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ANIMAIS SELVAGENS NO BRASIL Uma coleção de fotografias com informações sobre a vida e costumes dos animais do Brasil. Volume 3 de 5 CARLOS TERRANA fotógrafo de natureza Copyright ©2013 Carlos Terrana Terrana Produções Visuais ltda ME Editora e Estúdio de fotografia Todos os direitos reservados Sumário Prefácio Introdução GAFANHOTO Xyleus discoideus discoideus. GAFANHOTO Chromacris speciosa. GAFANHOTO Tropidacris collaris. GAMBÁ Didelphis albiventris. GARÇA-GRANDE-BRANCA Ardea alba. GATURAMO-VERDADEIRO Euphonia violace. GAVIÃO-CARCARÁ Caracara plancus. GAVIÃO-CARIJÓ Rupornis magnirostris. GAVIÃO-CASACA-DE-COURO Heterospizias meridionalis. GRALHA-DO-CERRADO Cyanocorax cristatellus. HARPIA Harpia harpyja. IGUANA Iguana iguana. IRERÊ Dendrocygna viduata. JAÇANÃ Jacana jacana. JACARETINGA Caiman crocodilus. JARARACA Rhinocerophis itapetiningae. JIBOIA-ARCO-ÍRIS Epicrates cenchria. JIBOIA-CONSTRICTOR Boa constrictor. JOÃO-DE-BARRO Furnarius rufus. JURITI-GEMEDEIRA Leptotila rufaxilla. LAGARTAS E BORBOLETAS BORBOLETA-DA-COUVE Ascia monuste. BORBOLETA PHOEBIS Phoebis sennae. ESTALADEIRA Hamadris februa. OLHO-DE-CORUJA Caligo teucer. BORBOLETA-FOLHA Siderone marthesia nemesia. ANARTIA Anartia amathea. HELICONIUS Heliconius sara. BORBOLETA 80 Callicore sorana. RIODINIDAE PINGOS-DE-PRATA Agraulis vanillae. VANESSA Vanessa braziliensis. O VOO DAS BORBOLETAS LAGARTO-ARBORÍCOLA Polychrus acutirostris. Agradecimentos especiais. Bibliografia- Prefácio Quando resolvi publicar esta coleção de fotografias sobre animais fotografados no centro-oeste do Brasil, eu tinha alguns objetivos em mente: 1. Ajudar a reconstruir uma concepção positiva sobre os animais brasileiros, principalmente no centro-oeste, local que se encontra em franco processo de transformação, principalmente devido às enormes monoculturas de soja. 2. Servir como fonte de pesquisa visual, podendo ser utilizado por estudantes, professores, adultos e crianças. 3. Utilizar a linguagem artística da fotografia como ferramenta de conscientização ambiental. O centro-oeste do Brasil é predominantemente uma vegetação de Cerrado e é a caixa d'água do Brasil. Esquecido pelas autoridades governamentais no que diz respeito à preservação. De lá tudo se tira: minério, madeira para carvão vegetal e desmata-se para o desenvolvimento do agronegócio. Esse material fotográfico foi desenvolvido durante mais de 10 anos percorrendo estradas e trilhas, na maioria das vezes, beirando rios, córregos e cachoeiras. Foi um trabalho realizado por amor à natureza e sem patrocinadores. Felizmente tive o apoio moral de vários amigos e contei também com a ajuda de alguns profissionais para poder juntar algumas informações científicas sobre esses animais, aos quais agradeço e relaciono no final desta publicação. Introdução O bioma cerrado é uma vegetação pouco densa e de uma forma geral, muito fácil de se deslocar por entre as árvores e arbustos. Por ser uma vegetação muito antiga, podemos muitas vezes, imaginar como seria por aqui na época dos dinossauros. As próprias plantas nos remetem à uma época muito distante, fazendo a nossa imaginação viajar no tempo. Não fosse a constante destruição desse bioma, principalmente depois de 1980, muitas espécies de animais ainda poderiam estar povoando essas paisagens. Enquanto outro dia amanhece por entre as silhuetas dos buritis, vamos conhecer mais alguns animais, que ainda habitam essa região, bem no coração do Brasil. Carlos Terrana GAFANHOTO Xyleus discoideus discoideus. Classe: Insecta Ordem: Orthoptera Família: Romaleidae Espécie: Xyleus discoideus discoideus (Serville, 1831). Acho que todos nós já ouvimos falar de gafanhotos, como insetos que causam danos nas lavouras como verdadeiras pragas. Até na Bíblia temos várias passagens onde eles aparecem como enviados dos deuses para causarem destruição devorando plantações inteiras. Realmente isso pode acontecer, mas ainda não se sabe ao certo o que os levam a tal fato. Esta ninfa, (indivíduo jovem) da espécie Xyleus discoideus discoideus, têm a coloração marrom-amarelado e geralmente não são encontrados em abundância, ocorrendo mais em forma dispersa. Mesmo assim podem atacar algodoeiros, feijoeiros e espécies cítricas. As fêmeas sempre são bem maiores do que os machos, podendo atingir 5 cm de comprimento, enquanto os machos chegam a 3 cm. Eles preferem os lugares mais úmidos e são difíceis de se distinguir entre a vegetação, devido à sua cor. São gafanhotos com movimentos lentos, o que facilita na hora de fotografar. GAFANHOTO Chromacris speciosa. Classe: Insecta Ordem: Orthoptera Família: Romaleidae Espécie: Chromacris speciosa (Thunberg, 1824). Outros nomes: Brasileirinho, Gafanhoto-soldado, Soldadinho, Gafanhoto- bandeira. É considerada uma espécie devastadora ocasional endêmica da América do Sul, tendo como hábito alimentar-se das solanáceas, como nessa foto em cima de uma Lobeira (Solanum lycocarpum). Mas também ataca outras plantas como a batata inglesa, arroz, cana-de-açúcar, girassol, fumo e tomateiro. Ele é mais conhecido como "gafanhoto-soldado" por causa da cor verde brilhante com manchas amarelas, lembra um uniforme de soldado. Possui asas vermelhas alaranjadas, e um tamanho corporal médio de 2 a 3 cm para o macho e 3,5 a 5 cm. para a fêmea. Suas ninfas são negras com vermelho. O adulto, fotografei no Jardim Botânico de Brasília e os jovens (ninfas), perto do Lago Paranoá. GAFANHOTO Tropidacris collaris. Classe: Insecta Ordem: Orthoptera Família: Romaleidae Espécie: Tropidacris collaris (Stoll, 1813). Outros nomes: Tucurão, Tucura, Ticura. Esta espécie chama atenção pelo seu tamanho, com