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15/03/24, 21:53 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=uSGcvzMG8Kz6KbK9IlTDjA%3d%3d&l=JHexPui1IeBb2zUlijYLZQ%3d%3d&cd=MumJzVR… 1/28
ASPECTOS	SOCIAIS,	POLÍTICOS	E	LEGAIS	DA
EDUCAÇÃO
UNIDADE 1 - Como as Dimensões Polıt́icas, Sociais e Legais Constituem o Campo
da Educação?
15/03/24, 21:53 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=uSGcvzMG8Kz6KbK9IlTDjA%3d%3d&l=JHexPui1IeBb2zUlijYLZQ%3d%3d&cd=MumJzVR… 2/28
15/03/24, 21:53 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
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Introdução
Olá, caro estudante!
Esta unidade é destinada ao estudo das relações que são tecidas entre Educação, Estado e Sociedade, com
ênfase nas polı́ticas educacionais. A ideia é que você possa compreender basicamente três pontos:
 - O que são as polı́ticas educacionais.
 - Quais as polı́ticas que regem os processos formais de educação no Brasil.
 - Como as polı́ticas educacionais aparecem na legislação brasileira, de hoje e de antigamente.
Para isso, alguns pontos de discussão serão importantes. Por exemplo, você conhece os dispositivos legais
que respaldam e estabelecem as diretrizes para a sua vida acadêmica? Já leu sobre o Regime de Colaboração? E
mais: sabia que a Lei Magna no Brasil é a Constituição Federal? Alguns destes termos e conceitos podem
parecer tão distantes de nós, mas são importantes, pois neles estão contidos os marcos históricos e legais que
estão por trás da educação do paı́s, desde a educação infantil até o ensino superior.
Este estudo almeja contribuir para que você conheça com mais profundidade a legislação educacional e a sua
trajetória histórica – pois a educação, como parte indissolúvel da sociedade, acompanha as modi�icações
sofridas em consequência das transformações sociais, culturais, econômicas e polı́ticas que marcaram a
história social brasileira.
Nesta unidade, você verá como são formadas as redes de educação municipal, estadual e federal e a
possibilidade de as instituições públicas trabalharem de forma mais integrada entre as três instâncias
federativas – Municı́pio, Estado e União – por meio do Regime de Colaboração. Por �im, você conhecerá as
principais medidas determinadas pelas Constituições brasileiras, desde a Independência do Brasil, o que lhe
dará subsı́dios para analisar, de forma crı́tica, a nossa atual Constituição, também conhecida como
Constituição Cidadã.
Bons estudos! 
1.1 Educação, Estado e sociedade
“A	educação	é	prioridade	para	desenvolver	um	país!”
“Somente	com	educação	iremos	mudar	o	Brasil!”	
Certamente você já ouviu estas frases. Mas o que elas signi�icam? Que conceito de educação está implicado
nelas? E� necessário compreender que a educação pode ser entendida de forma distinta, ou seja, com diferentes
perspectivas. A primeira delas diz respeito a um conceito amplo, no qual o processo educativo implica
reconhecer preceitos éticos, morais e conhecimentos construı́dos historicamente pela humanidade, e que
precisam ser, de uma forma ou outra, passados para as gerações seguintes.
Neste primeiro caso, é possı́vel a�irmarmos que a educação existe desde que há a vida em sociedade, pois o
processo educativo está presente na famı́lia, na religião, na cultura. As �iguras do pai, da mãe, do sábio, do
ancião, do mestre, do lı́der religioso nada mais são do que “educadores”, que, cada qual com seu espectro de
conhecimento, garante às gerações mais novas a continuidade de tudo o que a humanidade construiu, a partir
das relações sociais como um todo. E como somos seres sociais e sociáveis por toda a vida, é possı́vel
compreender que jamais deixaremos de educar e sermos educados.
Em um determinado perı́odo da humanidade, porém, as sociedades começaram a se organizar de forma mais
complexa. A ciência aparece de forma mais contundente, mudando completamente a forma de vermos o
mundo, a partir do perı́odo iluminista. E, com as revoluções dos séculos XVII e XVIII, a sociedade começa a se
organizar pela ideia dos Estados-Nação, fazendo com que o capitalismo se consolidasse como forma de
produzir a vida, sobretudo com o advento das revoluções industriais.
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E é para se adaptar às novas condições da sociedade industrial que surge a escola da era moderna, como
espaço formal de saber e de transmitir o conhecimento sistematizado e organizado, para garantir à sociedade
que as novas gerações possam ser instrumentalizadas e inseridas nesta nova forma de ser e estar no mundo.
E� aqui que se inicia o que conhecemos como “escolarização”. Ou seja, um processo de educação, mas em um
espaço formal, vinculado à uma ideia de sociedade e de desenvolvimento. O saber sai da competência
exclusiva da famı́lia e dos espaços culturais, polı́ticos e, principalmente, da alçada da religião, e ganha espaço
na mão do Estado.
Para se desenvolver, o Estado precisa de força de produção. Para ter força produtiva, as pessoas precisam
aprender. E para que elas aprendam, o Estado apresenta, como uma de suas funções, prover polı́ticas públicas.
E� por isso que existem as polı́ticas educacionais. Com esse pressuposto em mente, você entenderá no que
consistem as polı́ticas públicas para a educação a partir do conhecimento de sua trajetória – da formulação à
implantação –, buscando identi�icar nesse processo suas relações com a sociedade e com o Estado.
Mas a�inal: o que são polı́ticas públicas? Como elas se originam? Elas sofrem in�luências das demandas
sociais ou são apenas um dispositivo polı́tico criado pelo Estado? Quais as suas funções sociais?
