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Prévia do material em texto

Roteiro para a Preparação da Coleção Entomológica
Prof. Reginaldo Constantino
Universidade de Brasília, Departamento de Zoologia
Última atualização: 11 de setembro de 2016
Introdução
A preparação de uma coleção de insetos é atividade
tradicional e obrigatória na disciplina Entomologia no
mundo todo. É uma atividade importante que envolve
vários objetivos de aprendizado. A coleção é indivi-
dual e todos os insetos devem ser coletados, monta-
dos e identificados pelo próprio aluno. A coleção deve
conter apenas insetos adultos.
Objetivo geral
Aprender a coletar e montar insetos para enviar para
especialistas para identificação.
Explicação: Na Entomologia é frequente a necessidade de en-
viar insetos para especialistas para identificação. Por exemplo de
uma praga ou um potencial agente de controle biológico. Para isso
é necessário coletar, fixar, montar e etiquetar adequadamente os
insetos. Como a maioria dos especialistas trabalha apenas com uma
família, é necessário identificar a família a que pertence o inseto
antes de tentar localizar um especialista.
Objetivos específicos
1. Aprender a localizar e observar os insetos em seu
hábitat
2. Aprender a reconhecer as várias fases de desen-
volvimento dos insetos e a diferenciar adultos de
imaturos
3. Aprender a usar diversos métodos de coleta de
insetos
4. Aprender as técnicas de fixação e montagem de
insetos
5. Aprender a etiquetar corretamente os insetos
6. Aprender a identificar insetos até o nível de família
Material
A maioria dos itens abaixo deve ser adquirida pelos
alunos. Alguns materiais poderão ser fornecidos aos
alunos, dependendo da disponibilidade. Pergunte ao
professor. As indicações de lojas apresentadas abaixo
são apenas informativas e não representam uma re-
comendação. Existem várias outras lojas que vendem
esses produtos.
Material para Montagem
1. Caixa de papelão retangular forrada com placa de
isopor:
(a) dimensões: 35–50 cm de comprimento, 25–30
cm de largura e 6–8 cm de altura;
(b) use isopor com 1,5 a 2 cm de espessura preen-
chendo todo o fundo da caixa;
(c) cole a placa de isopor no fundo da caixa;
(d) a caixa deve ser forte o suficiente para suportar
transporte e empilhamento;
(e) caixas de camisa são geralmente adequadas,
desde que o papelão seja grosso;
(f) não serão aceitas caixas fora da especificação;
(g) identifique a caixa externamente com o nome
do aluno, matrícula, disciplina e turma.
2. Tesoura;
3. Papel grosso (90 g ou mais) para etiquetas;
4. Cola branca comum;
5. Alfinetes:
(a) quantidade: 50 ou mais por aluno;
(b) alfinetes entomológicos: os tamanhos mais usa-
dos são 0, 1 e 2. Uso geral: número 2.
(c) alfinetes alternativos: alfinetes de costura com
cabeça colorida, comprimento 4 cm
(d) não use alfinetes comuns de costura, que são
muito curtos;
(e) lojas que vendem alfinetes:
• http://www.likehouse.com.br
• http://www.entomologiaonline.com.br
6. Frascos tipo eppendorf (para insetos em álcool);
Material para Coleta
1. Caderneta para anotação dos dados de coleta e
identificação
2. Frasco matador pequeno (50–100 mL) com papel
toalha ou papel higiênico. Podem ser tubos falcon
(Fig. 1A), ou outros (Fig. 1E), de vidro ou plástico;
3. Frasco matador pequeno (50–100 mL) com álcool
80%;
4. Álcool 80%;
5. Acetato de etila;
6. Pinça de ponta fina tipo relojoeiro ou similar (Fig.
1B). Lojas que vendem pinças de relojoeiro:
• Relojoaria Rios. CLS 311 Bloco C loja 5.
• Teo Joalheria. SDS Ed. Venâncio II Bloco H loja 18.
