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UNINASSAU TRIANON PEDAGOGIA PRISCILA MARQUES DE FREITAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: O ENSINO QUE FALTA NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS Recife 2021 Priscila Marques de Freitas INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: O ENSINO QUE FALTA NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de PEDAGOGIA da UNINASSAU TRIANON Recife 2021 Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL F866i Freitas, Priscila Marques de. Inteligência Emocional: o Ensino Que Falta Nas Instituições Públicas / Priscila Marques de Freitas. - UNINASSAU RECIFE: Recife - 2021 17 f. : il Artigo Científico (Curso de Pedagogia) - Uninassau Trianon - Orientador(es): Dr(a) Renata Paula dos Santos Moura 1. Alfabetização Emocional. 2. Comportamentos Destrutivos. 3. Educação Socioemocional. 4. Escola Pública. 5. Inteligência Emocional. 6. Destructive Behaviors. 7. Emotional Intelligence. 8. Emotional Literacy. 9. Public School. 10. Social-Emotional Education. I.Título II.Dr(a) Renata Paula dos Santos Moura UNINASSAU RECIFE - REC CDU - 37 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: o ensino que falta nas instituições públicas Priscila Marques de Freitas1 Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU E-mail: pedag.freitas@gmail.com Renata Paula dos Santos Moura2 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU E-mail: renata.moura@sereducacional.com Resumo O presente artigo busca discutir sobre a importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional no âmbito escolar, tendo como objetivo principal investigar como a implementação de suas competências na escola pública pode contribuir para a melhoria na qualidade interacional neste ambiente. Os principais teóricos utilizados para o embasamento desta pesquisa foram: BREARLEY, Michael (2004), BONFANTE, Roseli (2019), FONTE, Paty (2019), GARCIA, Carol (2020) e SERNA, J. M. (2018). Para a realização desta pesquisa servimo-nos da abordagem qualitativa, onde foram feitas análises bibliográficas e documental, sendo esta a melhor maneira encontrada para o seu desenvolvimento por estarmos vivendo um momento de restrições sanitárias em decorrência da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 (do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), popularmente conhecido como COVID-19. Verificamos uma diversidade de situações cotidianas relacionadas às emoções que resultam em comportamentos destrutivos no ambiente escolar, mas que podem ser minimizadas por meio do desenvolvimento de competências da Inteligência Emocional através de oficinas e projetos. Tendo em vista as dificuldades que alunos de escolas públicas enfrentam para acessar atendimentos de saúde mental, consideramos relevante que haja este ensino desde os primeiros anos de escolarização, incluindo ou não a família e que o Pedagogo tenha em sua formação acadêmica uma disciplina voltada para a aprendizagem da Inteligência Emocional, porque para ensinarmos, precisamos aprender e em se tratando de equilíbrio emocional, não pode ser feito sem uma qualificação adequada dos mediadores. Palavras-chave: Comportamentos Destrutivos. Educação Socioemocional. Escola Pública. Inteligência Emocional. 1 Graduanda de licenciatura em Pedagogia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU. 2 Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 2 1. INTRODUÇÃO Este é um Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Pedagogia da instituição privada de ensino superior mantida pelo Grupo Ser Educacional, denominada Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, que busca discutir sobre a importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional no âmbito escolar. Inteligência Emocional é um conceito que visa saber identificar as próprias emoções e as emoções do outro, compreendendo a melhor maneira de agir diante dessas emoções. Essa compreensão desempenha um papel fundamental para a qualidade das relações interpessoais e ao bem-estar pessoal. A relevância desse tema para a Pedagogia surgiu do princípio de que, se o pedagogo é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento integral humano e essa integralidade na formação refere-se à dimensão cognitiva e afetiva, termos estes associados respectivamente à inteligência e emoção, que são componentes essenciais tanto para o processo de ensino- aprendizagem quanto para a interação social, então, é este o profissional que deve contribuir para a “alfabetização emocional” no âmbito escolar. O interesse por esse tema nasceu ao longo da