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Apostila Caixa 2023 - Concursos GG

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3Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
CAIXA ECONÔMICA 
FEDERAL
SUMÁRIO
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA ..............................................................05
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | LUANA SCHONARTH ....................................59
REDAÇÃO | LUANA SCHONARTH .........................................................................................115
REDAÇÃO OFICIAL | LUANA SCHONARTH .............................................................................139
MATEMÁTICA FINANCEIRA | MARCOS LUCIANO ..................................................................205
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA| MARCOS LUCIANO ............................................................457
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS | EDGAR ABREU...................................................................581
DIREITO ADMINISTRATIVO | TATIANA MARCELLO ................................................................719
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS | BRUNA FRANCESCHI .................................................725
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - CÓDIGO DE CONDUTA | GIULIANO TAMAGNO ...................787
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - CÓDIGO DE ÉTICA | GIULIANO TAMAGNO ..........................809
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO | GIULIANO TAMAGNO ..........817
INFORMÁTICA | MARIANO BITELO ......................................................................................835
ATENDIMENTO BANCÁRIO | BRAYAN SOUZA .......................................................................1351
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA | BRUNA KATZ .....................................................1367
ATENDIMENTO BANCÁRIO | TATIANA MARCELLO ................................................................1435
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR | GUILHERME KOENIG .............................................1453
3
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3Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
Português
Prof. Carlos Zambeli 
e Profª Thaís Oliveira
CLASSES DE PALAVRAS (MORFOLOGIA)
Começando a entender Português!
Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, geralmente se desconsiderando a função 
que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos morfológi-
cos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes de palavras 
ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advér-
bio, Preposição, Conjunção e Interjeição.
1. SUBSTANTIVO
A palavra que dá nome aos seres, coisas, lugares, ideias, sentimentos. O substantivo faz parte da 
classe de palavras variáveis da língua portuguesa. Isso quer dizer que pode apresentar flexões 
de gênero, número e grau.
 • lugares: Itália, Porto Alegre...
 • sentimentos: raiva, ciúmes ...
 • estados: alegria, tristeza...
 • qualidades: honestidade, sinceridade...
 • ações: corrida, leitura...
2. ARTIGO
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado 
de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o 
número dos substantivos.
5
4
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
Detalhe zambeliano 1 
Substantivação!
O jantar foi servido às 20h30min.
A Psicologia interessa-se pelo estudo do eu.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios. 
Tati chegou. / A Tati chegou.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos. 
Sua turma é pequena no curso.
A sua turma é pequena no curso.
3. ADJETIVO
Adjetivo – palavra variável que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito, 
estado, condição
 • Material bom, menino agitado, moça elegante.
O adjetivo pode aparecer antes ou depois do substantivo.
 • Elegante senhora / Senhora elegante
6
5Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto 
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
 • Você estava nervosa.
 • A estudante nervosa foi mal na prova.
Locução adjetiva
Noite de chuva (chuvosa) 
Atitudes de anjo (angelicais) 
Pneu de trás (traseiro) 
Seleção do Brasil (brasileira)
Detalhe zambeliano!
4. ADVÉRBIO
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio 
advérbio.
Dica do Zambeli!
Aqui dormi nesta semana.
Hoje eu estudei gramática no curso.
7
6
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
Classificação dos advérbios:
Lugar – ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro... 
Tempo – agora, amanhã, antes, ontem...
Modo – a pé, à toa, à vontade...
Dúvida – provavelmente, talvez, quiçá... 
Afirmação – sim, certamente, realmente... 
Negação – não, nunca, jamais...
Intensidade – bastante, demais, mais, menos
5. PREPOSIÇÃO
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando 
o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Assisti ao vídeo do curso. 
Regência nominal: Estou alheio a tudo isso.
Zambeli, quais são as preposições?
a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por 
– sem – sob – sobre – trás.
Locuções Adjetivas – É uma pessoa de respeito.
Locuções Adverbiais – Tive de agir com medo.
De – Vim de carro. / Sou de Porto Alegre. / Gramática do Zambeli. 
Em – Estou em apuros. / Sairemos em 15min. / Durmo em casa.
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7Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
6. PRONOME
Indefinidos
Não encontrei nenhum conhecido na aula do Zambeli. 
Não encontrei nem um conhecido na aula do Zambeli.
DEMONSTRATIVOS
ESPAÇO
Este, esta, isto – perto do falante. 
Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
TEMPO
Este, esta, isto – presente/futuro
Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
DISCURSO
Este, esta, isto – vai ser dito
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes me-
nos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.
E se fosse 3 elementos para retomar, Zambeli?
Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos
Este: indica o que se referiu por último.
Esse: se refere ao penúltimo.
Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.
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8
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
Pessoais – retos e oblíquos
Retos – eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.
Oblíquos – Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, 
que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.
Átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
 • Enviaram aquele material do curso para mim.
 • Enviaram-me aquele material do curso.
 • Enviaram aquele material do curso para eu usar na aula.
7. NUMERAL
Indicam quantidade ou posição – um, dois, vinte, primeiro, terceiro.
8. INTERJEIÇÃO
Expressam um sentimento, uma emoção...
9. VERBOS
Indicam ação, estado, fato ou fenômeno da natureza.
 • Guilherme passeava pelas ruas de Butiá.
 • A Mari está enferma.
 • Geou muito na serra.
10. CONJUNÇÕES
Ligam orações ou, eventualmente, termos.São divididas em:
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais, 
temporais, finais, proporcionais.
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9Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
QUE – Pronome Relativo ou Conjunção Integrante?
Pronome Relativo Conjunção Integrante
Deixa Ser
(O Teatro Mágico)
Dentro de mim
Uma reza uma certeza
Um canto-correnteza
Que me leva a ti
A te explicar que a dor
Talvez venha nos visitar
Aquela Pessoa
(Henrique e Juliano)
Você também tem
Aquela pessoa
Não adianta negar
Que tem passe livre
Carta branca na sua vida
Pra ir e voltar quando quiser
Nunca vai deixar de ser o que é
Meu Sol
(Vanguart)
Minha alma 
Sabe que 
viver é se entregar
Sabendo que 
ninguém pode julgar
Se teve que olhar 
pra trás ou não
Talvez
Se a vida me trouxer 
o que eu pedi
Te encontro e faço 
tudo o que quiser
EXERCÍCIOS
01. Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio).
1. A cerveja que desce redondo.
2. A cerveja que eu bebo gelada.
3. Zambeli é um professor exigente.
4. O bom da aula é o ensinamento que fica para nós.
5. Carlos está no meio da sala.
6. Leu meia página da matéria.
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
7. Aquelas jovens são meio nervosas.
8. Ela estuda muito.
9. Não faltam pessoas bonitas aqui.
10. O bonito desta janela é o visual. 
11. Vi um bonito filme brasileiro.
12. O brasileiro não desiste nunca.
13. A população brasileira reclama muito de tudo. 
14. O crescimento populacional está diminuindo no Brasil. 
15. Número de matrimônios cresce, mas gaúchos estão entre os que menos casam no país.
02. Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados:
a) A grande verdade é ___________: foi o Zambeli o mentor do plano.
b) Embora tenha sido o melhor plano, ele nunca admitiu _________ fato. 
c) Ninguém conseguiu provar sua culpa, diante _____________, o júri teve de absolvê-lo.
d) O país atravessa um momento delicado. __________ crise parece nunca acabar.
e) Assisti a uma aula de Português aqui no curso. Uma aula _________ é indispensável para mim!
f) Por que você nunca lava _________ mãos? 
g) Ana, traga ____________ material que está aí do seu lado. 
h) Ana, ajude-me a carregar _______ sacolas aqui. 
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
QUESTÕES
01. No texto, Maria José é descrita como alguém que apresenta características muitas vezes opostas, o 
que a faz possuidora de uma rica personalidade.
Um adjetivo usado para caracterizar Maria José é “terna”, que, no texto, se opõe a 
a) violenta
b) alegre
c) caridosa
d) doce
e) carinhosa 
02. A palavra destacada em “bem mais portáteis” (parágrafo 4) traz para o trecho uma ideia de
a) adição
b) adversidade
c) comparação
d) extensão
e) soma
03. O trecho em que a palavra destacada expressa uma opinião do autor é
a) “Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros” (parágrafo 1)
b) “Infelizmente, basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado” (parágrafo 3)
c) “modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política” (parágrafo 4) 
d) “Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes” (parágrafo 5)
e) “época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer.”(parágrafo 9)
04. Possui papel adjetivo no segmento a seguir, o termo em destaque: 
a) “Falar é fácil, eu dizia a mim mesma [...]”
b) “O ciclo da vida e morte é um duro aprendizado.”
c) “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; [...]”
d) “Recorro à minha profissão de tradutora, que exerci intensamente [...]”