1
2 Roteiro para Coleção Entomologia
Figura 1: Exemplos de materiais usados para coleta de insetos: A, tubo falcon de 50 mL; B, pinça de relojoeiro; C, pinça
entomológica leve; D, caneta nanquim; E, frasco matador com algodão e acetado de etila; F, guarda-chuva
entomológico; G, pano branco com lâmpada para coleta noturna; H, mariposa sobre o pano branco; I, rede
entomológica.
Entomologia Roteiro para Coleção 3
Figura 2: Alfinetes entomológicos. São embalados em envelopes de 100 unidades e em caixas com 10 envelopes. À direita
a numeração e os respectivos tamanhos.
Coleta
Onde encontrar insetos
Insetos podem ser encontrados em quase todos os ti-
pos de ambiente. Hortas, jardins e pomares são bons
locais para coleta. Muitos insetos vivem sobre a ve-
getação, enquanto outros são aquáticos ou vivem no
solo. Insetos parasitas (como pulgas e piolhos) são
geralmente encontrados em seus respectivos hospe-
deiros. Muitas técnicas diferentes podem ser usadas
para capturar insetos. Consulte a bibliografia indicada
no programa e o material de aula.
Recomendações gerais para coleta
Insetos que devem ser alfinetados
1. Blattaria (baratas)
2. Coleoptera (besouros)
3. Dermaptera (tesourinhas)
4. Diptera (moscas e mosquitos)
5. Hemiptera: Heteroptera e Auchenorrhyncha (per-
cevejos, cigarras, cigarrinhas)
6. Hymenoptera (vespas, abelhas, formigas)
7. Lepidoptera (borboletas e mariposas)
8. Mantodea (louva-a-Deus)
9. Mecoptera
10. Megaloptera
11. Neuroptera
12. Odonata (libélulas)
13. Orthoptera (gafanhotos, grilos, esperanças)
14. Phasmatodea (bicho-pau)
15. Trichoptera (espécies maiores)
Insetos de corpo mole que devem ser preservados
em álcool
1. Archaeognatha
2. Collembola (pulga-de-jardim)
3. Diplura
4. Embioptera
5. Ephemeroptera (efeméridas)
6. Hemiptera: Sternorrhyncha (pulgões, cochonilhas
e moscas-brancas)
7. Isoptera (cupins)
8. Phthiraptera (piolhos)
9. Plecoptera
10. Protura
11. Psocoptera
12. Siphonaptera (pulgas)
13. Strepsiptera
14. Thysanoptera (tripes)
15. Zygentoma (traça-de-livro)
16. Zoraptera
17. Trichoptera (espécies menores)
Frascos matadores
Para insetos de corpo duro. É recomendável usar sem-
pre dois tipos.
1. com álcool: para matar insetos de corpo duro que
não são danificados pelo álcool, como besouros,
formigas, moscas.
2. com papel toalha embebido em acetato de etila:
para matar insetos com muitos pelos ou escamas
que não podem ser imersos no álcool, especial-
mente borboletas e mariposas.
4 Roteiro para Coleção Entomologia
Figura 3: Montagem de insetos: A-D, posicionamento do inseto no alfinete (apenas A está correto); E-J, posição da
alfinetagem em vários tipos de insetos; K, montagem dupla com micro-alfinete; L, montagem em triângulo; M,
posição da etiqueta no alfinete.
Insetos de corpo mole
Devem ser fixados diretamente em álcool, em fras-
cos pequenos de plástico (eppendorf) ou vidro. Nesse
caso não há necessidade de frasco matador. O álcool
deve estar na concentração de 70–80%.
Casos especiais
1. Cupins: São insetos sociais e são encontrados em
ninhos, em madeira e no solo. Colete uma amostra
representativa dos indivíduos presentes na colô-
nia (soldados, operários, reprodutores) e fixe todos
juntos em um frasco com álcool 80%. A amostra
deve conter cerca de 10 indivíduos de cada tipo.
Não serão aceitos cupins alfinetados, nem tubos
com um só indivíduo.
2. Borboletas e mariposas são insetos difíceis de fixar
e montar devido às escamas que cobrem as asas.
Não podem ser imersas em líquido nem molhadas
e a manipulação deve ser feita com cuidado. Po-
dem ser mortas em frasco matador ou injetando
acetato de etila diretamente no tórax.