Para responder, podemos começar pelo dicionário. O vocábulo política	 respeito à “[...] Arte ou vocação de
guiar ou in�luenciar o modo de governo pela organização de um partido, pela in�luência da opinião pública
[...]. Habilidade especial ao relacionar-se com outras pessoas, com o intuito de obter certos resultados
anteriormente planejados [...].” (MICHAELIS, 2019)
Falar de polı́tica(s) é falar de formas de regular, de governar, de administrar. Contudo, observe que estamos
buscando compreender o que são polı́ticas públicas – o que nos leva, logo de saı́da, a pensar essas práticas de
governo direcionadas ao público, ao povo em geral.
Na verdade, se você �izer um levantamento teórico das de�inições acerca do que são políticas	 públicas,
certamente encontrará um conjunto de de�inições bastante diverso, o que, por si só, aponta para a
complexidade do tema e as relações que a temática das polı́ticas públicas estabelece com diferentes
perspectivas teóricas utilizadas em suas análises e operacionalizações.
O fato é que todos nós, querendo ou não, somos afetados pelas polı́ticas públicas. Por mais alheia que uma
pessoa possa estar em relação ao que ocorre em sociedade, as polı́ticas públicas estão permeadas em toda a
organização estatal, e não só naquilo que parece nos afetar mais diretamente.
Ao recorrer à literatura que trabalha com a temática das polı́ticas públicas, a conceituação deste termo foi
atribuı́da por Janete Maria Lins de Azevedo (1997; 2000), que de�ine polı́ticas públicas como “ação do Estado”.
(AZEVEDO, 1997, p. 23). Nesta perspectiva de compreensão, o foco das análises privilegia as ações estatais
desenvolvidas para atender, regulamentar e administrar as diferentes demandas sociais, via de regra,
compreendidas pelo Estado como problemas públicos a serem controlados. 
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Para Secchi (2014, p. 22), existe uma “polı́tica pública real quando incorpora a intenção de resolver um
problema público com o conhecimento para resolvê-lo”. Por exemplo: a distribuição de preservativos gratuitos
em parceria com o Sistema U� nico de Saúde (SUS) com o objetivo de controlar a AIDS, enquanto doença que
apontava taxas crescentes na sociedade brasileira.
As polı́ticas públicas muitas vezes são criadas para solucionar con�litos ocasionados pelas desigualdades
sociais, econômicas e culturais que interferem diretamente na consolidação dos direitos de parte da
população historicamente excluı́da do acesso aos bens culturais e materiais. Nesse sentido, os movimentos
sociais organizados contribuem para pressionar o Estado a planejar e operacionalizar polı́ticas públicas que
atendam às reivindicações dos povos subalternizados.
O Movimento Negro no Brasil é um dos bons exemplos de como a sociedade organizada pode lutar para que as
polı́ticas públicas estejam em consonância com as demandas de uma população. Não à toa, este movimento
teve papel decisivo para que fosse criada a Lei n. 12.71/12. Também conhecida como Lei das Cotas, ela dispõe
sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nı́vel médio e
prevê, no mı́nimo, 50% das vagas disponı́veis para alunos autodeclarados pretos, pardos e indı́genas,
provenientes de famı́lia de baixa renda (BRASIL, 2012).
VOCÊ SABIA?
Que existem dicionários de polıt́ica? O campo de estudo que envolve os
conhecimentos sobre “polıt́ica” é bastante complexo, ambıǵuo e multifacetado.
Além disso, nem sempre os dicionários de uso comum trazem uma de�inição
especı�́ica dos conceitos deste campo de estudos. Dentre os dicionários especı�́icos
da área, um exemplo é o “Dicionário de Polıt́ica”, escrito pelos sociólogos Norberto
Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino e publicado pela primeira vez em
1983.
A 11ª edição desta obra está disponıv́el em:
<https://edisciplinas.usp.br/plugin�ile.php/2938561/mod_resource/content/1/
BOBBIO.%20Dicion%C3%A1rio%20de%20pol%C3%ADtica..pdf>. 
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A Lei 12.711 contribuiu para o enfrentamento das desigualdades raciais e econômicas no Brasil ao prever uma
reserva de vagas para estudantes cotistas. Percebe-se, portanto, a relevância das polı́ticas públicas, na medida
em que elas se encontram profundamente ligadas às transformações pelas quais passam as sociedades.
São exatamente os problemas da sociedade em cada contexto histórico que, ao provocarem insatisfação e
busca por melhores condições de vida social, podem se transformar em polı́ticas públicas.
Outro caso importante de destaque é o movimento feminista. Se no inı́cio do século XX a luta era por direito a
voto, conquistado em 1932, hoje são outras demandas que emergem deste movimento, como a luta por
igualdade salarial, o direito ao aborto seguro e legal, e a luta contra a violência doméstica. 
Figura 1 - Dentre as conquistas dos movimentos sociais estão aquelas voltadas à igualdade racial.
Fonte: Elenabsl, Shutterstock, 2018.
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Assim, pode-se dizer que as polı́ticas públicas se constituem em uma espécie de ponte entre uma situação real
concreta, que requer determinadas soluções, a uma situação ideal na qual a problemática apontada esteja
satisfatoriamente resolvida.
Figura 2 - O movimento feminista e a luta por igualdade de gênero.
Fonte: Shuttershock, 2019.
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Porém, as polı́ticas públicas têm �inalidades diferentes, de acordo com seu modelo e seu grupo de alcance. Ou
seja, são de tipologias distintas. Também não se pode dizer que elas sigam rigorosamente uma determinada
classi�icação. Muitas vezes elas são hı́bridas ou, ainda, se estruturam com as caracterı́sticas de mais de um
tipo. E� importante que tenhamos conhecimento do que caracteriza cada tipo de polı́tica pública, além de
objetivos e metas a serem, por elas, alcançadas.
