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1 Igreja Cristã Presbiteriana Pentecostal Avenida Paulo Pessoa Guerra ,233 – Centro – Floresta- PE DISCIPULADO “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” Mt 28.19-20 2 Assuntos abordados 1. A Igreja 2. A Bíblia 3. Oração 4. Salvação 5. Pecado e Perdão 6. Santificação 7. Mordomia Cristã 8. Batismo e Santa Ceia 9. Batalha Espiritual 10. Dons e Ministérios 11. Vida Devocional Diária 12. Evangelismo 13. Admissão, Direitos e Deveres A IGREJA OBJETIVOS: ▪ Explicar o que é Igreja, por que ela é necessária e por que frequentá-la. ▪ Comparar e classificar as diferentes formas de governo das Igrejas Evangélicas. ▪ Explicar o funcionamento da Igreja Cristã Presbiteriana Pentecostal O QUE É A IGREJA? A palavra Igreja, na Bíblia, tem dois sentidos. Por vezes, refere-se a todo o grupo de “salvos do mundo”, isto é, pessoas que foram resgatadas do pecado e formam uma grande “Igreja invisível”, espalhada sobre a terra. Outras vezes, refere-se ao grupo de crentes que se reúnem em uma casa ou num templo e chamamos de “Igreja local”. Em ambos os casos a Igreja é comparada ao “Corpo de Cristo”, pois todos os crentes fazem parte do mesmo “Corpo Espiritual de Cristo”, o qual dá testemunho dele ao mundo. O trecho de I CO 12.12- 27, explica esta importante doutrina e mostra que todos os membros são necessários para que o Corpo cresça e se torne eficiente. O novo crente torna-se parte do Corpo no momento que recebe a Cristo e passa a ter nele uma função que específica e complementar, servindo a Jesus numa Igreja local. 3 POR QUE A IGREJA É NECESSÁRIA? A Igreja é necessária por várias razões: 1- Para facilitar a realização da missão dada por Jesus Cristo. (I CO 14.33; Mt 28.19-20) 2- Proporcionar aos crentes a oportunidade de comunhão. (Hb 10.25; Rm 1.12; Gl 6.2; Sl 133). 3- Oferecer condições para que o crente seja doutrinado e aprenda mais de Deus visando o seu crescimento e fortalecimento na Palavra. 4- Proporcionar a oportunidade de adorar a Deus em grupo com cânticos, hinos de louvor e com nossas próprias vidas. 5- Dar a oportunidade para trabalharmos para o Senhor usando os dons e talentos que recebemos do Espírito Santo de Deus nos ministérios e serviços da Igreja. 6- Dar a chance de sermos abençoados com os diversos Dons do Espírito Santo que são derramados sobre a igreja. 7- Proporcionar uma integração e unidade para enfrentarmos os problemas que nos afligem. Mt 16.18 “... as portas do inferno não prevalecerão contra a IGREJA.”. 8- Nela, você terá edificação, apoio e achará seu lugar no Corpo de Cristo. 9- É o lugar onde seus dons serão colocados em prática, serão exercitados e amadurecerão. 10- É onde você receberá maturidade espiritual pelo convívio com seus irmãos em Cristo. (Hb 5.14) QUAL IGREJA DEVO FREQUENTAR? É importante você se sentir apoiado, respeitado e suprido em sua caminhada com Cristo. Existem alguns critérios que podem ajudá-lo a escolher a Igreja que deve frequentar. 1- Frequentar uma Igreja que pregue a mensagem do evangelho e tenha uma atmosfera de amor. 2- Frequentar uma Igreja onde se pregue a necessidade da decisão pessoal de se receber a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. 3- Frequentar uma Igreja onde os membros demostrem conhecer e viver a nova vida em Cristo. 4- Frequentar uma Igreja onde se dê ênfase ao trabalho de proclamação do Reino de Deus. 5- Frequentar uma Igreja onde você possa expressar os dons que Deus te deu com liberdade e orientação. 6- Frequentar uma Igreja onde você se sinta parte do “Corpo de Cristo”. OFICIAIS DA IGREJA ICPP FLORESTA-PE Os que lideram a Igreja, dependendo da denominação, recebem vários títulos. Em nossa Igreja tomamos como base o texto de Atos 6.1-6, quando se fez uma separação funcional entre os Apóstolos e os Diáconos. Com base nisso, nossos Oficiais Eclesiásticos são: a) Pastor – Marcelo santos Responsável pela Igreja na área administrativa, jurídica e devocional. É o que cuida do “rebanho” na área material e espiritual. b) Evangelista, missionário ou Prebitero – Ministério que desenvolve o papel de abrir campos com a bandeira do evangelho do nosso Senhor Jesus cristo e estabelecendo novas congregações em nossa denominação, ao mesmo tempo em que exerce ação pastoral delegada pelo pastor da igreja. c) Diácono - Auxiliar do Pastor nos assuntos temporais (ou materiais). d) Auxiliar do corpo diaconal – Auxilia o diácono em todo o seu ministério e ao mesmo tempo estará sendo observado por um determinado tempo para o seu futuro chamado ao ministério diaconal. Em nossa Igreja ainda temos a figura do “Obreiro”, que é o líder de Departamento, Ministério ou Grupo e, apesar de não ser considerado “oficial eclesiástico”, ele deve ser também respeitado e honrado. Os Oficiais Eclesiásticos são ordenados ou consagrados e depois empossados. 4 ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CRISTÃ PREBITERIANA PENTECOSTAL FLORESTA Nossa estrutura funcional é dividida, basicamente, em Departamentos e Ministérios. Enquanto os DEPARTAMENTOS agrupam a Igreja por sexo e idade, os MINISTÉRIOS, pelas paixões (nossas disposições para o trabalho) e nossos dons em comum. Também temos as COMISSÕES que funcionam como um dos Ministérios, agrupando pessoas para tarefas específicas. MINISTÉRIOS DEPARTAMENTOS COMISSÕES Oração Homens Finanças Intercessão Mulheres Construção Escola Dominical Jovens Eventos Núcleos nos lares Adolescentes Discipulado Crianças Circulo de oração Evangelismo e Missões Família Introdutores Temos ainda o Ministério Pastoral, o Conselho Administrativo e a Assembleia Geral·. QUESTIONÁRIO: 1. O que é Igreja? 2. Quais são os oficiais eclesiásticos? 3. Quais são os Departamentos, Ministérios e Comissões de nossa Igreja? 4. Por que devemos frequentar a Igreja? 5. É possível caminhar sozinho, sem a Igreja, e continuar firme? 6. Por que o Apóstolo Paulo compara a Igreja com um corpo humano (I Co 12)? A BÍBLIA OBJETIVOS ▪ Explicar o que é a Bíblia, sua importância na vida do crente e seu tema central. ▪ Apresentar uma visão panorâmica da Bíblia. ▪ Enumerar e classificar as divisões da Bíblia. O QUE É BÍBLIA O nome “Bíblia” se acha escrito apenas na capa do Livro Sagrado. A palavra Bíblia tem sua origem no grego “biblos” (língua em que foi escrito o Novo Testamento), sendo assim chamado o rolo de papiro preparado para a escrita. Vários destes rolos agrupados seria uma “bíblia”, ou seja, a palavra BÍBLIA significa “conjunto de livros”, ou simplesmente LIVROS. A Bíblia foi escrita por cerca de 40 homens (II Pe 1.20-21), em épocas diferentes (ao longo de, aproximadamente, 1900 anos), inspirados pelo Espírito Santo de Deus (II Tm 3.16 a) e toda a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, é coerente e tem como mensagem central a pessoa e obra de Jesus Cristo (Lc 24.44; Jo 5.39; At 3.18). O Antigo Testamento indica que Ele viria e como seria, e o Novo Testamento fala da Sua 5 volta e da pessoa Dele. Jesus era Deus encarnado em forma humana. Seu nascimento na terra é o acontecimento central de toda história. A Bíblia, durante o ministério terreno de Jesus, era composta dos Livros que hoje chamamos de Antigo Testamento (39 Livros). No decorrer dos séculos a Igreja realizou Concílios (reuniões dos líderes da Igreja) que reconheceram como Sagrados outros 27 Livros, totalizando os 66 Livros que dispomos em nossa Bíblia. A Igreja Católica Apostólica Romana tem em seu Cânon alguns outros livros que não são considerados como inspirados,(Livros apócrifos). Na Bíblia encontramos tudo que necessitamos para nossa salvação e desenvolvimento da fé, para nossa reconciliação com o Pai e para caminharmos com segurança pelos padrões estabelecidos por Ele. Nela também encontramos as promessas de Deus para nós que firmamos uma aliança com Jesus Cristo. A Bíblia chegou a nós pela tradução de João Ferreira de Almeida e, atualmente, as versões mais usadas são a “Revista e Corrigida” e a “Revista e Atualizada”. A UTILIDADE E IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA O Apóstolo Paulo, em sua carta a Timóteo nos ensina que a Bíblia é extremamente útil para todos os aspectos de nossa vida. Ela supre as necessidades do homem e responde a todos os seus questionamentos. (II Tm 3.14-17) Jesus nos alerta que é importante não só conhecermos a Bíblia, mas também colocarmos em prática o que aprendemos. Usando os seus ensinamentos no seu dia a dia você edificará sua vida sobre uma rocha firme que é Jesus Cristo. É sua responsabilidade usar bem o que está recebendo de Deus e é certa a vitória daquele que coloca em prática seus ensinamentos. A Bíblia não é um simples livro, ela precisa ser encarada como a Palavra de Deus; o desejo e plano de Deus para os homens. Ela é a luz para o caminho da humanidade. (Mt 7.24-27; Mt 4.1-11) O PODER DA PALAVRA DE DEUS Ao ler a Bíblia você compara sua vida com os padrões de Deus numa confrontação sadia e necessária. Ela não só foi inspirada pelo Espírito Santo, como também é usada por Ele para apontar, na nossa vida, pontos que precisam ser corrigidos. Na Bíblia encontramos exortação, edificação, consolo, confrontação com nosso pecado e a indicação da direção certa para o nosso caminhar. A simples leitura da Bíblia pode acalmar o coração agitado e também sensibilizar o coração endurecido e embrutecido pelo pecado. Jesus Cristo certa vez alertou: “Errais porque não conheceis as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt 22.29). Todos os dias tomamos decisões. A decisão que você toma hoje trará conseqüências para o seu amanhã. Conhecendo a Palavra de Deus e guardando seus mandamentos você poderá tomar as decisões certas que trarão bons resultados para todas as áreas de sua vida. A Bíblia, por ser inspirada pelo próprio Deus, funciona como um “Manual do Fabricante” evitando que você erre e te conduzindo a uma vida de vitórias, que é o plano de Deus para você. Leia a Bíblia diariamente e, a cada dia, verifique o que deve ser corrigido em sua mente e coração. Você perceberá erros e aprenderá a corrigi-los. Se cada dia você fizer isso estará mais parecido com nosso padrão: Jesus Cristo. 6 DIFICULDADES EM SEGUIR A BÍBLIA A Bíblia é como uma bússola que orienta para o caminho certo. Sempre haverá caminhos alternativos, oferecidos pelo nosso inimigo, para nos desviar do verdadeiro caminho. Esses caminhos são, aparentemente, mais fáceis de trilhar, mas no fim se revelam “Caminhos de Morte” (Pv 16.25). Alguns obstáculos você enfrentará no seu dia a dia para ler a Bíblia: sono, falta de atenção, falta de concentração, “falta de tempo” e outros atrativos colocados pelo mundo. Essas barreiras devem ser vencidas, pois só os vencedores descobrirão os caminhos e a vontade de Deus e terão seus olhos abertos às Suas maravilhas. A Bíblia, ao contrário do que muitos pensam, não é um “Livro cheio de proibições”, mas sim uma orientação preventiva de Deus, visando o nosso crescimento, nos dando sempre a opção de escolha. COMO LER A BÍBLIA ▪ Se você nunca leu, comece pelos Evangelhos. Eles relatam a vida de Jesus e o propósito da Sua vinda. ▪ Leia diariamente também trechos do Livro de Salmos ou Provérbios. São leituras devocionais que farão bem ao seu coração. ▪ Separe pelo menos 15 minutos do seu dia para ler a Bíblia. ▪ Não leia versículos isolados. A Bíblia, como um todo, é coerente e é perigoso ler e procurar interpretar os versículos de forma isolada. ▪ Não deixe as dúvidas se acumularem. Anote-as, procure o Pastor e peça ajuda. ▪ Freqüente a Escola Bíblica Dominical. Esses encontros são fonte de aprendizado e crescimento. ▪ Ore sempre antes de começar a ler a Bíblia. Ela é o único Livro no mundo que o autor (Espírito Santo) está sempre ao seu lado e lhe fornece a interpretação correta (Tg 1.5). ▪ Leia sempre e, a cada leitura, busque aprender mais. (Js 1.8) A Bíblia ensina que há necessidade de termos momentos de íntima comunhão, a sós, com Deus e com Sua Palavra. (Sl 119, 147 e 148; Sl 1.2; I Pe 2.2). Há vários fatores que contribuem para que tenhamos um momento devocional proveitoso e que irá refletir no restante do nosso dia: 1 - Tenha disciplina - O momento devocional deve ser feito numa hora em que você possa dar toda a sua atenção ao Senhor. Escolha um horário e planeje seu momento devocional. 2 - Um bom local - Mc 1.35 – Onde você não seja interrompido e tenha liberdade para orar em voz alta ou cantar, se quiser. 3 - Planejamento – Estude a Bíblia pelos parágrafos, capítulos, livros, etc. Leia uma passagem lentamente e medite nela. Abaixo damos algumas perguntas que podem ser aplicadas às passagens estudadas: a) Esta passagem fala a mim de algum pecado que devo abandonar? b) Há nela alguma promessa que devo me apropriar? c) Há nela exemplo que devo seguir? d) Que advertência devo considerar? e) O que ela me ensina acerca do Pai, Filho e do Espírito Santo? OBSERVAÇÕES: 1- Anotações em rodapé ou em cadernetas são importantes e ajudam na memorização e no melhor conhecimento da Palavra. 2- Existem “Bíblias de Estudo” que oferecem informações adicionais e comentários teológicos. Apesar de ajudarem na compreensão não fazem parte do texto sagrado. DIVISÃO DA BÍBLIA 7 ANTIGO OU VELHO TESTAMENTO Pentateuco – Os livros da lei (Gênesis - Êxodo - Levíticos – Números – Deuteronômio) Poéticos – Coletânea de poesias, pensamentos, provérbios e canções. (Jó - Salmos - Provérbios - Eclesiastes - Cantares de Salomão) Históricos – São os 12 Livros que contam a história do povo de Israel. (Josué - Juízes - Esdras - Neemias – Rute - I e II Samuel - I e II Reis - I e II Crônicas – Ester) Profetas Maiores – Maiores em relação à extensão do conteúdo do livro (Isaias - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel) Profetas Menores – (Oséias – Naum - Joel – Habacuque – Amós - Sofonias – Obadias – Ageu - Jonas – Zacarias – Miqueias – Malaquias) NOVO TESTAMENTO Evangelhos – Contam a história do nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. (Mateus – Marcos – Lucas – João) Histórico – Conta a história da Igreja no primeiro século. (Atos dos Apóstolos) Epístolas Gerais – Cartas às Igrejas, escritas pelos apóstolos. (Romanos - I e II Coríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses - I e II. Tessalonicenses - Filemon - Hebreus - Tiago - I e II Pedro - I, II e III João - Judas) Epístolas Pastorais – Cartas escritas pelo Apóstolo Paulo aos líderes de Igrejas. (I e II Timóteo – Tito) Revelação – Revela o final dos tempos numa visão que foi dada por Deus ao Apóstolo João. (Apocalipse) *** Livros Apócrifos – São em número de sete e são: TOBIAS, JUDITE, SABEDORIA DE SALOMÃO, ECLESIÁSTICO, BARUQUE E I e II MACABEUS. QUESTIONÁRIO: 1) O que é Bíblia e quantos livros a compõem? 2) Quais são os Evangelhos? 3) Qual a mensagem central da Bíblia? 4) Qual, em sua opinião, é a importância da Bíblia na vida do crente? 5) Você já tentou ler a bíblia toda? Se desistiu, por quê? 6) Qual a maior dificuldade que você tem ao ler a Bíblia? Como pode superá-la? 7) O que você espera que aconteça em sua vida ao ler a Bíblia? 