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Mercado de capitaisMercado de capitais
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Bem vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é o
início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho,
junto com você construir nosso conhecimento sobre os conceitos fundamentais de
Mercado de Capitais. Além de conhecer seus principais conceitos e de�nições
vamos explorar, como é organizado e como analisar o mercado para poder investir. 
Na unidade I explicaremos como é o funcionamento do Mercado Financeiro
brasileiro. Discorreremos sobre o Sistema Financeiro Nacional, sua estrutura, regras
e de�nições. E abordaremos sobre diferentes tipos de investimentos, formas de
remuneração, impostos.
Já na unidade II discorreremos sobre os tipos de títulos �nanceiros públicos e
privados. Abordaremos sobre os tipos de ações: ordinárias, preferenciais, BRD, ETF,
Unit. E no �nal da unidade exempli�caremos os fundos de investimentos e outros
investimentos.
Depois, na unidade III abordaremos sobre o funcionamento da B3 - Brasil, Bolsa,
Balcão. Sendo a principal instituição brasileira de intermediação para operações do
mercado de capitais, desenvolve, implanta e provê sistemas para a negociação de
ações, derivativos de ações, títulos de renda �xa, títulos públicos federais, derivativos
�nanceiros, moedas à vista e commodities agropecuárias.
Na unidade IV será abordado sobre os dois tipos de análises de investimentos mais
conhecidos no mercado de capitais. Primeiramente conceituaremos a análise
fundamentalista, na qual é considerada uma grande ferramenta para o investidor. E
compreenderemos a análise técnica, na qual difere da análise fundamentalista, uma
vez que não considera os fatores externos, e utiliza o grá�co como ferramenta
principal da análise técnica. 
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada
de conhecimento e multiplicar seus conhecimentos. Esperamos contribuir para seu
crescimento pessoal e pro�ssional. 
Muito obrigado e bom estudo!
Unidade 1
Mercado �nanceiro e o
sistema �nanceiro
nacional
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Introdução
Caro(a) aluno(a), na Unidade 1, do livro da disciplina Mercado de Capitais,
explicaremos como é o funcionamento do Mercado Financeiro brasileiro. O mercado
�nanceiro, através de instituições públicas, privadas e das entidades
governamentais tem como objetivos a aplicação e a captação de recursos
�nanceiros, a distribuição e a circulação de títulos e valores mobiliários e a
regulamentação desse processo. O mercado �nanceiro pode ser segmentado em
quatro mercados especí�cos: Cambial, Monetário, Crédito e de Capitais.
Discorreremos sobre o Sistema Financeiro Nacional, sua estrutura, regras e
de�nições. O Sistema Financeiro Nacional tem como objetivo promover o
desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade, e que o
mesmo será regulado por leis complementares, as quais irão dispor, inclusive, acerca
da participação do capital estrangeiro nas instituições. Dentro desta composição, o
Sistema Financeiro Nacional pode ser estruturado em: órgãos normativos, que são
aqueles que determinam as normas gerais, propondo políticas públicas estratégicas;
entidades supervisoras, as quais são responsáveis pela �scalização do cumprimento
das regras estabelecidas pelos órgãos normativos; e os operadores, que são os
intermediários �nanceiros e atuam com o público.
E por �m iremos diferenciar o tipos de investimentos, nas quais podem se dar de
diversas maneiras, além das tradicionais que são no mercado �nanceiro e em
companhias, existem outros instrumentos que são utilizados pelos investidores,
sendo mais popular os investimento em imóveis que consistem na compra, venda e
valorização de residências e terrenos, moedas digitais e etc. Os investidores
possuem a sua disposição uma ampla gama de possibilidades de investimento
dentro do mercado �nanceiro, na qual, a partir de suas análises e as suas pretensões,
podem fazer suas escolhas. Os investimentos podem ser classi�cados em diversos
tipos, sendo os mais conhecidos os de renda �xa e renda variável.
Bons estudos!
Mercado �nanceiro
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Quando estudamos o mercado �nanceiro é fundamental compreender as suas
principais características e as operações que podem ser realizadas. Se faz necessário
conhecer os agentes econômicos envolvidos nas operações, que são os
intermediários, quais tipos dos ativos e produtos �nanceiros que podem ser
negociados, quais os meios que são utilizados para a captação dos recursos
�nanceiros, a �nalidade da aplicação desses recursos, tempo (prazo) da operação, a
formalização, entre outros aspectos. Ao estudar essas características, é o que
permite a divisão dos mercados �nanceiros, sendo classi�cados em diferentes
segmentos, embora possa haver diferentes classi�cações, dependendo da natureza
do que se está estudando. Dessa maneira é possível classi�car os mercados
�nanceiros quanto ao prazo da operação, quanto aos ativos e produtos �nanceiros
utilizados ou quanto à �nalidade da aplicação. (CVM, 2019; ASSAF NETO, 2014)
O mercado �nanceiro tem como objetivos a aplicação e a captação de recursos
�nanceiros, a distribuição e a circulação de títulos e valores mobiliários e a
regulamentação desse processo, a partir das instituições privadas e públicas e das
entidades governamentais. Assim o mercado �nanceiro pode ser dividido em
quatro mercados especí�cos: Cambial, Monetário, Crédito e de Capitais.
Mercado de Crédito
Quadro 1: Estrutura do Mercado Financeiro
Estrutura do Mercado Financeiro
Mercados Atuação Tempo
Monetário Controle dos meios de pagamentosda economia.
Curtíssimo e
curto prazos.
Crédito Créditos para consumo e capital degiro das empresas.
Curto e médio
prazos.
Capitais Investimentos, �nanciamentos eoutras operações.
Médio e longo
prazos.
Cambial Conversão de moedas. A vista e curtoprazo.
Fonte: Assaf Neto (2014)
O mercado de crédito tem como objetivo fundamental fornecer e suprir as
necessidades de caixa de curto e médio prazos dos agentes econômicos, seja
concedendo créditos para as pessoas físicas, ou por empréstimos e �nanciamentos
as companhias. As operações desse mercado são realizadas por instituições
�nanceiras bancárias, tendo como base uma política de especialização do Sistema
Financeiro Nacional. Assim cada vez mais as atividades dos bancos, que visam
principalmente reforçar o volume de captação de recursos, é possível observar uma
evolução para um processo de diversi�cação de produtos �nanceiros e também na
área de serviços prestados. (ASSAF NETO, 2014; ROSSETTI, 2016). 
Mercado de Capitais
O mercado de capitais tem como �nalidade o atendimento das necessidades de
�nanciamento de médio e longo prazos das sociedades anônimas (SA) de capital
aberto. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão �scalizador deste
mercado. O mercado de capitais é tido como um dos papéis mais relevantes no
processo de desenvolvimento econômico nacional, uma vez que é o grande
catalisador de recursos permanentes para a economia, pois realiza uma ligação
entre os que têm capacidade de poupar, ou seja, os investidores, e aqueles
necessitam de recursos de longo prazo, ou seja, que apresentam dé�cit de
investimento, na maioria das vezes as companhias. O mercado de capitais tem uma
estrutura que buscam suprir as necessidades de investimentos dos agentes
econômicos, por meio de diversas modalidades de �nanciamentos a médio e longo
prazos para capital de giro e capital �xo. É constituído pelas instituições �nanceiras
não bancárias, instituições componentes do sistema de empréstimos e poupança e
entre outras instituições auxiliares. O mercado de capitais oferece também
�nanciamentos com prazo indeterminado, como é o caso de operações que
envolvem as de ações das companhias listadas na B3. (MENESES E MARIANO, 2011).
Mercado Monetário
Segundo Assaf Neto (2014) o mercado monetário está estruturado de uma maneira
para manter o controleda liquidez monetária da economia, bem como as taxas de
juros �xadas pelas autoridades monetárias. Neste mercado os papéis são
negociados a partir de um parâmetro de referência a taxa de juros, na qual se
constitui em sua mais importante moeda de transação. O mercado monetário é
caracterizado pelo curto e curtíssimo prazos, esse mercado é responsável pela
formação das taxas de juros da economia como as taxas Selic e DI. Os papéis são
negociados, principalmente os emitidos pelo Tesouro Nacional, com o objetivo de
�nanciar o orçamento público, juntamente com além de diversos títulos públicos
emitidos pelos Estados e Municípios.
Os certi�cados de depósitos inter�nanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições
�nanceiras, e títulos de emissão privada, como o certi�cado de depósito bancário
(CDB) e debêntures são tipos de papéis negociados no mercado monetário O
mercado monetário é essencial para o estabelecimento do nível de liquidez da
economia, controlando e regulando o �uxo de moeda convencional (papel-moeda) e
de moeda escritural (depósitos a vista nos bancos comerciais). Para adequar o
volume de moeda com o objetivo de manutenção de liquidez da economia, a
autoridade monetária (Banco Central) atua no mercado �nanceiro disponibilizando
ou retirando recursos da economia. (ASSAF NETO, 2014)
Mercado de Câmbio
De acordo com Eiteman, Stonehill e Moffet (2013) Por meio do mercado de câmbio é
feito a troca de moeda de um país pelo outro, a chamada conversão de câmbio. A
taxa de câmbio é de�nida pelo o valor da moeda nacional perante a moeda
estrangeira. O mercado de câmbio pode ser dividido em dois segmentos, o mercado
interbancário e o mercado de clientes. As transações individuais no mercado
interbancário são, normalmente, para grandes volumes de valores equivalentes em
outras moedas. Enquanto que contratos entre um banco e seu cliente são,
geralmente, pequenas quantias. Neste mercado os participantes podem ser
divididos em categorias: negociadores bancários e não bancários de câmbio,
indivíduos e empresas conduzindo.
