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ELE505 - Medidas Elétricas Aula 04 – Medição de Corrente. Transformadores de Corrente. Prof. Frederico Oliveira Passos Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI fredericopassos@unifei.edu.br PÁGINA 1 - Pode ser Analógico ou Digital - Pode medir sinais AC e/ou DC dependendo do sistema de medição projetado - Deve ter baixa impedância ou resistência entre os terminais - Pode utilizar diversas faixas de grandeza utilizando mudança de escala PÁGINA 2 Medição da grandeza de corrente [A] é realizada pelo Amperímetro Deve ser conectado em série utilizando dois terminais entre os pontos de interesse. - Ao conecta-lo, deve influenciar o mínimo possível o circuito original - O ideal seria impedância ou resistência zero entre os terminais - Se eletromecânico, projeto básico é composto de um galvanômetro em paralelo com resistor de baixo valor - Se eletrônico digital, sinal de corrente medida é transduzida para sinal de tensão proporcional. PÁGINA 3 Amperímetro Eletromecânico– O projeto deve garantir a circulação no galvanômetro da menor parcela possível da corrente medida que seja capaz de permitir o deslocamento do ponteiro dentro das escalas do projeto (corrente medida -> deslocamento do ponteiro). Amperímetro Eletrônico– O projeto deve permitir a transdução proporcional da corrente medida para valores de tensão limites do conversor A/D, através de divisores de corrente, amplificadores operacionais, sensores hall entre outros. - No eletromecânico, mudar o divisor de corrente - No Eletrônico, mudar o condicionamento para nova relação entre os limites do sinal medido e os limites do conversor A/D PÁGINA 4 A chave seletora de um amperímetro permite: -Conhecer a máxima corrente de indicação do galvanômetro (ex:Igmax=10mA) - Conhecer a resistência (quando DC) ou a impedância (quando AC) do galvanômetro (ex: Rg=1Ω) - Definir a escala a ser medida pelo instrumento (ex: 0A – 5A) - Calcular a resistência de baixo valor (Rs ) em paralelo com o galvanômetro PÁGINA 5 Projeto básico de um amperímetro eletromecânico , =2,004mΩ -Utilizando resistor calculado (Rs) em paralelo com o amperímetro - O artifício funciona, mas adiciona as incertezas do novo resistor na medida - Mesmo principio do divisor de corrente -Fator de redução “n” PÁGINA 6 É possível medir correntes maiores que a faixa do instrumento! - Cabos de conexão em série diretos nos terminais - Pontas de Prova de corrente diversas a serem conectadas ao instrumentos ou já fazendo parte do seu corpo - Os princípios de funcionamento das pontas de provas são diversos - Amperímetros DC indicam os terminais + (vermelho) e – (preto) PÁGINA 7 O amperímetro é conectado no circuito para medição através de: - Amperímetros conectados diretamente ao circuito, em geral, trabalham com sinais de baixa corrente (0-5A) - Para valores maiores de corrente utiliza-se janelas de medição ou transformadores de corrente (TC) - A maioria dos amperímetros com conexão direta estão ligados aos secundários de TC´s. PÁGINA 8 A transformação e/ou transdução dos sinais de corrente para valores compatíveis é um desafio! Níveis de corrente elevados para o instrumento devem ser reduzidos numa proporção constante na amplitude garantindo também a forma, frequência e fase do sinal original. - Resistores Shunt - Sensores de efeito Hall - Bobina de Rogowski - Transformadores de Corrente Ópticos PÁGINA 9 Das diversas formas de transformar e transdução de sinais de corrente destacam- se: Transformadores de Corrente Indutivos (TCs) são atualmente os mais aplicados nos sistemas elétricos - Transformadores de Corrente Indutivos PÁGINA 10 Resistor Shunt • Empregado para medições de correntes elevadas. • Ele consiste em uma resistência de manganina calibrada que é conectada em série ao circuito através de parafusos de latão com cabeça sextavada. • Desta forma, ao circular por ele a corrente que se quer medir, pela lei de Ohm, resultará uma tensão em seus terminais. • As tensões de saída nominais, geralmente, se encontram na faixa de 30 a 300 mV. Manganina é uma liga de Cu (Cobre) utilizada na produção de fios para fabricação de resistências elétricas. - Excelente capacidade de