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Pedologia Rochas

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ROCHAS 
Através do intemperismo, a rocha matriz irá fornecer os materiais constituintes minerais do 
solo, fornecer nutrientes essenciais aos vegetais e influenciar nas propriedades químicas e físicas 
(cor, textura) do solo. Em geral, quanto mais jovem for o solo, maior a influência exercida pelo 
material originário. 
As características das rochas que mais influenciam a gênese do solo são sua composição 
mineralógica, resistência mecânica e textura (tamanho dos cristais). A estrutura da rocha refere-se à 
disposição dos cristais. 
 
ROCHAS ÍGNEAS (ou magmáticas) 
Constituem 80 % da crosta. Formadas pela cristalização do magma (mistura de silicatos, 
sílica, óxidos metálicos e substâncias voláteis dissolvidas a 600 – 1200 oC). 
 
Classificação quanto ao ambiente de cristalização 
Extrusivas ou vulcânicas: cristalização do magma na superfície da crosta, com resfriamento rápido, 
em contato direto com a atmosfera, formando-se cristais de menor tamanho. Ex.: basalto, riolito. 
Intrusivas ou plutônicas: cristalização no interior da crosta, com resfriamento lento e menores 
perdas de calor e substâncias voláteis, formando-se cristais de maior tamanho. Ex.: gabro, 
granito. 
As rochas extrusivas, por apresentar cristais de menor tamanho, são de mais fácil 
intemperização que rochas intrusivas de mesma composição mineralógica. 
As rochas ígneas em geral têm disposição dos cristais aleatória. 
As rochas ígneas têm elevada resistência mecânica (dureza). 
 
Classificação quanto ao teor de sílica (SiO2) 
Rochas ácidas (> 65 %): cor clara, presença expressiva de quartzo e ortoclásios. Originam solos 
mais arenosos e em geral mais ácidos e menos férteis. Ex.: granito (I), riolito (E). 
Rochas intermediárias (55 a 65 %): cor intermediária, presença de plagiocásios e silicatos 
ferromagnesianos, e pouco ou nenhum quartzo. Ex.: diorito (I), andesito (E). 
Rochas básicas (45 a 55 %) e ultra-básicas (< 45 %): cor escura, ricas em piroxênios, anfibólios e 
plagiocásios, e às vezes olivinas, sem presença de quartzo. Originam solos ricos em argila e 
óxidos, de cores avermelhadas e brunadas, em geral mais férteis e menos ácidos. Ex.: gabro (I), 
basalto (E). 
 
Classificação quanto à cor 
Ajuda a caracterizar a composição da rocha: os minerais silicatados ferro-magnesianos tornam 
a rocha mais escura; o quartzo e feldspatos dão cor clara: 
- leucocráticas (ou félsicas): rochas de cores claras. Ex. granito, riolito. 
- mesocráticas: rochas de cores intermediárias. Ex.: sienito, diorito. 
- melanocráticas (ou máficas): rochas de cores escuras. Ex. basalto, gabro. 
 
Classificação quanto à composição mineralógica 
É critério fundamental para a denominação da rocha. Os minerais silicatados são os mais 
importantes para a classificação, sendo avaliadas suas proporções médias na rocha e atribuída a sua 
denominação. 
 
Composição mineralógica de algumas rochas ígneas (% em peso) 
 ácidas intermediárias básicas ultra-básicas 
Extrusivas riolito andesito basalto - 
Ortoclásio 40 5 - - 
Quartzo 30 2 - - 
Plagiocásios 15 60 50 2 
Biotita 10 3 - - 
Horblenda 5 20 5 - 
Piroxênios - 10 45 48 
Olivinas - - - 50 
Intrusivas granito diorito gabro peridotito 
 
ROCHAS SEDIMENTARES 
Constituem apenas 5 % da crosta, mas recobrem cerca de 75% da área dos continentes. 
Formadas pela acumulação de materiais derivados de outras rochas preexistentes, em quatro etapas: 
destruição (intemperismo), transporte (água, vento, geleiras), deposição e diagênese. 
Diagênese (ou litificação) é a transformação dos sedimentos em rochas sedimentares, com 
diminuição da porosidade e consolidação, causadas pelo dessecamento, pressão das camadas 
superiores e cimentação por substâncias aglutinantes; ocorre em condições de pressão e temperatura 
semelhantes às da superfície terrestre. Nestas rochas é que ocorrem os fósseis. Os processos de 
formação de rochas sedimentares demoram dezenas de milhões de anos. 
 