Segundo Eiteman, Stonehill e Moffet (2013) que o mercado de câmbio é o
mecanismo pelo qual os participantes transferem poderes de compra entre países,
obtém ou fornecem crédito para transações de negócios internacionais e
minimizam a exposição aos riscos das mudanças nas taxas de câmbio. Essa
transferência de poder de compra é fundamental para que os negócios
internacionais e transações de capitais pois usualmente envolvem partes que
residem em países com moedas nacionais diferentes. Cada parte nesta relação,
geralmente, quer negociar na sua própria moeda, mas a negociação ou transação
de capitais pode ser realizada apenas em uma única moeda. Assim um dos
negociadores terá que utilizar uma moeda estrangeira.
Sistema �nanceiro
nacional: estrutura, regras
e de�nições
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
As instituições �nanceiras são considerados intermediários �nanceiros, pois auxiliam
na realização das transferências dos fundos disponíveis dos agentes superavitários
para aqueles que pretendem realizar um investimento, necessitando de recursos
para tanto. A intermediação prestada pelas instituições �nanceiras pode se dar de
forma direta ou indireta. Na intermediação direta, segundo Pinheiro e Saddi (2005)
este contato existe, tendo em vista que o �uxo de recursos ocorre de maneira direta
entre os agentes, ainda que haja participação de instituições que facilitem o
processo, como bolsas e corretoras. A intermediação direta ocorre normalmente por
meio do mercado de capitais. Já na forma indireta, há uma instituição �nanceira,
como um banco ou alguma cooperativa de crédito, que está entre o agente
poupador e o tomador de recursos, não existindo o contato ou obrigação mútua
entre os agentes, mas apenas entre cada um deles e a instituição (BACHA, 2018).
Para que a transferência de recursos ocorra de maneira satisfatória, é necessário que
o país tenha um mercado �nanceiro organizado, que forneça diversas alternativas
de investimentos. Segundo Eizirik (2008) o mercado �nanceiro, conceitua-se como
um conjunto de mecanismos voltados para a transferência de recursos entre os
agentes econômicos. Quantitativamente o mercado �nanceiro funciona de forma a
adequar a estrutura de produção à estrutura de apropriação. A partir do ponto de
vista qualitativo, é criado, mediante a intermediação �nanceira, melhores condições
de liquidez, prazo, risco, rentabilidade, e outras, entre poupadores e tomadores.
Dessa maneira, quanto mais organizado for o mercado �nanceiro, maior será o
número de alternativas de investimento oferecidas, permitindo a transferência de
recursos entre tomadores e poupadores em condições que satisfaçam a ambos. 
Um mercado bem organizado além de proporcionar melhores condições aos
agentes na realização de suas negociações, permite otimização do tempo e espaço,
centralizando a demanda e a oferta de recursos. De acordo com Pinheiro e Saddi
(2005) no mercado �nanceiro os agentes (poupadores e investidores) que estão
envolvidos nas transações realizadas raramente se conhecem. Junto a isso
envolvesse o tempo entre as transações uma vez que os recursos são tomados hoje
CONCEITUANDO
De acordo com Eizirik (2008) o intermediário �nanceiro remunera o
recurso dos superavitários com juros, na medida em que ao repassar
estes recursos aos agentes que deles necessitam para realizar seus
investimentos, ele cobra juros em um valor maior. A diferença é
considerado o spread bancário, que consiste na remuneração obtida
pela instituição �nanceira.
para serem pagos apenas no futuro. Segundo Pinheiro e Saddi (2005) todo país
desenvolvido é estruturado fundamentalmente com um bom sistema �nanceiro, o
que implica que também não há país nessa situação sem um bom sistema legal e
judicial, pois a intermediação �nanceira não pode se desenvolver sem uma base
jurídica adequada. 
De acordo com Assaf Neto (2014) o Sistema Financeiro Nacional foi estruturado e
regulado pela Lei 4.595 da Reforma Bancária em 1964, seguida da Lei 4.728 de 14 de
julho de 1965, que disciplina o Mercado de Capitais e determina medidas para o seu
desenvolvimento, já em 21 de setembro de 1988 ocorreu o estabelecimento dos
bancos múltiplos, consolidando diversas atividades �nanceiras sob uma única
entidade jurídica, por meio da Resolução 1.524/88, e �nalmente em 22 de abril de
2002 se dá o início do novo sistema de pagamento brasileiro, trazendo benefícios
como a redução no risco de liquidação �nanceira das transações bancárias e
transferindo para o setor privado o risco de crédito do Banco Central, com
instituições �nanceiras que apresentavam saldo negativo na conta de reserva
bancária. A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu artigo 192, que o Sistema
Financeiro Nacional deve promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir
aos interesses da coletividade. Expõe, ainda, que o mesmo será regulado por leis
complementares, as quais irão dispor, inclusive, acerca da participação do capital
estrangeiro nas instituições (BRASIL, 1988).
A Lei n. 4.595 de 31 de dezembro de 1964 criou o Conselho Monetário Nacional, órgão
superior do Sistema Financeiro Nacional, e dispôs acerca da política e das
instituições monetárias, bancárias e creditícias. Referida legislação apresenta em seu
artigo 1º a composição do Sistema Financeiro, o qual é constituído pelo Conselho
Monetário Nacional, Banco Central do Brasil, Banco do Brasil S.A., Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e demais instituições �nanceiras públicas e privadas
(BRASIL, 1964). Dentro desta composição, o Sistema Financeiro Nacional pode ser
estruturado em: órgãos normativos, que são aqueles que determinam as normas
gerais, propondo políticas públicas estratégicas; entidades supervisoras, as quais são
responsáveis pela �scalização do cumprimento das regras estabelecidas pelos
órgãos normativos; e os operadores, que são os intermediários �nanceiros e atuam
com o público (BACEN, 2018). A estrutura e os segmentos do Sistema Financeiro
Nacional podem ser visualizadosna �gura 1, extraída do site do Banco Central do
Brasil:
Figura 1: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
$
$$
$
Moeda, crédito, capitais e câmbio Seguros privados Previdência fechada
O
pe
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Su
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or
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os CMN
Conselho Monetário
Nacional
BCB
Banco central
do Brasil
CVM
Comissão de Valores
Mobiliários
CNSP
Conselho Nacional de
Seguros Privados
SUSEP
Superintendência
de seguros
privados
CNPC
Conselho Nacional
de Previdência 
Complementar
PREVIC
Superintendência
Nacional de
Previdência
Complementar
Bancos e
caixas econômicas
Administradores de
consórcios
Bolsa
de valores
Seguradoras e
Resseguradores
Cooperativas
de crédito
Corretoras e
distribuidoras*
Bolsa de mercadorias
e futuros
Entidades abertas
de previdência
Instituições
de pagamento**
Demais instituições
não bancárias
* Dependendo de suas atividades corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM;
** As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme as diretrizes estabelecidas pelo CMN.
Sociedades
de capitalização
Entidades fechadas
de previdência
complementar
(fundos de pensão)
$
Fonte: Adaptado de Banco Central do Brasil (2020)
De acordo com Assaf Neto (2014) o Conselho Monetário Nacional (CMN) é
responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema
Financeiro Nacional. Este conselho visa se adaptar o volume dos meios de
pagamento às necessidades da economia, regular o valor interno e externo da
moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos, orientar a aplicação dos recursos
das instituições �nanceiras, propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos
instrumentos �nanceiros, zelar pela liquidez e solvência das instituições �nanceiras,
e coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública
interna e externa. O principal executor das orientações do Conselho Monetário
Nacional é o Banco Central do Brasil, uma autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda, sendo também responsável por garantir o poder de compra da moeda
nacional. 
Os principais objetivos do Banco Central, são os de zelar pela adequada liquidez da
economia, manter as reservas internacionais em nível adequado, estimular a
formação de poupança e zelar pela estabilidade e promover o contínuo
aperfeiçoamento do sistema �nanceiro suas principais atribuições, sendo elas a de
emitir papel moeda e moeda metálica, executar os serviços do meio circulante,
receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições �nanceiras e
bancárias, realizar as operações de redesconto e empréstimo às instituições
�nanceiras, regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros
papéis, exercer a �scalização de instituições �nanceiras, autorizar o funcionamento
das instituições �nanceiras, estabelecer as condições para o exercício de quaisquer
cargos de direção nas instituições �nanceiras, vigiar a interferência de outras
empresas nos mercados �nanceiros e de capitais e controlar o �uxo de capitais
estrangeiros no país. (WERNKE, 2008) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por regulamentar,
desenvolver, controlar e �scalizar o mercado de valores mobiliários no Brasil. De
acordo com Wernke (2008) as funções da CVM são as de assegurar o funcionamento
e�ciente e regular dos mercados de bolsa de valores e de balcão, proteger os
titulares de valores mobiliários, evitar ou coibir modalidades de fraude ou
manipulação no mercado, assegurar o acesso ao público a informações sobre
valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido,
assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobiliários, estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores
mobiliários, promover a expansão e o funcionamento e�ciente e regular do mercado
de ações, estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das
companhias abertas.
A Superintendência de Seguros Privados uma autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda responsável pelo controle e �scalização do mercado de seguro, previdência
privada aberta e capitalização. Dentre suas atribuições estão:
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma
autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por �scalizar as
atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de
pensão). A Previc atua como entidade de �scalização e de supervisão das atividades
das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas
para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de
previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência
Complementar. (BACEN, 2020)
Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação
das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de
Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de
executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados – CNSP;
Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular
que se efetua através das operações de seguro, previdência
privada aberta, de capitalização e resseguro;
Defender os interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados; 
Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, promover a estabilidade dos
mercados sob sua jurisdição; 
Cuidar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o
mercado, disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas
entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de
provisões técnicas, cumprir e fazer cumprir as deliberações do
CNSP; 
Exercer as atividades que por este forem delegadas e prover os
serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
SAIBA MAIS
O Banco Central do Brasil tem mais de 50 anos. A realização de
entrevistas orais com personalidades que contribuíram para a sua
construção faz parte da memória dessa Instituição, que tão
intimamente se vincula à trajetória econômica do país. Acesse o site do
Banco Central do Brasil e entenda mais a história do tão importante
Banco para o país.  
