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Desconstrução de genero

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Centro Universitário Newton Paiva
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LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA
TEORIA GERAL DO DIREITO:
desconstrução do gênero
Trabalho apresentado como requisito parcial para a disciplina Teoria Geral do Direito do curso de Direito do Centro Universitário Newton Paiva.
Prof. Maurilio Santiago
Introdução
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma visão em lato sensu a respeito dos grandes tabus da sociedade. Como sexualidade, gêneros, ideologias socioculturais, e suas conceituações como feminismo, machismo e o movimento das teorias queer. Chamando à discussão, ideias e conceitos apresentados não somente dentro de uma ciência social, sobre perspectivas sociais, políticas e culturais, mas também dentro de uma objetividade jurídica, para ao decorrer do trabalho, termos o desenvolvimento de uma análise crítica sobre suas questões mais aparentes e estabelecermos suas influências. Buscando alcançar um breve entendimento do tema na contemporaneidade. E um amadurecer, mesmo que mínimo, da concepção de integração, organização social e políticas públicas, e o direito marginalizado das minorias. 
1. Gênero, conceito e aplicabilidade
A expressão do termo “gênero”, sobre uma avaliação gramatical, significa classe ou categoria que se divide em outras classes, categorias ou espécies. Termo utilizado para classificar determinada coisa diante de outras. No caso em questão, utilizaremos da expressão gênero, como termo para classificar o ser humano e sua atuação enquanto membro de uma sociedade. Uma vez que tal termo nos é apresentado como estereótipos de condutas praticadas por homens e mulheres. Atualmente, a expressão gênero encontra se em evidência pela necessidade social do indivíduo se afirmar perante as demais pessoas. Através da desconstrução do gênero, atinge se afirmação de novos comportamentos e novas identidades.
A origem do conceito de gênero e sua definição enquanto homem e mulher, surgi inicialmente no campo médico, onde John Money nos apresenta gênero e sexo como sendo perspectivas autônomas, gerando distinção conceitual entre os dois. 
Sexo é a biologia do homem e da mulher, tendo como ponto de observação somente suas características físicas. Já gênero nos é apresentado como a imposição social envolvida em uma determinada pessoa. 
John Money apresenta o comportamento sexual e a orientação sexual do sexo macho ou do sexo fêmea, como não tendo um fundamento inato. Já Robert Stoller defende uma linha em que o gênero se refere “a grandes áreas da conduta humana, sentimentos, pensamentos e fantasias que se relacionam com os sexos, mas que não tem uma base biológica”. Stoller traz o sentimento de ser mulher ou homem como ponto mais importante, mesmo se sobrepondo as características anatômicas, uma vez que grande parte de seus estudos se deram com pessoas intersexuais.
Sua aplicabilidade no campo das ciências sociais se remete a analisar o comportamento social de um determinado sexo, porém sobre uma perspectiva de gênero contrária a pré-estabelecida socialmente. Reafirmando a distinção feita por Foucault a respeito das “sociedades soberanas” e as “sociedades disciplinares”, autores como Audre Lorde, Monique Wittig e Maurizio Lazzarato, apresentam a discussão entorno dos gêneros como sendo ação dominante da sexopolítica e da biopolítica diante do capitalismo contemporâneo.
2. Organização Política e Controle Social
A discussão entorno da classificação de gêneros nos remete como citado por Foucault, a um paradigma no qual a conduta de um ser, será sempre objeto político. Ou seja, dada uma forma de controle social como o machismo por exemplo, nos deparamos com um absolutismo do gênero masculino, ideologia esta que cria dentro das funções socioculturais e socioeconômicas uma predominância da figura homem nas relações existentes.
Por outro lado, somente este movimento não representa todas as demandas sociais existentes, abrindo assim espaço para que novas formas de organização social surjam afim de representar os anseios daqueles que se encontram as margens da ideologia machista. Ao ponto que após muita opressão, surge a necessidade de classificar gêneros, afim de reconhecer uma diferenciação teoricamente existente entre homens e mulheres, porém trata se de manobra falha, uma vez que sobre as diferenciações físicas não se faz justa estabelecer uma soberania masculina diante da sociedade.