reproduzir a forma de onda, portanto funciona para sinais DC ou AC - Linearidade para amplo espectro de frequência PÁGINA 11 Sensor Hall para transformação de Corrente -Excelente exatidão na transformação - Boa imunidade à ruídos - Precisa de alimentação DC externa e as entradas e saídas são sinais de corrente. - A corrente de saída reproduz a corrente na relação do datasheet - A transdução para um sinal de tensão dependem do valor de resistores no terminal de saída. PÁGINA 12 Sensor Hall para transformação de Corrente - Escolher Rm (resistência e potência) para que tenha a tensão máxima (ex: 3V) quando 50mA 𝑅 = 3 0,05 = 60Ω (𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜 𝑒𝑚 15𝑉) - Utilizar um conversor A/D e algoritmo que corresponda a amplitude de 3V para 100A - A Bobina de Rogowski é um dispositivo eletrônico para medição de corrente alternada (AC); - Mede a corrente elétrica independentemente da geometria do condutor; PÁGINA 13 Bobina de Rogowski - Baseado na Lei de Ampère, e na Lei da Indução de Faraday-Lenz - Fornece um sinal de saída em tensão - É constituída de um toróide com enrolamento uniformemente distribuído em um núcleo de material não magnético. - Boa linearidade e grande espectro de frequência PÁGINA 14 Bobina de Rogowski - No secundário, tem-se um amperímetro conectado internamente, cuja indicação é proporcional à corrente do primário. - Se princípio de transformação magnética, mede apenas AC. PÁGINA 15 Amperímetro Alicate - Se sensor Hall no circuito secundário, mede AC e DC. -TC com núcleo magnético separável ou basculante (garras), para facilitar o enlaçamento do condutor (primário) por onde circula a corrente que se quer medir. - Se houver mais que uma fase, o núcleo deve abraçar apenas os condutores da fase cuja corrente se quer medir. - Caso contrário, as leituras apresentarão resultados falsos devido aos fluxos produzidos pelas correntes que circulam em cada fase. PÁGINA 16 Amperímetro Alicate - As pontas de prova têm princípios similares aos alicates, entretanto entregam sinais de tensão a serem medidos. 0 A PÁGINA 17 Transformadores de Corrente para Sistema de Potência Níveis de tensão muito maiores! Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Instrumentos Eletrônicos Digitais Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Instrumentos Eletrônicos Digitais Devem ter estrutura capaz de suportar os elevados campos elétricos (isoladores) Garantir isolamento entre o circuito primário e secundário Reproduzir bem as formas de onda de corrente senoidal (AC) Instrumentos Eletrônicos Digitais Instrumentos Eletrônicos Digitais Menor erro de exatidão possível PÁGINA 18 Transformadores de Corrente - TC Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos O circuito secundário alimenta as bobinas de corrente dos aparelhos destinados para tal fim, ou seja, medição de corrente. Transformador convencional com saída (secundário) padronizada em I2=5A. O circuito primário de um TC é ligado em série com a alimentação de uma instalação ou equipamento onde se deseja medições. PÁGINA 19 Transformadores de Corrente - TC Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Ao utilizar TC janela a influência é menor ainda. Em TC´s a corrente primária que define a secundária, independente do instrumento que esteja alimentando. Baixa impedância de primário para não influenciar o circuito de alta corrente. I1 – Corrente no primário I2 – Corrente no secundário N1 – Número de espiras N2 – Número de espiras Quanto menor a impedância da carga no secundário,melhor para o desempenho do TC. PÁGINA 20 Transformadores de Corrente - TC - “ Antes de qualquer operação com TC´s deve-se primeiro aplicar um curto circuito no secundário através de um condutor de baixa impedância ou de chave apropriada. ” PÁGINA 21 Transformadores de Corrente - TC Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos O erro será unicamente devido à corrente de magnetização Io. Quanto maior Io, maior o erro do TC. Num TC as causas dos erros se apresentam de maneira completamente diferente do TP as impedâncias primárias não exercem qualquer influência sobre a precisão do TC, portanto pode ser desprezada. PÁGINA 22 Transformadores de Corrente - TC Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos O erro será unicamente devido à corrente de magnetização Io. Quanto maior Io, maior o erro do TC. I0 está relacionada à tensão E2, desenvolvida no secundário A tensão E2 define o fluxo magnético no núcleo por uma relação não linear, que é dada pela curva de magnetização (B x H) do transformador. PÁGINA 23 Transformadores de Corrente - TC Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Tecnologias Empregadas Instrumentos Eletromecânicos Para melhor precisão de um TC deve- se reduzir I0 ao mínimo. Isso é possível através de algumas ações no projeto e utilização (Zc menor)! 1- Núcleos com melhor qualidade magnética, reduzindo I0. 2- Diminuir o valor de E2 tornando os valores de R2 e L2 os menores possíveis. R2 até o limite tecnicamente viável X2 0 !!! 1- I0 menor! 2.2- toroide reduz dispersão 2.1- condutores do secundário com baixa resistividade e bitola maior 2- queda de tensão no secundário menor PÁGINA 24 Fenômenos do funcionamento Transformadores de Corrente - TC PÁGINA 25 Fenômeno se abrir o circuito secundário Transformadores de Corrente - TC Hl proporcional à densidade de fluxo B e, consequentemente, ao fluxo no núcleo do TC se não ocorrer oposição ao fluxo no secundário do TC (N2I2), fluxos elevados acontecerão Consequentemente, I0 e tensões nos terminais secundários elevados. Portanto, nunca interromper a corrente secundária de um TC. Fluxo elevado, tensão nos terminais secundários elevadas! Zero PÁGINA 26 TCs para Medição e Proteção Transformadores de Corrente - TC Construção diferente para medição e proteção TC´s para medição mais precisos e saturam em 150% da corrente nominal; TC´s para proteção menos precisos e não devem saturar facilmente. Saturam cerca de 20 a 25 x In (2000 % In , 2500 % In). PÁGINA 27 TCs conforme construção Transformadores de Corrente - TC Tipo enrolado: enrolamento primário constituído por uma ou mais espiras, envolve mecanicamente o núcleo do transformador; Tipo barra: primário constituído por uma barra montada permanentemente através do núcleo do transformador; PÁGINA 28 TCs conforme construção Transformadores de Corrente - TC Tipo janela: sem primário próprio, construído por uma abertura no núcleo, por onde passará o condutor primário, formando uma ou mais espiras. Tipo bucha: tipo especial de TC janela, instalado sobre a bucha de um equipamento elétrico fazendo parte dele. PÁGINA 29 TCs conforme construção Transformadores de Corrente - TC Tipo núcleo dividido: tipo especial de TC janela em que parte do núcleo é separável. PÁGINA 30 Transformadores de Corrente - TCVários enrolamentos primários: PÁGINA 31 Transformadores de Corrente - TCVários enrolamentos secundários: Pode ser construído com vários enrolamentos secundários. Os TC’s podem possuir dois tipos de enrolamentos secundários, um para medição e outro para proteção. Por este fato, nota-se que, neste caso, deve haver dois núcleos diferentes e independentes entre si devido às diferenças de saturação. Corrente primária nominal e relação nominal; Nível de isolamento PÁGINA 32 Parâmetros que caracterizam um TC, de acordo com a NBR 6856 Frequência nominal Transformadores de Corrente Classe de Exatidão Carga Nominal Fator térmico nominal Corrente térmica nominal Fator de sobrecorrente nominal (somente em TC´s para proteção) Corrente dinâmica nominal Transformador Corrente - TC PÁGINA 33 Normalmente considera a tensão como sendo a imediatamente superior à nominal de linha do circuito em que o TC será utilizado. Nível de Isolamento Transformador Corrente - TC PÁGINA 34 Carga em [VA] em 60 [HZ], que garante a exatidão informada. Carga Nominal Transformador Corrente - TC PÁGINA 35 Conforme NBR6856, para TC´s de medição; TC´s e os instrumentos (destinados a serem ligados ao mesmo) devem apresentar a mesma classe de exatidão. Classe de Exatidão Transformador Corrente - TC PÁGINA 36 Conforme NBR6856, TC´s de proteção; padronizou-se a classe de exatidão 5 ou 10% , para qualquer corrente secundária, desde 1 a 20 vezes a corrente nominal, e qualquer carga igual ou inferior a nominal. Classe de Exatidão Transformador Corrente - TC PÁGINA 37 Exprime a relação entre a corrente máxima, com