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Medições de corrente, tensão, resistência, potência 1

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ELETROTÉCNICA 
Rodrigo Rodrigues 
Medições de corrente, 
tensão, resistência 
e potência I
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
� Identificar os multímetros analógicos e digitais e os cuidados no uso
e nas medições.
� Construir procedimentos para medições de corrente e tensão, em
correntes contínua e alternada.
� Realizar a medição de corrente de forma indireta, com a medição do 
campo magnético do condutor.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a medição de corrente e tensão (contínua 
e alternada), conhecendo as características, os tipos e as unidades de 
funcionamento dos instrumentos analógicos e digitais mais utilizados, 
com destaque para o multímetro. Você vai aprender a realizar medições 
de tensão com identificação de polaridade, medições de corrente (em 
série) e medições indiretas (medição de campo magnético).
Leitura dos medidores 
Os equipamentos utilizados para medir grandezas elétricas são denominados 
medidores. Ao tentar fazer uma leitura com qualquer tipo de medidor, é me-
lhor consultar as instruções de operação do fabricante, pois as características 
desses instrumentos (como o método usado para a seleção da faixa e o formato 
adotado) variam. 
Medidores analógicos
Os instrumentos analógicos contêm um ponteiro e um sistema mecânico 
de movimento. O medidor é formado por uma bobina móvel ou ferro móvel 
suspenso entre os polos de um ímã permanente na forma de ferradura. Assim, 
a medição é realizada a partir do posicionamento do ponteiro, que se move 
sobre uma escala fixa. Os medidores analógicos podem ser usados tanto na 
medição de corrente como na de outras grandezas, como tensão e resistência.
A leitura mais precisa da escala de um medidor analógico é obtida quando 
sua cabeça é posicionada de modo perpendicular à escala e diretamente sobre 
o ponteiro. Alguns medidores analógicos usam um espelho na escala. Um 
parafuso de ajuste de zero é utilizado para colocar o ponteiro do medidor em 
zero na escala quando não houver corrente circulando. 
A leitura de uma escala de medidor de única faixa é similar à leitura da 
escala de uma régua (Figura 1). A escala na Figura 1 é lida da seguinte forma: 
Valor de cada divisão principal = 1
Valor de cada divisão menor = 0,2
∴ Leitura = 2,4
Figura 1. Leitura de uma escala de medidor analógico de única faixa.
Fonte: Petruzella (2013, p. 153).
Os medidores de múltiplas faixas são mais difíceis de ler pois geralmente 
é usada uma escala com duas ou mais faixas. Para ler esse tipo de medidor, 
primeiro determinamos a leitura na escala e, em seguida, aplicamos o fator 
multiplicador ou divisor adequado, conforme indicado pelo seletor de faixas 
(Figura 2).
Eletrotécnica2
Figura 2. Leitura de uma escala de um medidor analógico de múltiplas faixas. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 154).
Os ohmímetros são instrumentos empregados para medir a resistência 
elétrica de um componente de circuito, bem como para localizar componentes 
abertos ou em curto-circuito e determinar a continuidade do circuito. Para 
realizar a medição da resistência de um elemento, basta posicionar, em paralelo, 
o instrumento sobre o componente. Para que você tenha uma medição correta, 
o elemento a ser medido precisa estar isolado dos demais componentes do 
circuito. As escalas de ohmímetros analógicos não são marcadas uniforme-
mente, sendo então denominadas não lineares.
Figura 3. A face de um VOM analógico tem uma combinação de escalas. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 154). 
3Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
Medidores digitais
Os medidores digitais são mais fáceis de ler do que os medidores analógi-
cos. Entre suas partes principais destacamos o display decimal, o circuito 
eletrônico digital dedicado e um conversor A/D. Muitos medidores digitais 
possuem seleção automática de faixa, isto é, o próprio medidor ajusta a faixa 
necessária para a medição determinada. Segundo Petruzella (2013), é normal 
que o último dígito (à direita) varie continuamente entre dois ou três valores. 
Em geral, não será necessária uma precisão tão elevada, e o último dígito 
pode ser ignorado ou arredondado. Com tantas facilidades, não é de admirar 
que esses instrumentos ofereçam mais precisão e uma leitura mais confiável, 
e a um custo acessível.