Nesse sentido, Lowi (1972), ao considerar dois critérios – o impacto da polı́tica na sociedade e o espaço onde
os con�litos sociais são negociados –, fez a seguinte classi�icação das polı́ticas públicas que poderão ser
vistas clicando nos botões a seguir: 
Figura 3 - Representação do movimento das polı́ticas públicas desde a identi�icação da problemática social à
efetividade das ações.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
Distributivas São aquelas polı́ticas que destinam bens ou serviços para uma
determinada parcela da sociedade, porém com a utilização dos
recursos de toda a sociedade. Este tipo de polı́tica pode ser
assistencialista, clientelista ou destinada a assegurar direitos
sociais. Exemplos: seguro-desemprego, criação de creches e escolas,
pavimentação de estradas, entre outras. 
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Agora que você já sabe o que são polı́ticas públicas, seus diferentes tipos e funções, conhecerá a trajetória das
polı́ticas desde a formulação do texto legal à consolidação das polı́ticas educacionais.
1.1.1 Da formulação do texto legal à consolidação da política
educacional
Obviamente, não é possı́vel compreender os movimentos traçados pelas polı́ticas públicas sem
considerarmos as sociedades que temos e, em especial, a sociedade em que vivemos. Sociedade esta que não é
neutra, não é igualitária, não é culturalmente homogênea. Ao contrário, é pluricultural e multirracial, com
severas desigualdades econômicas e que, ainda, é atravessada pelos efeitos da globalização mundial, que
impõe novos elementos a serem considerados nas relações entre Estado e Sociedade.
Não se trata, por certo, de diminuir o poder do Estado nas relações sociais. Também não se trata de
desconsiderar as desigualdades econômicas que assolam o nosso paı́s. Mas, antes, trata-se da possibilidade
de pensarmos as relações de poder que atravessam as relações sociais a partir de outra con�iguração do poder
e de seus exercı́cios sobre a sociedade.
Redistributivas
Regulatórias
Constitutivas
São polı́ticas que, assim como as distributivas, são destinadas a
parcelas especı́�icas da sociedade. No entanto, os recursos alocados
não são provenientes da sociedade como um todo, mas, sim, de
outros grupos especı́�icos. Exemplos: programa habitacional para
pessoas de baixa renda, reforma agrária.
São polı́ticas que regulam comportamentos e condutas sociais. São
as mais fáceis de ser identi�icadas, posto que as encontramos com
bastante frequência em nossos cotidianos. Elas traçam limites entre
o que pode e o que não pode ser feito e especi�icam as condições.
Elas se apresentam sob a forma de decretos, portarias e
normatizações. Exemplos: leis de trânsito, legislação trabalhista,
Código Florestal.
Essas polı́ticas são também chamadas de constitucionais ou
estruturadoras, na medida em que são elas que estipulam as
condições formais para as demais polı́ticas. São polı́ticas
balizadoras dos marcos legais a serem respeitados por todos os
outros tipos de polı́ticas. Exemplo: Constituição Federal, Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Código Eleitoral.
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Nesse sentido, o sociólogo inglês Stephen Ball, em trabalho de pesquisa com a parceria de Richard Bowe,
propõe uma nova abordagem conceitual que em muito contribui para que possamos compreender e analisar
os movimentos das polı́ticas públicas para a educação. Este autor, que contou com a colaboração de outros
investigadores britânicos do campo das polı́ticas (BALL; BOWE, 1992), teve suas obras difundidas no Brasil
especialmente pelas traduções, entrevistas e trabalhos de pesquisa do professor da Universidade Estadual de
Ponta Grossa (UEPG) Jefferson Mainardes (2006).
As contribuições dos estudos desenvolvidos por Stephen Ball tornam-se particularmente relevantes para a
realidade brasileira na medida em que, até hoje, ainda contamos com poucos estudiosos brasileiros que se
dedicam a discutir e elaborar referenciais teóricos e analı́ticos que contribuam para o avanço da nossa
compreensão sobre o percurso das polı́ticas públicas educacionais.
Mas	o	que	propõem	os	estudos	de	Stephen	Ball	(2001)?
A proposta é analisar as polı́ticas educacionais a partir da perspectiva analı́tica denominada por Ball e Bowe
(1992, apud MAINARDES, 2006, p. 48) de “abordagem do ciclo de polı́ticas” (policycycle	approach, em inglês).
E do que se trata essa abordagem? Inicialmente, conforme propõe Ball (2001, p. 41) a partir de suas pesquisas,
podemos compreender o ciclo de polı́ticas a partir de três arenas polı́ticas vistas clicando nos botões a seguir:
Posteriormente, Ball e Bowe (1992) fazem uma re�lexão crı́tica sobre o modelo que haviam proposto como
referencial para análise das polı́ticas educacionais. Dessa forma, identi�icam que se fazia necessário retirar a
�ixidez presente no esquema analı́tico que haviam proposto, na medida em que essas três arenas – polı́tica
proposta, polı́tica de fato e polı́tica em uso – não apresentavam relações entre si.
Observe a ilustração a seguir.
Se refere à polı́tica o�icial e envolve não apenas as intencionalidades do governo, mas, também, os
setores interessados no campo da educação no qual a polı́tica vai intervir. Aqui, inclui-se
assessores, escolas, lobistas, burocratas, en�im, todos aqueles que estariam encarregados de
implementar a polı́tica. 
Conforme Ball e Bowe (1992), a arena constituı́da pela política	de	fato é formada pelos textos
polı́ticos e textos legislativos que, na verdade, servem como balizadores polı́ticos para que a
polı́tica possa ser colocada em prática. São os textos que apontam o que pode ser feito, em quais
condições e para quais �inalidades. 
E� o termo usado para referir-se aos discursos e às ações institucionais que ocorrem no processo
em que, de fato, as polı́ticas serão implementadas, ou seja, colocadas em prática. 