a qual o TC para proteção mantém a sua classe de exatidão nominal e a corrente nominal; A NBR 6856/81 admite que a corrente máxima deva ser 20 vezes a nominal, não citando o fator de sobrecorrente. Fator de Sobrecorrente Nominal Ex: Não aparece na placa, mas pelo código, um dos núcleos é para proteção e garante erro menor que 10% mesmo quando 20xIn e carga igual ou menor que a nominal Transformador Corrente - TC PÁGINA 38 É o fator que multiplicado pela corrente primária indica a corrente primária máxima que o TC pode suporta em regime permanente. Os fatores térmicos são : 1,0; 1,2; 1,3; 1,5; 2. Fator Térmico Nominal Transformador Corrente - TC PÁGINA 39 É a maior corrente primária que um TC é capaz de suportar durante 1seg., com o secundário curto-circuitado, sem exceder os limites de elevação de temperatura correspondente a sua classe de isolamento. Comumente 80 vezes a corrente nominal. Corrente Térmica Nominal Ith Transformador Corrente - TC PÁGINA 40 É o valor da crista da corrente primária que um TC é capaz de suportar, durante o primeiro ciclo com o secundário curto- circuitado. A NBR 6856 cita que o valor da crista é normalmente 2,5 o valor da corrente térmica. Corrente Dinâmica Nominal Transformador Corrente - TC PÁGINA 41 Se TC Medição: Verificar a aplicação do TC, para se determinar a classe de exatidão. Depois determina-se as cargas em termos de suas potências consumidas Representação da NBR: X é a classe de exatidão e VA a potência. Ex: 0,6C50 Especificação de TCs Transformador Corrente - TC PÁGINA 42 Se TC Medição: Verificar a aplicação do TC, para se determinar a classe de exatidão. Representação ANSI: X é a classe de exatidão e Z a impedância. Para o TC do ex. anterior, com I2n=5A, S=Z.I2 -> Z=2Ω -> 0,6B2 Especificação de TCs Transformador Corrente - TC PÁGINA 43 Se TC Proteção: Maneira Antiga ANSI A ANSI utilizava os seguintes termos: Onde: H – impedância secundária interna elevada (TC do tipo enrolado) L – impedância secundária interna baixa (TC do tipo bucha ou janela) X representa o máximo erro de relação especificado em porcentagem (valor 10 ou 2,5) V significa a máxima tensão terminal secundária. Especificação de TCs Transformador Corrente - TC PÁGINA 44 Se TC Proteção: Maneira Antiga ABNT A ABNT utilizava os seguintes termos: (A – 10 ou 2.5) ALTA IMPEDÂNCIA ou (B – 10 ou 2.5) BAIXA IMPEDÂNCIA F – 5, 10 ou 20 FATOR DE SOBRECORRENTE (n x In) C – 25, 50 ou 100 CARGA EM [VA] Por exemplo, B10F20C50 Especificação de TCs Se TC Proteção: Maneira Atual ABNT A ABNT utilizava os seguintes termos: -Deve saturar apenas para 20xIn -Classe de exatidão 5 ou 10 -(A Alta Impedância) ou (B Baixa Impedância) -Tensão secundária nominal, quando corrente igual a 20 x In na carga nominal Por exemplo, 10B200Transformador Corrente - TC PÁGINA 45 Polaridade e Marcação dos Terminais de TCs Polaridade: Sentido das tensões induzidas no primário e secundário. As diversas normas internacionais especificam que os TC’s devem ser subtrativos e os terminais marcados como mostrado na figura. Transformador de Corrente PÁGINA 46 Polaridade e Marcação dos Terminais Transformador de Corrente PÁGINA 47 Polaridade e Marcação dos Terminais Transformador de Corrente Símbolos e formas de representação das informações a) Sinal de dois pontos (:) deve ser usado para representar relações nominais. Por exemplo: 120:1 b) Hífen (-) deve ser usado para separar as correntes nominais. Por exemplo: 100-5 [A] c) Sinal (x) deve ser usado para separar as correntes primárias ou relações obtidas e enrolamentos cujas bobinas devem ser ligadas em série ou paralelo. Por exemplo: 100x200 – 5 [A] d) A barra (/) deve ser usada para separar correntes primárias ou relações obtidas por meio de derivações. Por exemplo: 150/200-5 [A] PÁGINA 48 Transformador de Corrente PÁGINA 49 Instrumentos elétricos empregados com TC´s 5A, 60Hz. Transformador de Corrente PÁGINA 50 Exemplo de catálogo Próxima aula PÁGINA 51 Vamos entender os conceitos básicos de filtros digitais; Condicionamento de sinais; Conversores A/D Algoritmos de medição; Obrigado! PÁGINA 52 Prof. Frederico Oliveira Passos fredericopassos@unifei.edu.br 35 99804-9377
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