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Algumas aplicações das leis de Newton 245 17. (Cesgranrio-RJ) Um corpo de peso P encontra-se em equilíbrio, devido à ação da força F , como indica a figura ao lado, sendo os fios e as polias ideais. As forças que a superfície exerce sobre os fios nos pontos A, B e C são, respectivamente: a) P 8 , P 4 , P 2 d) P, P 2 , P 4 b) P 8 , P 2 , P 4 e) iguais a P c) P 2 , P 4 , P 8 18. (Fuvest-SP) Para erguer um bloco de peso 1 800 N é utilizado um sistema de polias e fios, conforme o esquema. A 1 800 N F Considerando-se o sistema ideal: a) que força mínima F se deve aplicar na extre- midade A do fio para que o corpo comece a ser erguido? b) seria possível a uma pessoa de peso 500 N erguer o bloco puxando o fio verticalmente pelo ponto A? Explique. (Adote g = 10 m/s2.) Il u St R A ç õ ES : zA Pt 19. Um sistema de quatro polias, como o represen- tado na figura, é usado para suspender um bloco M. As polias A e B são fixas, tendo seus eixos ligados; as polias C e D são móveis e têm também seus eixos ligados. O fio e as polias são ideais e g = 10,0 m/s2. Sendo a massa de M igual a 120 kg, qual a intensidade da força F necessária para man- ter o bloco M suspenso? 20. (UF-GO) No arranjo esquematizado na figura abaixo, o corpo de massa m 1 é ligado por um fio inextensível a uma bandeja, passando por uma polia. Sobre a bandeja há um corpo de massa m 2 . g m 1 m 2 O gráfico da velocidade do corpo de massa m 1 , em função do tempo, é: v (m/s) t (s)210 1 Despreze as forças de atrito e as massas da bandeja, fio e polia. Considere m 1 = 1,0 kg, g = 10,0 m/s2 e determine: a) a massa m 2 ; b) a força que a bandeja exerce sobre o corpo de massa m 2 . 3. decomposição de forças Às vezes, pode ser conveniente decompormos uma dada força sobre duas direções perpendiculares, como fizemos com os vetores em geral, no capítulo 8. Consideremos, por exemplo, a força F da figura 31. Vamos decompor a força F em duas forças componentes, que estejam nas direções perpendicula- res x e y, como indica a figura 32. Podemos afirmar que: F = F x + F y isto é, a força F é a resultante das forças F x e F y . Isso nos permite substituir a força F pelo par de forças F x e F y (fig. 33), isto é, as forças F x e F y , atuando juntas, devem produzir o mesmo efeito que a força F , atuando sozinha. F Figura 31. F y F F x α θ x y Figura 32. g F CBAsuperf’cie M D C B A F g lu Iz A u g u St O R Ib EI R O Capítulo 13246 Considerando o ângulo θ da figura 32, temos: cos θ = F x F ou F x = F · cos θ sen θ = F y F F y = F · sen θ Se considerarmos o ângulo α, teremos: cos α = F y F ou F y = F · cos α sen α = F x F F x = F · sen α É conveniente ressaltar que, sendo θ e α complementares (θ + α = 90°), temos: sen θ = cos α e sen α = cos θ Como escolher as direções de decomposição Ao analisarmos as forças que atuam em uma partícula, poderemos “sentir” a con- veniência de decompor uma ou mais forças; mas aí surge a pergunta: “que direções deveremos usar para efetuar a decomposição?”. Para responder a essa pergunta, con- sideraremos dois casos: 1º. caso: A partícula tem aceleração a não nula Nesse caso, o mais conveniente, em geral, é considerarmos direções perpendiculares tais que uma delas seja coincidente com a direção da aceleração a. 2º. caso: A partícula tem aceleração nula, isto é, está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme Nesse caso, em princípio, qualquer par de direções perpendiculares poderá ser usa- do. A escolha será ditada pela “economia”, isto é, escolheremos aquele par de direções que nos permita fazer o menor número de decomposições. Exercícios de Aplicação 21. Um bloco de massa m = 15 kg está inicialmente em repouso sobre um plano horizontal sem atrito, num local onde g = 10 m/s2. A partir de deter- minado instante aplica-se ao bloco uma força constante F , como mostra a figura sen θ = 5 13 e cos θ = 12 13 , sendo F = 130 N. θ F Figura a. A partir do instante em que F é aplicada, calcule: a) o módulo da força normal exercida pelo plano horizontal sobre o bloco; b) o módulo da aceleração adquirida pelo bloco. Resolu•‹o: a) Suponhamos que o movimento do bloco seja retilíneo e horizontal, isto é, que o bloco não perca o contato com o plano horizontal e assim sua aceleração a tenha direção hori- zontal (fig. b). Mais adiante veremos se a hipótese está correta. As forças que atuam no bloco são o peso P, a força normal F N e a força F (fig. c). a F Figura b. F N P F Figura c. F y F x Figura 33. Il u St R A ç õ ES : zA Pt Algumas aplicações das leis de Newton 247 Temos: P = m · g = 15 · 10 ⇒ P = 150 N Como estamos supondo que a aceleração a tem direção horizontal, vamos decompor a força F em duas direções perpendiculares tais que uma delas seja horizontal (fig. d). Temos, então: Fx = F · cos θ = 130 · 12 13 ⇒ Fx = 120 N Fy = F · sen θ = 130 · 5 13 ⇒ Fy = 50 N F y F xθ (y) (x) F N P F Figura d. O esquema real de forças, que é o da figura c, é então substituído pelo esquema da figu- ra e. (Na realidade, não é necessário fazer todos esses desenhos ao resolver um proble- ma desse tipo; é suficiente fazer o desenho da fig. d.) F y F x P F N Figura e. É nesse momento que percebemos se nossa hipótese de que o bloco não perde contato com o plano horizontal é ou não correta. O bloco perderia o contato se Fy > P. Mas, como podemos observar, neste caso temos Fy < P. Portanto, o bloco não perde o contato, o que significa que, na direção vertical, as forças devem se anular: FN + Fy = P FN + 50 = 150 ⇒ FN = 100 N b) A força resultante é a força componente Fx. Portanto: Fx = m · a 120 = 15 · a ⇒ a = 8,0 m/s2 22. Consideremos um bloco de massa m = 20 kg, ini- cialmente em repouso sobre uma superfície plana e horizontal sem atrito, num local onde g = 10 m/s2. A partir de determinado instante, aplica-se ao bloco uma força constante F , como mostra a figura (sen θ = 0,60 e cos θ = 0,80), cuja inten- sidade é F = 100 N. F θ A partir do instante em que F é aplicada, calcule: a) o módulo da força normal exercida pela superfície horizontal sobre o bloco; b) o módulo da aceleração do bloco. 23. A figura a mostra um bloco C de massa m = 8,0 kg em equilíbrio, preso a um sistema de três fios ideais (f1, f2 e f3). Supondo g = 10 m/s 2, calcule as intensidades das trações nos três fios. g f 1 f 2 f 3 θ C sen θ = 0,80 cos θ = 0,60 O Figura a. Resolu•‹o: Na figura b representamos as trações nos fios. Em primeiro lugar, observamos que o bloco está em equilíbrio. Assim: T1 = P = m · g = (8,0 kg)(10 m/s 2) = 80 N θ T 1 T 1 P T 2 T 2 T 3 T 3 O Figura b. Na figura c fazemos a decomposição da tração T3. θ T 3 T 3x T 2 T 1 T 3y Figura c. T 3x T 2 T 1 T 3y Figura d. Il u St R A ç õ ES : zA Pt