Fonte: BANCO CENTRAL DO BRASIL
ACESSAR
https://www.bcb.gov.br/historiacontada/index.html
Tipos de investimentos,
formas de remuneração,
impostos
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Os investimentos são instrumentos utilizados para se obter um desenvolvimento ou
uma multiplicação das �nanças, recursos ou fatores onde é aplicado, seja um
investimento empresarial, governamental ou �nanceiro. Segundo Assaf Neto (2014)
o investimento tem como objetivo o crescimento de capital em opções que
requerem o aumento efetivo da capacidade produtiva de uma país, determinando
maior capacidade futura podendo gerar riqueza.
O intuito de obter ganhos futuros, sempre superiores aos valores aplicados,
relacionado a um nível de viabilidade e atratividade, faz do investimento uma
maneira de se maximizar as riquezas e alcançar os retornos desejados de uma
aplicação. Segundo Gitman e Joehnk (2005) o investimento é considerado qualquer
instrumento na qual os fundos disponíveis são colocados com expectativa de render
positivamente. Esses retornos positivos dos investimentos recebidos são divididos
em duas formas básicas: rendimento corrente e o valor agregado.
Fazem parte do processo de investimentos: as empresas, indivíduos e o governo,
sendo considerados os três elementos essenciais. Para Gitman e Joehnk (2005) cada
um pode agir como fornecedor e demandante de fundos. A economia necessita
para seus crescimentos, que os fundos devem estar disponíveis a indivíduos
quali�cados, empresas e ao governo. Os investimentos podem se dar de diversas
maneiras, além das tradicionais que são no mercado �nanceiro e em companhias,
existem outros instrumentos que são utilizados pelos investidores, sendo mais
popular os investimentos em imóveis que consistem na compra, venda e valorização
de residências e terrenos,moedas digitais e etc.
Os investidores possuem a sua disposição uma grande quantidade de possibilidades
de investimento dentro do mercado �nanceiro, na qual, a partir de suas análises e as
suas pretensões, podem fazer suas escolhas. Os investimentos podem ser
classi�cados em diversos tipos, sendo os mais conhecidos os de renda �xa e renda
variável.
Instrumentos Financeiros de Renda Fixa
No mercado de renda �xa, como o próprio nome sugere, encontram-se os produtos
de terra �rme, ou seja, os que possuem rentabilidade, quase, que garantida. De
acordo com Lima et al (2006) o termo renda �xa é utilizado para as aplicações que
de�nem a taxa de juros pré-estabelecida para ser aplicada ou, ainda, indicam um
índice que será aplicado para corrigir o principal. Nos instrumentos �nanceiro de
renda �xa, o tomador e o aplicador, sabe do valor que é investido, qual será a
rentabilidade da operação, uma vez que a taxa é divulgada, ou através de um índice,
mesmo que embora não tenha sido de�nido para a data do resgate, indicando
assim qual será a correção aplicada ao principal. No mercado �nanceiro brasileiro
dispõe de distintos tipos de investimentos, cada um com seu grau de risco, retorno e
liquidez.
Segundo Lima et al (2006) os ativos de renda �xa, são considerados mais seguros,
por isso normalmente são procuradas pelas classes de renda mais baixas, por terem
uma menor complexidade para se entenderem e aceitarem quantias iniciais
menores. Porém, por conta dessas garantias, estes produtos apresentam menor
risco de perdas, logo, sua rentabilidade é menor que os instrumentos de renda
variável.
Caderneta de Poupança
A poupança é uma aplicação muito difundida no Brasil e contempla especialmente
o aplicador e investidores que não desejem correr risco e que tem pouco capital
para investimento (FRANKENBERG, 1999). Para Fortuna (2005), essa aplicação é a
mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que se podem
aplicar pequenas somas e ter liquidez diária, apesar de se perder a rentabilidade
para saques fora da data de aniversário. A caderneta de poupança é remunerada
mensalmente, por uma taxa de juros estabelecida em 0,5% ao mês mais a variação
da TR (Taxa referencial) na data de aniversário da aplicação, assim, deduz-se que a
rentabilidade do ativo dá-se de acordo com a quantia de dias úteis no mês e a
variação da TR no período.
Segundo Fortuna (2005), Esse tipo de investimento pode ser realizado tanto por
pessoas físicas quanto as jurídicas. Para o investidor que deseja aplicar em uma
caderneta de poupança, a mesma poderá ser aberta em qualquer dia do mês.
Quanto da remuneração da mesma, para pessoas físicas e pessoas jurídicas sem �ns
lucrativos, dá-se mensalmente, sem a cobrança de tributação (imposto de renda), já
para as empresas, a rentabilidade passa a ser trimestral, tributadas pelo imposto de
renda conforme legislação especí�ca. 
Certi�cados de Depósitos Bancários –
CDB
Os Certi�cados de depósitos bancários são títulos de renda �xa, o�cialmente
conhecida como depósitos a prazo, que somente podem ser emitidos por bancos
comerciais, bancos múltiplos e bancos de investimento. Conforme Brito (2005)
de�ne o objetivo principal do CDB é captar recursos para serem repassados,
geralmente, em operações de crédito. Em alguns casos os recursos captados por
meio desses produtos são utilizados na constituição de posição própria da
instituição, mediante a aplicação em outros produtos no mercado �nanceiro. 
Estes títulos podem ser pré ou pós-�xados. Os pré-�xados têm sua remuneração
de�nida no ato da aplicação. Já os pós-�xados têm a forma de cálculo de�nida no
momento da aplicação. Não existe prazo máximo para manter os recursos aplicados
em CDB, já o prazo mínimo é de 30 dias, porém o impacto do imposto de renda
sobre este tipo de instrumento ele está diretamente ligado ao prazo de aplicação.
Certi�cado de Depósito Interbancário – CDI
Os certi�cados de depósito interbancário são os títulos de emissão das instituições
�nanceiras monetárias e não-monetárias que lastreiam as operações do mercado
interbancário. As características deste instrumento �nanceiro são idênticas ao CDB,
porém, a diferença entre eles é que a negociação do CDI �ca restrita ao mercado
interbancário. A função do CDI é a de transferir recursos de uma instituição
�nanceira a outra, ou seja, quando uma instituição está sem liquidez monetária,
realiza um empréstimo de outra que possui esta disponibilidade, pagando uma taxa
por este empréstimo. O CDI é utilizado como um indexador de várias aplicações
�nanceiras, como por exemplo, o CDB. A vinculação da rentabilidade de um CDB à
variação do CDI insere um indexador ao primeiro título, tornando-o um título com
rendimento pós-�xado (FILHO; ISHIKAWA, 2000; FORTUNA, 2005)
Debêntures
De acordo com Fortuna (2005) a debênture é um título emitido apenas por
sociedades anônimas não �nanceiras de capital aberto, com garantia de seu ativo e
com ou sem garantia subsidiária da instituição �nanceira, que as lança no mercado
para obter recursos de médio e longo prazos, destinados normalmente a
�nanciamento de projetos de investimentos ou alongamento do per�l do passivo.
Uma empresa seja ela pública ou privada, ao desejar �nanciar iniciativas de médio e
longo prazos, por exemplo: ampliação do parque fabril ou renovação da frota de
veículos, esta irá necessitar de recursos �nanceiros. Assim, uma maneira que torna
esses investimentos menos oneroso para a empresa, está a emissão de títulos da
dívida da mesma, as chamadas debêntures. A debênture pode ser considerada um
empréstimo que o tomador (comprador) do título faz a empresa que a emitiu. Os
ATENÇÃO
Para o CDB e CDI as alíquotas do Imposto de Renda segue as seguintes
regras:
Aplicações de até 180 dias: 22,5%
Aplicações entre 181 e 360 dias: 20%
Aplicações entre 361 e 720 dias: 17,5%
Aplicações maiores do que 721 dias: 15%.
tomadores destes títulos os adquirem com a expectativa de receber juros periódicos
e o reembolso especí�co do valor principal (valor nominal da debênture) quando do
seu vencimento.
Tabela 1: Operação com debêntures
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)
Tesouro Nacional ou Tesouro Direto
Os títulos públicos são instrumentos �nanceiros de renda �xa, com o objetivo
principal de captar recursos para o �nanciamento da dívida pública, ou para
�nanciar programas do governo federal. A captação de recursos pelos títulos
públicos é feita pela secretaria do Tesouro Nacional. Todos os títulos de emissão do
Tesouro Nacional, cujas características serão descritas no Decreto 3.859 de
04/07/2001 (FORTUNA, 2005; ASSAF NETO, 2014)
Instrumentos Financeiros de Renda
Variável
É comum ler e assistir nos noticiários sobre o mercado de capitais, pois sempre que
é mencionada a frase “renda variável”, logo vem à mente do investidor a bolsa de
valores, e com a lembrança da bolsa de valores, logo se pensa em cassino.
Observando-se os instrumentos de renda variável, percebe-se que a grande maioria
desses instrumentos são negociados na Bolsa de Valores. Se uma pessoa deseja
investir seu dinheiro em um fundo de investimento em ações, logo, o fundo compra
e venda ações na bolsa de valores, caso essa pessoa decida investir em um contrato
futuro de dólar, ou mesmo comprar e vender dólares �sicamente, os mesmos
passaram pelas mãos de um corretor que os negociam na bolsa de valores. Porém,
Ações
Uma ação representa a menor parcela (fração) do capital social de uma sociedade
por ações. As ações podem ser emitidas com e sem valor nominal, de acordo com o
regido no estatuto da companhia (ASSAF NETO, 2014). As empresas que estão
habilitadas a emitir ações no mercado devem ser constituídas sociedades anônimas
de capital aberto.
