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Ana Catarina de Melo Araújo Boas Práticas em Vacinação Governo Federal Presidente Michel Miguel Elias Temer Lulia Ministro da Saúde Ricardo Barros Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Reitora Ângela Maria Paiva Cruz Vice-Reitor José Daniel Diniz Melo Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) Secretária Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo Secretária Adjunta Ione Rodrigues Diniz Morais Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) Coordenador Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EDUFRN) Diretor Luis Álvaro Sgadari Passeggi Diretor Adjunto Wilson Fernandes de Araújo Filho Secretária Judithe da Costa Leite Albuquerque Conselho Editorial (EDUFRN) Luis Álvaro Sgadari Passeggi (Presidente) Alexandre Reche e Silva Amanda Duarte Gondim Ana Karla Pessoa Peixoto Bezerra Anna Cecília Queiroz de Medeiros Anna Emanuella Nelson dos Santos Cavalcanti da Rocha Arrailton Araujo de Souza Carolina Todesco Christianne Medeiros Cavalcante Daniel Nelson Maciel Eduardo Jose Sande e Oliveira dos Santos Souza Euzébia Maria de Pontes Targino Muniz Francisco Dutra de Macedo Filho Francisco Welson Lima da Silva Francisco Wildson Confessor Gilberto Corso Glória Regina de Góis Monteiro Heather Dea Jennings Jacqueline de Araujo Cunha Jorge Tarcísio da Rocha Falcão Juciano de Sousa Lacerda Julliane Tamara Araújo de Melo Kamyla Alvares Pinto Luciene da Silva Santos Márcia Maria de Cruz Castro Márcio Zikan Cardoso Marcos Aurélio Felipe Maria de Jesus Gonçalves Maria Jalila Vieira de Figueiredo Leite Marta Maria de Araújo Mauricio Roberto Campelo de Macedo Paulo Ricardo Porfírio do Nascimento Paulo Roberto Medeiros de Azevedo Regina Simon da Silva Richardson Naves Leão Roberval Edson Pinheiro de Lima Samuel Anderson de Oliveira Lima Sebastião Faustino Pereira Filho Sérgio Ricardo Fernandes de Araújo Sibele Berenice Castella Pergher Tarciso André Ferreira Velho Teodora de Araújo Alves Tercia Maria Souza de Moura Marques Tiago Rocha Pinto Veridiano Maia dos Santos Wilson Fernandes de Araújo Filho Conselho Técnico-Científico (SEDIS) Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo – SEDIS (Presidente) Aline de Pinho Dias – SEDIS André Morais Gurgel – CCSA Antônio de Pádua dos Santos – CS Célia Maria de Araújo – SEDIS Eugênia Maria Dantas – CCHLA Marcos Aurélio Felipe – SEDIS Ione Rodrigues Diniz Morais – SEDIS Isabel Dillmann Nunes – IMD Ivan Max Freire de Lacerda – EAJ Jefferson Fernandes Alves – SEDIS José Querginaldo Bezerra – CCET Lilian Giotto Zaros – CB Maria Cristina Leandro de Paiva – CE Maria da Penha Casado Alves – SEDIS Nedja Suely Fernandes – CCET Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim – SEDIS Sulemi Fabiano Campos – CCHLA Wicliffe de Andrade Costa – CCHLA Equipe Técnica Conteúdo Ana Catarina de Melo Araújo Revisão Técnica Eva Emanuela Lopes Cavalcante Feitosa José Adailton da Silva Lyane Ramalho Revisão Pedagógica Aline Pinho Dias Revisão de Estrutura e Linguagem Priscilla Xavier Revisão de Língua Portuguesa Bruna Lopes Revisão de Normas ABNT Lisandra Alves Veronica Pinheiro Projeto gráfico Mauricio de Oliveira Jr. Diagramação Isabela Muniz Gabriela Serejo Ilustração Lyézio Gonzaga Rommel Figueiredo Editoria José Correia Torres Neto Coordenação do Setor de Revisão Maria da Penha Casado Alves Gestão do fluxo de Revisão Rosilene Paiva Coordenação editorial Kaline Sampaio de Araújo PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA UNIDADE 1 Programa Nacional de Imunizações 3 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Programa Nacional de Imunizações Nesta unidade, vamos conhecer o objetivo do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e também as suas funções, os tipos de estratégias de vacinação e suas indicações. Finalizare- mos a unidade didática com os conceitos básicos de vacinação, o que irá ajudar bastante na unidade seguinte, quando discutiremos os calendários básicos de vacinação. 4 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Aula 1: Conhecendo um pouco do Programa Nacional de Imunizações – PNI Na situação problema apresentada, foi discutida a importância da realização adequada das ações de vacinação programadas pelo Programa Nacional de Imunizações. Você conhece o pro- grama brasileiro de imunizações? A partir de agora, vamos fazer um breve resumo sobre ele. No Brasil, o campo de prevenção das doenças cresceu com os resultados da erradicação da varíola, os quais motivaram investimentos para a ampliação do uso das vacinas. No entanto, durante várias décadas, as doenças imunopreviníveis se mantiveram como um grande desa- fio para o sistema de saúde brasileiro (BRASIL, 2003). Para fazer frente ao problema, em 1975, foi instituído o Programa Nacional de Imunizações (PNI) com a finalidade de coordenar ações que se desenvolviam, até então, com descontinui- dade, pelo caráter episódico e pela reduzida cobertura. Essas atividades estavam divididas entre o Ministério da Saúde, com os programas verticais de tuberculose, varíola e febre ama- rela, e as secretarias estaduais de saúde, com a vacinação contra poliomielite e sarampo e a aplicação da vacina tríplice bacteriana – DPT (BRASIL, 2013). Em seu documento conceitual, o PNI refere, como exigências programáticas, que seria pre- ciso estender a vacinação às áreas rurais, aperfeiçoar a vigilância epidemiológica em todo território nacional, instituir pelo menos um laboratório de controle de qualidade de vacinas, racionalizar a aquisição e distribuição de insumos, uniformizar as técnicas de administração e promover a educação em saúde para uma boa adesão da população ao Programa. Ainda assim, privilegiaram-se ações focadas no controle e erradicação das epidemias em forma de campanhas direcionadas a doenças específicas (BRASIL, 2013). Com a promulgação da Lei nº 6.259, de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, da notificação compulsória de doenças e da regulamentação do PNI, tornou-se obrigatória a vacinação básica no primeiro ano de vida, sujeitando os pais infratores à suspensão do pagamento do salário família. Também, a partir daí, ocorria a consolidação e sistematização das normas técnicas sobre armazenamento e distribuição de vacinas (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013). Durante a década de 1980, o Programa de Imunização foi incorporado na rotina dos serviços de saúde. A tarefa de organizar essa ação exigiu a introdução de elementos logísticos e tecnológi- cos, visando manter as vacinas em temperaturas adequadas, desde os laboratórios produtores até os serviços locais de saúde. Instituiu-se uma rede complexa, constituída de elementos que são produtos da especialização tecnológica, tais como câmaras frigoríficas, congeladores, gela- deiras, caixas isotérmicas, termômetros e sensores de temperatura apropriados para esses equipamentos. Também demandou a utilização, em larga escala, de seringas e outros insu- mos, exigindo programação, planejamento e gerenciamento especializado (FURTADO, 2001). 5 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações A introdução desses novos elementos caracteriza o Programa Nacional de Imunizações como uma área de interseção entre gestão e planejamento, epidemiologia e biotecnologia, dese- nhando um campo de práticas multidimensionais, no qual se observa a operacionalização de conhecimentos científicos, de tecnologias e de políticas de saúde pública (BRASIL, 2014). Programa Nacional de Imunizações (PNI): 40 anos <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_ imunizacoes_pni40.pdf> 40 anos do Programa Nacional de Imunizações: o desafio da equidade <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742013000200001> http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742013000200001 http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-497420130002000016 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Aula 2: Ações de vacinação: rotina e campanhas de vacinação Na situação problema foram realizadas duas estratégias de vacinação: a vacinação de rotina e o bloqueio vacinal. Você sabia que existem várias estratégias de vacinação? Após conhecermos como foi instituído o Programa de Imunizações no Brasil, que tem como um dos seus objetivos a ampliação de estratégias de vacinação para melhorar o acesso da população, vamos compreender quais são as estratégias de vacinação e quando utilizá-las. Por que é preciso criar estratégias de vacinação? As estratégias de vacinação são o caminho para atingir determinado resultado, vacinando um público-alvo específico, garantindo a pro- teção, o controle, a eliminação ou erradicação da doença. Isso se dá por meio da vacinação na rotina dos serviços de saúde ou em atividades extramuros, utilizando estratégias com equipes móveis, postos fixos temporários, vacinação casa a casa, campanhas e bloqueios vacinais (BRASIL, 2014). Você lembra da situação-problema que foi apresentada no início deste módulo? Dos trans- tornos causados na unidade de saúde da família que Alice e Joana trabalham pela falta de adesão da equipe a uma rotina de serviços? Pois bem, para evitar que você vivencie pro- blema semelhante, veja, a seguir, as estratégias de vacinação que devemos utilizar, suas indicações e particularidades. 7 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Fonte: Brasil (2008); OPAS (2006); Bahia (2011). TIPOS DE ESTRATÉGIAS INDICAÇÕES E PARTICULARIDADES VACINAÇÃO NA ROTINA DO SERVIÇO DE SAÚDE Proporciona o acompanhamento continuado e programado das metas previstas para identificar, em tempo oportuno, áreas ou grupos que merecem ser melhor “trabalhados” para adesão à vacinação. 1 VACINAÇÃO EM ATIVIDADES EXTRAMUROS Adotada quando há necessidade operacional ou epidemiológica que exige colocar a vacinação mais acessível à população alvo por meio de equipes móveis, postos fixos temporários, vacinação casa a casa, campanhas e bloqueios. 2 POSTOS FIXOS TEMPORÁRIOS Funcionam por tempo limitado. Devem ser instalados em locais de referência para a população, como shoppings, estações de metrô, rodoviárias, estações ferroviárias, escolas, clubes, creches etc. 3 EQUIPES MÓVEIS É uma alternativa para vacinar pequenas comunidades e áreas remotas com população dispersa ou de difícil acesso, possibilitando alcançar pessoas que, de outra maneira, nunca seriam vacinadas. 