Medição de tensão
Para a medição de tensão CC entre dois pontos, é fundamental a utilização 
correta de um instrumento para essa finalidade. Você provavelmente terá de 
realizar essa medição para verificar a tensão fornecida por uma fonte geradora 
de tensão CC.
Há dois tipos de instrumentos para medir a tensão CC: o voltímetro (Figura 
4) e o multímetro (Figura 5).
Figura 4. O voltímetro.
Fonte: Fowler (2012, p. 55).
Eletrotécnica4
Figura 5. O multímetro.
Fonte: Fowler (2012, p. 57).
Os voltímetros e milivoltímetros são instrumentos próprios para a medição 
de tensão, e apresentam a letra V ou mV na sua escala frontal. 
Também existem voltímetros e milivoltímetros específicos para a medição 
de tensões contínuas. Eles possuem dois bornes na parte posterior destinados 
a receber a tensão cujo valor será indicado na escala. Como os voltímetros têm 
polaridade estabelecida para ligação, os sinais + e – identificam os bornes.
Para realizar a medição, conectamos dois condutores, chamados pontas de 
prova, aos bornes do instrumento. Há duas pontas de prova: uma vermelha 
e uma preta. Colocamos a ponta de prova vermelha no borne positivo (+) 
do instrumento. Após a conexão nos bornes do instrumento, conectamos as 
extremidades livres das pontas de prova nos pontos onde desejamos medir 
a tensão CC. Devemos ligar a ponta de prova vermelha, ou o condutor que 
estiver conectado ao borne positivo (+) do instrumento, no ponto positivo a 
ser medido, e a outra ponta de prova, no ponto negativo.
Quando conectamos as pontas de prova de modo apropriado nos pontos 
de medição, com sua respectiva polaridade, o ponteiro do instrumento sai da 
posição de repouso, deslocando-se no sentido horário (sentido correto) em 
direção ao fim da escala. O valor da tensão medida é indicado na escala do 
instrumento.
5Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
Caso as pontas de prova sejam ligadas com a polaridade invertida, o ponteiro 
irá se deslocar no sentido anti-horário (sentido incorreto), assim, você terá de 
inverter as pontas de prova nos pontos de medição.
Em um circuito elétrico, um voltímetro serve para medir a força eletro-
motriz (fem) ou a tensão (diferença de potencial). Esse instrumento pode ser 
utilizado ainda para verificar a disponibilidade de uma tensão CA em uma 
tomada residencial (Figura 6), a tensão CC por meio dos terminais de uma 
bateria ou a tensão CA ou CC entre dois pontos em um circuito. 
Ajuste o seletor para a função de tensão adequada, CA ou CC, antes de 
realizar a medição. Pegue as pontas de prova e conecte-as ao circuito, de 
modo que nenhuma parte do seu corpo entre em contato com alguma parte 
energizada (viva) do circuito. Para tensão CC, conecte a ponta de prova preta 
ao ponto de polaridade negativa, e a ponta de prova vermelha ao ponto de 
teste de polaridade positiva. 
Figura 6. Verificando a tensão CA de uma tomada comum.
Fonte: Adaptada de Petruzella (2013).
A faixa de medição de tensão do medidor de bobina móvel analógico 
básico ou galvanômetro é limitada à faixa de milivolts, devido à natureza 
Eletrotécnica6
delicada da bobina e das molas que compõem o medidor de conjunto móvel. 
Para aumentar a faixa de tensão, um resistor com um alto valor de resistência 
é conectado em série com o medidor de conjunto móvel. O resistor é chamado 
multiplicador, porque ele multiplica a faixa do medidor. Ao alterar o valor do 
resistor multiplicador, a faixa de tensão pode ser variada (Figura 7). 
Figura 7. Voltímetro CC analógico de múltiplas faixas. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 157).
Quanto maior for o valor da resistência do multiplicador, maior será a faixa de tensão 
do medidor. 
7Mediçõesde corrente, tensão, resistência e potência I
Um diagrama de blocos de um voltímetro CA digital é mostrado na Figura 8. 
