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UNIDADE 3 AULA 1

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Unidade 3
O novo capitalismo consciente
Aula 1
Negócios de bem-estar social
Objetivo da Aula:
Apresentar conceitos sobre Estado de bem-estar social, capitalismo consciente e negócios de impacto.
Entender a importância de tais temas na atualidade.
Analisar como tais temas estão diretamente ligados à capacidade de receber investimentos de um país e quanto vêm direcionando a maneira de investir globalmente.
Conceitos Abordados:
Economia, Sociologia, Mercado Financeiro, Globalização, Sustentabilidade.
Fundamentação Teórica
O Estado de bem-estar social é um conceito que explica a intervenção do Estado na vida social e econômica da sociedade gerando oportunidades iguais para todos os cidadãos. Entra aí a capacidade de governos garantirem um ambiente socioeconômico com trabalho, emprego, distribuição de renda justa, além de serviços públicos de qualidade e acessíveis como educação, saúde, lazer, entre outros. O objetivo é garantir um padrão mínimo de dignidade para todas as pessoas. Como a pandemia de Covid-19 nos mostra, o Brasil falha como Estado de bem-estar social, um cenário desequilibrado de décadas, que com o novo coronavírus se tornou escancarado.
Por isso, há décadas especialistas das mais diferentes áreas discutem o papel das organizações privadas na contribuição para uma sociedade de melhores oportunidades e qualidade de vida para as populações, incluindo a mitigação dos impactos dos seres humanos ao meio ambiente que, a longo prazo, impede que o próprio ser humano tenha qualquer chance de sobreviver. A ideia do Capitalismo Consciente surge dessa realidade e de tais diálogos. É um movimento global que prega uma prática na condução dos negócios que também seja capaz de criar valor e servir ao desenvolvimento da humanidade.
Segundo Thomas Eckschmidt, cofundador do movimento Capitalismo Consciente no Brasil e coautor de Capitalismo Consciente Guia Prático: ferramentas para transformar sua organização, são quatro os princípios básicos que auxiliam empresas a criarem confiança e negócios saudáveis, perenes e resilientes:
• Propósito;
• Orientação para stakeholders;
• Liderança;
• Cultura consciente.
Não se trata de ideias novas, mas o indiano Raj Sisodia, professor da Babson College, nos Estados Unidos, em conjunto com David B. Wolfe e Jagdish N. Sheth, identificaram e documentaram em estudo esses pilares como sendo bases de negócios que enxergam além do lucro e carregam genuína preocupação com o bem-estar social (sem depender do Estado). O resultado foi o livro Firms of Endearment – How World-Class Companies Profit from Passion and Purpose (algo como “Firmas de afeto Como empresas globais lucram com a paixão e o propósito”). Sisodia, autor de outros seis livros, fundou em 2003 a organização sem fins lucrativos Conscious Capitalism, dedicada a cultivar a teoria e a prática do movimento em outro país.
     
Foi também outro indiano quem cunhou o termo “negócio social”, que designa os empreendimentos capazes de unir geração de renda e sustentabilidade, criados para incluir populações na base das pirâmides socioeconômicas. O economista e professor Muhammad Yunes deu vida ao conceito, vencendo o Prêmio Nobel de 2006. São negócios que carregam a intenção de mudar a realidade de um território por meio dos produtos e serviços que oferecem, além de criar renda e trabalho.
No geral, a ideia do lucro como único fim das empresas ainda se mantém em sua maioria. Mas a noção de que é possível contribuir para o bem-estar social sem prejuízo do lucro, cresce a cada dia. Inclusive como única saída real para uma série de problemas que enfrentamos diariamente.
Contextualização
Empresas como Starbucks (rede de cafeterias), Natura (cosméticos) e Patagonia (roupas esportivas) há anos já implementaram em seus processos de trabalho os princípios do capitalismo consciente. De acordo com estudos do professor Marcos Augusto de Vasconcellos, Coordenador do Fórum de Inovação da FGV/EAESP, na raiz do Capitalismo Consciente estão fatores como:
 • Preocupação com a crescente degradação do meio ambiente e o aumento da miséria.
 • Conscientização de que a solução desses problemas só será possível com a participação ativa do mundo empresarial.
O professor Vasconcellos ressalta também propostas que surgiram desde a segunda metade do século 20 de mudanças no papel das empresas. São elas:
 • Triple Bottom Line (de John Elkington, em 1994), Capitalismo Natural (de Hawken, Lovins e Lovins, em 1999) e Capitalismo Sustentável (de Al Gore, em 2013), voltadas para Sustentabilidade Ambiental.
 • Negócios Inclusivos (de C.K. Prahalad, em 2004), Empresa Social (de M. Yunus, em 2007) e Capitalismo criativo (de Bill Gates, em 2008), voltadas para a Inclusão Social.
 • Capitalismo Consciente (de John Mackey e Raj Sisodia, em 2009), B Corporations (do Estado de Maryland, em 2010) e Valor compartilhado (de M.E. Porter e M.R. Kramer, em 2011), voltadas para Criação de Valor Social de qualquer natureza.
Significa que são muitos os especialistas de diferentes áreas pensando em melhores e mais justos caminhos para que a circulação de dinheiro pelo mundo seja disseminada de maneira igualitária. As empresas que já compreenderam tal percepção saem na frente. Em resultados e em reputação e confiança diante de seus públicos. É para elas que os investidores olham. É assim também que países se tornam mais interessantes para receberem investimentos.
Negócios de Impacto Social buscam lucrar e melhorar o mundo | Sebrae SP
Um modelo de negócio no qual os resultados financeiros positivos são consequência de um trabalho que torna a vida das pessoas melhor. Nesse vídeo do Sebrae de São Paulo estão algumas histórias de quem criou negócios com esse viés e também de quem foi beneficiado.

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