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Prévia do material em texto

Ana Catarina de Melo Araújo
Boas 
Práticas em 
Vacinação
Governo Federal
Presidente
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Ministro da Saúde
Ricardo Barros
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Reitora
Ângela Maria Paiva Cruz
Vice-Reitor
José Daniel Diniz Melo
Secretaria de Educação a Distância (SEDIS)
Secretária
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Secretária Adjunta
Ione Rodrigues Diniz Morais
Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS)
Coordenador
Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim
Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EDUFRN)
Diretor
Luis Álvaro Sgadari Passeggi
Diretor Adjunto
Wilson Fernandes de Araújo Filho
Secretária 
Judithe da Costa Leite Albuquerque
Conselho Editorial (EDUFRN)
Luis Álvaro Sgadari Passeggi (Presidente)
Alexandre Reche e Silva
Amanda Duarte Gondim
Ana Karla Pessoa Peixoto Bezerra
Anna Cecília Queiroz de Medeiros
Anna Emanuella Nelson dos Santos Cavalcanti da Rocha
Arrailton Araujo de Souza
Carolina Todesco
Christianne Medeiros Cavalcante
Daniel Nelson Maciel
Eduardo Jose Sande e Oliveira dos Santos Souza
Euzébia Maria de Pontes Targino Muniz
Francisco Dutra de Macedo Filho
Francisco Welson Lima da Silva
Francisco Wildson Confessor
Gilberto Corso 
Glória Regina de Góis Monteiro
Heather Dea Jennings
Jacqueline de Araujo Cunha
Jorge Tarcísio da Rocha Falcão
Juciano de Sousa Lacerda
Julliane Tamara Araújo de Melo
Kamyla Alvares Pinto
Luciene da Silva Santos
Márcia Maria de Cruz Castro
Márcio Zikan Cardoso
Marcos Aurélio Felipe
Maria de Jesus Gonçalves
Maria Jalila Vieira de Figueiredo Leite
Marta Maria de Araújo
Mauricio Roberto Campelo de Macedo
Paulo Ricardo Porfírio do Nascimento 
Paulo Roberto Medeiros de Azevedo
Regina Simon da Silva
Richardson Naves Leão
Roberval Edson Pinheiro de Lima
Samuel Anderson de Oliveira Lima
Sebastião Faustino Pereira Filho
Sérgio Ricardo Fernandes de Araújo
Sibele Berenice Castella Pergher
Tarciso André Ferreira Velho
Teodora de Araújo Alves
Tercia Maria Souza de Moura Marques
Tiago Rocha Pinto
Veridiano Maia dos Santos
Wilson Fernandes de Araújo Filho
Conselho Técnico-Científico (SEDIS)
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo – SEDIS (Presidente)
Aline de Pinho Dias – SEDIS
André Morais Gurgel – CCSA
Antônio de Pádua dos Santos – CS
Célia Maria de Araújo – SEDIS
Eugênia Maria Dantas – CCHLA
Marcos Aurélio Felipe – SEDIS
Ione Rodrigues Diniz Morais – SEDIS
Isabel Dillmann Nunes – IMD
Ivan Max Freire de Lacerda – EAJ
Jefferson Fernandes Alves – SEDIS
José Querginaldo Bezerra – CCET
Lilian Giotto Zaros – CB
Maria Cristina Leandro de Paiva – CE
Maria da Penha Casado Alves – SEDIS
Nedja Suely Fernandes – CCET
Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim – SEDIS
Sulemi Fabiano Campos – CCHLA
Wicliffe de Andrade Costa – CCHLA
Equipe Técnica
Conteúdo
Ana Catarina de Melo Araújo
Revisão Técnica
Eva Emanuela Lopes Cavalcante Feitosa 
José Adailton da Silva
Lyane Ramalho
Revisão Pedagógica
Aline Pinho Dias
Revisão de Estrutura e Linguagem
Priscilla Xavier
Revisão de Língua Portuguesa
Bruna Lopes
Revisão de Normas ABNT
Lisandra Alves
Veronica Pinheiro
Projeto gráfico
Mauricio de Oliveira Jr.
Diagramação
Isabela Muniz
Gabriela Serejo
Ilustração
Lyézio Gonzaga
Rommel Figueiredo
Editoria
José Correia Torres Neto
Coordenação do Setor de Revisão
Maria da Penha Casado Alves
Gestão do fluxo de Revisão
Rosilene Paiva
Coordenação editorial
Kaline Sampaio de Araújo
PROGRAMA 
DE EDUCAÇÃO 
PERMANENTE 
EM SAÚDE 
DA FAMÍLIA
UNIDADE 1
Programa Nacional 
de Imunizações 
3
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Programa Nacional de Imunizações
Nesta unidade, vamos conhecer o objetivo do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e 
também as suas funções, os tipos de estratégias de vacinação e suas indicações. Finalizare-
mos a unidade didática com os conceitos básicos de vacinação, o que irá ajudar bastante na 
unidade seguinte, quando discutiremos os calendários básicos de vacinação.
4
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Aula 1: Conhecendo um pouco do 
Programa Nacional de Imunizações – PNI
Na situação problema apresentada, foi discutida a importância da realização adequada das 
ações de vacinação programadas pelo Programa Nacional de Imunizações. Você conhece o pro-
grama brasileiro de imunizações? A partir de agora, vamos fazer um breve resumo sobre ele.
No Brasil, o campo de prevenção das doenças cresceu com os resultados da erradicação da 
varíola, os quais motivaram investimentos para a ampliação do uso das vacinas. No entanto, 
durante várias décadas, as doenças imunopreviníveis se mantiveram como um grande desa-
fio para o sistema de saúde brasileiro (BRASIL, 2003).
Para fazer frente ao problema, em 1975, foi instituído o Programa Nacional de Imunizações 
(PNI) com a finalidade de coordenar ações que se desenvolviam, até então, com descontinui-
dade, pelo caráter episódico e pela reduzida cobertura. Essas atividades estavam divididas 
entre o Ministério da Saúde, com os programas verticais de tuberculose, varíola e febre ama-
rela, e as secretarias estaduais de saúde, com a vacinação contra poliomielite e sarampo e a 
aplicação da vacina tríplice bacteriana – DPT (BRASIL, 2013).
Em seu documento conceitual, o PNI refere, como exigências programáticas, que seria pre-
ciso estender a vacinação às áreas rurais, aperfeiçoar a vigilância epidemiológica em todo 
território nacional, instituir pelo menos um laboratório de controle de qualidade de vacinas, 
racionalizar a aquisição e distribuição de insumos, uniformizar as técnicas de administração 
e promover a educação em saúde para uma boa adesão da população ao Programa. Ainda 
assim, privilegiaram-se ações focadas no controle e erradicação das epidemias em forma de 
campanhas direcionadas a doenças específicas (BRASIL, 2013). 
Com a promulgação da Lei nº 6.259, de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de 
vigilância epidemiológica, da notificação compulsória de doenças e da regulamentação do 
PNI, tornou-se obrigatória a vacinação básica no primeiro ano de vida, sujeitando os pais 
infratores à suspensão do pagamento do salário família. Também, a partir daí, ocorria a 
consolidação e sistematização das normas técnicas sobre armazenamento e distribuição de 
vacinas (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013).
Durante a década de 1980, o Programa de Imunização foi incorporado na rotina dos serviços de 
saúde. A tarefa de organizar essa ação exigiu a introdução de elementos logísticos e tecnológi-
cos, visando manter as vacinas em temperaturas adequadas, desde os laboratórios produtores 
até os serviços locais de saúde. Instituiu-se uma rede complexa, constituída de elementos que 
são produtos da especialização tecnológica, tais como câmaras frigoríficas, congeladores, gela-
deiras, caixas isotérmicas, termômetros e sensores de temperatura apropriados para esses 
equipamentos. Também demandou a utilização, em larga escala, de seringas e outros insu-
mos, exigindo programação, planejamento e gerenciamento especializado (FURTADO, 2001).
5
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
A introdução desses novos elementos caracteriza o Programa Nacional de Imunizações como 
uma área de interseção entre gestão e planejamento, epidemiologia e biotecnologia, dese-
nhando um campo de práticas multidimensionais, no qual se observa a operacionalização 
de conhecimentos científicos, de tecnologias e de políticas de saúde pública (BRASIL, 2014).
Programa Nacional de Imunizações (PNI): 40 anos 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_
imunizacoes_pni40.pdf>
40 anos do Programa Nacional de Imunizações: o desafio da equidade 
<http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742013000200001>
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742013000200001
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-497420130002000016
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Aula 2: Ações de vacinação: 
rotina e campanhas de vacinação
Na situação problema foram realizadas duas estratégias de vacinação: a vacinação de rotina 
e o bloqueio vacinal. Você sabia que existem várias estratégias de vacinação? 
Após conhecermos como foi instituído o Programa de Imunizações no Brasil, que tem como 
um dos seus objetivos a ampliação de estratégias de vacinação para melhorar o acesso da 
população, vamos compreender quais são as estratégias de vacinação e quando utilizá-las.
Por que é preciso criar estratégias de vacinação? As estratégias de vacinação são o caminho 
para atingir determinado resultado, vacinando um público-alvo específico, garantindo a pro-
teção, o controle, a eliminação ou erradicação da doença. Isso se dá por meio da vacinação 
na rotina dos serviços de saúde ou em atividades extramuros, utilizando estratégias com 
equipes móveis, postos fixos temporários, vacinação casa a casa, campanhas e bloqueios 
vacinais (BRASIL, 2014). 
Você lembra da situação-problema que foi apresentada no início deste módulo? Dos trans-
tornos causados na unidade de saúde da família que Alice e Joana trabalham pela falta de 
adesão da equipe a uma rotina de serviços? Pois bem, para evitar que você vivencie pro-
blema semelhante, veja, a seguir, as estratégias de vacinação que devemos utilizar, suas 
indicações e particularidades.
7
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Fonte: Brasil (2008); OPAS (2006); Bahia (2011).
TIPOS DE ESTRATÉGIAS
INDICAÇÕES E PARTICULARIDADES
VACINAÇÃO NA ROTINA DO SERVIÇO DE SAÚDE
Proporciona o acompanhamento continuado e programado das metas previstas para identificar, 
em tempo oportuno, áreas ou grupos que merecem ser melhor “trabalhados” para adesão à 
vacinação.
1
VACINAÇÃO EM ATIVIDADES EXTRAMUROS
Adotada quando há necessidade operacional ou epidemiológica que exige colocar a vacinação 
mais acessível à população alvo por meio de equipes móveis, postos fixos temporários, vacinação 
casa a casa, campanhas e bloqueios.
