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Força elástica 305 Como F = k · x, o gráfi co de F em função de x deve ser retilíneo, como indica a fi gura 3. tanto no caso em que a mola é “esticada” quanto no caso em que é comprimida, ao retirarmos a força F que causou a deformação, a tendência da mola é voltar ao seu comprimento inicial; em alguns casos pode acontecer de a mola voltar a um comprimento diferente, mas nós só consideraremos aqui os casos em que a mola volta rigorosamente ao seu comprimento inicial, ao ser retirada a força F que causou a deformação x. Quando isso ocorre e é obedecida a Lei de Hooke, dizemos que a defor- mação x é elástica. Quando uma força F é aplicada na mola, provocando sua deformação, a mola reage com uma força F el , que é chamada de força elástica e está aplicada no “agente” que aplica a força F ; pelo Princípio da Ação e Reação, F e F el devem ter o mesmo módulo, a mesma direção e sentidos opostos. Na fi gura 4 representamos um bloco B preso a uma das extremidades de uma mola, cuja outra extremidade está presa a um suporte S, estando a mola não deformada. temos ainda um eixo cuja origem (0) corresponde à posição de uma das extremidades da mola; nessa posição temos uma situação de equilíbrio. Vamos tirar o bloco B da posição de equilíbrio puxando-o para a direita (fi g. 5a), de modo que o comprimento da mola aumente, sendo x a deformação. Nessa posição, o bloco exerce sobre a mola uma força F (fi g. 5b) e a mola exerce a força F el sobre o bloco. A força F el tende a trazer o bloco B de volta a sua posição de equilíbrio e, por isso, costuma-se dizer que a força F el é uma força de restauração, isto é, ela procura restaurar a situação inicial de equilíbrio. 0 x F Figura 3. 0 B S Figura 4. Figura 5. Figura 6. 0 S x B (a) 0 B S x (a) S F Fel B (b) B S F F el (b) IL u St R A ç õ eS : ZA Pt Vamos agora deslocar o bloco de modo que a mola seja comprimida (fi g. 6a); em relação ao eixo adotado, temos x < 0 e, portanto, a deformação nesse caso é |x|. Nessa posição, o bloco exerce sobre a mola uma força F (fi g. 6b) e a mola exerce sobre o bloco a força F el , que, novamente, tende a levar o bloco para a situação de equilíbrio, isto é, procura restaurar a posição de equilíbrio. tanto no caso da fi gura 5 como no caso da fi gura 6, temos: |F el | = k · |x| No entanto, às vezes pode ser útil atribuir um sinal à força elástica F el , convencionan- do que seu sinal é positivo quando tem o mesmo sentido do eixo e negativo quando tem sentido oposto. Desse modo, tanto no caso da fi gura 5 como no caso da fi gura 6 podemos escrever: F el = –k á x Capítulo 16306 A mola ideal Consideremos uma mola disposta verticalmente, com sua extremidade superior presa a um suporte (fig. 7a). Aplique- mos à mola uma força vertical F (fig. 7b), de modo que o seu comprimento aumente. A mola exerce uma força F 1 no suporte (fig. 7c) e este exerce uma força F 2 na mola. Mas, pelo Princípio da Ação e Reação, devemos ter F 1 = F 2 (fig. 7d). Supondo que a mola esteja em equilíbrio e que sua massa seja desprezível, teremos F 1 = F (fig. 7e). Assim, quando escrevemos: F = k · x F é a intensidade de cada uma das duas forças que atuam nas duas extremidades da mola (supondo que sua massa seja desprezível). Chamamos mola ideal a uma mola de massa desprezível que obedeça à Lei de Hooke. Associa•‹o de molas Às vezes ocorrem situações em que duas ou mais molas estão associadas, como nas figuras 8a e 8b. Exercícios de Aplicação 1. Uma mola ideal, de comprimento natural L 0 = 1,2 m, é pendurada a um suporte (fig. a). Na extremidade inferior da mola prendemos um bloco de massa m = 1,6 kg, de modo que, na posição de equilíbrio, o novo comprimento da mola é L = 1,4 m (fig. b). Sabendo que a acele- ração da gravidade tem intensidade