As ações são classi�cadas em duas espécies: as ações preferenciais e as ações
ordinárias. As ações preferenciais podem ser de uma ou mais classes, e em sua
maioria não asseguram direito a voto. Para o acionista preferencial, o lucro é mais
importante que o controle, ou seja, este acionista prioriza a distribuição deresultados. As ações ordinárias são aquelas que conferem ao seu titular o direito a
voto na assembleia de acionistas e, portanto, de determinar o destino da empresa.
Logo, a diferença entre as ações preferenciais e ordinárias é que a primeira tem
preferência na distribuição de dividendos, porém não lhe dá direito a voto nas
assembleias de acionistas, enquanto a segunda também recebe dividendos, porém
em menor escala e após os acionistas preferenciais, mas, dando direito a voto nas
assembleias. (CAVALCANTE, MISUMI e RUDGE, 2005) 
os instrumentos �nanceiros de renda variável, como o próprio nome já enfatiza,
pode variar para ganho ou até inclusive para perdas, pois diferentemente da renda
�xa, não se pode calcular o grau de rentabilidade de um produto de renda variável,
estes por sua, possuem maior liquidez e por isso são mais especulados do que os de
renda �xa. (ASSAF NETO, 2014; CVM; 2019)
ATENÇÃO
Segundo Assaf Neto (2014) no mercado de ações a rentabilidade não é
garantida, podendo inclusive resultar em perdas para o investidor, seja
porque a empresa que ele comprou a ação não esteja bem �nanceira e
economicamente, seja por crises internas ou externas, ou seja, por
especulação. Por isso o investidor que deseja comprar e vender ações
deve ter estes riscos em mente. Todo o investidor que deseja participar
do mercado de ações deve procurar uma corretora ou distribuidora de
valores mobiliários.
Derivativos
De acordo com Assaf Neto (2014) os derivativos são instrumentos �nanceiros que se
originam do valor de outro ativo, tido como ativo de referência. Um contrato
derivativo não apresenta valor próprio, derivando-se do valor de um bem básico
(commodities, ações, taxas de juros etc.) Esses ativos objetos dos contratos de
derivativos devem ter seus preços estabelecidos pelo mercado. As transações devem
ser realizadas no mercados futuros, a termo, opções, swaps entre outros.
Commodities
Commodities é uma palavra derivada do inglês que tem como signi�cado
‘mercadorias’. É utilizado para indicar produtos primários negociados entre
importadores e exportadores. Uma commodity costuma ter características muito
parecidas com as de outros produtores, permitindo que sejam cotadas nas Bolsas
de Valores. Os produtores, permitindo que sejam cotadas nas Bolsas de Valores. Os
produtores de commodities são considerados “price takers”, ou seja, são tomadores
de preços, não podendo individualmente afetar as cotações dos produtos
produzidos. Café, soja, milho, trigo e petróleo são exemplos de commodities. No
Brasil, as commodities são negociadas na B3: Brasil, Bolsa, Balcão. (CVM, 2019)
REFLITA
Em 2019, com a queda da taxa Selic, houve um crescimento de
investidores autônomos no mercado de capitais. Com a mínima
histórica da taxa Selic, você acredita que o mercado tende a atrair o
público investidor, permitindo que o mercado privado possa competir
em condições mais favoráveis e reduzindo o custo do �nanciamento
corporativo?
Fonte: CVM (2020)
Caro estudante nesta Unidade entendemos a extrema importância Sistema
Financeiro Nacional, demonstramos a estrutura e o funcionamento do sistema
�nanceiro nacional. Expondo de que forma consiste sua composição e como atua
cada segmento. O sistema �nanceiro nacional compreende: órgãos normativos,
entidades supervisoras e operadores, o primeiro expedindo as diretrizes, o segundo
controlando, desenvolvendo e �scalizando o sistema �nanceiro e o terceiro
responsável pela execução das concessões de crédito às empresas. Veri�camos como
o mercado �nanceiro é estruturado por meio das instituições privadas e públicas e
das entidades governamentais tendo como objetivos a aplicação e a captação de
recursos �nanceiros, a distribuição e a circulação de títulos e valores mobiliários e a
regulamentação desse processo. Identi�camos que o mercado �nanceiro pode ser
segmentado em mercados: Cambial, Monetário, Crédito e de Capitais, cada um com
suas especi�cidades. Abordamos também sobre os tipos de investimentos, na qual
podem se dar de diversas maneiras, além das tradicionais que são no mercado
�nanceiro e em companhias, existem outros instrumentos que são utilizados pelos
investidores.
Na próxima unidade veremos mais detalhadamente os tipos de títulos �nanceiros
públicos e privados, debêntures, opções de compra e venda de ações, ações
ordinárias e preferenciais, e fundos de investimentos.
Conclusão - Unidade 1
Livro
Acesse o link
Filme
https://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/livro_TOP_analise_investimentos.pdf
Filme
Acesse o link
https://www.youtube.com/watch?v=OXzqGuZ-DeU
Unidade 2
Ativos �nanceiros
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Introdução
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade do livro da disciplina mercado de capitais,
discorreremos sobre os tipos de títulos �nanceiros públicos e privados. Os títulos são
papéis vendidos pelos governos ou empresas ao mercado �nanceiro para obter
recursos �nanceiros. Os títulos podem ser comparados aos contratos de
empréstimo, no qual o tomador do recurso faz uma promessa de pagamento de
uma determinada importância, acrescida de juros. Será abordado as funções dos
debêntures, que são consideradas títulos de emissão de dívida de médio e longo
prazo emitidos por Sociedades Anônimas (S.A.) não �nanceiras e adquiridas por
investidores, assim esse será um �nanciador direto da companhia tomadora dessa
dívida.
Abordaremos sobre os tipos de ações e as opções. Ações constituem quase sempre
a menor parcela do capital social de uma sociedade por ações, sendo valores
mobiliários negociáveis e distribuídos aos acionistas de acordo com a sua
participação monetária efetivada. As ações são divididas em vários tipos: Ações
Ordinárias permite que o seu titular tenha direito a voto nas assembleias de
acionistas; Ações Preferenciais normalmente não permite o direito de voto, porém,
concede outras vantagens, tais como prioridade na distribuição de dividendos ou no
reembolso de capital; Brazilian Depositary Receipt (BDR) permite a investidores
brasileiros comprarem ações de empresas estrangeiras; Exchange Traded Funds
(ETFs) buscam obter o retorno com base em determinado índice de ações, com suas
cotas negociadas em bolsa; e as Units são um grupo de ações negociadas em
conjunto (ações ordinárias e ações preferenciais) sobre um código de bolsa.
No �nal desta unidade veremos sobres os fundo de investimentos, que por meio da
emissão de cotas, reúnem aplicações de vários indivíduos para investimento em
carteiras de ativos �nanceiros disponíveis nos mercados �nanceiro e de capitais.
Bons estudos!
Títulos �nanceiros públicos e
privados
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Títulos públicos
Como visto na primeira Unidade deste livro, os títulos públicos são ativos de renda �xa. O órgão
responsável pelos títulos públicos no Brasil é o Tesouro Nacional, segundo Securato et al (2009)
este órgão é quem garante ao agentes econômicos a liquidez aos papéis emitidos, esses títulos
são utilizados com o objetivo de �nanciar o orçamento público. Assim os títulos públicos são
emitidos para prover o governo federal de recursos necessários para a cobertura de seus dé�cit
explicitados nos orçamentos e para realizar operações de crédito por antecipação de receita. De
acordo com Berger (2012) a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é o órgão autorizado a
administrar e emitir os títulos da dívida pública, os quais são de responsabilidade do Tesouro
Nacional.
Os principais títulos públicos são: as Letras do Tesouro Nacional (LTN), as Letras Financeiras do
Tesouro (LFT) na qual são emitidas preferencialmente para o �nanciamento de curto e médio
prazo, e as Notas do Tesouro Nacional (NTN), é emitida preferencialmente para o �nanciamento
de médio e longo prazo (BERGER, 2012).
De acordo com Pimentel et al (2015) os títulos públicos são considerados o investimento mais
seguro no Brasil, uma vez que são ativos garantidos pelo governo federal e a probabilidade de
inadimplência é baixíssima. Segundo Berger (2012) o TesouroNacional lançou o Tesouro Direto
para operações com títulos públicos, direcionada ao pequeno investidor, a qual possibilita a
compra e a venda desses títulos pela internet. O sistema permite que o pequeno investidor
possa realizar essas operações com menores custos atingindo assim uma melhor rentabilidade,
caso necessite, o Tesouro Nacional garante a recompra caso o investidor que precise resgatar a
sua aplicação antes do vencimento do papel. Segundo o Tesouro Nacional (2020) hoje é possível
também vender os títulos para o Tesouro Nacional todos os dias, possibilitando ao investidor
uma liquidez signi�cativamente alta e compatível com outros investimentos de renda �xa.