2
POSTOS FIXOS TEMPORÁRIOS
Funcionam por tempo limitado. Devem ser instalados em locais de referência para a população, 
como shoppings, estações de metrô, rodoviárias, estações ferroviárias, escolas, clubes, creches etc.
3
EQUIPES MÓVEIS
É uma alternativa para vacinar pequenas comunidades e áreas remotas com população dispersa 
ou de difícil acesso, possibilitando alcançar pessoas que, de outra maneira, nunca seriam 
vacinadas.
4
VACINAÇÃO CASA A CASA
É uma ação desenvolvida por equipes móveis, adotada em surtos (varredura) e durante 
Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC). A equipe vai à casa das pessoas -> visita todos 
os domicílios de uma rua, quarteirão ou bairro. 
5
CAMPANHA DE VACINAÇÃO
Ação pontual que visa à vacinação em massa de uma população com uma ou mais vacinas.Exige 
mobilização da comunidade (divulgação).É necessário aumentar o número de postos. A população 
fica mais próxima da vacina, com obtenção de altas coberturas. Fortalece a consciência sobre a 
necessidade e a importância da prevenção e da promoção da saúde.
6
VACINAÇÃO DE BLOQUEIO
A vacinação de bloqueio é uma ação de controle prevista pela vigilância epidemiológica quando 
da ocorrência de um ou mais casos de doença imunoprevenível. Tem a finalidade de interromper 
a transmissão da doença no menor espaço de tempo possível, pela eliminação dos suscetíveis. A 
vacinação de bloqueio deve abranger todas as pessoas que tiveram contato com o caso suspeito 
no período de transmissibilidade: pessoas do mesmo domicílio, vizinhos próximos, familiares e/ou 
amigos, creches e/ou escolas e/ou local de trabalho (pessoas da mesma sala de aula, do mesmo 
quarto de alojamento ou da sala de trabalho), pacientes que estiveram em unidades de saúde no 
mesmo período do caso etc. O bloqueio vacinal deve seguir sempre o percurso do caso suspeito.
Definir a faixa etária prioritária para ações de bloqueio vacinal de acordo com a situação 
epidemiológica apresentada na localidade.
7
8
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Após conhecermos as estratégias de vacinação e como utilizá-las, vamos ver como organizar 
os materiais para executar as atividades que acontecem fora da unidade de saúde (extramu-
ros). Segue o passo a passo:
1. Definir o período mais adequado para a vacinação (época do ano, 
data, dia da semana e horários), considerando o modo de vida, os 
hábitos e costumes da população da área.
2. Contemplar no cronograma o retorno à área para completar esque-
mas vacinais, considerando o intervalo entre as doses.
3. Dispor de indicativos da localização: mapas, roteiros, croquis.
4. Dispor de quantidade suficiente de material (vacinas, insumos, 
formulários) e de equipamentos de refrigeração (refrigerador e/ou 
caixa térmica, bobinas de gelo reutilizável e termômetro).
5. Administrar todas as vacinas indicadas, conforme procedimentos 
preconizados.
6. Registrar as doses aplicadas nos formulários apropriados e preen-
cher o comprovante de vacinação para todas as pessoas vacinadas.
7. Digitar as doses aplicadas no sistema de informação recomendado.
Organizando a vacinação: subsídios para as equipes locais
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizando_vacinacao_
eliminacao_rubeola_2008.pdf>
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizando_vacinacao_eliminacao_rubeola_2008.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizando_vacinacao_eliminacao_rubeola_2008.pdf
9
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Aula 3: Conceitos básicos 
sobre vacinas e vacinação
Na situação problema foi mencionado sobre a importância do correto funcionamento da 
sala de vacinação. Para uma adequada administração de vacinas, precisamos conhecer os 
conceitos básicos sobre imunização. Vamos estudá-los?
Cada atividade humana acaba por ter um conjunto próprio de palavras que fazem sentido 
no contexto ao qual estão inseridas. Dentro da área da saúde, cada subárea apresenta um 
conjunto de termos técnicos que são próprios de sua rotina. A seguir, apresentamos um 
glossário com alguns termos básicos para quem trabalha com vacina e vacinação.
Você sabe o que é vacina?
É uma substância derivada de, ou quimicamente semelhante a, um agente infeccioso parti-
cular, causador de doença (BALLALAI, 2016; CDC, 2012).
O que a vacina causa no nosso organismo?
Essa substância é reconhecida pelo sistema imune do indivíduo vacinado, a qual induz uma 
resposta que o protege dessa doença associada ao agente. A vacina, portanto, induz o siste-
ma imunonológico a reagir como se tivesse realmente sido infectado pelo agente infeccioso 
(BALLALAI, 2016; CDC, 2012).
A imunização pela vacina pode sofrer alterações?
Sim, de duas formas:
• Fatores próprios das vacinas: quando os mecanismos de ação das vacinas são diferentes, variando 
segundo seus componentes antigênicos e adjuvantes.
• Fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina: como idade, doença de base ou intercorrente 
e tratamento imunodepressor.
E como as vacinas são constituídas?
Toda vacina é constituída pelo próprio agente infeccioso de acordo com as característi-
cas de como é utilizado esse agente. As vacinas podem ser divididas em dois grandes gru-
pos: atenuadas (VOP, Rotavírus, Tríplice Viral) e inativadas (DTP, Hepatite B, Hepatite A) 
(BALLALAI, 2016; CDC, 2012). Veja mais detalhes no quadro a seguir:
10
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Tipos 
de Vacinas Conceitos Particularidades Exemplos
Atenuadas 
(Vivas)
São vacinas em que o 
antígeno é constituído 
por agentes infecciosos 
inteiros, atenuados em 
laboratório, onde ele 
mantém a capacidade 
reprodutiva, porém, 
perde sua capacidade 
de determinar doença 
em condições normais.
Essas vacinas apresentam 
antígenos mais imunogêni-
cos; provocam eventos adver-
sos mais tardios; resposta de 
uma pode interferir na outra; 
são contraindicadas em 
gestantese imunodeprimi-
dos; sofrem interferência de 
imunoglobulinas e, em geral, 
não precisam de reforços.
VOP, Tríplice 
viral, Varicela, 
Febre Amarela, 
Rotavírus e BCG
Inativadas 
(Mortas)
Podem ser compostas 
por vírus ou bactérias 
inteiras mortas, ou fra-
ções específicas desses 
microrganismos. As 
vacinas fracionadas 
podem ser à base 
de proteínas ou 
polissacarídeos.
Apresentam antígenos menos 
imunogênicos; precisam de 
adjuvantes; provocam even-
tos adversos precoces; a res-
posta de uma não interfere 
na outra; não são contraindi-
cadas em gestantes e imu-
nodeprimidos; não sofrem 
interferência de imunoglo-
bulinas e, em geral, precisam 
de reforços. São obtidas de 
diversos modos: microrga-
nismos inteiros são inativados 
por meios físicos ou químicos; 
toxinas inativadas (toxoides 
tetânico e diftérico); vacinas 
de subunidades ou de frag-
mentos de microrganismos; 
vacinas obtidas por engenha-
ria genética; vacinas que são 
polissacarídeos extraídos de 
cápsulas; vacinas glicocon-
jugadas, em que os compo-
nentes polissacarídicos são 
conjugados a proteínas.
Hepatite B, VIP, 
Pneumo10, 
Meninigite C, 
Pentavalente, 
Hepatite A, HPV, 
DTP, Influenza, dT
Quadro 1 – Constituição das vacinas
Fonte: Ballalai (2016); CDC (2012).
11
Boas práticas de vacinação
Programa Nacional de Imunizações 
Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais
<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_
crie_.pdf>
Vamos avaliar o que aprendemos até aqui antes de prosseguir. Realize a atividade Avaliativa 
da Unidade 1.
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_crie_.pdf
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_crie_.pdf
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_crie_.pdf>
PROGRAMA 
DE EDUCAÇÃO 
PERMANENTE 
EM SAÚDE 
DA FAMÍLIA
UNIDADE 2
Calendários básicos 
de vacinação 
13
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
Calendários básicos de vacinação 
Quando iniciamos este módulo, na apresentação da situação-problema, foi abordada a fal-
ta de conhecimento da equipe de saúde a respeito da cobertura vacinal da área, além da 
dificuldade de reconhecer o caso suspeito de sarampo para tomar medidas preventivas 
vacinando a população da área de abrangência da unidade de saúde. Para evitar proble-
mas dessa natureza, além do comprometimento da equipe com as atividades realizadas, é 
necessário conhecer os calendários básicos de vacinação. Somente dessa forma é possível 
pensar em estratégias de vacinação mais efetivas e que estejam de acordo com as especifi-
cidades da população adscrita.
Agora que já estudamos o que é o PNI, as estratégias e os conceitos mais importantes para a 
vacinação, vamos discutir a importância e quais são os calendários básicos de vacinação do PNI.
14
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
Aula 1: Calendários básicos 
de vacinação
Os calendários vacinais são instrumentos utilizados para padronizar a prevenção das doenças, 
conforme os riscos específicos em cada faixa etária, por suas respectivas vacinas, o número de 
doses necessárias, seus intervalos e as recomendações de reforços, tendo como objetivo a pro-
teção individual e coletiva. São utilizados como guias quando pretendemos vacinar qualquer 
indivíduo (BALLALAI, 2016).
As recomendações dos calendários podem variar de país para país, e mesmo entre diferentes 
regiões ou populações de um mesmo país, de acordo com a epidemiologia de determinadas 
doenças. Existem calendários específicos para cada faixa etária, para situações especiais e de 
acordo com riscos ocupacionais (BALLALAI, 2016).
A introdução de uma nova vacina em um programa público, obrigatoriamente, deve levar em 
conta a frequência da doença na população, sua mortalidade e o impacto que a doença causa 
em termos de saúde pública. Paralelamente, deve haver uma análise do custo de implantação 
e manutenção do programa de vacinação. A partir daí, define-se a melhor estratégia e esquema 
vacinal (BALLALAI, 2016).
Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações vivencia mudanças no âmbito de suas várias 
dimensões, como a ampliação dos grupos-alvo, a introdução de novas vacinas e de novas tec-
nologias para a prática de injeções seguras, novas abordagens no âmbito da descentralização 
das ações de saúde, bem como na busca pela equidade da oferta de serviços e pela participa-
ção efetiva das comunidades. 
Confira a seguir os calendários básicos de vacinação atualmente vigentes: 
Veja, no quadro a seguir, exemplos de calendários ministeriais de vacinação.