comprimento variando de 5.0 a 7.0 cm para o macho e 8.5 a 10.5 cm para a fêmea. É mais comum nas zonas florestais, da floresta seca à úmida, e no cerrado também. Trata-se de espécie de importância econômica, principalmente porque causa danos à mangueira, coqueiro, abacateiro, bananeira, mandioca, algodoeiro, limoeiro, videira, seringueira e, às vezes, à cana-de-açúcar e ao arroz. Fiz esta foto às margens do Rio dos Couros, na Chapada dos Veadeiros, e haviam muitos. Num primeiro momento pensei que fossem pássaros voando, mas depois constatei serem gafanhotos. Etimologia: Orthoptera "Ortho" reto "ptera" asas (possuem as asas superiores retas e coriáceas, as quais servem de proteção, recobrindo as asas inferiores mais largas e membranáceas, adaptadas para voar). GAMBÁ Didelphis albiventris. Classe: Mammalia Ordem: Didelphimorphia Família: Didelphidae Espécie: Didelphis albiventris (Lund, 1840). Outros nomes: Gambá-de-orelha-branca, Cassaco, Sarigüê, Saruê, Mucura, Micurê, Raposa, Taibu, Tacaca, Ticaca, Timbu. Espécie de porte médio, com variações na coloração, com alguns indivíduos mais escuros do que outros. Ainda assim predomina a coloração grisalha, conferida por pelos negros misturados a pelos esbranquiçados. Possui uma cauda preênsil, que usam para se segurar nos galhos. A fêmea cria cerca de 8 filhotes e possui uma bolsa anterior (marsúpio) formada pela pele do abdômen dos marsupiais, dentro da qual se acham as tetas. É lá que ficam os filhotes recém-nascidos, com pouco mais de 1 cm de comprimento. Eles vão sair dessa bolsa só no momento de abandonarem a mãe e seguirem cada um no seu caminho. Gostam de comer frutas, roedores, aves de pequeno porte, rãs, lagartos e insetos também. Apresentam hábitos crepusculares e noturnos, buscando abrigo em ocos de árvores, entre raízes, ou debaixo de troncos caídos, mas apesar disso consegui flagrar esse aqui durante o dia. Depois, num outro dia, durante uma ronda noturna junto com um guarda florestal, o "Seu Miguel", na Reserva Biológica de Águas Emendadas, GO, vimos esse outro gambá. Enquanto Seu Miguel iluminava o bichinho com a lanterna, eu pude subir na árvore onde ele se abrigou e chegar bem perto para fotografar. Com ajuda do flash consegui fazer boas fotos. Foi bem emocionante efiquei feliz com o resultado. GARÇA-GRANDE-BRANCA Ardea alba. Classe: Aves Ordem: Ciconiiformes Família: Ardeidae Espécie: Ardea alba (Linnaeus, 1758). Outros nomes: Guira-tinga, Acará, Acaratinga, Guiratinga. As garças são muito comuns em quase todo o Brasil. É uma ave aquática, de pernas longas e plumagem toda branca. Alimenta-se principalmente de peixes, mas também pode consumir insetos aquáticos, caranguejos, moluscos, anfíbios e répteis. Vivem em colônias, muitas vezes mistas, compostas por várias espécies de garças, colhereiros, cabeças-secas e biguás. É uma ave migratória, podendo formar bandos de centenas de indivíduos para realizar viagens periódicas. Fazem seus ninhos sobre árvores ou arbustos, nos brejos, em ilhas de mata, nos campos inundáveis e manguezais. GATURAMO-VERDADEIRO Euphonia violace. Classe: Aves Ordem: Passeriformes Família: Fringillidae Espécie: Euphonia violace (Linnaeus, 1758). Outros nomes: Guiratã, Guipara, Tem-tem-de-estrela, Guturamo, Guatinhuma, Tem-tem, Teitei, Tieteí, Vim-vim, Bonito-do-campo. Etimologia: Euphonia do grego "euphonia" voz de excelente qualidade, refinada, agradável; violace do latim "violaceus" cor de violeta, violáceo. Esta espécie é mestre em imitar o canto de outras aves e foi justamente essa característica que chamou minha atenção em direção à esse pássaro. Por isso é bem interessante, pois você escuta vários cantos diferentes, mas quando olha, todos vêem de um só passarinho. Este eu encontrei na Cachoeira de Itiquira, em Formosa, GO. Com 12 cm de comprimento esta ave possui o lado superior negro com forte brilho azulado e o lado inferior amarelo. A fêmea apresenta as partes superiores verde-oliva. É comum em bordas de florestas, florestas de galeria, clareiras, jardins e plantações de fruteiras. Gosta de comer pequenos frutos e insetos, chegando a pairar no ar para apanhá-los. Põem de 2 a 5 ovos, em ninhos construídos em cavidades de troncos. Às vezes, podem ocupar os ninhos feitos por outras aves. Curioso também é o formato do seu bico. GAVIÃO-CARCARÁ Caracara plancus. Classe: Aves Ordem: Falconiformes Família: Falconidae Espécie: Caracara plancus (Miller, 1777). Outros nomes: Caracará, Carancho. Etimologia: "carancho" da língua Tupi arranhar, rasgar com as unhas. Glossário: onívoro que se alimenta de carne e de vegetais. Apesar do gavião carcará ser muito comum, até em alguns centro urbanos como Brasília, ele não permite uma aproximação muito grande do homem. Gosta sempre de ir mantendo distância quando vamos chegando mais perto. Para fazer essas fotos tive a sorte de pegá-lo desprevenido. Mede cerca de 56 cm de comprimento e chaga a 123 cm de envergadura. Tem a cabeça aparentemente achatada devido ao penacho negro. Os filhotes são pardos, de peito estriado, cara violácea ou amarelo-claro e pernas esbranquiçadas. Possui alimentação variada (onívoro), podendo comer animais mortos e vivos, insetos, frutos etc. Anda no chão e acompanha queimadas e tratores para apanhar animais mortos ou em fuga. GAVIÃO-CARIJÓ Rupornis magnirostris. Classe: Aves Ordem: Falconiformes Família: Accipitridae Espécie: Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) - Sinonímia = Buteo magnirostris Outros nomes: Anajé, Gavião-indaié, Gavião-pega-pinto, Inajé, Indaié, Pega-pinto. Talvez esse seja o gavião mais abundante do Brasil habitando diferentes fisionomias de vegetação. Também chega até os grandes