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Animais Selvagens no Brasil, Vol 3 - Carlos Terrana

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ANIMAIS SELVAGENS NO BRASIL
 
Uma coleção de fotografias com informações
sobre a vida e costumes dos animais
do Brasil.
 
Volume 3 de 5
 
 
CARLOS TERRANA
fotógrafo de natureza
 
 
 
Copyright ©2013 Carlos Terrana
 
Terrana Produções Visuais ltda ME
Editora e Estúdio de fotografia
 
Todos os direitos reservados
 
Sumário
Prefácio
Introdução
GAFANHOTO Xyleus discoideus discoideus.
GAFANHOTO Chromacris speciosa.
GAFANHOTO Tropidacris collaris.
GAMBÁ Didelphis albiventris.
GARÇA-GRANDE-BRANCA Ardea alba.
GATURAMO-VERDADEIRO Euphonia violace.
GAVIÃO-CARCARÁ Caracara plancus.
GAVIÃO-CARIJÓ Rupornis magnirostris.
GAVIÃO-CASACA-DE-COURO Heterospizias meridionalis.
GRALHA-DO-CERRADO Cyanocorax cristatellus.
HARPIA Harpia harpyja.
IGUANA Iguana iguana.
IRERÊ Dendrocygna viduata.
JAÇANÃ Jacana jacana.
JACARETINGA Caiman crocodilus.
JARARACA Rhinocerophis itapetiningae.
JIBOIA-ARCO-ÍRIS Epicrates cenchria.
JIBOIA-CONSTRICTOR Boa constrictor.
JOÃO-DE-BARRO Furnarius rufus.
JURITI-GEMEDEIRA Leptotila rufaxilla.
LAGARTAS E BORBOLETAS
BORBOLETA-DA-COUVE Ascia monuste.
BORBOLETA PHOEBIS Phoebis sennae.
ESTALADEIRA Hamadris februa.
OLHO-DE-CORUJA Caligo teucer.
BORBOLETA-FOLHA Siderone marthesia nemesia.
ANARTIA Anartia amathea.
HELICONIUS Heliconius sara.
BORBOLETA 80 Callicore sorana.
RIODINIDAE
PINGOS-DE-PRATA Agraulis vanillae.
VANESSA Vanessa braziliensis.
O VOO DAS BORBOLETAS
LAGARTO-ARBORÍCOLA Polychrus acutirostris.
Agradecimentos especiais.
Bibliografia-
 
Prefácio
 
Quando resolvi publicar esta coleção de fotografias sobre animais
fotografados no centro-oeste do Brasil, eu tinha alguns objetivos em mente:
1. Ajudar a reconstruir uma concepção positiva sobre os animais brasileiros,
principalmente no centro-oeste, local que se encontra em franco processo de
transformação, principalmente devido às enormes monoculturas de soja.
2. Servir como fonte de pesquisa visual, podendo ser utilizado por
estudantes, professores, adultos e crianças.
3. Utilizar a linguagem artística da fotografia como ferramenta de
conscientização ambiental.
 
O centro-oeste do Brasil é predominantemente uma vegetação de Cerrado e
é a caixa d'água do Brasil. Esquecido pelas autoridades governamentais no
que diz respeito à preservação. De lá tudo se tira: minério, madeira para
carvão vegetal e desmata-se para o desenvolvimento do agronegócio.
 
Esse material fotográfico foi desenvolvido durante mais de 10 anos
percorrendo estradas e trilhas, na maioria das vezes, beirando rios, córregos
e cachoeiras. Foi um trabalho realizado por amor à natureza e sem
patrocinadores. Felizmente tive o apoio moral de vários amigos e contei
também com a ajuda de alguns profissionais para poder juntar algumas
informações científicas sobre esses animais, aos quais agradeço e relaciono
no final desta publicação.
Introdução
O bioma cerrado é uma vegetação pouco densa e de uma forma geral, muito
fácil de se deslocar por entre as árvores e arbustos. Por ser uma vegetação
muito antiga, podemos muitas vezes, imaginar como seria por aqui na época
dos dinossauros. As próprias plantas nos remetem à uma época muito
distante, fazendo a nossa imaginação viajar no tempo.
Não fosse a constante destruição desse bioma, principalmente depois de
1980, muitas espécies de animais ainda poderiam estar povoando essas
paisagens.
 
Enquanto outro dia amanhece por entre as silhuetas dos buritis, vamos
conhecer mais alguns animais, que ainda habitam essa região, bem no
coração do Brasil.
 
Carlos Terrana
 
GAFANHOTO	 	Xyleus	discoideus	discoideus.
Classe: Insecta
Ordem: Orthoptera
Família: Romaleidae
Espécie: Xyleus discoideus discoideus (Serville, 1831).
 
 
Acho que todos nós já ouvimos falar de gafanhotos, como insetos que
causam danos nas lavouras como verdadeiras pragas. Até na Bíblia temos
várias passagens onde eles aparecem como enviados dos deuses para
causarem destruição devorando plantações inteiras. Realmente isso pode
acontecer, mas ainda não se sabe ao certo o que os levam a tal fato.
Esta ninfa, (indivíduo jovem) da espécie Xyleus discoideus discoideus, têm a
coloração marrom-amarelado e geralmente não são encontrados em
abundância, ocorrendo mais em forma dispersa. Mesmo assim podem atacar
algodoeiros, feijoeiros e espécies cítricas. As fêmeas sempre são bem
maiores do que os machos, podendo atingir 5 cm de comprimento, enquanto
os machos chegam a 3 cm. Eles preferem os lugares mais úmidos e são
difíceis de se distinguir entre a vegetação, devido à sua cor. São gafanhotos
com movimentos lentos, o que facilita na hora de fotografar.
GAFANHOTO	 	Chromacris	speciosa.
Classe: Insecta
Ordem: Orthoptera
Família: Romaleidae
Espécie: Chromacris speciosa (Thunberg, 1824).
Outros nomes: Brasileirinho, Gafanhoto-soldado, Soldadinho, Gafanhoto-
bandeira.
 