Calendário Link para acesso
Calendário básico de vacinação da criança, ado-
lescente, adulto, idoso, gestantes)
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-
ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-
secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-
vacinacao>
Calendário nacional de vacinação dos povos 
indígenas
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/
pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20
-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf>
Quadro 1 – Calendários ministeriais de vacinação
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao 
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf
15
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
Portaria nº 1.533, de 18 de agosto de 2016 – Redefine o Calendário 
Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos 
Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no 
âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o 
território nacional
<http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/agosto2016/dia19/
portaria1533.pdf>
Nota informativa sobre mudanças no Calendário Nacional de 
Vacinação para o ano de 2017 
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/20/
Nota-Informativa-311-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf>
Nota Informativa 384/CGPNI/2016, que trata das Mudanças no 
Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2017
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/
Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf>
Após conhecermos os conceitos básicos de vacinação e o seu calendário, precisamos com-
preender agora os intervalos entre a administração de vacinas de antígenos para não per-
dermos a oportunidade de vacinação. Vamos lá?
Vacinas Inativadas
Não interferem com a resposta imunológica a outras 
vacinas. Assim, podem ser administradas quer simulta-
neamente, quer em qualquer tempo, antes ou depois 
de outra vacina diferente, inativada ou atenuada.
Vacina vírus atenuado
A resposta pode, teoricamente, ser comprometida, 
se a mesma for administrada com menos de quatro 
semanas de intervalo de outra vacina atenuada.
Quadro 2 – Intervalo entre a administração de vacinas de antígenos diferentes
Fonte: Ballalai (2016); CDC (2011).
http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/agosto2016/dia19/portaria1533.pdf
http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/agosto2016/dia19/portaria1533.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/20/Nota-Informativa-311-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/20/Nota-Informativa-311-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdfhttp://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional
16
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
Consulte na biblioteca virtual, os materiais para os seguintes pontos: 
Nota informativa nº 20 (CGPNI), referente à atualização da administração 
simultânea das vacinas de Febre Amarela x Tríplice Viral
Comunicado 545/2016, que trata sobre a forma em que deve ser adminis-
trada a vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) – Oral bivalente (VOP)
Quais são os pontos que devem ser observados durante 
a vacinação no atendimento de um usuário na Unidade 
Básica de Saúde?
• Conferir a idade e se está de acordo com as idades mínimas recomendadas;
• Conferir a carteira vacinal com o registro no histórico vacinal do paciente;
• Conferir intervalo correto entre as doses e intervalos mínimos recomendados.
A administração de duas ou mais vacinas de vírus atenuados devem 
ser feita no mesmo dia* ou, então, respeitando um intervalo de, pelo 
menos, quatro semanas.
*Exceções: Febre Amarela e Tríplice Viral. 
• Vacinas aplicadas simultaneamente apresentam resposta tão boa 
quanto se administradas em momentos diferentes;
• Vacina aplicada não expira;
• Uma vacina postergada é uma vacina perdida.
Fonte: Ballalai (2016); CDC (2011).
17
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
Aula 2: Contraindicações das vacinas
Como você já sabe, as vacinas são consideradas seguras. No entanto, alguns fatores, situa-
ções e condições podem ser considerados como possíveis contraindicações gerais à admi-
nistração de um imunobiológico. Essas devem ser objeto de avaliação, podendo apontar a 
necessidade do adiamento ou até mesmo da suspensão da vacinação. Assim, vamos conhe-
cer o que é uma “falsa contraindicação” e uma “contraindicação verdadeira”?
Antes de tudo, vale esclarecer que contraindicação é entendida como 
uma condição do usuário a ser vacinado que aumenta, em muito, o 
risco de um evento adverso grave ou faz com que o risco de compli-
cações da vacina seja maior do que o risco da doença contra a qual 
se deseja proteger.
E para todo imunobiológico, são consideradas contraindicações: a ocorrência de hipersensi-
bilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; e história de 
hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos (BRASIL, 2014a).
Também existem situações que provocam o adiamento da vacinação, ou seja, o indivíduo 
não pode receber a vacina naquele momento, no entanto, após a melhora do quadro, pode-
rá receber a vacina sem nenhuma contraindicação (BRASIL, 2014a, 2014b). Seguem as situa-
ções que tem essa indicação:
• usuário de dose imunossupressora de corticoide – vacine 90 dias após a suspensão ou o término 
do tratamento;
• usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com 
vacinas de agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso 
daqueles produtos;
• usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os 
sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos 
relacionados à vacina.
18
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
Algumas situações precisam de uma atenção especial, pois muitas vezes são confundidas 
com contraindicações verdadeiras e, na verdade, são falsas contraindicações. Nesses casos, 
o profissional precisa ficar bastante atento, pois a falsa orientação pode interferir de forma 
importante para o alcance das metas e dos percentuais de cobertura dos grupos-alvo. 
Seguem os exemplos de situações que caracterizam a ocorrência 
de falsas contraindicações (BRASIL, 2014):
• doença aguda benigna sem febre – quando a criança não apresenta 
histórico de doença grave ou infecção simples das vias respiratória 
superiores;
• prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser 
administradas na idade cronológica recomendada, com exceção 
para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com 
peso ≥ 2 kg;
• ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a 
exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar 
da injeção);
• diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coque-
luche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola;
• doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente;
• antecedente familiar de convulsão ou morte súbita;
• alergias, exceto as alergias graves a algum componente de deter-
minada vacina (anafilaxia comprovada);
• história de alergia não específica individual ou familiar;
• história familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão);
• uso de antibiótico, profilático ou terapêutico, e antiviral;
• tratamento com corticosteroides em dias alternados, em dose não 
imunossupressora; 
• uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de 
manutenção fisiológica; 
• quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os 
vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da caxumba 
ou da rubéola; 
19
Boas práticas de vacinação
Calendários básicos de vacinação 
• convalescença de doenças agudas;
• usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina 
raiva (inativada); 
• internação hospitalar;
• mulheres no período de amamentação (considere as situações de 
adiamento para a vacina febre amarela).
Manual de Procedimentos e Normas para Vacinação
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/
Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf>
Manual dos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/09/
manual-cries-9dez14-web.pdf>
Nota técnica nº 05/2010/CGPNI/DEVEP/SVS/MS – Recomendação 
da Vacina Febre Amarela VFA (atenuada) em mulheres 
que estão amamentando
Consulte a biblioteca virtual.
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/09/manual-cries-9dez14-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/09/manual-cries-9dez14-web.pdf
PROGRAMA 
DE EDUCAÇÃO 
PERMANENTE 
EM SAÚDE 
DA FAMÍLIA
UNIDADE 3
Preparação e 
administração 
das vacinas e 
conservação de 
imunobiológicos
21
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Preparação e administração das vacinas 
e conservação de imunobiológicos
Para garantir que o PNI continue sendo um programa de sucesso e que os calendários 
básicos de vacinação sejam eficazes, precisamos administrar esses imunobiológios de uma 
maneira segura e eficaz. Então, convido você para conhecer as vias e técnicas de adminis-
tração de vacinas. Vamos lá?
22
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Aula 1: Vias e técnicas 
de administração de vacinas
Por muito tempo, o Programa Nacional de Imunizações tinha como grande objetivo o alcance 
das coberturas vacinais, no entanto, ao longo dos anos, foi aumentando o número de vacinas 
introduzidas no calendário básico de vacinação. Dessa forma, começou a se pensar na utiliza-
ção correta das técnicas de administração de vacinas, para que os erros não sobressaíssem ao 
número de casos das doenças imunopreviníveis.
O maior objetivo ao se realizar a administração correta de uma vacina é assegurar que essa 
atinja uma imunidade máxima com o mínimo de dano possível. Administrar uma vacina requer 
habilidade e conhecimento por parte do profissional que está realizando o procedimento.Significa dizer que o conhecimento de quem aplica interfere diretamente no processo de 
imunização, pois o sucesso não depende apenas do sistema imunológico do indivíduo, da 
vacina e de como ela foi e está sendo manipulada desde sua fabricação até sua aplicação, 
mas também se o local e a via de aplicação foram escolhidas corretamente, se o produto foi 
manipulado adequadamente e, principalmente, se essa vacinação está sendo realizada no 
momento correto (BRASIL, 2014).
A técnica de aplicação, sem dúvida, merece atenção especial, mas outros aspectos também são 
importantes e devem ser observados (CDC, 2011; WHO, 2010):
• o atendimento e a atenção ao indivíduo fazem diferença. O profissional deve sempre lembrar que 
diferentes pessoas têm diferentes necessidades;
• a orientação deve ser sempre objetiva, concisa e desprovida de informações supérfluas. As dúvi-
das, explícitas ou implícitas, devem ser esclarecidas, lembrando que ansiedade e medo de injeção 
são comuns em qualquer idade; 
• o ambiente deve ser acolhedor e inspirar confiança. As áreas de conservação e aplicação devem 
transmitir a imagem de qualidade em todos os momentos.
A utilização de boas práticas na administração de vacinas é de responsabilidade dos profissio-
nais de saúde, como também o cumprimento das práticas de aplicação de vacinas seguras, 
bem como o controle de infecções. Considera-se injeção segura de vacina, aquela que:
• não causa dano ao vacinado;
• não expõe o vacinador a qualquer risco evitável; e
• não resulta em resíduo que seja perigoso aos profissionais, outras pessoas e ao ambiente.
23
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Vídeo 1
As vacinas passam por anos e anos de pesquisa e desenvolvimento, o curso de produção 
é elevado, tudo isso para se obter uma vacina eficaz e segura. Assim, a aplicação deve ser 
feita de maneira cuidadosa, respeitando as normas técnicas, evitando não só a redução da 
eficácia, mas também os eventos adversos pós-vacinação, o que é perfeitamente possível se 
a aplicação for feita de maneira correta. Nesse contexto, devemos sempre perseguir o certo. 
Veja o Infográfico 1 que está no AVASUS.
Assim, as boas práticas de vacinação ocorrem quando as normas técnicas são executadas 
corretamente, garantindo resultados confiáveis da ação realizada. Agora, vamos assistir a 
um vídeo que sintetiza as boas práticas para administração de vacinas.
Quando houver necessidade de administrar mais de uma vacina 
simultaneamente, prefere-se aplicar cada uma em um diferente local 
anatômico. Se não for possível, então o vasto lateral coxa ou o del-
toide, em adulto, serão o local de escolha e as duas injeções devem 
ser adequadamente separadas cerca de 2,5 cm a 5,0 cm.