formação no curso de Pedagogia, onde as disciplinas voltadas para as áreas da Psicologia e do Desenvolvimento Humano começaram a chamar atenção de maneira repentina e inexplicável. Diante disso, surgiu a necessidade da busca por mais informações através de pesquisas, leituras e cursos sobre desenvolvimento e análise comportamental até chegar a uma imersão online sobre Inteligência Emocional. Mas isso não bastou, vieram os questionamentos sobre como a implementação das competências da Inteligência Emocional em instituições educacionais públicas pode contribuir para a sociedade de maneira geral? Se bem aplicadas, quais benefícios poderiam oferecer nas relações interpessoais? Quão necessário é conhecer as próprias emoções? E assim seguiram as indagações. Nas instituições públicas, os desafios cotidianos enfrentados pela comunidade escolar parte desde a falta de estrutura e suporte para oferecer um ensino de qualidade, como problemas pessoais vividos tanto pelos educadores como pelos educandos que refletem dentro da sala de aula. Em se tratando de desafios provenientes do reflexo de vida dos educadores e educandos, o agravante pode ser maior do que se imagina, pois, vêm os enfrentamentos de problemáticas sociais, como: envolvimento prematuro com a criminalidade, gravidez precoce, violência doméstica, preconceito e discriminação e, esses problemas refletem de maneira tão negativa no 3 âmbito escolar, que gera desde comprometimento na comunicação entre os indivíduos da comunidade escolar a comportamentos agressivos e inadequados. Com base nas inquietações decorrentes das observações de como fluem as interações dentro das instituições públicas educacionais e aprofundamento da temática, concebeu-se a seguinte questão de pesquisa: Como a Inteligência Emocional pode contribuir para a redução dos principais desafios cotidianos enfrentados no âmbito escolar, em se tratando de questões comportamentais inadequadas? Segundo aponta a Base Nacional Comum Curricular (2017, p. 14), “a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades”. Sendo assim, quando esses desafios nascem na sala de aula e não se resolvem nesse mesmo lugar, ou seja, quando professor e aluno entram em conflito e não conseguem entrar num acordo, é necessário intervenção da equipe gestora, mais precisamente do Orientador Educacional que é o profissional mediador da comunidade escolar. No atual cenário educacional público brasileiro, nos deparamos com diversas situações que vêm contribuindo para o declínio do ensino público, em sua grande maioria, são desafios relacionados ao estado emocional, que reflete diretamente na comunicação e automaticamente nas relações entre os mesmos. Diante desses enfrentamentos, muito se tem falado sobre a urgência de reinventar as escolas e o sistema público de ensino, mas pouco tem sido feito para atender essas necessidades. Porém, a Base Nacional Comum Curricular (2017) vem possibilitar mudanças no ensino público quando em seu texto introdutório aponta dez competências que assegurama formação integral dos estudantes, e destas, a metade está relacionada ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais, que se trata de um conjunto de aptidões desenvolvidas a partir da Inteligência Emocional. O processo de implementação da Inteligência Emocional no âmbito escolar público, pode tanto minimizar os principais desafios enfrentados pela comunidade escolar dessas instituições, como potencializar o desenvolvimento global humano desde a infância, ou seja, assumindo uma visão global dos indivíduos e promovendo uma educação voltada para o acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno dos mesmos. Trabalhar a Inteligência Emocional é o exercício de compreender os sentimentos e para um indivíduo ser considerado inteligente emocionalmente, é preciso que ele consiga adequar- se às diversas situações onde as demandas de perfil afetivo são diferentes. Quando uma escola inclui a Inteligência Emocional em sua grade curricular, ela não só contribui para a cognição, 4 mas também, proporciona um ambiente saudável para promover um processo de socialização adequado e prepara seus educandos para além dos muros da instituição educacional. Consideramos a Inteligência Emocional um objeto de estudo de extrema importância para a formação do pedagogo na atualidade, porque segundo Serna (2018), ela demonstra ser uma ferramenta útil para evitar problemas futuros aos estudantes e ainda, como se deve realizar essas intervenções em sala de aula. Essa pesquisa teve como objetivo geral: investigar como a implementação das competências de Inteligência Emocional na