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VADE_MÉCUM_ANALISTA_JUDICIÁRIO1-817-819

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VADE MECUM ESTRATÉGICO TRF - 3ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
 
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previdência social, na forma do inciso IV do caput deste 
artigo, o Conselho Monetário Nacional deverá considerar, 
entre outros requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.846, de 
2019) 
I - a natureza pública das unidades gestoras desses regimes 
e dos recursos aplicados, exigindo a observância dos 
princípios de segurança, proteção e prudência financeira; 
(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
II - a necessidade de exigência, em relação às instituições 
públicas ou privadas que administram, direta ou 
indiretamente por meio de fundos de investimento, os 
recursos desses regimes, da observância de critérios 
relacionados a boa qualidade de gestão, ambiente de 
controle interno, histórico e experiência de atuação, solidez 
patrimonial, volume de recursos sob administração e outros 
destinados à mitigação de riscos. (Incluído pela Lei nº 
13.846, de 2019) 
Art. 7º O descumprimento do disposto nesta Lei pelos 
Estados, Distrito Federal e Municípios e pelos respectivos 
fundos, implicará, a partir de 1º de julho de 1999: 
I - suspensão das transferências voluntárias de recursos pela 
União; 
II - impedimento para celebrar acordos, contratos, 
convênios ou ajustes, bem como receber empréstimos, 
financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou 
entidades da Administração direta e indireta da União; 
III - suspensão de empréstimos e financiamentos por 
instituições financeiras federais. 
IV - (Revogado pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Art. 8º Os responsáveis pelos poderes, órgãos ou entidades 
do ente estatal, os dirigentes da unidade gestora do 
respectivo regime próprio de previdência social e os 
membros dos seus conselhos e comitês respondem 
diretamente por infração ao disposto nesta Lei, sujeitando-
se, no que couber, ao regime disciplinar estabelecido na Lei 
Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, e seu 
regulamento, e conforme diretrizes gerais. (Redação dada 
pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 1º As infrações serão apuradas mediante processo 
administrativo que tenha por base o auto, a representação 
ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, assegurados ao 
acusado o contraditório e a ampla defesa, em conformidade 
com diretrizes gerais. (Renumerado do parágrafo único 
pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 2º São também responsáveis quaisquer profissionais que 
prestem serviços técnicos ao ente estatal e respectivo 
regime próprio de previdência social, diretamente ou por 
intermédio de pessoa jurídica contratada. (Incluído pela Lei 
nº 13.846, de 2019) 
Art. 8º-A Os dirigentes do ente federativo instituidor do 
regime próprio de previdência social e da unidade gestora do 
regime e os demais responsáveis pelas ações de 
investimento e aplicação dos recursos previdenciários, 
inclusive os consultores, os distribuidores, a instituição 
financeira administradora da carteira, o fundo de 
investimentos que tenha recebido os recursos e seus 
gestores e administradores serão solidariamente 
responsáveis, na medida de sua participação, pelo 
ressarcimento dos prejuízos decorrentes de aplicação em 
desacordo com a legislação vigente a que tiverem dado 
causa. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Art. 8º-B Os dirigentes da unidade gestora do regime próprio 
de previdência social deverão atender aos seguintes 
requisitos mínimos: (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
I - não ter sofrido condenação criminal ou incidido em 
alguma das demais situações de inelegilidade previstas no 
inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 
de maio de 1990, observados os critérios e prazos previstos 
na referida Lei Complementar; (Incluído pela Lei nº 
13.846, de 2019) 
II - possuir certificação e habilitação comprovadas, nos 
termos definidos em parâmetros gerais; (Incluído pela Lei 
nº 13.846, de 2019) 
III - possuir comprovada experiência no exercício de 
atividade nas áreas financeira, administrativa, contábil, 
jurídica, de fiscalização, atuarial ou de auditoria; (Incluído 
pela Lei nº 13.846, de 2019) 
IV - ter formação superior. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 
2019) 
Parágrafo único. Os requisitos a que se referem os incisos I e 
II do caput deste artigo aplicam-se aos membros dos 
conselhos deliberativo e fiscal e do comitê de investimentos 
da unidade gestora do regime próprio de previdência 
social. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Art. 9º Compete à União, por intermédio da Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da 
Economia, em relação aos regimes próprios de previdência 
social e aos seus fundos previdenciários: (Redação dada 
pela Lei nº 13.846, de 2019) 
I - a orientação, a supervisão, a fiscalização e o 
acompanhamento; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 
2019) 
II - o estabelecimento e a publicação de parâmetros, 
diretrizes e critérios de responsabilidade previdenciária na 
