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Escola Superior de Saúde de Leiria – Instituto Politécnico de Leiria Licenciatura em Enfermagem Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica Inês Margarida do Rosário Pinheiro Santarém, junho de 2023 Escola Superior de Saúde de Leiria – Instituto Politécnico de Leiria Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica Autora: Inês Margarida do Rosário Pinheiro Nº 5200161 – TL36 Unidade Curricular: Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica Professor Orientador: Joel Vitorino Enfermeiros Orientadores: Enfermeira Cidália Piedade Santarém, junho de 2023 ii “Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão” Antoine de Saint-Exupéry iii AGRADECIMENTOS Dedico este espaço a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para a minha formação e para o meu sucesso. Desta forma deixo os meus sinceros agradecimentos… Em primeiro lugar à Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, pela possibilidade que me deu poder realizar este Ensino Clínico no Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém. Ao Professor Joel Vitorino, por toda a disponibilidade que demonstrou, pelo apoio e pelo suporte fornecidos ao londo das 4 semanas de duração deste Ensino Clínico. À Enfermeira Cidália Piedade, por toda a paciência para explicar e esclarecer todas as dúvidas que iam surgindo em contexto prático. À Enfermeira Helena por todos momentos que passou comigo e por todas as reflexões que me incitou a fazer não apenas relacionadas com a Saúde Mental, mas também sobre o meu futuro e o futuro da Enfermagem. Não posso agradecer à Enfermeira Helena sem agradecer ao Professor José Carlos Gomes, também ele Professor da área da Saúde Mental e da Psiquiatria, por formar tão bons profissionais, como é o caso da Enfermeira Helena, profissionais estes que inspiram todos aqueles que se cruzam no seu caminho. Por fim mas não menos importante, quero agradecer ao meu amigo João Mesquita por ter aceite embarcar nesta jornada comigo, e à minha família pelo suporte e apoio mesmo durante a minha ausência. iv RESUMO O presente documento é referente ao relatório reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, que se insere no plano de estudos do 2º semestre, do 3º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem, lecionado pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria. Ao longo deste relatório é possível observar uma análise crítico-reflexiva das experiências vivênciadas no decorrer de 4 semanas em campo de estágio, no Serviço de Internamento de Psiquiatria, do Hospital Distrital de Santarém. Sendo possível encontrar esta reflexão dividida de acordo com as 7 comptências que incorporam os objetivos deste Ensino Clínico, em cada uma delas será encontrado um pequeno enquadramento teórico e reflexão crítica das experiências vivenciadas, nomeadamente as dificuldades e as estratégias encontradas para as ultrapassar. v ABSTRACT This document refers to the reflective report of Clinical Teaching V – Mental Health and Psychiatry Nursing, which is part of the study plan of the 2nd semester, 3rd year of the Degree in Nursing, taught by the Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico from Leiria. Throughout this report, it is possible to observe a critical-reflective analysis of the experiences lived during 4 weeks in the internship field, in the Psychiatric Internment Service, of the District Hospital of Santarém. As it is possible to find this reflection divided according to the 7 competences that incorporate the objectives of this Clinical Teaching, in each of them a small theoretical framework and critical reflection of the experiences lived will be found, namely the difficulties and the strategies found to overcome them. vi LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS AOT – Atividade Ocupacional Terapêutica EC – Ensino Clínico SMP – Saúde Mental e Psiquiatria WC – Water Closet vii ÍNDICE INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 8 1. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE CUIDADOS ..................................................... 9 2. COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS ............................................................................. 10 2.1. COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DA RESPONSABILIDADE ÉTICA E DEONTOLÓGICA .............................................................................................................. 