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Fármacos aplicados no controle da fluidez do sangue Agentes antiplaquetários Inibidores da ciclo-oxigenase: ácido acetilsalicílico → Ácido acetilsalicílico: inibe a síntese de prostaglandinas e também a reação de liberação dos grânulos das plaquetas, interferindo na agregação plaquetária normal → A ativação das plaquetas e células endoteliais induz a clivagem dos fosfolipídios de membrana pela fosfolipase A2 (FLA2) e liberação do ácido araquidônico ● O ácido araquidônico é transformado em endoperóxido cíclico pela enzima COX ● Nas plaquetas o endoperóxido cíclico é convertido em tromboxano A2 (TxA2) ↳ TxA2 por meio de interação com seus receptores provoca vasoconstrição localizada e age como indutor da agregação plaquetária e da reação de liberação de grânulos das plaquetas ● Nas células endoteliais o endoperóxido cíclico é convertido em prostaciclina (PGI2) que provoca vasodilatação localizada e inibe a agregação plaquetária e a reação de liberação de grânulos → O ácido acetilsalicílico na enzima COX e inibe a síntese de endoperóxido cíclico ● Causa ausência de TxA2 e é possível observar redução da agregação plaquetária e da reação de liberação dos grânulos das plaquetas ↳ Como as plaquetas não possuem núcleo, nem DNA ou RNA elas são incapazes de gerar uma nova enzima COX após a inativação de toda a COX pelo ácido acetilsalicílico ↳ É irreversível: dura durante toda a sobrevida das plaquetas ↳ Apesar de o ácido acetilsalicílico inibir a enzima COX de células endoteliais, não possui ação permanente, pois essas são capazes de gerar novas enzimas. Dessa forma, a produção de prostaciclina pelas células endoteliais não é relativamente afetada pelo ácido em doses baixas → O ácido acetilsalicílico é utilizado como agente antiplaquetário para evitar trombose arterial Inibidores da fosfodiesterase → Nas plaquetas o aumento de AMPc leva a diminuição da agregação plaquetária ● Os níveis de AMPc plaquetários são regulados por TxA2 e PGI2 → Os inibidores da fosfodiesterase inibem a degradação do AMPc diminuindo a agregação plaquetária → É administrado em associação com: ● Varfarina: inibe formação de trombos em próteses valvares cardíacas ● Aspirina (ácido acetilsalicílico): reduz a possibilidade de trombose Inibidores da via do receptor ADP: antagonistas de receptor de ADP → Ticlopidina e Clopidogrel inibem de forma irreversível a via de ativação das plaquetas dependentes de ADP ● São profármacos ● → Inibem irreversivelmente P2Y12 inibindo a resposta ao ADP → Não afetam a via da COX → Efeito sinérgico quando administrados com aspirina ou antagonistas do receptor GP IIb/IIIa ● Clopidogrel + ácido acetilsalicílico para aumentar a inibição das plaquetas → A ticlopidina interfere com a ligação do FvW ao receptor membranar GP Ib → Tem absorção rápida e completa a partir do TGI → O efeito inibitório sobre as plaquetas só se obtém ao �nal de 4 dias → Metabolização extensa e excreção renal → Podem não ser tão e�cazes quando se deseja um efeito rápido → Cangrelor, Ticagrelor ● São análogos de adenosina ● Se ligam de forma irreversível ao P2Y12 inibindo sua atividade ● Cangrelor: administração intravenosa e tempo de meia vida curto, tem pouca vantagem comparado ao clopidogrel ● Ticagrelor Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIa → Os receptores GPIIb-IIIa das membranas plaquetárias constituem a via comum �nal da agregação plaquetária atuando para a ligação de moléculas de �brinogênio que estabelecem pontes entre as plaquetas → Dessa forma, os antagonistas desses receptores impedem a ligação do �brinogênio ao receptor GPIIb-IIIa → Esses fármacos atuam como anticorpos monoclonais para