Para que possa investir no Tesouro Direto, é necessário que o investidor possua um Cadastro de
Pessoa Física (CPF), e também uma conta corrente ou conta poupança em uma instituição
�nanceira nacional. Por �m é necessário estar cadastrado em alguma corretora que esteja
habilitada no Tesouro Direto, essa corretora disponibilizará ao investidor a senha de acesso
provisória para poder acessar a área restrita de investidores no site do Tesouro Direto. Nessa área
do site do Tesouro Direto, possibilita realizar consultas referentes aos investimentos em títulos
públicos, bem como realizar a compra e venda dos mesmos. Algumas dessas instituições
possuem seus sistemas integrados ao sistema do Tesouro Direto, sendo chamadas de agentes
integrados. O que difere um agente integrado dos demais é a possibilidade de realizar as
operações de compra e venda dos títulos públicos diretamente através do site do agente
integrado e, de acordo com as suas regras, pode ser possível estas operações estarem restritas a
serem realizadas somente através dele. Neste caso, a área restrita do investidor no site do
Tesouro Direto continuará disponível para o investidor, porém apenas para consultas, não sendo
possível realizar as operações de compra e venda. (CVM, 2019)
De acordo com Pimentel et al (2015) ao decidir investir em um título de renda �xa busca-se
escolher a forma como o dinheiro será remunerado, podendo ser taxa pré ou pós-�xada. Com a
forma de remuneração pré-�xada, ao investir o valor desejado, o comprador logo �ca ciente do
valor que irá receber se permanecer com o título até a data de vencimento. Esta forma é
indicada para os investidores que acreditam que a taxa pre�xada será maior que a taxa básica
de juros da economia. Diferentes da remuneração pré-�xada, a pós-�xada é corrigida pelo seu
indexador. A rentabilidade do título depende tanto dos índices indexados, quanto da taxa
contratada no momento da compra.
LTN - Tesouro Pre�xado
De acordo com o Tesouro Direito (2020) o LTN é um título de rentabilidade de�nida no
momento a compra, atualmente conhecida como Tesouro Pre�xado possui �uxo de
pagamento simples, assim o investidor receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na
data de vencimento ou resgate do título. O pagamento ocorre de uma só vez, no �nal da
aplicação. A LTN se torna interessante para os investidores que podem esperar receber o seu
dinheiro até o �nal do período, ou seja, é indicado para quem não necessita complementar sua
em curto prazo. A rentabilidade é dada pela diferença entre o preço de compra do título e seu
valor nominal (valor de face) no vencimento, sempre R$ 1.000,00. Esse título possui �uxo de
pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido
somado à rentabilidade) na data de vencimento do título. A �gura abaixo ilustra o �uxo de
pagamentos do Tesouro Pre�xado (LTN):
Figura 1: Fluxos de pagamentos LTN
Investidor realiza a compra e
transfere os recursos
Investidor recebe o retorno
de seu investimento
Data da
compra
Valor
investido
Preço
unitário
Taxa de juros efetiva no período Data de
vencimento
Valor de face ou
nominal (valor investido
+ rentabilidade)
Fonte: Tesouro Direto (2020)
O cálculo da rentabilidade do Tesouro Pre�xado (LTN), pode ser expressado da seguinte
maneira. Suponha que o investidor tenha feito uma compra no Tesouro Direto nas seguintes
condições:
ATENÇÃO
A nomenclatura dos títulos públicos está disponibilizada de uma maneira para
ajudar no melhor entendimento dos investidores, auxiliando na identi�cação das
principais caraterísticas de cada papel, como a descrição do tipo de rentabilidade,
�uxo de remuneração e o ano de vencimento.
Para calcular a rentabilidade bruta da aplicação, deve-se utilizar a fórmula abaixo, válida para
todos os títulos que não fazem pagamento de cupom de juros:
LFT - Tesouro Selic
Segundo Macedo Junior (2010) são títulos de remuneração pós-�xada, cujo valor nominal é
corrigido pela variação acumulada da taxa Selic entre a data da liquidação da compra e a data
de vencimento do título. A remuneração é dada por essa variação da taxa Selic acrescida de
uma taxa de remuneração adicional, dada por meio de um desconto no preço de compra do
título. (Letra Financeira do Tesouro). A LFT oferece rentabilidade diária, e sua atualização tem
por base a taxa básica da economia, a Taxa Selic.
NTN-F - Tesouro pre�xado com juros
semestrais
De acordo com Costa (2018) os títulos NTN-F (Nota do Tesouro Nacional Série F), são títulos pré-
�xada a qual efetua o pagamento de cupom de juros semestral e de principal no vencimento,
sua rentabilidade pactuada no momento da compra por sua taxa interna de retorno (TIR). De
acordo com o Tesouro Direto esse título é indicado para os investidores que desejam utilizar
seus rendimentos para complementar sua renda a partir do momento da aplicação, uma vez
que esse título faz pagamento de juros a cada seis meses. É um título escritural, nominativo e
negociável. Seu valor nominal no vencimento é �xo e equivale a R$ 1.000,00.   Caso necessite
vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional restituirá o valor de mercado, podendo a
rentabilidade ser maior ou menor do que a contratada na data da compra. Se faz válido ressaltar
que o Imposto de Renda incide em cada venda, com alíquota elevada nos primeiros
pagamentos.
Título: LTN Tesouro Pre�xado 2015 Data de vencimento: 01/01/2015
Data da compra: 03/01/2012 Período de aplicação: 755 dias
Quantidade adquirida: 1 (um) título Preço do título na data da compra: R$733,86
Rentabilidade = − 1
Preço de V enda
Preço deCompra
Rentabilidade = − 1
1.000, 00
733, 86
Rentabilidade = 36, 27%no período
Figura 2: Fluxo de pagamento NTN - F
Investidor realiza a compra e
transfere os recursos
Investidor recebe o retorno
de seu investimento
Data da
compra
Valor
investido
Preço
unitário
Taxa de juros efetiva no período
Semestre 1 Semestre 2
Cupom 1 Cupom 2
Taxa anual de cupom: 10%
Cupom 3
Último
cupom
Cupom 
n...
Semestre 3 Data de
vencimento
Valor de face ou
nominal (valor investido
+ rentabilidade)
Fonte: Adaptado de Tesouro Direto (2020)
NTN-B - Tesouro IPCA+ com juros semestrais
Segundo Costa (2018) o NTN-B são títulos pós-�xados seu rendimento é combinado por duas
parcelas, o IPCA, índice o�cial da in�ação e uma taxa de juros pre�xada. É mais interessante
para quem deseja utilizar o rendimento para complementar sua renda a partir do momento da
aplicação, pois faz pagamento de juros a cada semestre, diferentemente do Tesouro IPCA+
(NTN-B Principal). Isso signi�ca que o rendimento é recebido pelo investidor ao longo do
período da aplicação, em vez de receber tudo no �nal. O título NTN-B é indicado para quem
deseja investir de médio ou longo prazo por ter uma característica conservadora.
NTN-B Principal - Tesouro IPCA+ 
Segundo Kerr (2011) esses títulos semelhantes não pagam cupom de juros a remuneração é
dada pelo deságio e pela atualização pelo IPCA. Por ser um título atualizado pelo IPCA é
procurado por quem busca ganhos equivalentes ou superiores à in�ação. Possui �uxo de
pagamento simples, isto é, você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de
vencimento ou resgate do título. Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, no
�nal da aplicação. Sendo assim, é mais interessante para quem podeesperar para receber o seu
dinheiro até o vencimento do título (ou seja, quem não necessita complementar sua renda
desde já). 
Para �ns de tributação de títulos públicos, os impostos cobrados para quem compra um título
público são: o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), quando a aplicação é resgatada com
menos de 30 dias, e o Imposto de Renda (IR), onde o valor da alíquota vai variar dependendo do
prazo do investimento, alíquota regressiva. 
Títulos privados
De acordo com Rassier (2004) os principais tipos de títulos emitidos pelas instituições
�nanceiras, são: Certi�cado de Depósito Bancário (CDB); Certi�cado de Depósito Interbancário
(CDI); Letra Imobiliária (LI).
Certi�cado de Depósito Bancário: Segundo Cerbasi (2008), um CDB caracteriza-se como
sendo um empréstimo concedido a uma instituição �nanceira por seus clientes. Assim é
considerado um título emitido por bancos comerciais tendo como contrapartida a realização de
um depósito, com prazo certo, feito por um cliente, ou seja, é o documento emitido pelo banco
que reconhece o empréstimo, ou a aplicação feita pelo cliente. Pode ser tanto a taxa pré ou pós-
�xada. É possível sua negociação em mercado secundário. O CDB pré-�xado, adequado para
quem se satisfaz ao garantir uma taxa �xa para seus rendimentos, sabemos já na contratação
qual taxa de juros irá remunerar nosso investimento até o vencimento do papel. O CDB pós-
�xado se adequa para quem teme o aumento da in�ação, costumam ter sua rentabilidade
vinculada a dois tipos de indicadores: a taxa de mercado (CDI) ou a in�ação. Na contratação, o
investidor deve optar por um dos indicadores. De qualquer maneira, ele só saberá ao certo o
resultado de seu investimento ao �nal do período.
Exemplo: Se você investisse R$15.000, por exemplo, com a taxa de�nida de 13% ao ano e prazo
de vencimento para 2 anos:
A rentabilidade bruta seria de R$ 4.153,50 ou 27,7%.
Porém como vimos na Unidade 1, sobre o rendimento do CDB deve-se calcular o Imposto de
Renda. Assim, a rentabilidade líquida do investimento seria:
Quadro 1: Alíquota do Imposto de Renda
Tempo de aplicação Alíquota do IR (%)
Até 180 dias 22,5
De 180 a 364 dias 20,0
Entre 364 e 720 dias 17,5
Acima de 720 dias 15
Fonte: Receita Federal (2020)
RentabilidadeBruta = InvestimentoX(1 + i)
n
RentabilidadeBruta = R$15.000X(1 + 0, 13)
2
RentabilidadeLíquida = RentabilidadeBruta − (RentabilidadeBrutaX Imposto deRenda)
RentabilidadeLíquida = R$4153, 50 − (4153, 50X 15%)
A rentabilidade líquida seria de R$ 3.530,48 ou 23,5%
Certi�cado de Depósito Interbancário - CDI: título emitido por instituições �nanceiras,
lastreado às operações do mercado de empréstimo entre instituições �nanceiras. Esse tipo de
investimento é muito similar ao CDB, porém ele está restrito a instituições �nanceiras, ou seja,
somente instituições �nanceiras podem utilizar este tipo de investimento, na qual um banco
utiliza de outro banco para fazer seus investimentos;
Letra de Crédito Imobiliária: Esse tipo de título é emitido por sociedades de crédito imobiliário
para a captação de recursos no intuito de �nanciar construtores e adquirentes de imóveis.
