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Paredes com índice de esbeltez superior a 30

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WWW.REVISTA.ANICER.COM.BR I REVISTA DA ANICER I 1 
 3 De Dezembro De 2021 
Por Emil Sanchez
Dentre algumas novidades em relação às 
normas anteriores de Alvenaria Estrutural, que 
limitavam a esbeltez das paredes em 30, a NBR 
16868-1:2020 determina as seguintes 
especificações para essa condição, a seguir 
descritas com alguns comentários: 
a) as paredes devem ser armadas; 
b) o elemento deve ser parede e não pilar, 
isso se deve ao fato do comportamento 
diferenciado entre elemento reticulado e 
chapa, que tem mais rigidez; 
c) a espessura dos blocos deve ser, no 
mínimo, 14 cm; 
d) os deslocamentos horizontais fora do 
plano, na base e no topo da parede, 
devem ser restritos, o que enfatiza a 
PAREDES COM ÍNDICE DE ESBELTEZ 
SUPERIOR A 30 
 
Engenharia 
2 I REVISTA DA ANICER I WWW.REVISTA.ANICER.COM.BR 
necessidade de serem estabelecidas 
condições de apoio adequadas que dão 
rigidez aos extremos do elemento 
estrutural; 
e) no dimensionamento os extremos, base 
e topo, devem ser considerados 
simplesmente apoiados, que é o caso de 
maior comprimento de flambagem, 
excluído o caso de engaste e bordo livre, 
que não pode ser considerado por não 
atender ao item (d); 
f) a tensão máxima de projeto deve ser 
menor ou igual a 10% da resistência do 
prisma de projeto, isto é,
 
;
 
g) a área máxima de armadura deve estar 
vinculada à posição da linha neutra 
dada por , onde é a altura útil 
da seção considerada, e desse modo 
garantir a ductilidade da parede à flexão; 
h) o dimensionamento da parede deve ser 
realizado considerando-se o efeito 
; 
i) no dimensionamento deve ser 
considerada a área efetiva da parede. 
Em relação aos itens (h) alguns comentários 
suplementares mais detalhados precisam ser 
relatados. 
O dimensionamento por meio do processo 
 mostra uma preocupação com o 
comportamento da parede quando do seu 
histórico de carregamento, sendo que essa 
prescrição difere da prescrição para as 
paredes com esbeltezes até 24, para as quais 
se tem uma expressão que determina a 
resistência última, baseada num coeficiente 
redutor que considera a esbeltez, 
, sem a consideração do 
comportamento da parede nos diversos 
estágios de carga. 
Ressaltam-se alguns itens não considerados 
na norma: 
1. as rigidezes das lajes apoiadas nas 
paredes devem ser consideradas, pois 
nas junções base da parede superior-
laje-topo da parede inferior se tem um 
nó que deve estar em equilíbrio, 
permitindo a distribuição das parcelas 
do momento de flexão advindo dos 
carregamentos das lajes que gera 
momentos nos extremos das paredes; 
2. a simples consideração de rótulas nos 
extremos das paredes acarreta a 
consideração de maior comprimento de 
flambagem, mas não traduz a realidade 
das solicitações nos nós; 
3. uma análise é adequada, mas por 
si só não traduz de forma plena o 
comportamento do elemento estrutural. 
São nítidas e louváveis as inovações 
constantes da NBR 16868-1:2020 sobre a 
possibilidade de se adotar esbeltezes até 30, 
mas com a aplicação dessas prescrições aos 
projetos quotidianos mostrará que deverão ser 
adicionados outros itens no seu escopo.

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