10 2.2. COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DOS PRÍNCIPIOS CHAVE DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS E DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ...................................................... 11 2.3. COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE ............................. 12 2.4. COMPETÊNCIAS COMUNICACIONAIS ................................................................. 13 2.5. COMPETÊNCIAS RELACIONADAS COM A GESTÃO DOS CUIDADOS ........... 14 2.6. COMPETÊNCIAS AUTÓNOMAS DE APRENDIZAGEM ....................................... 15 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 18 APÊNDICES ............................................................................................................................ 19 APÊNDICE I – ESTUDO DE CASO .................................................................................. 20 APÊNDICE II – ATIVIDADE OCUPACIONAL TERAPÊUTICA – “LIGAÇÕES COMO RELAÇÕES” ....................................................................................................................... 59 APÊNDICE III – ATIVIDADE OCUPACIONAL TERAPÊUTICA – “VAMOS FALAR DE DEPRESSÃO” ............................................................................................................... 60 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 8 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 INTRODUÇÃO A elaboração deste Relatório Reflexivo é proposta no âmbito da Unidade Curricular de Ensino Clínico (EC) V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, que de acordo com o plano de estudos regulamentado no Despacho nº7241-2019, publicado em Diário da República nº115, da 2ª série de 14 de agosto de 2019, se insere no 2º semestre, do 3º ano da Licenciatura em Enfermagem, na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria. O principal objetivo deste EC visa o desenvolvimento de competências científicas, técnicas, éticas e relacionais na prestação de cuidados de enfermagem de saúde mental e psiquiátrica, através do desenvolvimento de pensamento crítico essencial à prática profissional na área supracitada. Este documento encontra-se divido em 6 partes para uma maior facilidade na sua compreensão, introdução, caracterização da unidade de cuidados onde é possível perceber como é constituído o serviço e quais as suas dinâmicas, de seguida é possível encontrar uma reflexão crítica das competências desenvolvidas no decorrer deste EC, sendo que este capítulo se encontra dividido por competências, por fim existe uma breve conclusão daquele que foi este processo de aprendizagem. Na parte final deste documento é possível visualizar os apêndices e os anexos que são referenciados ao longo da reflexão crítica. Este trabalho foi desenvolvido de acordo com o Guia de Elaboração de Trabalhos Académicos da Instituição responsável por este EC, cuja última atualização ocorreu em 2018. De acordocom o referido anteriormente, a referenciação bibliográfica encontra-se em cumprimento das normas da American Psychological Association 7th edition. De acordo com os Aspetos Éticos na Investigação de Enfermagem definidas pelo Internacional Council of Nurses, qualquer investigação deve pressupor os seguintes princípios éticos, a beneficência, a avaliação da maleficência, a fidelidade, a justiça, a veracidade e a confidencialidade (Nunes, 2020). Desta forma, todos estes princípios se encontram subentendidos na elaboração deste relatório. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 9 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 1. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE CUIDADOS O Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém encontra-se situado no 1º piso do hospital, sendo este um serviço misto que inclui maioritariamente patologias como a Depressão Major, a Perturbação Bipolar, a Esquizofrenia e a Ideação Suicida, com uma capacidade para 20 clientes. A equipa prestadora que constitui este serviço é formada por médicos psiquiatras, por enfermeiros especialistas e generalistas, e por fim por assistentes operacionais. O método de trabalho individual é o usado no serviço, pelo que cada profissional apenas cuida dos clientes que lhe são atribuídos no início do turno. A estrutura física deste serviço é a seguinte, um espaço amplo de convívio, realização de atividades, receção de visitas e toma de refeições, uma copa, uma sala da Terapeuta Ocupacional, um gabinete médico, uma “sala de matrecos”, 7 enfermarias (com um WC cada), uma sala de reuniões, uma sala de sujos, uma sala de enfermagem, uma sala de preparação de terapêutica, um