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Revisão Intercalada (R I) - Livro 2-013-015

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R.I. (Revisão Intercalada) 
“A escola deve assumir o compromisso com o desenvol-
vimento das estruturas mentais do sujeito para que ele 
seja capaz de operar em níveis de abstração elevada.” 
i. Determine o valor semântico do verbo auxiliar dever 
na locução “deve assumir”. 
ii. Indique um outro verbo auxiliar que mantenha o 
mesmo sentido da expressão sublinhada e que forme 
uma locução verbal com o verbo operar: 
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R.I. (Revisão Intercalada) 
Interpretação de Texto
1. (Fuvest 2023)
Leia o excerto e responda à questão:
Se os homens são estes seres da busca e se sua voca-
ção ontológica é humanizar-se, podem, cedo ou tarde, 
perceber a contradição em que a “educação bancária” 
pretende mantê-los e engajar-se na luta por sua liberta-
ção. Um educador humanista, revolucionário, não há de 
esperar esta possibilidade. Sua ação, identificando-se, 
desde logo, com a dos educandos, deve orientar-se no 
sentido da humanização de ambos. Do pensar autên-
tico e não no sentido de doação, da entrega do saber. 
Sua ação deve estar infundida da profunda crença nos 
homens. Crença no seu poder criador. Isto tudo exige 
dele que seja um companheiro dos educandos, em suas 
relações com estes. A educação bancária, em cuja prá-
tica se dá a inconciliação educadoreducandos, rechaça 
este companheirismo. E é lógico que seja assim.
No momento em que o educador bancário vivesse a 
superação da contradição já não seria bancário. Já 
não faria depósitos. Já não tentaria domesticar. Já não 
prescreveria. Saber com os educandos, enquanto estes 
soubessem com ele, seria sua tarefa. Já não estaria a 
serviço da desumanização. A serviço da opressão, mas 
a serviço da libertação.
Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido, p. 86-87. Adaptado.
a) Explique o sentido da expressão “educação bancária”, 
levando em conta a transferência da palavra “bancária” 
do campo das finanças para o da educação.
b) Como a repetição de “já não” contribui para a constru-
ção do sentido do último parágrafo do texto? 
2. (Fuvest 2023)
Leia o texto e responda à questão:
Cê quer saber? Então, vou te falar
Por que as pessoas sadias adoecem?
Bem alimentadas, ou não
Por que perecem?
Tudo está guardado na mente
O que você quer nem sempre condiz com o que outro 
sente
Eu tô falando é de atenção que dá colo ao coração
E faz marmanjo chorar
Se faltar um simples sorriso, às vezes, um olhar
Que se vem da pessoa errada, não conta
Amizade é importante, mas o amor escancara a tampa
E o que te faz feliz também provoca dor
A cadência do surdo no coro que se forjou
E aliás, cá pra nós, até o mais desandado
Dá um tempo na função, quando percebe que é amado
E as pessoas se olham e não se falam
Se esbarram na rua e se maltratam
Usam a desculpa de que nem Cristo agradou
Falô! Cê vai querer mesmo se comparar com o Senhor?
As pessoas não são más, elas só estão perdidas
Ainda há tempo
Criolo. “Ainda há tempo”. 2016.
a) Transcreva dois versos da letra da canção que corrobo-
ram o título “Ainda há tempo”.
b) A letra da canção se constrói a partir de ideias antité-
ticas. Identifique e explique duas delas. 
3. (Fcmscsp 2023)
“Pedaço de mim”, do neurocientista Sidarta Ribeiro
A cada ano, milhões de pessoas passam pela experiên-
cia da perda traumática de uma extremidade corporal. 
Frequentemente, as penas psicológicas e sociais da 
amputação vêm acompanhadas de uma dor mais bruta, 
fruto da percepção fantasmagórica do pedaço perdido, 
mão ou pé ausente doendo em pesadelos de sono e 
vigília. Pulsando, queimando ou coçando, o membro 
fantasma reclama da incompletude do mutilado. Um 
corpo que já não se representa como é, e sim como foi.
Decepado de forma acidental, o membro leva consigo 
terminais nervosos que não se reconstituem no coto. 
Disso resulta o desequilíbrio de vastos circuitos neurais 
que cartografam a interface com o ambiente, chegando 
até o âmago do sistema nervoso. As regiões cerebrais 
correspondentes ao membro amputado são invadidas e 
loteadas por representações vizinhas, num processo que 
pune a falta de atividade neural com a inexorável subs-
tituição de sinapses e células. Tal plasticidade remapeia 
a relação do corpo com o mundo, provocando a sensa-
ção fantasma. Um poeta diria que o cérebro transforma 
em incômodo a saudade do pedaço que perdeu. Será 
possível reverter esse processo?