•
•
•
Política	proposta
Política	de	fato
Política	em	uso
15/03/24, 21:53 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
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Vê-se, portanto, que, neste primeiro momento, as arenas que constituem a trajetória das polı́ticas públicas
educacionais não se relacionam entre si. Mostram-se estáticas, lineares e se apresentam como se
funcionassem em etapas. Isso porque, para estes autores, os sujeitos que atuam na prática interferem na arena
de formulação das polı́ticas. Por consequência, Ball e Bowe (1992) rejeitam qualquer modelo de análise
polı́tica que separe as dimensões entre o planejamento e a prática das polı́ticas.
Na leitura de Mainardes (2006, p.50): “Os autores indicam que o foco da análise de polı́ticas deveria incidir
sobre a formação do discurso da polı́tica e sobre a interpretação ativa que os pro�issionais que atuam no
contexto da prática fazem para relacionar os textos da polı́tica à prática.” Dito de outra forma, na análise das
polı́ticas é preciso considerar as práticas de resistências, de negociações, de interpretações que as pessoas que
atuam na prática, no chão das escolas, fazem dos textos legais que a elas são dirigidos.
Nesse sentido, Ball e Bowe (1992) vão propor um ciclo contı́nuo formado por três dimensões inter-
relacionadas: contexto de in�luência, contexto da produção	de	texto e contexto da prática.
Observe a �igura a seguir e veja que, quando comparada com a imagem anterior, as análises das polı́ticas
públicas ganham outra compreensão. Agora, todos os contextos, ainda que mantenham suas singularidades,
possuem zonas de inter-relações entre si. 
Figura 4 - Trajetória das polı́ticas em uma perspectiva piramidal e verticalizada.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
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Dessa forma, é possı́vel compreender que as polı́ticas públicas para a educação não acontecem de forma
verticalizada, estática e linear. Ao contrário, obedecem a �luxos contı́nuos que abarcam os contextos da
in�luência nos quais as polı́ticas são planejadas; o contexto da produção do texto em que as polı́ticas são
formalizadas; o contexto da prática no qual as polı́ticas são recriadas, e não simplesmente implantadas.
Assim, você já está apto para analisar as polı́ticas educacionais que regem o seu cotidiano como estudante,
como professor/a ou como pessoa interessada no campo das polı́ticas educacionais. 
Figura 5 - Ciclo de Polı́ticas proposto por Ball e Bowe (1992).
Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
1.2 Estrutura e organização da educação brasileira
Para começar, é importante que você saiba que a estrutura e o funcionamento da educação brasileira seguem
dois marcos legais. 
Um desses marcos é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei n. 9.394/1996 – que, por
sua vez, obedece aos princı́pios constitucionais presentes na nossa Carta Magna: a Constituição Federal de
1988 (BRASIL, 1996; 1988). 
Fruto de um intenso debate, a LDBEN de 1996 é a primeira grande legislação educacional pós-Ditadura Militar
no paı́s. Porém não é a primeira. As duas LDB’s anteriores são de momentos polı́ticos bem distintos de nosso
paı́s. A primeira é de 1961, do governo do então presidente João Goulart (1961-1964) A segunda LDB é de
1971, no auge da Ditadura Cı́vico-Militar brasileira (1964-1985) – ironicamente, a mesma ditadura que
destituiu o presidente João Goulart com o golpe civil-militar de 1964. 
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Algumas leis importantes:
Decorridos dez anos da promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL,
1961), o governo do Regime Militar (1964-1985), buscando organizar a educação brasileira em sintonia com a
ordem social e econômica vigente no perı́odo ditatorial, cria uma nova lei com o objetivo de ajustar a LDBEN
existente. 
Em termos de Ensino Superior, as mudanças foram feitas por meio da Lei n. 5.540/1968, também chamada de
Lei da Reforma Universitária (BRASIL, 1968). E em 1971, para adaptar o então Ensino Primário e o Ensino
Médio à nova ordem econômica brasileira, a Lei n. 5.692/1971 alterou estes nı́veis, que passaram a ser
denominados de Ensino de 1o e de 1o Graus, respectivamente. Esta lei determinou um novo quadro
organizativo para o ensino nacional, conforme observamos no quadro a seguir.
VOCÊ QUER VER?
Um dos momentos mais marcantes da história polıt́ica brasileira é o do chamado
“Movimento pela Legalidade”, ocorrido em 1961, após a renúncia do então presidente
Jânio Quadros. Liderado pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, o
movimento lutou para que a constituição da época fosse cumprida e o seu vice, João
Goulart, assumisse a presidência da república. O �ilme brasileiro Legalidade	(Zeca Brito,
2019)	retrata esse importante processoda nossa história. 
Lei	n.	4.024/61
Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (BRASIL, 1961).
Lei	n.	5.540/1968
Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá
outras providências (BRASIL, 1968).
Lei	n.	5.692/1971
Fixa diretrizes e bases para o Ensino de 1 e 2 graus, e dá outras providências (BRASIL, 1971). o o
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A legislação educacional da Ditadura Militar, instaurada no Brasil em 1964, se estendeu até o inı́cio da então
chamada transição democrática, ou seja, o perı́odo que transitou do �im da ditadura ao inı́cio de um regime
polı́tico democrático. Importante saber que, de acordo com a literatura educacional, compreende-se, como
Ditadura Militar, o perı́odo em que o governo esteve sob o controle do regime militar (1964-1985). Chama-se
de perı́odo de redemocratização da sociedade brasileira o perı́odo de transição ocorrido entre o �im do regime
militar e a instauração do regime democrático, que teve como marco histórico e polı́tico a aprovação da
Constituição Federal de 1988. 
Quadro 1 - Sı́ntese da estrutura e organização da educação brasileira na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional segundo a Lei no 5.692/1971.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019, baseada em BRASIL, 1971.
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Assim, no perı́odo da chamada redemocratização nacional, que teve como marco de consolidação democrática
a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, cresceu a pressão por
parte de diferentes segmentos sociais que reivindicavam maior participação popular nas tomadas de decisões
no paı́s. Foi a partir da necessidade de uma mudança estrutural na educação brasileira, em consonância com
as mudanças polı́ticas do paı́s, que a atual LDB foi promulgada em 20 de dezembro de 1996.