Normalmente, são de prazos superiores a um ano e rendem uma taxa de juros pós �xada, ou
uma taxa indexada a in�ação ou índices da construção civil, são títulos de renda �xa emitidos
por instituições �nanceiras, que conferem aos seus titulares direito de crédito pelo valor
nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária. As LCIs devem ser lastreadas por créditos
imobiliários garantidos por hipoteca ou alienação �duciária de coisa imóvel e só podem ser
emitidos por Bancos Comerciais, Sociedades de Crédito Imobiliário, Bancos Múltiplos com
carteira de crédito imobiliário, Companhias Hipotecárias, Caixa Econômica Federal, Associações
de Poupança e Empréstimo e demais espécies de instituições �nanceiras que venham a ser
autorizadas pelo Banco Central do Brasil a realizar operações de crédito imobiliário.
Rassier (2004) explicita detalhadamente os principais tipos de títulos emitidos pelas instituições
não-�nanceiras sendo eles: 
Duplicatas: são originadas nas vendas a prazo ou na prestação de serviço, ocorrendo um acordo
entre o comprador de bens ou o adquirente dos serviços que se compromete ao pagamento da
obrigação após a entrega da coisa pelo vendedor ou a realização do serviço contratado. Assim,
originando um crédito, no entanto, muitos compradores, não cumprem com a sua parte na
obrigação comercial. Para originar a duplicata, é necessário elaborar uma fatura na qual conste
na nota do vendedor, a descrição da mercadoria, discriminando a sua qualidade e quantidade, e
o preço. A fatura é um documento que é confeccionado no ato da compra e venda mercantil ou
da prestação de serviço, que apresentará todas as informações necessárias para a elaboração da
duplicata, portanto, constitui-se uma prova do contrato de compra e venda mercantil
(ALMEIDA, 2018; MARTINS, 2019).
Nota Promissória: Esses títulos são emitidos em busca de recursos para capital de giro, tendo o
prazo máximo da emissão de 180 dias para as empresas de capital fechado e de 360 dias para
empresas de capital aberto. Normalmente a nota promissória tem um rentabilidade acima do
CDI, e remunera mais que os investimentos tradicionais do mercado. As companhias que
emitem notas promissórias se bene�ciam uma vez que conseguem um grande volume de
dinheiro, a juros abaixo dos valores de mercado. Normalmente, as empresas lançam tais títulos
através de corretoras de valores ou de instituições �nanceiras, que são responsáveis por
intermediar as negociações entre os investidores, podendo ser com taxas pre�xadas ou pós
�xadas. (NEUBAUER; LIMA; GALARDI, 2006; CERBASI, 2008)
Debêntures: é um título de crédito de longo prazo na qual é emitido por sociedades anônimas
para captar recursos, visando a investimento ou a �nanciamento de capital de giro. Os
debenturistas não possuem pedaços da empresa, como os acionistas, assim só recebem juros
durante um determinado horizonte temporal. O seu rendimento depende das condições
particulares de cada emissão. Como vimos na Unidade 1, esse título é muito utilizado pelas
companhias de capital aberto que estão no mercado de capitais. 
Ações ordinárias,
preferenciais, BRD, ETF,
UNIT
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
O mercado de ações é uma das fontes de rendas da maioria dos investidores, as
ações são títulos negociáveis nominativos, elas representam uma fração do capital
social de uma empresa. Podemos entender a ação como a menor parcela do capital
social das companhias ou sociedades por ações. É, portanto, um título patrimonial e,
como tal, concede aos seus titulares, os acionistas, todos os direitos e deveres de um
sócio, no limite das ações possuídas. (Bruni, 2005; Macedo Junior, 2010).
Uma ação é um valor mobiliário, expressamente previsto em lei, no entanto, apesar
de todas as companhias ou sociedades por ações terem o seu capital dividido em
ações, somente as ações emitidas por companhias registradas na CVM, chamadas
companhias abertas, podem ser negociadas publicamente no mercado de valores
mobiliários. As ações são predominantemente escriturais, não necessitam emissão
de certi�cado físico, mantidas em contas de depósito, em nome dos titulares e em
instituição contratada pela companhia para a prestação desse serviço, em que a
propriedade é comprovada através de extrato de posição acionária. As ações devem
ser exclusivamente nominativas. (CVM, 2019).
A principal forma de participação dos acionistas nos resultados da companhia é a
partir dos dividendos, juros sobre o capital próprio e as boni�cações distribuídas
pelas companhias. Esses pagamentos são realizados conforme o desempenho
�nanceiro da empresa, uma vez que a companhia apresentou lucro, geralmente
ocorre a distribuição de parte desses ganhos para os sócios. Assim parte desse lucro
e o valor �nal que será direcionado aos acionistas varia conforme uma série de
fatores, incluindo, entre outros, a necessidade de investimentos para cumprir o
plano de crescimentoda empresa, o caixa disponível para a realização desse
desembolso �nanceiro e os valores mínimos determinados pelo Estatuto Social da
companhia (CVM, 2019).
Outra maneira de remuneração dos acionistas é o direito de subscrição de capital,
assim no momento de emissão de novas ações por parte da companhia, os atuais
acionistas recebem o direito de subscrever prioritariamente essas ações, pelo preço
de emissão e na proporção das ações já possuídas. Caso não tenha interesse em
realizar a subscrição, é possível vender esse direito no mercado.
Como pode ser observado, o resultado de um investimento em ações depende
fundamentalmente da gestão da companhia e das condições gerais da economia.
Portanto, o investimento em ações é considerado como de renda variável estando
sujeito a um alto risco, seja de mercado, inerente aos negócios empresariais e a
economia.
A legislação brasileira Lei 6.404/1976 admite a existência de diferentes espécies e
classes de ações e, por isso, alguns direitos, especialmente os relacionados aos
dividendos e direitos de voto, podem não ser iguais para todos os acionistas. O
Estatuto Social das companhias de�ne as características de cada espécie de ações,
podendo ser:
Ação Ordinária (ON): Sua principal característica é conferir ao seu titular direito a
voto nas assembleias de acionistas. Vale lembrar que a diferença que essa
participação faz na administração da empresa depende da quantidade de ações
ordinárias que um investidor possui. Ou seja, quanto mais ações ordinárias, mais
poder de voto um investidor tem. Assim sendo, os grandes acionistas conseguem
in�uenciar mais os rumos do negócio do que os pequenos investidores.
Ação Preferencial (PN): Normalmente, o Estatuto retira dessa espécie de ação o
direito de voto. Em contrapartida, concede outras vantagens, tais como prioridade
na distribuição de dividendos ou no reembolso de capital. As ações preferenciais
podem ser divididas em classes, tais como, classe “A”, “B” etc. Os direitos de cada
classe constam do Estatuto Social. 
Brazilian Depositary Receipt  (BDR): são ações de empresas estrangeiras que os a
investidores brasileiros podem, através de certi�cados emitidos por instituições
depositárias brasileiras, negociar no Brasil, Bolsa, Balcão (B3), a partir de recibos de
ATENÇÃO
Os investidores utilizam as ações principalmente pela possível
valorização do preço das ações, porém não existe garantia de
valorização. Ao contrário, o preço está sujeito a uma série de fatores
internos e externos, não dependendo somente dos resultados da
própria companhia, mas também das perspectivas para o setor em que
ela atua e para a economia de uma forma geral. Em casos extremos, as
ações podem, inclusive, perder totalmente seu valor, como é o caso, por
exemplo, da liquidação de uma companhia (falência), em que todo o
patrimônio seja usado para quitar as dívidas existentes. (CVM, 2019)
ações que estão atrelados às ações originais sob custódia no país de origem e
podem ser comercializados nos mercados de ações do Brasil. 
ETF (Exchange Traded Funds): são considerados fundos de índice que buscam
obter retorno baseado em índice de ações, podendo ser negociadas em bolsa. Esses
índices representam uma fração da carteira onde representa um grupo de ações
que fazem parte da carteira teórica do índice usado como referência. Assim
possibilita que o investidor tenha acesso a uma carteira diversi�cada sem a
necessidade de aplicar individualmente em todos os papéis que compõem esta
carteira. Os ETFs se torna um investimento prático, pois partir deles o investidor não
precisa administrar todas as ações individualmente nem arcar com o custo para
comprá-las e vendê-las de forma a manter a composição do índice de referência.
Assim, para que o investidor possa negociar basta comprar, um ETF que reproduz
um índice de mercado. Os índices mais conhecidos do mercado são IBrX-50 e IBrX-
100. O objetivo do IBrX 50 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos
50 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações
brasileiro. O objetivo do IBrX 100 é ser o indicador do desempenho médio das
cotações dos 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado
de ações brasileiro. (ASSAF NETO, 2014)
Units: essas ações são negociadas em conjunto (ações preferenciais e ações
ordinárias) sobre um mesmo código de bolsa, dessa maneira o investidor pode
diversi�car sua carteira sem precisar pagar duas vezes para adquirir ações ordinárias
e preferenciais da mesma companhia. Ao comprar uma Unit da Sanepar um
investidor poderá adquirir 1 ação ON e 4 ações PN. Os investidores das Units, tem
seus direitos e deveres proporcionais a sua respectiva partição em ativos. (CVM, 2019)
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) disponibiliza em seu site uma lista das companhias que
estão registradas para negociar as ações. Quanto aos códigos de negociação das
ações, é importante lembrar que as ações ordinárias terão o dígito 3 após as letras
que correspondem a empresa, ações preferenciais terão o dígito 4 até o 8 e as Units
terão dígito 11.