8 ORAÇÃO OBJETIVOS ▪ Explicar a importância de ser constante e perseverante na oração. ▪ Enumeraros objetivos da oração. ▪ Ensinar a maneira de orar e como superar os obstáculos à oração eficaz. INTRODUÇÃO Falamos muito de oração, mas, na verdade, oramos menos do que deveríamos. Apenas um pequeno número de pessoas separa 15 minutos diários para orar. Muitos reclamam de uma vida de fracasso, mas não percebem que é impossível ter sucesso sem saber a opinião de Deus sobre nossos assuntos e isso descobrimos pela oração. A oração é um fator básico para termos uma vida cristã abundante. Se ela não for constante na vida do crente, ele não poderá crescer no seu relacionamento com Cristo de modo significativo. Ela é uma das formas de comunicação do crente com Deus. Isto significa que quando oramos mostramos nossa disposição de nos relacionarmos com Ele. Falamos com Ele pela oração e Ele fala conosco pela sua Palavra, pelas pregações, em sonhos e visões, com voz audível e de diversas outras formas pelo Seu Espírito. OBJETIVOS DA ORAÇÃO A Palavra de Deus nos revela inúmeras finalidades da oração, das quais destacamos algumas: 1- A oração satisfaz os mais profundos anseios da alma humana podendo resolver o problema da solidão interior e da inquietude do coração humano. (Sl 4.1-2; 63.1, 5-8) 2- A oração é um meio que Deus nos proporciona para eliminarmos os problemas e as preocupações aliviando nossa alma da ansiedade e angústia, colocando nossos problemas nas mãos de Deus. (Fp 4.6-7; I Pe 5.7) 3- A oração é o meio pelo qual falamos diretamente a Deus de nossas necessidades e interesses. Deus nos concedeu o direito de termos acesso diretamente a Ele por meio de Jesus. (Jo 16.23-27; Hb 4.16; I Jo 5.14). 4- A oração nos fortalece e nos ajuda a ter vitória na luta contra a tentação e o pecado. (Mt 6.13; Mt 26.41; II Ts 3.1-3; Hb 2.17-18). COMO DEVEMOS ORAR Você deve aprender a orar e a melhor forma de se aprender é orando! Para começar, veja algumas informações práticas a cerca da oração: 1 - Ser equilibrado - Deve haver um equilíbrio de assuntos em nossas orações devocionais: a) Petições pessoais - Quando expressamos a Deus nossas necessidades e anseios pessoais. Mesmo que Ele, por ser onisciente, já saiba de tudo, somos incentivados a abrir nosso coração e declarar em oração nossas aflições e problemas. b) Intercessão - Orações que fazemos em favor de outras pessoas e trabalhos da igreja. É quando não pedimos algo para nós e sim para outros (intercessão) c) Ações de graça - Quando nos lembramos de agradecer a Deus pelas respostas às nossas petições e súplicas anteriores e pelo suprimento das nossas necessidades. 2- Ter organização Uma lista de pedidos evita o esquecimento e lembra-nos de agradecer a Deus pelas respostas. 9 3- Ser constante Somente quando o novo crente se torna disciplinado e constante na sua vida de oração é que ele passa a experimentar a verdadeira comunhão com Deus, passando a desfrutar dos benefícios dela. (Rm 1.12; I Ts 5.16) 4- Fazer pedidos específicos Orações indefinidas não nos levam a nada. É necessário ser específico ao orar para que nossa fé amadureça. É importante que vejamos claramente as respostas de nossas orações e possamos dar testemunho da providência e do cuidado de Deus. 5- Ser persistente É necessário ser paciente, perseverante e nunca desanimar. A própria “demora” de Deus muitas vezes é um plano para amadurecer nossa fé e preparar nosso caráter para aproveitarmos ao máximo as bênçãos que serão derramadas. (Lc 11.5; Lc 18.1; Rm 1.9-10). 6- Ter Fé A fé é elemento essencial na oração. Ter fé é não duvidar do poder de Deus, da sua Palavra e da sua capacidade em nos ouvir e atender. Aquele que duvida não alcança nada de Deus. (Tg. 1.6-7; Mt 7.7; Mc 11.24; I Jo 5.14-15). 7- Ser Sincero É impossível enganar a Deus e Ele, que conhece nosso coração, sabe da sinceridade de nossas palavras e lágrimas. Um coração sincero não é desprezado por Deus. (Hb 10.22) 8- Usar o nome de Jesus Nossas orações são encaminhadas ao Pai pelo nome de Jesus. Somente pelo sacrifício de Jesus é que temos acesso ao trono de Deus: Jo 16.23-24 OBSTÁCULOS E EMPECILHOS A ORAÇÃO 1- Não orar com fé, não crendo no poder de Deus sobre tudo e todos. (Tg 1.5-8) 2- Não orar o suficiente, desistir com facilidade. 3- Não pedir realmente nada, ser genérico ao invés de específico. (Mt 21.22; Tg 4.3) 4- Orar por motivos errôneos e motivados por egoísmo ou soberba. (Tg 4.3) 5- Abrigar no coração pecados não confessados. (Sl 66.18) 6- Lutar com problemas conjugais ainda não solucionados (I Pe 3.7) 7- Estar fora da vontade de Deus. (I Jo 5.14-15) TIPOS DE ORAÇÃO A oração conhecida como “Pai Nosso” é um “modelo” de uma Oração Devocional. Ela contém cinco elementos importantes para nosso relacionamento diário com Deus. Temos também nela exemplos de alguns “tipos de oração” que, muito frequentemente, encontramos na Bíblia e refletem os diferentes momentos que passamos e as dificuldades que enfrentamos. Podemos identificar alguns “tipos” pelos textos abaixo. * Petição: Sl 142; Fp 4.6; Jo 16.24. * Intercessão: Lc 22.31-32; Cl 4.12; I Tm 2.1-4. * Confissão: I Jo 1.9-10; 2.12-13; Sl 32; Pv 28.13. * Gratidão: I Ts 5.18; Fp 4.6; Ef 5.18-21. * Adoração: Sl 146; 148; 150 PERGUNTAS SOBRE A ORAÇÃO 1- Quando devo orar? A Bíblia diz que devemos orar sem cessar. Temos dificuldades de entender isso, pois associamos orar com “fechar os olhos”. Podemos orar também com os olhos abertos e em qualquer lugar, em todas as situações, 10 bastando para isso que estejamos em comunhão com Deus. Veja os textos e dê sua opinião. (I Ts 3.10; I Ts 5.17; Lc 18.1). Deus realmente ouve as nossas orações? Esta é uma pergunta que muitas vezes passa pela nossa cabeça. É certo que Deus conhece nossas necessidades e nosso coração e está sempre atento a todas as nossas orações, quer seja a que façamos de olhos fechados, de joelhos, de pé ou com os olhos abertos. Os textos selecionados nos falam sobre a atenção de Deus às orações do seu povo. (II Cr 7.12-14 - I Jo 3.21-23 - I Jo 5.14-15). Qual a importância do Nome de Jesus? Ao encerrar nossas orações, usamos o nome de Jesus, pois, pelos nossos méritos não poderíamos chegar ao Pai. Esse ensinamento foi dado pelo próprio Jesus quando ensinou aos seus discípulos: “Tudo aquilo que pedirdes em meu nome...”. Qual o papel do espírito Santo? O Espírito Santo tem um papel importantíssimo. Em primeiro lugar é Ele que testifica que somos filhos de Deus, nos dando confiança para chegarmos até o nosso Pai. Em segundo lugar Ele intercede por nós com gemidos inexprimíveis, pois, na verdade, não sabemos orar de maneira conveniente. (Rm 8.14, 16, 17 e 26) Porque recebemos coisas que não pedimos? A Bondade de Deus é fascinante. Deus, conhecendo nossas necessidades e nossa limitada compreensão, providencia mais do que pedimos ou pensamos, nos cobrindo de bênçãos que sabemos não merecer e renovando sobre nós as suas misericórdias a cada dia. (Ef 3.20; Mt 6.8; Lm 3.16). Por quem posso orar? Podemos orar por todo tipo de problemas, pessoas ou situações que nos afligem. Veja os textos abaixo e seja surpreendido com a variedade de possibilidades de sua oração. Em regra geral você pode orar por tudo que te afeta e trás ansiedade, dor, aflição e tristeza ao seu coração. Devemos também agradecer por tudo que nos acontece crendo que é parte do plano de Deus para nossas vidas. (Sl 122.6; Mt 5.44; Lc 6.28; At 9.11; Lc 10.5). QUESTIONÁRIO: 1- Qual o valor da oração no nosso dia a dia? (Mt 13.18 - Lc 22.40 - Lc 9. 29). 2- Você já teve uma oração não respondida? Por qual razão você crê Deus não te respondeu? 3- Você pode dar algum testemunho de vitória pela oração? 4- O que é oração? 5- Jesus ensinou como orar? 2- Jesus precisava orar? 3- Qual o papel do Espirito Santona oração? 4- Quando devemos orar? SALVAÇÃO OBJETIVOS: 11 ▪ Explicar o que é salvação e como podemos recebê-la. ▪ Mostrar o destino do homem depois da morte física. ▪ Mostrar que a salvação não pode ser retirada do crente. INTRODUÇÃO Ser salvo de quê? Esta é uma pergunta muito importante e que merece ser analisada com muita atenção. Saber de quê, de quem e de onde somos salvos será abordado nesta lição. A salvação é um presente de Deus que não é perdido jamais e, para recebê-la, é necessário apenas abrir o coração para Jesus Cristo. Para que você entenda bem, a nossa história começa ainda no Jardim do Éden, quando satanás induziu o homem ao pecado, criando um abismo que o separou de Deus. Através dos séculos Deus procurou mostrar ao homem o caminho da reconciliação e, de forma decisiva, enviou Jesus para morrer em lugar de cada um de nós, pagando o preço dos nossos erros e retirando de sobre nós o peso do pecado e da maldição. Se não fosse o sacrifício de Jesus na cruz estaríamos condenados à morte eterna, que é a separação definitiva de Deus aqui na terra e por toda a eternidade. Aquele que recebe à Cristo como seu Senhor e Salvador tem a vida eterna (I Jo 5.11), sendo reaproximado de Deus agora (no presente) e para sempre, sendo livre do afastamento eterno de Deus, que é o inferno. Somente através de Cristo obtemos a salvação, pois, pelo seu sacrifício na cruz do calvário, podemos nós, pecadores, voltarmos à comunhão com nosso Criador. Esta salvação é mediante a graça de Deus (favor imerecido), pois por mais que façamos boas obras não alcançaremos a justificação e a salvação. A Bíblia nos ensina que não é por meio de obras que seremos salvos. (“para que ninguém se glorie” - Ef 2.8-9) Como é maravilhoso sabermos que, através do sacrifício de Cristo, hoje somos filhos e não apenas criaturas de Deus e pelo sangue de Jesus temos os nossos pecados perdoados, fomos justificados e somos novas criaturas, recebendo a chance de uma nova vida. O DESTINO DOS NÃO SALVOS A Bíblia é clara quando trata deste assunto. Ela afirma que o homem tem “livre-arbítrio” para decidir, entre dois caminhos, o que lhe parecer ser melhor. Fala também que Jesus bate a porta para entrar e, o homem que der ouvidos a Sua voz, O receberá em seu coração para sempre (Ap.3.20). Quando Jesus entra na vida do homem há uma grande festa no céu e esse homem passa a ter seu nome escrito no “Livro da Vida”, de onde nunca mais será apagado. (Ap 20.12-15) A Bíblia também fala do homem que não aceita a Cristo como salvador. O texto que está em Lucas 16.19- 31, mostra a situação de um homem que não dá crédito à Palavra de Deus. Ele estava em tormentos, trevas, triste e diante de uma situação irreversível. Entendemos que a decisão sobre a eternidade começa aqui na terra e é de responsabilidade do homem. Algumas religiões ensinam que haverá uma segunda chance, depois da morte, para salvação. Outras dizem que o espírito retorna a terra, em outra encarnação, e que não existe céu, inferno ou mesmo Deus. O que a Bíblia, nos ensina é que ao homem está ordenado morrer uma só vez e depois segue-se o juízo. (Hb 9.27) O DESTINO DOS SALVOS Em I João 5.11 encontramos o destino dos que aceitam a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador: a vida eterna. Além desse texto, vários outros nos alegram e dão segurança ao nosso coração, pois garantem que nosso futuro é com Cristo no céu, que será a maior de todas as bênçãos. Confiante que nossos nomes estão no “Livro da Vida”, quando a trombeta tocar, a escutaremos e estaremos nos encontrando com Cristo nos ares para irmos ao lugar onde não haverá choro, pranto, dor e onde nossas lágrimas serão enxugadas (Ap. 21.4). Enquanto estamos aqui devemos viver uma vida na presença de Deus, 12 na expectativa de que a vinda de Cristo pode ser a qualquer instante. Podemos dizer que a vida eterna com Cristo começa aqui na terra! PECADORES A CAMINHO DA SALVAÇÃO A Bíblia mostra nossa real situação: somos pecadores (Rm 3.23). Fomos gerados e nascemos debaixo Da maldição do pecado. Os primeiros representantes da raça humana (Adão e Eva) pecaram e, como consequência disso, todos os seus descendentes já nascem pecadores (Rm 6.23). A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte e a “primeira morte” que entrou no mundo foi a morte espiritual, pelo pecado, e depois a morte física, como sua consequência. Deus, segundo Gn. 3.15, já estava preparando a redenção do homem. Haveria de vir outro representante, sem pecado, sem mácula, vencedor, que esmagaria a cabeça da serpente e que viria buscar e salvar o perdido. Esse é exatamente o perfil de Jesus Cristo! Ele é o nosso “advogado de defesa” junto ao Pai (I Jo 1.7-9; I Jo 2.1); aquele que derramou seu sangue voluntariamente por nós (Fp 2.5-8); o que veio para desfazer as obras do diabo (I Jo 3.8). Jesus tem poder e autoridade para perdoar pecados, purificar nossas vidas e nos justificar (I Jo 1.9), bastando para isso que confessemos nossos pecados e recebamos o perdão de nossas transgressões. O Apóstolo Paulo diz que é preciso que o nosso velho homem deixe de existir e uma nova criatura nasça (Rm. 6.1-23). A partir desse momento não devemos mais viver como escravos do pecado, mas sim oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável” a Deus (Rm 12.1-2). O pecado não deve nos vencer, nós é que podemos e devemos vencê-lo através de Cristo. Deus nos dá força para resistirmos ao pecado e vencermos as tentações quando estamos submissos e em comunhão com Seu Filho, Jesus Cristo (Hb 2.17- 18). A CERTEZA DA MINHA SALVAÇÃO Devemos ter essa convicção em nosso coração. Muitas pessoas se questionam quanto a sua salvação e, apesar de estarem na Igreja por muitos anos, ficam na dúvida, pois ouviram dizer que a salvação pode ser perdida. Em João 6.37, temos uma tremenda segurança da salvação, pois esse texto diz que de maneira nenhuma Cristo lançaria fora aquele que fosse até Ele com o coração aberto e disponível. Muitas pessoas estão na casa de Deus, mas vivem com medo de que seus nomes não estejam no “Livro da Vida”. Elas recebem várias informações e não conseguem distinguir o que é “Palavra de Deus” do que é “Achismo dos homens”. Não viva na dúvida, viva uma vida feliz, uma vida de fé, uma vida abundante e saiba que você, por ter aceitado a Cristo, vai para o céu morar com Ele. Há várias linhas de entendimento quanto à perda ou não da salvação, mas não se deixe levar por aqueles que dizem que você pode perdê-la. Baseados em Efésios 1.1-13, podemos ter certeza do que Deus tem para nossas vidas. Aceite pela fé o plano de Deus para tua vida e não viva com medo. OS DOIS JULGAMENTOS Todos passarão pela presença de Deus para serem julgados. Existem, porém, dois julgamentos distintos, para pessoas diferentes. Em I Co 3.12-15 encontramos o julgamento dos salvos, que serão galardoados. Esses tem “o fundamento” e serão salvos, ainda que com poucas obras de proveito. O outro julgamento será para aqueles que não aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e, infelizmente, já estão condenados e receberão o juízo: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” Mt 25.41. 