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ARTIGO 2020 POS

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2
MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO EM CACHOEIRA E SÃO FÉLIX:
NARRATIVAS DA PROFESSORA GILCA PEREIRA DE SOUZA GOMES
Gidelcio Ferreira dos Santos (UFRB) – progfs@gmail.com[footnoteRef:1] [1: Graduado do Curso de Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.] 
Orientador(a): Solyane Silveira Lima (UFRB) - (UFBA) - solylima@hotmail.com[footnoteRef:2] [2: Docente Adjunto II do Centro de Artes, Humanidades e Letras – CAHL da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB. Pós Doutorada na Universidade Tiradentes – UNIT/SE. Líder do Grupo de Pesquisa HIMEB (História e Memória da Educação Brasileira / UFRB. Membro da SBHE (Sociedade Brasileira de História da Educação).] 
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar, de forma comparativa, experiências e práticas docentes com as fundamentações teóricas (textos acadêmicos) através da entrevista (memória oral) realizada com a Professora Gilca Pereira de Souza Gomes, relatando sua trajetória enquanto discente e posteriormente sua atuação docente, práticas e experiências vivenciadas no ambiente escolar nos municípios de Cachoeira e São Félix. Tendo como marco temporal, o período compreendido entre os anos de 1965 a 1995, no qual a professora atuou em escolas da rede municipal, estadual e particular. Buscamos fundamentação teórica nos conceitos de memória, que segundo Jacques Le Goff (2003), que afirma. “A memória, como propriedade de conservar certas informações, remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, ou que ele representa como passadas.”. E história oral a partir das contribuições de Maurice Halbwachs (1990), quando afirma que. “Recorreremos a testemunhos para reforçar ou enfraquecer também para completar o que saberemos de um evento sobre o qual já temos alguma informação, embora muitas circunstâncias a ele relativas permanecem obscuras para nós.”. Por fim, concluímos que a trajetória profissional da professora entrevistada contribuiu para a educação nos municípios de Cachoeira e São Félix.
PALAVRAS – CHAVE: Memória. Educação. Oralidade. 
ABSTRACT
This work aims to analyze, in a comparative way, experiences and teaching practices with the theoretical bases (academic texts) through the interview (oral memory) performed with Professor Gilca Pereira de Souza Gomes, reporting her trajectory as a student and later her teaching performance, practices and experiences lived in the school environment in the municipalities of Cachoeira and São Félix. Taking as its time frame, the period between 1965 and 1995, in which the teacher worked in municipal, state and private schools. We seek theoretical basis in the concepts of memory, which according to Le Goff (2003), which states. "Memory, as the property of preserving certain information, refers us first to a set of psychic functions, by which man can update past impressions or information, or which he represents as past." And oral history from the contributions of Maurice Halbwachs (1990), when he states that "We will use testimonies to strengthen or weaken also to complete what we will know of an event about which we already have some information, although many circumstances related to it remain obscure for we.". Finally, we conclude that the professional trajectory of the teacher interviewed contributed to the education in the municipalities of Cachoeira and São Félix.
KEY- WORDS: Memory. Education. Orality.
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo central, descrever e analisar a trajetória docente através dos relatos da professora Gilca Pereira de Souza Gomes (Gilca Gomes).Trata-se de apresentar as experiências e as práticas pedagógicas acerca das narrativas da “docência” nas cidades de Cachoeira e São Félix, situadas no recôncavo baiano, em um período de trinta anos (1965/1995). Para tal utilizaremos a entrevista como fonte de análise e como instrumentos para produção de materiais didáticos a serem aplicados em sala de aula.
A justificativa que orienta este artigo é a percepção da expressão (relevância) das práticas docentes através dos relatos pessoais. Um dos motivos para a realização deste projeto de pesquisa, foi o interesse pela análise das questões educacionais no âmbito local. Os municípios de Cachoeira e São Félix, preenchem as expectativas da realização de uma pesquisa especifica. Assim buscando a compreensão dos aspectos das práticas docentes e seus reflexos tendo como propósito manifestar um sentimento de valorização e resgate da memória de São Félix e Cachoeira.