O Imposto de Renda (IR) sobre as ações ocorrem sobre os ganhos mensais, sempre
que realizar movimentações de ações, opções ou outros produtos negociados na B3
em montante superior a R$ 20 mil e sobre as operações do day trade (compra e
venda no mesmo dia) não contam com isenção, independentemente do valor. As
operações comuns estão sujeitas à retenção de 15% de Imposto de Renda, enquanto
as operações day trade pagam 20% de imposto sobre o lucro obtido.
Quadro 1: Códigos, tipo e setor das ações
Empresa Código Tipo Setor
Natura NATU3 ON Cosméticos
Petrobras
PETR3 ON
Petróleo e Gás
PETR4 PN
Bradesco
BBDC3 ON
Financeiro
BBDC4 PN
Vale
VALE3 ON
Mineração
VALE4 PN
Abril Educação ABRE11 Unit Educação
Santander SANB11 Unit Financeiro
Fonte: Adaptado de Reis (2017)
SAIBA MAIS
Os setores de uma empresa variam de acordo com o tamanho e o tipo
de atividade que ela executa. A Brasil, Bolsa e Balcão (B3) faz uma
listagem das companhias de sociedade anônima por setor de atuação,
subsetor, segmento e códigos das ações.
Fonte: Brasil, Bolsa e Balcão (2020):
Saiba mais acessando o link:
ACESSAR
http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/acoes/consultas/classificacao-setorial/
Fundos de investimentos
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Os Fundos de Investimento são compreendidos como condomínios constituídos
buscando promover a aplicação coletiva dos recursos de seus investidores, tendo
por objetivo captar os recursos e investir no mercado �nanceiro, transformando-se
numa forma coletiva de investimento, com vantagens, sobretudo, para o pequeno
investidor individual. (CVM, 2019)
De acordo com Assaf Neto (2014) por meio da emissão de cotas, reúnem aplicações
de vários indivíduos para investimento em carteiras de ativos �nanceiros disponíveis
nos mercados �nanceiro e de capitais. As cotas dos fundos são valores mobiliários,
conforme a lei 6.385/76. Em virtude dos diversos tipos de ativos �nanceiros
existentes, os fundos de investimento são divididos em categorias, conforme os tipos
de ativos que poderão compor sua carteira, o que facilita a identi�cação do per�l de
investimento do fundo. Os fundos são regidos por um regulamento e têm na
assembleia-geral seu principal fórum de decisões.
De acordo com Rambo (2014) os fundos podem ser classi�cados em função do
prazo de resgate ou remuneração, do segmento de atuação, ativos que compõe o
seu patrimônio e o riscos inerentes. Os gestores de fundos podem investir
procurando rentabilidade similar à rentabilidade de um índice ou indexador que
funcione como referência, como o IbrX-100, ou os gestores podem buscar maximizar
os resultados, ocorrendo em um maior custo operacional, investindo em melhores
oportunidades de aplicação entre as alternativas de aplicações do mercado
�nanceiro, porém que ocorram em maior risco. A oscilação dos ativos impacta
diretamente na remuneração do fundo uma que depende do rendimento dos ativos
�nanceiros quefazem parte do fundo sendo que.  (Fortuna, 2008).
ATENÇÃO
Para Assaf Neto (2014) os fundos funcionam como uma importante
alternativa de investimento para pessoas que querem participar do
mercado de capitais, bene�ciando principalmente o pequeno
investidor. Os fundos são estruturados pelas Instituições Financeiras,
pelas determinações da CVM, como a quantidade máxima de
composição da carteira de cada tipo de fundo, determinando assim o
per�l da liquidez, a pelas escolhas da composição risco/rentabilidade
desejada pelo gestor, criando desta forma a personalidade de cada
fundo, que atrairá o per�l de investidor de acordo com cada fundo
(FORTUNA, 2008).
De acordo com Assaf Neto (2014) os fundos costumam cobrar taxa de administração,
cobrada pela instituição �nanceira a �m de remunerar os serviços prestados de
administração do fundo e da gestão da carteira. A taxa é de�nida pela
administração e varia de acordo com o interesse da instituição, se a forma de
investimento tem alto risco.
Os fundos de investimentos podem ser classi�cados como renda �xa ou renda
variável. Os fundos de renda �xa são os compostos por aplicações em títulos que
tem taxa de retorno �xa na maioria das vezes. Outra parte pode ser aplicada em
ações ou títulos com taxa de retorno variável. Já os fundos de renda variável são os
compostos principalmente por aplicações em ações e títulos com taxa de retorno
variável, dependendo exclusivamente do desempenho das ações (FORTUNA, 2008).
De acordo com a Anbima (2015), os fundos de investimos são classi�cados em curto
prazo, referenciado DI, renda �xa, multimercados, dívida externa (investimento no
exterior), ações, cambial, previdência, off shore. Alguns fundos podem ser de�nidos
como:
Segundo Assaf Neto (2014) os fundos de investimento, quanto maior o retorno
normalmente maior o risco será, os riscos podem ser de crédito, de mercado,
liquidez e sistêmico. O risco de crédito deve-se a possibilidade da instituição que
compõe a carteira do fundo não ser pago ou ser liquidado em atraso, ocorrendo isso
Fundos de curto prazo: são recursos aplicados exclusivamente em
títulos públicos federais ou privados pre�xados ou indexados pela taxa
Selic ou outra taxa de juros. 
Fundos referenciados: devem ser denominados de acordo com seu
indicador de desempenho. Composto por 80% no mínimo de títulos de
emissão do Tesouro Nacional e/ou Banco Central e títulos e valores
mobiliários de renda �xa.
Fundos de renda �xa: devem possuir 80% dos ativos em ativos de
renda �xa, tendo como principal fator de risco a variação da taxa de
juros doméstica e/ou variação do índice de preços. 
Fundos cambiais: necessitam possuir 80% dos ativos vinculados à taxa
de câmbio, cujo fator de risco da carteira deve ser a variação da taxa de
câmbio de moeda estrangeira ou cupom cambial. Dentre os fundos
existem os fundos cambiais dólar, que seguem a cotação da moeda
americana. 
Fundos de ações: precisam possuir no mínimo 67% da carteira em
ações negociadas na bolsa. Podem ser constituídos por vários tipos de
carteiras de ações, desde as que seguem os índices da Bolsa até as que
investem em empresas com características especí�cas. Esses fundos
variam de acordo com as oscilações de preços das ações que compõem
a sua carteira. Alguns fundos acompanham também a variação de um
índice do mercado acionário como IbrX-100).
Fundos de dívida externa: devem conter no mínimo 80% do
patrimônio em títulos da dívida externa de responsabilidade da União e
no máximo 20% do patrimônio em outros títulos de créditos do
mercado internacional. 
Fundos multimercados: envolvem vários fatores de risco, sem
necessariamente concentrar algum fator em especial (como câmbio,
ações, derivativos e renda �xa), tendo como principais vantagens a
�exibilidade para aplicação em vários tipos de ativos e diversos estilos
de estratégia de gestão. É um fundo que apresenta maior risco ao
investidor pela oscilação. (FORTUNA, 2008; RAMBO, 2014) 
a rentabilidade é reduzida. O risco de mercado está ligado a variação de mercado
como taxa de juros da economia, in�ação, variação cambial, na qual podem interferir
no valor dos títulos da carteira. O risco de liquidez corresponde à di�culdade de
venda dos títulos da carteira, devido a baixa liquidez de recursos do mercado ou falta
de atratividade. E o risco sistêmico é dado pelo comportamento da economia
nacional e internacional que interferem diretamente nas taxas de juros do mercado,
preços, câmbio.
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade do livro da disciplina mercado de capitais, vimos os
diferentes os tipos de títulos �nanceiros públicos e privados. Os títulos podem ser
de�nidos como papéis vendidos pelos governos ou empresas ao mercado �nanceiro
para obter recursos �nanceiros. Podem ser comparados aos contratos de
empréstimo, no qual o tomador do recurso faz uma promessa de pagamento de uma
determinada importância, acrescida de juros. Será abordado as funções dos
debêntures, que são consideradas títulos de emissão de dívida de médio e longo
prazo emitidos por Sociedades Anônimas (S.A.) não �nanceiras e adquiridas por
investidores, assim esse será um �nanciador direto da companhia tomadora dessa
dívida.
Abordamos sobre os tipos de ações e as opções nas quais podem ser entendidas
como quase sempre a menor parcela do capital social de uma sociedade por ações,
sendo valores mobiliários negociáveis e distribuídos aos acionistas de acordo com a
sua participação monetária efetivada. As ações são divididas em vários tipos: Ações
Ordinárias permite que o seu titular tenha direito a voto nas assembleias de
acionistas; Ações Preferenciais normalmente não permite o direito de voto, porém,
concede outras vantagens, tais como prioridade na distribuição de dividendos ou no
reembolso de capital; Brazilian Depositary Receipt (BDR) permite a investidores
brasileiros comprarem ações de empresas estrangeiras; Exchange Traded Funds
(ETFs) buscam obter o retorno com base em determinado índice de ações, com suas
cotas negociadas em bolsa; e as Units são um grupo de ações negociadas em
conjunto (ações ordinárias e ações preferenciais) sobre um código de bolsa.