 
É considerada uma espécie devastadora ocasional endêmica da América do
Sul, tendo como hábito alimentar-se das solanáceas, como nessa foto em
cima de uma Lobeira (Solanum lycocarpum). Mas também ataca outras
plantas como a batata inglesa, arroz, cana-de-açúcar, girassol, fumo e
tomateiro. Ele é mais conhecido como "gafanhoto-soldado" por causa da cor
verde brilhante com manchas amarelas, lembra um uniforme de soldado.
Possui asas vermelhas alaranjadas, e um tamanho corporal médio de 2 a 3
cm para o macho e 3,5 a 5 cm. para a fêmea.
Suas ninfas são negras com vermelho. O adulto, fotografei no Jardim
Botânico de Brasília e os jovens (ninfas), perto do Lago Paranoá.
GAFANHOTO	 	Tropidacris	collaris.
Classe: Insecta
Ordem: Orthoptera
Família: Romaleidae
Espécie: Tropidacris collaris (Stoll, 1813).
Outros nomes: Tucurão, Tucura, Ticura.
 
Esta espécie chama atenção pelo seu tamanho, com comprimento variando
de 5.0 a 7.0 cm para o macho e 8.5 a 10.5 cm para a fêmea. É mais comum
nas zonas florestais, da floresta seca à úmida, e no cerrado também. Trata-se
de espécie de importância econômica, principalmente porque causa danos à
mangueira, coqueiro, abacateiro, bananeira, mandioca, algodoeiro, limoeiro,
videira, seringueira e, às vezes, à cana-de-açúcar e ao arroz.
 
Fiz esta foto às margens do Rio dos Couros, na Chapada dos Veadeiros, e
haviam muitos. Num primeiro momento pensei que fossem pássaros voando,
mas depois constatei serem gafanhotos.
 
Etimologia: Orthoptera "Ortho" reto "ptera" asas (possuem as
asas superiores retas e coriáceas, as quais servem de proteção, recobrindo as
asas inferiores mais largas e membranáceas, adaptadas para voar).
GAMBÁ	 	Didelphis	albiventris.
Classe: Mammalia
Ordem: Didelphimorphia
Família: Didelphidae
Espécie: Didelphis albiventris (Lund, 1840).
Outros nomes: Gambá-de-orelha-branca, Cassaco, Sarigüê, Saruê, Mucura,
Micurê, Raposa, Taibu, Tacaca, Ticaca, Timbu.
 
 
Espécie de porte médio, com variações na coloração, com alguns indivíduos
mais escuros do que outros. Ainda assim predomina a coloração grisalha,
conferida por pelos negros misturados a pelos esbranquiçados. Possui uma
cauda preênsil, que usam para se segurar nos galhos.
 
A fêmea cria cerca de 8 filhotes e possui uma bolsa anterior (marsúpio)
formada pela pele do abdômen dos marsupiais, dentro da qual se acham as
tetas. É lá que ficam os filhotes recém-nascidos, com pouco mais de 1 cm de
comprimento. Eles vão sair dessa bolsa só no momento de abandonarem a
mãe e seguirem cada um no seu caminho. Gostam de comer frutas, roedores,
aves de pequeno porte, rãs, lagartos e insetos também. Apresentam hábitos
crepusculares e noturnos, buscando abrigo em ocos de árvores, entre raízes,
ou debaixo de troncos caídos, mas apesar disso consegui flagrar esse aqui
durante o dia.
Depois, num outro dia, durante uma ronda noturna junto com um guarda
florestal, o "Seu Miguel", na Reserva Biológica de Águas Emendadas, GO,
vimos esse outro gambá.
 
Enquanto Seu Miguel iluminava o bichinho com a lanterna, eu pude subir na
árvore onde ele se abrigou e chegar bem perto para fotografar.
Com ajuda do flash consegui fazer boas fotos. Foi bem emocionante efiquei
feliz com o resultado.
 
GARÇA-GRANDE-BRANCA	 	Ardea	alba.
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Ardeidae
Espécie: Ardea alba (Linnaeus, 1758).
Outros nomes: Guira-tinga, Acará, Acaratinga, Guiratinga.
 