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
05. As orações a seguir possuem preposição, EXCETO: 
a) “Cair a ficha é se dar conta.” (4º§)
b) “Nascemos, ficamos em pé, crescemos [...]” (5º§) 
c) “Nossos pregos são feitos de material maciço, [...]” (5º§)
d) “Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.” (6º§)
e) “Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes.” (1º§)
GABARITO
01. A 02. C 03. B 04. B 05. A
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13Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO
Frase: É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. 
Na frase é facultativo o uso do verbo.
Oração: É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: É a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO – é o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração. 
 • Que é que + verbo?
 • Quem é que + verbo?
 • Que é que se + verbo?
TIPOS DE SUJEITOS
1) Sujeito simples – é o sujeito determinado que possui um único núcleo, um único vocábulo di-
retamente ligado com o verbo. 
 • “Os fracos nunca podem perdoar.” (Gandhi) 
 • “Bate outra vez, com esperanças, o meu coração.” (Cartola) 
 • Discutiu-se esse assunto na aula do Zambeli. 
“E ela tava mais linda
Cada vez que eu olhava.
O ciúme não tava batendo,
Tava dando porrada” (Henrique e Juliano)
2) Sujeito composto – é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo, isto é, mais de um 
vocábulo diretamente relacionado com o verbo.
 • Sérgio, Zambeli e Gustavo são amigos. 
 • Ocorreram acidentes, assaltos e sequestros nesta comunidade.
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
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3) Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o 
predicado da oração se refere. 
a) com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado 
anteriormente. 
 • “Perguntaram ao Dalai Lama:
– O que mais te surpreende na Humanidade?
E ele respondeu:
– Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recu-
perar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que 
acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e 
morrem como se nunca tivessem vivido.” (Dalai Lama)
b) com o verbo na 3ª p do singular (VI, VTI, VL) + SE
 • Necessita-se de mantimentos para os desabrigados. 
 • Estuda-se em média 5h por dia. 
 • “Fica-se muito louco quando apaixonado.” (Freud) 
4) Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na oração.
 • haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indicando tempo decorrido.
 • Haverá mais concursos neste ano.
 • Deve haver mais interessados naquela vaga.
 • Há meses não faço testes de português.
 • Deve haver aprovações deste curso. 
 • Devem existir aprovações deste curso.
 • fazer indicando tempo ou temperatura.
 • Amanhã fará dois dias que me inscrevi no curso.
 • Irá fazer quatro meses que terminamos o namoro.
 • Faz dias muito quentes no mês de março.
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15Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
 • estar indicando clima.
 • Estava muito quente no dia da prova.
 • ser indicando hora, data ou distância.
 • Agora são 19h45min.
 • Hoje são 13 de setembro.
 • Daqui a minha casa são quatro quadras.
 • verbos que indicam fenômenos meteorológicos.
 • Choveu bastante no verão passado.
 • Está anoitecendo.
Obs.: quando empregados em sentido conotativo, haverá sujeito. 
 • Choveram gritos naquela sessão de votação.
5) Sujeito Oracional 
 • “É preciso amaras pessoas como se não houvesse amanhã.” (Legião Urbana) 
 • É necessário que vocês estudem em casa. 
 • Convém que todos sejam honestos sempre!
TRANSITIVIDADE VERBAL
1) Verbo Intransitivo (VI) – verbo que não exige complemento. 
 • “O coração dispara, tropeça, quase para, me encaixo no teu cheiro” (Tiago Iorc) 
 • “Acorda, meu bem, amanhã já é outra história. Em paz, vamos viver o agora.” (Anavitória)
2) Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição. 
Perguntamos “o quê? Ou quem?”
 • “E eu vou contando os dias, vou roubando as horas, quero tanto me encontrar” (Vanguart) 
 • “Se for preciso, eu pego um barco, eu remo por seis meses, como peixe pra te ver.” (Rubel)
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
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3) Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição. 
 • “Hoje me lembrei do teu sabor, do gosto da tua boca antes de dormir.” (Tiago Iorc)
 • É! Eu me esqueci da luz da cozinha acesa, de fechar a geladeira, de limpar os pés! Me 
esqueci, Jesus, de anotar os recados, de todas janelas abertas.” (Teatro Mágico) 
4) Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – verbo que precisa de 2 complementos. (OD e OI)
 • “Eu quero partilhar a vida boa com você.” (Rubel)
 • “Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.” (Marcelo Camelo) 
5) Verbo de Ligação (VL) – não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o 
sujeito e suas características. Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.
 • “Tu é trevo de quatro folhas, é manhã de domingo à toa.” (Anavitória)
 • “Meninas são bruxas e fadas. Palhaço é um homem todo pintado de piadas! Céu azul é o 
telhado do mundo inteiro.” (Teatro Mágico) 
Dica zambeliana:
A transitividade de um verbo depende do contexto. 
ADJUNTO ADVERBIAL – termo que exprime circunstância, modificando o sentido de um verbo, de 
um adjetivo ou de outro advérbio. É constituído por um advérbio ou por uma locução adverbial.
“Entrei na rua dela com meu carro rebaixado.
No meu porta-malas, escutando forró pesado,
Eu logo percebi, quando ela olhou pra mim,
Dei a volta por cima e chamei ela pra sair.
Ela aceitou o convite, a gente foi cair na farra.
Duas garrafas de vinho, ficou mal intencionada.
Foi no banheiro, do nada ela sumiu.
Quando fui procurar, com outro cara ela sumiu.” (Barões da pisadinha)
APOSTO – termo que apresenta uma explicação extra a respeito de outro, cujo intuito é o 
esclarecimento. 
 • Porto Alegre, a cidade sorriso, aguarda você.
 • Chegaram todos: pais, amigos e demais parentes.
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17Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
VOCATIVO – termo que evidencia o ser a quem nos dirigimos.
 • “Ai, amor, Será que tu divide a dor do teu peito cansado com alguém que não vai te sarar?” 
(Anavitória)
“Oh Rita, volta, desgramada.
Volta, Rita, que eu perdoo a facada.
Oh Rita, não me deixa!
Volta, Rita, que eu retiro a queixa.” (Tierry) 
ADJUNTO ADNOMINAL é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de 
palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, artigos, pronomes, 
numerais, locuções adjetivas. Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que modificara o 
nome ao qual se refere. 
Artigo – “ Colombo procurou as Índias, mas a Terra avisto em você.” 
Adjetivos – A melhor aula é sempre aqui. 
Pronome – “ E o teu cabelo está enrolado no meu peito?” 
Numeral – Cinco pessoas reclamara dos dois colegas. 
Locução adjetiva – “Enquanto o som do paredão toca/Cê gasta o seu batom de cereja”
TREINAMENTO ZAMBELIANO 
Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.
a) O candidato voltou do curso.
____________________________________________________
b) Histórias incríveis contou-nos aquele colega.
____________________________________________________
c) O professor Zambeli ofereceu-lhe um lugar melhor no curso.
____________________________________________________
d) Procurei-a por todos os lugares.
____________________________________________________
e) Gabaritaram a prova.
____________________________________________________
f) Talvez ainda haja concursos neste ano.
____________________________________________________
g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país.
____________________________________________________
h) A prova foi fácil.
____________________________________________________
i) Site oferece promoções aos clientes na internet.
____________________________________________________
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
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CONCORDÂNCIA VERBAL
REGRA GERAL
O verbo concorda com o núcleo do sujeito. 
“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, 
por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente 
não diz, apenas sente.” (Freud)
1) VERBO HAVER
O verbo haver é impessoal (permanecendo na 3º pessoa do singular) quando significa: existir, acon-
tecer, ocorrer. Formando locução com outro verbo, a impessoalidade a ele se estenderá.
 • Nunca havia pessoas nesta sala. 
 • Está havendo oportunidades neste curso. 
 • Houve um assalto no banco. 
2) SE
Pronome Apassivador Índice de Indeterminação do Sujeito
 • Procuram-se alunos interessados. 
 • Não se sabe tudo na hora da prova. 
 • Nunca se estudaram tantos artigos. 
 • Ligar-se-ão as pessoas certas neste curso.
 • Procura-se uma questão sobre o tema.
 • Vende-se este carro. 
 • Vive-se triste nesta época do ano. 
 • Mora-se bem no bairro aqui. 
 • Não se necessita de mais aula. 