centros urbanos, desde que haja arborização suficiente. Inconfundível pelo barrado do peito, da barriga e da cauda com várias faixas claras, em contraste com as faixas cinza escuro ou negras. Esse barrado do peito é que dá origem ao nome popular "gavião-carijó". Caça grandes insetos, lagartixas, pequenas cobras e pássaros como rolinhas e pardais. Pode até surpreender morcegos em seus voos diurnos. Voa no aberto, em casais, batendo rapidamente as asas e descrevendo círculos, chamando a atenção pela característica gritaria que produz. GAVIÃO-CASACA-DE-COURO Heterospizias meridionalis. Classe: Aves Ordem: Falconiformes Família: Accipitridae Espécie: Heterospizias meridionalis (Latham, 1790). Outros nomes: Gavião-caboclo, Gavião-fumaça, Gavião-puva, Gavião-tinga. Esse gavião é muito arisco e não gosta de ficar perto da gente. Eu tive muita sorte de pegá-lo desprevenido numa curva da estrada, dentro da reserva do Jardim Botânico de Brasília. Paramos o carro e fiz 3 fotos de dentro.do carro mesmo. Foi o tempo de fazer o foco e clicar. Na quarta foto ele já saiu voando. Espreita anfíbios, grandes insetos, caranguejos, lagartos e cobras. Procura queimadas, caçando à poucos metros das chamas, andando vagarosamente pelo solo. Pousa sobre cercas ou montes de terra. Habita áreas abertas, campos e cerrado, como também beira de brejos e manguezais. O casal se comunica através de um assobio fino, longo e choroso, repetido e continuamente. Voa bem alto, aproveitando as correntes de ar quente para planar, ou através de voo ativo, com batimento ritmado das asas. GRALHA-DO-CERRADO Cyanocorax cristatellus. Classe: Aves Ordem: Passeriformes Família: Corvidae Espécie: Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823). Outros nomes: Gralha-do-campo, Gralha-de-topete, Gralha-de-crista- eriçada. Etimologia: Cyanocorax do grego "kuanos" azul-escuro "korax" corvo; cristatelus do latim, diminutivo de "cristatus" provido de crista, penacho, cristado. Glossário: Onívoro que come carne e vegetais. É uma espécie campestre típica do Brasil central. Habita os cerrados abertos e regiões em transição com áreas mais densamente arborizadas. Faz ninho sobre as árvores do cerrado. Os ovos são azul-claros com várias manchinhas pardas. É onívoro, comendo insetos, aranhas, larvas, pequenos lagartos, sementes e frutos. Ocasionalmente, ataca ninhos de outros pássaros e fura os ovos para chupá-los. HARPIA Harpia harpyja. Classe: Aves Ordem: Falconiformes Família: Accipitridae Espécie: Harpia harpyja (Linnaeus, 1758). Outros nomes: Gavião-real, Uiraçu-verdadeiro, Gavião-de-penacho. Etimologia: Harpia do grego "harpe" ave de rapina, que saqueia, que rouba. Glossário: rapineiro aquele que chega e rouba (caça) violentamente. A águia Harpia é muito difícil de se encontrar na natureza. Não se aproxima muito do homem e se mantém em áreas bem isoladas de vegetação nativa, principalmente entre o Cerrado e a Amazônia. Por isso, para fotografar essa espécie, fui a uma área de preservação particular, autorizado pelo IBAMA, aqui no DF., onde havia um casal dessa espécie. Comprei uma lona verde, pintei com tinta branca uma série de manchas e colocamos no fundo do cativeiro. Assim, nas fotos ficou parecendo um pouco mais natural. Passei um dia inteiro fazendo as fotos. Dois dias depois voltei para buscar a lona e o proprietário do cativeiro me disse que o casal de águias a haviam destruído em pedaços. Majestoso, de porte e força inigualáveis, é talvez, o mais possante rapineiro do globo. Mede cerca de 90 cm com até 2 metros de envergadura das asas. A cabeça cinzenta possui um longo e macio topete bipartido, o que lhe dá um ar de majestade. Espreita na alta mata primária, na beira de rios e nas proximidades de barreiros. Dentre suas presas estão a preguiça-real, mutuns, macacos-prego, filhotes de veados, araras-azuis, seriemas, tatus e cachorros- do-mato. É rápido e possante nas suas investidas, sendo capaz de carregar uma cotia ou um jovem caititu. Voa com rápidas batidas de asa, planando em seguida. Nas horas mais quentes do dia, circula sobre a floresta e campos vizinhos. IGUANA Iguana iguana. Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Iguanidae Espécie: Iguana iguana (Linnaeus, 1758). Outros nomes: Iguana-verde, Sinimbu, Camaleão Tem hábitos diurnos e sua alimentação consiste basicamente em vegetais, mas eventualmente, pode se alimentar de insetos. É visto por muitos como um animal de estimação, sendo comum às pessoas adquiri-lo. Infelizmente, muitos acabam sendo abandonados, porque a maioria das pessoasnão fazem ideia de que pode alcançar cerca de 1,75m, e pesar entre 4 e 7 quilos. Apesar da sua aparência lembrar um dinossauro e ser para alguns assustador, é um animal manso e não causa dano ao homem. É um animal arborícola, passando a maior parte do tempo em cima de árvores próximas de rios. Dependendo do clima ou da época do ano, ele pode mudar de cor, justificando o nome popular, camaleão, sendo que, na época da reprodução os machos ficam com cores bem vivas para atrair as fêmeas. IRERÊ Dendrocygna viduata. Classe: Aves Ordem: Anseriformes Família: Anatidae Espécie: Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766). Outros nomes: Marreca-piadeira, Assobiadeira, Chega-e-vira, Marreca-apaí, Apaí, Marreca-do-pará, Piadeira, Marreca-viúva. Etimologia: Dendrocygna do grego "dedron" árvore, gênero "Cygnus" cisne; viduata do latim "viduata" enviuvar, despojar. Glossário: anilhado o anilhamento é uma técnica de marcação de aves com anéis numerados, que permite conhecer quando do encontro dessas aves, o tempo de vida, as rotas migratórias, locais de reprodução, pontos de parada, dentre outras informações