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A Declaração Balfour em 1917 A Declaração Balfour, emitida em 1917, foi um documento crucial na história da questão palestina e da criação de um Estado judaico. Foi uma carta escrita por Arthur Balfour, então Ministro das Relações Exteriores britânico, para o líder sionista britânico Lord Rothschild, em nome do governo britânico. A declaração expressou o apoio do governo britânico à ideia de estabelecer um "lar nacional para o povo judeu" na Palestina. A carta enfatizou que esse estabelecimento não deveria prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas que já viviam na região. A motivação por trás da Declaração Balfour foi multifacetada. Em primeiro lugar, acreditava-se que o apoio britânico à criação de um Estado judaico ajudaria a mobilizar a comunidade judaica internacional a apoiar os Aliados na Primeira Guerra Mundial. Além disso, havia motivações políticas e estratégicas, pois o governo britânico buscava ter influência na região e assegurar um controle estendido sobre o Canal de Suez, uma importante rota comercial. A declaração teve um impacto significativo na história da Palestina e do conflito árabe-israelense. Após sua publicação, ocorreu uma grande onda de imigração judaica para a Palestina, enquanto a comunidade árabe local se manifestou contrária à promessa britânica. A implementação da Declaração Balfour foi acompanhada por uma mudança no domínio da região. Após a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha um mandato sobre a Palestina, encarregando-os de administrar e preparar a região para a autodeterminação. No entanto, a promessa de um lar nacional judaico levou a tensões crescentes e conflitos entre as comunidades judaicas e árabes na Palestina. A migração judaica em grande escala resultou em tensões territoriais e demográficas, e houve episódios de violência entre as comunidades. Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a pressão pela criação de um Estado judeu alcançou maior urgência. Em 1947, as Nações Unidas aprovaram o Plano de Partilha da Palestina, que dividia a região em um Estado judaico e um Estado árabe. Isso levou à fundação do Estado de Israel em 1948. A Declaração Balfour foi um ponto de virada na história da Palestina, estabelecendo a base para a criação de um lar nacional judaico. Ela representou uma promessa dos britânicos que afetou profundamente a dinâmica social, política e territorial na região. Até hoje, a declaração é um ponto focal do conflito entre israelenses e palestinos, com ambas as partes reivindicando direitos sobre a terra e apontando para a promessa feita pelo governo britânico.
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