 • Nunca se trata só de uma questão. 
 • Assistiu-se a outras palestras.
 • É-se muito estressado durante os estudos.
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19Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Treina aqui rapidinho! 
1) se – partícula apassivadora
2) se – índice de indeterminação do sujeito
a) Precisa-se de uma boa resposta. ( )
b) Não se perdoam certas palavras. ( )
c) Para chegar aqui, anda-se muito. ( )
d) Bergamota, nos dias de frio no sul, come-se no sol. ( )
e) Aqui se vive em paz! ( )
f) Discutiu- se, nesta semana, quando o gerente estava aqui, esse projeto. ( )
g) Alugam-se, durante o ano, quartos para estudantes. ( )
h) Repreendia-se o aluno e nada acontecia ( )
i) Necessitava-se de novas soluções. ( )
3) Expressões fracionárias ou partitivas = o verbo poderá ficar no singular ou ir para o plural.
 • A maioria desses acidentes pode (podem) ser evitado (evitados).
 • Três quintos do teste foi (foram) de questões objetivas.
 • Mais da metade dos professores utiliza (utilizam) o quadro-branco.
4) Sujeito oracional
Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
 • Estudar e aprovar constitui seu projeto.
 • Seria legal se todos acordassem durante a aula.
 • Não se indica que as pessoas fiquem aqui. 
21
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PORTUGUÊS | CARLOS ZAMBELI E THAÍS OLIVEIRA
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
REGRA GERAL
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles se 
referem.
CASOS ESPECIAIS
1) Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
 • Gosto de comer deliciosos bolos, pizzas e salgadinhos.
 • Gosto de comer deliciosas pizzas, bolos e salgadinhos.
2) Substantivos de gênero e número diferentes mais adjetivo: concordância com o termo mais 
próximo ou uso do masculino plural.
 • Gostaria de pedir frango e costela bem passados.
 • Gostaria de pedir frango e costela bem passada3) ANEXO
 • Seguem anexos os contratos.
 • As cartas anexas devem conter envelope.
4) SÓ
 • Edgar ficou só em casa.
 • Sérgio e Edgar ficaram sós.
 • Depois da guerra só restaram cinzas.
 • Eles queriam ficar só na sala.
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Observação:
A locução adverbial a sós é invariável.
5) OBRIGADO – adjetivo
 • “Muito obrigada”, disse a aniversariante aos convidados!
6) BASTANTE
Adjetivo = vários, muitos 
Advérbio = muito, suficiente
 • Recebi bastantes flores.
 • Estudei bastante.
 • Tenho bastantes motivos para estudar com você!
7) TODO, TODA – qualquer 
TODO O, TODA A – inteiro
 • Todo aluno tem dificuldades nos estudos.
 • Todo o clube comemorou a chegada do jogador.
8) É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO, É PERMITIDO 
Com determinante = variável
Sem determinante = invariável
 • A sabedoria é necessária, sobretudo durante a prova!
 • É proibida a entrada de concurseiros despreparados.
 • A receita de pizza com requeijão é muito boa.
 • É proibido cola durante as provas!
 • É necessário inteligência na resolução das questões.
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9) MEIO 
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
 • Adicione meia colher de açúcar.
 • Isso pesa meio quilo.
 • A porta estava meio aberta.
 • Ela sempre fica meio nervosa nas provas.
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
A regência estuda a relação entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e 
objetos indiretos), ou as circunstâncias relacionadas a eles (adjuntos adverbiais).
É importante ressaltar que um verbo pode assumir valores semânticos diferentes com a simples 
mudança ou retirada de uma preposição. Esse fato é um dos principais causadores de dúvida, tam-
bém, quando aprendemos crase, por exemplo.
O estudo da regência verbal exige, assim como diversos outros conteúdos da gramática, sabermos 
mais também sobre os pronomes relativos.
PRONOME RELATIVO 
1. QUE:
 • Retoma pessoas ou coisas. 
O programa de computador de que preciso chegou. 
O amigo em que confio é o Betinho. 
A série a que eu assisto chama-se “Casas Extraordinárias”
2. CUJO:
 • Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído. 
A prova cujo assunto eu não sei será amanhã!
A namorada com cuja opinião concordo estava me criticando. 
A rainha a cujas ordens obedeço é a mais bela do reino.
3. ONDE:
 • Só retoma lugar. Seu sinônimo é EM QUE, o qual pode ser usado em mais contexto.
O país aonde irei é perto daqui.
O problema em que estou metido pode ser resolvido ainda hoje. 
PRINCIPAIS VERBOS
 • Assistir
Sentido de ajudar, dar assistência, auxiliar: VTD
O professor não assistiu os alunos durante a prova O professor não os assistiu.
A polícia assiste todas as vítimas de trânsito. 
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Sentido de ver, olhar, presenciar: VTI (preposição “a” obrigatória)
Assisti ao espetáculo “Fuerzabruta” Assisti a ele.
O filme a que eu assisti chama-se “Divertidamente”. 
 • Aspirar
Sentido de inalar, cheirar, sorver: VTD
Aspirei esse fedor de fritura.
As pessoas aspiram o ar poluído das cidades. 
Sentido de desejar, ambicionar: VTI (preposição “a” obrigatória)
Quem não aspira ao cargo? Quem não aspira a ele?
A vaga a que todos aspiram está neste concurso. 
 • Pagar e Perdoar
Quando se refere a alguma coisa: VTD
Pagou a conta.
Perdoei o incidente.
Quando se refere a uma pessoa: VTI (preposição “a”)
Pagou ao garçom.
Perdoei ao meu pai
Quando se refere a alguma coisa a alguém: VTDI
Pagou a dívida ao banco.
Pagamos ao garçom as contas da mesa. 
 • Visar
Sentido de pôr o visto, assinar: VTD
Você precisa visar atrás do cheque.
Sentido de apontar, mirar: VTD
O Capitão Nascimento visou o traficante.
Sentido de desejar, almejar, ambicionar: VTI
Os estudantes visam ao cargo público. 
Aquela era a vaga a que eu visava.
 • Implicar
Sentido de acarretar, ter consequência: VTD
Passar no concurso implica sacrifícios.
Essas medidas econômicas implicarão mudanças na minha vida. 
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Sentido de ter birra, implicância: VTI (preposição “com”)
Ela sempre implica com meus amigos! 
 • Preferir
Esse verbo é transitivo direto e indireto, assim exige a preposição “a”: X a Y
Prefiro concursos federais a concursos estaduais.
Gabriel preferia a massa ao vegetal.
 • Ir, Voltar, Chegar
Usamos as preposições “A”, ou “DE”, ou “PARA” com esses verbos. 
Chegamos a casa.
Foste ao curso?
 • Esquecer, Lembrar
Esses dois verbos são pronominais, ou seja, quando acompanhados de pronome, precisam de com-
plemento preposicionado: VTI (preposição “de”) 
Eu nunca me esqueci de você! 
Esqueça aquilo.
O aluno cujo nome nunca lembro foi aprovado. 
O aluno de cujo nome nunca me lembro foi aprovado. 
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CRASE
OCORRE CRASE
1) Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO, 
haverá crase. 
 • Eles não se referem às brigas da turma. 
 • Não consigo ser indiferente à desumanização das pessoas. 
2) Àquele = a este, àquela = a esta, àquilo = a isto
 • Ele fez referência àquele aluno. 
 • Nunca disseram a verdade àquelas pessoas.
 • Suas queixas são idênticas às de seus colegas.
3) Nas locuções femininas 
 • à frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; às pres-
sas; à medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.
 • Vamos estudar à noite. 
 • Sinto-me à vontade nesta sala, Zambeli.
4) Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”; se 
aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
 • Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
 • Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).
5) Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO DA, 
haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
 • Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).
Obs.: se o nome do lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto adnominal), o acen-
to será obrigatório.
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 • Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações.
6) Antes da palavra “casa”, haverá o acento indicativo de crase somente quando ela estiver es-
pecificada.
 • Retornou a casa. Retornou à casa dos pais.
7) Antes da palavra “terra”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada, se 
for empregada como planeta ou for possível substituí-la por solo.
 • O navegador retornou a terra. Ele chegou à terra das cucas.
 • O aviador desceu à terra.
 • Lançou a semente à terra que comprara.
8) Antes da palavra “distância”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada.
 • Ficou à distância de 10m. 
 • Ficou a distância. 
CRASE OPCIONAL
1) Antes de nomes próprios femininos.
 • Entreguei o presente a Tati (ou à Tati).
2) Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.
 • Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.
3) Depois da preposição ATÉ.