fundamentais para conservação das aves e seus ambientes. Vive nadando nas águas de lagos, brejos, várzeas e banhados. Alimenta-se de pequenas sementes e folhas e também apanha vermes, larvas de insetos e pequenos crustáceos. Mergulha somente algumas vezes para alcançar o alimento. Constrói seus ninhos no solo, protegidos por um tronco de árvore ou entre a vegetação herbácea ou arbustiva nas proximidades da água. Os teiús (Tubinambis teguixin) gostam de invadir os ninhos das marrecas para chupar seus ovos. Fotografei este irerê no mesmo cativeiro que fotografei a Harpia, em Brasília. Pode-se notar que esse animal está anilhado. JAÇANÃ Jacana jacana. Classe: aves Ordem: Charadriiformes Família: Jacanidae Espécie: Jacana jacana (Linnaeus, 1766). Outros nomes: Piaçoca, cafezinho Etimologia: Jacana do nome indígena Tupi "Jasaná" dado a esta ave. Essas fotos foram feitas na Lagoa Bonita, em Formosa, no estado de Goiás, bem ao amanhecer, de dentro de um bote. O efeito circular no brilho da água é uma característica da minha lente 500mm. da Tanrom que, onde há um brilho ou ponto de luz, fica um círculo. As jaçanãs são aves aquáticas que gostam de caminhar a passos largos sobre os aguapés e outras plantas flutuantes à cata de insetos, moluscos, peixinhos e sementes. Vivem em casais ou pequenos grupos. São os machos chocam e cuidam dos filhotes. Eles possuem forte defesa territorial. Há sempre um indivíduo como sentinela, alertando sobre qualquer alteração na área. Elas possuem um modo muito curioso de afastar possíveis inimigos de seus ninhos: fingem estar com a perna quebrada e debatem-se como se não pudessem voar, despistando, desta forma, o invasor. JACARETINGA Caiman crocodilus. Classe: Reptilia Ordem: Crocodylia Família: Alligatoridae Espécie: Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758). Outros nomes: Jacaré comum, Jacaré-de-óculos, Tinga, Baba, Babiche, Cachirré, Jacaré-branco, Jacaré-do-Brasil, Cascarudo. Este é o mais comum de todos os crocodilianos existentes no Brasil, apesar de algumas populações estarem localmente reduzidas. Os machos chegam a medir entre 2 a 2,5metros de comprimento e as fêmeas, no máximo 1,4 metros. Os indivíduos jovens são amarelados com manchas e faixas escuras no corpo e no rabo. Quando crescem, perdem sua coloração amarelada e as marcas ficam menos distintas. Os adultos são verde-oliva. O habitat do jacaretinga está associado às diferentes formações aquáticas, desde grandes rios a tanques de piscicultura próximos a áreas urbanas, tornando-se, muitas vezes, uma espécie problema. Os jovens alimentam-se de uma ampla variedade de invertebrados aquáticos como insetos, crustáceos e moluscos. Quando crescem, vários vertebrados assumem uma grande porcentagem de sua dieta: peixes, anfíbios, répteis, aves aquáticas e pequenos mamíferos. Também é conhecido por ajudar a controlar a população de piranhas nos rios onde elas infestam. Estas fotos são de um filhote que foi solto no Jardim Botânico de Brasília pelo IBAMA. Pude acompanhar a soltura e fazer as fotos bem de perto. JARARACA Rhinocerophis itapetiningae. Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Viperidae Espécie: Rhinocerophis itapetiningae (Boulenger, 1907). Sinonímia: Bothrops itapetiningae Outros nomes: Jararaca-pequena, Jararaquinha-do-cerrado, Cotiarinha. Glossário: sinonímia no caso, significa o antigo nome usado para identificar esse animal; peçonhenta venenosa; terrícola que vive na terra, no chão; anuros sapos, rãs e pererecas. Enquanto eu desenvolvia esse trabalho, nas minhas caminhadas, ficava sempre pensando como e quando seria meu encontro com uma serpente venenosa. Esse encontro aconteceu pela primeira vez com essa jararaca. Ela estava atravessando essa estrada, num horário em que o sol projetava uma sombra, na qual ela ficou quase totalmente invisível. Levei o maior susto, mas depois que a adrenalina diminuiu, consegui me aproximar mais e fazer essas fotos, antes dela entrar no mato e desaparecer. A jararaca é uma serpente peçonhenta de tamanho pequeno e possui hábito terrícola. Pode ser observada em atividade tanto durante a noite como de dia. Sua dieta é generalista, incluindo lacraias, anuros, lagartos, aves e mamíferos. Vive em ambientes abertos como campo sujo e campo cerrado. É uma espécie especialista em relação ao uso do ambiente, não vivendo em áreas alteradas pelo homem. Atualmente, pode ser considerada ameaçada nos estados de São Paulo, Minas Gerais (sudeste do Brasil) e região de Brasília (Brasil central), onde está restrita em pequenos fragmentos de vegetação. JIBOIA-ARCO-ÍRIS Epicrates cenchria. Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Boidea Espécie: Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758). Outros nomes: Jiboia arco-íris, Salamanta. Glossário: constrição se enrola e aperta até sufocar; refração efeito luminoso quando a luz bate nas escamas e se decompõe em várias cores diferentes. O mesmo efeito de quando vemos um arco-iris. Essa espécie pode atingir 1,80 metros de comprimento. Ocorre em ambientes abertos de cerrado e é principalmente uma espécie terrícola. Parece apresentar atividade diurna e noturna. Gostam de se alimentar comendo aves e mamíferos. Elas matam a sua presa por constrição. Seu nome popular é por apresentarem a pele com um brilho colorido, conforme a incidência da luz, que não é pigmentação e sim causado pela refração da luz. Esta jiboia, eu fotografei num pequeno córrego, perto do Lago Paranoá, em Brasília, numa operação de soltura e reintrodução do animal no ambiente natural, realizado pelo IBAMA. Às vezes, é bem melhor estar em mais de uma pessoa. Nesse caso estávamos em 5 e pudemos cercá-la por alguns minutos antes que ela se fosse. Tempo suficiente para eu poder me aproximar e pegar uns ângulos diferentes. As rodovias atraem alguns animais, em especial as serpentes, que procuram o calor emitido pelo asfalto, para regular a temperatura corporal. Mas o atropelamento de serpentes é um fator que pode ameaçar algumas espécies brasileiras. Aqui a gente pode reparar que ainda existe uma cultura popular no Brasil de matar as cobras. Repare que o motorista saiu para o acostamento da estrada para atropelar e matar essa jiboia. JIBOIA-CONSTRICTOR Boa constrictor. Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Boidae Espécie: Boa constrictor (Linnaeus, 1958). A jiboia-constrictor é a mais conhecida das serpentes da família Boidae, que inclui as maiores cobras do mundo. São excelentes nadadoras e muitas vezes capturam suas presas na água ou na beira dos córregos ou lagoas. Esta espécie pode atingir até 5 metros de comprimento. As cobras desta família usam seu grande corpo e enorme força para matar suas presas, que em geral são aves, mamíferos de médio e pequeno porte, além de outros répteis. Quando pegam uma presa, se enrolam nela e apertam firmemente, até que sentem, com o própriocorpo, que a respiração e os batimentos cardíacos da presa cessaram, para então a engolirem inteira. Vivem em várias fisionomias do cerrado como campo sujo, campo cerrado, borda de mata de galeria e áreas alteradas. De hábito semi-arborícola, pode ser encontrada no chão e em árvores. JOÃO-DE-BARRO Furnarius rufus. Classe: Aves Ordem: Passeriformes Família: Furnariidae Espécie: Furnarius rufus (Gmelin, 1788). Etimologia: Furnarius do latim "furnaria" forneiro; rufus do latim "rufus" vermelho, avermelhado. Glossário: opiliões um tipo de invertebrado que vive em baixo de troncos e pedras; artrópodes invertebrados. O João-de-barro é um pássaro muito comum no Brasil, mas até o dia dessas fotos, eu nunca havia visto ele trabalhando na construção da sua casinha. Posso estar enganado, mas acho que é o único pássaro que constrói seu ninho dessa maneira, usando o barro como material, que acaba sendo resistente e térmico, protegendo-o do frio e da chuva. Constrói seu ninho no formato de um forno (daí Furnarius que deu nome à família, Furnariidae). O casal constrói um ninho a cada ano, embora, às vezes, reformem o velho. Usam barro úmido e um pouco de esterco misturado à palha como material. Vivem nas campinas ralas, áreas com gramíneas esparsas entre arbustos e árvores. Comem moluscos, insetos e suas larvas, opiliões e outros artrópodes. JURITI-GEMEDEIRA Leptotila rufaxilla. Classe: Aves Ordem: Columbiformes Família: Columbidae Espécie: Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792). Outros nomes: Juriti-verdadeira, Jeruti. Etimologia: Leptotila do grego "leptos" delgado, fino, magro "ptilon" plumagem; rufaxilla do latim "rufus" vermelho "axilla" axila, sovaco. Esta pomba é também muito comum. Possuem um canto parecido com um gemido “u-u” descendente, principalmente ao entardecer, característico delas. Adoram comer sementes, frutinhos no solo e invertebrados. Os casais são inseparáveis e põem geralmente dois ovos. Fazem ninhos tão ralos, que olhando por debaixo, vêem-se os ovos através do fundo. Esse filhote nós encontramos numa trilha no "Morro da Baleia", na Chapada dos Veadeiros. Durante o cortejo o macho faz reverências diante da fêmea, os parceiros se acariciam na cabeça, alimentando-se mutuamente com uma massa regurgitada do papo. Eles podem simular estarem feridos, a fim de despistar um predador do ninho. LAGARTAS E BORBOLETAS Lagartas As lagartas possuem cores variadas, com mandíbulas e cabeça geralmente destacadas, três pares de patas verdadeiras na região frontal do corpo e variado número de patas falsas na região terminal. Elas apresentam diversos mecanismos de defesa: Cores apocemáticas, que são chamativas, como aviso de perigo; Cores miméticas, para confundirem- se com outras espécies; Cores homocrômicas, quando adquirem a cor do meio em que vivem. Outras espécies; possuem pelos urticantes e um osmatério, que geralmente é formado por um par de processos carnosos e retráteis, localizados na frente do corpo, que eliminam odores tóxicos. A alimentação das lagartas consiste, primeiramente, no cório (a casca do ovo) e depois, de acordo com a necessidade de cada espécie, de diferentes partes dos vegetais como: caules, galhos, folhas, flores, gavinhas (órgão de fixação das plantas trepadeiras, com o qual elas se prendem). Crisálidas As crisálidas também apresentam variação na forma e na cor. Elas são fixadas geralmente em plantas, que podem ser a própria planta-alimento da lagarta. Há também casos de instalação em outros suportes, inclusive no solo, fato este mais comumente observado nas mariposas. Ainda cabe destacar que algumas crisálidas encontram-se envoltas por casulos elaborados pela lagarta, à partir de secreções de seu corpo ou de material encontrado no meio, popularmente chamados de casulos, como os do bicho- da-seda e do bicho-do-cesto. Borboletas e mariposas Lepidopteras (borboletas e mariposas) são insetos com a vida dividida em quatro estágios distintos: ovo, larva, pupa e imago, que é o adulto. Nos estágios de larva e pupa são chamados, respectivamente, de lagarta e crisálida. Os ovos podem ser de diversas formas e cores, sendo postos nas plantas-alimento de modo variado. BORBOLETA-DA-COUVE Ascia monuste. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Pieridae Espécie: Ascia monuste (Godart, 1818). A borboleta da couve é muito comum em todo o Brasil, alcançando até 6 cm. de envergadura. Pode ser observada mesmo nas ruas e jardins das cidades grandes. Essa espécie é considerada praga em algumas plantas cultivadas, como couve, couve-flor e brócolis, onde as lagartas desfolham a planta. Seus inimigos naturais são pássaros, percevejos predadores e vespas predadoras. Na fase adulta alimenta-se principalmente do néctar das flores. BORBOLETA PHOEBIS Phoebis sennae. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Pieridae. Espécie:Phoebis sennae (Linnaeus, 1758). Etimologia: Phoebis do grego "phiobos" puro ou radiante "sennae" ao nome de uma das plantas hospedeiras de suas larvas, a Senna sp. Esta espécie é migratória. Os adultos alimentam-se de néctar e são polinizadores de várias espécies de plantas do cerrado como, por exemplo, o pequi (Caryocar brasiliensis). Além do cerrado são encontradas também em locais arbustivos, plantações e jardins. ESTALADEIRA Hamadris februa. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Hamadris februa (Hübner, 1823). Outros nomes: Assenta-pau. As borboletas “assenta-pau” possuem o hábito de pousarem de cabeça para baixo e com as asas abertas. Essa estratégia facilita muito na hora de fugir de um predador. São também chamadas de “estaladeiras”, devido ao ruído que produzem quando voam, igual ao estalar dos dedos. Os adultos se alimentam de frutos e seiva fermentados. Sua coloração críptica, (muito parecida com o tronco onde pousam), também faz com que passem despercebidas. São encontradas em ambientes de cerrados, florestas, fragmentos florestais e até em quintais, indicando que se adaptaram à vários ambientes. OLHO-DE-CORUJA Caligo teucer. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Caligo teucer (Linnaeus, 1758). Seu nome popular é devido ao desenho de suas asas que lembram os olhos de uma coruja. Os adultos se alimentam de frutos em fermentação. Os indivíduos jovens ou imaturos se alimentam de folhas e são considerados pragas de bananeiras. BORBOLETA-FOLHA Siderone marthesia nemesia. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Siderone marthesia nemesia (Illiger, 1802). Essa é uma espécie bem diferente que ocorre no cerrado, nas bordas das matas de galeria e em área de sucessão (processo evolutivo lento, no qual algumas espécies de plantas substituem outras). Os adultos gostam de comer frutas fermentadas, fezes e animais em decomposição. Quando ela está pousada, com as asas fechadas, mostra o lado ventral da asa, muito parecida com uma folha seca. Uma defesa conhecida com camuflagem ou coloração críptica. Os machos e fêmeas desta espécie utilizam os topos de morros como locais de encontro, onde realizam os rituais de acasalamento. ANARTIA Anartia amathea. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Anartia amathea (Linnaes, 1758). Esta borboleta chama a atenção pelo intenso vermelho de suas asas. Está presente nos cerrados próximos a corpos de água, mas pode ocorrer em jardins e em plantações. Os adultos se alimentam de néctar de diversas plantas e suas larvas comem plantas como a hortelã, a melissa e a erva- cidreira. Voam baixo entre a vegetação. São mais ativas durante o dia e não gostam de ambientes sombreados. HELICONIUS Heliconius sara. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Heliconius sara (Fabricius, 1793) Esta é uma borboleta bastante comum no Brasil, encontrada em diversos tipos de habitat. Possui as asas azuis na face dorsal (vista quando as asas se encontram abertas) e negras commanchas brancas e vermelhas na face ventral (asas fechadas). Voa durante todo o dia nos locais sombrios e ensolarados à procura de néctar de diversas flores. Seu voo é lento e baixo, mas quando perseguida, torna-se rápido e irregular. Os machos desta borboleta são conhecidos por defenderem seus territórios em margens de floresta expulsando machos intrusos. Suas lagartas são consideradas pragas de diversas espécies de maracujá. Alguns de seus predadores naturais são pássaros, anfíbios e formigas. BORBOLETA 80 Callicore sorana. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Callicore sorana (Godart, 1824). Uma das borboletas mais típicas do bioma cerrado, conhecida como borboleta “80” devido à semelhança com o número, na face ventral das asas. Podem ser encontradas em áreas de cerrado, matas secas e matas ciliares. Os adultos se alimentam de frutas fermentadas, excrementos, exsudados de plantas e animais em decomposição. RIODINIDAE Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Riodinidae (Grote, 1895). A família Riodinidae compreende borboletas de pequeno a médio porte. Todas possuem cores brilhantes e suas lagartas podem ser encontradas em folhas, flores e botões de plantas do cerrado como o pequizeiro (Caryocar brasiliensis) e bate-caixa (Palicourea sp.). PINGOS-DE-PRATA Agraulis vanillae. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Heliconidae Espécie: Agraulis vanillae (Linnaeus, 1758). A borboleta Agraulis vanillae apresenta na face dorsal das asas, cor laranja com manchas pretas e na face ventral, laranja, marrom com manchas pretas e prateadas. Ela alcança até 7,5 cm. de envergadura. Trata-se de espécie comum, que visita plantas cultivadas em jardins. Voa rápido e baixo, rente à vegetação e próximo do solo. Põe os ovos em folhas ou ramos jovens, que servirão de alimento para suas lagartas, as quais são consideradas pragas de folhas de maracujá. VANESSA Vanessa braziliensis. Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Vanessa braziliensis (Moore 1883). Esta espécie de borboleta tem uma ampla distribuição na América do Sul. Habita áreas de vegetação arbustiva aberta, como pastos e jardins. É ágil, com voos curtos e se comporta como migratória ou residente. Etimologia: Lepidoptera "lepdos" escamas "pteron" asas (asas com escamas). O VOO DAS BORBOLETAS O voo das borboletas é um comportamento intimamente relacionado à sua sobrevivência e se distinguem em dois tipos: 1- O voo migratório, que é rápido, em linha reta, e se caracteriza por ser relativamente contínuo, numa mesma direção e geralmente cobre grandes distâncias, quando algumas espécies se deslocam em suas rotas migratórias. 2- O voo lento, em voltas e círculos, com o propósito de encontrar alimentos, para a reprodução e para encontrarem local para depósito dos ovos e futura hibernação das pupas. LAGARTO-ARBORÍCOLA Polychrus acutirostris. Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Polychrotidae Espécie: Polychrus acutirostris (Spix, 1825). Outros nomes: Papa-vento, Bicho-preguiça, Camaleão. Esta é uma espécie de lagarto de hábitos diurnos e que fica a maior parte do tempo parado. Como fica muito bem camuflando no meio das folhagens é até difícil de encontrá-lo. Não é muito grande e sua cauda geralmente é maior que seu corpo. Vai também até o chão para procurar alimento, que consiste de pequenos insetos, vespas, larvas, gafanhotos, grilos e das próprias plantas. Usa a cauda para se segurar nos galhos. Quando se sente ameaçado, fica totalmente parado e a cor da pele pode mudar muito rapidamente para se confundir com o meio onde se encontra. O mais difícil é encontrar esse pequeno lagarto, mas fotografá-lo é muito fácil. Quase não se move e quando o faz e muito lentamente. Encontramos esse nas proximidades da Cachoeira de Indaiá, perto de Brasília. Agradecimentos especiais. Eu gostaria de agradecer à algumas pessoas. Todas participaram de alguma forma e foram muito importantes para a realização deste projeto. Danielli Kutschenko (bióloga) que me ajudou na classificação científica dos animais. Minha mãe Aurea de Toledo Piza, Vera Lúcia Terrana, Alfredo Kalili, Richard Hugh Fisk, Adonai Rocha, Fernando Oliveira Fonseca, Paulo Cesar Magalhães, Judith Cortesão, o guarda-parque Miguel, Felipe Carvalho Terrana, Gilvan (brigada de incêndios florestais), Jeanito Gentilini, Marcos Piza Pimentel, Alex Amorim, André Alves, Fernando Noli, Fernando Quadrado Leite, Raquel Milano, Leila Quinhões, Marilia, Anselmo Ferreira Junior, Bárbara de Souza, Nazaré Avelar, Josimar de Barros ( Contra- Mestre Baiano-Caxixi), Ícaro Avelar, Gerson Procópio dos Santos e família, Marlene Maluf e família, Valéria Quinhões de Carvalho, Bruno Melo, Lorena Moraes, Andréa Aiko, David Pennington, Celso de Toledo Piza, Darlan Rosa e família, Ludmila Carvalho, Chico Lada (mecânico), Rubens Matsushita, Márcio M. Batista, Epaminondas Toledo Piza, Weverson Paulino, Liliane Guterrez Lima, Leiza Oliveira Santos, David Ayron, Victor Anibal, Maria Cristina F. Mota, Dulcenéa Teodoro Rezende, Julie Coimbra, Sonia Bonzi, Jacek e Ivania(KinoFotoarquivo), Inácio da Gloria, Maria Conceição Q. de Carvalho, Elvio Gasparotto, José Cavalcante Souza, Fabíola Assis de Abreu, Vera Sant, Uaira Serena, Melissa Nunes, Barbara Nunes e família, Natalia Silva Nunes, José Maria Silva Rodrigues, , Juliana Gonzaga Naíla Contreiras, Fernanda Azevedo, Célia Bernardes, Ingrid Barth Freitas, Roberto Piza Pimentel, Zélia de Toledo Piza, Cleber Medeiros, Marcelo Imperial e todos os clientes da Terrana Produções Visuais que, indiretamente, participaram deste projeto. Bibliogra�ia- Pesquisa Danielli Kutschenko. ANFÍBIOS E RÉPTEIS O cerrado apresenta uma fauna de répteis e anfíbios de grande diversidade, sendo que muitas espécies novas foram descritas recentemente. Atualmente, são registradas para o Cerrado 10 espécies de quelônios (cágados, jabutis e tartarugas), 5 de jacarés, 47 de lagartos, 103 de serpentes e 113 de anfíbios. Segundo especialistas, um dos fatores determinantes na diversidade da herpetofauna do Cerrado, é a estratificação horizontal de habitats, ou seja, existe um mosaico de diferentes tipos de vegetação justapostas, cada uma contendo uma composição distinta de espécies. Entretanto, essa diversidade vem sendo ameaçada por impactos causados pela atividade humana, tais como: desmatamentos, queimadas e urbanização. Fonte: Colli, G. R. 2007. Herpetofauna do Cerrado e Pantanal - diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações prioritárias para conservação. Ministério do Meio Ambiente – Brasília: MMA. Pp: 259-276. Argáez, M. A, H. 2006. Ecologia da cascavel (Viperidae, Crotalus durissus) no Cerrado brasileiro. Programa de pós-graduação em Biologia Animal: Universidade de Brasília. Andrade, R. O. & Silvano, R. A. M. 1996. Comportamento alimentar e dieta da "falsa-coral" Oxyrhopus guisei Hoge & Romano (Serpentes, Colubridae). Revta Bras. Zoo. 13(1): 143 -150. Carvalho, C.M., J.C. Vilar & F.F. Oliveira 2005. Répteis e Anfíbios pp. 39- 61. In: Parque Nacional Serra de Itabaiana - Levantamento da Biota (C.M. Carvalho & J.C. Vilar, Coord.). Aracaju, Ibama, Biologia Geral e Experimental - UFS. Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Répteis e Anfíbios – RAN. ICMBio/MMA. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/ran/index Colli, G. R.; Vitt, L. J.; Caldwell, Garda, A. A.; Mesquita, D. O. França, F. G. & Balbino, S. F. A Região do Jalapão no Cerrado Brasileiro. Disponível em: http://www.unb.br/ib/zoo/grcolli Freitas, E. B.; De-Carvalho, C. B.; Faria, R. G.; Batista, R. C.; Batista, C. C.; Coelho, W. A. & Bocchiglieri, A. 2008. Nicho ecológico e aspectos da história natural de Phyllomedusa azurea (Anura: Hylidae, Phyllomedusinae) no Cerrado do Brasil Central Biota Neotrop. 8(4): 101-110. Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Disponível em: http://www.zoologico.sp.gov.br/repteis Graeff, A.; Pruner, E. N. & Spengler, M. M. 2001. 