O presente artigo tem como proposta realizar uma discussão teórica, baseadas em pesquisas realizadas no curso de Graduação em História, durante o 1º Seminário Educação e Memória do Recôncavo da Bahia: Narrativas Docentes. no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no ano de 2018. Utilizando-se de fontes orais (entrevistas) realizadas com docentes das redes públicas e privadas. Aplicando como referencial teórico estudos baseados em autores específicos[footnoteRef:3]. [3: Entre os autores que estudam História e memoria, podemos citar como exemplo. Thompson (1992); Le Goff (2003); Halbwachs (1990).
] 
A abordagem será fundamentada em conceitos relativos a: “memória como propriedade”. Le Goff (2003). Para analisar conceitos sobre “trajetória” e “biografia” e contribuições de Maurice Halbwachs (1990), sobre a importância da “história oral”. Complementadas pela coleta de informações da narrativa, em forma de entrevista, da análise do “fazer” docente, a aplicação dos conteúdos a utilização de recursos da época (livro didático, quadro, giz.) a metodologia aplicada. 
A biografia da professora Gilca Gomes preenche as expectativas quanto a realização de uma análise especifica individual. Ao recorrer a esta análise biográfica da professora Gilca Gomes, busca-se relatar uma trajetória biográfica singular docente. Seus desafios e pratica docentes 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO LOCAL 
O artigo em pauta tem por finalidade abordar aspectos educacionais no recôncavo da Bahia, através do uso da técnica de coleta de dados, na qual realizamos por meio de entrevista, a história oral da professora Gilca Gomes, como atuante no corpo docente na década de 60 e 90 nos municípios de Cachoeira e São Félix. Dessa forma, a atividade requer um exercício de memória para afim de que se obtenha o resultado pretendido no âmbito da pesquisa, como foi toda trajetória no ensino aprendizagem e contribuições para educação constatado nesta época. Ou seja, “demover’ as camadas da memória.
Descolar as camadas de memória, cavar fundo em suas sombras, na expectativa de atingir a verdade oculta. Se assim é, porque não aproveitar essa oportunidade que só nós temos entre os historiadores e fazer nossos informantes se comodarem relaxados sobre o divã, e, como psicanalistas, sorver em seus inconscientes, extrair o mais profundo de seus segredos? (THOMPSON, 1992. p.197).
Desta forma entende-se memoria como um processo, psicológico e subjetivo. Assim nos diz Bourdieu (2007). Deste modo, o sujeito é integrado ao “Campo”. Significa dizer que o sujeito é integrado no Campo da comunicação, das manifestações subjetivas. Pertencendo à um Espaço Simbólico.
Com um comercio pujante devido a localização privilegiada do Portos de Cachoeira e São Félix que ligava as duas cidades a outras cidades do Recôncavo Baiano e o Sertão. Isso fez com que o comércio de Cachoeira e São Félix crescessem e as tornassem as cidades mais importantes umas das cidades mais ricas, populosas e importantes do país durante o Brasil Império. 
Além da relevância cultural e social temos a importância econômica de Cachoeira e São Félix pertencentes a região fisiográfica do recôncavo da Bahia, região notadamente conhecida historicamente como um local de grande desenvolvimento econômico e de resistências, palco de grandes transformações sociais. “Rebelião escrava no Brasil”. Reis (2003).Os levantes e insurgências transformaram as relações políticas escravocratas e sociais. Assim ressaltando a importância econômica do recôncavo e o papel do negro nos movimentos sociais.
A província da Bahia era no século XIX uma das mais prósperas regiões canavieiras das Américas. Os engenhos de açúcar, movidos pela mão-de-obra escrava, estavam localizadas sobretudo no Recôncavo, região fértil e úmida que abraça a Baía de Todos os Santos. Salvador, então mais conhecida como Cidade da Bahia, ocupa um dos extremos desse conjunto geográfico que impressionou tantos visitantes estrangeiros por sua beleza. (REIS, 2003, p. 19)
Para Luís Cláudio Requião da Silva
O Recôncavo Baiano é uma região do entorno da Baía de Todos os Santos, localizada no estado da Bahia. Congrega uma rede de cidades históricas portuárias em pontos estratégicos, às margens dos principais rios da região e no interior da referida baía. Nelas ainda é possível encontrar referências do patrimônio histórico edificado dos séculos XVII, XVIII, XIX e primeiras décadas do XX. (SILVA, 2015, p. 17).