o receptor e são moléculas de origem sintética → ABCIXIMAB: anticorpo monoclonal ● Inibe a ligação do �brinogênio a integrina ● Leva a menor formação de trombina (efeito antitrombótico) ● Efeitos adversos: hemorragia, trombocitopenia, imunogenicidade ● Indicado para pacientes de alto risco que serão submetidos a angioplastia → EPTIFIBATIDE: ● Inibe o sítio de ligação do �brinogênio ● Indicação: síndrome coronariana aguda e angioplastia coronariana ● A função plaquetária volta ao normal 2-4 horas após terminada a infusão do fármaco → TIROFIBAN Agentes anticoagulantes → Usos: ● Heparina: trombose aguda ● Varfarina e inibidor de trombina: trombose crônica → Usados para prevenção de: trombose venosa profunda, embolia pulmonar, trombose e embolização em pacientes com �brilação atrial, trombose em válvulas cardíacas Varfarina → Antagonista de vitamina K ● A vitamina K é necessária para a síntese de fatores de coagulação (II, VII, IX e X) e das proteínas C e S ● A carboxilação dependente de vitamina K é importante para a atividade enzimática dos fatores de coagulação → Mecanismo de ação: atua sobre a via de carboxilação pelo bloqueio da epóxido redutase que medeia a regeneração da vitamina K reduzida ● A depleção de vitamina K reduzida no fígado impede a reação de gama-carboxilação que é importante para a síntese de fatores de coagulação → A dose é baseada no tempo de protrombina (via extrínseca) → Possui ligações com proteínas plasmáticas ● Interação medicamentosa ● Grande variação na resposta ● Estado de depleção de síntese proteica → Efeitos adversos: hemorragia → Contra-indicado em caso de gravidez: risco de aborto e anomalias fetais, alterações no SNC → Tem baixa margem de segurança e por isso é necessário testes sanguíneos para otimizar a dose → Antídoto: vitamina K Heparina: glicosaminoglicanos → Heparina não fracionada (UFH): preparadas a partir do pulmão bovino e da mucosa intestinal suína, tem peso molecular de 5-30 KDa → Heparinas de baixo peso molecular: preparadas a partir de heparina não fracionada obtida por despolimeração ● Fragmentada: Enoxaparina, dalteparina ● Pentassacarídeo sintético: fondaparinux ● Peso: 1-5 KDa → Mecanismos de ação ● Heparinas de baixo peso molecular: catalisam de modo e�ciente a inativação do fator Xa pela antitrombina III, porém catalisam menos e�cientemente a inativação da trombina pela antitrombina III ● Heparina não fracionada: conseguem se ligar simultaneamente a trombina e antitrombina III e catalisar de modo e�ciente a inativação da trombina e do fator Xa pela antitrombina III Agentes �brinolíticos → Os �brinolíticos são utilizados no tratamento de: oclusão vascular periférica aguda, trombose venosa profunda, embolia pulmonar Estreptoquinase → Peptídeo obtido a partir da Streptococcus ● Causa alergia → Forma um complexo estável com o plasminogênio que expõe o sítio ativo do plasminogênio, que consegue clivar outras moléculas de plasminogênio em plasmina Uroquinase → É puri�cada a partir de células fetais humanas (rim) → Converte diretamente o plasminogênio em plasmina pela quebra da ligação arginina-valina no plasminogênio Anistreplase → Estreptoquinase modi�cada → Enzimaticamente inativo até sofrer desacetilação (após ser administrado) Alteplase → Ativador do plasminogênio tecidual (t-PA) recombinante → Não é antigênico → Se liga a trombos recém formados provocando �brinólise no local do trombo → Antídoto: plasma fresco, fatores de coagulação → É mais efetiva que a estreptoquinase na dissolução do trombo porém causa mais sangramentos → É administrada em 3 etapas: dose de ataque, outra dose em 30 minutos e outra dose menor em 60 minutos
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