimas tendências. 
 
Muitas empresas de fast fashion operam com falta de transparência em relação às suas práticas 
de produção e cadeias de suprimentos, tornando difícil para os consumidores saberem as 
condições em que suas roupas foram fabricadas e os impactos ambientais e sociais associados. 
 
Esses problemas destacam a necessidade urgente de reformas na indústria da moda rápida para 
torná-la mais sustentável, ética e responsável. Isso inclui a adoção de práticas de produção mais 
éticas e transparentes, investimento em materiais e processos de fabricação sustentáveis e uma 
mudança nos padrões de consumo para promover uma moda mais consciente e duradoura. 
 
O modelo das fast fashion e o estilo de vida consumista despertam preocupações em diferentes 
grupos da sociedade. Produtores nacionais muitas vezes enfrentam dificuldades para competir 
com as grandes marcas de fast fashion, que oferecem produtos a preços baixos devido à 
produção em massa e à terceirização para países com mão de obra barata. Isso pode levar ao 
fechamento de empresas locais e à perda de empregos. 
 
Os ambientalistas expressam preocupações sobre o impacto ambiental da indústria fast fashion, 
incluindo a poluição causada pela produção em massa de roupas, o uso excessivo de recursos 
naturais e a geração de resíduos têxteis. Além disso, o modelo de consumo rápido e descartável 
promovido pela fast fashion contribui para padrões de consumo insustentáveis e para a 
degradação do meio ambiente. 
 
Para muitas pessoas ao redor do mundo, a cultura consumista associada à fast fashion 
representa o excesso e a superficialidade da sociedade moderna. O constante apelo por novas 
tendências e produtos leva a um ciclo vicioso de consumo desenfreado, onde as pessoas 
compram mais do que precisam e descartam rapidamente itens que estão fora de moda. 
 
As roupas fast fashion tendem a seguir tendências instantâneas, que muitas vezes não perduram 
até o ano seguinte. Elas são fabricadas com materiais de baixa qualidade, o que resulta em uma 
durabilidade reduzida. Como resultado, as peças são descartadas rapidamente, contribuindo 
para um ciclo de consumo contínuo. Esse ciclo de compras frequentes leva a uma exploração 
adicional dos recursos naturais e agrava os problemas ambientais causados pelo descarte 
inadequado de roupas. 
 
A indústria das fast fashion é responsável por uma parcela significativa da emissão de dióxido 
de carbono na atmosfera do planeta, contribuindo com aproximadamente 10% do total, o que 
equivale à quantidade de emissões geradas por toda a União Europeia. Além disso, é uma das 
principais consumidoras de água durante o processo de produção, sendo necessário um volume 
considerável de água para fabricar peças de vestuário, como uma camiseta de algodão, que 
requer cerca de 2.710 litros de água. 
 
O uso extensivo de poliéster, um tipo de plástico comumente utilizado na fabricação de roupas 
fast fashion devido à sua flexibilidade e baixo custo, também contribui para os impactos 
ambientais. O poliéster libera duas a três vezes mais dióxido decarbono do que o algodão 
durante sua produção, de acordo com dados do Greenpeace. Além disso, o poliéster é uma fonte 
significativa de microplásticos encontrados nos oceanos, representando cerca de 35% do total. 
 
Esses dados destacam os impactos ambientais significativos associados à indústria das fast 
fashion e ressaltam a necessidade de adotar práticas mais sustentáveis e responsáveis na 
produção e no consumo de roupas. 
 
Fontes: 
 
Moda Fast Fashion: Impactos Ambientais E Sociais Na Comunidade Do Trabalho Internacional 
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/bf5f4c5c-83a0-4832-ac0f-
170677d0bf4b/download 
 
Fast fashion: o que é, impactos e alternativas 
https://www.ecycle.com.br/fast-fashion/ 
O modelo Fast Fashion de produção de vestuário causa danos ambientais e trabalho escravo 
https://jornal.usp.br/atualidades/o-modelo-fast-fashion-de-producao-de-vestuario-causa-
danos-ambientais-e-trabalho-escravo/ 
 
A Indústria Da Moda E O Fast-Fashion: Um Estudo Sob A Perspectiva De Giovanni Arrighi Acerca 
Da Influência Do Capitalismo Na Volatilidade Do Consumo Têxtil 
https://eventos.marilia.unesp.br/anais/xixsemanaderi/545847-a-industria-da-moda-e-o-fast-
fashion--um-estudo-sob-a-perspectiva-de-giovanni-arrighi-acerca-da-influencia-do-cap/ 
 
 
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/bf5f4c5c-83a0-4832-ac0f-170677d0bf4b/download
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/bf5f4c5c-83a0-4832-ac0f-170677d0bf4b/download
https://www.ecycle.com.br/fast-fashion/
https://jornal.usp.br/atualidades/o-modelo-fast-fashion-de-producao-de-vestuario-causa-danos-ambientais-e-trabalho-escravo/
https://jornal.usp.br/atualidades/o-modelo-fast-fashion-de-producao-de-vestuario-causa-danos-ambientais-e-trabalho-escravo/
https://eventos.marilia.unesp.br/anais/xixsemanaderi/545847-a-industria-da-moda-e-o-fast-fashion--um-estudo-sob-a-perspectiva-de-giovanni-arrighi-acerca-da-influencia-do-cap/
https://eventos.marilia.unesp.br/anais/xixsemanaderi/545847-a-industria-da-moda-e-o-fast-fashion--um-estudo-sob-a-perspectiva-de-giovanni-arrighi-acerca-da-influencia-do-cap/

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