O desenvolvimento econômico da indústria fumageira e a localização estratégica, colocavam o município de São Feliz em uma posição de destaque no recôncavo baiano.
São Félix – O município de São Félix está cravada entre o rio e a serra. Do lado direito tem o Paraguaçu, rio que reflete a imagem da cidade vizinha. O município teve importante função de terminal tropeiro, pois dela partia a Estrada das Minas, que passava por Rio de Contas, na Chapada Diamantina, chegando até Minas Gerais e Goiás, usada para fazer transporte de diversos tipos de cargas, com uma história muito parecida à de Cachoeira foi durante o século XVIII e a primeira metade do século XIX que a povoação de São Félix experimentou seu maior desenvolvimento, resultante da atividade comercial, mais precisamente a produção fumageira. (CRUZ, 2014, p.134).
Com um comercio pujante devido a localização privilegiada do Portos de Cachoeira e São Félix que ligava as duas cidades a outras cidades do Recôncavo Baiano e o Sertão. Isso fez com que o comércio de Cachoeira e São Félix crescessem e as tornassem as cidades mais importantes umas das cidades mais ricas, populosas e importantes do país durante o Brasil Império. 
Ao resgatar as memórias do recôncavo e sua importância para o contexto nacional brasileiro, necessariamente incluo as cidades de Cachoeira e São Félix neste contexto. Stuart B. Schwartz (1988). “Segredos Internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1555-1835.”. Estes estudos bibliográficos conduziram a análise dos acontecimentos e fatos, através de uma investigação lógica.
O objeto imediato do conhecimento histórico (isto é, o material a partir do qual esse conhecimento é aduzido) compreende “fatos” ou evidencias, certamente dotados de existência real, mas que só se tornam cognoscíveis segundo maneiras que são, e devem ser, a preocupação dos vigilantes métodos históricos. (THOMPSON, 1981 p. 49). 
1.1 Perfil Bibliográfico 
Figura 1 – Gilca Pereira de Souza Gomes
Fonte: Arquivo pessoal Professora Gilca Gomes
Gilca Pereira de Souza Gomes[footnoteRef:4], nascida em 06/02/1940, na cidade de São Félix -Ba. Filha de Natalino Ribeiro de Souza e Maria Pereira de Souza. [4: Graduada do Curso de Licenciatura Curta em Ciências e Matemática pela Universidade Federal da Bahia] 
Iniciou suas primeiras letras na Escola de D. Caluzinha e depois na Escola Deiró Lefundes, ambas no município de São Félix, logo depois estudou no Colégio Estadual da Cachoeira (C.E.C), realizado prova de admissão em 1954. Formou-se em Magistério em 1964 (C.E.C).
Iniciou suas atividades como docente em 1965, na Escola Deiró Lefundes, ministrando aulas a 5ª série (Matemática, Ciências e Religião). Em 1968 trabalhou no Ginásio Dr. Adalberto Dourado; onde teve a honra de ser co-fundadora, trabalhando em conjunto com o Professor Carlos José dos Santos, atuando como Secretária, mais tarde transferida para a Escola Castro Alves e posteriormente para as “Escolas Reunidas Rui Barbosa” no ano de 1970.
Ensinou Ciências e Desenho, em 1971 ingressou na Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES), cursos de orientação para professores do ensino secundário. Em 1973 prestou vestibular na Universidade Federal da Bahia (UFBA), no curso de Licenciatura Curta em Ciências e Matemática, o mesmo habilitava em Química e Programa de Saúde. Nos anos 80 lecionou Matemática e Ciências no Colégio Santíssimo Sacramento (Sacramentinas). Nos anos 90 atuou no ensino Médio nos Cursos de Magistério e Contabilidade do Colégio Estadual da Cachoeira. Em 1995 trabalhou como Vice-Diretora do Colégio Estadual da Cachoeira, atualmente está aposentada das funções de Professora.