vestiário e um terraço gradeado devido ao risco de fuga ou de tentativa de suicídio. Existem muitas particularidades neste serviço, como é o caso das portas e janelas trancadas a partir de uma certa abertura devido ao risco supracitado, as idas ao terraço são supervisionadas, a contagem dos talheres após cada refeição, as casas de banho que possuem duche são trancadas após o horário dos banhos, a ausência de cortinas nas enfermarias, desta forma é possível minimizar o risco de suicídio. Uma outra particularidade deste serviço é que todas as salas se encontram sempre trancadas, incluindo a sala de preparação de terapêutica, esta preparação é efetuada sempre por 2 enfermeiros, sendo que um enfermeiro indica qual o fármaco fazendo a confirmação dos 9 certos, de modo a existir uma redução de erros na preparação e administração da terapêutica, uma vez que os erros mais frequentes estão relacionados com a dosagem da terapêutica (Pereira, 2020). Em modo de conclusão, consegui perceber o porquê das especificidades deste serviço que referi anteriormente, pois lidamos com patologias mentais e os comportamentos dos clientes são imprevisíveis, tendo reconhecido que estas medidas são sobretudo para a segurança dos mesmos, desta forma é possível aumentar a segurança para eles e para quem presta os cuidados, visando uma prestação de cuidados de excelência. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 10 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 2. COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS Ao longo das 4 semanas deste EC, foi-me possibilitado o desenvolvimento de diversas competências inerentes à prestação de cuidados de enfermagem à pessoa portadora de patologia mental. Ao longo deste capítulo serão relatadas vivências através de uma crítica reflexiva onde explorarei as competências desenvolvidas, bem como as dificuldades sentidas e as estratégias delineadas para lidar com as mesmas, ultrapassando-as. 2.1. COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DA RESPONSABILIDADE ÉTICA E DEONTOLÓGICA De acordo com Código Deontológico, “As intervenções de Enfermagem são realizadas com a preocupação da defesa da liberdade e da dignidade da pessoa humana e do enfermeiro”, sendo que este também regulamenta os valores que devem estar inerentes à prática da enfermagem, sendo eles a igualdade, a liberdade responsável com o fim do bem comum, a verdade, a justiça, o altruísmo, a solidariedade e a competência e o aperfeiçoamento profissional (Ordem dos Enfermeiros, 2015). Falando em responsabilidade é de salientar que o enfermeiro é responsável por todos os atos que pratica, tendo inerente o princípio da beneficência, desta forma considero que todas as minhas intervenções objetivaram o bem do cliente e a melhoria da sua situação clínica, considerando que fui muito crítica pois o interesse em entender a escolha por exemplo entre 2 fármacos prescritos em SOS o porquê de ser administrado um ao invés do outro. Enquanto estudante de enfermagem reconheço as minhas competências e os meus limites, por esta mesma razão sempre que era colocada alguma questão por parte dos clientes cuja resposta dependia da parte médica, encarregava-me de lhe indicar o gabinete médico, pois o enfermeiro não deve ser responsável pelas decisões médicas e o cliente deve entender isto mesmo. Da mesma forma que eu enquanto estudante sabendo dos riscos da administração de terapêutica nunca procedi à sua administração sem antes confirmar junto do enfermeiro responsável pelo cliente. Considero que possuo conhecimentos do Código Deontológico e que exerço as minhas funções tendo por base o que este regulamenta, não ultrapassando os meuss limites e as minhas competências, tendo sempre a garantia de que reconheço os meus valores e as minhas crenças e que estas não influenciam a minha prestação de cuidados, pois os cuidados de enfermagem devem ser prestados com excelência e sempre para o bem do cliente. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 11 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 A privacidade é um princípio que deve estar inerente à prática, no entanto fez-me alguma confusão a ausência de cortinas no serviço, que fui capaz de perceber o porquê apesar de ser algo que ainda me incomoda, tendo procurado sempre proteger a privacidade do cliente. 