escola pública pode contribuir para a melhoria na qualidade interacional no âmbito escolar. Para chegar ao objetivo geral, foram determinados os seguintes objetivos específicos: refletir sobre os comportamentos destrutivos mais comuns no âmbito escolar; compreender as competências socioemocionais que devem ser desenvolvidas com prioridade e refletir sobre como pode ser feita a aplicação do desenvolvimento da Inteligência Emocional na escola pública. Este trabalho de conclusão de curso estrutura-se por meio das seguintes seções: introdução, referencial teórico (seccionado em cinco subseções), metodologia (seccionada em três subseções), análise dos dados e interpretação dos resultados e, considerações finais. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Esse é um estudo realizado com a finalidade de investigar como a Inteligência Emocional pode contribuir para o setor público educacional, nas questões comportamentais. Por isso, faz-se importante compreender o que envolve esse universo da Inteligência Emocional, bem como, a origem dos problemas comportamentais escolares. Diante disso, foram abordados os seguintes assuntos, respectivamente: problemas comportamentais escolares, emoções, alfabetização emocional, habilidades socioemocionais e inteligência emocional. 2.1 Problemas comportamentais escolares 5 Apesar de não ser nenhuma novidade, os problemas comportamentais são os mais prejudiciais para a rotina da sala de aula e os que mais comprometem o desenvolvimento escolar e as relações escolares. Conforme afirma Neto (2019, n.p.), o mau comportamento dos alunos tem gerado mais uma estatística negativa para a Educação brasileira. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os professores brasileiros gastam 20% do tempo da aula para controlar os alunos e 50% afirmam que a interrupção da aula é um acontecimento frequente. Segundo Neto (2019), a indisciplina ainda é um problema considerável nas salas de aulas brasileiras, porque os cursos de licenciatura no Brasil estão mais preocupados com a apropriação de conteúdos que os docentes deverão ensinar, ou seja, não tem uma formação voltada para o entendimento e gestão comportamental. Existem comportamentos que muitas vezes não estão relacionados diretamente com o outro, a exemplo da timidez, que pode também comprometer a capacidade cognitiva e consequentemente o desenvolvimento escolar. Como classifica Félix (2013, p. 13), “O indivíduo tímido tem sido caracterizado popularmente como um indivíduo “fraco”, que sofre com medo de se arriscar, que vacila ao falar ou, ao não falar;”. Ou seja, timidez é sinônimo de medo, que é uma emoção que segundo Bonfante (2019, p. 32) “serve para preservar a vida, pois se não o sentíssemos nos colocaríamos em risco e isso poderia causar danos”. Portanto, as problemáticas comportamentais escolares são tanto de origem interpessoal, aquelas que envolvem duas ou mais pessoas; quanto intrapessoal, onde o indivíduo se relaciona com suas próprias emoções. 2.2 Emoções Nós, humanos, somos movidos pelas emoções, mas nem sempre sabemos lidar com elas da melhor maneira, principalmente diante daquilo que nos soa negativo. Sentir medo, tristeza, frustração e raiva é tão natural como o pulsar do nosso coração, mas é preciso saber identificar essas emoções e controlar os impulsos que elas nos causa. Mas o que é emoção? Existem várias definições por diferentes autores, mas para Santos (2000), emoção é energia mental que produz reação no nosso organismo em resposta a estímulos vindos de dentro ou de fora dele. São as emoções que conduze o nosso comportamento, é através dessas emoções que interagimos com nosso íntimo e com o outro. 6 As emoções funcionam como combustível para a interação social e a escola é um cenário que exerce papel fundamental na consolidação do processo de socialização, porém, existem comportamentos que geram interações negativas resultando em conflitos. Por isso, é necessária uma Adequação Emocional, que Fonte (2019) determina como a capacidade de administrar adequadamente as emoções, para que tenhamos tranquilidade quanto ao falar e agir. Em se tratando do ensino sobre as emoções, Bonfante (2019, p. 63) pontua que “as emoções também são abordadas de modo que consigam perceber que agir por impulso pode gerar, além de consequências negativas, emoções que são desagradáveis de sentir, como a culpa, arrependimento, desespero e vergonha.” Mais à frente ela conclui que, o objetivo de ensinar a criança é para manter o equilíbrio ao expressar-se, nunca exagerar e nem reprimir na exteriorização das emoções. 