 • Fui até a escola. (ou até à escola).
NÃO OCORRE CRASE
1) Antes de palavrasmasculinas.
 • Ele saiu a pé.
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 • Nunca vendemos a prazo. 
2) Antes de verbos.
 • Estou disposto a colaborar com ele.
 • Começou a chover. 
3) Antes de artigo indefinido.
 • Fomos a uma empresa especializada. 
 • Entreguei meu material a uma funcionária do curso. 
4) Antes de alguns pronomes 
 • Passamos os dados do projeto a ela.
 • Eles podem ir a qualquer restaurante.
 • Refiro-me a esta aluna.
 • A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada.
 • O restaurante a cuja dona me referi é ótimo.
5) Depois de preposição.
 • Eles foram para a praia.
 • A aula começou após as 9h. 
6) Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
 • Refiro-me a pessoas que são competentes.
 • Nunca obedeça a pessoas que você não conhece. 
7) Em locuções formadas pela mesma palavra.
 • Tomei o remédio gota a gota.
 • (cara a cara, lado a lado, face a face, passo a passo, frente a frente, dia a dia, etc.)
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EXERCÍCIO
01. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário
a) Enviarei a você as informações referentes as nossas atuais atividades.
b) Com relação a suas habilidades, procure dar mais ênfase as que se referem a pintura.
c) Você vai a aula hoje?
d) Escreveram a ti antes de escreverem a mim!
e) Telefone a ela, depois a você e a todas as nossas amigas.
f) A cena a qual assistimos foi lamentável.
g) Prefiro maçã a pera.
h) Prefiro a maçã a pera. 
i) Os preços continuam a subir.
j) Prefiro aquela maçã aquele mamão.
k) Entreguei a bolsa aquela que atendeu ao portão. 
l) Refiro-me as exportações e não as importações. 
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QUESTÕES
01. “A primeira marca do príncipe soberano é o poder de dar lei a todos em geral, e a cada em particu-
lar. Mas isso não basta, e é necessário acrescentar: sem o consentimento de maior nem igual nem 
menor que ele.” “O soberano de uma República, seja ele uma assembleia ou um homem, não está 
absolutamente sujeito ..I.. leis civis. [...] E, para medirmos a inovação assim introduzida, basta re-
corrermos ..II.. frase de um teólogo do século XII: “A diferença entre o príncipe e o tirano é que o 
príncipe obedece à Lei e governa ..III.. seu povo em conformidade com o Direito.”
Preenchem corretamente as lacunas I, II e III do texto, na ordem dada: 
a) às – à – o 
b) às – a – ao 
c) as – à – ao 
d) às – a – o 
e) as – à – o
02. Quanto ...... origens do ruído, o pensador David le Breton ...... associa ao utilitarismo, com que se 
relaciona, por vezes, ...... racionalismo, que dispõe a experiência dos sentidos em segundo plano. 
Preenche as lacunas da frase acima, correta e respectivamente, o que se encontra em:
a) as − às − ao
b) a − a − ao
c) às − às − ao
d) as − as − o
e) às − as − o
03. O sinal indicativo de crase pode ser acrescido, por ser facultativo, à expressão destacada em: 
a) Meditar é aprender a estar aqui, agora. (5º parágrafo) 
b) se voltavam ávidos a técnicas milenares de relaxamento... (2º parágrafo) 
c) Agora sente o sol aquecendo as escamas. (3º parágrafo) 
d) o macarrão que esfria, a minha frente. (6º parágrafo) 
e) Esquece as moscas. (3º parágrafo) 
04. A constante exposição à mídia acaba levando o filósofo... (último parágrafo)
No segmento acima, o sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso se substitua “mídia” por 
a) imprensa. 
b) programas. 
c) meio de comunicação.
d) debates. 
e) propagandas. 
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05. O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em: 
a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
b) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.
c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.
d) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes. 
GABARITO
01. A 02. E 03. D 04. A 05. B
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ORAÇÕES
ORAÇÕES COORDENADAS
Orações Coordenativas – ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações inde-
pendentes. Subdividem-se:
1) Assindéticas – não se unem por meio de conjunção.
 • “E ela parou, olhou, sorriu, me deu um beijo e foi embora.” (Natiruts)
 • “Voltou do trabalho, tomou banho, foi deitar-se”.
2) Sindéticas – unem-se por meio de conjunção. Classificam-se como
1) aditivas: expressam ideia de adição, soma, acréscimo. 
e, nem, não só... mas também, mas ainda, etc.
 • A corrupção atinge todas as camadas da sociedade e incide em alguns comportamentos. 
 • “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)
 • Ela não trabalha nem estuda.
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2) adversativas: expressam ideia de oposição, contraste. 
mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.
 • “Eu queria querer-te e amar o amor, (...) tudo métrica, rima e nunca dor, mas a vida é real e de 
viés” (Caetano Veloso)
 • “A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca.” 
                     (Carlos Drummond de Andrade)
3) alternativas: expressam ideia de alternância ou exclusão. 
ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...seja 
 • “A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para 
o pôr fora da porta.” (Charles Saint-Beuve) 
 • “Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza”
4) conclusivas: expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse antes. 
logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista disso então, pois (depois 
do verbo) etc.
 • “Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.”
 • “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se cha-
ma amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.” 
                                  (Dalai Lama)
5) explicativas: a segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira ora-
ção.
pois, porque, que.
 • “Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. Nessa hora fique 
firme, pois tudo isso logo vai passar.” (Jeneci) 
 • “Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa” (Chico Buarque)
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https://www.pensador.com/autor/carlos_drummond_de_andrade/
http://pensador.uol.com.br/autor/charles_saint_beuve/
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ORAÇÕES SUBORDINADAS
Dependem de uma oração principal. Podem ser: adverbiais, substantivas ou adjetivas. 
Orações Subordinadas Adverbiais – ligam duas orações sintaticamente dependentes e mostram 
circunstâncias.
Causais: exprimem o motivo (a causa, a razão) da ação da oração principal.
porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, pois (anteposto ao verbo). 
 • As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. 
 • Já que você não vai, eu não vou
Condicionais: exprimem circunstância, uma condição para outra ação ocorrer.
se, caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que, uma vez que (+ verbo no subjun-
tivo) 
 • Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o contrato.
 • Se não fosse a liberdade de expressão, algumasmanifestações artísticas só existiriam entre 
quatro paredes.
Consecutivas: exprimem consequência, o resultado de uma ação.
{tão, tal, tamanho, tanto} ...que, de modo que, de maneira que, de forma que 
“Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.” (Fernando Pessoa)
Comparativas: expressam semelhança, relações, diferenças.
como, que (precedido de mais ou menos), assim como, tanto ...quanto
 • “O amor é como o sol, sabe como renascer.” (Natiruts)
 • É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação. (Friedrich Nietzsche)
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Conformativas: expressam conformidade. 
como, conforme, segundo, consoante, de acordo com*...
 • “Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um 
castigo.” (J. Petit Senn)
 • Segundo atesta recente relatório do Banco Central, a economia brasileira é viável.
Concessivas: expressam um fato que poderia opor-se à realização do que se declara na oração prin-
cipal.
embora, se bem que, ainda que, apesar de que, mesmo que, conquanto, posto que, por mais que. 
 • “Mesmo que ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar 
agora e fazer um novo fim.”
 • “Você é um problema que eu quero ter, mesmo sabendo que eu não consigo resolver.. 
                                                (Maiara e Maraisa)
 • Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido 
suficientemente fraco para entrar. (Caio Fernando Abreu)
Temporais: exprimem o tempo, o momento, de um acontecimento. A relação pode ser de simulta-
neidade, anterioridade, posterioridade…
quando, logo que, assim que, mal, sempre que, antes que, enquanto, depois que, desde que, 
sempre que, cada vez que
 • “Quando eu estiver cantando, fique em silêncio” (Cazuza)
 • Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, 
perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remé-
dio. (William Shakespeare)
Finais: indicam a finalidade ou o objetivo da ação expressa na oração principal.
a fim de que, para que, para*.
 • Eu queria estudar para gabaritar essa prova.
 • “Você tem um segundo para aprender a me amar; você tem a vida inteira para me devorar.” 
                                    (Cazuza)
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http://pensador.uol.com.br/autor/j_petit_senn/
https://www.pensador.com/autor/caio_fernando_abreu/
http://pensador.uol.com.br/autor/cazuza/
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Proporcionais: destacam a intensidade de um fato, da qual depende a intensidade do fato expresso 
na principal.
à proporção que, à medida que, quanto mais ...., (tanto) mais, quanto menos...