Veja o capítulo 6 do Manual de Normas e Procedimentos para 
Vacinação: 
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/
Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf>
Infográfico 1
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf
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Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Aula 2: Registro de dados para 
a avaliação da cobertura vacinal
Ao término da administração de uma vacina precisamos registrá-la nos boletins de registro para 
que esse dado seja posteriormente transformado em informação. Isso nos mostrará a cober-
tura vacinal, um indicador que representa o percentual de indivíduos imunizados com deter-
minada vacina, em determinado espaço geográfico e determinado período de tempo. Leva em 
consideração o esquema completo de vacinação para cada doença. Corresponde, portanto, 
ao percentual de pessoas vacinadas e potencialmente protegidas contra determinada doença.
O impacto epidemiológico causado pela vacina dependerá, principalmente, das taxas de 
cobertura vacinal e de sua homogeneidade (proporção de municípios com cobertura ade-
quada para determinada vacina). Com dados de cobertura, pode-se concluir, entre outros 
aspectos, sobre:
• o acesso da população ao serviço – cobertura de BCG, primeiras doses da pentavalente (difteria, 
tétano, coqueluche, hemófilos, hepatite B), poliomielite etc.;
• o grau de aceitação da comunidade ao programa de vacinação;
• a eficiência do serviço (taxa de abandono da vacina contra poliomielite, da pentavalente etc.).
E como podemos calcular a cobertura vacinal?
Usualmente, as coberturas vacinais são obtidas pelo método administrativo, que é conside-
rado um método indireto de cálculo, pois utiliza no numerador o total de doses aplicadas e 
no denominador a população-alvo, multiplicando-se por cem. Embora seja um método váli-
do para orientar o planejamento das ações, merece cautela, pois pode fornecer resultados 
superestimados ou subestimados, seja por erros de registro de doses aplicadas (numera-
dor), ou por erros nas estimativas populacionais que compõem o denominador do indicador.
População alvo
Cobertura vacinal (%) = Número de doses aplicadas de determinada vacina X 100
Deve-se priorizar a obtenção e o acompanhamento das coberturas das vacinas que fazem 
parte do esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, que deve 
ser completado até 12 meses de idade. Entretanto, podem ser calculadas coberturas 
vacinais para outras faixas etárias, como ocorre nas campanhas de vacinação. 
25
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
- Numerador do indicador: número de doses aplicadas de determinada vacina 
Para o cálculo das coberturas das vacinas do esquema básico de vacinação, considerar a 
dose da vacina capaz de conferir imunidade duradoura e a faixa etária da criança (< 1 ano 
para todas as vacinas, exceto tríplice viral; e 1 ano para tríplice viral).
Tabela 1 – Esquema básico de vacinação
Vacina do 
esquema básico Proteção contra População-alvo
Dose para o cálculo da 
cobertura vacinal**
BCG Formas graves de tuberculose < 1 ano Dose única
Pentavalente
Difteria, tétano, pertussis 
(coqueluche), hepatite B e 
Haemophilus influenzae B
< 1 ano 3ª dose
VIP Poliomielite < 1 ano 3ª dose
Pneumo 10 Infecções por 10 cepas de pneumococo < 1 ano 2ª dose
Rotavírus Diarreia por rotavírus < 1 ano 2ª dose
Meningo C Infecções por meningococo C < 1 ano 2ª dose
Febre Amarela* Febre amarela < 1 ano Dose inicial 
Tríplice viral Sarampo, caxumba, rubéola 1 ano 1ª dose
* Só é indicada em algumas regiões do país. Não é utilizada, por exemplo, no esquema básico de 
vacinação em Pernambuco.
** Dose considerada capaz de conferir imunidade duradoura: 1ª, 2ª, 3ª dose ou dose única, conforme 
a vacina.
26
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
- Denominador do indicador: população-alvo
Em todos os estados e municípios do País, a partir de 2006, a população-alvo para o cálculo 
das coberturas vacinais é:
• em menores de 1 ano – considerar o número de nascidos vivos, obtidos no Sinasc, como denomi-
nador do indicador;
• em crianças com 1 ano – considerar o número de nascidos vivos do ano anterior, obtidos no 
Sinasc;
• nas demais faixas etárias – estimativas populacionais do IBGE (número de habitantes), por municí-
pio, faixa etária e sexo (disponíveis no site do Datasus).
Para o ano em curso, os dados disponíveis de doses aplicadas e 
coberturas vacinais serão sempre preliminares, até o fechamento do 
banco de dados do referido ano. Os dados são considerados finais no 
mês de março do ano seguinte. Assim, a população-alvo considerada 
será a meta mensal multiplicada pelo número de meses corridos, a 
não ser para as campanhas, quando é considerada a população-alvo 
anual integral.
Exemplo de meta mensal e meta mensal acumulada: total de nasci-
dos vivos = 600 crianças. Meta mensal = 600/12 = 50 crianças. Meta 
acumulada para o mês de maio = 50 x 5 meses= 250 crianças. 
Os dados do Sinasc podem sofrer alterações posteriores, as quais 
nem sempre se refletem na população-alvo considerada. Quando 
os dados do Sinasc de determinado ano não estão disponíveis, são 
utilizados os dados do ano anterior.
Como os municípios deverão processar os dados?
Em municípios que processam os dados no Sistema API-Web, o registro das doses adminis-
tradas é realizado no Boletim Diário de Doses Aplicadas, segundo o tipo de vacina, a idade e 
a dose administrada, cujos dados são consolidados nos Boletins Mensais. 
Nos municípios em que o SI-PNI está implantado, os dados sobre as doses aplicadas são fei-
tos por usuário na Ficha de Registro do Vacinado, processada na própria sala de vacinação.
27
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Os dados sobre as doses aplicadas processados no API-Web ou no SI-PNI formam o banco 
de dados, a partir do qual é possível extrair o numerador da cobertura vacinal. Esse banco 
de dados pode ser acessado no município, na GERES, no Estado e no Ministério da Saúde, 
pelo pessoal que trabalha no Programa de Imunização das diferentes instâncias.
Os dados também estão disponíveis no site do Datasus (<http://pni.datasus.gov.br/inf_
estatistica_cobertura.asp>) para tabulação e obtenção do número das coberturas vacinais já 
calculadas ou de doses aplicadas.
Denominadores para o cálculo de coberturas vacinais: um estudo 
das bases de dados para estimar a população menor de um ano 
de idade
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_
coberturas_vacinais.pdf>
Vigilância das coberturas de vacinação: uma metodologia para 
detecção e intervenção em situações de risco
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_coberturas_
vacinacao.pdf>
Boletim Epidemiológico - Volume 46 - nº 30 - 2015 - Programa 
Nacional de Imunizações: aspectos históricos dos calendários 
de vacinação e avanços dos indicadores de coberturas vacinais, 
no período de 1980 a 2013
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/
besvs-pni-v46-n30.pdf>
Hoje as informações de imunização são registradas e disponibilizadas por meio dos sistemas 
de informação do Programa de Imunização. As primeiras iniciativas sobre a informatização 
dos registros de vacinação datam do ano de 1990, na região Nordeste, com apoio do Fundo 
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), inicialmente, fracassadas por insuficiência 
de recursos financeiros. Entre os anos de 1993 e 1994, com apoio do Departamento de 
Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), essa iniciativa foi retomada com êxito, 
de modo que em 1997 o sistema informatizado estava implantado em todas as Unidades 
Federadas (BRASIL, 2013). Atualmente, os sistemas mais utilizados são:
http://pni.datasus.gov.br/inf_estatistica_cobertura.asp
http://pni.datasus.gov.br/inf_estatistica_cobertura.asp
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_coberturas_vacinais.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_coberturas_vacinais.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_coberturas_vacinais.pdf>
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_coberturas_vacinacao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_coberturas_vacinacao.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/besvs-pni-v46-n30.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/besvs-pni-v46-n30.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/besvs-pni-v46-n30.pdf>
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Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
APIWEB
O APIWEB visa propiciar a avaliação regular e sistemática dos dados e das cober-
turas vacinais (campanha e rotina), conforme faixa etária alvo e imunobiológico 
específico, subsidiando o planejamento das ações de vacinação e a alocação de 
recursos gerenciais (de pessoas, financeiros, materiais) (BRASIL, 2014).
O APIWEB – embora seja um sistema útil ao monitoramento das coberturas vaci-
nais, simples, aceitável pelo usuário e flexível – tem sido inoportuno e subutilizado 
considerando as suas potencialidades em subsidiar a própria área de imunizações 
e da vigilância epidemiológica de agravos específicos na intervenção em tempo 
hábil. Todos esses problemas geraram, ao longo dos anos, demandas de mudança 
no mecanismo de registro de dados sobre vacinação no país, sobretudo adotan-
do-se um sistema de informação que forneça dados nominais do vacinado e por 
procedência, permitindo uma análise mais consistente dos indicadores da área 
de imunizações no país. Na perspectiva de atender a essa demanda, o PNI, em 
parceria com o Datasus, iniciou, em 2005, as primeiras discussões para a constru-
ção desse sistema. Entretanto, somente no ano de 2009 investimentos maiores 
foram empreendidos nesse propósito. Em fase avançada de desenvolvimento, o 
sistema de informação em construção, mantendo a sua denominação de Sistema 
de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), é composto por 
módulos que consolidarão, em um único banco, os dados do PNI (BRASIL, 2014).
SI-PNI
O SI-PNI permite a entrada de dados por indivíduo e sua procedência (município 
de residência); aprazamento de vacinação; estratégia de vacinação utilizada (rotina, 
intensificação, bloqueio, campanha, especial); grupos populacionais específicos 
(quilombolas, privados de liberdade, indígenas, assentados, população geral); 
mobilidade dos indivíduos; adesão e evasão ao programa, oportunidade perdida 
de vacinação; movimentação de imunobiológicos (laboratório produtor/fornecedor 
do imunobiológico; lotes disponíveis e utilizados; utilização de imunobiológicos, 
inclusive perdas físicas e técnicas), além de alimentar o SI-EAPV, que dispõe de 
uma versão on line (BRASIL, 2015).
Além das características já citadas, acrescenta-se que o novo sistema, na sua concep-
ção, tem caráter descentralizado, uma vez que não somente a coleta, mas também 
a digitação dos dados é feita no domínio do município. A instalação do software 
pode ser feita desde a sala de vacina até o nível central da gestão do município 
(BRASIL, 2015). O infográfico a seguir apresenta algumas vantagens do SI-PNI.
29
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Vantagens do SI-PNI
Veja, no infográfico a seguir, as vantagens do Sistema de informação do Programa 
Nacional de Imunização.