2.3 Alfabetização emocional A alfabetização é indispensável para na vida humana, é um processo fundamental para a escolarização e é ela que possibilita melhores condições de participação do indivíduo no meio social, pois, proporciona a oportunidade de exercer o direito de cidadão sem que seja induzido por terceiros ao que não se pretende. Desde o primeiro momento em que a criança começa a falar, seus responsáveis anseiam para que chegue à idade escolar para vê-la formando as primeiras palavras. Em seguida, vem à preocupação com a alfabetização matemática através do conhecimento dos numerais e todo conteúdo inicial relacionado a eles. A alfabetização emocional é tão importante quanto esses processos, porque segundo Fonte (2019), quando não sabemos manejar nossas emoções, acabamos sabotando nosso intelecto por meio de ansiedade e atitudes explosivas, comprometendo nossos relacionamentos. Daniel Goleman (2012 apud BONFANTE, 2019, p. 19), denomina Alfabetização Emocional os programas que buscam auxiliar crianças e adolescentes no desenvolvimento da inteligência emocional, incluindo: estratégias para o manejo da raiva por meio de monitoração dos sentimentos e consciência das sensações fisiológicas envolvidas, tomando-as como um alarme para pensar antes de agir; estratégias de enfrentamento e educação preventiva da depressão e distúrbios alimentares; habilidades sociais entre outros. 7 Portanto, ao iniciar o processo de escolarização a criança deve ser levada a entender seus próprios sentimentos e falar sobre eles, bem como, ouvir e respeitar os sentimentos dos outros, é o que aponta Fonte (2019).Nesta mesma obra a autora ainda conclui que, Sendo compreendida a importância de desenvolvermos as competências socioemocionais tanto quanto cognitivas, auxiliaremos a criação de uma próxima geração mais segura e afetuosa. Isso implica diminuir índices de suicídios, em amenizar doenças físicas e psicossomáticas, diminuir a indisciplina, talvez até exterminá-las e, principalmente, em promover cidadãos mais felizes e proativos. (p. 33). 2.4 Habilidades socioemocionais As habilidades socioemocionais são habilidades não cognitivas relacionadas ao desenvolvimento social e emocional. Elas abrangem diversas competências que o ser humano possui para gerenciar as próprias emoções e ainda reconhecer e lidar com as emoções do outro. Atualmente o mercado de trabalho tem valorizado e dado mais oportunidades para candidatos com tais habilidades. Marques (2020) classifica como as principais competências socioemocionais: autoconhecimento, autoestima, autonomia, confiança, criatividade, empatia, ética, felicidade, paciência e responsabilidade. A BNCC - Base Nacional Comum Curricular (2017), documento de caráter normativo, define dez competências gerais estabelecidas para o desenvolvimento pleno humano, dentre elas, têm as seguintes que representam as socioemocionais: comunicação, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação e, responsabilidade e cidadania. 2.5 Inteligência emocional Conforme aponta Bonfante (2019, p. 18), O termo ficou amplamente conhecido em 1995, como lançamento do livro “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman, um ano depois de Antonio Damásio ter lançado o seu livro “O erro de Descartes”. Naquele momento os fatores intelectuais e sucesso na vida era inquestionável. Porém, com o lançamento dos dois livros quase concomitantemente, uma nova forma de pensar sobre as emoções e sobre o que significa ter sucesso na vida começou 8 a surgir. Porém, na obra “Inteligência Emocional na Sala de Aula”, de Michael Brearley (2004), em um breve histórico sobre Inteligência Emocional, o autor afirma que Inteligência Emocional não é uma novidade, nem mesmo mais uma moda passageira, pois, Aristóteles falou a respeito dessa inteligência. Segundo Goleman (2011), promover o desenvolvimento da Inteligência Emocional em escolas, contribui para a prevenção de violência, agressão contra colegas, drogas e indisciplina, mas que o objetivo vai além, como melhorar o ambiente. Para o autor, é possível afirmar cientificamente que ajudar no aperfeiçoamento da autoconsciência e confiança, controlar as emoções e impulsos, bem como aumentar a empatia, contribui tanto para o comportamento quanto para o desempenho escolar. Para Serna (2018, n.p.), “falar sobre inteligência emocional é também falar sobre o desenvolvimento da pessoa na atualidade, que é um aspecto que está no auge das últimas décadas e que alcança tanto a área pessoal quanto a profissional”. E o autor ainda segue afirmando que a escola é o lugar mais adequado para que crianças e adolescentes aprendam e desenvolvam a inteligência