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Disponível em www.seb- ecologia.org.br/viiceb/resumos/646a.pdf ARTRÓPODES A fauna de invertebrados do cerrado é muito rica e inclui animais pertencentes a aproximadamente 16 filos, no Brasil central. Dentre os invertebrados existentes cerca de 1,5 milhões de espécies são de artrópodes, mas acredita-se que esse número traduza somente uma pequena fração do que deve existir. Os artrópodes desenvolvem grande função ecológica no ecossistema, pois ocupa uma grande diversidade de micro-habitats e nichos, desta forma desempenham atividades regulatória do ecossistema. Insetos e aranhas são provavelmente os maiores reguladores de circulação de energia e ciclo de nutrientes em ecossistemas tropicais. Artrópodes também são bons bioindicadores sensíveis da interferência humana na qualidade do habitat, devido à alta diversidade de espécies e alta ligação física e biológica com os habitats. Estima-se que exista no Cerrado cerca de 13.000 espécies de lepidópteros (borboletas e mariposas), 820 de abelhas, 139 de vespas, 350 de formigas, 116 de cupins, 49 de aranhas e 13 de louva-deus. Apesar disso, a região Centro-Oeste é classificada como a que reúne menor conhecimento sobre invertebrados terrestres. Isto reflete o principal problema para a conservação de invertebrados. Fonte: 1-Glauber O. Rocha, Morel C. B. Netto, Luciano R. P. Lozi. Diversidade, riqueza e abundância da entomofauna edáfica em área de cerrado do Brasil Central http://www.seb- ecologia.org.br/viiceb/resumos/1036a.pdf 2-Dias, I & Morais, H. C. de. 2007. Invertebrados do Cerrado e Pantanal – diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações prioritárias para conservação. Ministério do Meio Ambiente – Brasília: MMA. Pp: 143 – 172. Almeida, S. P. & Louzada, J. N. C. 2009. 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AVES Encontram-se registradas para o cerrado 837 espécies de aves distribuídas em 64 famílias. Destas 759 (90,7%) se reproduzem nesta região, o restante são espécies migratórias. A composição florística de uma área é um fator determinante da riqueza e da distribuição das aves, já que diferentes espécies de aves exibem diferentes formas de utilização do habitat. O cerrado por possuir uma flora diversificada, distribuída em vários tipos de formações, apresenta também um mosaico de hábitats bastante distintos para a avifauna. Entretanto, a fragmentação desta vegetação por atividades humanas tem transformado e diminuído estes habitats naturais pondo a maioria das espécies de aves em risco. Fonte: Silva, J. M. C. 2007. Avifauna do Cerrado e Pantanal – diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações prioritárias para conservação. Ministério do Meio Ambiente – Brasília: MMA. Pp: 279-299. Antas, P. T. Z. 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Espécies como os veados e antas, tem sido alvo de intensa caça, provocando assim, efeitos negativos sobre as densidades populacionais destas espécies. Outros fatores são a conversão de áreas de vegetação natural em lavouras e pastagens, urbanização, construção de usinas hidrelétricas, garimpo e mineração. Fonte: Marinho-Filho, J. 2007. Mastofauna do Cerrado e Pantanal – diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações prioritárias para conservação. Ministério do Meio Ambiente – Brasília: MMA. Pp: 303-320. Cimardi, A. V. Mamíferos de Santa Catarina. Florianópolis: FATMA, 1996. Reis, N. R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I. P. Mamíferos do Brasil. Londrina, 2006. Silva, F. Mamíferos silvestres do Rio Grande do Sul. Porto alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande Do Sul, 1984. 246p. Colaboraram na classificação desses animais: BORBOLETAS: José Augusto Teston. Prof. e Doutor em Entomologia com estudos sobre Lepidópteros Neotropicais. Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Altamira, Faculdade de Ciências Biológicas. GAFANHOTOS: Maria Kátia Matiotti da Costa. Doutora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade de Biociências - Departamento de Biodiversidade e Ecologia. Especialista em Orthoptera - Acridoidea. Copyright ©2013 Carlos Terrana Terrana Produções Visuais ltda ME Brasilia DF Trancoso Bahia Brazil 61 8162-4991 terrana@terrana.com.br www.terrana.com.br Todos os direitos reservados Fim do Volume 3 de 5. Prefácio. 4 Introdução. 5 GAFANHOTO Xyleus discoideus discoideus. 8 GAFANHOTO Chromacris speciosa. 9 GAFANHOTO Tropidacris collaris. 12 GAMBÁ Didelphis albiventris. 12 GARÇA-GRANDE-BRANCA Ardea alba. 20 GATURAMO-VERDADEIRO Euphonia violace. 23 GAVIÃO-CARCARÁ Caracara plancus. 25 GAVIÃO-CARIJÓ Rupornis magnirostris. 29 GAVIÃO-CASACA-DE-COURO Heterospizias meridionalis. 33 GRALHA-DO-CERRADO Cyanocorax cristatellus. 37 HARPIA Harpia harpyja. 39 IGUANA Iguana iguana. 46 IRERÊ Dendrocygna viduata. 48 JAÇANÃ Jacana jacana. 55 JACARETINGA Caiman crocodilus. 57 JARARACA Rhinocerophis itapetiningae. 61 JIBOIA-ARCO-ÍRIS Epicrates cenchria. 65 JIBOIA-CONSTRICTOR Boa constrictor. 74 JOÃO-DE-BARRO Furnarius rufus. 80 JURITI-GEMEDEIRA Leptotila rufaxilla. 88 LAGARTAS E BORBOLETAS. 92 BORBOLETA-DA-COUVE Ascia monuste. 99 BORBOLETA PHOEBIS Phoebis sennae. 100 ESTALADEIRA Hamadris februa. 101 OLHO-DE-CORUJA Caligo teucer. 102 BORBOLETA-FOLHA Siderone marthesia nemesia. 105 ANARTIA Anartia amathea. 106 HELICONIUS Heliconius sara. 107 BORBOLETA 80 Callicore sorana. 108 RIODINIDAE.. 109 PINGOS-DE-PRATA Agraulis vanillae. 110 VANESSA Vanessa braziliensis. 111 O VOO DAS BORBOLETAS. 112 LAGARTO-ARBORÍCOLA Polychrus acutirostris. 113 Agradecimentos especiais. 119 Bibliografia- 120
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