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86 UNIDADE 1 | TERMOLOGIA Nota: • Graficamente, a resposta desse exercício pode ser dada por: 0 u (ºC) – 40 Q (cal) 40 80 4 000 8 000 65. Em um recipiente em que não ocorre troca de calor com o meio externo, há 60 g de gelo fun- dente (0 8C). Colocando-se 100 g de água no interior desse recipiente, metade do gelo se fun- de. Qual é a temperatura inicial da água? Dados: calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g. 66. Em um calorímetro ideal, misturam-se 200 g de gelo a 0 8C com 200 g de água a 40 8C. Dados: calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g. Determine: a) a temperatura final de equilíbrio térmico da mistura; b) a massa de gelo que se funde. 67. (UPM-SP) Calor específico da água líquida 5 1 cal/(g 8C) Densidade da água líquida 5 1,0 g/cm3 Calor específico da água sólida (gelo) 5 5 0,50 cal/(g 8C) Calor latente de fusão da água 5 80 cal/g Capacidade térmica do recipiente 5 50 cal/8C Durante a realização de certo experimento, um pesquisador necessitou de água líquida a 0 8C. Para obtê-la, pegou um recipiente contendo 400 cm3 de água, que estava no interior de um refrigerador, à temperatura de 5 8C. Em seguida, dispondo de “pedrinhas” de gelo (água sólida) a 220 8C, com 5,0 g de massa cada uma, misturou algumas delas à água do recipiente e atingiu o seu objetivo. Desprezando-se as possíveis trocas de calor com o meio ambiente e considerando os B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 68. No interior de um calorímetro ideal, são colo- cados 40 g de água a 40 8C e um bloco de gelo de massa 10 g, à temperatura de 220 8C. Qual a temperatura final de equilíbrio térmico? Dados: calor específico do gelo 5 0,50 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g; calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C. Resolução: Nas questões que envolvam uma mistura de água com gelo, podemos utilizar um roteiro para facilitar a resolução. Para isso, vamos es- tabelecer a temperatura de 0 8C como referên- cia, isto é, vamos levar o sistema (água 1 gelo) para 0 8C e, em seguida, saímos dessa tempe- ratura para o resultado final. É importante lem- brar que calor cedido (que sai do sistema) é negativo, e calor recebido (que entra no sistema) é positivo. Atenção para o roteiro: 1) Resfriar a água até 0 8C Q1 5 mcDu 5 40 ? 1,0 ? (0 2 40) cal Q1 5 21 600 cal O valor de Q1 indica o calor que a água for- nece para chegar a 0 8C. 2) Aquecer o gelo até 0 8C Q2 5 mcDu 5 10 ? 0,50 ? [0 2 (220)] cal Q2 5 1100 cal O valor de Q2 indica o calor que o gelo re- cebe para chegar a 0 8C. Observe que a soma Q1 1 Q2 é igual a 21 500 cal. Isso quer dizer que a água e o gelo estão à temperatura de 0 8C e ainda estão sobrando 1 500 cal. Lembre-se de que o sistema está em um calorímetro ideal e, assim, não pode ceder calor para o exterior nem receber calor dele. E.R. dados da tabela anterior, conclui-se que o número mínimo de “pedrinhas” de gelo misturadas à água do recipiente foi a) 4 b) 5 c) 15 d) 36 e) 45 2CONECTEFIS_MERC18Sa_U1_Top3_p063a119.indd 86 7/7/18 2:14 PM 87TÓPICO 3 | CALOR SENSÍVEL E CALOR LATENTE 71. Em um calorímetro ideal, são colocados 100 g de água a 60 8C e 200 g de gelo fundente. Se as tro- cas de calor ocorrem apenas entre o gelo e a água, no final ainda vamos ter gelo? Em caso afirmativo, que massa de gelo restará? Dados: calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g. 72. (Vunesp) Desejando uma segunda opinião, o médico legista, após remover o cérebro de um crânio, mediu sua massa, que era de 1,6 kg, envolveu-o em um saco plástico e em seguida colocou-o em uma caixa térmica contendo 2 kg de gelo à temperatura de 0 8C. A caixa térmica foi então enviada para o segun- do médico legista, longe dali. Ao recebê-la, o segundo médico constatou a presença de 100 g de água no interior da caixa, obtidas do derretimento de parte do gelo em função do calor cedido pelo cérebro até que se estabelecesse o equilíbrio térmico. Conside- rando que a caixa térmica era ideal e que o ar e o plástico não participaram das trocas de calor, a tem- peratura do cérebro, no momento em que foi colo- cado dentro da caixa, em graus Celsius, era de: a) 8,0 b) 5,0 c) 10,0 d) 12,0 e) 3,0 Dados: calor específico do cérebro 5 1 cal/(g 8C); calor latente de fusão de gelo 5 80 cal/g; pressão atmosférica 5 1 ? 