2 CONCEITOS DE MEMÓRIA
Entre os conceitos mais usuais utilizados para analisar a memória, pertinentes a área das ciências humanas temos a expressão mnemo. Esta expressão seria uma articulação semântica, que se aplica no estudo das palavras. É um termo relativamente novo e pouco usual, porém é um termo bastante utilizado para referenciar as ideias de memória; lembranças e/ou recordações. 
Ressaltando que estes estudos sobre História memória e oralidade, possibilitaram uma análise mais genérica do tema proposto e delineiam as práticas docentes dentro de uma análise genérica. Neste sentido, objetivando uma análise mais especifica (contexto local) deslocaremos a análise para o cenário das cidades de Cachoeira e São Félix, explorando assim suas especificidades. A memória e as percepções indenitárias, de uma história pessoal, constituem as informações temporais de fastos e eventos “gravados” na mente dos indivíduos.
O conceito de memória é crucial. Embora o presente seja exclusivamente dedicado à memória tal como ela surge nas ciências humanas (fundamentalmente na história e na antropologia), e se ocupe mais da memória coletiva que das memórias individuais, é importante descrever sumariamente a nebulosa memória no campo cientifico global.
(LE GOFF, 2003, p.419).
A memória coincide com um “resgate” dos fatos e acontecimentos, que correspondem a informações e conceitos, inerentes a formação educacional dos indivíduos. “A noção de aprendizagem, importante na fase de aquisição da memória, desperta o interesse pelos diversos sistemas de educação da memória que existiram nas várias sociedades e em diferentes épocas: as mnemotécnicas.”. (LE GOFF, p. 420).
Em suas memórias a Professora Gilca, Gomes resgata as informações de sua infância e suas “primeiras letras.”.
Eu com 78 anos, eu tinha uma idade de desde da idade de 9 anos em diante eu fui perseguida no primário, no ginásio, o ginásio foi uma decepção, mas eu nunca baixei a cabeça, todo ano eu tava lá. Tanto que minha irmã mais jovem entrou depois de mim, minha colega se formou dois anos antes de mim, me passou, e eu nem... nem... dei. Aí que a gente olha é o seguinte, se eu fosse desistir, eu hoje não tinha nada, tava aí talvez pela cozinha dos outros trabalhando, né, porque hoje ninguém quer ir pra cozinha trabalhar. Mas eu hoje, a minha proposta do meu irmão, que ficou no lugar do meu pai, ele dizia “vocês vão se formar”, e realmente todas as três se formaram.
Este resgate dos fatos e acontecimentos, relatados na entrevista, corroboram com as informações e conceitos, da formação educacional dos indivíduos.
A noção de aprendizagem, importante na fase de aquisição da memória, desperta o interesse pelos diversos sistemas de educação da memória que existiram nas várias sociedades e em diferentes épocas: as mnemotécnicas.”. É um termo relativamente novo e pouco usual, porém é um termo bastante utilizado para referenciar, as ideias de “memória”, “lembranças” e/ou “recordações”. (LE GOFF ,2003, p.420).
Os testemunhos de indivíduos, contribuem para a formação de um arcabouço de história especifica individual.
Fazemos apelo aos testemunhos para fortalecer ou debilitar, mas também para completar, o que sabemos de um evento do qual já estamos informados de alguma forma, embora muitas circunstânciasnos permaneçam obscuras. Ora, a primeira testemunha, à qual podemos sempre apelar, é a nós próprios. Quando uma pessoa diz: "eu não creio em meus olhos", ela sente que há nela dois seres: um, o ser sensível, é como uma testemunha que vem depor sobre aquilo que viu, diante do "eu" que não viu atualmente, mas que talvez tenha visto no passado e, talvez, tenha feito uma opinião apoiando-se nos depoimentos dos outros. Assim, quando retornamos a uma cidade onde estivemos anteriormente, aquilo que percebemos nos ajuda a reconstituir um quadro em (HALBWACHS, 1990, p. 16).