A Lei	n.	9.394/1996 é a terceira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e está vigente até os dias de
hoje. Com ela, garantiu-se a educação pública gratuita e universal e um percentual mı́nimo para investimento
público em educação por parte das diferentes esferas administrativas (federal, estadual e municipal).
Determinou-se, também, a duração do ano letivo em 200 dias e 800 horas, além de um currı́culo mı́nimo
comum para o ensino fundamental. Veremos mais sobre a LDB a seguir.
1.2.1 Sistemas e modalidades de ensino
Inicialmente, é importante você ter clareza do que são sistemas e modalidades de ensino. Provavelmente já
ouviu – e até mesmo já utilizou – algumas expressões como: o sistema municipal de ensino da minha cidade
decretou ponto facultativo em homenagem ao dia dos professores; o sistema estadual de educação fez uma
reforma curricular no âmbito do Ensino Médio; o sistema público de saúde é precário; eu pre�iro o sistema
público de educação ao sistema privado; vivemos em um sistema capitalista, entre outras.
De acordo com Saviani (1999), a utilização da palavra “sistema” somente seria adequada ao referir-se à
educação, ou seja, sistema educacional. Acompanhe:
Quando o homem sente a necessidade de intervir nesse fenômeno [educação] e erigi-lo em
sistema, então ele explicita sua concepção de educação enunciando os valores que a orientam e as
�inalidades que preconiza, sobre cuja base se de�inem os critérios de ordenação dos elementos
que integram o processo educativo. E surgem as distinções: ensino [como transmissão de
conhecimentos e habilidades], escolas [como locais especialmente preparados para as atividades
educativas], articulação vertical e horizontal [graus e ramos] etc. (SAVIANI, 1999, p. 120).
VOCÊ QUER VER?
O perıódo histórico marcado pela mudança do regime polıt́ico que antecedeu a
Ditadura Militar, consolidada como forma de governo durante 21 anos, constitui-se em
um momento social, polıt́ico e econômico que explicita as transformações ocorridas na
sociedade brasileira em todas as suas dimensões. Nesse sentido, Cabra	marcado	para
morrer (1984) – importante documentário com roteiro e direção de Eduardo Coutinho
– possibilita que você acompanhe esses cenários e suas implicações. 
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Saviani (1999) argumenta ainda que, na modernidade, o Estado é quem tem legitimidade para criar leis que
estejam a serviço da sociedade; por efeito, só faria sentido falar em sistema na esfera pública. Segundo o autor:
“Por isso as escolas particulares integram o sistema quando fazem parte do sistema público de ensino,
subordinando-se, em consequência, às normas comuns que lhes são próprias. Assim, é só por analogia que se
pode falar em ‘sistema	particular	de	ensino’”. (SAVIANI, 1999, p. 21, grifos do autor) 
Agora que você já compreendeu melhor a noção de sistema, sua provável emergência nas legislações e suas
recorrentes utilizações nos discursos educacionais, conhecerá, de forma especı́�ica, os sistemas de ensino na
estrutura educacional brasileira ou, concordando com Saviani (1999), as redes de ensino que compõem o
sistema educacional brasileiro.
De acordo com a LDBEN, a educação escolar compreende: educação básica e educação superior. Por sua vez, a
educação básica é formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio (BRASIL, 1996).
Voltaremos já a este assunto. 
Observe a representação a seguir.
E como �icam as modalidades de ensino? De acordo, com a LDBEN a Educação a Distância, a Educação
Especial, Educação Pro�issional e a Educação de Jovens e Adultos devem ser trabalhadas de forma transversal
aos nı́veis da Educação Básica, respeitando suas singularidades (BRASIL, 1996). Ou seja, as modalidades de
Figura 6 - Nı́veis e modalidades da educação de acordo com a Lei no 9.394/1996.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019, baseada em BRASIL, 1996.
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educação, embora não estejam entre os nı́veis de ensino, atravessam toda a educação básica. Sua
aplicabilidade dependerá das demandas educacionais.
Observe o exemplo no caso a seguir. 
Agora que você já conhece os sistemas de ensino, vale chamar a atenção para a seguinte assertiva: lembra-se
que a LDBEN preconiza que a União, os estados, o Distrito Federal e os municı́pios devem trabalhar seus
sistemas de ensino em Regime de Colaboração? A seguir, você entenderá o que são práticas colaborativas.
1.2.2 Regime de Colaboração
Um dos temas recorrentes na LDBEN e em outros dispositivos legais que normatizam a educação brasileira
diz respeito ao Regime de Colaboração, enquanto princı́pio constitucional capaz de promover práticas
colaborativas entre os entes federados (União, estados, Distrito Federal, municı́pios), possibilitando que a
educação institucionalizada, por meio desse regime, contribua decisivamente para a superação das históricas
desigualdades sociais, respeitando as diversidades regionais.
CASO
Mariana, comerciária de 35 anos de idade, havia concluıd́o o Ensino Médio antes de
casar e ter seus três �ilhos. Por necessidade de melhorar seu desempenho no
trabalho e galgar postos maiores na empresa em que trabalha, pensou em fazer um
curso superior em Ciências Contábeis. Conversou com a famıĺia e com os colegas de
trabalho, �icando animada com a possibilidade de progredir nos estudos e quali�icar-
se pro�issionalmente.
Mariana buscou saber quaisseriam suas chances de alcançar seu objetivo. Para tanto,
foi à Secretaria Estadual de Educação de sua cidade e pediu orientações aos
pro�issionais que lá estavam. Perguntou: será que tenho alguma chance de fazer a
graduação que tanto quero? Já possuo o Ensino Médio completo, mas aqui não há
universidades ou faculdades onde eu possa cursar. E agora? O que devo fazer?