Figura 8. Voltímetro CA digital. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 158).
As pontas de prova são conectadas à tensão CA a ser medida, que é transmi-
tida para o circuito condicionador de tensão. O condicionador de tensão atenua 
ou amplifica o sinal de tensão para um dado nível com o qual os circuitos de 
medição são projetados para trabalhar. A seguir, o sinal é transmitido para um 
circuito conversor CA-CC, que converte o sinal de tensão de CA para CC. O 
conversor analógico-digital (A/D) recebe essa tensão e transforma-a em um 
código digital que representa o valor da tensão. O código digital é usado para 
gerar os dígitos numéricos que mostram o valor medido no mostrador digital. 
Se a tensão de entrada a ser medida é CC, o circuito de conversão CA-CC é 
contornado, e o sinal é transmitido diretamente do condicionador de tensão 
para o conversor analógico-digital. 
O voltímetro deve ser conectado em paralelo, por meio de carga ou fonte de 
alimentação. Ele tem uma resistência elevada e desvia uma pequena quantidade 
de corrente para operar o circuito de medição. Se o voltímetro fosse conectado 
em série com o circuito, essa resistência elevada reduziria a corrente do cir-
cuito, e o medidor forneceria uma leitura incorreta. Tanto os voltímetros CC 
como os CA são selecionados de acordo com o tipo de tensão a ser medida. 
Os voltímetros digitais indicam automaticamente a polaridade correta de uma 
medição de tensão CC (Figura 9). 
Eletrotécnica8
Figura 9. Identificação de polaridade em um multímetro digital CC. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 159).
Ao conectar o terminal positivo do medidor ao ponto positivo do circuito, o 
medidor indica uma polaridade positiva (+) no mostrador digital. Ao conectar 
o terminal positivo do medidor ao ponto negativo do circuito, o medidor indica 
uma polaridade negativa (–) no mostrador digital. Os voltímetros analógicos 
devem ser conectados com a polaridade correta. O terminal negativo (–) do 
voltímetro é conectado ao lado negativo (–) do circuito, e o terminal positivo 
(+) do voltímetro, ao lado positivo (+) do circuito. Se os terminais forem in-
vertidos, o ponteiro do instrumento defletirá no sentido contrário da escala, 
à esquerda do zero, o que poderá́ danificar o medidor. 
Conforme Petruzella (2013), a queda de tensão é a “perda de tensão” cau-
sada pelo fluxo de corrente por meio de uma resistência. Quanto maior for a 
resistência, maior será a queda de tensão. Para verificar a queda de tensão, 
conecte um voltímetro entre os pontos em que a queda de tensão deve ser 
medida. Em circuitos CC e circuitos CA resistivos, a soma total de todas as 
quedas de tensão por meio das cargas e dos dispositivos conectados em série 
deve ser igual à tensão aplicada ao circuito (Figura 10). 
9Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
Figura 10. Medição de quedas de tensão através de carga.
Fonte: Petruzella (2013, p. 159).
Para operar adequadamente, cada carga deve receber sua tensão nominal. 
Se não há tensão suficiente disponível, o dispositivo não operará da maneira 
como deveria. Você também deve sempre se assegurar de que a tensão que 
vai medir não excede a faixa do voltímetro, pois isso pode causar danos ao 
instrumento. Se a medida for desconhecida, você deverá começar com a faixa 
mais alta de medição do voltímetro. Muitas vezes, você pode precisar medir a 
tensão de um ponto específico no circuito em relação ao terra ou a um ponto 
de referência comum (Figura 11).
Figura 11. Medição de tensão em relação ao ponto comum ou ao terra do circuito. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 160).
Eletrotécnica10
Nesses casos, primeiro conecte a ponta de prova preta do voltímetro ao 
terra do circuito ou ao ponto comum. Em seguida, conecte a ponta de prova 
vermelha a qualquer ponto no circuito que você deseja medir.
Os voltímetros e milivoltímetros para tensões contínuas têm polaridade de ligação 
especificada.
O testador de tensão é um tipo especial de voltímetro geralmente usado 
por eletricistas (Figura 12). 