3. Ectoparasitas: piolhos e pulgas são encontrados no
corpo do hospedeiro (aves ou mamíferos). Devem
ser fixados diretamente em álcool.
4. Insetos do solo: Collembola, Protura e Diplura são
insetos pequenos e delicados. Podem ser coletados
com extratores, como o funil de Berlese, ou pinças
leves e fixados diretamente em álcool.
Registro de informações
Para cada inseto ou lote de insetos que você coletar,
anote os dados abaixo. Eles serão importantes para a
etiquetagem e para o relatório que deve acompanhar
a coleção. Mantenha as anotações originais de forma
organizada.
Entomologia Roteiro para Coleção 5
Figura 4: Montagem de insetos: A, preparação do inseto para secagem, com o uso de vários alfinetes para manter pernas e
antenas abertos; B, esticador de asas usado para montar mariposas e borboletas.
1. Data da coleta
2. Local da coleta (exemplo: Fazenda Água Limpa)
3. Método usado paracoleta
4. Hábitat e/ou tipo de vegetação: cerrado, pastagem,
horta etc.
5. No caso de ectoparasitas, em que hospedeiro
6. No caso de insetos fitófagos, o nome da planta
Armazenagem temporária
Caso necessário, insetos de corpo duro podem ser
mantidos em geladeira ou freezer por algum tempo
antes da montagem. Mas eles tendem a ficar resseca-
dos e precisam ser reidratados antes da montagem.
A reidratação pode ser feita com vapor, sobre água
quente. O inseto deve ficar suspenso sobre o vapor,
por exemplo usando uma peneira pequena.
A armazenagem pode também ser feita em álcool.
Nesse caso eles devem posteriormente ser removidos
do álcool, alfinetados e colocados para secar.
Insetos de corpo mole devem ser fixados direta-
mente no álcool, no frasco definitivo, não havendo
necessidade de armazenagem.
Montagem e Preservação
Os insetos podem ser preservados e montados de duas
maneiras: a seco ou em álcool. A regra geral é preser-
var a seco os insetos de corpo duro e preservar em
álcool os insetos de corpo mole.
Preservação em álcool
Insetos de corpo mole devem ser fixados vivos dire-
tamente em álcool 80%. Veja a lista dos insetos que
devem ser mantidos em álcool na seção de coleta.
Coloque cada espécie de inseto em um frasco sepa-
rado. Recomendamos o uso de frascos tipo Eppendorf,
que são práticos, baratos e podem ser facilmente fixa-
dos no fundo da caixa por meio de alfinetes (Fig. 5A).
Não use frascos grandes.
Alfinetagem
Apenas para insetos de corpo duro (ver lista). O in-
seto deve ser montado com o corpo ainda mole. Se
estiver seco, precisa ser reidratado com vapor antes
da montagem.
Alfinetes
Os alfinetes entomológicos (Fig. 2) têm 38 mm de com-
primento e variam na espessura, com numeração 000,
00, 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6. O número 7 é o único mais longo,
com 52 mm de comprimento. Existe ainda o micro-
alfinete, sem cabeça, que tem 12 mm de comprimento.
Os alfinetes mais usados são os de números 0, 1 e 2.
Alfinetes mais finos são usados para insetos pequenos.
Alfinetes mais grossos são necessários para insetos
grandes e de corpo duro.
Alfinetagem direta
Insetos maiores são alfinetados diretamente através
do tórax (Fig. 3A-J). O inseto não pode estar seco (en-
durecido) e deve estar apoiado numa placa de isopor.
O alfinete deve penetrar o inseto de cima para baixo
já na posição definitiva (ver abaixo). A altura deve ser
ajustada de modo a deixar uma distância de cerca de 1
cm entre a cabeça do alfinete e o corpo do inseto. Per-
nas e antenas podem ser posicionados com o auxílio
de alfinetes adicionais fixados na placa de isopor (Fig.
4A).
1. Abelhas, vespas e moscas (Diptera e Hymenop-
tera): através do mesotórax, entre as bases das asas
anteriores, um pouco à direita da linha mediana
(Fig. 3E).
