Prévia do material em texto
R ep ro du çã o pr oi bi da .A rt .1 84 do C ód ig o P en al e Le i 9 .6 10 de 19 de fe ve re iro de 19 98 . 179Capítulo 4 • CINÉTICA QUÍMICA 79 (Fuvest-SP) Os automóveis movidos a gasolina, mesmo que utilizem uma relação ar/combustível adequada, pro- duzem substâncias poluentes, tais como hidrocarboneto não queimado (HC), CO e NO. Atualmente, os automó- veis são equipados com catalisadores que promovem as transformações dos referidos poluentes gasosos, confor- me as seguintes equações: 2 CO " O2 2 CO2 2 NO " 2 CO N2 " 2 CO2 HC " Oxigênio Dióxido de carbono " Água O gráfico ao lado dá a porcentagem de poluentes trans- formados (Y), em função da porcen- tagem de oxigênio (X ) presente na mistura do com- bustível com ar. Logo, se a porcentagem de oxigênio na mistura for: I. x1, a porcentagem de HC transformado será menor que a de CO transformado; II. x2, a soma das quantidades de HC, CO e NO, nos ga- ses de escape, será menor do que aquela obtida se a porcentagem de oxigênio for x1 ou x3; III. x3, restará menos CO, para transformar NO em N2, do que se a porcentagem de oxigênio for x1; É, pois, correto o que se afirma: a) em I apenas. d) em II e III apenas. b) em II apenas. e) em I, II e III. c) em III apenas. 80 (ITA-SP) As figuras a seguir apresentam esboços de cur- vas representativas da dependência da velocidade de rea- ções químicas com a temperatura. Na figura A é mostra- do como a velocidade de uma reação de combustão de explosivos depende da temperatura. Na figura B é mos- trado como a velocidade de uma reação catalisada por enzimas depende da temperatura. Justifique, para cada uma das figuras, o efeito da temperatura sobre a velo- cidade das respectivas reações químicas. X Y 0 x1 x2 x3 NO HC 20 40 60 80 100 CO Temperatura V el oc id ad e Temperatura V el oc id ad eA B 81 (Fuvest-SP) O estudo cinético, em fase gasosa, da reação representada por NO2 " CO CO2 " NO mostrou que a velocidade da reação não depende da con- centração de CO, mas depende da concentração de NO2 elevada ao quadrado. Esse resultado permite afirmar que: a) o CO atua como catalisador. b) o CO é desnecessário para a conversão de NO2 em NO. c) o NO2 atua como catalisador. d) a reação deve ocorrer em mais de uma etapa. e) a velocidade da reação dobra se a concentração inicial de NO2 for duplicada. 82 (UFMG) Descargas de veículos contêm poluentes como NO, CO e CxHy (hidrocarbonetos). Duas formas de reduzir a concentração desses poluentes são: a) controlar a pro- porção entre ar e combustível na mistura queimada no motor; b) converter cataliticamente os poluentes em pro- dutos inofensivos ou menos danosos ao meio ambiente. 1. Considere o gráfico. Esse gráfico representa a varia- ção das concentrações de NO, CO e CxHy em função da proporção entre ar e combustível na mistura quei- mada. Indique a proporção volumétrica aproximada ar/combustível que levará aos efeitos listados abaixo. a) Menor concentração possível de CxHy. b) Maior concentração possível de NO. 2. A conversão catalítica envolve reações de oxi-redução. No caso de NO, ocorre uma redução do nitrogênio e, nos casos de CO e CxHy, ocorrem oxidações do carbo- no. Escreva a equação química balanceada de uma dessas reações. 3. Os conversores catalíticos, usados nos escapamentos dos automóveis, têm uma estrutura que sugere um grande favo de mel, com um número muito grande de buracos de forma hexagonal. Esses buracos são re- vestidos com material catalisador, e os gases prove- nientes da descarga circulam por esse favo antes de serem lançados na atmosfera. Explique o motivo pelo qual a estrutura acima descrita catalisa as reações com mais eficiência do que um conversor catalítico na for- ma de um tubo, revestido com o mesmo catalisador. 83 (UEM-PR) A partir dos dados a seguir, identifique a(s) alternativas(s) correta(s). I. A2 (g) " 3 B2 (g) 2 AB3 (g) II. 2 SO2 (g) " O2 (g) 2 SO3 (g) ∆H % #198 kJ 01) Com base na equação I, pode-se afirmar que a velo- cidade de desaparecimento de A2 (g) é um terço da velocidade de desaparecimento de B2 (g). 02) Com base na equação I, pode-se afirmar que a velo- cidade de aparecimento de AB3 (g) é dois terços da velocidade de desaparecimento de B2 (g). 04) Com base na equação I, pode-se afirmar que a velo- cidade de aparecimento de AB3 (g) é o dobro da ve- locidade de decomposição de A2 (g). 08) Se a equação de velocidade determinada experimen- talmente é v k [SO ] [SO ] ,2 3 1 2% # a reação é de pri- meira ordem em relação ao SO2 (g), e a ordem total da reação é 1 2 . 16) Se a equação de velocidade determinada experimen- talmente para a reação representada pela equação II é v k [SO ] [SO ] ,2 3 1 2% # a velocidade da reação irá duplicar se for aumentada em quatro vezes a con- centração de SO2 (g). 