13 O CÉU: NOSSO DESTINO FINAL Jesus afirmou que um lugar especial foi preparado para nós: o céu. Ele mesmo é quem o preparou e está nos aguardando lá. (Jo 14.2) O Apóstolo João, em Apocalipse 21, descreve a visão da Nova Jerusalém e de tantas outras coisas a ele reveladas. A presença de Deus era algo que enchia e diferenciava aquele lugar. O Céu é caracterizado pela presença do próprio Deus! É interessante ressaltar que nessa visão o Apóstolo não viu nenhum santuário. Pode parecer estranho, mas, se levarmos em conta que o Templo, em Jerusalém, servia para lembrar ao homem doseu pecado e da necessidade de se buscar a reconciliação com Deus, entenderemos que no céu essa lembrança deixa de se fazer necessária, pois o pecado já não existe e a comunhão já estará restabelecida com o Pai. A Nova Terra é o próprio santuário onde cultuaremos a Deus. Você já procurou ter uma visão de como será a nossa morada definitiva? Leia o Livro de Apocalipse, de maneira especial o capítulo 21, e veja quantas maravilhas estão te esperando. QUESTIONÁRIO: 1- Você pode ter certeza se está ou não salvo? 2- O que é CÉU? 3- O que é INFERNO? 4- O que é LIVRE ARBÍTRIO? 5- Você acha que o “Livro da Vida” pode ser “apagado” ou “rasurado”? 6- É possível ser salvo com pecados? Como então podemos ser salvos? 7- Você tem certeza da sua salvação? (Responda para você mesmo) PECADO; PERDÃO OBJETIVOS: ▪ Explicar o que é pecado e as suas consequências. ▪ Explicar o que é perdão de Deus e suas consequências. ▪ Mostrar como obter e aproveitar o perdão e a misericórdia de Deus. INTRODUÇÃO: A definição mais conhecida de pecado é: ERRAR O ALVO. O pecado é, em geral, em relação a Deus, quando tomamos ou assumimos um caminho ou conduta diferente do que Ele deseja para nossas vidas. O pecado nos leva a uma atitude errada em relação a Deus e a Sua vontade e está presente na natureza humana, que cede às tentações e nos leva a desagradar a Deus. (Rm 5.12; Rm 6.12-14; Rm 7.1720). PECADO X LEI E GRAÇA Os judeus tinham uma forma de relacionamento com Deus baseado na LEI. Ao quebrar a Lei eles se consideravam pecadores e ao cumpri-la, justos. O estabelecimento da Lei não era um plano original de Deus, mas foi a maneira por Ele usada para fazer com que os homens enxergassem um modo de viver que fosse mais correto do que vinham vivendo. Os Dez Mandamentos foram durante muito tempo a bússola do homem servindo hoje como “conceitos” e não um código rígido de conduta. Hoje temos em nós o Espírito Santo que nos mostra com clareza o que é a vontade de Deus, nos alertando dos caminhos errados e nos mostrando que não precisamos andar com um “Manual de Certo X Errado”, 14 estabelecido por homens, para direcionar nossa vida e dizer o que é pecado. É tempo de ter a “Lei do Senhor” gravada em nossas mentes e corações e dar atenção a voz do espírito Santo. Jesus Cristo veio, cumpriu a Lei, e estabeleceu conceitos mais elevados que os que eram seguidos até aquela época (os 10 mandamentos), resumindo os mandamentos em apenas dois (Mt 22.37-40) que, se obedecidos, nos garantem o cumprimento de todos os outros e uma vida em comunhão com os homens e com Deus. ONDE COMEÇA O PECADO O Apóstolo Tiago aponta o pecado como uma consequência da cobiça; tentação, que seduz o homem e o leva à morte. (Tg 1.13-15). O Apóstolo João fala do processo que dá início ao pecado, mostrando que ele é consequência da concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida (I Jo 2.15-17). Podemos perceber que a estratégia de satanás é colocar a possibilidade de realizar desejos secretos e não lícitos diante de nossos olhos, fazendo-nos caminhar na direção deles e, com isso, nos levando a pecar. Ele tenta nos seduzir e atrair, como uma isca atrai um peixe, para nos fisgar e nos arrastar para a morte (espiritual e também física). O propósito do nosso inimigo é bem claro: Roubar – Matar – Destruir (Jo 10.10). Quando conhecemos a Palavra de Deus e estamos firmados nela, nossos sentidos ficam mais atentos aos caminhos que estamos trilhando. Quando mantemos comunhão com Deus, o Espírito Santo nos avisa das armadilhas do diabo. Não pense que você é forte ou que o inimigo não tentará derrubar você. O próprio Senhor Jesus passou por momentos de tentação e resistiu nos mostrando que ninguém está isento de ser tentado, mas que é possível vencer a tentação e não pecar. (Mt 4.1-11) Ele pode e quer te ajudar nos momentos em que você estiver passando por dificuldades. (Hb 2.17-18). Resistir ao maligno fazendo-o fugir da sua vida é possível (Tg 4.7). Para evitar o pecado é necessário eliminar as fontes de tentações, fugir da “aparência do mal” e buscar a direção de Deus em todos os caminhos. Depois disso, manter a sua mente ocupada com o que é bom, não deixando espaço para a atuação do diabo. (Fp 4.8). AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO A primeira consequência do pecado é a vergonha. Aconteceu com Adão e Eva (Gn 3.8-10) e, ainda hoje, nos sentimos envergonhados quando pecamos. A vergonha nos leva a uma inútil tentativa de fuga e, a primeira reação, é a de buscar um isolamento das pessoas e da Igreja o que, consequentemente, resulta em nosso afastamento de Jesus Cristo. Isso abre espaço para a atuação do diabo em nossas vidas e, além da área que ele já alcançou, outras também serão atingidas, levando nossa vida a uma situação pior a cada dia. O Profeta Isaias diz que “os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus.” (Is 59.1-2). Lembre-se que, por maior que você considere ser o seu pecado, ele não é maior ou mais forte que a misericórdia de Deus. Se você caiu em tentação e pecou não deixe que isso cegue você a ponto de não ver a misericórdia, o amor e o perdão de Deus. Não aceite uma posição de derrota e nem a acusação do diabo. Jesus morreu por você para lhe garantir o perdão. Você pode ser perdoado por Deus agora, basta pedir! O PERDÃO O Profeta Jeremias descreveu a misericórdia do Senhor como infinita, ela não tem fim, se renova a cada manhã e é a causa de não sermos consumidos. (Lm 3.22). Isso quer dizer que a cada dia que começa Deus dá uma nova chance de recomeço para você! Tiago nos lembra que a misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13) mostrando que Deus tem mais interesse em perdoar do que em castigar. É muito complicado para nós entendermos o amor de Deus. Ele não só não nos deseja o mal como também está sempre pronto a perdoar e esquecer o mal que fizemos e a tristeza que Ele sente quando pecamos. 15 Seria impossível termos acesso á Deus devido a nossa condição de pecadores, mas Ele mesmo resolveu este problema de separação enviando Jesus Cristo que, mesmo sendo o Filho de Deus, sofreu e morreu em nosso lugar e por nossos pecados (Fp. 2.5-8 e Is 53.4-6). Pela Lei Judaica o pecado, para ser perdoado, necessitava de um sacrifício. Um cordeiro ou outro animal, conforme o tipo de pecado deveria ser morto. João Batista, ao ver Jesus disse: “eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O “Cordeiro de Deus” foi sacrificado e resgatou toda dívida de pecado que estava sobre nós – Ele pagou o preço, de uma só vez, por toda a humanidade, possibilitando a religação (“Religare” = Religião) do homem com Deus. O sacrifício de Jesus na cruz foi tão eficiente que nos possibilita uma reaproximação com Deus (da criatura com o criador) e nos lava e purifica de todos os pecados que venhamos a cometer (Cl 2.13-14) bastando, para isso, que confessemos a Ele nossas faltas e peçamos Seu perdão. (I Jo 1.9). A cada vez que confessamos nosso pecado ao Senhor, somos perdoados, lavados e purificados pelo sangue de Jesus. COMO RECEBER ESTE PERDÃO O Evangelho de Mateus nos conta que Jesus começou a pregar chamando o povo a um arrependimento (Mt 4.17). O primeiro passo para ser perdoado é, com sinceridade, arrepender-se do pecado cometido. O passo seguinte é confessar o pecado ao Senhor, sem ter medo ou vergonha do que fez (I Jo 1.9). O terceiro, e talvez o mais difícil passo, é nos apropriarmos desse perdão concedido por Deus, sabendo que contra nós não pesa mais acusação, pois temos um advogado junto ao Pai que intercede por nós. Não temos que pagar preço algum ou realizar sacrifícios para receber o perdão de nossos pecados. O preço já foi pago na cruz por Jesus Cristo! (I Jo 2.1-2). O perdão de Deus é algo precioso e completo. Junto com o perdão experimentamos a mão de Deus nos conduzindonuma nova direção e o prazer da comunhão constante com o Espírito Santo. Devemos, com sinceridade, arrepender-nos e, com humildade, deixar que Deus nos conduza. Cabe a nós, individualmente, aceitar ou não essa nova direção e a orientação de Deus para a correção de nossos “maus caminhos” (II Cr 7.14). RESULTADOS DO PERDÃO É difícil explicar com palavras a sensação de ser perdoado por Deus. Imediatamente experimentamos um alívio no coração (e muitas vezes no corpo físico) e paz na alma. (Sl 32.1-5) Ao recebermos o perdão de Jesus Cristo no nosso coração somos restaurados e passamos a estar em Cristo, assumindo este direito de sermos “Novas Criaturas”. (II Co 5.17) Ser uma “Nova Criatura” não isenta você de ser tentado e de, infelizmente, pecar outra vez. Portanto o exercício diário de confissão de fraquezas e pecados diante de Deus, em oração, sempre se faz necessário (II Co 10.5b). Outra consequência do perdão de Deus é que ele é amplo, não fica só restrito a nossa vida, mas, através de nós, é estendido a outros. Quando recebemos o perdão de Deus compreendemos a importância do perdão e também perdoamos! O Senhor Jesus nos ensinou uma oração que diz: “perdoa nossas ofensas assim como perdoamos aqueles que nos tem ofendido”. (Mt 6.12). Esse texto mostra que o perdão que damos aos outros é do mesmo tipo e da mesma intensidade do perdão que queremos (e vamos) receber de Deus. Podemos resumir perdão como a troca de uma folha de papel, escrita e rasurada, por uma em branco. Você estaria disposto a fazer isso com seu irmão (seu próximo) e lhe dar uma nova chance? Você deixaria alguém que te machucou se aproximar mais uma vez? Deus faz isso com você! QUESTIONÁRIO: 1- Defina, com suas palavras, o que é pecado. 2- Cite algumas maneiras com que o diabo nos leva a pecar e aponte como podemos evitá-los. 3- Defina perdão. 16 4- Você acredita realmente no perdão de Deus? Com base em que? 5- Você já se sentiu perdoado por Deus? Pode compartilhar sobre isso? 6- Você já perdoou alguém? É fácil? Por quê? 7- Dê sua opinião sobre a frase: “Perdôo, mas não esqueço”. SANTIFICAÇÃO OBJETIVOS: ▪ Explicar o processo de santificação. ▪ Apontar características do processo de santificação. ▪ Mostrar os obstáculos ao processo e como superá-los. INTRODUÇÃO A palavra SANTIFICAÇÃO refere-se ao processo que leva o crente a tornar-se uma pessoa mais parecida com Cristo, que entende, aceita e cumpre os planos de Deus para sua vida. Este processo tem inicio quando aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador e tem como alvo final na vida do crente a formação da própria imagem do Pai em sua vida. (Mt. 5.48; Rm 3.21) Se você pensar no céu entenderá a necessidade de santificação na vida do crente. Todos os seres que habitam os lugares celestiais, e, portanto estão próximos de Deus, devem ser santos, como o próprio Deus é santo (Lv 11.44). Esta santificação (santidade) vai sendo implantada pela ação do Espirito Santo e pelo poder da Palavra de Deus (Gl 5.22,23) quando a pessoa da liberdade para que isso aconteça em sua vida. A palavra SANTIFICAÇÃO aparece na Bíblia como sinônimo dos seguintes aspectos: Separação, Dedicação, Purificação e Consagração. O processo de santificação começa na decisão de ser separado, numa dedicação ao serviço de Deus, na disposição de ser purificado pelo sangue de Jesus e na determinação de manter-se limpo do pecado e iniquidade. Vamos analisar os aspectos isoladamente: A) Separação. Santo é uma palavra que descreve a natureza divina e seu significado primordial é separação. Santidade representa aquilo que está em Deus e que o torna separado de tudo quanto seja terreno e humano, isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade. Quando o Senhor deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço ela deve ser separada para uso exclusivo de Deus e com isso torna-se “santa” ou “santificada”. b) Dedicação Santificação inclui tanto a separação quanto a dedicação a alguma coisa. Essa é a condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo, pois tomamos consciência de quem somos e o que devemos fazer. A palavra ‘santo’, quando usada no sentido de dedicação é referente a homens ou objetos e expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus no para serem de Sua propriedade. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová, os levitas eram santos por serem especialmente dedicados ao serviço do Tabernáculo, o “Sábado” e os “Dias de Festa” eram santos porque representavam a dedicação ou consagração a Deus. C) Purificação Embora o sentimento primordial de santo seja separação para serviço, inclui também a idéia de purificação. O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado, portanto, os homens consagrados a Ele, participam de Sua natureza e gozam da Sua presença. Tudo que lhe é dedicado deve ser limpo, pois a limpeza é uma condição para a santidade (mas não a própria santidade). 