4 VACINAÇÃO CASA A CASA É uma ação desenvolvida por equipes móveis, adotada em surtos (varredura) e durante Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC). A equipe vai à casa das pessoas -> visita todos os domicílios de uma rua, quarteirão ou bairro. 5 CAMPANHA DE VACINAÇÃO Ação pontual que visa à vacinação em massa de uma população com uma ou mais vacinas.Exige mobilização da comunidade (divulgação).É necessário aumentar o número de postos. A população fica mais próxima da vacina, com obtenção de altas coberturas. Fortalece a consciência sobre a necessidade e a importância da prevenção e da promoção da saúde. 6 VACINAÇÃO DE BLOQUEIO A vacinação de bloqueio é uma ação de controle prevista pela vigilância epidemiológica quando da ocorrência de um ou mais casos de doença imunoprevenível. Tem a finalidade de interromper a transmissão da doença no menor espaço de tempo possível, pela eliminação dos suscetíveis. A vacinação de bloqueio deve abranger todas as pessoas que tiveram contato com o caso suspeito no período de transmissibilidade: pessoas do mesmo domicílio, vizinhos próximos, familiares e/ou amigos, creches e/ou escolas e/ou local de trabalho (pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da sala de trabalho), pacientes que estiveram em unidades de saúde no mesmo período do caso etc. O bloqueio vacinal deve seguir sempre o percurso do caso suspeito. Definir a faixa etária prioritária para ações de bloqueio vacinal de acordo com a situação epidemiológica apresentada na localidade. 7 8 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Após conhecermos as estratégias de vacinação e como utilizá-las, vamos ver como organizar os materiais para executar as atividades que acontecem fora da unidade de saúde (extramu- ros). Segue o passo a passo: 1. Definir o período mais adequado para a vacinação (época do ano, data, dia da semana e horários), considerando o modo de vida, os hábitos e costumes da população da área. 2. Contemplar no cronograma o retorno à área para completar esque- mas vacinais, considerando o intervalo entre as doses. 3. Dispor de indicativos da localização: mapas, roteiros, croquis. 4. Dispor de quantidade suficiente de material (vacinas, insumos, formulários) e de equipamentos de refrigeração (refrigerador e/ou caixa térmica, bobinas de gelo reutilizável e termômetro). 5. Administrar todas as vacinas indicadas, conforme procedimentos preconizados. 6. Registrar as doses aplicadas nos formulários apropriados e preen- cher o comprovante de vacinação para todas as pessoas vacinadas. 7. Digitar as doses aplicadas no sistema de informação recomendado. Organizando a vacinação: subsídios para as equipes locais <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizando_vacinacao_ eliminacao_rubeola_2008.pdf> http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizando_vacinacao_eliminacao_rubeola_2008.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizando_vacinacao_eliminacao_rubeola_2008.pdf 9 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Aula 3: Conceitos básicos sobre vacinas e vacinação Na situação problema foi mencionado sobre a importância do correto funcionamento da sala de vacinação. Para uma adequada administração de vacinas, precisamos conhecer os conceitos básicos sobre imunização. Vamos estudá-los? Cada atividade humana acaba por ter um conjunto próprio de palavras que fazem sentido no contexto ao qual estão inseridas. Dentro da área da saúde, cada subárea apresenta um conjunto de termos técnicos que são próprios de sua rotina. A seguir, apresentamos um glossário com alguns termos básicos para quem trabalha com vacina e vacinação. Você sabe o que é vacina? É uma substância derivada de, ou quimicamente semelhante a, um agente infeccioso parti- cular, causador de doença (BALLALAI, 2016; CDC, 2012). O que a vacina causa no nosso organismo? Essa substância é reconhecida pelo sistema imune do indivíduo vacinado, a qual induz uma resposta que o protege dessa doença associada ao agente. A vacina, portanto, induz o siste- ma imunonológico a reagir como se tivesse realmente sido infectado pelo agente infeccioso (BALLALAI, 2016; CDC, 2012). A imunização pela vacina pode sofrer alterações? Sim, de duas formas: • Fatores próprios das vacinas: quando os mecanismos de ação das vacinas são diferentes, variando segundo seus componentes antigênicos e adjuvantes. • Fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina: como idade, doença de base ou intercorrente e tratamento imunodepressor. E como as vacinas são constituídas? Toda vacina é constituída pelo próprio agente infeccioso de acordo com as característi- cas de como é utilizado esse agente. As vacinas podem ser divididas em dois grandes gru- pos: atenuadas (VOP, Rotavírus, Tríplice Viral) e inativadas (DTP, Hepatite B, Hepatite A) (BALLALAI, 2016; CDC, 2012). Veja mais detalhes no quadro a seguir: 10 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Tipos de Vacinas Conceitos Particularidades Exemplos Atenuadas (Vivas) São vacinas em que o antígeno é constituído por agentes infecciosos inteiros, atenuados em laboratório, onde ele mantém a capacidade reprodutiva, porém, perde sua capacidade de determinar doença em condições normais. Essas vacinas apresentam antígenos mais imunogêni- cos; provocam eventos adver- sos mais tardios; resposta de uma pode interferir na outra; são contraindicadas em gestantese imunodeprimi- dos; sofrem interferência de imunoglobulinas e, em geral, não precisam de reforços. VOP, Tríplice viral, Varicela, Febre Amarela, Rotavírus e BCG Inativadas (Mortas) Podem ser compostas por vírus ou bactérias inteiras mortas, ou fra- ções específicas desses microrganismos. As vacinas fracionadas podem ser à base de proteínas ou polissacarídeos. Apresentam antígenos menos imunogênicos; precisam de adjuvantes; provocam even- tos adversos precoces; a res- posta de uma não interfere na outra; não são contraindi- cadas em gestantes e imu- nodeprimidos; não sofrem interferência de imunoglo- bulinas e, em geral, precisam de reforços. São obtidas de diversos modos: microrga- nismos inteiros são inativados por meios físicos ou químicos; toxinas inativadas (toxoides tetânico e diftérico); vacinas de subunidades ou de frag- mentos de microrganismos; vacinas obtidas por engenha- ria genética; vacinas que são polissacarídeos extraídos de cápsulas; vacinas glicocon- jugadas, em que os compo- nentes polissacarídicos são conjugados a proteínas. Hepatite B, VIP, Pneumo10, Meninigite C, Pentavalente, Hepatite A, HPV, DTP, Influenza, dT Quadro 1 – Constituição das vacinas Fonte: Ballalai (2016); CDC (2012). 11 Boas práticas de vacinação Programa Nacional de Imunizações Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_ crie_.pdf> Vamos avaliar o que aprendemos até aqui antes de prosseguir. Realize a atividade Avaliativa da Unidade 1. http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_crie_.pdf http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_crie_.pdf http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_crie_.pdf> PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA UNIDADE 2 Calendários básicos de vacinação 13 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação Calendários básicos de vacinação Quando iniciamos este módulo, na apresentação da situação-problema, foi abordada a fal- ta de conhecimento da equipe de saúde a respeito da cobertura vacinal da área, além da dificuldade de reconhecer o caso suspeito de sarampo para tomar medidas preventivas vacinando a população da área de abrangência da unidade de saúde. Para evitar proble- mas dessa natureza, além do comprometimento da equipe com as atividades realizadas, é necessário conhecer os calendários básicos de vacinação. Somente dessa forma é possível pensar em estratégias de vacinação mais efetivas e que estejam de acordo com as especifi- cidades da população adscrita. Agora que já estudamos o que é o PNI, as estratégias e os conceitos mais importantes para a vacinação, vamos discutir a importância e quais são os calendários básicos de vacinação do PNI. 14 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação Aula 1: Calendários básicos de vacinação Os calendários vacinais são instrumentos utilizados para padronizar a prevenção das doenças, conforme os riscos específicos em cada faixa etária, por suas respectivas vacinas, o número de doses necessárias, seus intervalos e as recomendações de reforços, tendo como objetivo a pro- teção individual e coletiva. São utilizados como guias quando pretendemos vacinar qualquer indivíduo (BALLALAI, 2016). As recomendações dos calendários podem variar de país para país, e mesmo entre diferentes regiões ou populações de um mesmo país, de acordo com a epidemiologia de determinadas doenças. Existem calendários específicos para cada faixa etária, para situações especiais e de acordo com riscos ocupacionais (BALLALAI, 2016). A introdução de uma nova vacina em um programa público, obrigatoriamente, deve levar em conta a frequência da doença na população, sua mortalidade e o impacto que a doença causa em termos de saúde pública. Paralelamente, deve haver uma análise do custo de implantação e manutenção do programa de vacinação. A partir daí, define-se a melhor estratégia e esquema vacinal (BALLALAI, 2016). Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações vivencia mudanças no âmbito de suas várias dimensões, como a ampliação dos grupos-alvo, a introdução de novas vacinas e de novas tec- nologias para a prática de injeções seguras, novas abordagens no âmbito da descentralização das ações de saúde, bem como na busca pela equidade da oferta de serviços e pela participa- ção efetiva das comunidades. Confira a seguir os calendários básicos de vacinação atualmente vigentes: Veja, no quadro a seguir, exemplos de calendários ministeriais de vacinação. Calendário Link para acesso Calendário básico de vacinação da criança, ado- lescente, adulto, idoso, gestantes) <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197- secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de- vacinacao> Calendário nacional de vacinação dos povos indígenas <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/ pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20 -vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf> Quadro 1 – Calendários ministeriais de vacinação http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/23/calendario-nacional%20-vacinacao-povos-indigenas-2017.pdf 15 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação Portaria nº 1.533, de 18 de agosto de 2016 – Redefine o Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional <http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/agosto2016/dia19/ portaria1533.pdf> Nota informativa sobre mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2017 <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/20/ Nota-Informativa-311-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf> Nota Informativa 384/CGPNI/2016, que trata das Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2017 <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/ Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf> Após conhecermos os conceitos básicos de vacinação e o seu calendário, precisamos com- preender agora os intervalos entre a administração de vacinas de antígenos para não per- dermos a oportunidade de vacinação. Vamos lá? Vacinas Inativadas Não interferem com a resposta imunológica a outras vacinas. Assim, podem ser administradas quer simulta- neamente, quer em qualquer tempo, antes ou depois de outra vacina diferente, inativada ou atenuada. Vacina vírus atenuado A resposta pode, teoricamente, ser comprometida, se a mesma for administrada com menos de quatro semanas de intervalo de outra vacina atenuada. Quadro 2 – Intervalo entre a administração de vacinas de antígenos diferentes Fonte: Ballalai (2016); CDC (2011). http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/agosto2016/dia19/portaria1533.pdf http://www.brasilsus.com.br/images/portarias/agosto2016/dia19/portaria1533.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/20/Nota-Informativa-311-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/20/Nota-Informativa-311-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdfhttp://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional 16 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação Consulte na biblioteca virtual, os materiais para os seguintes pontos: Nota informativa nº 20 (CGPNI), referente à atualização da administração simultânea das vacinas de Febre Amarela x Tríplice Viral Comunicado 545/2016, que trata sobre a forma em que deve ser adminis- trada a vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) – Oral bivalente (VOP) Quais são os pontos que devem ser observados durante a vacinação no atendimento de um usuário na Unidade Básica de Saúde? • Conferir a idade e se está de acordo com as idades mínimas recomendadas; • Conferir a carteira vacinal com o registro no histórico vacinal do paciente; • Conferir intervalo correto entre as doses e intervalos mínimos recomendados. A administração de duas ou mais vacinas de vírus atenuados devem ser feita no mesmo dia* ou, então, respeitando um intervalo de, pelo menos, quatro semanas. *Exceções: Febre Amarela e Tríplice Viral. • Vacinas aplicadas simultaneamente apresentam resposta tão boa quanto se administradas em momentos diferentes; • Vacina aplicada não expira; • Uma vacina postergada é uma vacina perdida. Fonte: Ballalai (2016); CDC (2011). 17 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação Aula 2: Contraindicações das vacinas Como você já sabe, as vacinas são consideradas seguras. No entanto, alguns fatores, situa- ções e condições podem ser considerados como possíveis contraindicações gerais à admi- nistração de um imunobiológico. Essas devem ser objeto de avaliação, podendo apontar a necessidade do adiamento ou até mesmo da suspensão da vacinação. Assim, vamos conhe- cer o que é uma “falsa contraindicação” e uma “contraindicação verdadeira”? Antes de tudo, vale esclarecer que contraindicação é entendida como uma condição do usuário a ser vacinado que aumenta, em muito, o risco de um evento adverso grave ou faz com que o risco de compli- cações da vacina seja maior do que o risco da doença contra a qual se deseja proteger. E para todo imunobiológico, são consideradas contraindicações: a ocorrência de hipersensi- bilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; e história de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos (BRASIL, 2014a). Também existem situações que provocam o adiamento da vacinação, ou seja, o indivíduo não pode receber a vacina naquele momento, no entanto, após a melhora do quadro, pode- rá receber a vacina sem nenhuma contraindicação (BRASIL, 2014a, 2014b). Seguem as situa- ções que tem essa indicação: • usuário de dose imunossupressora de corticoide – vacine 90 dias após a suspensão ou o término do tratamento; • usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com vacinas de agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso daqueles produtos; • usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina. 18 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação Algumas situações precisam de uma atenção especial, pois muitas vezes são confundidas com contraindicações verdadeiras e, na verdade, são falsas contraindicações. Nesses casos, o profissional precisa ficar bastante atento, pois a falsa orientação pode interferir de forma importante para o alcance das metas e dos percentuais de cobertura dos grupos-alvo. Seguem os exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações (BRASIL, 2014): • doença aguda benigna sem febre – quando a criança não apresenta histórico de doença grave ou infecção simples das vias respiratória superiores; • prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com exceção para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg; • ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção); • diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coque- luche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola; • doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente; • antecedente familiar de convulsão ou morte súbita; • alergias, exceto as alergias graves a algum componente de deter- minada vacina (anafilaxia comprovada); • história de alergia não específica individual ou familiar; • história familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão); • uso de antibiótico, profilático ou terapêutico, e antiviral; • tratamento com corticosteroides em dias alternados, em dose não imunossupressora; • uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica; • quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubéola; 19 Boas práticas de vacinação Calendários básicos de vacinação • convalescença de doenças agudas; • usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina raiva (inativada); • internação hospitalar; • mulheres no período de amamentação (considere as situações de adiamento para a vacina febre amarela). Manual de Procedimentos e Normas para Vacinação <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/ Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf> Manual dos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/09/ manual-cries-9dez14-web.pdf> Nota técnica nº 05/2010/CGPNI/DEVEP/SVS/MS – Recomendação da Vacina Febre Amarela VFA (atenuada) em mulheres que estão amamentando Consulte a biblioteca virtual. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/09/manual-cries-9dez14-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/09/manual-cries-9dez14-web.pdf PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA UNIDADE 3 Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos 21 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Para garantir que o PNI continue sendo um programa de sucesso e que os calendários básicos de vacinação sejam eficazes, precisamos administrar esses imunobiológios de uma maneira segura e eficaz. Então, convido você para conhecer as vias e técnicas de adminis- tração de vacinas. Vamos lá? 22 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Aula 1: Vias e técnicas de administração de vacinas Por muito tempo, o Programa Nacional de Imunizações tinha como grande objetivo o alcance das coberturas vacinais, no entanto, ao longo dos anos, foi aumentando o número de vacinas introduzidas no calendário básico de vacinação. Dessa forma, começou a se pensar na utiliza- ção correta das técnicas de administração de vacinas, para que os erros não sobressaíssem ao número de casos das doenças imunopreviníveis. O maior objetivo ao se realizar a administração correta de uma vacina é assegurar que essa atinja uma imunidade máxima com o mínimo de dano possível. Administrar uma vacina requer habilidade e conhecimento por parte do profissional que está realizando o procedimento.Significa dizer que o conhecimento de quem aplica interfere diretamente no processo de imunização, pois o sucesso não depende apenas do sistema imunológico do indivíduo, da vacina e de como ela foi e está sendo manipulada desde sua fabricação até sua aplicação, mas também se o local e a via de aplicação foram escolhidas corretamente, se o produto foi manipulado adequadamente e, principalmente, se essa vacinação está sendo realizada no momento correto (BRASIL, 2014). A técnica de aplicação, sem dúvida, merece atenção especial, mas outros aspectos também são importantes e devem ser observados (CDC, 2011; WHO, 2010): • o atendimento e a atenção ao indivíduo fazem diferença. O profissional deve sempre lembrar que diferentes pessoas têm diferentes necessidades; • a orientação deve ser sempre objetiva, concisa e desprovida de informações supérfluas. As dúvi- das, explícitas ou implícitas, devem ser esclarecidas, lembrando que ansiedade e medo de injeção são comuns em qualquer idade; • o ambiente deve ser acolhedor e inspirar confiança. As áreas de conservação e aplicação devem transmitir a imagem de qualidade em todos os momentos. A utilização de boas práticas na administração de vacinas é de responsabilidade dos profissio- nais de saúde, como também o cumprimento das práticas de aplicação de vacinas seguras, bem como o controle de infecções. Considera-se injeção segura de vacina, aquela que: • não causa dano ao vacinado; • não expõe o vacinador a qualquer risco evitável; e • não resulta em resíduo que seja perigoso aos profissionais, outras pessoas e ao ambiente. 