2.2. COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DOS PRÍNCIPIOS CHAVE DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS E DO PROCESSO DE ENFERMAGEM De acordo com Parecer nº76/2017, do Concelho de Enfermagem, da Ordem dos Enfermeiros, “O enfermeiro a nível da prestação de cuidados gerais tem como um dos princípios chave ajuizar e tomar decisões fundamentadas, qualquer que seja o contexto da prestação de cuidados e interpretar, de forma adequada, os dados objetivos e subjetivos, bem como os seus significados, tendo em vista uma prestação de cuidados segura.” (Conselho de Enfermagem, 2017). Considero que nunca apliquei nenhuma técnica na minha prática clínica da qual não tivesse conhecimento prévio e que não tivesse confiança suficiente para a aplicar, tentando sempre recorrer à pesquisa autónoma para poder usar evidência científica que fundamentasse as minhas ações, nomeadamente no planeamento de cuidados. Perante algum impasse ou problema creio que sempre demonstrei pensamento crítico para encontrar estratégias para os solucionar, nomeadamente no diz respeito à comunicação com os clientes, bem como à adesão na participação em Atividades Ocupacionais Terapêuticas (AOTs). Através da elaboração do estudo de caso (APÊNDICE I) proposto pela mesma unidade curricular que propôs a elaboração deste documento, cujo objetivo é o planeamento de cuidados para um cliente, desta forma foi-me possível acompanhar uma cliente com diagnóstico médico de depressão major, a qual acompanhei e prestei cuidados, guiando pelo plano de cuidados previamente elaborado, sendo que este ia sendo revisto diariamente com a finalidade de se manter atualizado para que os cuidados pudessem acompanhar a evolução ou regressão da situação clínicada mesma. Desta forma necessitei de realizar uma colheita de dados que foi realizada de forma sistemática, permitindo-me identificar as necessidades da cliente (a família não foi incluída visto que não é presente na vida da cliente), responsabilizando pelos diagnósticos e intervenções que formulei, bem como pelas intervenções executadas. Durante o planeamento de cuidados fui confirmando junto da cliente (que apresenta crítica para a doença) os diagnósticos e intervenções, confirmando o conhecimento da mesma sobre cada diagnóstico e intervenção, e esclarecendo Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 12 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 dúvidas que a mesma ia colocando, após esta confirmação foi-me então possível executar as intervenções de forma prioritária de acordo com a situação clínica da cliente. Aquando do planeamento de cuidados, nomeadamente quando levantados os diagnósticos, foram delineados os resultados esperados, sendo estes realistas, ou seja, resultados que são efetivamente alcançáveis. A execução do plano de cuidados não é um processo imediato, pois a cliente não se encontrava colaborante todos os dias, no entanto este processo foi realizado no decorrer dos dias, sendo que para atingir os resultados esperados realizei AOTs com a cliente. Após a execução do plano de cuidados realizei registos fiéis relativos às intervenções efetuadas, através da plataforma SClínico e no Plano de Cuidados elaborado por mim no estudo de caso, a realização destes registos careciam de avaliação sistemática, de forma a relatar e documentar a evolução diária da cliente até que os resultados esperados passassem a resultados efetivos. No decorrer deste processo senti dificuldades inicialmente na criação da relação terapêutica com a cliente, pois esta nem sempre colaborava ou queria interagir comigo, no entanto após a realização de AOTs de “quebra gelo” como é o caso da AOT denominada por “Ligações como Relações” (APÊNDICE II) foi possível conhecer-nos e consequentemente ir criando uma ligação que resultou numa relação terapêutica, e o que é facto é que o meu trabalho sortiu efeito na vida da cliente e poder sentir que melhorei a vida desta pessoa já valeu o esforço todo e este EC. 2.3. COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE De acordo com a Direção Geral da Saúde, “Promover e dinamizar a monitorização da saúde mental da população portuguesa, no que respeita aos principais indicadores de morbilidade e de utilização dos serviços” e “Promover a implementação de programas de promoção do bem- -estar e da saúde mental da população e da prevenção, tratamento e reabilitação das doenças mentais” são competências do Programa Nacional para a Saúde Mental (Xavier, 2018). Desta forma é importante não apenas envolver o cliente, como também a família, cuidador ou pessoas de referência neste processo de promoção da saúde que deve ser constante, tendo em conta uma visão holística e não individualista, considero que neste aspeto sempre tive pensamento crítico no que refere a olha para a pessoa não apenas como um binómio entre enfermeiro e cliente, mas sim como um trinómio, que envolve enfermeiro, cliente e família, de forma a garantir que a promoção da saúde tem uma maior probabilidade de sortir efeito. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 13 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 No entanto no decorrer deste EC não tive contacto com as pessoas de referência da cliente selecionada para o estudo de caso, nem com as famílias ou pessoas significativas dos restantes clientes, não podendo garantir uma correta promoção da saúde. Em contrapartida, elaborei e executei uma AOT de grupo (APÊNDICE III), para clientes com diagnóstico médico de depressão cujo objetivo principal foi abordar a depressão, os seus sinais e sintomas, bem como a importância da adesão ao regime terapêutico, que nesta patologia se encontra muitas vezes comprometido devido aos efeitos secundários da terapêutica. Esta AOT teve o resultado que eu esperava, pois os clientes que participaram na atividade falaram abertamente do que sentiam e de que forma isso os afetava, tendo a atividade terminado com os clientes a partilharem espontaneamente as suas experiências de vida e como chegaram à situação em que se encontram. A promoção da saúde engloba também a prevenção de riscos reais e potencias, desta forma considero que fui capaz de aplicar escalas de avaliação de riscos, nomeadamente a Escala de Avaliação do Risco de Queda de Morse e a Escala de Avaliação do Risco de Desenvolvimento de Úlceras por Pressão, entre outras, conseguindo atuar de modo preventivo. Por exemplo, no serviço os clientes usam chinelos descartáveis que são de tamanho universal, pelo que estes chinelos ficam muita largos à maioria dos clientes, desta forma recorrendo a uma ligadura consegui adaptar os chinelos para serem umas sandálias e diminuir o risco de que os clientes pudessem cair, tendo em conta que o tamanho dos pedaços não era superior a 20 centímetros de modo a prevenir as tentativas de suicídio por enforcamento. 2.4. COMPETÊNCIAS COMUNICACIONAIS A comunicação é o meio mais importante na prestação de cuidados a pessoas, na área da SMP, uma vez que devido à natureza dos problemas e pelo impacto que tem, torna-se ainda mais importante, uma vez que quando usada adequadamente é fundamental para a criação de uma relação terapêutica (Sequeira, 2020b, 2020a). No inicio do EC senti uma grande dificuldade ao nível da comunicação com os clientes, pois devido à influência do estigma social, sentia-me retraída e reticente em interagir com as pessoas com doença mental, pois não sabia o que esperar da parte delas, no entanto após o desenvolvimento da primeira AOT que começou com uma breve apresentação comecei a sentir- me mais à vontade e a questionar o porquê do estigma por parte da sociedade face à doença mental. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 14 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Tive a oportunidade de prestar cuidados especificamente a uma cliente com diagnóstico médico de depressão, inicialmente senti uma grande dificuldade na comunicação com a mesma pois esta encontrava-se isolada, muito pouco comunicativa, apresentando um discurso pobre e provocado, chegando mesmo a sentir-me frustrada por não conseguir manter a interação. Para combater esta dificuldade comecei por ir ao quarto da cliente e sentar-me com ela a fazer jogos de estimulação cognitiva, até que ela se começou a abrir comigo e falar espontaneamente. Aproveitei que a cliente já conseguira falar comigo espontaneamente e fiz-lhe uma entrevista de acordo com o Modelo de Tidal, que deriva da Teoria das Relações Interpessoais de Peplau, desta forma este modelo defende a importância da narrativa do cliente como base da planificação dos cuidados, pois permite colher os dados necessários para o desenvolvimento do plano de cuidados personalizado (Mendes, 2022). Considero que consegui desenvolver uma relação terapêutica com a cliente com que trabalhei para o estudo de caso, tendo observado resultados positivos, nomeadamente na interação social, na participação em atividades grupais e na comunicação comigo. Consegui manter esta relação terapêutica até obter os resultados que delineei, tendo conseguido pôr termo à mesma em conjunto com a cliente. Tive necessidade de recorrer à comunicação assertiva por diversas vezes, quando havia tentativa de manipulação por parte dos clientes, ou quando estes estavam a perguntar constantemente a mesma coisa, cuja resposta teria de ser dada pela equipa médica. No inicio senti alguma dificuldade em recorrer à assertividadepois não sabia bem as técnicas, no entanto após estudo a técnica mais usada foi a dos 5 EU, tendo recorrido também à técnica do disco riscado, mas considerei que a primeira sortia mais efeito do que a segunda, não causando tanta irritabilidade nos clientes. No concerne à comunicação com a equipa de enfermagem não senti dificuldades, nomeadamente na passagem de turno, visto que durante a primeira semana fui estando atenta para percecionar como esta era realizada. 