Um estudo de 2004 com pacientes biamputados sub-
metidos a transplantes de ambas as mãos mostrou que 
o cérebro é capaz de se reorganizar topograficamente 
mesmo após vários anos de amputação. Os resultados 
são extremamente animadores do ponto de vista clí-
nico, pois indicam que o córtex cerebral, anos depois 
da drástica modificação induzida pela amputação, 
continua capaz de plasticidade plena. A incorporação 
harmônica de uma parte alheia devolve ao paciente sua 
função original, fundindo duas pessoas num corpo novo 
e maravilhoso. Nada se perde e tudo se transforma num 
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R.I. (Revisão Intercalada) 
milagre da cirurgia e da reabilitação em que o pedaço 
afastado renasce útil, matando a saudade do corpo exi-
lado de si. Regressam os sinais, recria-se o mapa, segue 
refeita a vida.
(Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020. Adaptado.) 
a) Considere as seguintes frases extraídas do artigo:
1. “A cada ano, milhões de pessoas passam pela experiên-
cia da perda traumática de uma extremidade corporal.” 
(1º parágrafo)
2. “Pulsando, queimando ou coçando, o membro fantasma 
reclama da incompletude do mutilado.” (1º parágrafo)
3. “A incorporação harmônica de uma parte alheia devolve 
ao paciente sua função original, fundindo duas pes-
soas num corpo novo e maravilhoso.” (3º parágrafo)
Em qual dessas frases o autor faz uso do recurso retó-
rico da personificação? Justifique sua resposta.
b) Reescreva na voz ativa o trecho “As regiões cerebrais 
correspondentes ao membro amputado são invadidas e 
loteadas por representações vizinhas” (2º parágrafo). 
4. (Fuvest 2022)
Existe o Rio de Janeiro, o Rio de Janeiro e o Rio de 
Janeiro. O primeiro Rio é aquele que ainda anseia por 
Ipanemas perdidos, de um tempo em que os amores 
eram recatados e silenciosos, o povo sorridente e polido, 
a água do mar cristalina e tépida e a música suave e 
gingada. O segundo Rio é a terra de ninguém, trombe-
teada nos noticiários de TV, em que cada esquina é um 
Vietnã ou Iraque e não há lugar seguro para correr. 
Uma cidade de favelas que cercam os redutos de cida-
dania, favelas dominadas por traficantes e demais ban-
didos que cada vez mais transbordam para o asfalto a 
sua violência. Mas há ainda um terceiro Rio de Janeiro. 
Aquele de quem anda de ônibus, compra nas bancas 
os jornais populares, zanza pelo camelódromo, permi-
te-se um churrasquinho de gato com cerveja na esquina 
e sabe que existem muitos matizes entre o preto e o 
branco, a favela e o asfalto, a lei e o crime. Cidade de 
pessoas que, seja qual for a cor e a classe social, andam 
pra lá e pra cá com celulares, ródios minúsculos, CDs 
piratas ou não e DVDs idem. É uma cidade que pode 
ir do samba de roda ao techno music, da umbanda ao 
padre pop, do grito para a casa da vizinha à internet 
num microinstante. É o Rio de Janeiro que, musical-
mente, não cabe mais no compasso da bossa nova – por 
mais que alguns tenham tentado aditivar eletronica-
mente o seu balanço – e nem no chamado samba de 
raiz, cultuado por setores jovens da classe média, mas 
definitivamente trocado pela grande massa pelo flexível 
pagode romântico, que assume sem preconceitos as for-
mas úteis de toda a música popular, seja ela o rock, o 
sertanejo, o pop negro americano.
Silvio Essinger. Batidão. Uma história do Funk. 
Rio de Janeiro: Record, 2005. Adaptado.
a) Aponte a figura de linguagem utilizada para descrever 
o “segundo Rio” e explique como o seu uso contribui 
para a caracterização em curso no texto.
b) Com base no texto, explique em que consiste o “ter-
ceiro Rio de Janeiro”. 
5. (Fgv 2022)
Examine a tirinha de Jean Galvão, publicada em sua 
conta no Instagram em 26.11.2020.
a) O queé um pleonasmo? Identifique o pleonasmo que 
ocorre na tirinha.
b) Cite outro recurso expressivo que também contribui 
para o efeito de humor da tirinha. Justifique sua res-
posta. 
6. (Ufjf-pism 3 2022)
Soneto XCVII 
Destes penhascos fez a natureza 
O berço em que nasci: oh! quem cuidara 
Que entre penhas tão duras se criara 
Uma alma terna, um peito sem dureza.
Amor, que vence os tigres, por empresa 
Tomou logo render-me; ele declara 
Contra o meu coração guerra tão rara, 
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, 
A que dava ocasião minha brandura, 
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura, 
Temei, penhas, temei, que Amor tirano, 
Onde há mais resistência, mais se apura. 
(Fonte: PROENÇA FILHO, Domício (Org.). 
A poesia dos inconfidentes. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1996. p. 95)
Glossário: “Penha”: massa rochosa, saliente e isolada, 
localizada na encosta ou no dorso de uma serra. 
Há, em uma passagem do poema, uma “personificação” 
do “elemento local” e uma interlocução do narrador 
do poema com ele. Aponte tal passagem indicando os 
versos em que ela ocorre.

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