emocional. Fortalecendo a opinião de Serna (2018) de que Inteligência Emocional deve ser ensinada e desenvolvida na escola, Goleman (2011, n.p.) pontua: Aos professores, sugiro que considerem também a possibilidade de ensinar às crianças o alfabeto emocional, aptidão básica do coração. Tal como hoje ocorre nos Estados Unidos, o ensino brasileiro poderá se beneficiar com a introdução, no currículo escolar, de uma programação de aprendizagem que, além das disciplinas tradicionais, inclua ensinamentos para uma aptidão pessoal fundamental — a alfabetização emocional. Para Brearley (2004, p. 78) “a Inteligência Emocional nos fará ser aprendizes bem- sucedidos e que têm objetivos”. O autor ainda conclui que, desenvolver a Inteligência Emocional nas instituições de ensino é um processo que interliga a vida pessoal com a escolar dando outros níveis de sucesso às disciplinas, permitindo que os educandos relacionem seus aprendizados com suas vidas. 3. METODOLOGIA 9 3.1 Natureza da pesquisa Para a realização desta pesquisa foi utilizada a abordagem qualitativa, que segundo Mascarenhas (2012, p. 46), “é muito comum em estudos sobre o comportamento de um indivíduo ou de um grupo social”, que é justamente o que se propõe este trabalho. Para Godoy (1995), a pesquisa qualitativa é uma abordagem de investigação que Parte de questões ou focos de interesses amplos, que vão se definindo à medida que o estudo se desenvolve. Envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. (p. 58). Quanto aos procedimentos técnicos, esta é uma pesquisa documental e bibliográfica, que Gil (1991 apud KAUARK et al., 2010, p. 28) define como uma pesquisa que é “elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, material disponibilizado na Internet”. Mascarenhas (2012) considera o estudo bibliográfico uma boa opção por oferecer uma quantidade expressiva de informações e para quem tem impeditivos para entrar em conato com o objeto de estudo. Portanto, diante das condições sanitárias e restritivas que estamos vivendo no momento em decorrência da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 (do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), popularmente denominado como COVID-19, fez-se viável utilizar-se da pesquisa bibliográfica qualitativa para a realização desse trabalho. 3.2 Fontes de busca da pesquisa O conjunto de elementos explorado para a realização desta pesquisa, valeu-se de documento e artigos devido as condições sanitárias e restritivas cita na subseção anterior. Estão eles descritos no quadro a seguir: QUADRO 1 – PRINCIPAIS FONTES BIBLIOGRÁFICAS Título Autor (es) Ano Local 10 Base Nacional Comum Curricular BRASIL 2017 https://drive.google.com/file/d/1LmvE-MGU9I- tvJTrW3FTkcG0OrJMMS7y/view?usp=sharing Competências socioemocionais na escola FONTE, Paty 2019 Rio de Janeiro - RJ: Wak Desafios reais do cotidiano escolar brasileiro MARSETH, K. K., et al. 2018 https://drive.google.com/file/d/1p2KwlEfelIcMq i_OdZbnUXnZ_1sHXWnX/view?usp=sharing Educação emocional na escola: A emoção na sala de aula SANTOS, J. O. 2000 https://drive.google.com/file/d/1lj4ZjJh4LpxMcs WZzYfoCIYYf6djoG8E/view?usp=sharing Habilidades socioemocionais na escola: Guia prático da Educação Infantil ao Ensino Fundamental BONFANTE, Roseli 2019 Curitiba – PR: Juruá Inteligência Emocional na sala de sala BREARLEY, Michael 2004 São Paulo – SP: Madras Competências socioemocionais em sala de aula: Guia prático do ensino infantil ao ensino superior GARCIA, Carol 2020 Recurso Digital (e-book) - https://ler.amazon.com.br/?asin=B08778QD6D &language=pt-BR Inteligência emocional na escola SERNA, J. M. – Tradução: BUJES, Rosane 2018 Recurso Digital (e-book) - https://ler.amazon.com.br/?asin=B07QH8VK4T &language=pt-BR FONTE: Elaborado pela autora (2021). 3.3 Instrumentos de coleta de dados e procedimentos 11 Para refletir sobre os comportamentos destrutivos mais comuns no âmbito escolar; compreender as competências socioemocionais que devem ser desenvolvidas com prioridade e refletir sobre como pode ser feita a aplicação do desenvolvimento da Inteligência Emocional na escola pública, realizamos uma investigação aprofundada através de leituras dos livros: Competências socioemocionais na escola (FONTE, Paty), Habilidades socioemocionais na escola: Guia prático daEducação Infantil ao Ensino Fundamental (BONFANTE, Roseli) e Inteligência Emocional na sala de sala (BREARLEY, Michael), dos seguintes recursos eletrônicos (e-books): Competências socioemocionais em sala de aula: Guia prático do ensino infantil ao ensino superior (GARCIA, Carol), Desafios reais do cotidiano escolar brasileiro (MARSETH, K. K., et al.), Educação emocional na escola: A emoção na sala de aula (SANTOS, J. O.), Inteligência emocional (GOLEMAN, Daniel – Tradução: SANTARRITA, Marcos), Inteligência emocional na escola (SERNA, J. M. – Tradução: BUJES, Rosane) e também da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL), com o objetivo de obter as informações necessárias para alcançar o que pretendemos com a realização desta pesquisa. As fontes bibliográficas foram determinadas a partir de um levantamento em busca de materiais e autores que abordam os assuntos relacionados aos objetivos desta pesquisa e que levam a reflexões para alcançarmos o objetivo geral. 4. ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Nesta seção apresentaremos as análises realizadas durante o percurso de pesquisas para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso, que tem como objetivo investigar como a implementação das competências de Inteligência Emocional na escola pública pode contribuir para a melhoria na qualidade interacional no âmbito escolar. Para a realização do mesmo, utilizamo-nos da abordagem qualitativa por meio de documentos e bibliografias, tendo em vista que foi a melhor maneira encontrada para tal, pois estamos vivendo um momento de restrições em decorrência da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 (do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), popularmente denominado como COVID-19. Dentre os comportamentos destrutivos mais comuns no âmbito escola, a indisciplina é mais apontada pelos autores como a mais comum e isso não é relativamente culpa exclusiva dos educandos, pois, muitas vezes o que leva a esse tipo de comportamento pode ser tão somente uma aula mal elaborada, ou seja, um conteúdo com metodologia que não chama atenção dos alunos para a participação, assim, os leva a tal comportamento. 12 Segundo Neto (2019), Ainda que a indisciplina deva ser tratada de forma institucional, com ações que vão da formação docente às ações coordenadas voltadas para o sucesso escolar dos alunos, o papel da mediação docente não pode ser menosprezado. Afinal, é na interação pedagógica que a aprendizagem é qualificada e os conflitos são minimizados. Apesar de a indisciplina ser vista como o comportamento destrutivo mais comum nas escolas, o bullying3 é considerado o mais grave e que mais acarreta conflitos no âmbito escolar por ser uma maneira de afirmação de poder interpessoal por meio da agressão. Normalmente, este é o que dá início a episódios de agressões verbais, psicológicas e físicas. Como afirma Serna (2018, n.p.), Muitos são os problemas emocionais que podem surgir na sala de aula, tais como, ciúmes, desentendimentos ou brigas, que podem impedir o desenvolvimento natural de uma aula. Porém, o acontecimento mais grave devido às consequências no presente e no futuro do estudante é o bullying. Nós, humanos, somos movidos pelas emoções. Ou seja, todo nosso comportamento é guiado pelo nosso estado emocional predominante em cada momento e situação vivida, tipo um efeito “ação-reação”. Sendo assim, para que esses comportamentos destrutivos comuns do âmbito escolar sejam minimizados, é de extrema importância começar nos primeiros anos escolares a ensinar os alunos a reconhecer e lidar com suas emoções para evitar descompensação e comportamentos inadequados, ou seja, a Alfabetização Emocional. Bonfante (2019, p. 63) esclarece que, O objetivo é ensinar às crianças que é preciso haver um equilíbrio na forma de expressar nossas emoções e opiniões, não devemos exteriorizar nossas emoções de forma exagerada e nem reprimi-las, o certo e adequado é o que está entre os dois extremos, falar com calma e em lugar adequado. Tendo em vista que a BNCC visa a formação plena dos indivíduos e baseando-se nas habilidades socioemocionais que devem ser desenvolvidas apontadas por esse documento normativo, filtramos as de maior importância para minimizar os conflitos internos escolares, bem como, melhorar a convivência entre os pares. Percebemos que o autoconhecimento, 3 Bullying: Conjunto de maus-tratos, ameaças, coações ou outros atos de intimidação física ou psicológica exercido de forma continuada sobre uma pessoa considerada fraca ou vulnerável. 