2. Percevejos, cigarras e cigarrinhas (Hemiptera):
através do escutelo, um pouco à direita da linha
mediana (Fig. 3F-G).
3. Gafanhotos, grilos e baratas (Orthoptera e Blatta-
ria): através da parte posterior do pronoto (super-
fície dorsal do protórax), logo à direita da linha
mediana (Fig. 3H).
4. Besouros (Coleoptera): através do élitro direito,
cerca da metade entre as duas extremidades do
6 Roteiro para Coleção Entomologia
Figura 5: Montagem da coleção. A, posicionamento dos insetos, com etiquetas padronizadas e alinhadas, todas no mesmo
sentido; B, frasco de vidro com insetos em álcool (etiqueta dentro do frasco); C, detalhe de inseto pequeno colado
em triângulo; D, exemplo de etiqueta com dados de coleta; o tamanho indicado é o máximo aceitável (ver texto).
corpo. O alfinete deve passar através do metató-
rax e emergir do metasterno, para não danificar as
bases das pernas (Fig. 3J)
5. Borboletas e mariposas (Lepidoptera): no mesotó-
rax, entre as asas anteriores (no centro). São usados
esticadores de asas ou tábuas de distensão para
manter as asas na posição correta (Fig. 4B). As mar-
gens posteriores das asas anteriores devem ser re-
tas transversalmente, em ângulos retos. O corpo
e as asas posteriores devem estar suficientemente
para a frente para que não haja um espaço grande
lateralmente entre as asas anteriores e posteriores
(Fig. 3I).
6. Libélulas (Odonata): Existem duas maneiras de al-
finetar libélulas. Se o espécime tiver as asas reuni-
das sobre o dorso, pode ser alfinetado lateralmente
através do tórax, com o lado esquerdo para cima
(essa montagem é mais usada para economizar es-
paço nas gavetas). Se a alfinetagem for feita com
as asas abertas, ela deve ocorrer através da parte
superior do dorso, abaixo da base das asas.
Alfinetagem indireta
Insetos pequenos não podem ser atravessados pelo
alfinete. A montagem pode ser feita de três maneiras:
montagem em triângulo de cartolina, colagem do in-
seto no alfinete e montagem dupla com micro-alfinete.
1. Montagem em triângulo (Fig. 3L e 5C). Um tri-
ângulo estreito de cartolina de cerca de 15 mm é
fixado no alfinete pelo lado mais largo. A ponta
do triângulo é dobrada para baixo com auxílio de
pinça de ponta fina. Uma pequena gota de cola
branca é usada para fixar o inseto lateralmente na
Entomologia Roteiro para Coleção 7
ponta dobrada do triângulo.
2. Colagem no alfinete: mesmo procedimento usado
no caso do triângulo, mas com a colagem direta no
alfinete. É mais simples e prático e reduz a chance
de danos ao inseto. Porém o posicionamento para
visualização é mais difícil.
3. Montagem dupla com micro-alfinete (Fig. 3K):
para isso são necessários alfinetes normais, micro-
alfinetes e uma pequena barra de cortiça. Esse tipo
de montagem não será usada na disciplina Ento-
mologia.
Secagem
Os insetos alfinetados devem ser submetidos a seca-
gem após a montagem. Caso contrário começam a
apodrecer. Isso é especialmente importante para in-
setos maiores. O tempo de secagem depende do ta-
manho do inseto e da temperatura, mas geralmente
não passa de uma semana. Evite calor excessivo, que
pode estragar os insetos e derreter o isopor. Algumas
opções de secagem estão listadas abaixo.
1. estufa de secagem a 40–50 °C
2. sob luminária com lâmpada incandescente
3. no sol, desde que a caixa esteja protegida do vento,
chuva, formigas, e animais domésticos
4. em local quente e seco
Etiquetagem
A etiquetagem correta é essencial para estudo e inse-
tos sem etiqueta não tem valor algum. A Figura 5D
mostra um exemplo de etiqueta de coleta no formato
correto.