Figura 12. Testador de tensão. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 160).
O testador de tensão serve para verificar a presença ou a ausência de tensão 
em um dado ponto, e não indica o valor exato de tensão presente. O valor 
real de tensão pode estar um pouco abaixo ou acima do valor indicado pelo 
11Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
aparelho. Recomenda-se testá-lo antes em uma fonte de tensão energizada 
conhecida para garantir que o medidor está operando adequadamente.
Medição de corrente 
Para medir a quantidade de corrente fluindo em um circuito, utilizamos 
um amperímetro. Os amperímetros medem o fluxo de corrente em am-
pères. Para faixas menores que 1 ampère, são usados miliamperímetros ou 
microamperímetros. Veja na Figura 13 um multímetro com miliamperímetro 
CC para medição de corrente.
Figura 13. Miliamperímetro conectado para medir corrente.
Fonte: Petruzella (2013, p. 161).
Eletrotécnica12
A ponta de prova vermelha é ligada ao conector de entrada de alta corrente 
(10 A) ou de baixa corrente (300 mA), dependendo da faixa de corrente que 
você deseja medir no circuito. Com exceção dos medidores tipo alicate, os 
medidores de corrente devem sempre ser conectados em série com a fonte de 
alimentação e a carga, nunca em paralelo com elas. 
O shunt é um resistor de alta precisão que produz uma pequena queda de tensão 
(milivolts) proporcional à quantidade de corrente fluindo através dele. O shunt 
pode ser conectado dentro da caixa do medidor de corrente ou no lado externo 
da caixa (Figura 14). Os medidores projetados para medir correntes mais altas 
normalmente usam shunts externos devido ao seu tamanho e à quantidade de 
calor que eles geram.
Figura 14. Resistor shunt externo.
Fonte: Petruzella (2013, p. 163).
O amperímetro possui uma resistência interna muito baixa, logo, ele in-
fluencia muito pouco o fluxo de corrente durante a medição. Desse modo, a 
ligação acidental de um amperímetro em paralelo com uma carga ou fonte de 
tensão fará o medidor drenar uma corrente elevada, a qual poderá danificar 
o medidor. O amperímetro padrão deve sempre ser conectado em série com 
o circuito para que a corrente do circuito flua pelo medidor.
13Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
Você pode usar uma chave para medir a corrente sem afetar o funcionamento 
do circuito. A Figura 15 mostra como isso é feito. 
Figura 15. Amperímetro tipo alicate. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 163).
Quando a chave é fechada, o amperímetro registra uma corrente nula, 
pois a corrente passa pela chave e não pelo amperímetro. Quando a chave é 
aberta, a corrente passa pelo amperímetro. Agora, é possível medir o valor 
da corrente. Assim que a medição for realizada, você pode fechar a chave, 
remover o amperímetro, e o circuito continuará operando normalmente.
É comum usar um amperímetro tipo alicate (Figura 15) para medir correntes 
CA mais elevadas na faixa de ampères, para assim evitar abrir o circuito. Isso é 
possível porque o instrumento “abraça” o condutor do circuito e indica o valor 
da corrente ao medir a intensidade de campo magnético devido à corrente que 
circula pelo condutor. Os amperímetros tipo alicate baseados no efeito Hall 
servem para medir tanto correntes CC quanto correntes CA. 
Pequenos transformadores podem ser empregados em conjunto com ins-
trumentos de teste e de medição. Um transformador de corrente (Figura 16) 
alimenta o instrumento com uma pequena corrente proporcional à corrente 
principal. 
Eletrotécnica14
Figura 16. Transformador de corrente. 
Fonte: Petruzella (2013, p. 166).
Os transformadores de corrente são utilizados também com grandes dispositivos de 
sobrecorrente e sobrecarga. Uma tensão muito alta, capaz de produzir um choque 
fatal, pode se desenvolver no enrolamento secundário quando ele está aberto. Por isso, 
se o medidor for removido,os terminais secundários devem sempre ser conectados 
a um amperímetro ou mantidos em curto-circuito.