Diante disso, as professoras lhe orientaram informando que existem muitos cursos na
modalidade Educação a Distância, ofertados por diversas instituições credenciadas
pelo Ministério da Educação (MEC), as quais garantem graduações quali�icadas.
Mariana �icou feliz e agradeceu pelas orientações e pelas indicações de instituições
credenciadas pelo MEC com cursos de Ciências Contábeis pela Educação a Distância,
modalidade prevista pela Lei n. 9.394/1996 (BRASIL, 1996).
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E� importante você saber que o desejo brasileiro em consolidar um Sistema Nacional Articulado de Educação,
observando-se os princı́pios fundamentais da democracia e da autonomia, não é recente. Se você acessar o
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, vai identi�icar as reivindicações dos educadores,
signatários do Manifesto, em prol de um Sistema Nacional de Educação. E� certo que, no percurso de quase um
século, conquistas importantes foram obtidas, mas o Brasil ainda não conseguiu consolidar um Sistema
Nacional de Educação. 
Estas di�iculdades podem ser pensadas pela tensão existente entre os movimentos de centralização e
descentralização e a forma de colaboração ou relacionamento entre a União e os demais entes federados.
Nesse sentido, a Carta Magna de 1988 redesenhou a organização educacional presente na Constituição de
1946, estruturada pelos sistemas federais e estaduais de ensino, ao atribuir aos municı́pios a prerrogativa de
construı́rem seus sistemas de ensino sem que haja necessidade, inclusive, da aprovação dos estados. No
entanto, a consolidação desse tripé polı́tico-administrativo, na perspectiva da gestão democrática, passa pela
possibilidade de que se efetive de forma plena a colaboração recı́proca entre os entes federados.
VOCÊ QUER LER?
O “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova” – documento escrito por 26
importantes intelectuais brasileiros dos anos 1930 – apresenta para a sociedade, em
1932, propostas de inovação pedagógica e a defesa da democratização do acesso aos
sistemas públicos de ensino. Disponıv́el em:
<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf>. 
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Nesta direção, pode-se dizer que o processo de discussão sobre o Regime de Colaboração tem centrado seus
esforços na busca por encontrar formas que garantam sua efetividade, a partir da articulação de práticas
colaborativas, materializadas por relações de reciprocidade entre as três esferas da administração pública,
como modo de acelerar a inclusão social de todos por meio do protagonismo do setor educacional.
Dessa maneira, temos um grande desa�io pela frente se quisermos, por um lado, respeitar as diversidades
regionais, suas culturas e tradições e, por outro, promover uma educação nacional que assegure a igualdade de
acesso aos conhecimentos cientı́�icos para todas as regiões brasileiras, através de uma educação com
qualidade socialmente referendada. 
Figura 7 - A educação democrática e inclusiva proporciona aos alunos o acesso às novas tecnologias de
informação e comunicação.
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018.
1.3 O direito à educação: um percurso nas Constituições
brasileiras
Neste tópico, vamos percorrer a trajetória das Constituições brasileiras com o objetivo de identi�icar como a
educação encontrava-se colocada nas nossas primeiras Cartas Magnas. Você perceberá como a educação, hoje
um direito fundamental que se inclui entre os direitos sociais previstos na Constituição de 1988, fez seu
percurso nas Constituições anteriores.
Para tal, você acompanhará esta trajetória a partir de uma linha do tempo que terá seu inı́cio na Constituição de
1824, chegando até a Constituição de 1967. Trataremos a nossa Constituição atual – Carta Magna de 1988 – em
um tópico especialmente destinado à nossa Lei Maior.
1.3.1 Da Constituição de 1824 à Constituição de 1967
Você sabia que, anteriormente à Constituição de 1988, o Brasil teve seis outras Constituições? Clique nos
ı́cones a seguir e veja cada uma delas. 
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Constituição de 1824
Constituição de 1891
Constituição de 1934
Constituição de 1937
Constituição de 1946
Constituição de 1967
Estas constituições retratam um percurso histórico importante do Brasil, pois elas datam de perı́odos
distintos do nosso paı́s: desde o Império, passando pelo princı́pio da república, os perı́odos ditatoriais,
chegando até a Constituição vigente, de 1988. 
Vamos acompanhar o percurso da educação como um direito que se vincula ao princı́pio da dignidade da
pessoa humana e se constitui como fundamento do Estado Brasileiro? 
Acesse a galeria de arte interativa e visite os quadros sobre a história das Cartas Magnas do paı́s, de 1824 até a
atual, de 1988.
Agora que você visitou a galeria de arte das constituições, vamos retomar pontos importantes.
Nossa primeira Carta Maior é a Constituição	de	1824, que garantiu o ensino primário a todos os cidadãos
brasileiros. Atribuiu que sua realização ocorresse preferencialmente pelas famı́lias e pela igreja, bem como a
criação de colégios e universidades para o ensino de Ciências, Artes e Letras. De acordo com a análise de
Anı́sio Teixeira (1969), podemos a�irmar que na Constituição de 1824 não havia, enquanto poder
constitucional, atribuições claras das competências sobre o direito à educação. Por meio de legislação
ordinária, a educação foi descentralizada, mas apenas o ensino superior foi privilegiado em detrimento dos
demais nı́veis de ensino.
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A Constituição	de	1891 foi a nossa segunda Carta Magna. Nela, o direito à educação encontra-se presente em
dois de seus artigos: 35 e 72. Uma das modi�icações que se identi�ica diz respeito à descentralização das
atividades de ensino na União e nos Estados. A Lei Maior estabelece ser do Congresso a competência do
desenvolvimento das letras, artes e ciências. Estabelecem o ensino laico ministrado em instituições o�iciais.