Estes depoimentos e relatos correspondem a uma construção. “Tudo se passa como se confrontássemos vários depoimentos. É porque concordam no essencial, apesar de algumas divergências, que podemos reconstruir um conjunto de lembranças de modo a reconhecê-lo.”. (HALBWACHS, 1990, p. 16). 
Complementando Maurice Halbwachs (1990), afirma que por mais que tenhamos percepção dos “eventos” particulares. Toda lembrança individual permanece “coletiva”, sendo evocadas por outros indivíduos a qualquer tempo. Ou seja. “Certamente, se nossa impressão pode apoiar-se não somente sobre nossa lembrança, mas também sobre a dos outros, nossa confiança na exatidão de nossa evocação será maior, como se uma mesma experiência fosse recomeçada, não somente pela mesma pessoa, mas por várias.”. (HALBWACHS, ibid., p. 16)
De acordo com normas e padrões empregados no estudo da memória. Os estudos sobre memória buscam a quebra de paradigmas, ou seja, a quebra de padrões pré estabelecidos. “Em uma, a memória é invocada para subverter as afirmações da história ortodoxa, na outra os estudos histéricos ganharam impulso por sua capacidade de subverter as categorias, as suposições e as ideologias das memórias culturais aceitas e dominantes.”. (FERREIRA; AMADO, 2006 p .75).
Ao relacionar os estudos sobre memoria, recorremos a biografias de personagens, fatos e momentos sobre a importância do uso da biografia temos a afirmativa.
Em certos casos, recorre-se a ela para sublimar a irredutibilidade dos indivíduos e de seus comportamentos e sistemas normativos gerais, levando em consideração a experiência vivida; já em outros, ela é vista como o terreno ideal para provar a validade de hipóteses cientificas concernentes às práticas e ao funcionamento efetivo das leis e das regras sociais. (FERREIRA; AMADO, 2006, p. 167).
Ao realizar uma análise biográfica, o entrevistador deve estar atento a “ilusão biográfica”. “O sujeito e o objeto da biografia (o investigador e o investigado) têm de certa forma o mesmo interesse em aceitar o postulado do sentido da existência narrada (e, implicitamente, de qualquer existência). (FERREIRA; AMADO, 2006 p. 184). 
Ou seja, o(a) entrevistador(a) deve extrair uma congruência, através de conjecturas e indagações fundamentados em métodos científicos e não somente “inferir”, considerando que o fato ou evento a priori seja reconhecidamente verdadeiro. 
Assim ljkklllllllljkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Quando dizemos que um depoimento não nos lembrará nada se não permanecer em nosso espírito algum traço do acontecimento passado que se trata de evocar, não queremos dizer todavia que a lembrança ou que uma de suas partes devesse subsistir tal e qual em nós, mas somente que, desde o momento em que nós e as testemunhas fazíamos parte de um mesmo grupo e pensávamos em comum sob alguns aspectos, permanecemos em contato com esse grupo, e continuamos capazes de nos identificar com ele e de confundir nosso passado com o seu. HALBWACHS, 1990, p. 18).
O presente artigo tem como objetivo central descrever e interpretar a trajetória docente, resgatando assim os relatos da professora Gilca Gomes, seu testemunho possibilita confrontar a memória coletiva e a memória individual.
Sobre sua trajetória escolar a professora Gilca Gomes afirma.
Fui uma aluna regular, porém tive a honra de chegar a ser uma professora do melhor colégio de Cachoeira, Colégio Estadual da Cachoeira. Comecei a lecionar lá em 1971, como professora de Ciências, depois de ter feito um curso, é... o curso que eu fiz foi. da CADIS e lá trabalhando fiz uma licenciatura curta em Ciências e Matemática, vindo depois a lecionar Ciências, Matemática, Química e Programa de Saúde durante 27 anos.