sua instituição, organização e funcionamento, relativos a 
custeio, benefícios, atuária, contabilidade, aplicação e 
utilização de recursos e constituição e manutenção dos 
fundos previdenciários, para preservação do caráter 
contributivo e solidário e do equilíbrio financeiro e 
atuarial; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
III - a apuração de infrações, por servidor credenciado, e a 
aplicação de penalidades, por órgão próprio, nos casos 
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previstos no art. 8º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 
13.846, de 2019) 
IV - a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária 
(CRP), que atestará, para os fins do disposto no art. 7º desta 
Lei, o cumprimento, pelos Estados, Distrito Federal e 
Municípios, dos critérios e exigências aplicáveis aos regimes 
próprios de previdência social e aos seus fundos 
previdenciários. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios encaminharão à Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, na forma, 
na periodicidade e nos critérios por ela definidos, dados e 
informações sobre o regime próprio de previdência social e 
seus segurados. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Art. 10. No caso de extinção de regime próprio de 
previdência social, a União, o Estado, o Distrito Federal e os 
Municípios assumirão integralmente a responsabilidade pelo 
pagamento dos benefícios concedidos durante a sua 
vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos 
necessários a sua concessão foram implementados 
anteriormente à extinção do regime próprio de previdência 
social. 
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 27 de novembro de 1998; 177º da Independência e 
110o da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Waldeck Ornélas 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.11.1998 
LEI COMPLEMENTAR Nº 109/2001 
Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá 
outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei 
Complementar: 
CAPÍTULO I 
Introdução 
Art. 1º O regime de previdência privada, de caráter 
complementar e organizado de forma autônoma em relação 
ao regime geral de previdência social, é facultativo, baseado 
na constituição de reservas que garantam o benefício, nos 
termos do caput do art. 202 da Constituição Federal, 
observado o disposto nesta Lei Complementar. 
Art. 2º O regime de previdência complementar é operado 
por entidades de previdência complementar que têm por 
objetivo principal instituir e executar planos de benefícios de 
caráter previdenciário, na forma destaLei Complementar. 
Art. 3º A ação do Estado será exercida com o objetivo de: 
I - formular a política de previdência complementar; 
II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades 
reguladas por esta Lei Complementar, compatibilizando-as 
com as políticas previdenciária e de desenvolvimento social 
e econômico-financeiro; 
III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-
financeira e atuarial, com fins específicos de preservar a 
liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios, 
isoladamente, e de cada entidade de previdência 
complementar, no conjunto de suas atividades; 
IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às 
informações relativas à gestão de seus respectivos planos de 
benefícios; 
V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas 
operações e aplicar penalidades; e 
VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos 
planos de benefícios. 
Art. 4º As entidades de previdência complementar são 
classificadas em fechadas e abertas, conforme definido nesta 
Lei Complementar. 
Art. 5º A normatização, coordenação, supervisão, 
fiscalização e controle das atividades das entidades de 
previdência complementar serão realizados por órgão ou 
órgãos regulador e fiscalizador, conforme disposto em lei, 
observado o disposto no inciso VI do art. 84 da Constituição 
Federal. 
CAPÍTULO II 
Dos Planos de Benefícios 
Seção I 
Disposições Comuns 
Art. 6º As entidades de previdência complementar somente 
poderão instituir e operar planos de benefícios para os quais 
tenham autorização específica, segundo as normas 
aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador, conforme 
disposto nesta Lei Complementar. 
Art. 7º Os planos de benefícios atenderão a padrões mínimos 
fixados pelo órgão regulador e fiscalizador, com o objetivo 
de assegurar transparência, solvência, liquidez e equilíbrio 
econômico-financeiro e atuarial. 
Parágrafo único. O órgão regulador e fiscalizador 
normatizará planos de benefícios nas modalidades de 
benefício definido, contribuição definida e contribuição 
variável, bem como outras formas de planos de benefícios 
que reflitam a evolução técnica e possibilitem flexibilidade 
ao regime de previdência complementar. 
Art. 8º Para efeito desta Lei Complementar, considera-se: 
I - participante, a pessoa física que aderir aos planos de 
benefícios; e 
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II - assistido, o participante ou seu beneficiário em gozo de 
benefício de prestação continuada. 
Art. 9º As entidades de previdência complementar 
constituirão reservas técnicas, provisões e fundos, de 
conformidade com os critérios e normas fixados pelo órgão 
regulador e fiscalizador. 