Identi�ica-se na Constituição	de	1934	avanços signi�icativos para a consolidação de uma educação pública
com qualidade, posto que disciplinou a previsão de recursos orçamentários para os estabelecimentos
públicos de ensino e, inclusive, para pessoas pertencentes às classes economicamente desfavorecidas e com
di�iculdades de acesso ao ensino, incluindo as instituições públicas. 
Decorridos três anos, outra Lei Maior é promulgada: Constituição	 de	 1937. Também chamada de
Constituição do Estado Novo (1937-1945), retira o caráter democrático e inclusivo prescrito na Constituição
de 1934. Estabelece distinções entre as escolas para as elites e as escolas para as classes trabalhadoras.
Manteve a gratuidade do ensino primário e tornou obrigatório a educação fı́sica, o ensino cı́vico e os trabalhos
manuais nos currı́culos escolares. Tornou facultativo o ensino religioso.
A Constituiçãode	 1946 pode ser entendida como resultado de um cenário nacional e internacional que
caracterizou o �im da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). No Brasil, os anos de 1946 e de 1947 foram
marcados por muitos con�litos sociais resultantes de reivindicações trabalhistas. Em termos de educação, esta
Carta Magna tende a recuperar a gratuidade do ensino tal como havia sido prescrita na Constituição de 1934.
No entanto, a gratuidade no ensino perdeu seu caráter mais amplo e passou a ser restrita apenas para as
pessoas que comprovassem baixa renda.
A quinta foi a Constituição	de	1967. Esta Carta Magna contribuiu para disciplinar os princı́pios da educação
e da legislação de ensino. Conforme o Art. 176, “A educação, inspirada no princı́pio da unidade nacional e nos
ideais de liberdade e solidariedade humana, é direito de todos e dever do Estado, e será dada no lar e na
escola” (BRASIL, 1967). Retirou o caráter amplo de gratuidade ao ensino na medida em que propôs meios de
substituir a gratuidade do ensino por distribuição de bolsas de estudos atreladas ao bom desempenho dos
estudantes.
VOCÊ O CONHECE?
Anıśio Teixeira é um dos principais pensadores brasileiros. Intelectual orgânico e
comprometido com as questões sociais e polıt́icas contemporâneas à sua época, Anıśio
fez parte de movimentos polıt́icos voltados à consolidação da educação pública,
gratuita e obrigatória. Foi também um dos educadores que mais questionou as formas
pelas quais as redes de escolas se estruturavam e se organizavam em relação ao
ensino. Defensor da necessidade de formar professores articulados com as práticas
escolares, Anıśio Teixeira deixou-nos um importante legado para o campo da educação
brasileira. Para conhecer sua biogra�ia e sua obra, acesse o endereço:
<https://www.ebiogra�ia.com/anisio_teixeira/>.
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A Emenda Constitucional n. 1, de 17 de outubro de 1969, que resulta do Estado de Exceção provocado pelo
Golpe Militar de 1964, altera de forma severa a Constituição de 1967. Entre as medidas da EC-1, a “liberdade de
cátedra” que assegurava a pluralidade de ideias e de concepções polı́tico-pedagógicas, no exercı́cio do
magistério, foi substituı́da pela “liberdade de comunicação de conhecimentos”, ou seja, controlou a liberdade
de expressão ao campo dos conhecimentos cientı́�icos que compõem os currı́culos escolares. O regime
polı́tico ditatorial vivido pelo paı́s, neste perı́odo, ao fazer esta mudança no texto constitucional, acabou por
tornar legal o controle e a censura do que podia ser dito nas salas de aulas. Em outras palavras, censurou os
discursos nas instituições escolares e acadêmicas.
Como você pôde constatar, a trajetória do direito à educação nos textos constitucionais apresentados até aqui
mostram com clareza que a educação, por um lado, sempre foi objeto de disciplinamento nas Constituições
Brasileiras. Por outro lado, no entanto, identi�ica-se que a educação enquanto direito fundamental sofreu
avanços e retrocessos, especialmente quando analisadas como um direito para todos, independentemente de
credos, classes econômicas, etnias, raças e culturas. 
Figura 8 - A censura da liberdade de expressão foi imposta pela Emenda Constitucional n. 1, de 17 de outubro
de 1969.
Fonte: AR Images, Shutterstock, 2018.
1.4 A Constituição Federal de 1988: texto e contexto
A Constituição de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã, dentre todas é, sem dúvida, aquela que
reconhece os direitos fundamentais de maneira mais ampla e garante seu exercı́cio de forma democrática.
Entre a ampla abertura democrática realizada pela Lei Maior que nos rege, vale destacar o direito de voto para
as pessoas que não sabem ler e escrever e o �im da censura nas diversas formas de comunicação: obras de
arte, literatura, cinema, músicas, meios de comunicação em geral. 
Em sessão solene da Assembleia Nacional Constituinte, decorridos mais de 20 anos de regime ditatorial no
Brasil, o constituinte Deputado Ulysses Guimarães, então presidente da Câmara dos Deputados, fez um
discurso que se tornou histórico. 
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1983-1984	 –	O movimento da sociedade organizada, que �icou conhecido como “Diretas já”, reivindicava
eleições diretas para Presidente da República. 
VOCÊ QUER VER?
Ulysses Guimarães é uma das �iguras polıt́icas mais emblemáticas do perıódo brasileiro
compreendido entre a instauração do Regime Militar e o perıódo de democratização.
Militante a favor das causas democráticas, esteve fortemente envolvido com o
movimento polıt́ico das Diretas Já – manifestação social em prol das eleições diretas a
partir do voto popular. O discurso histórico de Ulysses Guimarães ao declarar
promulgada a Constituição de 1988, em 5 de outubro de 1988, foi um marco da
consolidação da democracia e em prol dos direitos humanos. Assista:
<https://www.youtube.com/watch?time_continue=602&v=WFoObTqpzjI>.
VOCÊ SABIA?