 • “O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que 
o arrastemos atrás de nós.” (Johann Goethe) 
 • Quanto mais vivo a minha vida, mais experiências vão acontecendo. 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se”.
As orações subordinadas substantivas exercem uma função sintática em que, normalmente, o nú-
cleo é um substantivo.
1. Subjetivas – funcionam como sujeito. 
 • “É imprescindível que você estude com o Zambeli”. 
 • Convém que você revise hoje. 
 • Pareceu-me que a criança chorava.
2. Objetivas Diretas – funcionam como objeto direto.
 • Eu disse que estudaria português!
 • O colega avisou que só faltavam quinze minutos para o término da prova.
3. Objetivas Indiretas – funcionam como objeto indireto, ainda com preposição.
 • Eles gostaram de que eu falasse vinte vezes a mesma coisa!
 • A professora insistiu muito em que os alunos tivessem aulas de recuperação.. 
4. Completivas Nominais – funcionam como complemento nominal.
 • Tenho convicção de que ele estudará um dia!
 • Os eleitores tinham crença em que o candidato fosse honesto.
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http://pensador.uol.com.br/autor/johann_goethe/
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5. Predicativas – funcionam como predicativo do sujeito. Ou seja, há verbo de ligação. 
 • “O problema de estudar é que, na aula, eu entendo tudo!”
 • O certo é que ninguém se responsabilizou pelo crime.
6. Apositivas – funcionam como aposto. Lembre-se da pontuação. 
 • Desejo-lhe uma coisa: que entenda um dia a matéria!
 • Isto é certo: que seremos aprovados.
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EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
A oração pode estar enunciada na ordem direta, observando a seguinte sequência:
Sujeito + Verbo + Complementos Verbais + Adjunto Adverbial
O bancário oferecerá o produto aos clientes após a demonstração.
Todas as turmas do primeiro andar da ala esquerda do prédio sairão hoje.
Não se separam por vírgula:
→ Predicado de sujeito = “Acontecerá, alguma coisa amanhã!”
→ Objeto de verbo = “Contamos, aos alunos, todos os detalhes”.
→ Adjunto adnominal de nome = “A questão, de Português, foi anulada facilmente!”
EMPREGO DA VÍRGULA
 • Coordenados
 • Deslocados
 • Intercalados
 • Elipses
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COORDENADOS
1) para separar itens de uma série. (Enumeração) 
 • Um arquiteto, um engenheiro e um empreiteiro foram contratados pela empresa. 
 • “Eu tenho uma proposta para te fazer: eu, você, dois filhos e um cachorro; Um edredom, um 
filme bom no frio de agosto. E aí, cê topa?” (Luan Santana)
2) para separar orações coordenadas assindéticas.
 • “A garrafa precisa do copo, o copo precisa da mesa, a mesa precisa de mim e eu preciso da cer-
veja.” (Marília Mendonça)
 • Alguns reclamam, outros protestam, ninguém reivindica.
3) As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas são as 
que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora), adversidade 
(mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, pois). 
 • Ela me convidou, pois sou sua amiga!
 • Siga o mapa, ou peça informações.
 • O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória
4) para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam dife-
rentes.
 • “Acordei mais uma vez embriagado, e o seu cheiro impregnado na minha roupa.” (Marília Mendonça)
 • Os sentimentos podem mudar com o tempo, e as pessoas não entendem isso! 
 • Inúmeros alunos só comem e dormem nas férias
DESLOCADOS
1) para separar o adjunto adverbial deslocado.
Na terça-feira, a comissão temporária que examina a modernização do Código de Defesa do Consu-
midor (CDC) debateu a necessidade de regras para publicidade infantil.
Encontrei, hoje pela manhã, alguns professores reunidos com o diretor.
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Quando o adjunto é pequeno, mesmo estando deslocado, não é necessário isolá-lo 
por vírgula, a não ser que a ênfase o exija
Amanhã irei rever alguns amigos.
Todos os envolvidos na criação precisam hoje preencher o formulário.
2) para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.
No final da aula, Paulo escreveu uma fórmula, porque era importante!
Estudou bastante, para que pudesse obter um bom resultado nas avaliações.
3) para separar as orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto desenvolvidasquanto reduzidas.
Nossas intenções, conforme todos podem comprovar, são as melhores.
Os alunos, terminada a aula, saíram sem despedir-se.
Ao ver o estrago, retirou-se apavorado, mas, como estava escuro, derrubou tudo.
INTERCALADOS
1) para separar o aposto.
Sempre segui duas dicas: estude e seja feliz!
“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”   
                                    (Drummond)
2) para separar o vocativo.
Caros alunos, vocês estão entendendo?
Mariana, aquela professora de português já chegou?
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3) para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou enfáticas (aliás, 
além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor, por exemplo, etc).
Além disso, precisamos completar as tarefas.
Queremos, por exemplo, fazer algumas provas antigas.
Enfim, faça o que você decidir.
4) Orações Subordinadas Adjetivas
a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma qua-
lidade que não é inerente ao substantivo. 
As emoções que nos atormentam nos momentos de raiva acabam mais atrapalhando do que aju-
dando!
As rosas que são vermelhas embelezam meu jardim. 
b) Explicativas – explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente 
(com vírgula sempre). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo. 
A telefonia móvel, que facilitou a vida do homem moderno, provocou também situações constran-
gedoras.
Nossa família, que sempre foi unida, amparou-a afetuosamente.
Preocupava-se demais com o colega, que nunca lhe retribuía os favores.
ELIPSES
1) para assinalar supressão de um verbo.
“Os tristes acham que o vento geme; os alegres, que ele canta.” (Veríssimo) 
Eu preciso de ajuda; meu colega, de uma boa explicação.
A vida é um jogo; o destino, um parceiro temível.
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EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA
1) para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que en-
cerrem comparações e contrastes.
Havia vários fatores que corroboravam sua personalidade agressiva: morava numa região muito 
violenta, na qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa informação, 
por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era espancado pelo pai quando tinha 
seis anos de idade; etc.
Muitos se esforçam; poucos conseguem.
2) para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam deslocadas.
O colega sempre conversava durante as aulas; as pessoas da turma, todavia, não suportavam aque-
la atitude.
Vamos terminar este namoro; considere-se, portanto, livre deste compromisso.
EMPREGO DOS DOIS-PONTOS
Aparece após uma oração completa.
Foram escolhidas três cores diferentes: verde, amarelo e lilás
Joana entregou à Maria: uma pasta e duas fotos.
Joana entregou à Maria os documentos: uma pasta e duas fotos.
1) para anunciar uma citação.
Lembrando um poema de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro.”
2) para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência ou um esclare-
cimento.
Conheço três pessoas legais neste curso: meu vizinho, meu primo e meu irmão.
Não há razão para tanto estresse: tudo já está resolvido.
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ACENTUAÇÃO
A acentuação tem grande importância no nosso cotidiano porque não só nos auxilia a pronunciar as 
palavras corretamente, como também a identificar a classe gramatical a que pertencem, a compre-
ender qual o seu sentido, entre outras funções.
Sílaba
VOGAL
 • Pode ser formada por uma vogal, um ditongo ou um tritongo, acompanhados ou não de 
consoante.
Eu U.ru.guai A.plau.dir Sa.pa.to Trans.por Fór.ceps
 • A sílaba pode ser definida pela sua intensidade como:
Tônica: forte Átona: fraca
 • Dessa forma, a sílaba tônica é aquela pronunciada com mais intensidade e pode ou não 
ter um acento gráfico. Todas as palavras com mais de uma sílaba têm uma tônica.
Sor.te A.le.gri.a Ó.ti.mo Me.do Li.vro A.ca.bou
Dessa forma, dependendo da posição da sílaba tônica nas palavras, há como classificá-las de três 
formas:
 • Proparoxítona: a antepenúltima sílaba é tônica.
rá.pi.do lâm.pa.da leu.có.ci.to
 • Paroxítona: a penúltima sílaba é tônica.
ba.na.na sa.pa.to sa.bi.a
 • Oxítona: a última sílaba é tônica.
u.ru.bu sa.ci sa.bi.á
 • Monossílabo: há apenas uma sílaba, que pode ser tônica ou átona.
mês pé mau pois com
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Esse acento é uma marca da escrita que indica a vogal tônica de algumas palavras. Apesar de nem 
todas as sílabas tônicas serem acentuadas, essa marca aparecerá na mesma posição do acento tô-
nico.
REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO
→ Proparoxítonas
Todas são acentuadas.