13 civilidade e a empatia são apontadas com mais frequência pelos autores para serem desenvolvidas em projetos e oficinas nas instituições de ensino que visam a melhoria interacional no âmbito escolar. Para Garcia (2020, n.p.), Ter autoconhecimento significa demonstrar uma profunda compreensão das suas emoções, suas necessidades e motivações. Pessoas com grau elevado de autoconhecimento sabem como seus sentimentos afetam a si mesmas, os outros e seu desempenho. Porém, entendemos que o autoconhecimento vai além, é identificar, avaliar e reconhecer as próprias emoções sabendo filtrá-las, para que não se tenha reações exageradas. Ou seja, desenvolver o autoconhecimento é também desenvolver o autocontrole que também é uma habilidade socioemocional considerada de extrema relevância para a vida como um todo. O conceito de civilidade para Del Prette e Del Prette (2005 apud BONFANTE, 2019, p. 46) “abrange atitudes de cumprimentar pessoas, despedir-se, utilizar locuções como: por favor, obrigado, com licença. Desculpar-se, elogiar, aguardar sua vez, seguir regras e instruções, fazer e responder perguntas.” Compreendemos então que, a civilidade nada mais é do que o bom senso, o respeito e a educação propriamente dita, diante das atitudes apontadas pelos autores. Ou melhor, é um conjunto de atitudes que corroboram para que se tenha uma boa convivência. Del Prette e Del Prette (2005 apud BONFANTE, 2019, p. 46) afirma que, “a empatia pode ser descrita como a capacidade de observar, prestar atenção, ouvir e demonstrar interesse e respeito às diferenças, mostrar compreensão pelo sentimento ou experiência do outro.” Já para Neufeld (2015 apud BONFANTE, 2019, p. 46), a empatia “é entendida como uma resposta emocional derivada da percepção, compreensão e da aceitação do estado ou condição do outro. Desempenha papel importante na promoção do ajuste psicológico e social dos sujeitos.” Nós entendemos que empatia não é apenas observar e compreender o estado emocional do outro, mas, é sentir exatamente as mesmas emoções que o outro e ter a capacidade de se colocar na mesma situação e condição de outro sujeito, para então desenvolver essa compreensão citada pelos autores, seria basicamente “ser” o outro sujeito. Tendo em vista a função social da escola, reafirmamos que a Inteligência Emocional deve ser desenvolvida nas instituições de ensino, porque este ambiente é o primeiro meio de socialização dos indivíduos depois da família e de mais fácil acesso, principalmente para alunos 14 oriundos de escolas públicas, que normalmente encontram dificuldades de acesso aos atendimentos em saúde mental. De acordo com Furlani (2011 apud BONFANTE, 2019, p. 45), A função social da escola implica em torná-la significativa para a vida das pessoas, é o desenvolvimento integral da criança na contribuição para a cidadania plena, minimizar as desigualdades democratizar o conhecimento e promover a inclusão social. Desta forma, justifica-se consideravelmente o desenvolvimento de um projeto de promoção de saúde no contexto escolar. Bonfante (2019, p. 43) afirma que “a Organização Mundial da Saúde – OMS sugere que programas de prevenção e promoção de saúde mental sejam desenvolvidos para aumentar os cuidados com a saúde física e mental e reduzir comportamentos de risco.”Na mesma obra a autora ainda coloca que, Segundo Del Prette e Del Prette (2009), citado por Neufeld (2015), existem três justificativas para a inserção de programas de promoção de saúde mental nas escolas: (1) a própria função social da escola; (2) relação entre desempenho acadêmico e habilidades sociais; (3) as políticas de inclusão. (p. 45). Observamos que, tanto Bonfante (2019), quanto Brearley (2004) e Fonte (2019) sugerem oficinas e projetos nas escolas voltados para o desenvolvimento da Inteligência Emocional dos alunos incluindo ou não a família. Porém, Garcia (2020, n.p.) levanta a seguinte indagação, “qual a responsabilidade da escola no processo de desenvolvimento das competências socioemocionais?” e a mesma traz a resposta que na concepção dela é uma só, “precisamos formar e capacitar os professores para que sejam multiplicadores”. Ou seja, Garcia afirma que antes de pensar em implementar o desenvolvimento da Inteligência Emocional nas instituições de ensino aos alunos, é preciso que os professores estejam preparados e capacitados para contribuir para essa implementação de maneira correta. Concordamos com a resposta que a autora deu à sua própria indagação, tendo em vista que para ensinar algo, é preciso primeiramente aprender. Sendo assim, acrescentamos que ao pensar na implementação da Inteligência Emocional nas escolas públicas, é necessário capacitar os professores para tal. Portanto, percebemos aqui, a necessidade de o Pedagogo como profissional que inicia a escolarização dos educandos, ter em sua formação acadêmica uma disciplina voltada para aprendizagem sobre Inteligência Emocional e posteriormente, formações continuadas para que sejam atualizadas as metodologias e aprimorados os conhecimentos sobre o assunto. 