23 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Vídeo 1 As vacinas passam por anos e anos de pesquisa e desenvolvimento, o curso de produção é elevado, tudo isso para se obter uma vacina eficaz e segura. Assim, a aplicação deve ser feita de maneira cuidadosa, respeitando as normas técnicas, evitando não só a redução da eficácia, mas também os eventos adversos pós-vacinação, o que é perfeitamente possível se a aplicação for feita de maneira correta. Nesse contexto, devemos sempre perseguir o certo. Veja o Infográfico 1 que está no AVASUS. Assim, as boas práticas de vacinação ocorrem quando as normas técnicas são executadas corretamente, garantindo resultados confiáveis da ação realizada. Agora, vamos assistir a um vídeo que sintetiza as boas práticas para administração de vacinas. Quando houver necessidade de administrar mais de uma vacina simultaneamente, prefere-se aplicar cada uma em um diferente local anatômico. Se não for possível, então o vasto lateral coxa ou o del- toide, em adulto, serão o local de escolha e as duas injeções devem ser adequadamente separadas cerca de 2,5 cm a 5,0 cm. Veja o capítulo 6 do Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/ Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf> Infográfico 1 http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf 24 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Aula 2: Registro de dados para a avaliação da cobertura vacinal Ao término da administração de uma vacina precisamos registrá-la nos boletins de registro para que esse dado seja posteriormente transformado em informação. Isso nos mostrará a cober- tura vacinal, um indicador que representa o percentual de indivíduos imunizados com deter- minada vacina, em determinado espaço geográfico e determinado período de tempo. Leva em consideração o esquema completo de vacinação para cada doença. Corresponde, portanto, ao percentual de pessoas vacinadas e potencialmente protegidas contra determinada doença. O impacto epidemiológico causado pela vacina dependerá, principalmente, das taxas de cobertura vacinal e de sua homogeneidade (proporção de municípios com cobertura ade- quada para determinada vacina). Com dados de cobertura, pode-se concluir, entre outros aspectos, sobre: • o acesso da população ao serviço – cobertura de BCG, primeiras doses da pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hemófilos, hepatite B), poliomielite etc.; • o grau de aceitação da comunidade ao programa de vacinação; • a eficiência do serviço (taxa de abandono da vacina contra poliomielite, da pentavalente etc.). E como podemos calcular a cobertura vacinal? Usualmente, as coberturas vacinais são obtidas pelo método administrativo, que é conside- rado um método indireto de cálculo, pois utiliza no numerador o total de doses aplicadas e no denominador a população-alvo, multiplicando-se por cem. Embora seja um método váli- do para orientar o planejamento das ações, merece cautela, pois pode fornecer resultados superestimados ou subestimados, seja por erros de registro de doses aplicadas (numera- dor), ou por erros nas estimativas populacionais que compõem o denominador do indicador. População alvo Cobertura vacinal (%) = Número de doses aplicadas de determinada vacina X 100 Deve-se priorizar a obtenção e o acompanhamento das coberturas das vacinas que fazem parte do esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, que deve ser completado até 12 meses de idade. Entretanto, podem ser calculadas coberturas vacinais para outras faixas etárias, como ocorre nas campanhas de vacinação. 25 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos - Numerador do indicador: número de doses aplicadas de determinada vacina Para o cálculo das coberturas das vacinas do esquema básico de vacinação, considerar a dose da vacina capaz de conferir imunidade duradoura e a faixa etária da criança (< 1 ano para todas as vacinas, exceto tríplice viral; e 1 ano para tríplice viral). Tabela 1 – Esquema básico de vacinação Vacina do esquema básico Proteção contra População-alvo Dose para o cálculo da cobertura vacinal** BCG Formas graves de tuberculose < 1 ano Dose única Pentavalente Difteria, tétano, pertussis (coqueluche), hepatite B e Haemophilus influenzae B < 1 ano 3ª dose VIP Poliomielite < 1 ano 3ª dose Pneumo 10 Infecções por 10 cepas de pneumococo < 1 ano 2ª dose Rotavírus Diarreia por rotavírus < 1 ano 2ª dose Meningo C Infecções por meningococo C < 1 ano 2ª dose Febre Amarela* Febre amarela < 1 ano Dose inicial Tríplice viral Sarampo, caxumba, rubéola 1 ano 1ª dose * Só é indicada em algumas regiões do país. Não é utilizada, por exemplo, no esquema básico de vacinação em Pernambuco. ** Dose considerada capaz de conferir imunidade duradoura: 1ª, 2ª, 3ª dose ou dose única, conforme a vacina. 26 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos - Denominador do indicador: população-alvo Em todos os estados e municípios do País, a partir de 2006, a população-alvo para o cálculo das coberturas vacinais é: • em menores de 1 ano – considerar o número de nascidos vivos, obtidos no Sinasc, como denomi- nador do indicador; • em crianças com 1 ano – considerar o número de nascidos vivos do ano anterior, obtidos no Sinasc; • nas demais faixas etárias – estimativas populacionais do IBGE (número de habitantes), por municí- pio, faixa etária e sexo (disponíveis no site do Datasus). Para o ano em curso, os dados disponíveis de doses aplicadas e coberturas vacinais serão sempre preliminares, até o fechamento do banco de dados do referido ano. Os dados são considerados finais no mês de março do ano seguinte. Assim, a população-alvo considerada será a meta mensal multiplicada pelo número de meses corridos, a não ser para as campanhas, quando é considerada a população-alvo anual integral. Exemplo de meta mensal e meta mensal acumulada: total de nasci- dos vivos = 600 crianças. Meta mensal = 600/12 = 50 crianças. Meta acumulada para o mês de maio = 50 x 5 meses= 250 crianças. Os dados do Sinasc podem sofrer alterações posteriores, as quais nem sempre se refletem na população-alvo considerada. Quando os dados do Sinasc de determinado ano não estão disponíveis, são utilizados os dados do ano anterior. Como os municípios deverão processar os dados? Em municípios que processam os dados no Sistema API-Web, o registro das doses adminis- tradas é realizado no Boletim Diário de Doses Aplicadas, segundo o tipo de vacina, a idade e a dose administrada, cujos dados são consolidados nos Boletins Mensais. Nos municípios em que o SI-PNI está implantado, os dados sobre as doses aplicadas são fei- tos por usuário na Ficha de Registro do Vacinado, processada na própria sala de vacinação. 27 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Os dados sobre as doses aplicadas processados no API-Web ou no SI-PNI formam o banco de dados, a partir do qual é possível extrair o numerador da cobertura vacinal. Esse banco de dados pode ser acessado no município, na GERES, no Estado e no Ministério da Saúde, pelo pessoal que trabalha no Programa de Imunização das diferentes instâncias. Os dados também estão disponíveis no site do Datasus (<http://pni.datasus.gov.br/inf_ estatistica_cobertura.asp>) para tabulação e obtenção do número das coberturas vacinais já calculadas ou de doses aplicadas. Denominadores para o cálculo de coberturas vacinais: um estudo das bases de dados para estimar a população menor de um ano de idade <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_ coberturas_vacinais.pdf> Vigilância das coberturas de vacinação: uma metodologia para detecção e intervenção em situações de risco <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_coberturas_ vacinacao.pdf> Boletim Epidemiológico - Volume 46 - nº 30 - 2015 - Programa Nacional de Imunizações: aspectos históricos dos calendários de vacinação e avanços dos indicadores de coberturas vacinais, no período de 1980 a 2013 <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/ besvs-pni-v46-n30.pdf> Hoje as informações de imunização são registradas e disponibilizadas por meio dos sistemas de informação do Programa de Imunização. As primeiras iniciativas sobre a informatização dos registros de vacinação datam do ano de 1990, na região Nordeste, com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), inicialmente, fracassadas por insuficiência de recursos financeiros. Entre os anos de 1993 e 1994, com apoio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), essa iniciativa foi retomada com êxito, de modo que em 1997 o sistema informatizado estava implantado em todas as Unidades Federadas (BRASIL, 2013). Atualmente, os sistemas mais utilizados são: http://pni.datasus.gov.br/inf_estatistica_cobertura.asp http://pni.datasus.gov.br/inf_estatistica_cobertura.asp http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_coberturas_vacinais.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_coberturas_vacinais.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/denominadores_calculo_coberturas_vacinais.pdf> http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_coberturas_vacinacao.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_coberturas_vacinacao.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/besvs-pni-v46-n30.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/besvs-pni-v46-n30.