§ 1º A aplicação dos recursos correspondentes às reservas, 
às provisões e aos fundos de que trata o caput será feita 
conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário 
Nacional. 
§ 2º É vedado o estabelecimento de aplicações compulsórias 
ou limites mínimos de aplicação. 
Art. 10. Deverão constar dos regulamentos dos planos de 
benefícios, das propostas de inscrição e dos certificados de 
participantes condições mínimas a serem fixadas pelo órgão 
regulador e fiscalizador. 
§ 1º A todo pretendente será disponibilizado e a todo 
participante entregue, quando de sua inscrição no plano de 
benefícios: 
I - certificado onde estarão indicados os requisitos que 
regulam a admissão e a manutenção da qualidade de 
participante, bem como os requisitos de elegibilidade e 
forma de cálculo dos benefícios; 
II - cópia do regulamento atualizado do plano de benefícios 
e material explicativo que descreva, em linguagem simples e 
precisa, as características do plano; 
III - cópia do contrato, no caso de plano coletivo de que trata 
o inciso II do art. 26 desta Lei Complementar; e 
IV - outros documentos que vierem a ser especificados pelo 
órgão regulador e fiscalizador. 
§ 2º Na divulgação dos planos de benefícios, não poderão ser 
incluídas informações diferentes das que figurem nos 
documentos referidos neste artigo. 
Art. 11. Para assegurar compromissos assumidos junto aos 
participantes e assistidos de planos de benefícios, as 
entidades de previdência complementar poderão contratar 
operações de resseguro, por iniciativa própria ou por 
determinação do órgão regulador e fiscalizador, observados 
o regulamento do respectivo plano e demais disposições 
legais e regulamentares. 
Parágrafo único. Fica facultada às entidades fechadas a 
garantia referida no caput por meio de fundo de solvência, a 
ser instituído na forma da lei. 
Seção II 
Dos Planos de Benefícios de Entidades Fechadas 
Art. 12. Os planos de benefícios de entidades fechadas 
poderão ser instituídos por patrocinadores e instituidores, 
observado o disposto no art. 31 desta Lei Complementar. 
Art. 13. A formalização da condição de patrocinador ou 
instituidor de um plano de benefício dar-se-á mediante 
convênio de adesão a ser celebrado entre o patrocinador ou 
instituidor e a entidade fechada, em relação a cada plano de 
benefícios por esta administrado e executado, mediante 
prévia autorização do órgão regulador e fiscalizador, 
conforme regulamentação do Poder Executivo. 
§ 1º Admitir-se-á solidariedade entre patrocinadores ou 
entre instituidores, com relação aos respectivos planos, 
desde que expressamente prevista no convênio de adesão. 
§ 2º O órgão regulador e fiscalizador, dentre outros 
requisitos, estabelecerá o número mínimo de participantes 
admitido para cada modalidade de plano de benefício. 
Art. 14. Os planos de benefícios deverão prever os seguintes 
institutos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão 
regulador e fiscalizador: 
I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do 
vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com 
o instituidor antes da aquisição do direito ao benefício pleno, 
a ser concedido quando cumpridos os requisitos de 
elegibilidade; 
II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para 
outro plano; 
III - resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano 
pelo participante, descontadas as parcelas do custeio 
administrativo, na forma regulamentada; e 
IV - faculdade de o participante manter o valor de sua 
contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial 
ou total da remuneração recebida, para assegurar a 
percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela 
remuneração ou em outros definidos em normas 
regulamentares. 
§ 1º Não será admitida a portabilidade na inexistência de 
cessação do vínculo empregatício do participante com o 
patrocinador. 
§ 2º O órgão regulador e fiscalizador estabelecerá período de 
carência para o instituto de que trata o inciso II deste artigo. 
§ 3º Na regulamentação do instituto previsto no inciso II do 
caput deste artigo, o órgão regulador e fiscalizador 
observará, entre outros requisitos específicos, os seguintes: 
I - se o plano de benefícios foi instituído antes ou depois da 
publicação desta Lei Complementar; 
II - a modalidade do plano de benefícios. 
§ 4º O instituto de que trata o inciso II deste artigo, quando 
efetuado para entidade aberta, somente será admitido 
quando a integralidade dos recursos financeiros 
correspondentes ao direito acumulado do participante for 
utilizada para a contratação de renda mensal vitalícia ou por 
prazo determinado, cujo prazo mínimo não poderá ser 
inferior ao período em que a respectiva reserva foi

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