A classificação dos sedimentos pode ser feita quanto ao ambiente de sedimentação 
(continentais, marinhos, fluviais, glaciais, eólicos, etc.) ou quanto ao modo de formação (mecânicos 
ou clásticos, orgânicos e químicos). 
Os sedimentos mecânicos (ou clásticos) são formados por pedaços de outras rochas, 
compostos por minerais primários resistentes (principalmente quartzo), que suportam transporte 
sem se decomporem, e minerais secundários (argilas e óxidos). São classificados pelo tamanho: 
Sedimento Diâmetro (mm) Rocha sedimentar 
Matacão > 20 
Calhau 20 – 10 Conglomerado 
Cascalho 10 – 2 
Areia 2,0 – 0,05 Arenito 
Silte 0,05 – 0,002 Siltito 
Argila < 0,002 Argilito, folhelho 
Algumas rochas sedimentares apresentam estratificação, um tipo de estrutura associado à 
deposição de distintas camadas de sedimentos. Em geral as rochas sedimentares apresentam menor 
resistência mecânica que os demais grupos de rochas, tornando-as mais suscetíveis ao 
intemperismo físico. 
Os sedimentos orgânicos (resíduos animais e vegetais) dão origem ao carvão mineral, turfa, 
betumes e petróleo, guano (estercos de aves), recifes de coral, âmbar (resinas de coníferas). 
Os sedimentos químicos são formados pela precipitação de substâncias transportadas pela 
água: calcário (composto de calcita CaCO3 e dolomita CaCO3.MgCO3), halita ou sal gema (NaCl), 
silvita (KCl), anidrita (CaSO4) e gesso (CaSO4.2H2O), salitre (NaNO3 e KNO3). 
Os solos formados sobre rochas sedimentares clásticas geralmente apresentam baixa 
fertilidade. Os solos formados de argilitos ao menos possuem maior retenção de água e nutrientes, 
com maior aptidão agrícola que solos formados de arenitos. Calcários formam solos com as 
impurezas deixadas pela dissolução do intemperismo, em geral com pH mais alto. As turfas 
originam solos orgânicos de elevada fertilidade natural. 
 
ROCHAS METAMÓRFICAS 
Constituem cerca de 15 % da crosta. Produzidas por alteração das rochas preexistentes, em 
regiões mais profundas da crosta (3 a 20 km de profundidade), em condições de elevadas pressões 
e temperatura (100 a 600 C) e ausência de ar atmosférico. No metamorfismo ocorrem fenômenos 
de recristalização, mudança de estrutura, coesão e textura, e alterações dos componentes minerais. 
Podem ser gerados novos minerais, típicos do metamorfismo, como o talco, a clorita, o grafite e a 
granada. 
O metamorfismo ocorre em um intervalo amplo de pressões e temperaturas, e as rochas 
podem ter diferentes graus de metamorfismo: incipiente, fraco, médio e forte. Geralmente com o 
aumento do grau metamórfico ocorrem mudanças na mineralogia e um aumento no tamanho dos 
cristais dos minerais. 
Exemplo de intensidade progressiva de transformação: 
Argila ------> folhelho --------> ardósia ----> filito ----> micaxisto ----> gnaisse 
sedimento rocha sedimentar rochas metamórficas 
 
Metamorfismo regional 
Ocorre através de pressões de camadas superiores. Devido à ocorrência de pressões dirigidas, 
estas rochas mostram comumente arranjo dos minerais em planos paralelos sucessivos e quebram-
se ao longo de superfícies planas, numa estrutura chamada de xistosidade. 
Exemplos: quartzito (formado de quartzo e arenitos quartzosos), ardósia (formado de quartzo, 
clorita, pirita), gnaisse (formado de quartzo, feldspato e mica, composição similar à do granito), 
esteatito ou pedra sabão (formado de quartzo, magnesita, talco). 
Rochas como os quartzitos e ardósia são usadas como revestimentos e pisos em construções. 
Metamorfismo de contato 
Ocorre devido a altas temperaturas, próximas a intrusão de magma. O mármore é uma rocha 
metamórfica produzida pela alteração dos calcários, composta de calcita CaCO3 e dolomita 
(Ca,Mg)CO3. O mármore produzido apenas de carbonato tem cor branca, mas impurezas originam 
outras colorações. 
Há outros tipos de metamorfismo: metamorfismo dinâmico (causado pela fricção de placas 
tectônicas), metamorfismo de impacto (causado pelo impacto de grandes meteoritos), entre outros. 
 
 
CICLO DAS ROCHAS 
 
rochas ígneas 
vulcânicas 
intemperismo regolitoerosão sedimentos 
 diagênese 
 soerguimento 
 rochas 
 sedimentares 
 rochas ígneas 
plutônicas 
 
 metamorfismo 
 
magma 
assimilação 
 rochas metamórficas 
 
Movimentos das placas tectônicas da Terra (terremotos, formação de montanhas) podem 
trazer à superfície rochas formadas em camadas profundas da crosta terrestre, como rochas ígneas 
plutônicas, sedimentares e metamórficas, através do processo denominado de soerguimento. Como 
a Terra tem bilhões de anos, houve tempo para que o material da crosta tenha sido retrabalhado 
várias vezes. 
 
Estas rochas, em contato com a atmosfera, sofrem intemperismo e podem originar solos. 
Desta forma, os solos podem ser formados a partir de rochas ígneas, rochas sedimentares, rochas 
metamórficas e a partir de sedimentos não consolidados. 
 
 
 
Apenas na Região Sul do Brasil encontram-se afloramentos significativos de rochas ígneas 
básicas (basalto). Nas Regiões Sudeste e Nordeste predominam as rochas ígneas ácidas (granitos) e 
metamórficas (gnaisses), e nas Regiões Norte e Centro-Oeste as rochas sedimentares clásticas 
(arenitos e argilitos). No Pantanal e vales do Amazonas predominam sedimentos não consolidados.

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