2.5. COMPETÊNCIAS RELACIONADAS COM A GESTÃO DOS CUIDADOS A segurança física, emocional e social do indivíduo devem estar inerentes à gestão dos cuidados do enfermeiro prestador de cuidados gerais (Ordem dos Enfermeiros, 2015). Considero que que me responsabilizei sempre por assegurar um ambiente seguro a todos os níveis supracitados, privilegiando o tempo com os clientes. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 15 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 A gestão de tempo por parte do enfermeiro é também de grande relevo, pois o enfermeiro tem todas as funções técnicas que precisa de executar durante um turno, mas deve também privilegiar o tempo passado com os clientes e na área da SMP este tempo com os clientes torna- se ainda mais importante, uma vez que na maioria dos casos existe a necessidade por parte dos clientes de ter alguém que os escute e que se for o caso lhes esclareça as dúvidas existentes, e considero que neste aspeto sempre me mostrei muito disponível. Não posso referir a segurança sem falar no controlo de infeção, visto que esta é uma medida de segurança, desta forma evitava levar para a unidade de cada cliente algo que pudesse entrar em contacto direto com os seus pertences e depois entrar em contacto com os pertences de outro cliente, bem como a higienização constante das mãos. Como referido anteriormente no início tive alguma dificuldade em olhar para o cliente tendo em conta a sua mente, no entanto quando o consegui fazer ia conseguindo de forma objetiva avaliar, com recurso a escalas, os riscos reais e potencias que os clientes apresentavam, podendo desta forma atuar de acordo com o foco ou com os fatores desencadeantes na prevenção ou diminuição do risco. No que toca à administração de terapêutica tive sempre o cuidado de garantir a segurança da sua administração, mesmo quando esta era realizada de forma oral, tendo o cuidado de vigiar a toma, pois muitos dos clientes do serviço tinham por hábito simular a toma da mesma. Denoto ainda a criação de relações assertivas na equipa multidisciplinar, pois desde o inicio deste EC que me deixaram à vontade para me expressar e chegou a acontecer na passagem de turno fazer intervenções referentes a clientes que não a que me estava atribuída porque tinha assistido a algum episódio relevante que não estava a ser reportado. 2.6. COMPETÊNCIAS AUTÓNOMAS DE APRENDIZAGEM Denoto que no decorrer deste EC promovi a positivamente a imagem da escola, do curso e da profissão, tendo sempre demonstrado a capacidade critica no conhecimento das minhas dificuldades e limitações, procurando estratégias e ajuda para as ultrapassar. Considero que inicialmente não me mostrei proativa, pois sentia-me uma estranha naquele serviço, no entanto consegui depois sentir-me mais à vontade junto dos clientes e da equipa, tornando-me mais proativa de forma a conseguir ter uma maior autonomia e a ganhar destreza, tendo aproveitado todos os momentos de aprendizagem. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 16 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 De acordo com o Código Deontológico do Enfermeiro, este deve “Assegurar a atualização permanente dos seus conhecimentos” (Ordem dos Enfermeiros, 2015). Este EC em contexto de SMP é muito desafiante e tive de efetuar muito estudo para lidar com diversas situações, nomeadamente tentativas de manipulação, sinto que deveria ter começado a estudar mais cedo para ter tirado um maior proveito desta experiência, no entanto é uma área que eu abominava, mas que me fez olhar para enfermagem de uma forma diferente, mais bonita. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 17 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 CONCLUSÃO Este documento comtempla o trabalho desenvolvido ao longo de 4 semanas em campo de estágio no Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém, sendo possível percecionar as experiências vivenciadas, bem como uma crítica reflexiva face às mesmas. Esta reflexão deve ser diária, e por essa mesma razão o conteúdo deste relatório é um resumo da reflexão de todas as oportunidades que experienciei no tratamento à pessoa com patologia mental. A maior dificuldade sentida na elaboração deste relatório prende-se com aquelas que foram também as minhas dificuldades na prática, nomeadamente a comunicação com os utentes, o conhecimento ao nível de todas as patologias com que me deparei, mas acima de tudo o lidar com as pessoas em fase aguda da doença. Para colmatar estas necessidades tive de recorrer ao estudo e ao desenvolvimento de habilidades interpessoais, assim como o treino de técnicas de assertividade. Considero que não encontrei limitações na elaboração deste trabalho, uma vez que é referente ao meu percurso e às minhas vivências e que desta forma não há hipóteses de erro, visto que fui eu que presenciei e experienciei estas 4 semanas. Considero que a elaboração deste relatório reflexivo me fez olhar para a especialidade de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica de uma forma diferente, pois todo o receio que sentia inicialmente, muito devido ao estigma social face à doença mental, se desvaneceu rapidamente ao perceber que independentemente da doença de cada cliente, eles são acima de tudo pessoas que merecem ser tratadas como tal, com respeito, amor e dignidade. Para mim a enfermagem é isto mesmo é colocar amor em tudo o que faço, pois chego ao fim do dia e sinto que fiz a diferença na vida de cada um quem contactei de perto e este sentimento de realização vale cada minuto do meu tempo, mais do que qualquer investimento. Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 18 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Conselho de Enfermagem. (2017). Parcer no26/2017 - Competências da Profissão de Enfermagem. Mendes, L. (2022). NA esperança como foco de atenção em Enfermagem na reabilitação psicossocial orientada para o Recovery. Nunes, L. (2020). Aspetos Éticos na Investigação de Enfermagem (NURSE’IN - Unidade de Investigação em Enfermagem do Sul e Ilhas, Ed.; 1a). Ordem dos Enfermeiros. (2015). Deontologia Profissional. Em Ordem dos Enfermeiros (Ed.), Código Deontológico (1a, pp. 1–12). Pereira, E. (2020). Semana da Segurança do Doente: Segurança na Utilização da Medicaçãpo. https://www.chts.min-saude.pt/noticias/semana-da-seguranca-do-doente-seguranca-na- utilizacao-da-medicacao/ Sequeira, C. (2020a). Comunicação em Saúde Mental. Em LIDEL (Ed.), Enfermagem de Saúde Mental - Diagnósticos e Intervenções (1a, p. 73). Sequeira, C. (2020b). 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Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 24 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 25 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 26 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 27 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 28 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 29 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 30 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 31 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 32 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 33 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 34 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 35 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 36 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 37 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 38 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 39 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 40 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 41 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 42 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 43 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 44 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 45 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 46 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 47 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 48 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 49 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 50 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 51 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 52 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 53 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 54 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 55 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 56 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 57 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 58 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 