As garças são muito comuns em quase todo o Brasil. É uma ave aquática, de
pernas longas e plumagem toda branca. Alimenta-se principalmente de
peixes, mas também pode consumir insetos aquáticos, caranguejos,
moluscos, anfíbios e répteis.
Vivem em colônias, muitas vezes mistas, compostas por várias espécies de
garças, colhereiros, cabeças-secas e biguás. É uma ave migratória, podendo
formar bandos de centenas de indivíduos para realizar viagens periódicas.
Fazem seus ninhos sobre árvores ou arbustos, nos brejos, em ilhas de mata,
nos campos inundáveis e manguezais.
GATURAMO-VERDADEIRO	 	Euphonia	violace.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Espécie: Euphonia violace (Linnaeus, 1758).
Outros nomes: Guiratã, Guipara, Tem-tem-de-estrela, Guturamo,
Guatinhuma, Tem-tem, Teitei, Tieteí, Vim-vim, Bonito-do-campo.
Etimologia: Euphonia do grego "euphonia" voz de excelente
qualidade, refinada, agradável; violace do latim "violaceus" cor de
violeta, violáceo.
Esta espécie é mestre em imitar o canto de outras aves e foi justamente essa
característica que chamou minha atenção em direção à esse pássaro. Por isso
é bem interessante, pois você escuta vários cantos diferentes, mas quando
olha, todos vêem de um só passarinho. Este eu encontrei na Cachoeira de
Itiquira, em Formosa, GO.
Com 12 cm de comprimento esta ave possui o lado superior negro com forte
brilho azulado e o lado inferior amarelo. A fêmea apresenta as partes
superiores verde-oliva. É comum em bordas de florestas, florestas de galeria,
clareiras, jardins e plantações de fruteiras. Gosta de comer pequenos frutos e
insetos, chegando a pairar no ar para apanhá-los. Põem de 2 a 5 ovos, em
ninhos construídos em cavidades de troncos. Às vezes, podem ocupar os
ninhos feitos por outras aves. Curioso também é o formato do seu bico.
GAVIÃO-CARCARÁ	 	Caracara	plancus.
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Falconidae
Espécie: Caracara plancus (Miller, 1777).
Outros nomes: Caracará, Carancho.
Etimologia: "carancho" da língua Tupi arranhar, rasgar com as unhas.
Glossário: onívoro que se alimenta de carne e de vegetais.
Apesar do gavião carcará ser muito comum, até em alguns centro urbanos
como Brasília, ele não permite uma aproximação muito grande do homem.
Gosta sempre de ir mantendo distância quando vamos chegando mais perto.
Para fazer essas fotos tive a sorte de pegá-lo desprevenido.
Mede cerca de 56 cm de comprimento e chaga a 123 cm de envergadura.
Tem a cabeça aparentemente achatada devido ao penacho negro. Os filhotes
são pardos, de peito estriado, cara violácea ou amarelo-claro e pernas
esbranquiçadas. Possui alimentação variada (onívoro), podendo comer
animais mortos e vivos, insetos, frutos etc. Anda no chão e acompanha
queimadas e tratores para apanhar animais mortos ou em fuga.
GAVIÃO-CARIJÓ	 	Rupornis	magnirostris.
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae
Espécie: Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) - Sinonímia = Buteo
magnirostris
Outros nomes: Anajé, Gavião-indaié, Gavião-pega-pinto, Inajé, Indaié,
Pega-pinto.
Talvez esse seja o gavião mais abundante do Brasil habitando diferentes
fisionomias de vegetação. Também chega até os grandes centros urbanos,
desde que haja arborização suficiente. Inconfundível pelo barrado do peito,
da barriga e da cauda com várias faixas claras, em contraste com as faixas
cinza escuro ou negras. Esse barrado do peito é que dá origem ao nome
popular "gavião-carijó".
Caça grandes insetos, lagartixas, pequenas cobras e pássaros como rolinhas e
pardais. Pode até surpreender morcegos em seus voos diurnos. Voa no
aberto, em casais, batendo rapidamente as asas e descrevendo círculos,
chamando a atenção pela característica gritaria que produz.
GAVIÃO-CASACA-DE-COURO	 	Heterospizias	meridionalis.
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae
Espécie: Heterospizias meridionalis (Latham, 1790).
Outros nomes: Gavião-caboclo, Gavião-fumaça, Gavião-puva, Gavião-tinga.
Esse gavião é muito arisco e não gosta de ficar perto da gente. Eu tive muita
sorte de pegá-lo desprevenido numa curva da estrada, dentro da reserva do
Jardim Botânico de Brasília. Paramos o carro e fiz 3 fotos de dentro.do carro
mesmo. Foi o tempo de fazer o foco e clicar. Na quarta foto ele já saiu
voando.
Espreita anfíbios, grandes insetos, caranguejos, lagartos e cobras. Procura
queimadas, caçando à poucos metros das chamas, andando vagarosamente
pelo solo. Pousa sobre cercas ou montes de terra. Habita áreas abertas,
campos e cerrado, como também beira de brejos e manguezais. O casal se
comunica através de um assobio fino, longo e choroso, repetido e
continuamente. Voa bem alto, aproveitando as correntes de ar quente para
planar, ou através de voo ativo, com batimento ritmado das asas.
GRALHA-DO-CERRADO	 	Cyanocorax	cristatellus.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Espécie: Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823).
Outros nomes: Gralha-do-campo, Gralha-de-topete, Gralha-de-crista-
eriçada.
Etimologia: Cyanocorax do grego "kuanos" azul-escuro "korax" 
 corvo; cristatelus do latim, diminutivo de "cristatus" provido de
crista, penacho, cristado.
Glossário: Onívoro que come carne e vegetais.
É uma espécie campestre típica do Brasil central. Habita os cerrados abertos
e regiões em transição com áreas mais densamente arborizadas. Faz ninho
sobre as árvores do cerrado. Os ovos são azul-claros com várias manchinhas
pardas. É onívoro, comendo insetos, aranhas, larvas, pequenos lagartos,
sementes e frutos. Ocasionalmente, ataca ninhos de outros pássaros e fura os
ovos para chupá-los.
HARPIA	 	Harpia	harpyja.
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae
Espécie: Harpia harpyja (Linnaeus, 1758).
Outros nomes: Gavião-real, Uiraçu-verdadeiro, Gavião-de-penacho.
Etimologia: Harpia do grego "harpe" ave de rapina, que saqueia, que
rouba.
Glossário: rapineiro aquele que chega e rouba (caça) violentamente.
A águia Harpia é muito difícil de se encontrar na natureza. Não se aproxima
muito do homem e se mantém em áreas bem isoladas de vegetação nativa,
principalmente entre o Cerrado e a Amazônia. Por isso, para fotografar essa
espécie, fui a uma área de preservação particular, autorizado pelo IBAMA,
aqui no DF., onde havia um casal dessa espécie. Comprei uma lona verde,
pintei com tinta branca uma série de manchas e colocamos no fundo do
cativeiro. Assim, nas fotos ficou parecendo um pouco mais natural. Passei
um dia inteiro fazendo as fotos. Dois dias depois voltei para buscar a lona e
o proprietário do cativeiro me disse que o casal de águias a haviam destruído
em pedaços.
 
Majestoso, de porte e força inigualáveis, é talvez, o mais possante rapineiro
do globo. Mede cerca de 90 cm com até 2 metros de envergadura das asas. A
cabeça cinzenta possui um longo e macio topete bipartido, o que lhe dá um
ar de majestade. Espreita na alta mata primária, na beira de rios e nas
proximidades de barreiros. Dentre suas presas estão a preguiça-real, mutuns,
macacos-prego, filhotes de veados, araras-azuis, seriemas, tatus e cachorros-
do-mato. É rápido e possante nas suas investidas, sendo capaz de carregar
uma cotia ou um jovem caititu. Voa com rápidas batidas de asa, planando em
seguida. Nas horas mais quentes do dia, circula sobre a floresta e campos
vizinhos.
IGUANA	 	Iguana	iguana.
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Iguanidae
Espécie: Iguana iguana (Linnaeus, 1758).
Outros nomes: Iguana-verde, Sinimbu, Camaleão
 