17 Quando Jeová escolhe e separa uma pessoa ou um objeto para o seu serviço, ele opera ou faz com que seja possível o processo de santificação. Objetos inanimados foram consagrados pela unção com azeite (Ex. 40.9-11). A nação de Israel foi santificada pelo sangue do sacrifício da aliança (Ex 24.8; Hb 10.29). Os sacerdotes consagrados, representantes de Jeová, Moisés os lavou com água, ungiu-os com azeite e aspergiu-os com o sangue da consagração (Lv 8). Como os sacrifícios do velho testamento eram tipos do sacrifício único de Cristo, assim as várias abluções e unções do sistema mosaico são tipos da verdadeira santificação que alcançamos pela obra de Jesus. Assim como Israel foi santificado pelo sangue da aliança, assim também Jesus “para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13.12) e pôde “nos perdoar de todo pecado e purificar de toda injustiça” (I Jo 1.8-9), nos lavando e purificando de toda a injustiça. D) Consagração. O sentido de “consagração” é o de se viver diariamente uma vida de separação do pecado, purificação das iniqüidades e dedicação ao Senhor. Para isso é necessário o entendimento e a submissão ao Plano de Deus para nossas vidas e a decisão de se manter nessa posição buscando a cada dia ser mais parecido com Jesus. É UMA PRÁTICA PROGRESSIVA Todos os cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo. É dessa separação que segue a nossa responsabilidade de viver para Ele. Essa situação de “separados” deve continuar diariamente, pois o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme a imagem de Cristo. “A santificação é obra da livre graça de Deus, pela qual o homem é renovado segundo a imagem de Deus, capacitando–nos a morrer para o pecado e viver para a justiça”. Isso não quer dizer que vamos progredir até alcançar a santificação, mas sim, que progrediremos na santificação da qual já participamos. O sangue de Jesus nos lavou e lava de todo o pecado e nos abriu as portas da salvação nos devolvendo o direito de dizer não ao pecado. MEIOS DIVINOS DE SANTIFICAÇÃO São meios divinamente estabelecidos de santificação: o sangue de Cristo, o Espirito Santo e a Palavra de Deus. O primeiro nos proporciona a santificação absoluta, quanto a nossa posição perante Deus. É uma obra consumada que concede ao pecador penitente uma posição perfeita em relação a Deus. O segundo meio é interno, efetuando a transformação na natureza do crente. O terceiro meio é prático, atuando no exterior do homem, moldando o comportamento do crente no convívio com o próximo e nos auxiliando na relação com Deus. Dessa forma, o próprio Deus nos proporciona a possibilidade de sermos santos perante Ele, internamente e diante do mundo. A) O Sangue de Cristo. (eterno, absoluto e posicional – Hb 13.12; Hb 10.10,14; I Jo 1.7) O pecador é santificadopelo sangue de Cristo como resultado da Sua obra consumada na cruz. A santificação é o resultado da obra redentora do Filho de Deus ao oferecer–se no Calvário para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é eternamente separado para Deus; sua consciência é purificada e, ele próprio, é transformado de pecador impuro, em santo adorador, com a capacidade de comunhão com o Senhor Jesus Cristo, pois, “assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos.” (Hb 2.11). B) O Espirito Santo (santificação interna – I Co 6.11; I Pe 1.12; Rm 15.16). Nessas passagens a santificação pelo Espirito Santo é apresentada como o inicio da obra de Deus nos corações dos homens, conduzindo-os ao inteiro conhecimento da justificação pela fé no sangue aspergido de Cristo. Tal qual o Espírito pairava por sobre o nada original (Gn 1.2), seguindo-se o estabelecimento da 18 ordem pelo verbo de Deus, assim o Espirito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrindo-a para receber a luz e a vida de Deus (II Co 4.6). C) A Palavra de Deus. (Santificação externa e prática – Jo 17.17; Ef 5.26; Jo 15.3; Sl 119.9; Tg 1.13-25). Os cristãos são descritos como sendo “gerados pela Palavra de Deus” (I Pe 1.23). A Palavra de Deus nos desperta para compreendermos a insensatez e impiedade de nossas vidas. Quando damos importância a essa Palavra, nos arrependemos e cremos em Cristo, somos purificados. Esse é o início do processo de purificação que deve continuar durante toda a vida do crente. No ato de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita recebia um banho completo, que nunca se repetia. Todos os dias, porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés antes do ofício sacerdotal. Da mesma maneira, o pecador regenerado foi lavado (Tt 3.5), mas precisa uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme lhes forem sendo reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para nossa alma (Tg 1.22-25). Devemos lavar as mãos, isto é, nossos atos devem ser retos; devemos lavar os pés, isto é, nos lavar das sujeiras que tão facilmente se apegam aos nossos pés na caminhada da vida. IDÉIAS ERRÔNEAS SOBRE A SANTIFICAÇÃO Algumas vezes tentamos fazer coisas que não nos competem e que a nós são impossíveis. Uma delas é a SANTIFICAÇÃO sem a participação do Espírito Santo de Deus. Veja algumas tentativas fracassadas de santificação dos homens ao longo dos séculos: A) Erradicação Erradicação do pecado inato é uma dessas idéias. Se a erradicação da natureza humana pecaminosa se consumasse, não haveria morte física, pois esta é o resultado dessa natureza (Rm 5.12-21). Pais, que estivessem em pecado gerariam filhos sem a natureza pecaminosa. B) Legalismo. É a observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a lei não pode santificar (Rm 6) e nem justificar (Rm 3) o homem. O apóstolo nos alerta que pelo esforço humano o homem não conseguiria chegar ao padrão que nos é colocado pela Bíblia. Somente através de uma intervenção Divina e de uma entrega total ao Espirito de Deus, e não a regulamentos e leis, é possível caminhar no processo de santificação. C) Ascetismo É a tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos. O método, que outras religiões (hindus ascéticos) e alguns seguimentos da igreja adotam é baseado na antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má sendo, portanto, uma trava ao espírito (que na essência seria bom). Isto é contrário às Escrituras, pois elas nos ensinam que tudo o que Deus criou é bom. Ao contrário desta afirmação, é a alma e não o corpo que peca; portanto, são os impulsos pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material sacrificada. O Ascetismo é uma tentativa de culpar a carne por não deixar o Espírito de Deus de trabalhar na alma e no espírito do homem. O CAMINHO DA SANTIFICAÇÃO 1- Decida permanecer puro – Uma vez tomada a decisão de se separar do pecado não mude de idéia. Temos a idéia errada de que alguns pequenos pecados não fazem diferença. Pecado, de qualquer espécie, atrapalha sua comunhão com Deus, trava o processo de santificação e o aprofundamento do seu relacionamento com Deus. 2- Guarde os seus pensamentos – Tome a decisão de não se entreter com pensamentos impuros. Rejeite-os e substitua-os por louvores, ações de graça e canções. 19 3- Fuja de toda tentação – Siga o exemplo de José do Egito que fugiu da tentação. Mude o caminho, evite situações embaraçosas, prefira estar na Casa de Deus e no meio do Seu povo a estar à mercê do mundo e de seus prazeres. RESULTADOS DA SANTIFICAÇÃO A Bíblia nos fala do “Fruto do Espírito” (Gl 5.22). Essa expressão é interessante porque nos mostra que esse fruto é a conseqüência de um processo (da semente – ao fruto) e que é produzido por Deus (do Espírito). Se essas qualidades refletem e só aparecem na vida de alguém que decidiu se santificar para Deus é patente o valor desse fruto na manutenção da condição de santificação. Lembramos mais uma vez que a santificação é um processo e todos os “gomos” do fruto são necessários e desejáveis na nossa vida cristã. INIMIGOS DO PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO De maneira oposta ao trabalho do Espírito de nos ajudar, o inimigo tenta nos atrapalhar. Paulo nos alerta para o perigo das “obras da carne”. Ao contrário do fruto, que é o resultado de um processo e que leva tempo para aparecer, as obras já “são conhecidas” e são até listadas, mas, mesmo assim, tropeçamos nelas e somos levados a interromper nosso caminho de santificação. Devemos estar atentos para percebermos e nos desviarmos desses obstáculos. QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO 1- Cite cinco manifestações das Obras da Carne? (Gálatas 5.19-21) 2- Quantos e quais são os Frutos do Espírito? (Gálatas 5.22) 3- Qual o texto que nos garante a certeza de perdão dos nossos pecados? ( ) I Jo 1.9 ( ) I Co 13.6 ( ) Mt 3.16 4- Segundo Mateus 6.13, Deus pode nos ajudar a vencer as tentações ou só depende de esforço humano? Como Ele pode nos ajudar? 5- Como você tem reagido para vencer as tentações? 6- Santificação que dizer SEPARAÇÃO (Levítico 19.1-18). Quais são maiores dificuldades que você enfrenta para se separar das coisas do mundo e se santificar para Deus? MORDOMIA OBJETIVOS: ▪ Explicar o que significa a palavra mordomia. ▪ Mostrar quais são as mordomia dadas por Deus a nós. ▪ Mostrar como fazer a utilização correta das mordomias recebidas. INTRODUÇÃO A palavra MORDOMIA é muito mal utilizada hoje em dia. Ela é sinônimo de gastança, boa vida, facilidades duvidosas, regalias e até má gestão do dinheiro público por parte dos governantes e políticos. Se estudarmos um pouco, veremos que o sentido correto dessa palavra é outro, pois, na verdade, ser mordomo é ter o privilégio de administrar o que seu Senhor coloca aos seus cuidados. Em relação a Deus, ser mordomo é administrar bem o tempo, os bens, o dinheiro além do nosso potencial e dons que recebemos Dele. Desde o Jardim do Éden o homem foi criado para ser administrador das obras de Deus (Gn. 2.19) e Ele, como dono de tudo, é quem estabelece as normas para esse cuidado. 20 MORDOMIA DO DINHEIRO Muito se fala em dízimos e ofertas e cabe até um estudo posterior e mais detalhado a respeito disso, mas, para resumir, vemos na Bíblia que o dizimo existe por causa da necessidade de manutenção da Casa de Deus (Igreja) e que, aqueles que são fieis dizimistas, tem a promessa de Deus que o devorador será repreendido de suas casas (Ml 3.10). A Palavra de Deus nos alerta sobre o “Mundo Espiritual” e, de maneira específica, sobre o “devorador”, uma espécie de espírito maligno que atua sobre a vida financeira, destruindo bens e consumindo nossas fontesde sustento material. Quando entregamos o dízimo ao Senhor demonstramos confiança em Deus não no dinheiro e Ele mesmo repreende o “devorador” não permitindo seu acesso a nossa casa, despensa, bens e finanças. Muitas pessoas reclamam de suas vidas financeiras. Falam que nada dá certo, não prosperam, que as portas estão fechadas e que não sabem para onde vai o dinheiro que ganham. Pedem oração por prosperidade e tentam reverter a situação “expulsando o demônio” de sua vida. Só que o devorador não pode ser expulso pela sua oração e sim pela ordem de Deus ao ver a fidelidade do crente ao entregar seu dízimo ao Senhor. A “brecha” pela qual ele entra e atua é a sua não confiança e a falta de fidelidade para com Deus. Também vemos pessoas que mesmo dizimando não conseguem ter uma vida financeira equilibrada, vivendo em constate luta na área financeira, apesar de ganharem salários razoáveis. Será isso possível? Um dizimista fiel pode não ter em sua casa prosperidade? O dizimo garante a você que o “devorador será repreendido” e que “janelas dos céus serão abertas sobre sua vida”, mas, cabe a você administrar bem, como bom mordomo, o que Deus coloca em sua mão. Vivemos sob a influência de um sistema de propaganda onde o grande atrativo é comprar. O inimigo nos leva a olhar em volta e cobiçar, desejar ter o que outros possuem e que muitas vezes não precisamos. Os bancos e financeiras oferecem facilidades como: linhas de crédito, crediários, cheques especiais e cartões de crédito e outros que levam muitas pessoas ao descontrole financeiro. É preciso pedir a Deus sabedoria para administrar bem os recursos que Ele entrega em nossas mãos. Ser um bom mordomo é, além de ser um dizimista fiel, cuidar bem de tudo que nos foi confiado por Deus. MORDOMIA DO TEMPO O principio da mordomia do tempo consiste em aprender com Deus a “contar os nossos dias” (Sl 90.12). Precisamos aprender a usar corretamente o nosso tempo, pois, na realidade, o tempo pertence a Deus e chegará o dia em que prestaremos conta de tudo que fizemos na terra, inclusive o tempo que desperdiçamos aqui. A Bíblia nos ensina (Ef 5.15) que devemos ter sabedoria para usar o tempo que Deus nos dá, andando como sábios e não como néscios. Estamos vivendo numa época em que nossa mente tem sido bombardeada com muitas informações, que chegam a nós com muita rapidez. O volume e a velocidade dessas informações aumentam a cada dia, mas, apesar disso, parece que o dia fica mais curto e passa cada vez mais rápido. Não devemos ser envolvidos e confundidos pela velocidade que o mundo impõe ou pelos apelos da tecnologia moderna, pois nada pode se comparar ao tempo passado na presença do Senhor. Devemos administrar bem o nosso dia e separar tempo para aquilo que pode acrescentar a nossa vida. Ler a Bíblia, orar, ir a Igreja, estudar para uma prova ou em um curso que melhore nossa condição intelectual ou profissional são atividades que tem a aprovação de Deus. Salomão nos ensina que “Tudo tem seu tempo” (Ec 3.1-11) e devemos aprender com Deus a administrar nosso dia de maneira equilibrada. É preciso trabalhar, é bom estudar, é excelente namorar e ter momentos de lazer, mas é importante lembrar que tudo o que temos ou fazemos é proporcionado a nós por Ele e Dele não podemos nos esquecer. Vemos pessoas que tem tempo para tudo, menos para Deus. Quem age assim devia ler o Salmo 127.1-3 e perceber que sem Deus de nada vale nossos esforços. No Livro de Eclesiastes o rei Salomão nos fala que riquezas acumuladas, prazeres, conhecimentos adquiridos e muitos amores são comparados a “correr atrás 21 do vento”. Cuidado, você nunca conseguirá pegar o vento e corre o risco de viver uma vida vazia e sem sentido. MORDOMIA DOS TALENTOS A palavra “talento” era o nome dado a uma moeda cujo valor equivalia a “um dia de trabalho”. O próprio Senhor Jesus usou este valor como referência em muitas de suas parábolas. Atualmente a palavra “talento” possui outro significado e costuma-se chamar de “talento” a capacidade de realizar atividades especiais ou, para nós cristãos, capacidade especial comparada, e confundida por muitos, com os Dons do Espírito Santo. Tanto o talento para algum não crente desenvolver qualquer atividade, quanto um Dom especial para o crente são dados por Deus, mas, só o que é usado para crescimento da Igreja e que consideramos Dom. O Apóstolo Paulo, em diversos textos, nos ensina sobre os dons e como usá-los (veja o Módulo 9 – Dons e Ministérios). Leia Mt 25.14-30 e perceba que é muito importante não deixar que os talentos que Deus confiou a você sejam enterrados ou mesmo desperdiçados. Deus sabe do que você é capaz e só lhe dará o que você conseguirá administrar (Mt 25.15). Tenha certeza que dentro de você existe o Espírito Santo de Deus capacitando-o a realizar todas as tarefas que o Senhor colocar a sua frente. Não desperdice as oportunidades e as portas que Deus irá abrir em sua vida. Não deixe de usar os talentos que Deus colocou em você. MORDOMIA DO CORPO Nosso corpo é “Santuário do Espírito Santo” (I Co 6.15 e 19) e devemos cuidar bem dele. Quando falo em cuidar do corpo, penso também na alma e no espírito, pois somos formados por CORPO (a parte física, a matéria, aquilo que vemos), ALMA (nossas emoções, sentimentos e nosso raciocínio) e ESPÍRITO (a parte imortal que nos liga a Deus) e tudo isso deve ser bem cuidado. Uma alimentação saudável e um pouco de exercício físico fará bem ao funcionamento do nosso organismo. Algumas enfermidades que adquirimos se devem a não observação das regras e limites que Deus colocou para o homem, quer seja em relação a alimentos, quer seja em relação a outras áreas da sua vida. Nossa mente também deve ser cuidada e cabe a nós não alojarmos os maus pensamentos que geram em nós medos, ansiedades e desespero. O Apóstolo Paulo, em Fl 4.5-8, nos ensina que Deus guarda nossa mente e coração, enchendo-nos de Sua paz. Cabe a nós, como bons mordomos, deixar entrar em nossa mente apenas o que é bom: louvores, Palavra de Deus, cânticos, etc. Muitos de nossos problemas se devem a não observância desse princípio básico. Por não observarmos a orientação de Deus permitimos a contaminação de nossa mente que trás também enfermidades para nosso corpo físico, as chamadas doenças psicossomáticas, que começam na mente, afetam o corpo físico e até nossa vida espiritual. CONCLUSÃO Ser um bom mordomo é ser um servo fiel. O mordomo é alguém que goza da confiança do seu senhor e recebe autoridade para administrar seus bens. Deus nos colocou na posição de mordomos e, como seus administradores, devemos cuidar da Sua criação, incluindo nossas próprias vidas. Devemos ter uma postura equilibrada e, conhecendo o desejo do nosso Senhor, zelar pelo que Ele nos confiou: nosso corpo, nossa mente, nosso dinheiro, nosso tempo, nossos talentos, etc. Tudo é DELE! Lembre-se o mordomo cuida dos negócios do seu Senhor e não é dono de nada. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO 1- O que é ser mordomo? 2- Qual a maior qualidade num mordomo? 3- O dizimo é uma questão de mordomia? 22 4- O que você faz no seu tempo mostra se você é um bom mordomo? BATISMO e SANTA CEIA OBJETIVOS: ▪ Explicar os passos necessários para ser batizado. ▪ Enumerar as consequências que se seguem ao batismo. ▪ Explicar o que é Santa Ceia e como participar dela. INTRODUÇÃO: Neste Módulo abordaremos as duas ordenanças deixadas pelo Senhor Jesus à Sua Igreja, o Batismo e a Santa Ceia. Este Módulo é fundamental para aqueles que desejam o batismo pois passarão também a participar da Santa Ceia. BATISMO O Batismo marca o início da vida cristã. A Bíblia diz que “todo o que crê e for batizado será salvo”, ressaltando a importância desse ato que é a “pública confissão” do senhorio de Jesus Cristo sobre a vida do homem.Só é necessário receber o batismo uma única vez. O significado do batismo é duplo e é feito, em geral, de duas maneiras: A) imersão: significando a morte do velho homem e o renascer de uma nova criatura. B) aspersão: o modo que adotamos em nossa Igreja e significa o derramamento do Espírito Santo, o regenerador, sobre nossas vidas. Através do Batismo somos incluídos no Corpo de Cristo e essa decisão deve ser madura e consciente. Esse é o motivo pelo qual não batizamos crianças de colo ou as que ainda não consigam discernir sua situação de pecadores. Além desse reconhecimento de pecado, é preciso que o batizando creia na Bíblia como a Palavra de Deus, saiba e reconheça a Trindade (Deus Pai; Jesus Cristo, o Filho e o Espírito Santo), entenda e aceite o sacrifício de Jesus Cristo na cruz e confesse a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, firmando um pacto de entrega total, de todas as áreas de sua vida, a Ele. A forma de Batismo (as mais comuns são: imersão ou aspersão) é o que menos importa, o que realmente tem valor é o entendimento do que ele representa. Adotamos, em nossa Igreja, o modo mais prático (imersão) baseados no Batismo do rio Jordão em (MT 3.13-17). Apesar de batizar por imersão, aceitamos e reconhecemos os que chegam de outras Igrejas e foram batizados por aspersão, se caso se sentirem batizado, repetindo que o mais importante é o entendimento do significado e os frutos resultantes do trabalho do Espírito Santo na vida do crente. CONDIÇÕES PARA O BATISMO 1- CONFESSAR A JESUS COMO SENHOR E COMO SALVADOR - Rm 10.9-10; Jo 1.12; Jo 3.16-18, 36. Crer no Senhor Jesus de todo o coração. O batismo não é um rito mágico. A água do batismo em si, não pode operar um novo nascimento. Para que o batismo signifique o que realmente é, deve vir acompanhado da verdadeira fé. 2- ARREPENDER-SE DE SEUS PECADOS - At 2.37-38 Há uma necessidade de ter um verdadeiro arrependimento para ser salvo e batizado. A idéia que se tem hoje de arrependimento não é certa, muitas pessoas pensam que arrependimento é apenas algo emocional. O sentimento verdadeiro de arrependimento é o desejo de mudança de direção, de atitudes e de estilo de vida, seguida de frutos que comprovem isso. 23 O texto de Mt 3.7-8, fala de “frutos de arrependimento”, isto é, conseqüência de uma mudança de direção em nossa vida. “Frutos” fala do resultado prático dessa transformação, traduzidas em linguajar, atitudes, palavras e modo de vida diferentes. Antes nossos membros serviam aos desejos carnais e pecaminosos e ao mundo, mas agora devem servir a Deus. EXEMPLOS: a) Nossa Mente - Cl 3.1-2; Fp 4.8 Nossa mente deve se ocupar das coisas de Deus, todos os pensamentos que forem mundanos ou pecaminosos devem ser rejeitados. b) Nossos olhos - Sl 123.1-2 Os nossos olhos procuram os prazeres que o mundo oferece mas, a partir do momento que houve uma mudança em nossa vida, devem voltar-se exclusivamente para o Senhor. c) Nossa língua - Tg 3.8-12 A nossa boca deve ser para louvar ao Senhor e falar coisas que edifiquem outros. Não cabe a nós usarmos uma linguagem suja, obscena, pecaminosa, murmuradora e maliciosa que antes usávamos. Esta mudança deve estar presente em todo ser. Enfrentamos constantemente uma batalha pois satanás deseja que voltemos aos nossos velhos hábitos. Se cooperarmos com o Espírito em nossa decisão e vontade, Ele nos dá força para rejeitarmos o passado e permanecermos firmes. 3-ANDAR CONFOME AS NORMAS DA IGREJA, Rm-13.1-5 a) Conhecendo os procedimentos de usos e costumes da igreja b) Conhecendo os princípios e valores da igreja c) COMPROMISSOS APÓS O BATISMO 1- Compromisso com Deus Antes de tudo, ao ser batizado você assume um compromisso de amor, dedicação e consagração ao Senhor pois declara, através do batismo, sua fé Nele e em Sua Palavra. O compromisso com Deus envolve: santificação, obediência à Palavra, amor e dedicação a Ele através da oração, leitura da Bíblia, jejum, adoração, etc. Uma entrega verdadeira, sincera e leal. 2- Compromisso com a Igreja local O batismo nos introduz no Corpo de Cristo na sua expressão local. Você precisa entender as responsabilidades e compromissos que implicam em fazer parte deste Corpo e aceita-las antes de ser batizado e, consequentemente, ser aceito como membro. a) Estar em submissão à liderança. (Hb 13.17; Rm 13.1-2) Deve estar em submissão aos pastores e líderes da Igreja. b) Estar envolvido nas atividades da comunidade. (Ef 4.15-16) Cada um é responsável de fazer a sua parte para que haja crescimento na Igreja. Todos devem ser ativos na vida da Igreja, no evangelismo, oração, reuniões, programações, etc. c) Prestar serviço prático à obra e aos irmãos. (Hb 13.16; I Pe 4.10; Gl 6.2-10; At 2.44-47) Cada um deve ter disposição prática de ajudar aos outros e a obra, tanto em coisas naturais (construções, consertos, apoio, etc.), como em coisas espirituais (aconselhamento, oração, estudos, visitas, etc.) d) Estar em comunhão com os irmãos. (Cl 3.12-14) Manter uma vida de amizade, fidelidade e amor aos irmãos, um verdadeiro relacionamento espiritual de amor fraternal. 3 - Compromisso financeiro - Suprir financeiramente o Corpo de Cristo com dízimos e ofertas. (Ml 3.8-11; Pv 3.9-10) 24 Ao obedecermos este mandamento, estamos honrando e adorando ao Senhor e também, de certa forma, permitindo que Ele nos abençoar financeiramente. O sustento financeiro da Igreja cabe a todos os membros que participam da congregação. O dízimo é uma necessidade da Igreja e é preestabelecido por Deus como um referencial: 10% do que eu recebo. O dízimo é, antes de tudo, canal de bênção. As ofertas são expontâneas e não há limites para elas. Salmos 92.13 diz que devemos estar plantados, compromissados com o Senhor e com sua casa, para que possamos receber vida em Cristo: alimento espiritual, crescimento e frutificação, proteção e cobertura contra o mal, segurança, amor, paz, cura, libertação e salvação. SANTA CEIA A Segunda ordenança é a Santa Ceia. Foi o próprio Senhor Jesus quem a instituiu como um memorial até a sua volta (I Co 11.25-26). Se o batismo indica que fomos incluídos no Corpo de Cristo, a Santa Ceia nos lembra e renova esta condição. Participamos do Corpo e do Sangue de Cristo, representado pelo pão e vinho (fruto da videira), mantendo comunhão com Ele e com nossos irmãos, que também representam o “Corpo de Cristo” na terra, a Igreja. Entendemos o significado dos elementos usados na Santa Ceia quando percebemos que o corpo de Cristo foi maltratado e moído em nosso lugar (Is 53) assim como o trigo, que para ser usado na fabricação do pão, teve de ser moído, e a uva que, para ser bebida, teve de ser amassada. Outra figura disso podemos perceber olhando para o Antigo Testamento e lembrando que o cordeiro da páscoa teve seu sangue passado nas vergas das portas das casas dos israelitas (Ex 12.5-7) garantindo assim o livramento do “anjo destruidor” nós também, pelo sangue de Cristo derramado na cruz, somos livres da morte eterna. Os dois elementos usados são simbólicos e não cremos na transformação do pão em carne e do vinho em sangue ao ingerirmos esses alimentos (transubstanciação). Quanto a critérios para a participação na Santa Ceia, encontramos algumas recomendações do Apóstolo Paulo em I Co 11.23-35: 1- “Examine-se o homem” – A Santa Ceia é um momento de auto-exame. Não é certo deixar de participar da Santa Ceia os que se acharem em falta ou em pecado. O correto é, ao verificar algum erro, confessar o pecado ao Senhor, pedindo perdão e se apropriando do sacrifício de Cristo por nós. A Bíblia nos garante que, ao confessarmos os nossos pecados, recebemos imediatamente o perdão (I Jo 1.8-9), tornando-nos aptos a participarmos da mesa do Senhor. 2- Participar da Santa Ceia de maneira indigna traz maldição– O Apóstolo fala claramente que, por participar de maneira indigna, existem muitos “fracos, doentes e não poucos os que dormem”. Assim como a Santa Ceia traz bênçãos para os que reafirmam o seu compromisso com o Senhor e com o Seu Corpo (Igreja) pode também trazer condenação. 3- A sequência (pão – vinho; Corpo – Sangue) tem sido respeitada ao longo dos séculos, porém a forma da celebração pode variar desde que se mantenham o significado, a reverência e possibilite a comunhão do Corpo de Cristo (Igreja) e do Corpo com o próprio Jesus Cristo. 4- A participação na Santa Ceia é também um momento de renovar o compromisso assumido por ocasião do Batismo. 5- A participação na Santa Ceia, sem entendimento do seu significado, desvaloriza o sacrifício de Jesus na cruz, trazendo de volta a maldição que foi quebrada. 6- A “Mesa do Senhor” não é de uma Igreja em particular, mas sim de todo o Corpo de Cristo espalhado na face da terra. QUESTIONÁRIO: 25 1. Qual o objetivo da Santa Ceia em Lucas 22.19? 2. Qual era o objetivo da Santa Ceia em I Co 10.16? 3. Que deve fazer o crente antes de participar da Santa Ceia? ( I Co 11.28) 4. Que acontece ao crente que participa indignamente da Santa Ceia? (I Co 11.27) 5. Quais as condições que Jesus coloca para os que querem ser batizados? (Lc 3.12-14) 6. O batismo é mesmo necessário? Porquê? 7. Participar da Santa Ceia traz bênção para os crentes? Porquê? DONS E MINISTÉRIOS OBJETIVOS: ▪ Mostrar que os dons existem, são bíblicos e devem ser usados na Igreja. ▪ Listar os dons e oferecer uma breve exposição sobre alguns deles. ▪ Explicar como proceder em relação aos dons. INTRODUÇÃO Este é, sem dúvida, o tema que mais divide a Igreja nos dias de hoje. Famílias, Igrejas e Denominações se separam por transformarem os “presentes do Espírito Santo” em fonte de discórdia e divisão. Podemos resumir os Dons como sendo capacitações sobrenaturais do Espírito Santo aos crentes para edificação do Corpo de Cristo e Ministérios como os serviços realizados na Igreja onde os dons são usados como ferramentas indispensáveis. PONTOS BÁSICOS SOBRE OS DONS 1- São dados pelo Espírito Santo ao crente desde a sua conversão (I Co 7.7). 2- Tem como finalidade básica a edificação do Corpo de Cristo (Igreja) ( I Co 12.7) (Ef 4.12). 3- Não existe um número limitado de dons. O Espírito Santo, de acordo com a necessidade da Igreja, os produz e distribui (I Co 12.4, 11). 4- Não existe a obrigatoriedade de nenhum deles (I Co 12.4, 28-30). 5- Todos os dons são para os dias de hoje e são úteis e aplicáveis na Igreja. (I Pe 4.10) 6- Todo crente possui pelo menos 1 Dom e nenhum possui todos (I Co 7.7). 7- Os dons podem ficar adormecidos mas não são retirados do crente (II Tm 1.6) (Rm 11.29). 8- O Dom é diferente de talento. Ambos são dados por Deus mas dom é sobrenatural e o talento é natural. ALGUNS DONS CITADOS NA BÍBLIA a) Rm 12. 6-8 - profecia, ministério, ensino. exortação, contribuição, presidir, misericórdia. b) I Co 7.7- celibato c) I Co 12.8-10 e 28 - palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de cura , operações de milagres, profecias, discernimento de espíritos, variedades de línguas, interpretação de línguas, apóstolos, profetas ,mestres , operadores de milagres, dons de curas socorro, governos . d) I Co 13 - línguas dos anjos, línguas dos homens, conhecer mistérios, conhecer ciência, fé, distribuição de bens para os pobres, profecia, falar em línguas, interpretação, falar por revelação, ciência, profecia e doutrina, pobreza e martírio. e) Efésios 4.11-13- apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres. f) I Pe 4. 10-11 - falar , servir. 26 BREVE EXPLANAÇÃO SOBRE ALGUNS DONS 1) PROFECIA (Rm 12.6- I; Co 12.10) - A função difere do ofício. No AT o profeta dizia “Assim diz o Senhor” e hoje ele faz uma proclamação autorizada da revelação divina, “Assim diz a Bíblia”. A profecia tem quatro finalidades básicas: edificar, exortar e consolar (I Co 14.3) e também o caráter preditivo visando a glorificação do nome de Jesus. (Ágabo em At 11.28; 21.10). O apóstolo Paulo chega a desejar que todos tivessem este Dom, tamanha sua utilidade para a Igreja. Deve ser exercido “segundo a proporção da fé”. 2) MINISTÉRIO/ SERVIÇO (Rm 12.7) - É um dom aplicável e necessário que deveria estar presente, agindo em paralelo, com os outros dons. Sendo um dom de “apoio” deve ser uma das ferramentas indispensáveis ao ministério de diaconia (ajudar, servir, apoiar - Rm 16.6-13). Deve ser exercido com dedicação. 3) ENSINO (Rm 12.7) - É um dom considerado “nobre” e exige responsabilidade (Tg 3.1) e dedicação. O “mestre” deve transmitir informações com eficiência, didática, lógica e clareza (I Co 12.28). Este dom deve estar presente na vida dos discípulos de Jesus pois faz parte da “grande comissão” (Mt 28.20) e é fundamental para o ministério pastoral (I Tm 3.2; II Tm 2.24; Ef 4.11). 4) EXORTAÇÃO (Rm 12.8) - Diferente do que muitos pensam o “Paraklesis” tem como objetivo. encorajamento, conforto e consolação. É estar ao lado, dando apoio ao irmão. A origem vem de “parakletos”, nome dado ao Espírito Santo que tem a função de consolar e ser conselheiro. O que exerce este dom tem um chamado para o aconselhamento espiritual transmitindo ânimo aos que passam por tribulações e dificuldades (At 14.21-22). Deve ser exercido com dedicação. 5) LIBERALIDADE EM DAR (Rm 12.8; ICo 13.3) - Pessoas que, movidas pelo Espírito Santo, possuem desprendimento de bens materiais ajudando, com diligência, a Igreja e a outros irmãos. Como exemplos encontramos: a viúva pobre (Mc 12.44), Barnabé (At 4.32) e a Igreja da Macedônia que compartilhava o pouco que possuía com outros (IICo 8.1-5). O ideal é que toda a Igreja colabore, mas alguns tem este Dom em especial. 