Permitir a obtenção de indicadores por município de residência;
incorporar outras variáveis importantes – estratégia de vacinação utilizada, pertencimento a 
grupos populacionais especí�cos etc.;
permitir informações da movimentação de imunobiológicos em todos os níveis do Programa;
possibilitar informações sobre a mobilidade dos indivíduos, adesão e evasão ao programa, 
coberturas vacinais e homogeneidade de coberturas mais reais;
estimular a informatização das salas de vacina e socialização das informações.
Vantagens
Indicadores
Taxa de 
abandono
Eventos 
adversos
Imunos 
utilizados
Corbeturas
vacinais
Doses 
aplicadas
CRIE
Centro de Referência
em Imunobiológicos 
Especiais
EAPV
Eventos Adversos 
Pós-vacinação
API
Avaliação do Programa 
de Imunização
AIU
Apuração dos 
Imunobiológicos 
utilizados
SI-PNI
Sistema de informação do 
Programa Nacional de Imunização
30
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Agora que você já conhece um pouco sobre o SI-PNI, vamos ver no próximo infográfico 
como funciona o fluxo de informação no sistema.
Fluxo de informação do SI-PNI
 A unidade preenche o instrumento e/ou digita os dados no sistema
Os dados são encaminhados para a base municipal
A base municipal transfere os dados para a base nacional
As bases regionais e estaduais monitoram o envio e avaliam os dados
Município
Base de dados
CG-PNI
EstadoRegional
Unidade
Unidade
Instrumento
31
Boas práticasde vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Para saber mais sobre o SI-PNI e sua implantação, assista as 
vídeoaulas produzidas pelo Ministério da Saúde:
Módulo 1 - <https://www.youtube.com/watch?v=UnX--qKPPLk>
Módulo 2 - <https://www.youtube.com/watch?v=w7qc5i5iwvE>
Módulo 3 - <https://www.youtube.com/watch?v=q2wXfY9B7cQ>
Módulo 4 - <https://www.youtube.com/watch?v=LLqJzBDSCjY>
Módulo 5 - <https://www.youtube.com/watch?v=lY1a3DHSUp0>
Módulo 6 - <https://www.youtube.com/watch?v=W8aTwhpH6BI>
Módulo 7 – <https://www.youtube.com/watch?v=yDJQBjEpb14>
Módulo 8 – <https://www.youtube.com/watch?v=d7W1iVYy2WI>
Módulo 9 – <https://www.youtube.com/watch?v=hQbhWb7fHeE>
Módulo 10 - <https://www.youtube.com/watch?v=iI5gyiVpGCQ>
Manual para registro de doses aplicadas no Sistema de Informação 
online de Avaliação do Programa de Imunizações – APIWEB/2014 
Consultar biblioteca virtual
Manual do Sistema de Informação do Programa Nacional de 
Imunizações SIPNI/2015
Consultar biblioteca virtual
Instrumentos de coleta de dados
O SI-PNI utiliza dois instrumentos de coleta de dados: 
• um para o registro de doses aplicadas em cada usuário da sala de vacinação (Ficha do Vacinado);
•  e outro para o registro da movimentação das doses de imunobiológicos em todas as esferas de 
gestão do Programa. 
https://www.youtube.com/watch?v=UnX--qKPPLk
https://www.youtube.com/watch?v=w7qc5i5iwvE
https://www.youtube.com/watch?v=q2wXfY9B7cQ
https://www.youtube.com/watch?v=LLqJzBDSCjY
https://www.youtube.com/watch?v=lY1a3DHSUp0
https://www.youtube.com/watch?v=W8aTwhpH6BI
https://www.youtube.com/watch?v=yDJQBjEpb14
https://www.youtube.com/watch?v=d7W1iVYy2WI
https://www.youtube.com/watch?v=hQbhWb7fHeE
https://www.youtube.com/watch?v=iI5gyiVpGCQ
32
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Aula 3: Cadeia de frio
Já vimos como administrar e registrar as vacinas, vamos agora compreender todo o proces-
so de armazenamento e transporte.
A credibilidade de um programa de imunização é dependente da segurança, potência e qua-
lidade das vacinas. A incorreta conservação, o armazenamento e manuseio inadequados 
das vacinas pode resultar em uma perda da potência, ou aumentar os eventos adversos de 
algumas vacinas. Como consequência, a confiança do público nos programas de imunização 
pode ser prejudicada, colocando ainda mais vidas em risco (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013).
A inativação de uma vacina, que nem sempre é verificável pela simples inspeção, pode ocor-
rer por falhas no armazenamento, transporte ou manuseio no momento da aplicação. Como 
a determinação da validade pode ser verificada somente em laboratório, o que é trabalhoso, 
demorado e oneroso, é imprescindível que todos os profissionais de saúde estejam fami-
liarizados com os princípios e com as normas corretas de conservação das vacinas, desde a 
sua produção até a sua aplicação (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013).
Você sabe o que a cadeia de frio?
Define-se como cadeia de frio o caminho pelo qual a vacina percorre desde a produção até 
o usuário final. Qualquer quebra na temperatura ou condição de manipulação ideais em um 
dos pontos da rede compromete a qualidade dos produtos nos demais (BRASIL, 2013).
Você sabia que o principal elemento de uma cadeia de frio é a temperatura? 
As vacinas são conservadas nos diversos setores da cadeia de frio em temperaturas 
específicas, que levam em conta os antígenos e os adjuvantes da sua composição. Esses 
elementos são fundamentais para definir se uma vacina pode ou não ser congelada. Nas 
instâncias local e municipal, a rede de frio deve armazenar os imunobiológicos em câmeras 
de armazenamento específicas para vacinas, com temperatura na faixa de +2°C a +8°C. 
(BRASIL, 2013; BALLALAI, 2016).
33
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Por que perseguir os 5 ºC?
Porque 5 graus Celsius (5 °C) é o ponto médio entre +2 °C - +8 °C, que 
é a faixa de temperatura recomendada para o armazenamento de 
vacinas. Muitas são danificadas ou destruídas em temperaturas fora 
dessa faixa. Lembrando que algumas são sensíveis ao calor e outras 
não suportam o congelamento. Mantendo a temperatura de 5 °C, 
garante-se uma faixa de segurança, evitando aquecimento (mais de 
8 ºC) ou congelamento (menos de 2 ºC) (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013).
Procedimentos básicos para armazenamento dos 
imunobiológicos
A cadeia de frio em um serviço de imunização inicia quando as vacinas são recebidas. E o 
que devemos fazer no momento da recepção das vacinas?
• Avaliar as condições das bobinas de gelo;
• avaliar as condições da(s) caixa(s) térmica(s);
• verificar a temperatura interna da caixa de transporte;
• avaliar as condições das vacinas dentro da(s) caixa(s) térmica(s).
34
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
E se todas as condições avaliadas estiverem corretas:
• armazenar de imediato cada imunobiológico, de acordo com sua estabilidade.
Pronto! Agora você já recebeu a vacina e precisa armazenar. O que deve fazer?
A câmara de conservação de vacinas é um elemento imprescindível na cadeia de frio. Em seu 
interior, as vacinas deverão ser conservadas entre 2 ºC e 8 ºC até o momento de sua utilização. 
É importante respeitar algumas orientações (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2014) para garantir a efi-
cácia dos imunobiológicos, das quais destacamos as mais importantes:
• equipamentos devem ser exclusivos para a conservação.
• utilizar termômetro, de preferência, com alarme para grau máximo 
e mínimo, e que indique e registre as variações de temperatura;
• fazer a leitura do termômetro, verificando as temperaturas máxima 
e mínima atingidas, no mínimo duas vezes ao dia, registrando-as 
em mapa de controle diário de temperatura;
• colocar à frente nas prateleiras as vacinas com prazo de validade 
mais próximo do vencimento, para que sejam utilizadas primeiro;
• conferir periodicamente a data de validade das vacinas, retirando 
as que estiverem fora da validade;
• manter os diluentes na câmara antes do uso, para que no momento 
da diluição, estejam à temperatura de 2 ºC a 8 ºC, sendo que esses 
não devem ser congelados.
E se ocorrer alguma falha? O que devo fazer?
Quando houver falhas e/ou dúvidas em relação à rede frio, o responsável pela rede frio 
do município ou secretaria estadual devem ser contatados. E para saber qual a conduta 
a ser tomada com a vacina que sofreu alteração de temperatura, faz-se necessário saber 
(BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013):
• a temperatura de exposição;
• o tempo de exposição;
• a validade da vacina e
• se a vacina já foi exposta à alteração de temperatura anteriormente.
35
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Veja o Instrumento para Registro de Ocorrência de Alterações 
Diversas (desvio(s) de qualidade no(s) imunobiológico(s), nas pági-
nas 139 e 140 do Manual de Rede de Frio do Programa Nacional 
de Imunizações:
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-
rede-frio.pdf>
Os refrigeradores tipo “duplex” e tipo “frigobar” não podem ser utilizados. 
No caso de oscilações de energia elétrica, esses equipamentos não 
mantêm a temperatura exigida, podendo haver congelamento ou 
temperatura acima de 8 ºC (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013)
Em 2013, o Ministério da Saúde, por meio do Manual de Rede de Frio, orientou que os 
refrigeradores domésticos não deveriam mais ser utilizados nas salas de vacina. Assim, 
deveriam ser substituídos gradativamente por equipamentos específicos de armazenamen-
to de vacinas. Como ainda existem salas de vacina com esse tipo de refrigerador, seguem os 
cuidados especiais na utilização de refrigeradores de uso doméstico.
Os refrigeradores fabricados a partir de 1996 têm estabilidade menor e maior risco de 
sofrer alterações de temperatura, pois não possuem mais o gásCloro Flúor Carbono (CFC). 
Recomendam-se, portanto, alguns cuidados especiais quanto ao seu uso (BALLALAI, 2016; 
BRASIL, 2013):
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf
36
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
• ajustar o termostato de modo a encontrar o ponto ideal que vai 
permitir a manutenção da temperatura do refrigerador entre +2ºC 
e +8ºC. O termostato depois de ajustado não deve ser manipulado, 
nem mesmo durante a limpeza;
• manter uma temperatura de +5ºC, essa temperatura é a ideal para 
assegurar a manutenção do equipamento dentro das condições 
preconizadas nas oscilações da corrente elétrica;
• não guardar vacinas na porta ou na parte de baixo do refrigerador, 
pois quando a porta é aberta, essas áreas do equipamento são as 
primeiras a sofrer o impacto da temperatura ambiente, apresentando 
grande variação de temperatura;
• não colocar garrafas na porta da geladeira, pois, com o passar do 
tempo, o peso poderá impedir a perfeita vedação do refrigerador;
• retirar a tampa da caixa de verduras, e, em seu lugar, colocar garrafas 
com água, o que contribui para estabilizar a temperatura interna 
do refrigerador;
• conservar no congelador pacotes de gelo reciclável, para manter 
por mais tempo a temperatura interna do refrigerador na falta de 
energia elétrica;
• manter o congelador livre de acúmulo de gelo;
• manter o termômetro para medir temperaturas máxima e mínima 
permanentemente dentro do refrigerador, na prateleira do meio. 