32) Na reação representada pela equação II, se a plati- na funciona como catalisador, ela altera o ∆H da reação. Proporção volumétrica ar/combustível C on ce nt ra çã o de N O ,C O e C xH y (fo ra de es ca la ) 1920 18 17 16 15 14 13 12 CxHy CO NO Pt Capitulo 04B-QF2-PNLEM 4/6/05, 16:41179 R ep ro du çã o pr oi bi da .A rt .1 84 do C ód ig o P en al e Le i9 .6 10 de 19 de fe ve re iro de 19 98 . 180 EQUILÍBRIOS QUÍMICOS HOMOGÊNEOS5Capítul o Apresentação do capítulo Para esses artistas circenses, o equilíbrio é fundamental. Tópicos do capítulo 1 Estudo geral dos equilíbrios químicos 2 Deslocamento do equilíbrio Leitura: A síntese de Haber-Bosch Na ciência, a noção de equilíbrio é muito importante. Em Física se estuda o equilíbrio dos corpos, entendido como o resultado da ação de forças que se opõem e se anulam. Um exemplo interessante é o da evaporação da água. Uma poça d’água, por exemplo, evapora totalmente depois de algum tempo. No entanto, se colocarmos água em um recipiente fechado, vamos verificar que a água também vai evaporando, mas, passado certo tempo, a evaporação parece parar, permanecendo o sistema indefinidamente nessa situação (se a temperatura não mudar). Afinal, o que realmente acontece dentro do recipiente? A partir do momento em que a evaporação e a condensação passam a ocorrer com velocidades iguais, dizemos que o sistema chegou a um equilíbrio. Com as reações químicas acontecem fenômenos semelhantes. O estudo dos equilíbrios químicos, que ora estamos iniciando, é dos mais relevantes. Para percebermos a importância do assunto, basta lembrarmos as reações químicas que ocorrem em sistemas biológicos — nossa própria vida, por exemplo, não é possível sem o equilíbrio entre o O2 e o CO2 em nosso sangue, ou entre o Na" e o K" em nossas células, etc. A LA N TH O R N TO N / S TO N E -G E TT Y IM A G E S Capitulo 05A-QF2-PNLEM 4/6/05, 17:02180 R ep ro du çã o pr oi bi da .A rt .1 84 do C ód ig o P en al e Le i 9 .6 10 de 19 de fe ve re iro de 19 98 . 181Capítulo 5 • EQUILÍBRIOS QUÍMICOS HOMOGÊNEOS 1 ESTUDO GERAL DOS EQUILÍBRIOS QUÍMICOS 1.1. Conceito de reações reversíveis Até agora você pode ter ficado com a idéia de que, misturados os reagentes em condições favorá- veis de pressão e de temperatura, a reação iria processar-se até um ou mais reagentes acabarem. Isso, porém, nem sempre corresponde à realidade. Seja, por exemplo, a reação entre CO e NO2, em um recipiente fechado mantido a 200 °C: Pelas cores apresentadas, concluímos que a cor da mistura inicial (CO " NO2) é o vermelho- castanho intenso, e que a mistura final (CO2 " NO) é incolor. Sendo assim, se misturás- semos quantidades estequiometricamente exatas de reagentes (1 mol de CO e 1 mol de NO2) e a reação fosse até o final, a mistura resultante (1 mol de CO2 e 1 mol de NO) deveria ser inco- lor; no entanto não é isso o que acontece: o que vemos, após certo tempo, é que a cor que o sistema passa a apresentar é o vermelho-castanho fraco, que permanece inalterado indefinidamente (se a temperatura permanecer constante). O que terá acontecido? Será que a reação “parou pelo caminho”? É importante também notar o que acontece coma reação inversa à mencionada: CO2 (g) " NO (g) CO (g) " NO2 (g) Misturando-se 1 mol de CO2 e 1 mol de NO, a 200 °C, se a reação “caminhasse” até o final, o CO2 e o NO iriam acabar e teríamos 1 mol de CO e 1 mol de NO2, mistura que apresentaria um vermelho-castanho intenso, devido ao NO2. Na realidade, porém, o sistema chega somente ao mesmo vermelho-castanho fraco que foi obtido no final do primeiro experimento. Observe que tão logo a reação CO (g) " NO2 (g) CO2 (g) " NO (g) começa a se processar, seus produtos (CO2 e NO) começam a reagir entre si, de acordo com a reação inversa CO2 (g) " NO (g) CO (g) " NO2 (g), regenerando as substâncias iniciais (CO e NO2). Chega-se então a uma situação na qual as duas reações se contrabalançam e o sistema permanece como se nenhuma reação estivesse ocorrendo; a partir desse instante, as quantidades de reagentes e de produtos permanecem inalteradas (se a temperatura permanecer constante), isto é, a reação alcan- ça o estado de equilíbrio. Assim, de modo geral, dizemos que: Reação reversível é aquela que se processa simultaneamente nos dois sentidos. Ou ainda: Reação reversível é a reação na qual os reagentes se transformam nos produtos, e estes, à medida que se formam, regeneram os reagentes iniciais. CO (g) " NO2 (g) CO2 (g) " NO (g) Tempo CO2 NO Situação inicial (mistura incolor) Situação final (vermelho-castanho fraco) Tempo CO NO2 Situação inicial (vermelho-castanho intenso) Situação final (vermelho-castanho fraco) Cores das substâncias Incolor Vermelho- castanho intenso Incolor Incolor Capitulo 05A-QF2-PNLEM 4/6/05, 17:02181