6) LIDERANÇA (Rm 12.8) - Os que possuem este Dom são capacitados para presidir e dirigir a Igreja. É um Dom desejável nos superintendentes, diáconos, presbíteros, pastores e bispos e estes devem estar atentos para se preservarem do orgulho e da tendência ao domínio (I Pe 5.3) 7) MISERICÓRDIA (Rm 12.8) - Como cristãos devemos ser misericordiosos e fazermos o bem (Mt 18.33; Gl 6.10). A alguns o Espírito Santo capacita com um alto grau de sensibilidade para perceber e ajudar à outros quando sofrem. Deve ser exercido com alegria e pode caracterizar alguém com chamado diaconal. 8) CELIBATO (I Co 7.7) - É a capacidade de permanecer sem casar, vivendo com pureza e em dedicação ao serviço do Senhor. É uma vocação que não causa tristeza pois esses são assistidos e supridos pelo Espírito Santo de suas necessidades. 9) PALAVRA DE SABEDORIA - É uma promessa do Senhor Jesus (Lc 12.11-15 e 21.12-15). Pode se manifestar como uma capacidade de defender o evangelho (Estevão em At 6.9-10), para o aconselhamento à irmãos e ainda por uma palavra prudente em questões difíceis (contendas e divisões na Igreja). Manifesta- se não só por palavras, mas também pelo domínio próprio das atitudes. 10) PALAVRA DE CIÊNCIA (ICo 13.2) - É a habilidade dada pelo Espírito para o crente pesquisar, sistematizar e ordenar os ensinamentos da Palavra de Deus ou outros úteis para o crescimento da Igreja. O crente que tem este dom deve se dedicar ao ENSINO, preparando-se cada vez mais para aplicar e transmitir com sabedoria o conhecimento adquirido (Ex. Paulo - II Pe 3.15,16) 27 11) PALAVRA DE CONHECIMENTO (ICo 12.8; 13.2) – É a revelação pelo Espírito Santo de algo oculto ou desconhecido aos homens. O Espírito, que tudo conhece (por ser Deus) revela algo que, de maneira natural, não poderia ser sabido por ninguém. Este DOM serve como sinal e, em geral, é confundido com Profecia. Deve ser usados em conjunto com Palavra de Sabedoria. 12) FÉ (ICo 12.9) - Não é o que chamamos fé para “salvação”.É a capacidade do crente de ter a certeza que suas orações estão sendo respondidas. Uma pessoa com esse Dom anima todas as outras em situações difíceis, levando-as a perseverar. (Mc 11.24 - ele já fez! At 27.21-26 - Paulo declarando a salvação) 13) DONS DE CURA (I Co 12.9-28) - É um Dom para ser usado na Igreja e está muito ligado a fé. Era muito evidente na época apostólica e servia como sinal do poder de Deus. É interessante analisar que. 1- Paulo não tentou curar Timóteo (I Tm 5.23) – Existem pessoas com esse Dom específico. 2- O próprio Paulo tinha um “espinho”(II Co 12.7-9) 3- Existe uma relação íntima da cura com a mútua confissão de pecados (I Tm 5.14-16) 4- Toda cura é obra divina mas não há mal em tomar remédios. (II Rs 20.7) 14) OPERAÇÃO DE MILAGRES (I Co 12.10-28) - A operação de milagres visa ressaltar e confirmar para a Igreja o poder de Deus e Seu senhorio sobre tudo, incluindo as forças da natureza e a matéria. Milagres são a concretização de tarefas impossíveis, realizações espirituais e curas (que podem ser consideradas milagres). Na era apostólica os milagres credenciavam os apóstolos e a mensagem cristã. (At 14.3; IICo 12.12; Hb 2.4) 15) DISCERNIR ESPÍRITOS (ICo 12.10,28) - É um Dom ligado a proteção do rebanho pois o Espírito Santo capacita o crente para perceber falsos mestres (I Jo 4.1-3) e detectar espíritos enganadores (Mt 7.15). É um Dom útil ao ministério pastoral para detectar também comportamentos errados e falsos ensinos.(Gl 2.11- 14) 16) VARIEDADE DE LÍNGUAS (I Co 12.10-28; I Co 13.2) - Também chamado de “glossolalia” é o Dom que causa maior polêmica dentro da Igreja. Existem, segundo a Bíblia, “língua dos homens” (como a de At 2) e “língua dos anjos” (I Co 13 e 14). É importante lembrar o ensino do Apóstolo Paulo a respeito da variedade de línguas e seu uso: 1- Este é o menor dentre os dons. 2- Não é marca obrigatória da habitação do Espírito Santo. 3- O que fala em línguas deve orar para interpretá-las a fim de edificar a Igreja. 4- É um Dom que só edifica a própria pessoa. 5- Deve ser usado na Igreja como ensinado em I Co 14. 17) INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (I Co 12.10, 28) - É o entendimento das línguas para comunicá-las a Igreja, visando a edificação do Corpo de Cristo (I Co 14.5). É um Dom complementar e muito necessário aos que possuem o Dom de línguas. 18) APÓSTOLOS (I Co 12.28; Ef 4.11) - Os Apóstolos foram homens chamados, comissionados e que testemunharam a ressurreição de Jesus (Mc 3.13-19; Gl 1.1). São considerados os fundamentos da Igreja Primitiva e estabeleceram a base do cristianismo pelas suas pregações, testemunhos e realização de milagres. O apóstolo de hoje é um crente que recebe de Deus uma visão geral do evangelho e é uma testemunha do Senhor Jesus sendo responsável por lançar o alicerce de um novo trabalho como, por exemplo, um Campo Missionário pioneiro. 28 19) SOCORRO (I Co 12.28) - A palavra no original grego tem o significado de “apanhar do outro lado”. O Espírito Santo capacita pessoas a prestar auxílio, de forma prática, a quem carrega uma carga pesada. É um Dom necessário aos diáconos (At 6.1-6) e aos dirigentes de Igreja. 20) GOVERNO (I Co 12.28) - É um Dom capaz de estabelecer uma rota segura e proveitosa, antevendo problemas e pensando em soluções. Os líderes espirituais (Bispos, Supervisores e Pastores) necessitam deste Dom para seus ministérios (I Tm 3.4, 12). Além de dar direcionamento ao trabalho o líder anima o grupo e os “empurra” na direção certa. 21) EVANGELISTA (Ef 4.11) - O melhor exemplo que temos é o do Diácono Felipe (At 6; At 8.1-13, 26- 29). Capacitado e envolvido na proclamação do Reino, possui a qualidade de falar a indivíduos e multidões, sendo responsável pelo crescimento quantitativo da Igreja. Resumindo, este dom é a capacidade dada pelo Espirito Santo para testemunhar de maneira eficiente (At 11.20-21) 22) PASTORES (Ef 4.11) – Muitas vezes confundimos a “função” com o “ofício”. O Pastor, mais que alguém que prega a Palavra de Deus, é o responsável pela condução do “rebanho”. Muitas vezes membros na Igreja recebem o Dom de Pastoreio e se dedicam a ensinar, cuidar e ajudar os outros irmãos a caminhar. São qualidades do Pastor, em relação do rebanho: * alimentar (I Co3.2; Jo 10.9; Ez 34.23) * guiar (Jo 10.3-4; Sl 23.3) * proteger (Jo 10.11-15; At 20.28-29; Sl 23.4-5) * restaurar ( Sl 23.3; Ez 34.4) 23) MESTRES (Ef 4.11) - A melhor tradução seria “Pastores que ensinam”. Nem sempre o Mestre é Pastor um mas é ideal que o Pastor seja alguém com disposição e dedicado ao ensino. Podemos até dizer que o ensino faz parte do ministério pastoral. É um Dom necessário para o crescimento qualitativo da Igreja e cabe ao Pastor descobrir e treinar irmãos que o ajudem neste Ministério. É também uma das funções do Presbíteros (At 6.4). 24) HOSPITALIDADE (I Pe 4.9-10; I Tt 1.8) - É a capacidade de abrir sua casa para receber, hospedar e proteger servos de Deus sem murmuração e com liberalidade. Não é receber com luxo mas com amor fazendo com que o hóspede se sinta bem e em comunhão com o Corpo de Cristo. 25) POBREZA VOLUNTÁRIA (I Co 13.3) - É renunciar a bens materiais, a ponto de pobreza, em função dos mais necessitados. Hoje este dom não é tão comentado pois as riquezas se tornaram “sinais da Benção de Deus” e, de maneira incoerente, se busca e valoriza o acúmulo de riquezas (mesmo da Igreja) ao invés de se valorizar o dar e o dividir. 26) MARTÍRIO (I Co 13.3) - É a disposição de sofrer e até morrer por Cristo. Outro Dom que não é muito popular e desejado por parte dos crentes. Hoje se busca mais o conforto pessoal do que o sacrifício pela causa do Mestre. Ainda bem que Jesus não pensou assim ... 27) MISSIÓNARIO (Ef 3.7-8) - É um “ministro conforme o dom da Graça de Deus”. Um Dom capaz de suportar viver em meio a outras culturas, outros países, outras línguas num constante processo de aprendizado e adaptação por amor as pessoas. 29 HIERARQUIA DOS DONS Tendo em vista que os dons servem para edificação do Corpo de Cristo, o Apóstolo Paulo classificou-os por ordem de importância, priorizando o que mais edifica a Igreja. Encontramos esta “classificação” em I Co 12.28: Apóstolos, Profetas, Mestres, Operadores de milagres, Curar, Socorro, Governo, Variedade de línguas NOSSA RESPONSÁBILIDADE COM OS DONS Sabendo que os dons são presentes para serem usados no Corpo de Cristo (Igreja) é necessário entender que só devem ser usados com amor (I Co 13). Nossa responsabilidade, podemos resumir, em quatro passos: 1- Procurar os melhores dons (I Co 12.31) – Qual é afinal o melhor Dom? É aquele que, no momento, mais colaborar para a edificação da Igreja. É nosso papel percebermos a necessidade da Igreja e nos colocarmos a disposição de Deus como canal para suprir os irmãos. 2- Descobrir o Dom que já existe em nós (I Co 7.7) – Após orar e perceber que já recebemos este “presente do Espírito Santo” devemos colocar em prática nosso Dom. Muitos se acham incapazes, imaturos, fracos e até indignos de serem usados por Deus e, por isso não experimentam colocar em prática o Dom já recebido. Outros têm medo das conseqüências deste envolvimento e evitam dar lugar ao Espírito para serem úteis na obra. Outros ainda duvidam dos dons e vivem sem experimentar o plano de Deus em relação ao “Seu Corpo”, a Igreja. 3- Dividir o que recebeu (Rm 1.11-12; I Pe 4.12) – Após experimentar e comprovar a verdade bíblica de que somos canais do Espírito Santo, devemos suprir a necessidade da Igreja. A nossa omissão trás deficiências no crescimento da Igreja e pode, numa reação em cadeia, fazer com que outros dons também estejam sendo enterrados. 4- Desenvolver os dons (I Tm 4.13-14) – Pela consagração a Deus, pelo envolvimento com o seu Ministério e pelo estudo da Palavra de Deusvocê estará aprendendo mais sobre seu Dom e descobrindo como servir de maneira melhor a seu irmão. O QUE NÃO FAZER A) Não se achar superior em relação ao seu irmão pelo Dom que recebeu. B) Não se vangloriar da manifestação dos dons pois somos apenas instrumentos do Espírito Santo. C) Não devemos achar que estamos fazendo um favor ao utilizarmos os nossos Dons. No devido momento necessitaremos e seremos alcançados e supridos por um de nossos irmãos e seu Dom. D) Não devemos buscar o Dom que achamos mais bonito ou de maior importância E) Nunca devemos deixar nossos Dons adormecerem. F) Não se considerar “santo” ou “espiritual” pela manifestação dos dons através de sua vida. Os dons são apenas ferramentas. Ser “espiritual” é a capacidade de usar os Dons com sabedoria e de acordo com a vontade de Deus. RELAÇÃO ENTRE DONS, MINISTÉRIOS E FUNÇÕES Os Dons são ferramentas necessárias para o cumprimento dos ministérios. Alguns ministérios nos conduzem a funções especiais tais como Bispos, Pastores, Presbíteros, Evangelistas e Diáconos. Nessas funções devemos manifestar os Dons e cumprir com dedicação o Ministério que nos foi confiado. QUESTIONÁRIO: 1- Qual a diferença entre dons e talentos? 2- Todos nós temos dons? 30 3- Pode alguém ter mais de um Dom? E ter todos os dons, é possível? 4- Existem dons mais “nobres” que outros? Porque? 5- Na Igreja de Corinto haviam muitos dons e também muitos pecados. Como isso é possível? 6- Como descobrir o seu Dom? BATALHA ESPIRITUAL OBJETIVOS: ▪ Mostrar que existe uma Batalha sendo travada no mundo espiritual. ▪ Ensinar sobre o “Exército do mal”, como ele trabalha e como vencê-lo. ▪ Diferenciar possessão de opressão. INTRODUÇÃO Dos vários assuntos que temos estudado este deve ser o que mais afeta o crente no seu dia a dia. O assunto “Batalha Espiritual” é de grande importância e não é por desconhecer o assunto que você ficará imune as investidas do mundo espiritual. Saiba, portanto, o que é, como identificar, enfrentar e ainda quais as conseqüências de uma Batalha Espiritual. O TERMO “Batalha Espiritual” é bem aplicado pois estamos numa grande guerra e a cada dia enfrentamos batalhas em nossa vida. As batalhas ocorrem na proporção direta da intensidade do seu relacionamento com Deus. Isso não é coincidência pois o objetivo do inimigo é fazer com que você desista de se aproximar de Deus e de fazer Sua vontade. Podemos afirmar que no mundo espiritual existem dois exércitos que lutam entre si por dois objetivos: contra VOCÊ e para impedir a sua “bênção espiritual” (Ef 1.3). Usamos termos militares e chamamos de “exércitos” porque ambos possuem hierarquia, seus “soldados” obedecem ordens superiores, possuem táticas e estratégias para defesa e ataque. Nessa guerra nós não estamos como espectadores, somos participantes e também possuímos armas que influenciam no resultado das batalhas. Aprenderemos um pouco sobre o nosso inimigo. O EXÉRCITO DO MAL Liderados por Lúcifer, este exército é formado pelos anjos que caíram na rebelião que houve no céu. O então Querubim Lúcifer era a criatura mais bela e sábia dentre todas e gozava de privilégios e da proximidade do Criador até que resolveu ocupar o lugar do próprio Deus. Seu orgulho e inveja tiveram como conseqüência um castigo, que foi ser arrojado a terra, juntamente com 1/3 dos anjos do céu que o seguiram nessa rebelião. Em Ap 8.10-13; 12.4, fala-se, em sentido figurado, desses anjos que caíram em terra É um erro acreditar que os espíritos malignos foram criados por Lúcifer. Eles eram anjos, criados por Deus, o único que tem o poder de criar. Deus não os criou demônios, criou-os como anjos, seres que eram perfeitos, e por isso não podem ser redimidos pelo sacrifício de Jesus. A HIERARQUIA DESSE EXÉRCITO A Bíblia nos fala acerca do comandante desse exército: Lúcifer. Antes da queda era chamado de “querubim ungido”, “sinete da perfeição” (Ez 28.11-19) e “estrela da manhã” (Is 14.12-17). Após ser lançado em terra tornou-se objeto de espanto (Is 14.16, 19; Ez 28.18-19), assim como todos que o seguem. Paulo nos fala em Ef 1.21; 6.12 que existe uma hierarquia e nos revelando quatro classes de espíritos malignos: Principados, Potestades, Forças Espirituais do Mal e Dominadores. 