Assim surge as primeiras linhas dos movimentos feministas, tendo como lema de batalha o mínimo de reconhecimento necessário do sexo feminino diante das relações sociais existentes. Afinal foi justamente por uma conduta excessiva do sexo masculino afim de se sobrepor ao gênero feminino diante da sociedade, que fez com que o sexo feminino se organizasse, e por consequência a busca a liberdade dos gêneros, quebrando as grades da prisão psicológica imposta pela ideologia machista.
Mas é fato que o nem o reconhecimento da cultura machista, nem a criação do movimento feminista representa todos os anseios existentes nas relações sociais. E tão pouco nos garante a politização de todos os seres. Uma vez que sabemos que seja por razões biológicas ou psicossomáticas, existem pessoas a margem destes dois grupos. Afinal seja por uma ideologia de gêneros, por características físicas ou por conceitos psicoemocionais, existem minorias que buscam representatividade na sociedade. E é fato que não se poderia abrir mão das minorias diante de um sistema capitalista, uma vez que sendo minoria ou maioria se faz necessário durante a contemporaneidade se integrar a sociedade, mesmo que para uma sobrevivência mínima.
Com isto, necessário é organizar estas pessoas marginalizadas pelo sistema imposto de classificação do sexo e gêneros, porém ao observar as margens deste sistema falho, se torna nítido que a soma de vários grupos de minoria, já não mais representam um grupo tão pequeno. E surge como ferramenta de reconhecimento das minorias o movimento das teorias queer, afinal diante de um sistema masculino e feminino, não existia espaço para um grupo intersexual. Que ao analisarmos de maneira ampla, podemos também classificar como estereotipo para combater estereótipos já existentes.
3. Conclusão
	 Mesmo correndo o risco de ser leviano, passo a conclusão de tal tema com o sentimento de que uma minoria somente terá voz, quando esta representar de forma integral a economia e a sociedade em que se relacione, esperando um falso moralismo dos mais integrantes. A final já sabemos que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, não distingue nem contempla gênero de maneira expressa em seu texto. Além do mais, consagra em seu art. 1º, como um de seus fundamentos, a dignidade da pessoa humana. E no art. 3º, como um de seus objetivos fundamentais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
	Entanto o que vemos na pratica não é a conduta de dignificar as minorias existentes. A falta de compreensão das questões humanas e sociais, remete nossa sociedade a um obscuro abismo de ignorância e violência social diante dos interesses daqueles que não se enquadram a um perfil pré-existente conceituado em heterossexualíssimo, gênero masculino e feminino.
	Acredito ser a questão, um extra ao direito. Trata se de uma aceitação social necessária ao indivíduo, para que este sinta se parte integrante da sociedade. Ao descontruir um gênero, ou construir uma nova identidade, a pessoa somente busca atingir o que já consta positivado em nosso ordenamento. Não trata se tanto de gênero, ou sexo, mas sim de pessoa humana, digna de respeito e direitos, como se faz necessária a afirmação e reconhecimento do homem, da mulher, da criança. Seja qual for sua etnia, condição física, sexual e cultural.
REFERÊNCIAS
Rev. Estud. Fem. vol.19 no.1 Florianópolis Jan./Apr. 2011
ARTIGO: 
Multidões queer: notas para uma política dos "anormais"
PIMENTEL, Sílvia. Gênero e direito. Enciclopédiajurídica da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Teoria Geral e Filosofia do Direito. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga, André Luiz Freire (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em:https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/122/edicao-1/genero-e-direito
BUTLER, Judith. El género en disputa: el feminismo y la subversión de la identidad. Trad. por Maria Antônia Muñoz. Barcelona: Paidós Ibérica, 2007.
 
Belo Horizonte
2017

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