105 Pa. 73. Em um recipiente adiabático, de capacidade tér- mica desprezível, são colocados 400 g de água a 10 8C e 200 g de gelo a 215 8C. Se após algum tempo, estabelecido o equilíbrio térmico, introdu- zirmos nesse recipiente um termômetro ideal, que temperatura ele irá registrar? Dados: calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g. 74. Quando são misturados 40 g de água a 10 8C e 360 g de gelo a 230 8C, qual é a temperatura final de equilíbrio térmico? Suponha que o gelo e a água não troquem calor com o recipiente nem com o meio externo. Dados: calor específico do gelo 5 0,50 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g; calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C. 3) Derreter o gelo (ou solidificar a água) Q3 5 mLF 5 10 ? 80 cal Q3 5 1800 cal A soma Q1 1 Q2 1 Q3 é igual a 2700 cal (observe que o sinal negativo indica calor cedido, retirado do sistema). Então, ainda sobram 700 cal para retornar. 4) Aquecer toda a água usando a energia que sobrou Se tivesse faltado calor, isto é, se a soma de Q1 1 Q2 1 Q3 fosse um valor positivo, em vez de aquecer a água deveríamos esfriar todo o gelo. Nesse caso, no item 3, a água teria sido solidificada, liberando calor. Q4 5 mcDu Atenção: o valor de Q4 é a soma Q1 1 Q2 1 Q3 com o sinal trocado, pois o calor foi cedido (negativo) e agora está “voltando”, sendo calor recebido (positivo). 1700 5 (40 1 10) ? 1,0 ? (uf 2 0) uF 5 14 8C 69. Em um calorímetro ideal são colocados 200 g de gelo fundente (0 8C) com 200 g de água, tam- bém a 0 8C. Após algum tempo, podemos afir- mar que: a) no equilíbrio térmico, vamos ter apenas água a 0 8C. b) o gelo, sempre que entra em contato com a água, sofre fusão; c) no final vamos ter apenas gelo a 0 8C. d) as massas de água e gelo não se alteram, pois ambos estando a 0 8C não haverá troca de ca- lor entre eles. e) quando o calor sai da água, provoca sua soli- dificação; esse calor, no gelo, provoca fusão. 70. No interior de um vaso de Dewar de capacidade térmica desprezível, são colocados 500 g de água a 78,4 8C com 100 g de gelo fundente (0 8C). No equilíbrio térmico, qual será a temperatura do sistema? Dados: calor específico da água 5 1,0 cal/g 8C; calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g. 2CONECTEFIS_MERC18Sa_U1_Top3_p063a119.indd 87 7/7/18 2:14 PM 88 UNIDADE 1 | TERMOLOGIA Bloco 4 10. Liquefação e vaporização Em nosso dia a dia, é comum observarmos fenômenos que envolvam liquefação ou vaporização, principalmente da água. Lembremo-nos de que: Liquefação ou condensação é a passagem de uma substância do estado gasoso para o estado líquido. Esse processo é exotérmico, isto é, ocorre com liberação de calor. Como exemplos desse tipo de fenômeno, podemos citar os azulejos molhados de um banheiro depois que tomamos um banho quente; uma garrafa de refrigerante, que fica molhada em sua superfície externa após ter sido retirada da geladeira; a “fumaça” que se forma perto de nossa boca quando falamos em um dia muito frio; os vidros embaçados de um automóvel quando estão fechados em um dia de chuva. Por que os copos e jarras “transpiram”? Quando você coloca um líquido bem gelado em um copo ou jarra de vidro, na face externa do recipiente aparecem gotas de água que escorrem. O recipiente que estava seco apresenta agora uma “transpiração”. Como isso ocorre? O ar que respiramos apresenta vapor de água em sua composição, cujo percentual é indicado pela umidaderelativa do ar. Se você pegar uma jarra de vidro seco e colocar água bem gelada em seu interior, a parede externa da jarra será resfriada. O ar em contato com essa superfície fria perderá calor e o vapor de água nele existente vai se condensar. Portanto, a água que escorre pela parte externa do recipiente é o vapor que estava no ar e foi condensado. JÁ PENSOU NISTO? Vaporização é a passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso. Esse processo é endotérmico, isto é, ocorre com recebimento de calor. Lembremo-nos ainda de que: Como exemplos desse fenômeno, podemos lembrar da água fervendo em uma chaleira, quando vamos preparar um café; do álcool, que, se for colocado em uma superfície, lentamente vai “desaparecendo”; do éter em um recipiente de vidro destampado, que se volatiliza rapidamente. Os dois principais processos de vaporização são a ebulição e a evaporação. Ebulição Quando fornecemos calor a uma substância que se encontra no estado líquido, aumentamos a energia de agitação de suas partículas, isto é, elevamos sua tem- peratura. Entretanto, dependendo da substância e da pressão a que está sujeita, existe um limite de aumento de temperatura, além do qual a estrutura molecular do líquido sofre mudanças. A partir dessa temperatura-limite, a energia recebida E le n a S h a s h k in a /S h u tt e rs to c k 2CONECTEFIS_MERC18Sa_U1_Top3_p063a119.indd 88 7/7/18 2:14 PM