Á.ra.be Plás.ti.co Pês.se.go
→ Paroxítonas e Oxítonas
Essas duas regras de acentuação são longas, por isso é preferível verificar o quadro a seguir e saber 
as etapas de identificação da acentuação.
A(s), E(s), O(s), EM, ENS Restante
Paroxítonas
Oxítonas
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E.lé.tron Bên.ção Pa.ra.béns
Ca.fé Ca.fe.zi.nho His.tó.ri.co
His.to.ri.ca.men.te Hí.fen Hi.fens
REGRAS ESPECIAIS
Os acentos a seguir só ocorrem devido a fenômenos fonológicos.
 • Ditongo Aberto -EI -EU -OI: apenas em oxítonas e monossílabos.
Pa.péis Céu He.rói
Cha.péu An.zóis Dói
 • Paroxítona terminada em Ditongo*: assegura a pronúncia como ditongo e não hiato.
Má.goa Sé.rie Gló.ria
Far.má.cia Re.ló.gio Mé.dia
 • Hiatos – acentuam-se I e U quando:
 • Sozinhos ou acompanhados de -s.
 • Não forem precedidos de ditongo.
 • Não forem seguidos de -nh.
Ra.i.nha E.go.ís.mo Vi.ú.va
Tra.mam.da.í Bai.u.ca Ba.ú
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ACENTOS DIFERENCIAIS
 • Forma verbal pôr é acentuada para diferenciá-la da preposição por.
 • Forma verbal pôde (pretérito perfeito do indicativo) é acentuada para diferenciá-la de pode 
(presente do indicativo).
 • Os verbos ter e vir, e seus derivados, quando conjugados na terceira pessoa do plural do pre-
sente do indicativo, são acentuados para diferenciá-los da conjugação da terceira pessoa do 
singular.
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DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
USO DOS PORQUÊS
Existem 4 possibilidades de uso dos porquês. Cada uma delas representa uma mudança não só na 
escrita do termo, como também na classe gramatical da qual faz parte. Devido a isso, é importante 
compreender que o contexto – ou seja, a apicação dentro de uma frase ou de um texto – é o princi-
pal responsável por nos mostrar qual dos 4 tipos deve ser utilizado.
1) POR QUE
→ Utiliza-se para introduzir perguntas;
→ Utiliza-se quando se troca por “motivo” “razão”;
→ Utiliza-se quando se troca por “pelo qual” – nesse caso, há uma preposição e um pronome rela-
tivo na nossa construção.
“Por que as pessoas sadias adoecem?
Bem alimentadas, ou não…
Por que perecem?
Tudo está guardado na mente!” (Criolo)
 • Ainda não se sabe por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana.
 • A tragédia por que passam as pessoas dessa cidade é triste.
2) POR QUÊ
→ Aplica-se esse porquê pelos mesmo motivosdo porquê anterior. Porém, este é acentuado devi-
do ao fato de estar no final da frase. A pontuação, portanto, é o que faz ele ser acentuado.
 • “Já não me preocupo se eu não sei por quê. Às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê.” 
                              (Legião Urbana)
 • Você não estuda muito, por quê?
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3) PORQUE
→ Este introduz ideia de causa e explicação. Equivale a “pois”, “já que”. Este porquê pertence à 
classe das conjunções.
“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.” (Cecília Meireles)
 • Não saiam da aula porque o professor já vem.
4) PORQUÊ
→ Vem sempre acompanhado de um artigo, pronome, numeral (um determinante). Este porquê 
pertence à classe dos substantivos.
 • Você tem seus porquês para estar aqui!
 • Preciso de cinco porquês neste caso!
Além dos porquês, para estudarmos a ortografia da nossa língua, é bastante importante compreen-
der o sentido das palavras a partir dessa escrita. A ortografia é responsável por estabelecer padrões 
para a forma escrita das palavras. Para se desenvolver essas regras, utilizam-se ou critérios etimo-
lógicos (ligados à origem da palavra), ou critérios fonológicos (ligados aos fonemas representados).
A partir disso, parece fazer mais sentido confundirmos a escrita de alguns termos específicos. Por 
isso, estudaremos agora essas convenções.
Til – deve ser usado para indicar a nasalização das vogais a e o. põem, lã, chão, visões.
Cedilha – coloca-se debaixo de c antes de a, de o e de u para representar um som específico e não 
pode iniciar palavras. Assim, antes de e e i, deve-se usar c. caça, maciço, açúcar.
Homônimos – são palavras com significados diferentes, mas que são pronunciadas de forma pare-
cida. Essas palavras podem ser divididas em homônimos perfeitos, homônimos homófonos e ho-
mônimos homógrafos. 
 • Homônimos perfeitos
Grafia (escrita): igual
Fonética (som): igual
Significado: diferente
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manga são cedo
rio morro sexta
leve verão caminho
 • Homônimos homófonos
Grafia (escrita): diferente
Fonética (som): igual
Significado: diferente
assento acento
alto auto
cinto sinto
conselho concelho
concerto conserto
 • Homônimos homógrafos
Grafia (escrita): igual
Fonética (som): diferente
Significado: diferente
gosto cor
molho jogo
começo colher
Parônimos – são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia 
ou na pronúncia.
A princípio: no início
Em princípio: em tese
Ao encontro de: favorável
De encontro a: contra
Emergir: vir à tona
Imergir: afundar
Amoral: indiferente à moral
Imoral: contrário à moral
Delatar: denunciar
Dilatar: ampliar
Descrição: ato de descrever
Discrição: modéstia
Descriminar: inocentar
Discriminar: separar, 
segregar, discernir
Eminente: elevado, célebre.
Iminente: próximo.
Emigrar: sair da pátria.
Imigrar: entrar em 
país estranho.
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Flagrante: evidência
Fragrante: aromático
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: movimentação 
de veículos
Tráfico: negócio ilícito
Infligir: aplicar pena
Infringir: transgredir
Mandado: ordem judicial
Mandato: delegação de poder
Absolver: perdoar
Absorver: aspirar
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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
As palavras, em basicamente todas as línguas, são formadas por partes que podem ou não apresen-
tar um significado. Chamamos essas partes carregadas de sentido de “morfemas”.
des-leal-dade
Nosso estudo inicia-se, então, a partir dos tipos de morfemas que podemos identificar nas palavras. 
RADICAL
É a menor unidade (morfema) portadora de significado na qual podemos alocar afixos. É a base, 
também, para identificarmos uma família de palavras.
pedra
pedreiro – pedregulho – pedrada – pedraria
A base comum entre todas as palavras é o que identificamos como radical. Assim, pedr- é o morfe-
ma que permanece o mesmo entre os exemplos apresentados.
01. A flutuação entre as pronúncias de v e b perceptível em palavras como vassoura e bassoura, verga-
mota e bergamota, esteve também presente na formação da Língua Portuguesa, de tal forma que 
atualmente, palavras da mesma família podem apresentar uma ou outra letra na mesma posição. É 
o caso da família de palavras a que pertence 
a) aborrecimentos 
b) embalagens 
c) envolvem
d) inviolabilidade
e) lambuzados 
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VOGAL TEMÁTICA
É uma parte da palavra que a auxilia na mudança de forma, principalmente em verbos, substantivos 
e adjetivos (sim, as classes de palavras).
bonita mares cantar
Nos verbos, a vogal temática nos auxilia a verificar o tipo de conjugação à qual o verbo pertence. 
Para essa classe, são apenas 3 tipos de vogais:
amar 1ª conjugação
beber 2ª conjugação
sorrir 3ª conjugação
Para os substantivos e adjetivos, há também apenas 3 tipos de vogais:
casa vogal temática em a
pente vogal temática em e
cachorro vogal temática em o
A partir disso, é interessante perceber que a vogal temática é como um extensor e é importante ter 
esse conhecimento porque, ao unirmos alguns sufixos às palavras, a vogal temática tem papel fun-
damental nesse novo contato.
AFIXOS
Os afixos são morfemas que também vão se unir a um radical. Há dois tipos: os sufixos, que se 
unem ao final do radical; e os prefixos, que se unem ao início do radical. Vamos observar a palavra 
usada no início da nossa aula:
des-leal-dade
prefixo radical sufixo
Percebam que esse tipo de morfema, por mais que tenha uma carga de sentido, não aparece livre-
mente em um texto. Ou seja, os afixos devem sempre estar unidos a um radical base.