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/14/besvs-pni-v46-n30.pdf> 28 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos APIWEB O APIWEB visa propiciar a avaliação regular e sistemática dos dados e das cober- turas vacinais (campanha e rotina), conforme faixa etária alvo e imunobiológico específico, subsidiando o planejamento das ações de vacinação e a alocação de recursos gerenciais (de pessoas, financeiros, materiais) (BRASIL, 2014). O APIWEB – embora seja um sistema útil ao monitoramento das coberturas vaci- nais, simples, aceitável pelo usuário e flexível – tem sido inoportuno e subutilizado considerando as suas potencialidades em subsidiar a própria área de imunizações e da vigilância epidemiológica de agravos específicos na intervenção em tempo hábil. Todos esses problemas geraram, ao longo dos anos, demandas de mudança no mecanismo de registro de dados sobre vacinação no país, sobretudo adotan- do-se um sistema de informação que forneça dados nominais do vacinado e por procedência, permitindo uma análise mais consistente dos indicadores da área de imunizações no país. Na perspectiva de atender a essa demanda, o PNI, em parceria com o Datasus, iniciou, em 2005, as primeiras discussões para a constru- ção desse sistema. Entretanto, somente no ano de 2009 investimentos maiores foram empreendidos nesse propósito. Em fase avançada de desenvolvimento, o sistema de informação em construção, mantendo a sua denominação de Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), é composto por módulos que consolidarão, em um único banco, os dados do PNI (BRASIL, 2014). SI-PNI O SI-PNI permite a entrada de dados por indivíduo e sua procedência (município de residência); aprazamento de vacinação; estratégia de vacinação utilizada (rotina, intensificação, bloqueio, campanha, especial); grupos populacionais específicos (quilombolas, privados de liberdade, indígenas, assentados, população geral); mobilidade dos indivíduos; adesão e evasão ao programa, oportunidade perdida de vacinação; movimentação de imunobiológicos (laboratório produtor/fornecedor do imunobiológico; lotes disponíveis e utilizados; utilização de imunobiológicos, inclusive perdas físicas e técnicas), além de alimentar o SI-EAPV, que dispõe de uma versão on line (BRASIL, 2015). Além das características já citadas, acrescenta-se que o novo sistema, na sua concep- ção, tem caráter descentralizado, uma vez que não somente a coleta, mas também a digitação dos dados é feita no domínio do município. A instalação do software pode ser feita desde a sala de vacina até o nível central da gestão do município (BRASIL, 2015). O infográfico a seguir apresenta algumas vantagens do SI-PNI. 29 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Vantagens do SI-PNI Veja, no infográfico a seguir, as vantagens do Sistema de informação do Programa Nacional de Imunização. Permitir a obtenção de indicadores por município de residência; incorporar outras variáveis importantes – estratégia de vacinação utilizada, pertencimento a grupos populacionais especí�cos etc.; permitir informações da movimentação de imunobiológicos em todos os níveis do Programa; possibilitar informações sobre a mobilidade dos indivíduos, adesão e evasão ao programa, coberturas vacinais e homogeneidade de coberturas mais reais; estimular a informatização das salas de vacina e socialização das informações. Vantagens Indicadores Taxa de abandono Eventos adversos Imunos utilizados Corbeturas vacinais Doses aplicadas CRIE Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais EAPV Eventos Adversos Pós-vacinação API Avaliação do Programa de Imunização AIU Apuração dos Imunobiológicos utilizados SI-PNI Sistema de informação do Programa Nacional de Imunização 30 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Agora que você já conhece um pouco sobre o SI-PNI, vamos ver no próximo infográfico como funciona o fluxo de informação no sistema. Fluxo de informação do SI-PNI A unidade preenche o instrumento e/ou digita os dados no sistema Os dados são encaminhados para a base municipal A base municipal transfere os dados para a base nacional As bases regionais e estaduais monitoram o envio e avaliam os dados Município Base de dados CG-PNI EstadoRegional Unidade Unidade Instrumento 31 Boas práticasde vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Para saber mais sobre o SI-PNI e sua implantação, assista as vídeoaulas produzidas pelo Ministério da Saúde: Módulo 1 - <https://www.youtube.com/watch?v=UnX--qKPPLk> Módulo 2 - <https://www.youtube.com/watch?v=w7qc5i5iwvE> Módulo 3 - <https://www.youtube.com/watch?v=q2wXfY9B7cQ> Módulo 4 - <https://www.youtube.com/watch?v=LLqJzBDSCjY> Módulo 5 - <https://www.youtube.com/watch?v=lY1a3DHSUp0> Módulo 6 - <https://www.youtube.com/watch?v=W8aTwhpH6BI> Módulo 7 – <https://www.youtube.com/watch?v=yDJQBjEpb14> Módulo 8 – <https://www.youtube.com/watch?v=d7W1iVYy2WI> Módulo 9 – <https://www.youtube.com/watch?v=hQbhWb7fHeE> Módulo 10 - <https://www.youtube.com/watch?v=iI5gyiVpGCQ> Manual para registro de doses aplicadas no Sistema de Informação online de Avaliação do Programa de Imunizações – APIWEB/2014 Consultar biblioteca virtual Manual do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações SIPNI/2015 Consultar biblioteca virtual Instrumentos de coleta de dados O SI-PNI utiliza dois instrumentos de coleta de dados: • um para o registro de doses aplicadas em cada usuário da sala de vacinação (Ficha do Vacinado); • e outro para o registro da movimentação das doses de imunobiológicos em todas as esferas de gestão do Programa. https://www.youtube.com/watch?v=UnX--qKPPLk https://www.youtube.com/watch?v=w7qc5i5iwvE https://www.youtube.com/watch?v=q2wXfY9B7cQ https://www.youtube.com/watch?v=LLqJzBDSCjY https://www.youtube.com/watch?v=lY1a3DHSUp0 https://www.youtube.com/watch?v=W8aTwhpH6BI https://www.youtube.com/watch?v=yDJQBjEpb14 https://www.youtube.com/watch?v=d7W1iVYy2WI https://www.youtube.com/watch?v=hQbhWb7fHeE https://www.youtube.com/watch?v=iI5gyiVpGCQ 32 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Aula 3: Cadeia de frio Já vimos como administrar e registrar as vacinas, vamos agora compreender todo o proces- so de armazenamento e transporte. A credibilidade de um programa de imunização é dependente da segurança, potência e qua- lidade das vacinas. A incorreta conservação, o armazenamento e manuseio inadequados das vacinas pode resultar em uma perda da potência, ou aumentar os eventos adversos de algumas vacinas. Como consequência, a confiança do público nos programas de imunização pode ser prejudicada, colocando ainda mais vidas em risco (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013). A inativação de uma vacina, que nem sempre é verificável pela simples inspeção, pode ocor- rer por falhas no armazenamento, transporte ou manuseio no momento da aplicação. Como a determinação da validade pode ser verificada somente em laboratório, o que é trabalhoso, demorado e oneroso, é imprescindível que todos os profissionais de saúde estejam fami- liarizados com os princípios e com as normas corretas de conservação das vacinas, desde a sua produção até a sua aplicação (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013). Você sabe o que a cadeia de frio? Define-se como cadeia de frio o caminho pelo qual a vacina percorre desde a produção até o usuário final. Qualquer quebra na temperatura ou condição de manipulação ideais em um dos pontos da rede compromete a qualidade dos produtos nos demais (BRASIL, 2013). Você sabia que o principal elemento de uma cadeia de frio é a temperatura? As vacinas são conservadas nos diversos setores da cadeia de frio em temperaturas específicas, que levam em conta os antígenos e os adjuvantes da sua composição. Esses elementos são fundamentais para definir se uma vacina pode ou não ser congelada. Nas instâncias local e municipal, a rede de frio deve armazenar os imunobiológicos em câmeras de armazenamento específicas para vacinas, com temperatura na faixa de +2°C a +8°C. (BRASIL, 2013; BALLALAI, 2016). 33 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Por que perseguir os 5 ºC? Porque 5 graus Celsius (5 °C) é o ponto médio entre +2 °C - +8 °C, que é a faixa de temperatura recomendada para o armazenamento de vacinas. Muitas são danificadas ou destruídas em temperaturas fora dessa faixa. Lembrando que algumas são sensíveis ao calor e outras não suportam o congelamento. Mantendo a temperatura de 5 °C, garante-se uma faixa de segurança, evitando aquecimento (mais de 8 ºC) ou congelamento (menos de 2 ºC) (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013). Procedimentos básicos para armazenamento dos imunobiológicos A cadeia de frio em um serviço de imunização inicia quando as vacinas são recebidas. E o que devemos fazer no momento da recepção das vacinas? • Avaliar as condições das bobinas de gelo; • avaliar as condições da(s) caixa(s) térmica(s); • verificar a temperatura interna da caixa de transporte; • avaliar as condições das vacinas dentro da(s) caixa(s) térmica(s). 34 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos E se todas as condições avaliadas estiverem corretas: • armazenar de imediato cada imunobiológico, de acordo com sua estabilidade. Pronto! Agora você já recebeu a vacina e precisa armazenar. O que deve fazer? A câmara de conservação de vacinas é um elemento imprescindível na cadeia de frio. Em seu interior, as vacinas deverão ser conservadas entre 2 ºC e 8 ºC até o momento de sua utilização. É importante respeitar algumas orientações (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2014) para garantir a efi- cácia dos imunobiológicos, das quais destacamos as mais importantes: • equipamentos devem ser exclusivos para a conservação. • utilizar termômetro, de preferência, com alarme para grau máximo e mínimo, e que indique e registre as variações de temperatura; • fazer a leitura do termômetro, verificando as temperaturas máxima e mínima atingidas, no mínimo duas vezes ao dia, registrando-as em mapa de controle diário de temperatura; • colocar à frente nas prateleiras as vacinas com prazo de validade mais próximo do vencimento, para que sejam utilizadas primeiro; • conferir periodicamente a data de validade das vacinas, retirando as que estiverem fora da validade; • manter os diluentes na câmara antes do uso, para que no momento da diluição, estejam à temperatura de 2 ºC a 8 ºC, sendo que esses não devem ser congelados. E se ocorrer alguma falha? O que devo fazer? Quando houver falhas e/ou dúvidas em relação à rede frio, o responsável pela rede frio do município ou secretaria estadual devem ser contatados. E para saber qual a conduta a ser tomada com a vacina que sofreu alteração de temperatura, faz-se necessário saber (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013): • a temperatura de exposição; • o tempo de exposição; • a validade da vacina e • se a vacina já foi exposta à alteração de temperatura anteriormente. 