Dados de coleta
1. Local de coleta: país, estado, município, localidade.
Exemplo: Brasil: DF, Fazenda Água Limpa
2. Data de coleta: dia - mês em números romanos -
ano. Exemplo: 20.ix.2014.
3. Coletor: o nome da pessoa responsável pela coleta
e montagem deve ser indicado de forma abreviada.
Exemplo: J. Oliveira.
4. Numeração: escreva um número arábico sequen-
cial para vincular o inseto à lista de identificação
(01, 02, 03, 04 ...).
Formato e papel
1. Papel: para insetos alfinetados, use papel branco
grosso (90 g/m² ou mais); para insetos em álcool,
use papel branco comum.
2. Dimensões: use etiquetas com tamanho máximo
de 1 cm × 2 cm1;
3. Impressão: use impressora laser2 ou escreva com
caneta nanquim preta de ponta fina (Fig. 1D);
4. Etiquetas dos insetos alfinetados devem ser atra-
vessadas pelo alfinete, ficando abaixo do inseto e
perto da base do alfinete (Figs. 3M e 5A). Devem fi-
car alinhadas com o corpo do inseto e todas devem
ficar na mesma orientação, para facilitar a leitura
(Fig. 5A);
5. Etiquetas para preservação em álcool: devem ser
resistentes ao álcool e devem ser inseridas dentro
do frasco (Figs. 5A, 5B).
Identificação
Identificar é determinar a posição dos insetos na clas-
sificação. Para essa coleção entomológica é necessário
identificar a ordem e a família. Antes de começar a
identificação os insetos devem estar montados e eti-
quetados. Revise os termos da Morfologia Externa,
consulte um glossário entomológico. É recomendável
também o uso de um dicionário. Não tente adivinhar
o significado de cada termo que aparece na chave e
não pule os trechos que não compreende.
Identificação das ordens
A identificação deve ser feita usando uma chavede
identificação. Use a chave da apostila ou do livro Os
Insetos do Brasil. Pode ser necessário o uso de lupa. Exa-
mine um inseto de cada vez e siga cuidadosamente
cada passo da chave. Anote tudo e organize a coleção,
agrupando os insetos pertencentes a uma mesma or-
dem (Orthoptera, Diptera, Coleoptera, Lepidoptera
etc).
Identificação de famílias
Para isso será necessário usar chaves de identificação
de famílias de insetos. A apostila contém chaves para
as seguintes ordens: Orthoptera, Hemiptera, Coleop-
tera, Diptera e Hymenoptera. As chaves da apostila
são simplificadas e incluem apenas as famílias mais
comuns e por isso são mais fáceis de usar. Chaves
completas de todas as ordens estão disponíveis no
livro Os Insetos do Brasil. Várias cópias do livro estão
disponíveis para uso no Laboratório de aulas práticas.
Trabalhe com uma ordem de cada vez e examine
um inseto de cada vez. Comece com uma ordem me-
nor, como Orthoptera (grilos, gafanhotos, esperanças).
Para cada espécime, corra a chave passo a passo cuida-
dosamente, examinando todos os caracteres. Procure
aprender as características mais distintas de cada or-
dem e família, os caracteres diagnósticos.
Não tente identificar o inseto pela aparência geral,
porque existem muitos casos de mimetismo e conver-
gência que podem induzir a erros grosseiros. Existem
percevejos que parecem besouros ou formigas, Neu-
roptera que parecem libélulas, moscas que parecem
vespas ou abelhas etc. Em caso de dúvida sobre a ter-
minologia, consulte o glossário (estará disponível na
sala de aula).
1Esse é o tamanho máximo aceitável. A etiqueta pode ser menor, mas deve ser legível. Etiquetas grandes representam desperdício de
espaço nas coleções entomológicas, por isso é costume usar etiquetas pequenas.
2Use fonte tamanho 5–6 pt para imprimir as etiquetas.
8 Roteiro para Coleção Entomologia
Não tente identificar insetos por meio de compara-
ção com imagens encontradas na Internet. Isso pode
resultar em erros grosseiros.