Tem hábitos diurnos e sua alimentação consiste basicamente em vegetais,
mas eventualmente, pode se alimentar de insetos. É visto por muitos como
um animal de estimação, sendo comum às pessoas adquiri-lo. Infelizmente,
muitos acabam sendo abandonados, porque a maioria das pessoasnão fazem
ideia de que pode alcançar cerca de 1,75m, e pesar entre 4 e 7 quilos. Apesar
da sua aparência lembrar um dinossauro e ser para alguns assustador, é um
animal manso e não causa dano ao homem.
É um animal arborícola, passando a maior parte do tempo em cima de
árvores próximas de rios. Dependendo do clima ou da época do ano, ele
pode mudar de cor, justificando o nome popular, camaleão, sendo que, na
época da reprodução os machos ficam com cores bem vivas para atrair as
fêmeas.
IRERÊ	 	Dendrocygna	viduata.
Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Espécie: Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766).
Outros nomes: Marreca-piadeira, Assobiadeira, Chega-e-vira, Marreca-apaí,
Apaí, Marreca-do-pará, Piadeira, Marreca-viúva.
Etimologia: Dendrocygna do grego "dedron" árvore, gênero 
 "Cygnus" cisne; viduata do latim "viduata" enviuvar, despojar.
Glossário: anilhado o anilhamento é uma técnica de marcação de aves
com anéis numerados, que permite conhecer quando do encontro dessas
aves, o tempo de vida, as rotas migratórias, locais de reprodução, pontos de
parada, dentre outras informações fundamentais para conservação das aves e
seus ambientes.
Vive nadando nas águas de lagos, brejos, várzeas e banhados. Alimenta-se de
pequenas sementes e folhas e também apanha vermes, larvas de insetos e
pequenos crustáceos. Mergulha somente algumas vezes para alcançar o
alimento. Constrói seus ninhos no solo, protegidos por um tronco de árvore
ou entre a vegetação herbácea ou arbustiva nas proximidades da água. Os
teiús (Tubinambis teguixin) gostam de invadir os ninhos das marrecas para
chupar seus ovos.
Fotografei este irerê no mesmo cativeiro que fotografei a Harpia, em
Brasília. Pode-se notar que esse animal está anilhado.
JAÇANÃ	 	Jacana	jacana.
Classe: aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Jacanidae
Espécie: Jacana jacana (Linnaeus, 1766).
Outros nomes: Piaçoca, cafezinho
Etimologia: Jacana do nome indígena Tupi "Jasaná" dado a esta ave.
 
 
Essas fotos foram feitas na Lagoa Bonita, em Formosa, no estado de Goiás,
bem ao amanhecer, de dentro de um bote. O efeito circular no brilho da água
é uma característica da minha lente 500mm. da Tanrom que, onde há um
brilho ou ponto de luz, fica um círculo.
As jaçanãs são aves aquáticas que gostam de caminhar a passos largos sobre
os aguapés e outras plantas flutuantes à cata de insetos, moluscos, peixinhos
e sementes. Vivem em casais ou pequenos grupos. São os machos chocam e
cuidam dos filhotes.
Eles possuem forte defesa territorial. Há sempre um indivíduo como
sentinela, alertando sobre qualquer alteração na área. Elas possuem um
modo muito curioso de afastar possíveis inimigos de seus ninhos: fingem
estar com a perna quebrada e debatem-se como se não pudessem voar,
despistando, desta forma, o invasor.
JACARETINGA	 	Caiman	crocodilus.
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodylia
Família: Alligatoridae
Espécie: Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758).
Outros nomes: Jacaré comum, Jacaré-de-óculos, Tinga, Baba, Babiche,
Cachirré, Jacaré-branco, Jacaré-do-Brasil, Cascarudo.
Este é o mais comum de todos os crocodilianos existentes no Brasil, apesar
de algumas populações estarem localmente reduzidas. Os machos chegam a
medir entre 2 a 2,5metros de comprimento e as fêmeas, no máximo 1,4
metros.
Os indivíduos jovens são amarelados com manchas e faixas escuras no corpo
e no rabo. Quando crescem, perdem sua coloração amarelada e as marcas
ficam menos distintas. Os adultos são verde-oliva. O habitat do jacaretinga
está associado às diferentes formações aquáticas, desde grandes rios a
tanques de piscicultura próximos a áreas urbanas, tornando-se, muitas vezes,
uma espécie problema.
Os jovens alimentam-se de uma ampla variedade de invertebrados aquáticos
como insetos, crustáceos e moluscos. Quando crescem, vários vertebrados
assumem uma grande porcentagem de sua dieta: peixes, anfíbios, répteis,
aves aquáticas e pequenos mamíferos. Também é conhecido por ajudar a
controlar a população de piranhas nos rios onde elas infestam.
Estas fotos são de um filhote que foi solto no Jardim Botânico de Brasília
pelo IBAMA. Pude acompanhar a soltura e fazer as fotos bem de perto.
JARARACA	 	Rhinocerophis	itapetiningae.
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Viperidae
Espécie: Rhinocerophis itapetiningae (Boulenger, 1907). Sinonímia:
Bothrops itapetiningae
Outros nomes: Jararaca-pequena, Jararaquinha-do-cerrado, Cotiarinha.
Glossário: sinonímia no caso, significa o antigo nome usado para
identificar esse animal; peçonhenta venenosa; terrícola que vive na
terra, no chão; anuros sapos, rãs e pererecas.
Enquanto eu desenvolvia esse trabalho, nas minhas caminhadas, ficava
sempre pensando como e quando seria meu encontro com uma serpente
venenosa. Esse encontro aconteceu pela primeira vez com essa jararaca. Ela
estava atravessando essa estrada, num horário em que o sol projetava uma
sombra, na qual ela ficou quase totalmente invisível. Levei o maior susto,
mas depois que a adrenalina diminuiu, consegui me aproximar mais e fazer
essas fotos, antes dela entrar no mato e desaparecer.
A jararaca é uma serpente peçonhenta de tamanho pequeno e possui hábito
terrícola. Pode ser observada em atividade tanto durante a noite como de dia.
Sua dieta é generalista, incluindo lacraias, anuros, lagartos, aves e
mamíferos.
Vive em ambientes abertos como campo sujo e campo cerrado. É uma
espécie especialista em relação ao uso do ambiente, não vivendo em áreas