35 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Veja o Instrumento para Registro de Ocorrência de Alterações Diversas (desvio(s) de qualidade no(s) imunobiológico(s), nas pági- nas 139 e 140 do Manual de Rede de Frio do Programa Nacional de Imunizações: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual- rede-frio.pdf> Os refrigeradores tipo “duplex” e tipo “frigobar” não podem ser utilizados. No caso de oscilações de energia elétrica, esses equipamentos não mantêm a temperatura exigida, podendo haver congelamento ou temperatura acima de 8 ºC (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013) Em 2013, o Ministério da Saúde, por meio do Manual de Rede de Frio, orientou que os refrigeradores domésticos não deveriam mais ser utilizados nas salas de vacina. Assim, deveriam ser substituídos gradativamente por equipamentos específicos de armazenamen- to de vacinas. Como ainda existem salas de vacina com esse tipo de refrigerador, seguem os cuidados especiais na utilização de refrigeradores de uso doméstico. Os refrigeradores fabricados a partir de 1996 têm estabilidade menor e maior risco de sofrer alterações de temperatura, pois não possuem mais o gásCloro Flúor Carbono (CFC). Recomendam-se, portanto, alguns cuidados especiais quanto ao seu uso (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013): http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf 36 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos • ajustar o termostato de modo a encontrar o ponto ideal que vai permitir a manutenção da temperatura do refrigerador entre +2ºC e +8ºC. O termostato depois de ajustado não deve ser manipulado, nem mesmo durante a limpeza; • manter uma temperatura de +5ºC, essa temperatura é a ideal para assegurar a manutenção do equipamento dentro das condições preconizadas nas oscilações da corrente elétrica; • não guardar vacinas na porta ou na parte de baixo do refrigerador, pois quando a porta é aberta, essas áreas do equipamento são as primeiras a sofrer o impacto da temperatura ambiente, apresentando grande variação de temperatura; • não colocar garrafas na porta da geladeira, pois, com o passar do tempo, o peso poderá impedir a perfeita vedação do refrigerador; • retirar a tampa da caixa de verduras, e, em seu lugar, colocar garrafas com água, o que contribui para estabilizar a temperatura interna do refrigerador; • conservar no congelador pacotes de gelo reciclável, para manter por mais tempo a temperatura interna do refrigerador na falta de energia elétrica; • manter o congelador livre de acúmulo de gelo; • manter o termômetro para medir temperaturas máxima e mínima permanentemente dentro do refrigerador, na prateleira do meio. Quando do uso de termômetro digital de momento, máxima e mínima, o mesmo deve ser afixado na porta externa do refrige- rador e o cabo extensor deve ser introduzido pelo lado de fixação das dobradiças, afixando o sensor (bulbo) na parte central da segunda prateleira; • verificar sempre se a borracha de vedação do refrigerador está íntegra (teste do papel); • deixar um espaço livre entre as caixas de vacinas. Esse procedimento serve para melhorar a circulação do ar frio interno, pois esses refri- geradores não possuem o sistema de circulação de ar forçado, que dá maior estabilidade ao equipamento; • manter as vacinas afastadas da parede cerca de 4 cm do fundo e das laterais do refrigerador. 37 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Organização dos imunobiológicos no refrigerador doméstico Após compreendermos quais os cuidados que devemos ter com o refrigerador doméstico, vamos conhecer a sua organização interna. Nos refrigeradores domésticos, os imunobioló- gicos devem ser organizados por tipo viral (Tríplice viral, varicela, Febre Amarela, VOP) ou bacteriano (Pneumo10, VIP, Hepatite B, Hepatite A, Meningo C) e acondicionados nas 2ª e 3ª prateleiras, colocando-se na frente os produtos com prazo de validade mais curto para que sejam utilizados antes dos demais. Não acondicione imunobiológicos na 1ª prateleira, nem no compartimento inferior (gaveta) desses equipamentos, pois esses compartimentos estão muito próximos do congelador e qualquer alteração de temperatura pode congelar as vacinas. Coloque garrafas preenchidas com água misturada a um corante (azul de metileno, anil, vio- leta de genciana) na gaveta da parte de baixo do refrigerador, ocupando todo o espaço para que, caso ocorra falta de energia, essas ajudem na manutenção da temperatura externa por mais tempo. Você sabe como transportar as vacinas adequadamente? O transporte das vacinas é um dos elos fundamentais para uma adequada cadeia de frio. Deve-se assegurar que em todo o itinerário as normas de armazenamento sejam rigorosa- mente seguidas, desde o acondicionamento até o destino final. E quais são os procedimentos básicos para o transporte de imunobiológicos? O empacotamento para o transporte das vacinas deve ser feito em salas climatizadas, e o transporte deve ser feito em caixas térmicas adequadas que propiciem a manutenção da tem- peratura em todo o seu percurso. Portanto, recomenda-se (BRASIL, 2013; BALLALAI, 2016): 38 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos • dispor de bobinas de gelo reciclável em quantidade suficiente; • escolher o tamanho e a qualidade adequados da caixa térmica; • acondicionar, sempre que possível, as vacinas que podem ser con- geladas em uma caixa térmica e em outra as que não podem ser congeladas. Também é importante retirar as bobinas de gelo reciclá- vel do congelador ou freezer, deixando-os à temperatura ambiente entre 15 e 30 minutos, até as gotas de água aparecerem na superfície, pois assim o gelo estará com temperatura em torno de 0º, evitando, portanto, o congelamento das vacinas. Conforme orientação do Manual de Rede de Frio do Ministério da Saúde, deve ser utilizado um termômetro de cabo extensor para verificar a temperatura; • dispor as vacinas na caixa térmica, deixando-as circundadas (ilhadas) pelas bobinas de gelo reciclável; • colocar o bulbo do termômetro de cabo extensor no centro da caixa, entre as vacinas, e fixar o termômetro na parede externa da caixa; • verificar a temperatura após 30 minutos e registrar, em impresso apropriado, a data e a hora do transporte; • fechar a caixa térmica (vedando, se necessário, a tampa da caixa com fita adesiva), não deixando frestas ou folgas. Caso seja para utilização da caixa na sala de vacina, não há necessidade de vedar; • identificar a caixa externamente, identificando o conteúdo (tipo e quantidade de vacinas) e o destinatário. Caso seja para utilização da caixa na sala de vacina, não há necessidade de colocar o destinatário; • manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante de fontes de calor (motor, aquecedor, fonte luz); • manipular a caixa térmica com cuidado, evitando a quebra dos imunobiológicos; • verificar a temperatura no interior da caixa térmica para registrá-la em impresso próprio, quando do recebimento das vacinas; Esse procedimento também deverá ser seguido ao montar as caixas térmicas para vacinas de uso diário na sala de vacina. 39 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Você sabia que a quantidade de bobinas de gelo colocada dentro da caixa interfere na temperatura interna da caixa? Com isso, cabe lembrar que, ao utilizar bobinas de gelo reciclável em temperaturas em tor- no de -10 ºC a -20 ºC, corre-se o risco de, em determinado momento, a temperatura das vaci- nas ficar próxima à temperatura do gelo. Como consequência, as vacinas poderão congelar, inativando determinados imunobiológicos (exemplo: vacina hepatite B, influenza, DTP etc.) (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013). Em caso de situações de emergência (interrupção de energia), o que devo fazer? O refrigerador pode deixar de funcionar por motivo de corte de energia elétrica ou por defeito. A falta de energia por um período prolongado pode inutilizar totalmente alguns imunobiológicos. Portanto, é essencial que o serviço de imunização tenha por escrito as rotinas, em caso de falta de energia, e que os profissionais do serviço as conheçam. Vamos agora conhecer os procedimentos básicos em situações de emergência (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2013, 2014): • manter fechado, NÃO abrir o refrigerador, e monitorar, rigorosa- mente, a temperatura interna por meio do termômetro externo, quando ocorrer interrupção do fornecimento de energia elétrica ou em caso de falha do equipamento; • proceder a transferência imediata dos produtos para outro equipa- mento (refrigerador ou caixa térmica) que esteja com temperatura entre +2 ºC a +8 ºC, caso a corrente elétrica não seja restabelecida ou a falha no equipamento não seja solucionada no prazo máximo de duas horas, ou quando a temperatura estiver próxima de +8 ºC; • dispor de bobinas de gelo reutilizáveis congeladas para seremusa- das, caso necessário, no acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas; • manter comunicação constante com a empresa local de energia elé- trica, a fim de ter informação prévia sobre eventuais cortes de energia. É imprescindível que todas as pessoas envolvidas com a vacinação tenham conhecimentos dos princípios e das normas corretas para a conservação das vacinas. Por essa razão, é muito importante que os profissionais de saúde que trabalham com imunizações conheçam as características das vacinas que administram e estejam familiarizados com as normas de conservação e armazenamento delas. 40 Boas práticas de vacinação Preparação e administração das vacinas e conservação de imunobiológicos Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde, capítulo 6, que trata dos procedimentos para admi- nistração de vacinas: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/ Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf> Manual de Rede de Frio do Ministério da Saúde, que dentre outros temas, trata do uso de câmeras específicas para salas de vacina: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual- rede-frio.pdf> Vamos avaliar o que aprendemos até aqui antes de prosseguir. No AVASUS, realize a ativi- dade Avaliativa da Unidade 3. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA UNIDADE 4 Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) 42 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Vigilância de eventos adversos pós- vacinação (EAPV) Após discutirmos as boas práticas de vacinação (administração e rede de frio), vamos estu- dar as possíveis reações adversas decorrentes das vacinas. Você sabia que o Brasil tem um sistema de informação para a notificação da suspeita evento adverso? Vamos conhecê-lo? 43 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Aula 1: Sistema nacional de vigilância dos EAPV Como todo produto biológico, as vacinas não são isentas de reações adversas. Por isso, o PNI procura utilizar vacinas cada vez mais seguras e menos reatogênicas. Assim, para monitorar as possíveis reações, vigiamos a utilização dessas na população. Você sabe quais são os objetivos do sistema de vigilância do EAPV? • Normatiza as atividades de notificação e investigação; • consolida, analisa os casos e divulga as informações; • normatiza as condutas e ações a serem adotadas para controlar e prevenir os eventos adversos; e • identifica lotes mais reatogênicos que causam mais eventos adversos pós-vacinação e decide quanto à sua utilização ou suspensão. Então, o que devemos fazer para monitorar adequadamente as reações vacinas? Precisamos notificar qualquer reação indesejada após a vacinação. Notificação, o que significa? Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita à autorida- de sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Para saber mais sobre notificação dos eventos adversos pós- -vacinação, acesse: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_ imunizacoes_pni40.pdf> <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/ manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf> http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf 44 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Agora vamos compreender como vem ocorrendo, ao longo do tempo, a notificação dos EAPVS no Brasil. Marcos importantes para a notificação dos eventos adversos pós-vacinação OMS recomendou a notificação e investigação de EAPV PNI iniciou a estruturação do Sistema Nacional de Vigilância dos EAPV Publicação do Manual de Vigilância Epidemiológica dos EAPV (1ª ed.) 2008: 2ª ed. 2014: 3ª ed. Implantação do Sistema de Informação da Vigilância de EAPV (SI-EAPV) Publicação da Portaria nº 33 da SVS/MS - EAPV como agravo de notificação compulsória Implantação do SI-EAPV on line 1991 1992 1998 2000 2005 2015 45 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Aula 2: Conceitos gerais e definição dos eventos adversos pós-vacinação Após estudarmos a vigilância de eventos adversos pós-vacinação e seu contexto histórico, vamos compreender os conceitos e definições importantes para um melhor aprendizado dessa temática. O que é um evento adverso? Trata-se de uma ocorrência clínica indesejável em um indivíduo que tenha recebido alguma vacina. Podemos classificar os eventos adversos quanto à causalidade, que podem ser decor- rentes de (BALLALAI, 2016; BRASIL, 2014): • reação inerente ao produto: imunógeno (vivo atenuado, não vivo), cepa, meio de cultura, adjuvantes, conservantes, lote da vacina; • reação inerente à qualidade da vacina por desvio de qualidade, incluindo as embalagens (ampolas, frascos, frasco-ampola etc.) e acessórios (agulhas, conta-gotas, diluentes, seringas etc.) utilizados para a administração dessas; • erro de imunização (erro programático) EAPV causado por manuseio, prescrições e/ou administração inadequadas. É considerado evitável e deve ser corrigido de imediato; • características da pessoa vacinada: reação de ansiedade à imunização, idade, número de doses anteriores, eventos adversos prévios, deficiência imunológica, doenças alérgicas. Os eventos adversos também podem ser coincidentes, ou seja, apenas uma associação tem- poral sem relação causal. Na verdade, ocorreu no mesmo período em que foi realizada a vacina, porém não foi causada por ela. Um evento adverso também pode ser classificado quando à sua gravidade. Vamos compreender? Pode ser considerado um evento grave quando: • gera hospitalização por pelo menos 24 horas; • ocorre disfunção ou incapacidade significativa e/ou persistente (sequela); • resulta em anomalia congênita; • em risco de morte (necessidade de intervenção imediata para evitar o óbito); • leva a óbito. 46 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) O evento adverso pode ser considerado não grave quando provoca situações adversas que não levam a nenhuma das situações citadas anteriormente. Você sabia que existem algumas reações adversas que são mais comuns na rotina dos serviços de vacinação? Vamos conhecer quais são e as condutas diante dessas situações? REAÇÕES LOCAIS Prescrever analgésico, se necessário. Fazer compressas frias, nas primeiras 24 a 48 horas após a administração, nos casos de dor e reação locais intensas.Os abscessos devem ser submetidos à avaliação médica, para conduta apropriada (uso de antibióticos, drenagem cirúrgica etc.). Sem contraindicação para doses subsequentes. 1 FEBRE Manter a pessoa em repouso, em ambiente bem ventilado, administrar água e outros líquidos apropriados. Considerar o uso de antitérmico (acetaminofen, dipirona, ibuprofeno). Sem contraindicação para doses subsequentes de vacinas. Considerar o uso de antitérmico profilático quando, na dose anterior, houve febre elevada ou história prévia de convulsão febril. Ficar atento para a possibilidade de infecção intercorrente. 2 CONVULSÃO FEBRIL A fase aguda da crise deve ser tratada como qualquer outra convulsão. A maioria das crisescessa espontaneamente em poucos minutos -> exigem medidas básicas de suporte. As crises mais prolongadas exigem tratamento: Medidas básicas de suporte (decúbito lateral, em posição segura; vias aéreas livres; aspirar secreções; afrouxar as roupas; O2 úmido): Combater a febre com antitérmicos; Combater a crise com drogas anticonvulsivantes; Há contraindicação para doses subsequentes de vacinas; Quando a convulsão for associada às vacinas penta e DTP, completar o esquema com a vacina tríplice acelular (DTPa). 3 EPISÓDIO HIPOTÔNICO-HIPORRESPONSIVO Oferecer água e leite materno. Manter o ambiente ventilado. Se necessário, prescrever antitérmicos. Manter precauções para evitar broncoaspiração. Observação rigorosa, até a resolução do quadro. Contraindicação de doses subsequentes de vacinas. Utilizar, preferencialmente em dose subsequente à vacina, DTP acelular. 4 SÍNCOPE Colocar a pessoa em decúbito dorsal com membros inferiores discretamente elevados.Fazer observação clínica na unidade de saúde até a recuperação completa.Não há contraindicação para doses subsequentes de vacinas. Em caso reincidente, sugere-se o encaminhamento para as investigações que se julgar necessárias. 5 REAÇÕES CONDUTAS 47 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Aula 3: Como notificar eventos adversos pós-vacinação Como já foi falado em aulas anteriores, precisamos notificar a ocorrência dos eventos adver- sos. Vamos aprender como? Primeiramente, precisamos saber qual EAPV deve ser notificado/investigado! • TODOS os eventos adversos que retornarem à unidade de saúde, por demanda espontânea, devem ser notificados. E para que ocorra o retorno à unidade em caso de EAPV, o usuário/responsável deve ser orientado por ocasião da vacinação sobre: • evento adverso comum ou esperado – só deverá retornar à sala de vacina caso o evento comum ou esperado ocorra de maneira mais intensa, ou demore muito a passar; • outros eventos adversos – embora as vacinas estejam entre os produtos de maior segurança de uso, e a ocorrência dos eventos adversos graves seja rara, é importante que, durante a triagem, os usuários sejam orientados para retornarem à unidade de saúde quando ocorrer sinal ou sintoma que não seja comum ou esperado após a vacinação; • TODOS os eventos adversos GRAVES e/ou INUSITADOS (notificação imediata). Todos os eventos adversos GRAVES e/ou INUSITADOS devem ser notificados imediatamente (dentro das primeiras 24 horas) ao nível hierárquico superior (por telefone, e-mail, fax, módulo notificação do SIEAPV), com a finalidade de alertar a vigilância e obter orientações quanto à investigação. 48 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Aula 4: Instrumento de notificação dos eventos adversos pós-vacinação A notificação de um evento adverso de vacinação é seguida por uma INVESTIGAÇÃO que busca identificar a causa do EAPV, assim o tempo oportuno máximo para se iniciar uma investigação de campo é de 48 horas após a notificação. O que deve constar na notificação/investigação de um EAPV? Para responder, vamos verificar o formulário padronizado pelo Ministério da Saúde (última versão: janeiro 2014) para registro de eventos adversos pós-vacinação, associados ao uso de vacina, soro, imunoglobulina. O formulário é composto por quatro partes. Veja o que compõe cada parte. Na primeira parte do formulário, temos o seguinte conteúdo da ficha: Cadastro do paciente • Dados de Identificação Notificação • Data aplicação • Estratégia (rotina, campanha,...) • MB, Lote, Fabricante • Dose, Via de administração • Local da aplicação • Estabelecimento de saúde • Grupo (gestante, mulher amamentando, criança em AM) • Evento adverso provável • Tipo de evento (grave, não grave, erro de imunização) 49 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017. Veja na imagem a seguir: Dados de notificação Dados pessoais Dados residenciais Dados sobre a vacinação Dados da unidade de saúde de administração/aplicação História patológica pregressa País Unidade de saúde Nome completo do paciente Idade Ocupação Gestante? Endereço (rua, praça, avenida, etc) Ponto de referência País Data da Vacinação Via de administração (oral, IM, SC, ID) Fabricantes(s) Nº Lote(s) Validade Local de aplicação (deltóide, vasto lateral da coxa, glúteo, ventro- glúteo e oral) Imunobiológico(s) (indicar o nome como está no rótulo) Dose aplicada (1ª, 2ª, 3ª doses; 1º e 2º reforços) UF Município País Unidade de saúde Doenças pré-existentes? Uso de medicação anterior a vacinação? Caso afirmativo qual? Caso afirmativo qual? Qual o motivo? Local de vacinação UF Município Zona Cep Telefones Número Complemento Bairro/Distrito Mulheres amamentando? Criança em aleitamento materno?Caso afirmativo qual mês de gestação no momento da vacinação? Nome completo da mãe Sexo Raça 1 - dia 2 - meses 3 - anos 1 - Sim Mês2 - Não 3 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 3 - Ignorado 1 - Urbana 2 - Rural 9 - Ignorado 1 - Campanha 2 - Rotina 3 - Recomendação médica 1 - Sim AIDS/HIV Alergia alimentar Especificar: Doença cardíaca Especificar: Doença Hepática Especificar: Doença Neurológica ou psquiátrica Especificar: Doença pulmonar Especificar: Imunoglobulinas Corticóides Via: Tempo de uso: Outras Especificar: Alergia a medicamentos Especificar: Doença auto-imune Especificar: Diabetes Anticonvulsionante Medicamentos homeopáticos Quimioterapia, radioterapia Outros: Antitérmico 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Rede pública 2 - Rode privada 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 3 - Ignorado 1 - Masculino 2 - Feminino 9 - Ignorado 1 - Branca 2 - negra 3 - Parda 4 - Indigena 5 - Amarela 9 - Ignorado Iniciais Data de nascimento UF Município Diluente(s) 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Convulsão febril 2 - Convulsão afebril 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Fez transfusão de sangue nos ultimos 15 dias ? Caso afirmativo, data da transfusão Caso afirmativo, qual tipo? Caso afirmativo, qual vacina administrada? Data de ocorrência de EAPV anterior Fez uso da medicação em EAPV anterior? Se sim, especifique História prévia de convulsões Algum EAPV anteriror à presente vacinação? Caso afirmativo, qual EAPV anterior? Qual a conduta indicada na ocasião deste EAPV anterior? 