g = 10 m/s2, calcule a constante elástica da mola. L 0 g L Figura a. Figura b. Resolu•‹o: As forças que atuam no bloco são o seu peso (P) e a força elástica F exercida pela mola. Como o bloco está em equilíbrio, devemos ter: F = P = m · g = 1,6 · 10 ⇒ F = 16 N A deformação x sofrida pela mola é dada por: x = L – L 0 ⇒ x = 1,4 – 1,2 x = 0,2 m De acordo com a Lei de Hooke, te- mos: F = k · x ⇒ 16 = k (0,2) ⇒ ⇒ k = 80 N/m 2. Consideremos uma mola ideal, de comprimento natural L 0 = 0,70 m. Prendemos uma das extre- midades da mola a um suporte e na outra ex- tremidade penduramos um bloco de massa m = 0,60 kg, como mostra a figura, de modo que, na posição de equilíbrio, o comprimento da mola seja L = 0,80 m. Calcule a constante elástica da mola, sabendo que a aceleração da gravidade tem módulo g = 10 m/s2. (a) F F 1 F 2 (c) F (b) F F 1 F 1 (d) F F F (e) Figura 7. ProcurE no cd Veja, no capítulo 16 do CD, o texto "Associação de molas". IL u St R A ç õ eS : ZA Pt (a) k 2 k 1 F (b) k 1 k 1 F Figura 8. P F –F Figura c. L Força elástica 307 3. A figura nos dá o gráfico da intensidade da força F exercida por uma mola ideal, em função da deformação x. Calcule a constante elástica da mola. x (m)0,20 0,40 F (N) 20 40 0 4. Uma mola ideal tem constante elástica k = 60 N/m. Calcule a deformação da mola quando a força exercida por ela tem intensidade F = 15 N. 5. Consideremos uma mola ideal de constante elás- tica k = 4,0 kgf/cm. Calcule a deformação da mola quando a força exercida por ela tem inten- sidade F = 12 kgf. 6. O sistema representado na figura é abandonado em repouso. Os blocos A e B têm massas respecti- vamente iguais a 3,0 kg e 7,0 kg. Os fios e a mola M são ideais, a aceleração da gravidade tem módu- lo g = 10 m/s2 e a constante elástica da mola é k = 210 N/m. Calcule a deformação da mola durante o movimento. M BA 7. Uma mola de comprimento natural L 0 = 1,3 m e constante elástica k = 260 N/m está pendurada no teto de um elevador. Na extremidade inferior da mola está preso um bloco de massa m = 4,0 kg. A aceleração local da gravidade tem módulo g = 10 m/s2 e o elevador está subindo em movi- mento acelerado, de aceleração a = 3,0 m/s2. IL u St R A ç õ eS : ZA Pt Calcule o comprimento da mola, sabendo que o bloco está em repouso para um observador situa- do dentro do elevador. 8. O sistema representado na figura está em equi- líbrio. O bloco A tem massa m = 4,0 kg, a ace- leração da gravidade tem módulo g = 10 m/s2, não há atrito e a mola é ideal. Determine a deformação da mola, sabendo que sua constante elástica é k = 50 N/m. 30° A Exercícios de reforço 9. (UF-PA) Sistemas de navegação inercial são utilizados na aviação, em mísseis e submari- nos. Particularmente em submarinos, onde a tecnologia GPS (Sistema de Posicionamento Global) não pode ser utilizada, esses sistemas são empregados para determinar o posicio- namento. Fundamentalmente eles se baseiam em sensores que medem aceleração. A figura a seguir mostra um sistema massa-mola repre- sentando o sensor de um aparelho de navega- ção inercial, em duas configurações em que a massa m permanece imóvel dentro do sensor. Considere que não há atrito no movimento da massa ligada à mola dentro do invólucro, e o movimento ocorre sobre um trecho retilíneo. m sensor em repouso sensor em movimentom Considerando, exclusivamente, este modelo, é correto afirmar que: a) o que permite medir a aceleração é o fato de ela ser diretamente proporcional ao quadrado da deformação da mola. b) a configuração indicada para o “sensor em movimento” ocorre se o sensor está sendo acelerado para a direita. c) a configuração de repouso é diferente da con- figuração de movimento uniforme. d) a deformação na mola independe da massa m do sensor.
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