Quando do uso de termômetro digital de momento, máxima 
e mínima, o mesmo deve ser afixado na porta externa do refrige-
rador e o cabo extensor deve ser introduzido pelo lado de fixação 
das dobradiças, afixando o sensor (bulbo) na parte central da 
segunda prateleira;
• verificar sempre se a borracha de vedação do refrigerador está 
íntegra (teste do papel);
• deixar um espaço livre entre as caixas de vacinas. Esse procedimento 
serve para melhorar a circulação do ar frio interno, pois esses refri-
geradores não possuem o sistema de circulação de ar forçado, que 
dá maior estabilidade ao equipamento;
• manter as vacinas afastadas da parede cerca de 4 cm do fundo e 
das laterais do refrigerador.
37
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Organização dos imunobiológicos 
no refrigerador doméstico
Após compreendermos quais os cuidados que devemos ter com o refrigerador doméstico, 
vamos conhecer a sua organização interna. Nos refrigeradores domésticos, os imunobioló-
gicos devem ser organizados por tipo viral (Tríplice viral, varicela, Febre Amarela, VOP) ou 
bacteriano (Pneumo10, VIP, Hepatite B, Hepatite A, Meningo C) e acondicionados nas 2ª e 3ª 
prateleiras, colocando-se na frente os produtos com prazo de validade mais curto para que 
sejam utilizados antes dos demais.
Não acondicione imunobiológicos na 1ª prateleira, nem no compartimento inferior (gaveta) 
desses equipamentos, pois esses compartimentos estão muito próximos do congelador e 
qualquer alteração de temperatura pode congelar as vacinas.
Coloque garrafas preenchidas com água misturada a um corante (azul de metileno, anil, vio-
leta de genciana) na gaveta da parte de baixo do refrigerador, ocupando todo o espaço para 
que, caso ocorra falta de energia, essas ajudem na manutenção da temperatura externa por 
mais tempo.
Você sabe como transportar as vacinas adequadamente?
O transporte das vacinas é um dos elos fundamentais para uma adequada cadeia de frio. 
Deve-se assegurar que em todo o itinerário as normas de armazenamento sejam rigorosa-
mente seguidas, desde o acondicionamento até o destino final. 
E quais são os procedimentos básicos para o transporte de imunobiológicos?
O empacotamento para o transporte das vacinas deve ser feito em salas climatizadas, e o 
transporte deve ser feito em caixas térmicas adequadas que propiciem a manutenção da tem-
peratura em todo o seu percurso. Portanto, recomenda-se (BRASIL, 2013; BALLALAI, 2016):
38
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
• dispor de bobinas de gelo reciclável em quantidade suficiente;
• escolher o tamanho e a qualidade adequados da caixa térmica;
• acondicionar, sempre que possível, as vacinas que podem ser con-
geladas em uma caixa térmica e em outra as que não podem ser 
congeladas. Também é importante retirar as bobinas de gelo reciclá-
vel do congelador ou freezer, deixando-os à temperatura ambiente 
entre 15 e 30 minutos, até as gotas de água aparecerem na superfície, 
pois assim o gelo estará com temperatura em torno de 0º, evitando, 
portanto, o congelamento das vacinas. Conforme orientação do 
Manual de Rede de Frio do Ministério da Saúde, deve ser utilizado 
um termômetro de cabo extensor para verificar a temperatura;
• dispor as vacinas na caixa térmica, deixando-as circundadas (ilhadas) 
pelas bobinas de gelo reciclável;
• colocar o bulbo do termômetro de cabo extensor no centro da caixa, 
entre as vacinas, e fixar o termômetro na parede externa da caixa;
• verificar a temperatura após 30 minutos e registrar, em impresso 
apropriado, a data e a hora do transporte;
• fechar a caixa térmica (vedando, se necessário, a tampa da caixa 
com fita adesiva), não deixando frestas ou folgas. Caso seja para 
utilização da caixa na sala de vacina, não há necessidade de vedar;
• identificar a caixa externamente, identificando o conteúdo (tipo e 
quantidade de vacinas) e o destinatário. Caso seja para utilização da 
caixa na sala de vacina, não há necessidade de colocar o destinatário;
• manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante 
de fontes de calor (motor, aquecedor, fonte luz);
• manipular a caixa térmica com cuidado, evitando a quebra dos 
imunobiológicos;
• verificar a temperatura no interior da caixa térmica para registrá-la 
em impresso próprio, quando do recebimento das vacinas;
Esse procedimento também deverá ser seguido ao montar as caixas térmicas para vacinas 
de uso diário na sala de vacina.
39
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Você sabia que a quantidade de bobinas de gelo colocada dentro da caixa 
interfere na temperatura interna da caixa?
Com isso, cabe lembrar que, ao utilizar bobinas de gelo reciclável em temperaturas em tor-
no de -10 ºC a -20 ºC, corre-se o risco de, em determinado momento, a temperatura das vaci-
nas ficar próxima à temperatura do gelo. Como consequência, as vacinas poderão congelar, 
inativando determinados imunobiológicos (exemplo: vacina hepatite B, influenza, DTP etc.) 
(BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013).
Em caso de situações de emergência (interrupção de energia), o que devo fazer?
O refrigerador pode deixar de funcionar por motivo de corte de energia elétrica ou por 
defeito. A falta de energia por um período prolongado pode inutilizar totalmente alguns 
imunobiológicos. Portanto, é essencial que o serviço de imunização tenha por escrito as 
rotinas, em caso de falta de energia, e que os profissionais do serviço as conheçam. 
Vamos agora conhecer os procedimentos básicos em situações de emergência (BALLALAI, 
2016; BRASIL, 2013, 2014):
• manter fechado, NÃO abrir o refrigerador, e monitorar, rigorosa-
mente, a temperatura interna por meio do termômetro externo, 
quando ocorrer interrupção do fornecimento de energia elétrica 
ou em caso de falha do equipamento;
• proceder a transferência imediata dos produtos para outro equipa-
mento (refrigerador ou caixa térmica) que esteja com temperatura 
entre +2 ºC a +8 ºC, caso a corrente elétrica não seja restabelecida 
ou a falha no equipamento não seja solucionada no prazo máximo 
de duas horas, ou quando a temperatura estiver próxima de +8 ºC;
• dispor de bobinas de gelo reutilizáveis congeladas para seremusa-
das, caso necessário, no acondicionamento dos imunobiológicos 
em caixas térmicas;
• manter comunicação constante com a empresa local de energia elé-
trica, a fim de ter informação prévia sobre eventuais cortes de energia.
É imprescindível que todas as pessoas envolvidas com a vacinação tenham conhecimentos 
dos princípios e das normas corretas para a conservação das vacinas. Por essa razão, é 
muito importante que os profissionais de saúde que trabalham com imunizações conheçam 
as características das vacinas que administram e estejam familiarizados com as normas de 
conservação e armazenamento delas.
40
Boas práticas de vacinação
Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério 
da Saúde, capítulo 6, que trata dos procedimentos para admi-
nistração de vacinas:
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/
Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf>
Manual de Rede de Frio do Ministério da Saúde, que dentre outros 
temas, trata do uso de câmeras específicas para salas de vacina:
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-
rede-frio.pdf>
Vamos avaliar o que aprendemos até aqui antes de prosseguir. No AVASUS, realize a ativi-
dade Avaliativa da Unidade 3.
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf
PROGRAMA 
DE EDUCAÇÃO 
PERMANENTE 
EM SAÚDE 
DA FAMÍLIA
UNIDADE 4
Vigilância de 
eventos adversos 
pós-vacinação 
(EAPV)
42
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Vigilância de eventos adversos pós-
vacinação (EAPV)
Após discutirmos as boas práticas de vacinação (administração e rede de frio), vamos estu-
dar as possíveis reações adversas decorrentes das vacinas. Você sabia que o Brasil tem um 
sistema de informação para a notificação da suspeita evento adverso? Vamos conhecê-lo?
43
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Aula 1: Sistema nacional 
de vigilância dos EAPV
Como todo produto biológico, as vacinas não são isentas de reações adversas. Por isso, o PNI 
procura utilizar vacinas cada vez mais seguras e menos reatogênicas. Assim, para monitorar as 
possíveis reações, vigiamos a utilização dessas na população.
Você sabe quais são os objetivos do sistema de vigilância do EAPV?
• Normatiza as atividades de notificação e investigação;
• consolida, analisa os casos e divulga as informações;
• normatiza as condutas e ações a serem adotadas para controlar e prevenir os eventos adversos; e
• identifica lotes mais reatogênicos que causam mais eventos adversos pós-vacinação e decide 
quanto à sua utilização ou suspensão.
Então, o que devemos fazer para monitorar adequadamente as reações vacinas? Precisamos 
notificar qualquer reação indesejada após a vacinação. 
Notificação, o que significa?
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita à autorida-
de sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas 
de intervenção pertinentes. 
Para saber mais sobre notificação dos eventos adversos pós- 
-vacinação, acesse:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_
imunizacoes_pni40.pdf>
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/
manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf>
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf
44
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Agora vamos compreender como vem ocorrendo, ao longo do tempo, a notificação 
dos EAPVS no Brasil.
Marcos importantes para a notificação dos 
eventos adversos pós-vacinação
OMS recomendou a notificação 
e investigação de EAPV
PNI iniciou a estruturação do 
Sistema Nacional de Vigilância 
dos EAPV
Publicação do Manual de 
Vigilância Epidemiológica dos 
EAPV (1ª ed.) 2008: 2ª ed. 2014: 
3ª ed.
Implantação do Sistema de 
Informação da Vigilância de 
EAPV (SI-EAPV)
Publicação da Portaria nº 33 da 
SVS/MS - EAPV como agravo de 
notificação compulsória
Implantação do SI-EAPV on line
1991
1992
1998
2000
2005
2015
45
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Aula 2: Conceitos gerais e definição 
dos eventos adversos pós-vacinação
Após estudarmos a vigilância de eventos adversos pós-vacinação e seu contexto histórico, vamos 
compreender os conceitos e definições importantes para um melhor aprendizado dessa temática.
O que é um evento adverso?