Por �m estudamos sobre os fundo de investimentos, que por meio da emissão de
cotas, reúnem aplicações de vários indivíduos para investimento em carteiras de
ativos �nanceiros disponíveis nos mercados �nanceiro e de capitais.
Conclusão - Unidade 2
Livro
Filme
Filme
Acesse o link
https://www.youtube.com/watch?v=a9qsp7l5C3o
Unidade 3
Bolsa de valores no Brasil -
B3
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
Introdução
Caro(a) aluno(a), na Unidade 3, do livro da disciplina de Mercado de Capitais, será
abordado sobre o funcionamento a bolsa de valores do Brasil – (Brasil, Bolsa, Balcão
– B3). Sendo a principal instituição brasileira de intermediação para operações do
mercado de capitais, desenvolve, implanta e provê sistemas para a negociação de
ações, derivativos de ações, títulos de renda �xa, títulos públicos federais, derivativos
�nanceiros, moedas à vista e commodities agropecuárias. A B3 exerce a função de
depositária central dos ativos negociados em seus ambientes, compensando como
central garantidora de boa parte das negociações realizadas em seus mercados,
atuando como de licenciadora softwares e índices. Compreenderemos o
funcionamento da Bolsa de Valores (B3), os tipos de mercado, prazos e regulações
da bolsa.
Apresentaremos os segmentos de listagem da B3, que são destinados ao modo de
negociação das companhias que se comprometeram, voluntariamente, a adotar as
boas práticas de governança corporativa e divulgações adicionais em relação ao
exigido pela legislação brasileira. Os segmentos de listagem são divididos em Nível 1
e 2, Novo Mercado, e Bovespa Mais 1 e 2. Iremos entender os índices de mercado,
que funcionam como indicadores que medem o desempenho médio dos preços
das ações. Segundo Pinheiro (2008) os índices são considerados uma poderosa
ferramenta para a avaliação comparada de performance de desempenho para
gestores e investidores do mercado de capitais.E por �m abordaremos os principais participantes da bolsa de valores, que segundo
a CVM (2019) são as corretoras e distribuidoras, os agentes autônomos, os
administradores de carteiras de valores mobiliários, os analistas de valores
mobiliários, e os consultores de valores mobiliários.
Bons estudos!
Bolsa de valores no Brasil -
(Brasil, Bolsa, Balcão - B3)
AUTORIA
Matheus Henrique Delmonaco
O principal objetivo da bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e
adequado para realização e movimentação dos negócios com valores mobiliários.
Somente por meio das corretoras, os investidores têm acesso aos sistemas de
negociação para efetuar suas transações de compra e venda desses valores
(CAVALCANTE; MISUMI; RUDGE, 2009). Durante muitos anos a Central de Custódia e
Liquidação Financeira de Títulos Privados - CETIP, Bolsa de São Paulo - Bovespa e
Bolsa de Mercadorias e Futuros- BM&F foram, respectivamente, os principais
mercados de balcão organizado e bolsas de valores do país, cada uma com ampla
atuação e notável destaque em segmentos especí�cos. A CETIP era o principal
destino dos produtos de renda �xa, a Bovespa a principal bolsa de ações e a BM&F a
principal bolsa de mercadorias e futuros. (CVM, 2019).
Com a contínua pro�ssionalização e crescimento dos mercados fez-se necessário
que as três empresas se adaptassem as melhores práticas internacionais de
qualidade e governança, fazendo com que no �nal da década de 2000 se tornassem
sociedades anônimas de capital aberto e suas ações fossem disponibilizadas para
negociação na Bovespa. Como consequência da sinergia e complementaridade das
três companhias, nos anos seguintes aconteceram duas fusões. BM&F e Bovespa se
fundiram em 2008, dando origem à BM&FBOVESPA e, em 2017, BM&FBOVESPA e
CETIP se fundiram para criar a B3 – Brasil, Bolsa e Balcão, sendo considerada uma
das maiores bolsas do mundo. (CVM, 2019)
De acordo com a CVM (2019) a B3 como principal instituição brasileira de
intermediação para operações do mercado de capitais, desenvolve, implanta e provê
sistemas para a negociação de ações, derivativos de ações, títulos de renda �xa,
títulos públicos federais, derivativos �nanceiros, moedas à vista e commodities
agropecuárias. A partir de suas plataformas de negociação, realiza o registro, a
compensação e a liquidação de ativos e valores mobiliários transacionados e a
listagem de ações e de outros ativos, bem como divulga informação de suporte ao
mercado. Essa companhia exerce a função de depositária central dos ativos
negociados em seus ambientes, compensando como central garantidora de boa
parte das negociações realizadas em seus mercados, atuando como de licenciadora
softwares e índices.
A Bolsa brasileira desempenha atividades de gerenciamento de riscos das
operações realizadas por meio de seus sistemas. Para tanto, possui uma estrutura de
clearing de ações, derivativos, câmbio e ativos, que atua de forma integrada com o
Banco B3, de maneira a assegurar o funcionamento e�ciente de seus mercados e a
consolidação adequada das operações. Principal registradora, operadora dos
mercados de balcão organizado e bolsa de títulos, valores, mercadorias e futuros em
operação no Brasil, a B3 ainda exerce o papel de fomentar o mercado de capitais
brasileiro, além de ser responsável pelo registro de gravames e contratos de
�nanciamento de veículos, e gerenciar investimentos sociais, com foco no
desenvolvimento de comunidades que se relacionam com seu universo. (CVM, 2019). 
Segundo Pinheiro (2008) o processo que envolve a compra e a venda, tanto no
mercado primário como no secundário, pode ser dividido em três fases: pré-
negociação, negociação e pós-negociação. Mercado primário é o primeiro passo dos
papéis dentro da bolsa. Todos os recursos obtidos com os papéis no mercado
primário vão para a empresa emitente. É o local onde as novas ações são colocadas à
disposição do público. Após esse lançamento no mercado primário, as ações passam
para o mercado secundário. No Mercado secundário é o local onde são realizadas as
negociações na bolsa de valores e no mercado de balcão. As ações passam a ser
negociadas entre os investidores, fazendo com que os recursos �nanceiros não mais
sejam direcionados para a empresa, mas passam a ir direto para os investidores que
detém os papéis.
De acordo com a CVM (2019) a B3 fornece serviços que abrangem etapas completas
das operações que ocorrem na bolsa de valores:
colocar o texto normal aqui para a acessibilidade
A mediação das operações com valores mobiliários em mercados regulamentados é
exclusiva pelas instituições habilitadas a atuar como integrantes do sistema de
distribuição, como as corretoras ou as distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Assim, o acesso direto pelos investidores aos sistemas de negociação na B3 não é
possível sem que sejam realizados por intermédio de instituições habilitadas. Assim
é necessária uma ferramenta para que os investidores tenham acesso aos mercados
da bolsa, essa ferramenta é o home broker, oferecida por quase todas as corretoras,
os investidores podem negociar diretamente pela internet, enviando ordens de
compra e venda. A partir do home broker, os investidores podem também veri�car a
execução das ordens e ter acesso às cotações dos ativos negociados. As ofertas
enviadas pelo cliente trafegam pela infraestrutura tecnológica da corretora antes de
ATENÇÃO
De acordo com a CVM (2019) a regulação e supervisão da B3 cabe aos
órgãos CVM e o Banco Central do Brasil. Sendo estabelecido sob a
Instrução 461/07 da CVM, que a B3 tem o dever de estabelecer
mecanismos e procedimentos e�cazes para que a BSM – Supervisão de
Mercados �scalize o cumprimento das regras e normas de conduta da
Bolsa, bem como da regulamentação vigente. Dessa maneira é possível
identi�car infrações de negociação ou atividades que coloquem em
risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a
credibilidade do mercado.
alcançarem as plataformas de negociação da bolsa. Ou seja, nas operações via home
broker o cliente conecta o sistema da corretora, que recebe as informações e faz a
conexão com os sistemas da bolsa. (CVM, 2019; ASSAF NETO, 2014). 
De acordo com Assaf Neto (2014) quando um investidor deseja realizar a compra ou
a venda de um valor mobiliário, ele deve enviar uma ordem ao intermediário
contratado, a ordem é a um comando dado pelo investidor à corretora para a
executar compra ou venda de um ativo, todas as ordens devem ser registradas,
identi�cando o horário do recebimento, o cliente que as tenha emitido e as
condições de execução. Os ativos �nanceiros somente são repassados ao investidor
após o pagamento pela sociedade corretora de todos os valores envolvidos na
operação e seu recebimento pelo vendedor.
Segundo Assaf Neto (2014) nos mercados de bolsa e balcão organizados no Brasil
são negociados títulos e derivativos de renda �xa e variável, em mercados à vista ou
futuro. As negociações de ações no mercado podem ser realizadas de duas formas: à
vista e a prazo. São consideradas operações a vista aquelas em que os negócios são
realizados e liquidados à vista.
No mercado a vista, a entrega dos títulos vendidos (liquidação física) ocorre no
terceiro dia útil (D + 3) após a realização do negócio em bolsa. A Corretora adquirente
recebe os títulos transacionados e repassa-os ao investidor, formalizando-se a
liquidação física da operação. O pagamento e recebimento respectivos do valor da
operação (liquidação �nanceira) são processados também no terceiro dia útil
posterior à negociação. Na prática, a liquidação �nanceira é realizada somente após
a entrega física efetiva dos papéis, sendo efetuada pela Companhia Brasileira de
Liquidação e Custódia (CBLC). Nesse mercado, os preços são formados em pregão
em negociações realizadas no sistema eletrônico de negociação PUMA Trading
System. (CVM, 2019; ASSAF NETO, 2014)
Enquanto as operações a prazo são aquelas realizadas para liquidação em data
futura. As operações a prazo podem ser realizadas em três diferentes mercados:
mercado

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