Multímetro
O multímetro, também conhecido por multiteste, é um instrumento que tem 
a possibilidade de realizar medições não só de tensão, mas também de várias 
outras grandezas de natureza elétrica. Por isso, ele é o principal instrumento 
na bancada de quem trabalha com eletrônica e eletricidade. Sua importância 
se deve a sua simplicidade de operação, ao transporte e à capacidade de 
possibilitar medições de diversas grandezas elétricas.
Medição de tensão CC com o multímetro
A tensão contínua é uma das grandezas elétricas que podem ser medidas 
com o multímetro. Como o multímetro é um instrumento múltiplo, ou seja, é 
adequado para diversos tipos de medição, os conhecimentos e procedimen-
15Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
tos necessários para a sua correta utilização serão apresentados em partes, 
iniciando pela medição de tensão contínua.
A Figura 17 mostra o painel de um multímetro ressaltando as partes rela-
cionada à medição de tensão contínua. 
Figura 17. Painel de um multímetro.
Fonte: Adaptada de Sadiku, Musa e Alexander (2014, p. 43).
Medicação de
tensão CC
No borne indicado pela abreviatura COM ou pelo sinal negativo (-), que 
é comum para qualquer tipo de medição com o instrumento, conectamos a 
ponta de prova preta. No outro borne, indicado pela abreviatura DC ou pelo 
sinal (+), conectamos a ponta de prova vermelha.
A chave seletora serve para determinar:
 � A grandeza elétrica que será medida (exemplo: tensão contínua).
 � O valor máximo que o instrumento pode medir nesta posição (por 
exemplo: 12V).
 As posições da chave seletora destinadas à medição de tensão contínua 
são identificadas pela abreviatura DC V ou apenas DC.
Eletrotécnica16
É importante lembrar que o valor indicado pela chave seletora é o máximo 
que o instrumento pode medir nesta posição da chave. No exemplo da Figura 
18, a tensão contínua máxima que o instrumento pode medir com a chave 
seletora nesta posição é 120V.
Figura 18. Chave seletora indicando a tensão máxima que pode ser medida.
Fonte: Adaptada de Sadiki, Musa e Alexander (2014, p. 43).
A escala do multímetro é usada para a leitura do valor medido pelo ins-
trumento. Como o multímetro se destina a inúmeras medições, a sua escala 
é múltipla, como mostra a Figura 19.
Figura 19. Painel de um multímetro mostrando diversas escalas.
Fonte: Adaptada de Sadiku, Musa e Alexander (2012, p. 43).
17Medições de corrente, tensão, resistência e potência I
Para a medição de tensão contínua com um multímetro, após conectar 
as pontas de prova nos bornes do instrumento, você deve posicionar corre-
tamente o seletor de escalas para a realização de uma medição de tensão. 
Quando conhecemos aproximadamente o valor que vai ser medido, posi-
cionamos a chave seletora para a escala de tensão imediatamente superior 
ao valor estimado.
A chave seletora deve ser sempre posicionada para um valor mais alto do que a tensão 
que será medida. Por exemplo, para medir a tensão de uma pilha que tem valor máximo 
de 1,5V, selecionamos uma escala de 2,5 ou 3V, ou outras próximas a estas, conforme 
disponível no instrumento.
Após a colocação das ponteiras e a correta seleção da escala, conectamos 
as extremidades livres das pontas de prova aos pontos de medição. A ponta 
de prova vermelha é conectada ao ponto de medida positivo (+), e a preta, ao 
negativo (-). Com a conexão correta das pontas de prova, o ponteiro do instru-
mento se moverá no sentido horário, parando em uma posição definida. Para 
realizar a leitura corretamente, o observador deve se posicionar frontalmente 
ao painel de escalas.
O valor da tensão medida é determinado pela posição do ponteiro e pela 
posição da chave seletora.
FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. (Corrente 
Continua e Magnetismo, v. 1).
PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica I. Porto Alegre: AMGH, 2013. (Série Tekne).
SADIKU, M. N. O.; MUSA, S.; ALEXANDER, C. K. Análise de circuitos elétricos com aplicações. 
Porto Alegre: AMGH, 2014.
Eletrotécnica18

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