59 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 APÊNDICE II – ATIVIDADE OCUPACIONAL TERAPÊUTICA – “LIGAÇÕES COMO RELAÇÕES” Atividade Ocupacional Terapêutica I Tema: Ligações como Relações Local, Data, Hora e Duração Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém, no dia 11 de maio de 2023, pelas 14 horas e 30 minutos, com uma duração de 40 minutos. Objetivo Geral Apresentação das pessoas do grupo. Objetivos Especificos Estimular o relacionamento interpessoal; Promover o autoconceito; Manter e/ou promover o funcionamento grupal; Manter a organização comportamental no que diz respeito ao índividuo e ao grup; Reforçar a importância das relações interpessoais.Critérios de Seleção dos Participantes Doentes internados no Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém; Doentes sem alterações ao nível da comunicação – afasia; Doentes com capacidade de falar em português; Doentes sem alterações do pensamento em fase aguda. Recursos Necessários 12 cadeiras e 1 novelo de lã. Metodologias e Estratégias Os participantes deverão sentar-se nas cadeiras que se encontrarão dispostas em círculo. O líder iniciará dando instruções aos participantes para que estes quando tiverem o novelo de lã nas suas mãos digam informações sobre si (nome, idade, de onde são, dois aspetos positivos e dois aspetos a melhorar sobre si), referindo que o participante não deverá passar o novelo para as pessoas que tem sentadas ao seu lado (só desta forma será possível criar uma teia). O líder deve ainda reforçar que nenhum participante poderá interromper o momento de outro, nem expressar quaisquer comentários, cada participante apenas poderá falar enquanto tiver o novelo de lã nas mãos. O líder inicia partilhando a informação sobre si segurando na ponta do fio e passando o novelo ao participante seguinte. A sequência apenas termina quando o líder tiver novamente o novelo nas mãos, momento em que será feito um apanhado da informação recolhida, bem como uma breve conclusão da importância das relações interpessoais. Indicadores de Avaliação Avaliação contínua por observação. Avaliação qualitativa por partilha. Aspetos Éticos a Considerar Consentimento informado expresso verbalmente. Responsáveis pela Atividade Líder: Inês Margarida Avaliadores: Inês Margarida e João Mesquita Colaboradores: Inês Margarida e João Mesquita Relatório Reflexivo do Ensino Clínico V – Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica 60 Inês M. R. Pinheiro junho, 2023 APÊNDICE III – ATIVIDADE OCUPACIONAL TERAPÊUTICA – “VAMOS FALAR DE DEPRESSÃO” Atividade Ocupacional Terapêutica III Tema: Vamos Falar de Depressão Local, Data, Hora e Duração Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém, no dia 29 de maio de 2023, pelas 14 horas e 30 minutos, com uma duração de 45 minutos. Objetivo Geral Promover a Adesão ao Regime Terapêutico. Objetivos Especificos Promover o conhecimento sobre a Patologia Depressiva Major, com características psicóticas. Promover o conhecimento dos psicofármacos do grupo dos antidepressivos, nomeadamente quais as suas vantagens e a importância do não abandono dos mesmos. Critérios de Seleção dos Participantes Doentes com diagnóstico de Patologia Depressiva Major, com características psicóticas, internados no Serviço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém; Doentes sem alterações ao nível da comunicação – afasia; Doentes com capacidade de falar em português; Doentes sem alterações do pensamento em fase aguda. Recursos Necessários 1 computador e 1 questionário para cada participante. Metodologias e Estratégias Primeiramente cada participante deverá preencher um questionário sobre a forma como se sente ou já sentiu (questionário cujo foco são os sintomas depressivos). De seguida será feita uma exposição sobre a Perturbação Depressiva, que conduzirá a uma reflexão coletiva sobre as respostas obtidas nos questionários. Realizar uma explicação sobre os antidepressivos, as suas vantagens e desvantagens, bem como sobre as particularidades dos mesmos, mais especificamente o intervalo de tempo até que surtam efeitos terapêutico efetivo. Para finalizar a atividade serão colocadas questões através de suporte de papel de forma a verificar a aquisição do conhecimento. Indicadores de Avaliação Avaliação contínua por observação. Avaliação por escrito através de questionário ndividual. Aspetos Éticos a Considerar Consentimento informado expresso verbalmente. Responsáveis pela Atividade Líder: Inês Margarida Avaliadores: Inês Margarida Colaboradores: Inês Margarida e João Mesquita