Complementando “Me formei em 1965... não tinha pretensão em ser professora, queria outra profissão, mas devido a nossa família não ter posses para que eu pudesse estudar e o estudo aqui tinha que ir para Salvador a e família não permitia, então resolvi assumir o curso de professora[...].).. (GOMES, Entrevista I, 2018). 
Em suas memórias a Professora Gilca, Gomes resgata as informações de sua infância e suas “primeiras letras.”.
Eu com 78 anos, eu tinha uma idade de desde da idade de 9 anos em diante eu fui perseguida no primário, no ginásio, o ginásio foi uma decepção, mas eu nunca baixei a cabeça, todo ano eu tava lá. Tanto que minha irmã mais jovem entrou depois de mim, minha colega se formou dois anos antes de mim, me passou, e eu nem... nem... dei. (GOMES, Entrevista I, 2018). AUTOBIOGRAFIA
Ao estudar a educação nos seus aspectos sociais, políticos, econômicos, psicológicos, para descrever e explicar o fenômeno educativo, a Pedagogia recorre a contribuição de outras ciências como a Filosofia, a História, a Sociologia, a Psicologia, a Economia. Esses estudos acabam por convergir na Didática, uma vez que esta reúne em seu campo de conhecimentos objetivos e modos de ação pedagógica na escola. (LIBÂNEO,2006, p. 16).
Para o docente a regência é uma experiência formativa importante, momento para construção da identidade formativa pessoal. “A identidade do professor é construída no decorrer do exercício da sua profissão, porém, é durante a formação inicial que serão sedimentados os pressupostos e as diretrizes presentes no curso formador, decisivos na construção da identidade docente.” (BARREIRO; GEBRAN,2006, p.20)
O método dialético, foi o método escolhido pela Professora Gilca Pereira surge como uma opção plausível, entre este confronto ideológico de ensinos (tradicional/dialético).
O método dialético corresponde a um esforço para o progresso do conhecimento que surge no confronto de teses opostas: o pró e o contra, o sim e o não, a afirmação e a negação. O confronto das teses opostas possibilita a elaboração da crítica. Esse método pretende chegar ao conhecimento de determinado objeto ou fenômeno defrontando teses contrarias, divergentes (BITTENCOURT, ibid., p. 226).
Nesse sentido utilizando-se do método de abordagem comparativo de análise, examinando as semelhança e/ou diferenças das práticas docentes (modelos de ensino) mais utilizados tradicionais. “Ao referir-se ao método ‘tradicional”, professores e alunos geralmente o associam ao uso de determinado material pedagógico ou a aulas expositivas.”. (BITTENCOURT,2008, p. 226).
Diversos autores ressaltando que estes estudos sobre História memória e oralidade, possibilitaram uma análise mais genérica do tema proposto e delineiam as práticas docentes dentro de uma análise global (macro). Neste sentido, objetivando uma análise mais especifica (contexto local) deslocaremos a análise para o cenário das cidades de Cachoeira e São Félix, explorando assim suas especificidades.
3 ORALIDADE E (AUTO) BIOGRAFIA
Ao realizar uma análise biográfica, o pesquisador deve estar atento ao risco da “ilusão biográfica”. “O sujeito e o objeto da biografia (o investigador e o investigado) têm de certa forma o mesmo interesse em aceitar o postulado do sentido da existência narrada (e, implicitamente, de qualquer existência). (FERREIRA; AMADO, 2006 p. 184). 
Ou seja, o pesquisador deve extrair uma lógica, através de suposições e questionamentos fundamentados em métodos científicos e não somente “postular”; acreditando que o fato ou evento a priori seja reconhecidamente verdadeiro. (ENTREVISTA)
Ao realizar uma análise formal da trajetória da professora Gilca Pereira, sua pratica docente e suas percepções identitárias, necessariamente não estamosisolando este personagem do contexto geral. 
Jacques Le Goff (2003), afirma que as percepções indenitárias que identificam algo ou alguém, são partes integrantes da memória enquanto domínio intelectual. “A memória, como prioridade de conservar certas informações, remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, ou que ele representa como passadas.”. (LE GOFF, 2003, p. 419).