31 a) Principados – São príncipes, líderes desse exército, ligados diretamente a Lúcifer. Recebem as ordens dele e as transmite aos seus subordinados. Os principados atuam nas Regiões Celestiais e dominam sobre áreas geográficas combatendo os líderes da Igreja, tentando impedir o desenvolvimento do Reino de Deus e oprimindo os habitantes dessas regiões (Dn 10). Apesar de não serem mais anjos (ou Arcanjos), conservam parte do poder original e exercem autoridade sobre os outros anjos caídos. b) Potestades – São também autoridades no exército de satanás. Agem segundo ordem dos Principados e sua principal tarefa é causar confusão, discórdia e divisão na Igreja. Os alvos principais de seus ataques são os líderes da Igreja (Pastores, Presbíteros, diáconos e líderes em geral). A humildade, o quebrantamento e a unidade da Igreja, não dando lugar a discórdias, fofocas e inimizades, são armas que dificultam a ação das potestades no meio da Igreja. c) Poderes ou Forças Espirituais do Mal – Atuam nas Regiões Celestes com reflexos na terra. Esses espíritos malignos tentam anular a oração da Igreja, levando muitos a desistirem de seus objetivos. Também atacam os não crentes levando-os ao desespero, roubando a esperança e colocando inquietação e medo em seus corações. O objetivo de seus ataques é impedir e enfraquecer a oração da Igreja e deixar os homens vulneráveis, tornando-os presas fáceis para o ataque dos “dominadores”. Atitudes práticas como dedicação a leitura da Bíblia e perseverança na oração, aliando a isso rejeitar músicas, filmes e ambientes malignos cooperam para nossa vitória contra as forças espirituais do mal. São esses espíritos malignos que causam a OPRESSÃO. d) Dominadores – Esses são os demônios que atuam diretamente na terra para executar as ordens, segundo os interesses do diabo. Procuram “roubar, matar e destruir” (Jo 10.10) tirando a paz, a autoestima e a saúde, visando a destruição total (morte) do homem. São eles que dominam os homens levando-os aos vícios (drogas, álcool, fumo), homossexualismo, prostituição, adultério, etc... Eles entram na vida dos homens por brechas não tapadas como: desestruturação familiar, falhas de caráter (egoísmo, inveja, usura), medo e pecados não confessados entre outras. Esses espíritos malignos são os responsáveis pela POSSESSÃO. Além desses existem ainda, segundo o Apóstolo Pedro (II Pe 2.4) e Judas (Jd 1.6), anjos que não atuam sobre a terra pois estão sob prisão, aguardando julgamento de condenação eterna. FORMAS DE ATUAÇÃO DESTE EXÉRCITO Podemos resumir em duas formas de atuação deste exército em relação ao homem: possessão e opressão. A) POSSESSÃO DEMONIACA Tendo em vista que os demônios são seres espirituais e para se manifestarem no mundo físico precisam de um corpo, os espíritos malignos se valem de homens (podem também usar animais) para isso. Pessoas possessas são as que permitem que suas mentes sejam dominadas por estes seres espirituais e perdem o controle de seus corpos. O endemoninhado tem dentro de si outro ser. É bom lembrar que a prática do pecado é a forma mais comum desses demônios terem acesso a estas pessoas. SINAIS DE POSSESSÃO – São sinais que caracterizam uma pessoa possessa: Nervosismo, dor de cabeça, insônia, medo, desmaios freqüentes, desejo de suicídio, doenças desconhecidas, visões, audição de vozes, vícios, depressão, força sobre-humana, acessos de raiva, resistência a Palavra de Deus, conhecimento ou adivinhação do passado, ficar mudo ou com voz diferente, incapacidade deconfessar a Jesus Cristo com o “Filho de Deus que veio em carne” e outros. Vale lembrar que pode haver manifestação de um ou mais sinais ao mesmo tempo e que pode ser um demônio ou uma 32 legião. Muitas vezes pelos sinal apresentado sabe-se a espécie de demônio que está incorporado na pessoa e sua área de atuação. CAUSAS DA POSSESSÃO – São as causas mais freqüentes de possessão: Ler literatura ou freqüentar locais onde os espíritos atuam com liberdade, fazer pactos ou consagrar pessoas, lugares ou objetos à entidades espirituais, freqüentar “rezadeiras” ou “curandeiros”, prazeres ligados ao sexo ilícito, envolvimento com drogas, comer coisas sacrificadas a ídolos, usar objetos consagrados a ídolos, ser alvo de trabalhos de macumba (para os que não tem o Espírito Santo) e, principalmente, não estar sob o senhorio de Jesus Cristo. B) OPRESSÃO Atuação de demônios sobre a vida das pessoas, assediando-as de forma externa, com sugestões, tentações e ainda com problemas físicos de origem maligna. SINTOMAS DE OPRESSÃO – Os sintomas mais freqüentes de uma pessoa que está sendo oprimida são: Mania de perseguição, perda de auto-estima, desânimo para a vida (depressão), abrasamento sexual doentio, medo doentio e irracional, ódio e ressentimento, dores de cabeça e outros incômodos nos momentos de leitura da Bíblia e de oração, impaciência durante os cultos e desejo de isolamento dos irmãos da Igreja. *** Cuidado nem todos os sintomas citados são exclusivos da opressão, podem haver causas orgânicas que precisam ser tratadas. ***O desejo de suicídio é uma forma de duvidar da providência de Deus em mudar os fatos e no perdão de Deus em relação aos nossos erros. CAUSAS DE OPRESSÃO – São as causas mais freqüentes de assédio dos espíritos malignos: Prática de pecados, pecados ocultos não confessados, ressentimentos, ira, inveja ou amargura guardados, abandono de uma vida de oração, deixar de lado a leitura da Bíblia, sair do convívio dos irmãos da Igreja e dúvidas em relação à Deus e Seu poder (falta de fé). NOSSO EXÉRCITO E NOSSAS ARMAS No momento certo, sob ordens de Deus, anjos (espíritos ministradores de Deus a nosso favor - Hb 1.14) entram em batalha nas regiões celestes e até acampam-se ao nosso redor para liberar bênçãos e nos guardar. Apesar de termos essa “estrutura celestial” a nosso dispor, devemos participar dessa batalha usando as armas que nos foram confiadas. Para essa batalha foram providenciadas as seguintes armas: 1- O Sangue de Cristo – Tem um caráter protetor (Ex 12.13). 2- O Nome de Jesus – Arma que faz o inimigo recuar. (Fp 2.9-10) (Mc 16.17) 3- A Palavra de Deus – A Bíblia – Com ela Jesus resistiu e confrontou o próprio diabo. (Lc 4) 4- A fé – É a certeza do que fazemos. (Mc 11.22-23) (Ef 6.16; Hb 11.1) A CONDUTA DO CRENTE EM MEIO A BATALHA 1) Aproprie-se de seus direitos. 2) Controle suas emoções (I Co 5.18). 3) Não tenha medo. 4) Mantenha-se vigilante. 5) Seja sempre perseverante (Tg 4.7). 33 6) Mantenha o Fruto do Espírito em sua vida. 7) Use as armas e a armadura de Deus (Ef 6.11). 10 PASSOS PARA LIBERTAÇÃO 1) Querer ser liberto (usar direito de livre arbítrio). 2) Desejar Jesus como Senhor e Salvador. 3) Quebrar todos os vínculos com entidades e rejeitar os pactos feitos anteriormente com espíritos malignos. 4) Confessar a Jesus como seu Senhor, ser batizado e firmar uma aliança com Ele. 5) Rejeitar toda “base legal” que o inimigo ainda tenha em sua vida ou dentro de sua casa. 6) Rejeitar tudo que lhe foi dado pelo inimigo e nunca ter medo do passado. 7) Ler a Bíblia, orar diariamente e manter comunhão com a Igreja. 8) Buscar comunhão com Deus e encher-se do Espírito Santo. 9) Ser fiel aos ensinos bíblicos. 10) Andar em santidade evitando as más companhias. QUESTIONÁRIO: 1- Qual a causa da queda de lúcifer? 2- Nós, como crentes, estamos livres do ataque dos espíritos malignos? 3- É possível um crente ficar possesso? 4- O crente oprimido está em pecado? 5- Quais as armas do crente em meio a batalhas espirituais? VIDA DEVOCIONAL OBJETIVOS: ▪ Ensinar sobre a importância de cultivar a vida devocional. ▪ Aprender a planejar seu momento devocional. ▪ Mostrar como manter uma conduta cristã digna. INTRODUÇÃO: Como cristãos devemos ser autênticos. Da mesma forma que agimos, falamos e nos comportamos na Igreja, devemos nos comportar em nossa casa, escola e trabalho. Um dos grandes problemas que enfrentamos hoje em nossas Igrejas são pessoas que têm muito conhecimento a respeito da Bíblia, freqüentam com assiduidade os cultos, conhecem os caminhos de Deus mas não são referencial pois não colocam em prática o que aprendem na Igreja. Colocaremos neste módulo alguns aspectos que lhe servirão de reflexão e orientação para uma VIDA DEVOCIONAL saudável. O QUE É VIDA DEVOCIONAL Assim como Deus deixou para nossa orientação a Bíblia Sagrada, Ele também enviou o Espírito Santo para ser nosso guia e conselheiro, uma espécie de “consultor”. Uma das muitas funções do Espírito Santo é nos revelar as qualidades do caráter de Deus e nos moldar, tendo estas qualidades como o padrão para nossas vidas. O plano de Deus para nós é que sejamos a Sua semelhança e assim tenhamos comunhão com Ele. Sem a ajuda do Espírito Santo essa seria uma tarefa impossível. 34 Sabemos que as tentações nos sobrevêm e que nosso inimigo sempre tentará nos derrubar porém existe uma diferença grande entre “tentação” e “pecado”. Jesus, apesar de ter sido tentado, sempre venceu as tentações e não pecou. Ele é o Sumo Sacerdote, que intercede por nós e tem condição de nos ajudar pois é vencedor. VIDA DEVOCIONAL é uma vida de vitórias diárias, de comunhão constante e que serve para glorificar o nome de Jesus em todo o tempo. PLANEJANDO SEU DIA Uma das maneiras mais eficazes de ter sucesso em sua vida devocional diária é planejar seu dia e também as suas atividades espirituais. Deixamos muitas vezes nossos afazeres espirituais por não termos hábitos sadios e não valorizarmos a necessidade de alimentarmos nosso espírito. A vida cristã é um processo dinâmico de crescimento espiritual e desenvolvimento da nossa salvação. É necessário buscar as respostas de nossas carências e, com perseverança, não desistir da caminhada. Tome os seguintes passos como um “roteiro” para estabelecer seu momento devocional diário: 1- DESEJO – No seu coração já existe um desejo sincero de andar com Deus e conhecê-lo mais. Apesar de não ter realizado nada prático, ter esse desejo é muito bom e o conduzirá a vitória. 2- DECISÃO – Para tornar este desejo em realidade você deverá vencer vários empecilhos tais como: necessidade de mudança de hábitos, acordar mais cedo, dormir mais tarde ou ainda deixar de lado outras atividades que, apesar de não considerar prioridade, já fazem parte de sua rotina. Tome uma decisão importante e de prioridade a comunhão com Deus. 3- DETERMINAÇÃO – Após vencer as etapas anteriores e colocar em prática sua decisão de ter um tempo dedicado à Deus, você deve perseverar nessa decisão. Além de vencer as dificuldades você deve se posicionar perante as pessoas que estão a sua volta e em sua casa. É importante para você marcar sua posição de cristão e isso também servirá de testemunho pessoal. 4- DISCIPLINA – É quando você se esforça para manter este seu compromisso e exerce o domínio próprio e em relação à seu tempo. Esse tempo reservado à comunhão com Deus já será uma necessidade na sua vida. Tenha disciplina e não desista. HORA TRANQUILA No seu planejamento do dia deixe espaço para ler a Bíblia pois o contato com a Palavra de Deus é importantíssimo. O ideal é que você use a sua Bíblia (aquela que você mais gosta) para realizar seus estudos e devocionais. Assim você ganharáintimidade com a sua Bíblia e terá nela uma companheira. Além disso ofereço, de maneira geral, alguns conselhos para sua Hora Tranqüila: a) Ler diariamente – Não abra mão disso, leia a Bíblia todos os dias, seja qual for a hora, não durma sem ler uma porção da Palavra de Deus. b) Leia devocionalmente – É ler com devoção entendendo que a Palavra de Deus é santa, sem erros e sempre terá algo de bom para sua vida. c) Leia sistematicamente – Comece pelo Novo Testamento e vá avançando de maneira seqüencial e lógica. Você compreenderá melhor os Textos Sagrados. d) Determine um tempo para isso – Estipule um tempo determinado para se dedicar diariamente a leitura da Bíblia. e) Tenha um local definido – Crie o seu “lugar especial” para ler a Bíblia. A variação de lugares muitas vezes atrapalha nossa concentração e prejudica os momentos de leitura. Busque uma posição cômoda para ler a Bíblia. Seja sentado, de joelhos ou deitado o importante é não deixar de ler a palavra de Deus. 35 f) Faça anotações – Anote as dúvidas em um caderno ou bloco destinado a esse fim. Marque também na sua Bíblia os versículos que você considera importantes e são especiais para você. Não é pecado marcar com lápis colorido a Bíblia! g) Em suas anotações registre as promessas, as ordens de Deus para você, o que Deus quer que seja consertado em sua vida e a principal lição que foi aprendida no texto. Busque sempre uma aplicação prática para sua vida e coloque-a imediatamente em ação. h) É muito importante entender o contexto do texto. Onde foi escrito, quem escreveu, para quem, qual o motivo, qual o propósito que foi escrito, etc... Essas informações vão lhe ajudar muito a compreender a mensagem central do texto. Hoje existem Bíblias de Estudo que trazem um bom material de apoio e são de grande valor para o crente. MEMORIZAÇÃO DE VERSÍCULOS É um recurso que pode e deve ser usado para uma vida vitoriosa contra as tentações e o pecado. Procure memorizar um versículo ou pequenos textos mas compreendendo a mensagem que ele apresenta. É muito importante que você memorize também onde o texto se localiza (referência). “Guardo no coração a Tua Palavra para não pecar contra Ti” Sl 119.11 VIDA DEVOCIONAL DE ORAÇÃO Além de ler a Bíblia diariamente, devemos ter uma VIDA DEVOCIONAL de oração. Passar momentos a sós com Deus, independente de que hora do dia seja, é fundamental para a vida do crente. Particularmente sugiro separar um tempo no início do dia (3 a 5 minutos) quando temos a oportunidade de buscar em Deus força e orientação para as diversas atividades do restante do dia. (Sl 5.3; Sl 57.7-8; Sl 59.16) O tempo que você vai passar em oração será tirado de outras tarefas ou de tempo de sono ou descanso. Decida então o que é prioridade para sua vida ! A Bíblia nos fala de “orar sem cessar” (I Ts 5.17) e esse tipo de oração não é a que formalmente fazemos, fechando os olhos, em nossa casa ou na Igreja. É uma comunhão constante, durante todo o dia, sujeitando nossos pensamentos a Deus e prestando atenção a direção que Ele nos dará. Você pode manter comunhão com Deus em qualquer lugar, a qualquer hora e sua vida espiritual amadurecerá a medida que esse relacionamento for ficando mais intenso. Depois de algum tempo você verá a mão de Deus agindo e ouvirá com clareza a Sua voz em várias situações. Há muitas vozes que tentam falar ao nosso ouvido mas a voz do Espírito Santo de Deus nunca direcionará você a executar nada que vá de encontro com a Palavra de Deus. Em decisões difíceis Deus te conduzirá na direção certa. A voz de Deus é inconfundível. CONDUTA CRISTÃ Fomos libertos do pecado e temos sobre nós uma nova autoridade e senhorio. Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador pois por Ele fomos salvos e temos acesso ao Reino de Deus. Ele é quem cuida de nós e nos direciona de volta a comunhão com Deus. Tenha certeza que, em todo momento, somos observados e será cobrado de nós um posicionamento de servos de Deus. Esse posicionamento deve ser digno e não causar vergonha ao evangelho e ao nome de Jesus. Pessoas em volta de você, e até o mundo espiritual, estão atentos a todas as suas atitudes. “Bem aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detêm no caminho dos pecadores e não se assenta a roda dos escarnecedores” Sl 1.1 É muito importante você escolher os caminhos que vai trilhar, os lugares onde vai parar e as companhias com quem vai andar. Devemos, além de não fazer o mal, evitar a “aparência do mal”. É muito fácil se contaminar e não é bom brincar com o pecado. Escolha andar com pessoas que possam acrescentar coisas boas a sua vida. Aquelas que podem causar embaraço, devem ser ajudadas, mas com o devido cuidado para que elas não corrompam você ou te afastem de Deus. 36 NOSSO FALAR “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a Tua face, ó Senhor, Rocha minha, meu Libertador.” Sl 19.14 Devemos tomar muito cuidado com o que falamos. Nossas palavras transmitem sentimentos e, no mundo espiritual, são poderosas, quer para o bem, quer para o mal. Pelo que falamos podemos curar ou machucar; edificar ou destruir; ministrar amor ou aterrorizar; atrair pessoas para Jesus ou afastá-las pelo nosso testemunho. Nosso falar é, na verdade, fruto do nosso pensamento e maus pensamentos geram palavras más. Somos influenciado e contaminados por 3 fontes: o mundo, a carne e o diabo. O “mundo” representa o que vemos e ouvimos portanto, cuidado com músicas, programas de televisão ou mesmo conversas. Alguns tipos de piadas, histórias maledicentes, fofocas e pessoas com linguagem não condizente com a Palavra de Deus podem contaminar seus pensamentos e, de maneira surpreendente, você pode se descobrir com atitudes que não desejaria. A “carne” é a nossa antiga natureza que precisa ser mortificada no dia a dia. Algumas vezes nos achamos com hábitos e linguagem de quando Jesus ainda não era o nosso Senhor. Mude imediatamente logo ao perceber isso e peça desculpas a pessoa envolvida e a Deus. O “diabo” representa o mundo espiritual que coloca situações diante de nossos olhos e maus pensamentos em nossa mente. O fato de um pensamento vir a sua mente não significa que devemos continuar pensando nele e muito menos executá-lo. “... tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupa o vosso pensamento.” Fp 4.8 Devemos usar uma linguagem sadia, sem maledicência e sem palavras de baixo calão e, em todos os momentos, sermos fonte de bênçãos, verdadeiros mananciais em terra seca. Como servos de Deus devemos falar com salmos, hinos, louvores, com o coração cheio de gratidão e alegria mesmo nos momentos de correção. (Ef 5.19; Cl 3.16) Para finalizar, um tipo de contaminação muito comum é a fofoca. Não deixe seu ouvido ser usado por aqueles que querem falar mal de outras pessoas, principalmente pastores e outros líderes da Igreja. A fofoca é nociva em todo lugar seja em família, no trabalho, na escola e também na Igreja. Entre numa campanha para acabar com a fofoca, evite ouvir. Quem ouve é tão fofoqueiro quanto quem fala. E isso é pecado!!! QUESTIONÁRIO: 1- Procure listar as suas atividades diárias e veja quanto tempo você gasta com Deus a sós. 2- O que poderia ser retirado de suas atividades para ser dedicado como tempo para Deus? 3- Você se apresenta como servo de Jesus ou só ás vezes? Por que? 4- No seu dia a dia, se você não falar nada, as pessoas percebem isso em você? 5- Calcule quanto tempo você gasta com Deus por semana. É suficiente? EVANGELISMO: FALANDO DE JESUS A OUTROS OBJETIVOS: ▪ Mostrar a importância do Evangelismo. ▪ Ensinar noções de Evangelismo Pessoal e do Plano da Mão. 37INTRODUÇÃO: A Igreja é um lugar onde é impossível não se relacionar com outras pessoas. A ordem de Jesus de fazer discípulos nos leva a um envolvimento com outras pessoas quer seja para mostrar o caminho, quer seja para ajudá-las nessa caminhada. Estaremos apresentando a forma mais simples de você, como membro do Corpo de Cristo, cumprir sua missão: O Evangelizar. EVANGELHO E EVANGELISMO A palavra Evangelho vem do grego “euanguélion” e que dizer: “Boas novas”. O Evangelho é muito mais que uma notícia, é a presença real de Jesus entre os homens, cumprindo o plano de Deus, com o propósito de salvá-los. Podemos também definir o fundamento básico do evangelho com 4 palavras a respeito da obra de Jesus: VEIO - MORREU - RESSUSCITOU - VOLTARÁ. A palavra EVANGELISMO é uma palavra moderna e podemos defini-la como: “O sistema baseado em princípios, métodos, estratégias e técnicas pelos quais se comunica o Evangelho de Cristo ao pecador, sob liderança e no poder do Espírito Santo, levando-o a aceitar a Cristo como seu salvador pessoal de acordo com a ordem de Jesus a todos os seus discípulos, levando aos que crêem a se integrarem à Igreja por batismo, preparando-os para a volta de Cristo.” O EVANGELISMO faz com que o evangelho chegue ao homem pecador e atue nele. Não é apenas uma mera proclamação, mas um sistema que permite uma proclamação eficaz do evangelho, atingindo o seu objetivo principal: o coração do homem. A forma mais simples de evangelismo é o que chamaremos de EVANGELISMO PESSOAL. Temos em Jesus é o melhor exemplo de evangelista pois Ele falava para diferentes tipos de pessoas, conhecia bem a natureza humana e supria-lhes a necessidade. Usava exemplos simples, parábolas e pequenas histórias e ilustrações para ser melhor compreendido. Devemos levar em conta alguns aspectos importantes a respeito daqueles a quem queremos alcançar. 1- NÍVEL DE INTELECTUAL 2- CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL 3- SITUAÇÃO RELIGIOSA 4- RECONHECER SE HÁ O INTERESSE. O PLANO DE SALVAÇÃO Chamamos de “Plano de Salvação” uma maneira organizada, simples e eficaz de mostrar às pessoas o plano de Deus para o homem. São pontos básicos que ela deve saber e entender para que possamos dizer que o processo de evangelização se completou. Cinco fatores têm de estar presentes numa palavra evangelística: 1. A EXISTÊNCIA DE DEUS CRIADOR 2. PECADO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS 3. A PROVIDÊNCIA DE DEUS – JESUS CRISTO 4. PERDÃO DE DEUS 5. A NOVA VIDA COM CRISTO É necessário compreender que falar de “pecado” não agrada a ninguém e, pelos exemplos bíblicos, notamos que todos os evangelistas do Novo Testamento começavam falando de Jesus, sua morte e ressurreição e não com acusações de pecado. (At 10.39-43; At 8.35-37; At 17.15-34) O PLANO DA MÃO Ele é usado para crianças e para pessoas mais humildes, porém serve de esboço para um evangelismo pessoal ou mesmo uma pregação. Polegar - Deus é bom e ama você - Jo 3.16 Indicador - Você é pecador - Rm 3.23 Médio - Cristo morreu por nós, precisamos Dele - Rm 5.28 Anular - Você deve fazer uma aliança com Jesus - Jo 1.12 38 Mínimo - Você se tornará uma nova criatura - II Co 5.17 EVANGELISMO PESSOAL Jesus gastou grande parte do seu ministério com pessoas. Ele valorizou o indivíduo em meio a multidão: 1 filho entre 2; 1 dracma entre 10; 1 ovelha entre 100; 1 pecador arrependido ... (Lc 15.10). Jesus Cristo possuía as seguintes características: - Compaixão pelo pecador - Mc 5; Mt 9.36 - Não tinha preconceitos - Jo 4; 8.8-10 - Ia onde a pessoa estava - Lc 10; Mc 2.13-17 - Sabia conversar - Era incisivo na conversa - Jo 3; 4 - Sabia da urgência da salvação - Jo 9.4; Mc 16.15,16 COMO INICIAR O EVANGELISMO PESSOAL Devemos ser sensíveis ao Espírito Santo e compreender que cada um de nós é um universo complexo com suas crenças, filosofia de vida, personalidade e somos frutos de uma história de vida, com conceitos e preconceitos. Ofereço algumas sugestões praticas: 1- Comece onde a pessoa está, desenvolvendo uma conversa, com naturalidade, sem forçar a mudança de assunto. 2- Não exagere o interesse pela pessoa. Pode acontecer de ser mal interpretado ou ainda assustar a pessoa. 3- Faça a transição o mais natural possível. Por exemplo: se estiver falando ou cuidando de flores, fale do assunto e depois introduza a sabedoria de Deus ou a fragilidade das flores. 4- Se a pessoa se mostrar interessada, explique-a o plano de salvação. 5- De acordo com o que conseguir captar da pessoa, passe para o item seguinte do Plano de Salvação. 6- Nunca realce o pecado da pessoa e sim o amor de Deus. 7- Se houver condição e possibilidade use a Bíblia e deixe que a pessoa leia com você. Se não houver, use textos de memória mas nunca deixe de citar a Palavra de Deus. 8- Não discuta doutrinas, sobre seitas ou outras questões que fujam do assunto principal. Insista no Plano de Salvação. 9- Após ter exposto o Plano de Salvação, verifique se há dúvidas ou pontos não assimilados. O evangelho precisa ser entendido e não sustentado apenas por emocionalismo. 10- Leve a pessoa a fazer uma decisão confessando a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. 11- Ensine-a a orar e ore agradecendo a Deus por ela e com ela. Se necessário ore e peça que ela repita essa oração. 12- Anote os dados pessoais da pessoa tais como: nome, endereço e outros que ache interessante para um acompanhamento posterior. 13- Encaminhe-a a uma Igreja que você conheça e, se possível, entre em contato com o Pastor dessa Igreja, explicando-lhe sobre a pessoa. ATENÇÃO: ▪ É aconselhável que sempre se trave diálogos com pessoas do mesmo sexo ▪ Não dê seu telefone ou endereço para pessoas que você não conhece. Use sua Igreja como ponto de contato, marcando para os dias de culto os encontros com a pessoa. DESCULPAS MAIS COMUNS Estas são algumas das desculpas mais comuns que as pessoas apresentam para não aceitarem a Jesus e tomarem uma decisão. A Bíblia oferece resposta a todas elas. 39 ▪ “Não sou pecador” - Rm 3.23; Rm 5.12 ▪ “Sou muito pecador para ser perdoado” - Lc 19.10; I Tm 1.15 ▪ “Tenho medo de não perseverar” - Jd 24; II Tm 1.12; Jo 5.24 ▪ “Vejo muitos crentes hipócritas” - Rm 14.4-10; Tg 4.17 ▪ “Tenho buscado mais não tenho conseguido” - Jr 29.13 ▪ “Não posso deixar minha vida de pecados” - Mc 8.34-38; Tg 4.4; Mt 6.24; Rm 6.23 ▪ “Se virar crente terei que trocar de profissão” - Mc 10.29-30; Mt 6.33; I Tm 6.9 ▪ “Não sei se conseguirei mudar de vida” - Mt 9.12-13; Rm 5.6-8; Lc 23.39-43 ▪ “Não preciso de salvação. Sou bom, honrado e não desejo mal a ninguém.” - Rm 3.20; Lc 16.15; Pv 16.2; Hb 11.6 ▪ “É tarde demais para mim” - Rm 10.13; II Pe 3.13; II Co 6.2 ▪ “Sou jovem, vou esperar mais” - Ec 12.12; Hb 3.13; II Co 6.2; Is 55.6 ▪ “A Bíblia está cheia de erros” - II Pe 2.12; I Ts 2.13 QUESTIONÁRIO: 1- O que devemos levar em conta a respeito daqueles que desejamos evangelizar? 2- Explique o Plano de Salvação usando o Plano da Mão. 3- Qual a desculpa mais comum para não aceitar Jesus e como você a responderia? 4- Você tem orado por alguém em especial? Tem falado a ele do amor de Deus? A ADMISSÃO, DIREITOS E DEVERES DE NOVOS MEMBROS I-QUEM PODE SER MEMBRO DA IGREJA CRISTÃ PRESBITERIANA PENTECOSTAL Serão membros da ICPP as pessoas que, sem distinção de raça, cor, idade ou posição social, satisfizerem os requisitos para admissão e forem recebidos à sua comunhão. São requisitos para a admissão como membro: a. demonstrar, por atos, arrependimento de seus pecados e desejo de viver vida nova, de acordo com os ensinos da Bíblia; b. aceitar, pela fé, nosso Senhor Jesus Cristo como único Salvador; c. aceitar todas as doutrinas ensinadas e defendidas pela Igreja, de acordo com a Bíblia Sagrada, que é a infalível Palavra deDeus, e tê-la como única regra de fé e prática; d. ter sua situação civil reconhecida pelas leis do País; e. declarar submissão e obediência à orientação ministrada pelo Manual, inclusive em relação aos costumes; f. ter, no mínimo, treze anos de idade, ou a critério da liderança da Igreja; g. prometer sustentar a obra com dízimos e ofertas; h. declarar que não está ligado a nenhuma sociedade secreta. ÚNICO - Quanto aos congregados que não puderem ser membros comungantes da Igreja em virtude de sua situação civil, que sejam tratados com amor, orientados e 40 ajudados para que a regularizem de acordo com as leis do País e que não sejam impedidos de colaborar na Obra. II-DA ADMISSÃO DE MEMBROS 1. As pessoas que satisfizerem os requisitos para sua admissão no rol de membros da Igreja serão recebidos pelos seguintes meios: a. profissão de fé e batismo - as pessoas a serem recebidas por profissão de fé e batismo serão matriculadas na classe de iniciantes e receberão do obreiro, ou pessoa por ele indicada, as necessárias instruções; b. adesão às doutrinas e ao Regimento Interno da Igreja - o recebimento por adesão diz respeito a membros de outras Igrejas que desejam ingressar numa de nossas Igrejas; c. transferência interna e externa - interna: de Igreja ICPP para Igreja ICPP; externa: de outras Igrejas da mesma fé doutrinária e costumes; Manual do Discípulo de Cristo d. reconciliação - a reconciliação diz respeito a membros que tenham sido excluídos e, arrependidos, voltem à Igreja, ou membros de outras Igrejas evangélicas excluídos de suas Igrejas que, dando prova de arrependimento, peçam sua reconciliação na Igreja; neste caso, deverão sujeitar-se a um período de prova de até noventa dias. 1.1. A recepção de membros far-se-á sempre em ato público, de preferência em culto solene. 1.2. Em qualquer dos casos de recepção, será necessário que o candidato seja batizado por imersão. 1.3. As pessoas recebidas como membros da Igreja terão seus nomes registrados em livros apropriados na Igreja local e tornar-se-ão participantes dos direitos e privilégios conferidos pela Igreja, ressalvadas as restrições. São dois os livros de registros constantes neste artigo: a. livro de registro permanente, modelo oficial, o qual não poderá ser reformado nem rasurado, seguindo seu registro ordem cronológica; b. livro de chamada, modelo oficial, o qual será reformado anualmente, para que se tenha, sempre em dia, o número de membros. ÚNICO - Além dos livros de registros referidos no parágrafo anterior, a Igreja manterá livros apropriados para registros de casamentos e apresentação de crianças. III-DOS DEVERES DOS MEMBROS 1. São deveres dos membros: a. participar assiduamente dos cultos da Igreja, bem como apoiar e participar dos empreendimentos da mesma; b. cooperar regular, fiel e ativamente, quanto ao sustento financeiro da Igreja do Senhor da qual é membro, através de seus dízimos e ofertas; c. submeter-se às admoestações e exortações da liderança da Igreja, com humildade, evitando atitudes que venham gerar conflitos ou facções no seu âmbito; d. desempenhar, com fidelidade, os cargos para os quais for eleito; e. zelar pelo bom testemunho do Evangelho, pela reputação de seus irmãos em Cristo, bem como pelo nome de sua Igreja e de seus ministros; f. comunicar-se com sua Igreja dando-lhe ciência imediata quando dela se ausentar por mais de trinta dias, quer por motivo de saúde, trabalho, estudos ou viagens. IV-DOS DIREITOS DOS MEMBROS 1. São Direitos dos Membros: 41 a. participar da Ceia do Senhor; b. usufruir os benefícios espirituais da Igreja; c. concorrer à eleição para quaisquer cargos da Igreja, exceto os de natureza ministerial, para os quais se torna necessário que o candidato possua a vocação do ministério devidamente reconhecida pelo conselho de líderes da Igreja; d. transferir-se de uma Igreja para outra da mesma fé doutrinária e costumes; e. apelar, em caso de disciplina, ao Pastor Presidente e ou Conselho da igreja; f. receber assistência religiosa e espiritual da Igreja, provida por seu ministério; g. ter voz e voto nas deliberações da Igreja. 2. Deixarão de ser membros das Igrejas ICPP e perderão, por isso, os direitos e privilégios que desfrutam: a. os que se retiram a próprio pedido, feito por escrito ao obreiro, ou verbalmente, ao Conselho da Igreja; b. os que forem excluídos por determinação disciplinar; c. os ausentes por mais de três meses; sem comunicação alguma; d. os que levarem carta de transferência para outra Igreja da mesma fé doutrinária e costumes; e. os falecidos. 3. Os membros de Igreja de paradeiro ignorado durante três meses serão inscritos em rol separado; três meses após esse prazo, se não forem encontrados, serão excluídos. ÚNICO - Nenhuma pessoa cujo nome for cancelado do rol de uma Igreja local poderá ser arrolada em outra, sem que haja entendimento prévio entre as respectivas lideranças.