Prefixos Sufixos
indeciso
infeliz
imigrar
levemente
jornaleiro
jornalista
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DESINÊNCIAS
Nesta parte, estudaremos as possíveis flexões dos morfemas. Há dois grupos de palavras que se 
enquadram aqui: os nomes (substantivos, adjetivos, artigos, pronomes, numerais) e os verbos. Dá 
para começar a perceber a importância desse conteúdo, pois, no estudo das classes de palavras, 
fica mais evidente ainda a forma como cada classe se relaciona à outra.
No estudo dos morfemas, há as desinências nominais e as desinências verbais. Nas classes dos no-
mes, as desinências indicam gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural). 
leitor leitora
Na classe dos verbos, as desinências indicam modo-tempo ou número-pessoa. 
cantássemos
cant á sse mos
radical vogal temática modo-tempo número-pessoa
A partir de nossos estudos sobre a estrutura das palavras, podemos iniciar outro: os processos de 
formação de palavras.
O processo de criação de novas palavras precisa acompanhar a evolução social. Assim, novas pala-
vras são desenvolvidas basicamente todos os dias, ou você acha que o termo fax sempre existiu? 
Inclusive, se pararmos para pensar, ele já nem é tão usado assim. Os dois processos que mais apa-
recem em prova são derivação e composição.
DERIVAÇÃO
Nesse processo, as palavras são originadas de outros vocábulos. Isso pode acontecer a partir do 
acréscimo ou da supressão de afixos. 
DERIVAÇÃO PREFIXAL
Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo ao radical.
contrapor incapaz desligar 
Há alguns prefixos que merecem a nossa atenção,pois é comum de aparecer em questões o valor 
semântico de alguns:
a-, an-
Provação, negação, 
insuficiência, carência, 
contradição.
afônico, anemia, anônimo, 
anoxia, amoral.
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cum-, com-, con-, co-, cor- Companhia, sociedade, concomitância 
cumplicidade, compadre, 
condutor, colaborar.
de(s)-, di(s)- Negação, ação contrária, cessação de um ato ou estado. 
desventura, discordância, 
difícil, desinteressante.
ex-, es-, e- Movimento para fora, mudança de estado.
esforço, esvaziar, evadir, 
expatriar, expectorar, emigrar, 
esforçar
in-, im-, i- Sentido contrário, negação, privação impenitente. incorrigível, ilegal, ignorância
DERIVAÇÃO SUFIXAL
Ocorre quando há o acréscimo de um sufixo ao radical.
felizmente sapataria maresia 
Lembre-se de que os sufixos derivacionais podem mudar a classe gramatical da palavra, transfor-
mando um verbo em um substantivo, por exemplo.
DERIVAÇÃO PREFIXAL SUFIXAL
Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo e de um sufixo ao radical. Neste caso, é importante 
ressaltar que, caso seja necessário remover um dos afixos acoplados, a palavra ainda existirá e fará 
sentido no português. Outro fato importante é que a palavra deve ser derivada, primeiramente, no 
âmbido da classe gramatical a que ela já está. Somente depois é que se deriva a palavra para outra 
classe gramatical.
IN FELIZ MENTE
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA
Aqui, há também a soma de um prefixo e de um sufixo a um radical. Porém, isso acontece AO MES-
MO TEMPO (simultaneamente). Ou seja, caso removamos um dos afixos, a palavra não existe e não 
faz sentido no português. 
EN TARDE CER
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ocorre quando a criação de uma palavra é feita pela eliminação do sufixo da palavra derivante (ou 
seja, palavra que forma a derivada). Além disso, a palavra que perde o sufixo muda de classe gra-
matical. 
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beijar beijo
consumir consumo
pescar pesca
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
Ocorre quando há troca na categoria de classe gramatical da palavra sem mudança na forma da 
palavra, o que não aconteceu em nenhum dos casos anteriores.
Meu pai adora ouvir o pássaro cantar. O cantar do pássaro é muito melódico e bonito.
COMPOSIÇÃO
Nesse processo, diferente do que acontece nos processos de derivação, em que há uma palavra 
como base e outras formadas a partir dela, iremos ter novas palavras a partir da união de radicais. 
sofá-cama passatempo embora
Para uma classificação mais estrutural quanto à união dos radicais, o processo de composição pode 
ser dividido em duas partes
JUSTAPOSIÇÃO
Aqui um radical é justaposto ao outro. Isso significa que não há alteração em relação à fonética dos 
radicais sendo usados. Pode-se usar hífen aqui
couve-flor pontapé guarda-chuva
AGLUTINAÇÃO
Já nesse caso, os radicais são combinados e há, portanto, a perda de elementos fonéticos.
planalto hidrelétrica fidalgo
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OUTROS PROCESSOS
Hodiernamente, há outros processos que são considerados para a prova como base de formação 
de novas palavras para as línguas. Vejamos alguns mais recorrentes.
HIBRIDISMO
Neste caso, é necessária uma análise sobre a etimologia da palavra (sua origem). 
automóvel televisão empipocar
NEOLOGISMO
Aqui ocorre o emprego de novas palavras, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mes-
ma língua ou não (ou seja, podem ocorrer com elementos de outras línguas). É basicamente qual-
quer palavra nova. 
temakeria abobado deletar
ESTRANGEIRISMO 
Ocorre, diferente do hibridismo, a incorporação de uma palavra ou expressão estrangeira a outra 
língua receptora. Pode-se manter a pronúncia e grafia ou adaptá-las. 
xampu abajur design
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Compreensão e 
Interpretação Textual
Prof. Luana Schonarth
COMPREENSÃO E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
Olá, concurseiro! 
Meu nome é Luana Schonarth, tenho 28 anos, sou professora de Língua Portuguesa e de Redação. 
Terminei minha Graduação em Letras, em 2016, na UNISC. Logo iniciei o Mestrado, o qual finalizei 
em 2019. De lá pra cá, mergu-hei nos estudos alusivos à linguagem, às questões gramaticais e ao 
processo de escrita, especialmente de Redação.
Agora, você tem em mãos a apostila de Compreensão e de Interpretação Textual disponibilizada 
pelo GG Concursos e produzida por mim. Um dos meus grandes desejos é construir uma apostila 
objetiva, que vá direto ao ponto, que destaque o conteúdo que é necessário para a sua autonomia 
e para o seu sucesso na execução da prova. 
Esta apostila contém os conteúdos que fundamentam a execução de uma prova de Compreensão e 
de Interpretação Textual de forma consciente e segura, conhecendo as características dos diferen-
tes textos existentes e as principais técnicas de leitura para garantir compreensão plena da mensa-
gem. Ainda, de forma a materializar a teoria e treinar as habilidades de execução de prova, há uma 
seleção de questões considerando os conteúdos exigidos nos últimos editais e as bancas seleciona-
das para a organização das provas anteriores, como CESGRANRIO (concurso CAIXA 2021) e CESPE 
(concurso CAIXA 2014). 
Aproveito também o espaço para agradecer a confiança no meu trabalho e para desejar um proces-
so de preparação carregado de ESTUDO e de DETERMINAÇÃO. Que você viva intensamente tudo 
o que o GG Concursos oferece, que você esteja em cada aula de corpo e de alma. Nossos concur-
seiros são tão felizes nos resultados porque, além de suporte técnico, eles têm vontade, desejo de 
vencer e, consequentemente, trabalham para isso. 
Que este desejo e esta força também acompanhem vocês!
Acredita em mim: sua meta é nossa meta também.
Bons estudos!
Professora Luana Schonarth
Instagram: @luanaschonarth
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http://instagram.com/luanaschonarth 
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | LUANA SCHONARTH
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1. LINGUAGEM, LÍNGUA, TEXTO, CONTEXTO E DISCURSO
“O homem não está programado para aprender física ou matemática, mas está programado 
para falar, para aprender línguas, quaisquer que elas sejam.”
José Luiz Fiorin
1.1 A LINGUAGEM E A LÍNGUA
Dentre as necessidades humanas, a comunicação é tida como uma das mais essenciais. Diferen-
temente dos outros animais, os seres humanos conseguiram desenvolver uma capacidade comu-
nicativa articulada, a qual colaborou significativamente para o desenvolvimento social, cultural e 
histórico de toda a humanidade. 
Por conta disso, a espécie humana se diferenciou dos outros animais justamente pelo fato de ter 
um sistema de comunicação complexo e completo. Essa característica tornou-se parte da genética 
e do biótipo humano e, por isso, hoje, os humanos nascem programados para se comunicar entre 
si, usando de diversos recursos comunicativos em seu dia a dia. 