Importante: Mantenha anotações organizadas dos
métodos e passos seguidos para a identificação de
cada inseto. Essas anotações deverão ser apresentadas
ao professor caso necessário.
Organização da coleção
A coleção é individual e deve conter representantes
de 30 famílias pertencentes a 10 ordens. Todos os in-
setos devem ser devidamente fixados e montados. A
ordem e a família devem estar devidamente identifi-
cadas.
A coleção deve ser acompanhada de uma ta-
bela com a lista dos insetos encontrados, conforme
modelo de planilha que estará disponível no Moo-
dle/Aprender. A planilha deve ser preenchida e en-
tregue impressa juntamente com a coleção. Não cole a
planilha na caixa, entregue separadamente.
A Figura 7A mostra como devem ser organiza-
dos os insetos na caixa, com as etiquetas alinhadas
na mesma orientação e niveladas. Cada etiqueta deve
ter um número sequencial (01, 02, 03, ... 30) e os inse-
tos devem ser organizados na ordem numérica. Tanto
na caixa como na lista os insetos devem ser estar em
ordem alfabética por ordem e família. Por isso é impor-
tante numerar os insetos apenas depois de completar
a idenficação de todas as famílias.
Os nomes de ordens e famílias devem estar de
acordo com a classificação adotada no livro “Os inse-
tos do Brasil: Diversidade e Taxonomia”.
Checklist
Confira a lista abaixo antes de entregar a coleção.
1. A caixa tem o tamanho adequado e está identifi-
cada com o nome do aluno?
2. Os insetos estão devidamente montados e etique-
tados?
3. As etiquetas estão numeradas?
4. Os insetos estão na ordem numérica e alinhados?
5. A lista com a identificação está preenchida e segue
a numeração das etiquetas?
6. Os insetos de corpo mole estão em frascos com
álcool?
7. Os frascos estão bem presos ao fundo da caixa?
8. A coleção contém apenas insetos adultos?
9. Todos os insetos foram devidamente identificados
(ordem, família)?
10. Os nomes de ordens e famílias foram escritos cor-
retamente?
Critérios de pontuação
A correção será baseada no objetivo geral. Os inse-
tos devem estar dentro de uma padrão aceitável de
fixação e montagem e com a identificação correta da
família. Qualquer problema que inviabilize o envio
para um especialista reduzirá proporcionalmente a
nota.
Apresentação
No ato da entrega da coleção o aluno deverá respon-
der a questões orais sobre a coleta, montagem e iden-
tificação dos insetos da sua coleção. Essa arguição é
obrigatória e sem ela a coleção não será pontuada.
Caso solicitado, o aluno deverá apresentar as anota-
ções originais de coleta e identificação.
1. Caixa fora das especificações: não será aceita
2. Sem a planilha preenchida e assinada: não será
aceita
3. Entrega fora do prazo: não será aceita
4. Incapacidade de responder às perguntas sobre co-
leta e identificação: desconto de até 100% da nota
5. Desorganização (fora de ordem, alinhamento etc):
desconto de até 20% da nota
Montagem e fixação
Para ser considerado, cada inseto deve preencher to-
dos os requisitos abaixo. Insetos apresentados fora
desse padrão mínimo não serão pontuados.
1. Fixação correta de acordo com o tipo de inseto (a
seco ou em álcool)
2. Etiquetagem correta de acordo com o tipo de fixa-
ção
3. Para meio líquido: frasco adequado com álcool na
concentração correta
4. Para alfinetagem: alfinete de tamanho aceitável
5. Apenas insetos adultos (imaturos não serão acei-
tos)
6. Inseto em boas condições (não quebrado, nem po-
dre)3
Identificação
1. Montagem e fixação aceitáveis e identificação cor-
reta da ordem: 50%
2. Montagem e fixação aceitáveis e identificação cor-
reta da ordem e da família: 100%
3. Inseto de família repetida: não será pontuado
4. Erro ortográfico no nome da ordem ou família: des-
conto de 20%
3O inseto é aceitável com pequenos danos, desde que pelo menos um apêndice (antena, cerco, perna etc) de cada tipo esteja completo.

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