alteradas pelo homem. Atualmente, pode ser considerada ameaçada nos
estados de São Paulo, Minas Gerais (sudeste do Brasil) e região de Brasília
(Brasil central), onde está restrita em pequenos fragmentos de vegetação.
JIBOIA-ARCO-ÍRIS	 	Epicrates	cenchria.
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Boidea
Espécie: Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758).
Outros nomes: Jiboia arco-íris, Salamanta.
Glossário: constrição se enrola e aperta até sufocar; refração efeito
luminoso quando a luz bate nas escamas e se decompõe em várias cores
diferentes. O mesmo efeito de quando vemos um arco-iris.
Essa espécie pode atingir 1,80 metros de comprimento. Ocorre em ambientes
abertos de cerrado e é principalmente uma espécie terrícola. Parece
apresentar atividade diurna e noturna. Gostam de se alimentar comendo aves
e mamíferos.
Elas matam a sua presa por constrição. Seu nome popular é por
apresentarem a pele com um brilho colorido, conforme a incidência da luz,
que não é pigmentação e sim causado pela refração da luz.
Esta jiboia, eu fotografei num pequeno córrego, perto do Lago Paranoá, em
Brasília, numa operação de soltura e reintrodução do animal no ambiente
natural, realizado pelo IBAMA. Às vezes, é bem melhor estar em mais de
uma pessoa. Nesse caso estávamos em 5 e pudemos cercá-la por alguns
minutos antes que ela se fosse. Tempo suficiente para eu poder me
aproximar e pegar uns ângulos diferentes.
As rodovias atraem alguns animais, em especial as serpentes, que procuram
o calor emitido pelo asfalto, para regular a temperatura corporal. Mas o
atropelamento de serpentes é um fator que pode ameaçar algumas espécies
brasileiras. Aqui a gente pode reparar que ainda existe uma cultura popular
no Brasil de matar as cobras. Repare que o motorista saiu para o
acostamento da estrada para atropelar e matar essa jiboia.
JIBOIA-CONSTRICTOR	 	Boa	constrictor.
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Boidae
Espécie: Boa constrictor (Linnaeus, 1958).
A jiboia-constrictor é a mais conhecida das serpentes da família Boidae, que
inclui as maiores cobras do mundo. São excelentes nadadoras e muitas vezes
capturam suas presas na água ou na beira dos córregos ou lagoas.
Esta espécie pode atingir até 5 metros de comprimento. As cobras desta
família usam seu grande corpo e enorme força para matar suas presas, que
em geral são aves, mamíferos de médio e pequeno porte, além de outros
répteis.
Quando pegam uma presa, se enrolam nela e apertam firmemente, até que
sentem, com o própriocorpo, que a respiração e os batimentos cardíacos da
presa cessaram, para então a engolirem inteira. Vivem em várias fisionomias
do cerrado como campo sujo, campo cerrado, borda de mata de galeria e
áreas alteradas. De hábito semi-arborícola, pode ser encontrada no chão e em
árvores.
JOÃO-DE-BARRO	 	Furnarius	rufus.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Furnariidae
Espécie: Furnarius rufus (Gmelin, 1788).
Etimologia: Furnarius do latim "furnaria" forneiro; rufus do latim
"rufus" vermelho, avermelhado.
Glossário: opiliões um tipo de invertebrado que vive em baixo de
troncos e pedras; artrópodes invertebrados.
O João-de-barro é um pássaro muito comum no Brasil, mas até o dia dessas
fotos, eu nunca havia visto ele trabalhando na construção da sua casinha.
Posso estar enganado, mas acho que é o único pássaro que constrói seu
ninho dessa maneira, usando o barro como material, que acaba sendo
resistente e térmico, protegendo-o do frio e da chuva.
Constrói seu ninho no formato de um forno (daí Furnarius que deu nome à
família, Furnariidae). O casal constrói um ninho a cada ano, embora, às
vezes, reformem o velho. Usam barro úmido e um pouco de esterco
misturado à palha como material. Vivem nas campinas ralas, áreas com
gramíneas esparsas entre arbustos e árvores. Comem moluscos, insetos e
suas larvas, opiliões e outros artrópodes.
JURITI-GEMEDEIRA	 	Leptotila	rufaxilla.
Classe: Aves
Ordem: Columbiformes
Família: Columbidae
Espécie: Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792).
Outros nomes: Juriti-verdadeira, Jeruti.
Etimologia: Leptotila do grego "leptos" delgado, fino, magro 
 "ptilon" plumagem; rufaxilla do latim "rufus" vermelho 
 "axilla" axila, sovaco.
Esta pomba é também muito comum. Possuem um canto parecido com um
gemido “u-u” descendente, principalmente ao entardecer, característico
delas.
Adoram comer sementes, frutinhos no solo e invertebrados. Os casais são
inseparáveis e põem geralmente dois ovos. Fazem ninhos tão ralos, que
olhando por debaixo, vêem-se os ovos através do fundo.
Esse filhote nós encontramos numa trilha no "Morro da Baleia", na Chapada
dos Veadeiros.
Durante o cortejo o macho faz reverências diante da fêmea, os parceiros se
acariciam na cabeça, alimentando-se mutuamente com uma massa
regurgitada do papo. Eles podem simular estarem feridos, a fim de despistar
um predador do ninho.
LAGARTAS E BORBOLETAS
Lagartas
As lagartas possuem cores variadas, com mandíbulas e cabeça geralmente
destacadas, três pares de patas verdadeiras na região frontal do corpo e
variado número de patas falsas na região terminal.
Elas apresentam diversos mecanismos de defesa: Cores apocemáticas, que
são chamativas, como aviso de perigo; Cores miméticas, para confundirem-
se com outras espécies; Cores homocrômicas, quando adquirem a cor do
meio em que vivem. Outras espécies; possuem pelos urticantes e um
osmatério, que geralmente é formado por um par de processos carnosos e
retráteis, localizados na frente do corpo, que eliminam odores tóxicos. A
alimentação das lagartas consiste, primeiramente, no cório (a casca do ovo)
e depois, de acordo com a necessidade de cada espécie, de diferentes partes
dos vegetais como: caules, galhos, folhas, flores, gavinhas (órgão de fixação
das plantas trepadeiras, com o qual elas se prendem).
 