Trata-se de uma ocorrência clínica indesejável em um indivíduo que tenha recebido alguma 
vacina. Podemos classificar os eventos adversos quanto à causalidade, que podem ser decor-
rentes de (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2014):
• reação inerente ao produto: imunógeno (vivo atenuado, não vivo), cepa, meio de cultura, adjuvantes, 
conservantes, lote da vacina;
• reação inerente à qualidade da vacina por desvio de qualidade, incluindo as embalagens 
(ampolas, frascos, frasco-ampola etc.) e acessórios (agulhas, conta-gotas, diluentes, seringas etc.) 
utilizados para a administração dessas;
• erro de imunização (erro programático) EAPV causado por manuseio, prescrições e/ou 
administração inadequadas. É considerado evitável e deve ser corrigido de imediato;
• características da pessoa vacinada: reação de ansiedade à imunização, idade, número de doses 
anteriores, eventos adversos prévios, deficiência imunológica, doenças alérgicas.
Os eventos adversos também podem ser coincidentes, ou seja, apenas uma associação tem-
poral sem relação causal. Na verdade, ocorreu no mesmo período em que foi realizada a 
vacina, porém não foi causada por ela.
Um evento adverso também pode ser classificado quando à sua gravidade. Vamos compreender?
Pode ser considerado um evento grave quando:
• gera hospitalização por pelo menos 24 horas;
• ocorre disfunção ou incapacidade significativa e/ou persistente (sequela);
• resulta em anomalia congênita;
• em risco de morte (necessidade de intervenção imediata para evitar o óbito);
• leva a óbito.
46
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
O evento adverso pode ser considerado não grave quando provoca situações adversas 
que não levam a nenhuma das situações citadas anteriormente. Você sabia que existem 
algumas reações adversas que são mais comuns na rotina dos serviços de vacinação? Vamos 
conhecer quais são e as condutas diante dessas situações?
REAÇÕES LOCAIS
Prescrever analgésico, se necessário. Fazer compressas frias, nas primeiras 24 a 48 horas após a 
administração, nos casos de dor e reação locais intensas.Os abscessos devem ser submetidos à 
avaliação médica, para conduta apropriada (uso de antibióticos, drenagem cirúrgica etc.). Sem 
contraindicação para doses subsequentes.
1
FEBRE
Manter a pessoa em repouso, em ambiente bem ventilado, administrar água e outros líquidos 
apropriados. Considerar o uso de antitérmico (acetaminofen, dipirona, ibuprofeno). Sem 
contraindicação para doses subsequentes de vacinas. Considerar o uso de antitérmico 
profilático quando, na dose anterior, houve febre elevada ou história prévia de convulsão febril. 
Ficar atento para a possibilidade de infecção intercorrente.
2
CONVULSÃO FEBRIL
A fase aguda da crise deve ser tratada como qualquer outra convulsão. A maioria das crisescessa 
espontaneamente em poucos minutos -> exigem medidas básicas de suporte. As crises mais 
prolongadas exigem tratamento: Medidas básicas de suporte (decúbito lateral, em posição 
segura; vias aéreas livres; aspirar secreções; afrouxar as roupas; O2 úmido):
 Combater a febre com antitérmicos; 
 Combater a crise com drogas anticonvulsivantes;
 Há contraindicação para doses subsequentes de vacinas;
 Quando a convulsão for associada às vacinas penta e DTP, completar o esquema com a 
 vacina tríplice acelular (DTPa).
3
EPISÓDIO HIPOTÔNICO-HIPORRESPONSIVO
Oferecer água e leite materno. Manter o ambiente ventilado. Se necessário, prescrever 
antitérmicos. Manter precauções para evitar broncoaspiração. Observação rigorosa, até a 
resolução do quadro. Contraindicação de doses subsequentes de vacinas. Utilizar, 
preferencialmente em dose subsequente à vacina, DTP acelular.
4
SÍNCOPE
Colocar a pessoa em decúbito dorsal com membros inferiores discretamente elevados.Fazer 
observação clínica na unidade de saúde até a recuperação completa.Não há contraindicação para 
doses subsequentes de vacinas. Em caso reincidente, sugere-se o encaminhamento para as 
investigações que se julgar necessárias.
5
REAÇÕES
CONDUTAS
47
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Aula 3: Como notificar eventos 
adversos pós-vacinação
Como já foi falado em aulas anteriores, precisamos notificar a ocorrência dos eventos adver-
sos. Vamos aprender como?
Primeiramente, precisamos saber qual EAPV 
deve ser notificado/investigado!
• TODOS os eventos adversos que retornarem à unidade de saúde, por demanda espontânea, 
devem ser notificados.
E para que ocorra o retorno à unidade em caso de EAPV, o usuário/responsável deve ser 
orientado por ocasião da vacinação sobre:
• evento adverso comum ou esperado – só deverá retornar à sala de vacina caso o evento comum 
ou esperado ocorra de maneira mais intensa, ou demore muito a passar;
• outros eventos adversos – embora as vacinas estejam entre os produtos de maior segurança de 
uso, e a ocorrência dos eventos adversos graves seja rara, é importante que, durante a triagem, os 
usuários sejam orientados para retornarem à unidade de saúde quando ocorrer sinal ou sintoma 
que não seja comum ou esperado após a vacinação;
• TODOS os eventos adversos GRAVES e/ou INUSITADOS (notificação imediata).
Todos os eventos adversos GRAVES e/ou INUSITADOS devem ser 
notificados imediatamente (dentro das primeiras 24 horas) ao nível 
hierárquico superior (por telefone, e-mail, fax, módulo notificação do 
SIEAPV), com a finalidade de alertar a vigilância e obter orientações 
quanto à investigação.
48
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Aula 4: Instrumento de notificação 
dos eventos adversos pós-vacinação
A notificação de um evento adverso de vacinação é seguida por uma INVESTIGAÇÃO que 
busca identificar a causa do EAPV, assim o tempo oportuno máximo para se iniciar uma 
investigação de campo é de 48 horas após a notificação. 
O que deve constar na 
notificação/investigação de um EAPV?
Para responder, vamos verificar o formulário padronizado pelo Ministério da Saúde (última 
versão: janeiro 2014) para registro de eventos adversos pós-vacinação, associados ao uso 
de vacina, soro, imunoglobulina. O formulário é composto por quatro partes. Veja o que 
compõe cada parte.
Na primeira parte do formulário, temos o seguinte conteúdo da ficha:
Cadastro do paciente
• Dados de Identificação
Notificação
• Data aplicação
• Estratégia (rotina, campanha,...)
• MB, Lote, Fabricante
• Dose, Via de administração
• Local da aplicação
• Estabelecimento de saúde
• Grupo (gestante, mulher amamentando, criança em AM)
• Evento adverso provável
• Tipo de evento (grave, não grave, erro de imunização)
49
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
Veja na imagem a seguir:
Dados de notificação
Dados pessoais
Dados residenciais
Dados sobre a vacinação
Dados da unidade de saúde de administração/aplicação
História patológica pregressa
País
Unidade de saúde
Nome completo do paciente
Idade
Ocupação
Gestante?
Endereço (rua, praça, avenida, etc)
Ponto de referência
País
Data da
Vacinação
Via de
administração
(oral, IM, SC, ID)
Fabricantes(s) Nº Lote(s) Validade
Local de 
aplicação
(deltóide, vasto
lateral da coxa,
glúteo, ventro-
glúteo e oral)
Imunobiológico(s)
(indicar o nome
como está no
rótulo)
Dose
aplicada
(1ª, 2ª, 3ª
doses;
1º e 2º
reforços)
UF Município
País
Unidade de saúde
Doenças pré-existentes?
Uso de medicação
anterior a vacinação?
Caso
afirmativo
qual?
Caso
afirmativo
qual?
Qual o motivo? Local de vacinação
UF Município
Zona Cep Telefones
Número Complemento Bairro/Distrito
Mulheres amamentando? Criança em aleitamento materno?Caso afirmativo qual mês de gestação
no momento da vacinação?
Nome completo da mãe
Sexo Raça
1 - dia
2 - meses
3 - anos
1 - Sim
Mês2 - Não
3 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
3 - Ignorado
1 - Urbana
2 - Rural
9 - Ignorado
1 - Campanha
2 - Rotina
3 - Recomendação médica
1 - Sim
AIDS/HIV
Alergia alimentar
Especificar:
Doença cardíaca
Especificar:
Doença Hepática
Especificar:
Doença Neurológica ou psquiátrica
Especificar:
Doença pulmonar
Especificar:
Imunoglobulinas
Corticóides
Via: Tempo de uso:
Outras
Especificar:
Alergia a medicamentos
Especificar:
Doença auto-imune
Especificar:
Diabetes
Anticonvulsionante Medicamentos homeopáticos
Quimioterapia, radioterapia
Outros:
Antitérmico
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Rede pública
2 - Rode privada
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
3 - Ignorado
1 - Masculino
2 - Feminino
9 - Ignorado
1 - Branca
2 - negra
3 - Parda
4 - Indigena
5 - Amarela
9 - Ignorado
Iniciais Data de nascimento
UF Município
Diluente(s)
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Convulsão febril
2 - Convulsão afebril
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
Fez transfusão de sangue nos
ultimos 15 dias ?
Caso afirmativo, data da transfusão
Caso afirmativo, qual tipo?
Caso afirmativo, qual vacina 
administrada?
Data de ocorrência de
EAPV anterior
Fez uso da medicação 
em EAPV anterior?
Se sim, especifique
História prévia de convulsões
Algum EAPV anteriror 
à presente vacinação?
Caso afirmativo, 
qual EAPV anterior?
Qual a conduta indicada na ocasião deste EAPV anterior?