No âmbito da história da educação as pesquisas (auto) biográficas tem apresentado contribuições férteis para a compreensão da cultura e do cotidiano escolar, da memória material da escola e se apropriado das escritas (auto) biográficas, das narrativas de formação, como testemunhos, indicativos, das relações com a escola, 
Neste sentido Denice Catani (2005, p. 32) afirma que. “[...] campo especifico da história da educação, a inclusão dessas fontes participa de um movimento de renovação de opções teórico-metodológicas e temáticas, característico das duas últimas décadas [...].”.
Ao examinar a diversificação das entradas e terminologia das pesquisas Gaston Pineau (2006, p.41), afirma que “a flutuação termológica em torno das histórias e relatos de vida, biografias e autobiografias é indicativa da flutuação do sentido atribuído a essas tentativas de expressão da temporalidade vivida pessoalmente”. 
Destaca também as possibilidades de experiências na educação e na formação de adultos, ao buscar ampliar a discussão epistemológica e um panorama histórico, numa dialética ascendente/descendente entre os discursos e os percursos de vida, articulando o bio-questionamento à expansão das artes de existência. (NASCIMENTO; HETKOWSKI, 2007, p, 310).
A lembrança remete o sujeito a uma observação genealógica, como processo de recuperação do eu, e, a memória narrativa, como virada significante, marca um olhar sobre si em diferentes tempos e espaços, os quais se articulam com as lembranças e as possibilidades de narrar experiências. Durante a execução do trabalho foi realizada uma entrevista com a professora Gilca Pereira de Souza Gomes, onde a mesma relembra várias situações que aconteceram em sua vida.
Lembro com saudades do tempo em que lecionava. Tem muitas coisas que nos deixa saudades. Temos alunos bons, alunos que nos incentivava, nos ajudava e....isso deixa muita saudade porque a gente que trabalha, principalmente, eu trabalhei no magistério no curso de contabilidade, os nossos alunos sempre nos deram boa... como é que diz, assim, meu Deus[...] (ENTREVISAT I
A memória é escrita num tempo, um tempo que permite deslocamento sobre as experiências. Tempo e memória que possibilitam conexões com as lembranças e os esquecimentos de si, dos lugares, das pessoas, da família, da escola e das dimensões existenciais do sujeito narrador. 
Eu lecionei três turnos: de manhã, de tarde e de noite. Eu não tinha casa, minha casa era a escola, então essa era a rotina. Saía sete da manhã, voltava doze, retornava uma e dez, chegava cinco e dez, retornava de noite, muitas vezes cheguei meia noite em casa, porque ia para Cachoeira né. Eu lecionava pela manhã em Cachoeira, de noite em Cachoeira e a tarde aqui no primário, em São Félix. (ENTREVISTA I
A narrativa da professora Gilca Gomes, descreve a trajetória de acontecimentos pessoais de que maneira aconteceram ou foram percebidos. Nesse caso, os eventos significativos para ela estão geralmente vinculados a situações de vivências, como por exemplo as de caráter familiar, ocorridas numa certa escala de tempo. Para os professores, trazer à memória aspectos importantes do processo de formação profissional pode se constituir num instrumental importante para o desenvolvimento da (auto)crítica e compreensão de sua prática docente.
A prática docente e todas as suas etapas formativas, são pertinentes a trajetória profissional.