De modo simples, pode-se dizer que o “Diretas Já” foi formado por um conjunto
de comıćios realizados nas principais capitais brasileiras. Obteve alcance nacional
e mundial por meio da cobertura da mıd́ia, em especial das redes de TV. Ocorreu
entre 1983 e 1984 e, certamente, foi uma das mais expressivas manifestações
populares de reivindicação pela democracia social e civil. 
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1985 – Tancredo Neves, apoiador do movimento de redemocratização brasileira, é conduzido ao cargo de
Presidente da República sem votação popular, sendo eleito pelo Colégio Eleitoral. Ele, que seria o nosso
primeiro presidente civil após o perı́odo da Ditadura Militar, não chegou a assumir, pois faleceu às vésperas da
posse. Assume então seu vice, José Sarney, que deu prosseguimento ao processo de redemocratização no
Brasil.
1986 – São realizadas eleições diretas para o poder Legislativo, ou seja, Senado e Câmara dos Deputados. 
1987 – Os congressistas (deputados e senadores) então eleitos são convocados para formar a Assembleia
Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar uma nova Constituição.
1988	– Promulgação da Constituição Cidadã.
1.4.1 Princípios e fins da educação
Os princı́pios e �ins voltados à educação estão colocados nos artigos 205 a 209 da Constituição Federal de
1988. As prescrições jurı́dicas que explicitam os fundamentos sob os quais a educação brasileira deve se
pautar, bem como suas �inalidades polı́ticas e sociais, garantem o acesso e as condições de permanência dos
estudantes nas diferentes etapas de escolarização. Importa, ainda, frisar que a Constituição Federal inscreve o
ensino, em seus diferentes nı́veis e modalidades, a partir de uma perspectiva democrática da educação.
Figura 9 - O processo constituinte, envolvendo diferentes segmentos da sociedade, resultou na promulgação
da Constituição de 1988, que assegurou direitos sociais e civis fundamentais.
Fonte: Bakhtiar Zein, Shutterstock, 2018.
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Como você deve reconhecer, as desigualdades econômicas que historicamente marcam a sociedade brasileira
retiraram o direito à educação de um expressivo universo de crianças e jovens que, desde a tenra idade, viram-
se obrigados a evadir das escolas e contribuir com o orçamento familiar. Nesse sentido, a gratuidade do
ensino para todos os nı́veis daescolarização torna-se uma importante medida legal para a democratização da
educação na perspectiva da educação brasileira. (BRASIL, 1996)
Importante também é a inclusão do atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a 6 anos de idade,
possibilitando que as mães possam permanecer no mercado de trabalho com a garantia de que seus �ilhos
serão cuidados e educados.
Outro ponto relevante marcado pela Constituição de 1988 é a inclusão de atendimento educacional
especializado aos portadores de de�iciência, preferencialmente em classes regulares. Signi�icativa também foi
a inclusão feita pela Emenda Constitucional n. 11, de 1988, atribuindo às universidades a autonomia em suas
três dimensões constitutivas: didático-cientı́�ica, administrativa e de gestão �inanceira e patrimonial. Prevê
ainda o princı́pio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. (BRASIL, 1988)
Como você deve estar percebendo, a nossa atual Constituição é, sem dúvidas, entre todas as que já tivemos
após a Independência do Brasil, a mais generosa, inclusiva e democrática. No entanto, como você também
deve ter identi�icado, mesmo passados mais de 30 anos desde sua promulgação, ainda temos muitos desa�ios
a enfrentar com vistas à implantação de seus preceitos legais no campo da educação. 
VOCÊ QUER LER?
A Constituição de 1988 é uma obra que todo o brasileiro deve ter acesso. Embora
possa parecer uma leitura cansativa, pois trata-se de um conjunto de assertivas
jurıd́icas, ter acesso às normas legais, que garantem os direitos fundamentais de todo o
brasileiro, fazem toda a diferença para o exercıćio da cidadania. Mesmo que você não
se disponha a fazer uma leitura de toda a Constituição, vale conferir seus principais
preceitos legais e vale também exigir que seus direitos sejam efetivados na sociedade. 
Disponıv́el em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Conclusão
Ao concluir este estudo, você conheceu as relações estabelecidas entre Estado e sociedade e suas principais
implicações para a educação, de forma geral, e para as polı́ticas educacionais, de forma especı́�ica.
Compreendeu que a atual legislação educacional mantém correlações com as demandas sociais que
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caracterizam cada perı́odo histórico vivido pela sociedade brasileira. E, ainda, identi�icou os principais
dispositivos legais que regem a educação nacional e que tem na Constituição de 1988 a sua Lei Magna.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
compreender o que são políticas públicas e suas funções sociais,
políticas e legais;
conhecer os tipos de políticas existentes e seus impactos na
sociedade;
entender o percurso das políticas educacionais desde sua
formulação até sua implantação; 
identificar os movimentos que ocorrem no Ciclo de Políticas;
perceber a estrutura e organização da educação brasileira
prescrita pela Lei de Diretrizes e Bases n. 4.024/1961; na Lei n.
5.692/1971 e na Lei n. 9.394/1996; 
diferenciar sistemas e modalidades de ensino;
compreender o que é Regime de Colaboração e quais suas
principais funções para a educação brasileira;
acompanhar, nas Constituições brasileiras, o percurso do direito à
educação por meio dos textos legais.
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Bibliografia
AZEVEDO, F. et al. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Revista	HISTEDBR	On-line, Campinas, n. esp.,
p. 188-204, ago. 2006. Disponı́vel em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf
(http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf)>. Acesso em: 27/11/2019.
AZEVEDO, J. M. L. A	 educação	 como	 política	 pública: polêmicas do nosso tempo. Campinas: Autores
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AZEVEDO, J. M. L. O Estado, a polı́tica educacional e a regulação do setor educação no Brasil: uma abordagem
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BALL, S. J. Diretrizes polı́ticas globais e relações polı́ticas locais em educação. Currículo	 sem	 fronteiras,
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