Na antiguidade, as comunidades primitivas começaram a convencionar sons, desenhos, gestos etc. 
para expressarem seus sentimentos, seus desejos e suas vontades. Nessa perspectiva, a linguagem 
tornou-se a capacidade de comunicação e interação social por meio de signos, os quais podem ser 
sons, palavras, gestos, cores, imagens, toques etc. É por conta da presença da linguagem que as coi-
sas ao nosso redor ganham sentido, bem como formam o nosso pensamento, nossa cultura, nossas 
crenças e, sobretudo, a nossa interação social.
As convenções sociais promovidas em torno da linguagem foram sendo especializadas ao longo do 
processo evolutivo humano a ponto de ser criado diversos sistemas comunicativos que pudessem 
ser usados pelas comunidadeshumanas. 
Nesse contexto, surgiu a língua, que é conceituada como os sistemas de códigos (palavras) e de leis 
combinatórias usados para a comunicação humana através da fala e da escrita. 
A língua é resultado de uma convenção social, por isso todas as palavras (ou signos1) de uma deter-
minada língua vão ser reconhecidas e utilizadas por todos os usuários. E, assim como o português, 
existem, ao redor do mundo, milhares de línguas, tais como o inglês, o espanhol, o hebraico, o 
mandarim, o polonês, o coreano, o hindu, o tupi, o guarani, as línguas de sinais, o braile etc. Todas 
essas línguas constroem e seguem uma organização de suas palavras que comporão todo o sistema 
linguístico cuja finalidade é interação entre os sujeitos e estes com o mundo ao seu redor, estabele-
cendo diversos acordos, negociações, diálogos.
1 As línguas de sinais, por exemplo, usam gestos, os quais não são considerados como palavras.
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | LUANA SCHONARTH
1.2 OS TIPOS DE LINGUAGEM
Como se viu, a linguagem se constitui por meio dos signos. É a partir do tipo de signo que se pode 
classificar qual tipo de linguagem os seres humanos usam para se comunicarem. 
1.2.1 A LINGUAGEM VERBAL 
O principal elemento deste tipo de linguagem é o uso das palavras. Logo, as palavras assumem o 
centro da comunicação tanto por meio da fala como por meio da escrita. 
 
1.2.2 A LINGUAGEM NÃO VERBAL
Em vez das palavras, este tipo de linguagem vai usar de todos os outros recursos linguísticos para 
estabelecer a comunicação. Aqui, as imagens, os sons, os gestos, as cores etc. formam a linguagem 
não verbal. 
61
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | LUANA SCHONARTH
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1.2.3 A LINGUAGEM MISTA
Como a própria classificação diz, a linguagem mista mistura a linguagem verbal com a linguagem 
não verbal. Assim, um texto que contém imagem e palavra se classifica dentro deste tipo de lingua-
gem. 
 
 
1.3 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A principal função da linguagem é, sobretudo, a comunicação humana. Esta, por sua vez, é regida 
pelo princípio da interação, ou seja, é uma ação recíproca na qual os sujeitos agem usando a sua ca-
pacidade comunicativa para estabelecer acordos, diálogos, confrontos, conversas, normas etc. No 
jogo da interação, deve-se considerar, principalmente, os seguintes elementos: 
 • Locutor (emissor): aquele que produz a mensagem, isto é, aquele que escreve ou que fala;
 • Interlocutor (receptor): aquele que recebe a mensagem, ou seja, aquele que lê ou que ouve;
 • Mensagem: é o conjunto linguístico da interação; é a materialidade da comunicação, seja esta 
por meio da linguagem verbal, não verbal ou mista. 
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 • Código: sistema utilizado para compor a mensagem, por exemplo, a fala, a escrita, as cores etc. 
 • Canal: é o meio pelo qual é materializada a mensagem, que pode ser o papel, a tela do compu-
tador, as ondas sonoras, a TV etc. 
 • Referente (contexto): contexto em que se encontram relacionados o emissor, o receptor e os 
demais componentes da interação aos quais se remetem a mensagem. 
Todos esses elementos vão participar do sistema comunicativo, formando o que se considera hoje 
como os elementos da comunicação, que podem ser representados pelo o esquema a seguir.
Teóricos da área da comunicação perceberam que, nas práticas de linguagem, esta desempenha 
algumas funções, a depender da intenção comunicativa e do contexto. Além disso, Fiorin, grande 
teórico da Linguística, afirma que:
“A linguagem não se presta apenas para perceber o mundo, para categorizar a realidade, para 
realizar interações; serve também para informar, para influenciar, para exprimir sentimentos e 
emoções, para criar e manter laços sociais, para falar da própria linguagem, para ser lugar e 
fonte de prazer, para estabelecer identidades, para agir no mundo, para criar novas realidades”. 
(FIORIN, José Luiz. - Linguística: o que é isso?2)
A partir disso, depreende-se que a linguagem constitui essencialmente as ações humanas, desem-
penhando funcionalidades e, principalmente, influenciando as decisões para as quais se voltam a 
intenção comunicativa dentro dos mais variados e diversos contextos. 
Desse modo, têm-se as seguintes funções para os respectivos elementos da comunicação: 
A) Locutor (emissor) → Função emotiva
B) Interlocutor (receptor) → Função apelativa
C) Mensagem → Função poética
D) Código → Função metalinguística
E) Canal → Função fática
F) Referente (contexto) → Função referencial
2 Disponível em: https://www.academia.edu/37113753/A_linguagem_humana_do_mito_%C3%A0_ci%C3%AAncia_
Linguagem_e_l%C3%ADngua. Acesso em 03 jan. 2022. 
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https://www.academia.edu/37113753/A_linguagem_humana_do_mito_%C3%A0_ci%C3%AAncia_Linguagem_e_l%C3%ADngua
https://www.academia.edu/37113753/A_linguagem_humana_do_mito_%C3%A0_ci%C3%AAncia_Linguagem_e_l%C3%ADngua
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | LUANA SCHONARTH
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
A)	FUNÇÃO EMOTIVA: O FOCO É O EMISSOR
Por meio dos textos, pode-se exprimir emoções e sentimentos, como a revolta, a raiva, a alegria, 
o amor, a saudade, o desprezo, a admiração, entre outras. Essas subjetividades se textualizam por 
meio de alguns mecanismos linguísticos, os quais revelam uma imagem (e seu pensamento) daque-
le que emite a mensagem, logo, infere-se que a função emotiva é centrada no próprio emissor. 
Quando um texto apresenta predominantemente a função emotiva, ele contém, geralmente, em 
sua composição: 
 • pronomes pessoais de primeira pessoa do singular (eu/me/mim); 
 • verbos conjugados na primeira pessoa do singular; 
 • interjeições;
 • palavras que exprimem estados de espírito; 
 • pontos de exclamação e reticências; 
 • predomínio das emoções; 
Esses textos podem ser: cartas pessoais, poesia lírica, músicas sentimentais, opiniões e avaliações. 
Veja um exemplo. 
Partilhar - Rubel 
Se for preciso, eu pego um barco
Eu remo por seis meses como peixe, pra te ver
Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste e que eu desista de você
Se for preciso eu crio alguma máquina
Mais rápida que a dúvida, mais súbita que a lágrima
Viajo a toda força e num instante de saudade e dor
Eu chego pra dizer que eu vim te ver
Eu quero partilhar, eu quero partilhar
A vida boa com você
Disponível em: https://www.letras.mus.br/rubel/partilhar/. Acesso em 03 jan. 2022. Adaptado.
Observe que, ao longo da letra da canção de Rubel, o emprego de pronomes (eu), o uso dos verbos 
em primeira pessoa do singular e a presença de sentimentalismo e da amostragem de estados de 
espírito revelam a predominância da função emotiva neste texto em específico. 
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https://www.letras.mus.br/rubel/partilhar/
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | LUANA SCHONARTH
B)	FUNÇÃO	APELATIVA/CONATIVA:	O	FOCO	É	O	RECEPTOR
A linguagem influencia aquele para quem se emite a mensagem. Desta forma, interfere-se no com-
portamento daquele que ouve ou lê, de modo a influenciar, persuadir, seduzir o comportamento 
do destinatário. Logo, a função	apelativa/conativa	é	centrada	no	receptor. Para isto, quem emite a 
mensagem se vale de recursos linguísticos que visam à persuasão, que são: 
 • emprego de pronomes, como tu, você, vocês; 
 • uso de vocativos; 
 • formas verbais no modo imperativo; 
Essa função está predominante em anúncios publicitários, placas de advertência, receitas, manuais 
de instrução, horóscopo etc. Observe o anúncio abaixo. Perceba que nele há a presença de verbos 
no imperativo “previna-se”,

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