Crisálidas
As crisálidas também apresentam variação na forma e na cor. Elas são
fixadas geralmente em plantas, que podem ser a própria planta-alimento da
lagarta. Há também casos de instalação em outros suportes, inclusive no
solo, fato este mais comumente observado nas mariposas. Ainda cabe
destacar que algumas crisálidas encontram-se envoltas por casulos
elaborados pela lagarta, à partir de secreções de seu corpo ou de material
encontrado no meio, popularmente chamados de casulos, como os do bicho-
da-seda e do bicho-do-cesto.
 
Borboletas e mariposas
Lepidopteras (borboletas e mariposas) são insetos com a vida dividida em
quatro estágios distintos: ovo, larva, pupa e imago, que é o adulto. Nos
estágios de larva e pupa são chamados, respectivamente, de lagarta e
crisálida. Os ovos podem ser de diversas formas e cores, sendo postos nas
plantas-alimento de modo variado.
BORBOLETA-DA-COUVE	 	Ascia	monuste.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Pieridae
Espécie: Ascia monuste (Godart, 1818).
 
A borboleta da couve é muito comum em todo o Brasil, alcançando até 6 cm.
de envergadura. Pode ser observada mesmo nas ruas e jardins das cidades
grandes. Essa espécie é considerada praga em algumas plantas cultivadas,
como couve, couve-flor e brócolis, onde as lagartas desfolham a planta. Seus
inimigos naturais são pássaros, percevejos predadores e vespas predadoras.
Na fase adulta alimenta-se principalmente do néctar das flores.
BORBOLETA	PHOEBIS	 	Phoebis	sennae.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Pieridae.
Espécie:Phoebis sennae (Linnaeus, 1758).
Etimologia: Phoebis do grego "phiobos" puro ou radiante 
 "sennae" ao nome de uma das plantas hospedeiras de suas larvas, a
Senna sp.
Esta espécie é migratória. Os adultos alimentam-se de néctar e são
polinizadores de várias espécies de plantas do cerrado como, por exemplo, o
pequi (Caryocar brasiliensis). Além do cerrado são encontradas também em
locais arbustivos, plantações e jardins.
ESTALADEIRA	 	Hamadris	februa.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Hamadris februa (Hübner, 1823).
Outros nomes: Assenta-pau.
 
As borboletas “assenta-pau” possuem o hábito de pousarem de cabeça para
baixo e com as asas abertas. Essa estratégia facilita muito na hora de fugir de
um predador. São também chamadas de “estaladeiras”, devido ao ruído que
produzem quando voam, igual ao estalar dos dedos. Os adultos se alimentam
de frutos e seiva fermentados. Sua coloração críptica, (muito parecida com o
tronco onde pousam), também faz com que passem despercebidas. São
encontradas em ambientes de cerrados, florestas, fragmentos florestais e até
em quintais, indicando que se adaptaram à vários ambientes.
OLHO-DE-CORUJA	 	Caligo	teucer.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Caligo teucer (Linnaeus, 1758).
 
Seu nome popular é devido ao desenho de suas asas que lembram os olhos
de uma coruja. Os adultos se alimentam de frutos em fermentação. Os
indivíduos jovens ou imaturos se alimentam de folhas e são considerados
pragas de bananeiras.
 
 
BORBOLETA-FOLHA	 	Siderone	marthesia	nemesia.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Siderone marthesia nemesia (Illiger, 1802).
 
Essa é uma espécie bem diferente que ocorre no cerrado, nas bordas das
matas de galeria e em área de sucessão (processo evolutivo lento, no qual
algumas espécies de plantas substituem outras). Os adultos gostam de comer
frutas fermentadas, fezes e animais em decomposição. Quando ela está
pousada, com as asas fechadas, mostra o lado ventral da asa, muito parecida
com uma folha seca. Uma defesa conhecida com camuflagem ou coloração
críptica. Os machos e fêmeas desta espécie utilizam os topos de morros
como locais de encontro, onde realizam os rituais de acasalamento.
 
ANARTIA	 	Anartia	amathea.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Anartia amathea (Linnaes, 1758).
 
Esta borboleta chama a atenção pelo intenso vermelho de suas asas. Está
presente nos cerrados próximos a corpos de água, mas pode ocorrer em
jardins e em plantações. Os adultos se alimentam de néctar de diversas
plantas e suas larvas comem plantas como a hortelã, a melissa e a erva-
cidreira. Voam baixo entre a vegetação. São mais ativas durante o dia e não
gostam de ambientes sombreados.
 
HELICONIUS	 	Heliconius	sara.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Heliconius sara (Fabricius, 1793)
 
Esta é uma borboleta bastante comum no Brasil, encontrada em diversos
tipos de habitat. Possui as asas azuis na face dorsal (vista quando as asas se
encontram abertas) e negras commanchas brancas e vermelhas na face
ventral (asas fechadas). Voa durante todo o dia nos locais sombrios e
ensolarados à procura de néctar de diversas flores. Seu voo é lento e baixo,
mas quando perseguida, torna-se rápido e irregular. Os machos desta
borboleta são conhecidos por defenderem seus territórios em margens de
floresta expulsando machos intrusos. Suas lagartas são consideradas pragas
de diversas espécies de maracujá. Alguns de seus predadores naturais são
pássaros, anfíbios e formigas.
BORBOLETA	80	 	Callicore	sorana.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Callicore sorana (Godart, 1824).
 
Uma das borboletas mais típicas do bioma cerrado, conhecida como
borboleta “80” devido à semelhança com o número, na face ventral das asas.
Podem ser encontradas em áreas de cerrado, matas secas e matas ciliares. Os
adultos se alimentam de frutas fermentadas, excrementos, exsudados de
plantas e animais em decomposição.
RIODINIDAE
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Riodinidae (Grote, 1895).
 
A família Riodinidae compreende borboletas de pequeno a médio porte.
Todas possuem cores brilhantes e suas lagartas podem ser encontradas em
folhas, flores e botões de plantas do cerrado como o pequizeiro (Caryocar
brasiliensis) e bate-caixa (Palicourea sp.).
PINGOS-DE-PRATA	 	Agraulis	vanillae.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Heliconidae
Espécie: Agraulis vanillae (Linnaeus, 1758).
 
A borboleta Agraulis vanillae apresenta na face dorsal das asas, cor laranja
com manchas pretas e na face ventral, laranja, marrom com manchas pretas e
prateadas. Ela alcança até 7,5 cm. de envergadura. Trata-se de espécie
comum, que visita plantas cultivadas em jardins. Voa rápido e baixo, rente à
vegetação e próximo do solo. Põe os ovos em folhas ou ramos jovens, que
servirão de alimento para suas lagartas, as quais são consideradas pragas de
folhas de maracujá.
VANESSA	 	Vanessa	braziliensis.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nimphalidae
Espécie: Vanessa braziliensis (Moore 1883).
 
Esta espécie de borboleta tem uma ampla distribuição na América do Sul.
Habita áreas de vegetação arbustiva aberta, como pastos e jardins. É ágil,
com voos curtos e se comporta como migratória ou residente.
Etimologia: Lepidoptera "lepdos" escamas "pteron" asas (asas
com escamas).
O VOO DAS BORBOLETAS
 
O voo das borboletas é um comportamento intimamente relacionado à sua
sobrevivência e se distinguem em dois tipos:
1- O voo migratório, que é rápido, em linha reta, e se caracteriza por ser
relativamente contínuo, numa mesma direção e geralmente cobre grandes
distâncias, quando algumas espécies se deslocam em suas rotas migratórias.
2- O voo lento, em voltas e círculos, com o propósito de encontrar alimentos,
para a reprodução e para encontrarem local para depósito dos ovos e futura
hibernação das pupas.
LAGARTO-ARBORÍCOLA	 	Polychrus	acutirostris.
 