15 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho de conclusão de curso buscou discutir sobre a importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional no âmbito escolar. A Inteligência Emocional é reconhecer as próprias emoções e a do outro e saber lidar com o que essas emoções podem causar como reação, ou seja, é filtrar as respostas dadas pelas emoções para evitar comportamentos inadequados, no intuito de manter o equilíbrio emocional. Serna (2018) confirma em sua obra a teoria em que a Inteligência Emocional é a capacidade de ouvir o próprio corpo e compreender suas emoções relacionando-se de maneira consideravelmente adequada ao ambiente. E também, a capacidade de, por meio da observação, compreender, interpretar e responder adequadamente às emoções dos outro. Sabendo que o Pedagogo é um dos principais responsáveis pela formação plena do ser humano e que essa plenitude se dá por completa quando cognição e afetividade caminham juntas, termos associados respectivamente à inteligência e emoção, que são essenciais para o processo de ensino e aprendizagem, bem como, para a socialização e sendo a escola um ambiente com essa responsabilidade interacional, entendemos que cabe a este profissional a incumbência de iniciar o desenvolvimento da Inteligência Emocional nas instituições de ensino. Pensamos que a implementação do desenvolvimento da Inteligência Emocional deve se iniciar no âmbito escolar, pois, a capacidade de envolver a criança em boas práticas contribui tanto para seu desenvolvimento quanto para sua atuação interacional neste ambiente com uma diversidade de personalidades. Vimos relevância para a realização desta pesquisa também, porque a Inteligência Emocional está sendo uma das principais características buscadas pelos recrutadores no mercado de trabalho, tendo em vista, que quem tem capacidade de lidar com as emoções sem se desestabilizar, é considerado alguém competente para exercer determinadas funções que exigem esse equilíbrio diante de situações de pressão, por exemplo. No decorrer desta pesquisa, buscamos alcançar os objetivos específicos de refletir sobre os comportamentos destrutivos mais comuns no âmbito escolar; compreender as competências socioemocionais que devem ser desenvolvidas com prioridade e refletir sobre como pode ser feita a aplicação do desenvolvimento da Inteligência Emocional na escola pública, para cumprir com o alcance do que determinamos como objetivo geral, que era investigar como a 16 implementação das competências de Inteligência Emocional na escola pública pode contribuir para a melhoria na qualidade interacional no âmbito escolar. Consideramos que conseguimos concluir com êxito esta pesquisa. Porém, a indagação e resposta trazidas pela autora Carol Garcia (2020), sobre a responsabilidade da escola neste processo de desenvolvimento das competências socioemocionais, onde a mesma afirma que primeiramente deve-se formar e capacitar os professores para então haver essa implementação, entendemos que surge uma nova linha de pesquisa para continuarmos buscando melhor maneira de efetivar a implementação da Inteligência Emocional nas instituições de ensino públicas, como realmente desejamos. Porque para ensinarmos, precisamos aprender e em se tratando de equilíbrio emocional, não pode ser feito sem uma qualificação adequada dos mediadores. REFERÊNCIAS BONFANTE, R. Habilidades socioemocionais na escola: guia prático da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Curitiba: Juruá, 2019. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. BREARLEY, M. Inteligência emocional na sala de aula. Tradução: Getúlio Elias Schanoski Júnior. São Paulo: Madras, 2004. FÉLIX, T. S. P. Timidez na escola: um estudo histórico-cultural, 2013. 159f. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente Prudente, 2013. FONTE, P. Competências socioemocionais na escola, Rio de Janeiro: WAK, 2019. GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE - Revista de Administração de Empresas, São Paulo: EAESP/FGV, v. 35, n. 2, p. 57-63, mar./abr. 1995. GOLEMAN, D. Inteligência Emocional. Tradução: Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. Recurso digital. KAUARK, F. S.; MANHÃES, F. C.; MEDEIROS, C. H. Metodologia da pesquisa: um guia prático. Itabuna: Via Litterarum, 2010. MARQUES, J. R. Competências socioemocionais – a capacidade de cada um lidar com suas emoções. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/competencias-socioemocionais- capacidade-de-cada-um-lidar-com-suas-emocoes/>. 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