50 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Já na segunda parte, temos: Antecedentes • EAPV anterior • Doenças preexistentes • História prévia de convulsões • Uso de medicação anterior à vacinação • Uso de sangue e derivados nos últimos 28 dias • Viagem nos últimos 15 dias • Evento adverso – Manifestações locais • Evento adverso – Manifestações clínicas sistêmicas • Atendimento médico • Informações complementares • Diagnóstico • Evolução 51 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Veja na imagem a seguir: Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017 M a n if e st a çõ e s Lo ca is O ut ra s m a n if e st a çõ e s M a n if e st a çõ e s cl ín ic a s si st ê m ic a s Antecedentes epidemiológicos Dados sobre EAPV Atendimento médico 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Ambulatorial 2 - Domiciliar 3 - Hospitalar 9 - Ignorado 1 - Sim dia(s) hora(s)minuto(s)dia(s) hora(s) minuto(s) Abscesso frio Pele/Mucosas Angiodema de lábios Angiodema de laringe Angiodema de língua Angiodema de membros Angiodema de olhos Angiodema generalizado Cianose Hiperemia e coceira nos olhos Icterícia Palidez Petequias Prurido Púrpura Urticária generalizada Urticária no local de aplicação Outro evento da pele ou mucosasBradicardia Artralgia Artrite Cefaleia Cefalevia e vômito Dificuldade de deambular Edema articular Evidências clínicas de sangramentos Fadiga Febre igual ou maior a 39,5º Febre menor que 39,5º Hiperemia em articulações Lesões decorrentes de disseminação BCG Mialgia Pancreatile Parotidite Sonolência OutrasChoro persistente Hiperemia bilateral nos olhos Ataxia Alteração do nível de consciência Convulsão afebril Convulsão febril Convulsão focal Convulsão generalizada Convulsão tônico-clonica Desmaio Hipotonia Letargia Não responde a estímulos Paralisia de membros inferiores Paresia Parestesia Resposta diminuída a estímulos Sinais neurológicos focais ou multifocais Outros eventos neurológicos graves Outras paralisias Diarreia Dor abdominal Enterorragia Fezes com raias de sangue Invaginação intestinal Melena Náuseas Vômitos Apneia Broncoespasmo/laringoespasmo Dificuldade de respirar Dispineia Dor de garganta Espirros Rinorreia Rouquidão Sensação de fechamento de garganta Taquipneia Tiragem intercostal Tosse seca Hipotensão Taquicardia Cardiovasculares Respiratórias Neurológicas Gastrointestinais Abscesso quente Atrofia no local de aplicação Calor local Celulite Dor Abscesso com drenagem espontânea Edema Eritema Exantema em local diferente da aplicação Exantema generalizado Linfadenite não supurada Linfadenite supurada Enduração Linfadenomegalia > 3 cm supurada Rubor Úlcera Outras reações locais Linfadenomegalia não supurada 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Nacional 2 - Internacional País: Viajou nos últimos 15 dias? UF: Município: Recebeu vacina(s) para viajar? Data de início do(s) sintoma(s) Tempo entre a aplicação da vacina e a manifestação clínica Duração do evento Foi vacinado durante a viagem? Caso afirmativo, data de vacinação Qual(is)? Viagem Caso afirmativo, data da ida Caso afirmativo, data da volta dia(s) hora(s)minuto(s)dia(s) hora(s) minuto(s) Data de início do(s) sintoma(s) Tempo entre a aplicação da vacina e a manifestação clínica Duração do evento dia(s) hora(s)minuto(s)dia(s) hora(s) hora(s) 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Dias 1 - Sim 2 - Não 3 - Ignorado 1 - Público 2 - Privado 9 - IgnoradoDias minuto(s) Data de início do(s) sintoma(s) Recebeu atendimento médico? Nome do local de atendimento Município UF Data de atendimento Caso alfirmativo, tipo de atendimento Ficou em observação? Ficou em enfermaria? Ficou em UTI? Data da alta Tempo entre a aplicação da vacina e a manifestação clínica Duração do evento 52 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Na terceira parte, vemos: Exames laboratoriais complementares • Hemograma • Bioquímica • Punção pulmonar • Urina • Detecção viral • Imunologia • Adicionais • Necrópsia 53 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Veja na imagem a seguir: Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017. 1 - Sim 2 - Não Data da punção Data da coleta PCR 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não Data Data do exame Data do exame 9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Sangue 2 - Líquor 3 - Tecido 4 - Outros 9 - Ignorado 1 - Positivo 2 - Negativo 3 - Inconclusivo Outros métodos9 - Ignorado 1 - Sim 2 - Não Especificar: 1 - Sim 2 - Não Especificar: Hemácias Leucócitos Creatina Bilirrubina total Bilirrubina direta Provas de coagulação mm3 Leucócitos Glicose Citoquímica (Líquor) mm3 mg Proteínas mg mg/dl mg/dlmg/dl % % % % mm3 Monócitos Linfócitos Cultura do líquor ou Latex Bacterioscopia Neutrófilos % Neutrófilos Eosinófilos Hemoglobina Hematócrito Plaquetas Informações laboratoriais complementares Hemograma Data da coleta Data da coletaBioquímica (anotar o maior valor encontrado, independente da data de coleta) Punção Lombar ECG RM EEG RX TC Realizada autópsia? Detecção viral (Especifique o material analisado e o metódo utilizado para o isolamento) Série vermelha Série Branca Tipos de exames (hematologia, bioquímica, líquor, sorologias, isolamento, exames de imagem, histopatologia, outros). Especificar resultados relevantes. UI AST (TGO) INR UI ALT (TGP) PT mg/dl Uréia PTT Data 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Anatomopatológico Data 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Histopatológico Data 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Imunohistoquímica Data do exame Data do exame ENMG Data do exame Data do exame USG Data do exame (Descrever apenas informações relevantes que complementem os dados da ficha) Informações complementares 54 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) E na quarta parte, encontramos: Classificação final • Erros de imunização • Conduta frente ao erro • IMB • Diagnóstico • Conduta frente ao esquema vacinal 55 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) Veja na imagem a seguir: Fonte: <http://pni.datasus.gov.br/Download/Eapv/Ficha_EAPV_PNI070411.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017. Descrição Código do CID 10 2 - Via de aministração 1 - Tipo de imunobiológico utilizado 3 - Diluição 2 - Erro programático 4 - Reação no local de aplicação 1 - Reação Vacinal 9 - Ignorado3 - Coincidente (associação temporal) 2 - Ameaça à vida 4 - Anomalias congênetas 5 - Incapacidade 9 - Ignorado 1 - Óbito 3 - Motivou ou prolongou a internação 2 - Provável 4 - Descartado (não relacionado) 1 - Confirmado 5 - Inconclusivo3 - Possível 2 - Cura com sequelas 2 - Esquema mantido com precaução (ambiente hospitalar) 1 - Cura sem sequelas 1 - Esquema mantido 4 - Contraindicação sem substituição de esquema 3 - Contraindição com substituição de esquema 9 - Ignorado 5 - Esquema encerrado 3 - Óbito por EAPV 4 - Óbito por outras causas 6 - Não é EAPV 5 - Perda de seguimento 5 - Fora da idade recomendada 4 - Conservação 6 - Técnica de administração 8 - Intervalo inadequado entre vacinas 7 - Intervalo inadequado entre doses 9 - Validade vencida 11 - Outros. Especificar: 10 - Não se aplica (Descreva apenas o diagnóstico final com o respectivo CID 10) Nome Função Telefone de contato Telefone Data Erros programáticos (procedimentos inadequados) Conclusão do caso Categoria do evento Evolução do caso Conduta frente ao esquema vacinal Responsável pelo preenchimento Município Unidade de saúde Assinatura Diagnóstico 2 - Grave 1 - Não graves (Leves e moderados) Classificação por gravidade EAPV grave Classificação por casualidade Data de encerramento Data do óbito Declaração de óbito Declaração de nascido vivo 56 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) E o fluxo de notificação de EAPV no Brasil, você conhece? Veja-o na imagem a seguir. Figura 5 – Fluxo de EAPV no Brasil Fonte: Brasil (2014a). Suspeita de EAPV Datasus Programa Nacional de Imunizações CIFAVI CTAICIEVS Coordenações Municipais de Imunizações Unidades notificadoras Distritos/ Regionais Regionais Comitês técnicos CRIE Coordenações Estaduais de Imunizações internet internet internet 57 Boas práticas de vacinação Vigilância de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) A segurança das vacinas é considerada, mais que nunca, uma preocupação mundial. E a vacinação segura é fator determinante para o sucesso ou o fracasso dos programas nacio- nais de imunizações. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/ manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf> Avaliação do sistema brasileiro de vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinação Consultar biblioteca Formulário de Notificação dos Eventos Adversos Pós-vacinação Consultar biblioteca Instrutivo do preenchimento da Ficha de EAPV Consultar biblioteca http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdfPROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Referências 2 REFERÊNCIAS BAHIA (Estado). Secretaria da Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Coordenação do Programa Estadual de Imunizações. Manual de procedimento para vacinação. Salvador: DIVEP, 2011. 573p. (Série A. 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