50
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Já na segunda parte, temos:
Antecedentes
• EAPV anterior
• Doenças preexistentes
• História prévia de convulsões
• Uso de medicação anterior à vacinação
• Uso de sangue e derivados nos últimos 28 dias
• Viagem nos últimos 15 dias
• Evento adverso – Manifestações locais
• Evento adverso – Manifestações clínicas sistêmicas
• Atendimento médico
• Informações complementares
• Diagnóstico
• Evolução
51
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Veja na imagem a seguir:
Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017 
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Antecedentes epidemiológicos
Dados sobre EAPV
Atendimento médico
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Ambulatorial
2 - Domiciliar
3 - Hospitalar
9 - Ignorado
1 - Sim
dia(s) hora(s)minuto(s)dia(s)
hora(s)
minuto(s)
Abscesso frio
Pele/Mucosas
Angiodema de lábios
Angiodema de laringe
Angiodema de língua
Angiodema de membros
Angiodema de olhos
Angiodema generalizado
Cianose
Hiperemia e coceira nos olhos
Icterícia
Palidez
Petequias
Prurido
Púrpura
Urticária generalizada
Urticária no local de aplicação
Outro evento da pele ou mucosasBradicardia
Artralgia
Artrite
Cefaleia
Cefalevia e vômito
Dificuldade de deambular
Edema articular
Evidências clínicas de sangramentos
Fadiga
Febre igual ou maior a 39,5º
Febre menor que 39,5º
Hiperemia em articulações
Lesões decorrentes de disseminação BCG
Mialgia
Pancreatile
Parotidite
Sonolência
OutrasChoro persistente Hiperemia bilateral nos olhos
Ataxia
Alteração do nível de consciência
Convulsão afebril
Convulsão febril
Convulsão focal
Convulsão generalizada
Convulsão tônico-clonica
Desmaio
Hipotonia
Letargia
Não responde a estímulos
Paralisia de membros inferiores
Paresia
Parestesia
Resposta diminuída a estímulos
Sinais neurológicos focais ou multifocais
Outros eventos neurológicos graves
Outras paralisias
Diarreia
Dor abdominal
Enterorragia
Fezes com raias de sangue
Invaginação intestinal
Melena
Náuseas
Vômitos
Apneia
Broncoespasmo/laringoespasmo
Dificuldade de respirar
Dispineia
Dor de garganta
Espirros
Rinorreia
Rouquidão
Sensação de fechamento de garganta
Taquipneia
Tiragem intercostal
Tosse seca
Hipotensão Taquicardia
Cardiovasculares
Respiratórias
Neurológicas
Gastrointestinais
Abscesso quente
Atrofia no local de aplicação
Calor local
Celulite
Dor
Abscesso com drenagem espontânea
Edema
Eritema
Exantema em local diferente da aplicação
Exantema generalizado
Linfadenite não supurada
Linfadenite supurada
Enduração
Linfadenomegalia > 3 cm supurada
Rubor
Úlcera
Outras reações locais
Linfadenomegalia não supurada
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Nacional
2 - Internacional
País:
Viajou nos últimos 
15 dias?
UF: Município:
Recebeu vacina(s) para viajar?
Data de início do(s) sintoma(s) Tempo entre a aplicação da 
vacina e a manifestação clínica
Duração 
do evento
Foi vacinado durante a viagem? Caso afirmativo, 
data de vacinação
Qual(is)?
Viagem Caso afirmativo, data da ida
Caso afirmativo, 
data da volta
dia(s) hora(s)minuto(s)dia(s)
hora(s)
minuto(s)
Data de início do(s) sintoma(s) Tempo entre a aplicação da 
vacina e a manifestação clínica
Duração 
do evento
dia(s) hora(s)minuto(s)dia(s)
hora(s)
hora(s)
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado Dias
1 - Sim
2 - Não
3 - Ignorado
1 - Público
2 - Privado
9 - IgnoradoDias
minuto(s)
Data de início do(s) sintoma(s)
Recebeu 
atendimento 
médico?
Nome do local de atendimento
Município UF
Data de 
atendimento Caso alfirmativo, tipo de atendimento
Ficou em observação?
Ficou em enfermaria? Ficou em UTI? Data da alta
Tempo entre a aplicação da 
vacina e a manifestação clínica
Duração 
do evento
52
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Na terceira parte, vemos:
Exames laboratoriais complementares 
• Hemograma
• Bioquímica
• Punção pulmonar
• Urina
• Detecção viral
• Imunologia
• Adicionais
• Necrópsia
53
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Veja na imagem a seguir:
Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
1 - Sim
2 - Não Data da punção
Data da coleta
PCR
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não Data 
Data do exame Data do exame 
9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
1 - Sangue
2 - Líquor
3 - Tecido
4 - Outros
9 - Ignorado
1 - Positivo
2 - Negativo
3 - Inconclusivo
Outros métodos9 - Ignorado
1 - Sim
2 - Não
Especificar:
1 - Sim
2 - Não
Especificar:
Hemácias
Leucócitos
Creatina
Bilirrubina total Bilirrubina direta
Provas de coagulação
mm3
Leucócitos
Glicose
Citoquímica
(Líquor) mm3
mg
Proteínas
mg
mg/dl
mg/dlmg/dl
%
%
% %
mm3
Monócitos
Linfócitos Cultura do líquor ou Latex
Bacterioscopia
Neutrófilos
%
Neutrófilos
Eosinófilos
Hemoglobina Hematócrito Plaquetas
Informações laboratoriais complementares
Hemograma
Data da coleta
Data da coletaBioquímica (anotar o 
maior valor encontrado, 
independente da data de 
coleta)
Punção Lombar
ECG RM
EEG
RX
TC
Realizada autópsia?
Detecção viral 
(Especifique o 
material analisado e o 
metódo utilizado para 
o isolamento)
Série vermelha
Série Branca
Tipos de exames (hematologia, bioquímica, líquor, sorologias, isolamento, exames de imagem, histopatologia, outros). Especificar resultados relevantes.
UI
AST (TGO)
INR
UI
ALT (TGP)
PT
mg/dl
Uréia
PTT
Data 
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
Anatomopatológico
Data 
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
Histopatológico
Data 
1 - Sim
2 - Não
9 - Ignorado
Imunohistoquímica
Data do exame Data do exame ENMG
Data do exame Data do exame USG
Data do exame 
(Descrever apenas informações relevantes que complementem os dados da ficha)
Informações complementares
54
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
E na quarta parte, encontramos: 
Classificação final
• Erros de imunização
• Conduta frente ao erro
• IMB
• Diagnóstico
• Conduta frente ao esquema vacinal
55
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
Veja na imagem a seguir:
Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
Descrição Código do CID 10
2 - Via de aministração
1 - Tipo de imunobiológico utilizado
3 - Diluição
2 - Erro programático
4 - Reação no
local de aplicação
1 - Reação Vacinal
9 - Ignorado3 - Coincidente
(associação temporal)
2 - Ameaça à vida
4 - Anomalias congênetas
5 - Incapacidade
9 - Ignorado
1 - Óbito
3 - Motivou ou 
prolongou a internação
2 - Provável
4 - Descartado
(não relacionado)
1 - Confirmado
5 - Inconclusivo3 - Possível
2 - Cura com sequelas
2 - Esquema mantido com
precaução (ambiente hospitalar)
1 - Cura sem sequelas
1 - Esquema mantido
4 - Contraindicação sem substituição de esquema
3 - Contraindição com substituição de esquema
9 - Ignorado
5 - Esquema encerrado
3 - Óbito por EAPV
4 - Óbito por outras causas
6 - Não é EAPV
5 - Perda de
seguimento
5 - Fora da idade recomendada
4 - Conservação
6 - Técnica de administração
8 - Intervalo inadequado entre vacinas
7 - Intervalo inadequado entre doses
9 - Validade vencida
11 - Outros. 
Especificar:
10 - Não se aplica
(Descreva apenas o diagnóstico final com o respectivo CID 10)
Nome Função Telefone de contato
Telefone
Data
Erros programáticos (procedimentos inadequados)
Conclusão do caso
Categoria do evento
Evolução do caso
Conduta frente ao esquema vacinal
Responsável pelo preenchimento
Município
Unidade de saúde
Assinatura
Diagnóstico
2 - Grave
1 - Não graves
(Leves e moderados)
Classificação por gravidade EAPV grave
Classificação por casualidade
Data de
encerramento
Data do óbito
Declaração de óbito
Declaração de nascido vivo
56
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
E o fluxo de notificação de EAPV no Brasil, você conhece? Veja-o na imagem a seguir.
Figura 5 – Fluxo de EAPV no Brasil
Fonte: Brasil (2014a).
Suspeita de EAPV
Datasus
Programa Nacional
de Imunizações
CIFAVI CTAICIEVS
Coordenações Municipais
de Imunizações
Unidades
notificadoras
Distritos/
Regionais Regionais
Comitês
técnicos
CRIE
Coordenações Estaduais
de Imunizações
internet
internet internet
57
Boas práticas de vacinação
Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 
A segurança das vacinas é considerada, mais que nunca, uma preocupação mundial. E a 
vacinação segura é fator determinante para o sucesso ou o fracasso dos programas nacio-
nais de imunizações.
Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos 
Pós-Vacinação
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/
manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf>
Avaliação do sistema brasileiro de vigilância de Eventos Adversos 
Pós-vacinação 
Consultar biblioteca
Formulário de Notificação dos Eventos Adversos Pós-vacinação 
Consultar biblioteca
Instrutivo do preenchimento da Ficha de EAPV
Consultar biblioteca
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdfPROGRAMA 
DE EDUCAÇÃO 
PERMANENTE 
EM SAÚDE 
DA FAMÍLIA
Referências
2
REFERÊNCIAS
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Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Coordenação do Programa Estadual de Imunizações. 
Manual de procedimento para vacinação. Salvador: DIVEP, 2011. 573p. (Série A. Normas 
e Manuais Técnicos).
BALLALAI, Isabella. Manual Prático de Imunizações. 2. ed. Barueri, SP: Editora AC 
Farmacêutica, 2016. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e procedimentos para Vacinação. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 176 p.
______. Ministério da Saúde. Imunização, calendários e notas técnicas sobre introdução 
de novas vacinas e campanhas. Disponível em: <http://pni.datasus.gov.br/apresentacao.
asp>. Acesso em: 10 out. 2016.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Programa Nacional de Imunizações (PNI): 40 anos. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2013. 236 p. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
das Doenças Transmissíveis. Manual do Sistema Manual para registro de doses aplicadas 
no Sistema de Informação online de Avaliação do Programa de Imunizações – APIWEB. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
das Doenças Transmissíveis. Manual do Sistema de Informação do Programa Nacional 
de Imunizações SIPNI. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2014b. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância Epidemiológica. Manual técnico-operacional: campanha nacional de vacinação 
para eliminação da rubéola no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. (Série B. 
Textos Básicos de Saúde).
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
das Doenças Transmissíveis. Nota Informativa 149, mudanças do calendário básico de 
vacinação 2016. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
das Doenças Transmissíveis. Manual do Sistema Programa Nacional de imunizações 40 
anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
3
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Manual de rede de frio. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-
vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014a. 
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Imunizações 30 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.
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Immunization. Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices 
(ACIP). MMWR, n. 60, p. 13-14, 2011.
FURTADO, J. P. Um método construtivista para a avaliação em saúde. Ciênc. Saúde Coletiva, 
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actividades de inmunización. Washington, D.C.: OPS, 2006. 
WOLFE, S.; HAMBORSKY, J. (Ed.). Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable 
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injection_safety/toolbox/9789241599252/en/index.html>. Acesso em: 8 out. 2016.

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