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Polychrotidae
Espécie: Polychrus acutirostris (Spix, 1825).
Outros nomes: Papa-vento, Bicho-preguiça, Camaleão.
Esta é uma espécie de lagarto de hábitos diurnos e que fica a maior parte do
tempo parado. Como fica muito bem camuflando no meio das folhagens é
até difícil de encontrá-lo. Não é muito grande e sua cauda geralmente é
maior que seu corpo. Vai também até o chão para procurar alimento, que
consiste de pequenos insetos, vespas, larvas, gafanhotos, grilos e das
próprias plantas. Usa a cauda para se segurar nos galhos.
Quando se sente ameaçado, fica totalmente parado e a cor da pele pode
mudar muito rapidamente para se confundir com o meio onde se encontra. O
mais difícil é encontrar esse pequeno lagarto, mas fotografá-lo é muito fácil.
Quase não se move e quando o faz e muito lentamente. Encontramos esse
nas proximidades da Cachoeira de Indaiá, perto de Brasília.
Agradecimentos especiais.
 
Eu gostaria de agradecer à algumas pessoas. Todas participaram de alguma
forma e foram muito importantes para a realização deste projeto.
 
Danielli Kutschenko (bióloga) que me ajudou na classificação científica dos
animais.
 
Minha mãe Aurea de Toledo Piza, Vera Lúcia Terrana, Alfredo Kalili,
Richard Hugh Fisk, Adonai Rocha, Fernando Oliveira Fonseca, Paulo Cesar
Magalhães, Judith Cortesão, o guarda-parque Miguel, Felipe Carvalho
Terrana, Gilvan (brigada de incêndios florestais), Jeanito Gentilini, Marcos
Piza Pimentel, Alex Amorim, André Alves, Fernando Noli, Fernando
Quadrado Leite, Raquel Milano, Leila Quinhões, Marilia, Anselmo Ferreira
Junior, Bárbara de Souza, Nazaré Avelar, Josimar de Barros ( Contra-
Mestre Baiano-Caxixi), Ícaro Avelar, Gerson Procópio dos Santos e família,
Marlene Maluf e família, Valéria Quinhões de Carvalho, Bruno Melo,
Lorena Moraes, Andréa Aiko, David Pennington, Celso de Toledo Piza,
Darlan Rosa e família, Ludmila Carvalho, Chico Lada (mecânico), Rubens
Matsushita, Márcio M. Batista, Epaminondas Toledo Piza, Weverson
Paulino, Liliane Guterrez Lima, Leiza Oliveira Santos, David Ayron, Victor
Anibal, Maria Cristina F. Mota, Dulcenéa Teodoro Rezende, Julie Coimbra,
Sonia Bonzi, Jacek e Ivania(KinoFotoarquivo), Inácio da Gloria, Maria
Conceição Q. de Carvalho, Elvio Gasparotto, José Cavalcante Souza,
Fabíola Assis de Abreu, Vera Sant, Uaira Serena, Melissa Nunes, Barbara
Nunes e família, Natalia Silva Nunes, José Maria Silva Rodrigues, , Juliana
Gonzaga Naíla Contreiras, Fernanda Azevedo, Célia Bernardes, Ingrid
Barth Freitas, Roberto Piza Pimentel, Zélia de Toledo Piza, Cleber
Medeiros, Marcelo Imperial e todos os clientes da Terrana Produções
Visuais que, indiretamente, participaram deste projeto.
Bibliogra�ia-
Pesquisa Danielli Kutschenko.
 