Minha trajetória profissional não foi difícil. Não tive problemas, graças ao meu bom Deus, na minha profissão. Como eu disse a você, eu no início não queria ser professora, mas ao longo que assumi parece que caiu do céu bênçãos e bênçãos e eu não tenho do que me queixar da minha profissão. Se tivesse dado, voltaria a trabalhar, mas os alunos de hoje não permitem. Fui convidada para voltar a ensinar no Estadual Química, mas eu disse, para o tipo de aluno que tem agora e eu como sou ousada, né, eu num levo desaforo de aluno, eu num ia me dar bem. Então eu ia tomar carreira de aluno, né, aquela coisa, eu não quero botar meu (risos). Olha, eu te digo, eu tive um carro... 27 anos um carro, nunca esta carro foi riscada na porta do Estadual, nunca, por mais que eu tivesse feito coisas a qualquer aluno, ninguém tocava, porque quando um ia... não, o carro é da professora Gilca, ninguém bole. Então é isso que a gente vê, o carinho, onde eu chego [...].(ENTREVISTA I
Deste modo a professor Gilca Gomes construiu sua trajetória profissional a partir de inúmeras referências. Entre elas está sua história familiar, sua trajetória escolar e acadêmica, sua convivência com o ambiente de trabalho, sua inserção cultural no tempo e no espaço. Provocar que ele organize narrativas dessas referências em um memorial é fazê-lo viver um processo profundamente pedagógico, no qual sua condição existencial se torna o ponto de partida para a construção de seu desempenho, tanto na vida cotidiana como na profissão. 
Assim através da narrativa, ele vai (re)descobrindo os significados que tem atribuído aos fatos que viveu e, assim, vai (re)construindo a compreensão que tem de si mesmo.
Se pudesse voltar no tempo, faria alguma coisa diferente do que fez naquela época? Não. Faria tudo de novo, porque pra mim, pra o meu tempo, foi tudo bem. Hoje é que eu digo, num me arrisco, entendeu? Porque o jovem de hoje não tem respeito pelos seus pais, então professor... e desculpe o que eu vou dizer aqui, mas o culpado também são os professores. Muitos professores não se impõem, a gente primeiro precisa se respeitar, se amar, pra depois e a gente vê que muitos dos nossos colegas não se impõem, entendeu? Eu nunca sentei na mesa de um bar para um aluno meu ver, eu nunca saí passeando com meu namorado para um aluno me ver, é uma raridade ele me vê... então tudo isso a gente precisa respeitar, mas como o tempo está avançado, as pessoas acham que podem fazer o que quer, aí na verdade a gente ve o que... a gente fica desmoralizado [...].(ENTREVISTA I
Assim, entendemos que trabalhar com memória na pesquisa é partir para a construção das próprias experiências, tanto do professor/pesquisador como também dos sujeitos da pesquisa e/ou do ensino. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que se descobre no outro, os fenômenos revelam-se também em nós. 
Discutir as memórias na formação do professor é procurar tornar possível sua intervenção na construção do seu espaço pedagógico, para que ele não seja mais um produto dos saberes, mas que ocupe um lugar na construção do seu saber. 
CONSIDERAÇOES FINAIS 
Este Artigo tem como objetivo, contribuir para o campo da educação, especificamente no contexto da Memória da Educação em Cachoeira e São Félix, através das Narrativas da Professora Gilca Pereira de Souza Gomes. Conclui-se que a memória e oralidade, apresentam elementos que, proporcionam a compreensão de contextos históricos e vivencias relacionados a regionalidade do Recôncavo.
O legado da memória, para futuros docentes do curso de História, traz à tona temas de fundamental importância formativa, realçando um cenário metodológico de pesquisa de fontes, que não se “resumem” somente em fontes documentais tradicionais.
Em um primeiro momento, discorremos sobre a importância das fontes orais e linguagens, aplicando os reflexos sobre o os temas “memória e “oralidade”. No 1º Seminário Educação e Memória do Recôncavo da Bahia: Narrativas Docentes. 
Em um segundo momento, levantamos a proposta de um debate, sobre o que se convenciona em relação a “importância” das fontes orais e das vivencias, de docentes que tiveram uma relevante contribuição dentro do contexto regionaldo Recôncavo, em diversas épocas, de um passado recente (20-50 anos). Desta forma interagimos com discentes de vários cursos e Instituições, com docentes e profissionais especializados no ramo educacional.
A contextualização das fontes orais e das experiências docentes, proporcionam ao discentes do curso de História, o propósito a decisão firme de “combater”, sistematicamente a superficialidade no campo da História, que em geral encontra-se em uma zona de conforto “presa” à fontes documentais, subestimando em alguns momentos a oralidade. 
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