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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 27 Professor: Douglas Silva Parreira – douglasparreira30@gmail.com GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: Entomologia Agrícola CAPÍTULO 7. MÉTODOS DE CONTROLE POR COMPORTAMENTO 7.1 INTRODUÇÃO São métodos que se baseiam nos estudos de fisiologia dos insetos. As principais vanta- gens desses métodos em relação ao controle químico convencional são: a) Não apresentam riscos de intoxicação para o home e os animais domésticos; b) Não apresentam resíduos tóxicos; c) Evitam desequilíbrios biológicos. 7.2 CONTROLE COM HORMÔNIOS Os principais grupos de hormônios de insetos são: 1) Hormônios endócrinos. Produzidos por glândulas sem canal e liberados na hemo- linfa para causar uma reação específica em outra parte do corpo. Ex.:ecdsõnio, hor- mônio juvenil etc. 2) Neurormônios. Secretados e liberados por células do tecido nervoso, que causam integração por ação hormonal, e não nervosa. Ex.: acetilcolina. 3) Feromônios. Liberados no exterior do corpo do inseto, agindo na comunicação en- tre indivíduos da mesma espécie e não no organismo individualmente. Ex.: Feromô- nios sexuais, de alarme etc. O uso de hormônios é considerado uma nova geração de inseticidas contra os quais os insetos não podem adquirir resistência. Para aplicação deste controle, é fundamental conhecer a fisiologia dos insetos, onde as células neuro - secretoras produzem glândulas protoráxicas liberando os hormônios que interferem na formação da actina, ecdise, juvenil, eclosão e bursi- cônio e o balanço destes hormônios mostrará se o inseto vai sofrer ecdise ou metamorfose, por isso é indicado para este tipo de controle trabalhar com substâncias que emitem ou inibem a produção destes hormônios, pois o desequilíbrio na produção destes hormônios pode ser fatal a vida dos insetos. Um exemplo de hormônio utilizado é a acetilcolina, a qual age no sistema nervoso dos insetos e os feromônios que causam diversas reações aos insetos dependendo do seu tipo e apresenta resultados eficazes principalmente no controle do besouro broqueador do Pinus (COSTA et al., 2008). AULA 7 NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 28 Professor: Douglas Silva Parreira – douglasparreira30@gmail.com GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: Entomologia Agrícola Feromônios são substâncias biológicas ativas excretadas para o exterior por um indiví- duo e recebidas por um outro indivíduo da mesma espécie, provocando uma reação específica a determinado comportamento dependendo do tipo e funções empregadas. Os fatores físico- químicos e bioecológicos associados à produção, emissão e recepção dos feromônios acabam tornando este estudo bastante complexo devido a maneira simultânea que as substâncias podem atuar, ou seja, provocando diferentes tipos de comportamento na mesma espécie: agregação e acasalamento. 7.2.1 UTILIZAÇÃO DE FEROMÔNIOS EM PROGRAMAS DE MANEJO INTE- GRADO DE PRAGAS Monitoramento populacional de pragas. Permite a detecção do início da população da praga, orientando de forma segura a definição da época adequada de controle. São utilizadas armadilhas que contêm o feromônio e stick (substãncia aderente) para aprisionar os insetos. A armadilha mais comum para lepidópteros é a do tipo delta. 7.2.1.1 CONTROLE 1. Coleta massal. Consiste na coleta por meio de armadilhas adesivas que contêm feromô- nio, de 90% ou mais dos machos presentes na área, diminuindo assim os acasalamentos e, consequentemente, a população da praga na geração seguinte. 2. Confundimento. Consiste no emprego de altas doses do feromônio, distribuídas no campo em formulações apropriadas para desorientar e impedir o acasalamento dos in- setos. 7.3 ATRAENTES E REPELENTES Controle com atraentes e repelentes: Neste caso são utilizadas substâncias atrativas que podem ser substâncias nutritivas a planta como ácidos graxos, terpenos, fenóis, alcalóides e oléos essênciais. Por exemplo, no controle das formigas saúvas são utilizados atrativos como bagaço de laranja e armadilhas com álcool para escolitídeos. A manipulação de produtos natu- rais principalmente de origem vegetal com efeitos atrativos, repelentes, estimuladores, fagoini- bidores, inseticidas e quimioesterilizantes é uma alternativa efetiva para controle de certos in- setos-praga e vem sendo amplamente pesquisadas. O estudo destas substâncias de plantas me- NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 29 Professor: Douglas Silva Parreira – douglasparreira30@gmail.com GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: Entomologia Agrícola dicinais visa compreender o mecanismo de ação, para sintetizá-las em laboratório e obter mo- léculas análogas ativas e menos tóxicas produzindo plantas resistentes por meio da engenharia genética. As plantas inseticidas podem ser empregas por meio de pós, extratos e óleos. Uma alternativa de controle vem ganhando destaque com intuito de minimizar o uso de químicos através de produtos oriundos de extrato vegetais, onde vem detectando-se através de BIBLIOGRAFIA CIOCIOLA, A. I.; SOUZA, B.; MOINO JÚNIOR, A. Controle biológico de Insetos. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 37p. GALLO, D et al. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920p. MOINO JÚNIOR, A. Introdução ao manejo integrado de pragas. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 20p. MORAES, J. C.; Uso de resistência de plantas no manejo de insetos. UFLA/FAEPE, 2000. 23p. PARRA, J. R. P.; OLIVEIRA, H. N.; PINTO, A. S. Guia ilustrativo de pragas e insetos benéfi- cos dos citros. Piracicaba, 2003. 140p. PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M.; CORRÊA-FERREIRA, B. S.; BENTO, J. M. S. Con- trole biológico no Brasil: Parasitoides e Predadores. São Paulo: Manole, 2002. 635p. RIGITANO, R. L. O.; CARVALHO, G. A. Toxicologia e Seletividade de Inseticidas. UFLA/FAEPE, 2000. 72p. SOUZA, B.; CARVALHO, C. F. Bases morfológicas para o reconhecimento de insetos-praga e inimigos naturais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 80p. Vá no tópico, VÍDEO AULAS em sua sala virtual e acesse a vídeo aula 10 – Métodos de Controle por Comportamento. Vá no tópico, MATERIAL COMPLEMENTAR em sua sala virtual e acesse os slides da aula 7 sobre Métodos de Controle por Comporta- mento.
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