ANFÍBIOS E RÉPTEIS
O cerrado apresenta uma fauna de répteis e anfíbios de grande diversidade,
sendo que muitas espécies novas foram descritas recentemente. Atualmente,
são registradas para o Cerrado 10 espécies de quelônios (cágados, jabutis e
tartarugas), 5 de jacarés, 47 de lagartos, 103 de serpentes e 113 de anfíbios.
Segundo especialistas, um dos fatores determinantes na diversidade da
herpetofauna do Cerrado, é a estratificação horizontal de habitats, ou seja,
existe um mosaico de diferentes tipos de vegetação justapostas, cada uma
contendo uma composição distinta de espécies. Entretanto, essa diversidade
vem sendo ameaçada por impactos causados pela atividade humana, tais
como: desmatamentos, queimadas e urbanização.
Fonte: Colli, G. R. 2007. Herpetofauna do Cerrado e Pantanal -
diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações
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ecologia.org.br/viiceb/resumos/646a.pdf
ARTRÓPODES
A fauna de invertebrados do cerrado é muito rica e inclui animais
pertencentes a aproximadamente 16 filos, no Brasil central. Dentre os
invertebrados existentes cerca de 1,5 milhões de espécies são de artrópodes,
mas acredita-se que esse número traduza somente uma pequena fração do
que deve existir. Os artrópodes desenvolvem grande função ecológica no
ecossistema, pois ocupa uma grande diversidade de micro-habitats e nichos,
desta forma desempenham atividades regulatória do ecossistema. Insetos e
aranhas são provavelmente os maiores reguladores de circulação de energia
e ciclo de nutrientes em ecossistemas tropicais. Artrópodes também são
bons bioindicadores sensíveis da interferência humana na qualidade do
habitat, devido à alta diversidade de espécies e alta ligação física e
biológica com os habitats. Estima-se que exista no Cerrado cerca de 13.000
espécies de lepidópteros (borboletas e mariposas), 820 de abelhas, 139 de
vespas, 350 de formigas, 116 de cupins, 49 de aranhas e 13 de louva-deus.
Apesar disso, a região Centro-Oeste é classificada como a que reúne menor
conhecimento sobre invertebrados terrestres. Isto reflete o principal
problema para a conservação de invertebrados.
Fonte: 1-Glauber O. Rocha, Morel C. B. Netto, Luciano R. P. Lozi.
Diversidade, riqueza e abundância da entomofauna edáfica em área de
cerrado do Brasil Central http://www.seb-
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2-Dias, I & Morais, H. C. de. 2007. Invertebrados do Cerrado e Pantanal –
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Siqueira, E. L.& Vasconcelos, H. L. Ecologia de Camponotus sericeiventris
no Cerrado: hábitos de nidificação e sua interação com formigas-saúvas.
Instituto de Biologia, Universidade de Uberlândia.
Thorne, B. L. & Haverty, Michael I. 2000. Nest Growth and Survivorship in
Three Species of Neotropical Nasutitermes (Isoptera: Termitidae). Environ.
Entomol. 29(2): 256-264.
Uehara-Prado, M.; Freitas, A. V. L.; Francini, R. B. & Brown Jr., K. S.
2004. Guia das borboletas frugívoras da Reserva Estadual do Morro Grande
e região de Caucaia do Alto, Cotia (São Paulo). Biota Neotropica 4 (1): 99-
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Uetz, G. W. & Hieber, C. 1997. Colonial web-building spiders: balancing
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Yamamoto, M. 2004. Ecologia e comportamento da formiga Camponotus
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Universidade Federal de Uberlândia: Dissertação de Mestrado.
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Willemart, R. H. & Pellegatti-Franco, F. 2006 (2007). Short communication
the spider Enoploctenus cyclothorax (Araneae, Ctenidae) avoids preying on
the harvestman Mischonyx cuspidatus (Opiliones, Gonyleptidae). The
Journal of Arachnology 34:649–652.
AVES
Encontram-se registradas para o cerrado 837 espécies de aves distribuídas
em 64 famílias. Destas 759 (90,7%) se reproduzem nesta região, o restante
são espécies migratórias. A composição florística de uma área é um fator
determinante da riqueza e da distribuição das aves, já que diferentes
espécies de aves exibem diferentes formas de utilização do habitat. O
cerrado por possuir uma flora diversificada, distribuída em vários tipos de
formações, apresenta também um mosaico de hábitats bastante distintos
para a avifauna. Entretanto, a fragmentação desta vegetação por atividades
humanas tem transformado e diminuído estes habitats naturais pondo a
maioria das espécies de aves em risco.
Fonte: Silva, J. M. C. 2007. Avifauna do Cerrado e Pantanal – diversidade
e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações prioritárias para
conservação. Ministério do Meio Ambiente – Brasília: MMA. Pp: 279-299.
Antas, P. T. Z. Guia de Aves do Pantanal: Espécies da Reserva Particular do
Patrimônio Natural do SESC. www.avespantanal.com.br, acesso: outubro
de 2009.
Museu Virtual de ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília: Aves da
UnB. www.museuvirtual.unb.br, acesso: outubro de 2009.
Sick, H. Ornitologia Brasileira, uma introdução. Brasília, Editora
Universidade de Brasília, 1986. Vols. I e II.
MAMÍFEROS
No Cerrado os mamíferos totalizam em 195 espécies, sendo 18 endêmicas.
Os mamíferos são elementos essenciais para a manutenção do equilíbrio
dinâmico dos ecossistemas, presentes em vários níveis das cadeias tróficas,
além de contribuírem significativamente para a manutenção e reposição de
formações vegetais. A fragmentação de habitats é uma das principais
consequências da interferência de populações humanas sobre as espécies
nativas do Cerrado. As espécies mais vulneráveis aos processos de
degradação são as de topo de cadeias tróficas, como os carnívoros (onça-
pintada, por exemplo). Espécies como os veados e antas, tem sido alvo de
intensa caça, provocando assim, efeitos negativos sobre as densidades
populacionais destas espécies. Outros fatores são a conversão de áreas de
vegetação natural em lavouras e pastagens, urbanização, construção de
usinas hidrelétricas, garimpo e mineração.
Fonte: Marinho-Filho, J. 2007. Mastofauna do Cerrado e Pantanal –
diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações
prioritárias para conservação. Ministério do Meio Ambiente – Brasília:
MMA. Pp: 303-320.
Cimardi, A. V. Mamíferos de Santa Catarina. Florianópolis: FATMA, 1996.
Reis, N. R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I. P. Mamíferos do
Brasil. Londrina, 2006.
Silva, F. Mamíferos silvestres do Rio Grande do Sul. Porto alegre,
Fundação Zoobotânica do Rio Grande Do Sul, 1984. 246p.
 
Colaboraram na classificação desses animais:
 
BORBOLETAS: José Augusto Teston. Prof. e Doutor em Entomologia com
estudos sobre Lepidópteros Neotropicais. Universidade Federal do Pará,
Campus Universitário de Altamira, Faculdade de Ciências Biológicas.
 
GAFANHOTOS: Maria Kátia Matiotti da Costa. Doutora pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade de Biociências -
Departamento de Biodiversidade e Ecologia. Especialista em Orthoptera -
Acridoidea.
 
 
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Fim do Volume 3 de 5.
	Prefácio. 4
	Introdução. 5
	GAFANHOTO  Xyleus discoideus discoideus. 8
	GAFANHOTO  Chromacris speciosa. 9
	GAFANHOTO  Tropidacris collaris. 12
	GAMBÁ  Didelphis albiventris. 12
	GARÇA-GRANDE-BRANCA  Ardea alba. 20
	GATURAMO-VERDADEIRO  Euphonia violace. 23
	GAVIÃO-CARCARÁ  Caracara plancus. 25
	GAVIÃO-CARIJÓ  Rupornis magnirostris. 29
	GAVIÃO-CASACA-DE-COURO  Heterospizias meridionalis. 33
	GRALHA-DO-CERRADO  Cyanocorax cristatellus. 37
	HARPIA  Harpia harpyja. 39
	IGUANA  Iguana iguana. 46
	IRERÊ  Dendrocygna viduata. 48
	JAÇANÃ  Jacana jacana. 55
	JACARETINGA  Caiman crocodilus. 57
	JARARACA  Rhinocerophis itapetiningae. 61
	JIBOIA-ARCO-ÍRIS  Epicrates cenchria. 65
	JIBOIA-CONSTRICTOR  Boa constrictor. 74
	JOÃO-DE-BARRO  Furnarius rufus. 80
	JURITI-GEMEDEIRA  Leptotila rufaxilla. 88
	LAGARTAS E BORBOLETAS. 92
	BORBOLETA-DA-COUVE  Ascia monuste. 99
	BORBOLETA PHOEBIS  Phoebis sennae. 100
	ESTALADEIRA  Hamadris februa. 101
	OLHO-DE-CORUJA  Caligo teucer. 102
	BORBOLETA-FOLHA  Siderone marthesia nemesia. 105
	ANARTIA  Anartia amathea. 106
	HELICONIUS  Heliconius sara. 107
	BORBOLETA 80  Callicore sorana. 108
	RIODINIDAE.. 109
	PINGOS-DE-PRATA  Agraulis vanillae. 110
	VANESSA  Vanessa braziliensis. 111
	O VOO DAS BORBOLETAS. 112
	LAGARTO-ARBORÍCOLA  Polychrus acutirostris. 113
	Agradecimentos especiais. 119
	Bibliografia- 120

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