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Profa. Fabiane Marui UNIDADE I Políticas de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente A disciplina de Políticas Públicas voltadas à Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente tem como objetivo: estudar e discutir os programas nacionais do Ministério da Saúde voltados para a assistência à criança e ao adolescente; acentuar as leis nacionais que os protegem enquanto indivíduos, visando zelar e propor medidas para garantir o adequado crescimento e desenvolvimento. Objetivo da Disciplina Institui as diretrizes da Política Nacional de Atenção integral à Saúde da Criança e do Adolescente (Pnaisc), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido. Aleitamento materno e alimentação complementar saudável. Promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral. Atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas. Atenção à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz. Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade. Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015 (BRASIL, 2015) A cada mil nascidos vivos no mundo, 49,4 vão a óbito. (ONU,2015). No Brasil: 22 óbitos a cada mil nascidos vivos; população de 201,5 milhões de pessoas; 59,7 milhões com menos de 18 anos de idade (PNAD, 2013); Mais da metade são afrodescendentes; Mais de um terço dos 821 mil indígenas do país são crianças (CENSO, 2010). Panorama atual da infância e da adolescência no brasil A mortalidade infantil é um indicador global que acompanha o grau de vulnerabilidade aos quais as crianças e adolescentes estão expostas. A mortalidade infantil está intrinsecamente ligada ao nível de desenvolvimento social do país e à região em que a criança nasceu. Nações desenvolvidas = baixo índice de mortalidade x países em desenvolvimento = maiores taxas. Os principais indicadores para os casos de mortalidade infantil: fragilidade ou inexistência de boa assistência pré-natal ao recém-nascido, além de dificuldades. Primárias, como ausência de saneamento básico e desnutrição. Panorama atual da infância e da adolescência no brasil A maior parte das crianças e adolescentes no Brasil está centralizada no Sudeste (18,6 milhões). No entanto, ao compararmos essa fração à população total, a maior concentração ocorre nas regiões Nordeste e Norte. Essas duas regiões apresentam baixos níveis dos indicadores sociais, desprotegendo ainda mais esses habitantes. Panorama atual da infância e da adolescência no brasil Indicadores sociais – caracterizado pelo acesso da população a aspectos como: educação, assistência social, saúde, saneamento básico, lazer e segurança. Imagem sem visualização Tabela 1. Distribuição da população infantojuvenil no país por região Fonte: XXXXXX Fonte: Fundação Abrinq (2017, p. 9). Tabela 2. Distribuição dos infantojuvenis conforme a situação de domicílio Fonte: Fundação Abrinq (2017) Indígenas; Negros; Baixo nível de desenvolvimento social; Pobreza extrema. Mortalidade infantil – vulnerabilidades Não é uma diretriz da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente (Pnaisc): a) Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido. b) Aleitamento materno e alimentação complementar saudável. c) Promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral. d) Atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas. e) Orientação quanto aos métodos anticoncepcionais e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Interatividade Não é uma diretriz da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente (Pnaisc): a) Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido. b) Aleitamento materno e alimentação complementar saudável. c) Promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral. d) Atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas. e) Orientação quanto aos métodos anticoncepcionais e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Resposta São instrumentos de gestão que permitem avaliar a qualidade da assistência à saúde prestada à gestante, ao parto e ao nascimento e à criança no primeiro ano de vida, para subsidiar as políticas públicas e as ações de intervenção. (BRASIL, 2009a, p. 46). Tem como objetivo geral: Avaliar as circunstâncias de ocorrência dos óbitos infantis e fetais e propor medidas para a melhoria da qualidade da assistência à saúde e demais ações para sua redução. Comitês de prevenção do óbito Anteparto: morte fetal que ocorre antes do trabalho de parto (falhas na atenção pré-natal e condições maternas adversas). Malformação congênita (falhas no diagnóstico/terapia na gravidez). Imaturidade: nascidos vivos com menos que 37 semanas de gestação e/ou com peso ao nascer menor que 1000 g (falhas no manejo obstétrico e pré-natal/neonatal). Asfixia: perda fetal intraparto; óbito fetal sem maceração; natimorto recente (menos que 12 horas); óbitos neonatais por hipóxia, exceto peso ao nascer menor que 1000 g (falhas no manejo obstétrico e/ou reanimação neonatal). Causas específicas: óbitos por infecções especificas (causas típicas de prematuridade em recém-nascidos, outros (falhas na assistência pré-natal e assistência ao RN). (BRASIL, 2009) Óbito perinatal – Classificação e Causas Violência Morbimortalidade entre crianças, adolescentes e jovens brasileiros Figura 1. Taxa de homicídios por arma de fogo (por 100 mil) por idade Doenças imunopreviníveis Morbimortalidade entre crianças, adolescentes e jovens brasileiros Figura 2. Cobertura vacinal e número de casos de tétano neonatal e doença meningogócica Tendência da taxa de mortalidade infantil (TMI) – Brasil e regiões (de 2000 a 2010) Quanto ao óbito perinatal, podemos afirmar: a) As causas de óbito no anteparto são sempre decorrentes de malformação congênita. b) Um recém-nascido é considerado prematuro quando nasce com menos de 40 semanas de gestação ou peso inferior a 1200 g. c) Considera-se perda fetal por asfixia, óbito neonatal por hipóxia, exceto nos casos em que o peso ao nascer seja maior que 1000 g. d) As mortes no intraparto são aquelas que ocorrem antes do trabalho de parto. e) O diagnóstico e tratamento, ainda na gestação, das malformações congênitas pode evitar o óbito perinatal. Interatividade Quanto ao óbito perinatal, podemos afirmar: a) As causas de óbito no anteparto são sempre decorrentes de malformação congênita. b) Um recém-nascido é considerado prematuro quando nasce com menos de 40 semanas de gestação ou peso inferior a 1200 g. c) Considera-se perda fetal por asfixia, óbito neonatal por hipóxia, exceto nos casos em que o peso ao nascer seja maior que 1000 g. d) As mortes no intraparto são aquelas que ocorrem antes do trabalho de parto. e) O diagnóstico e tratamento, ainda na gestação, das malformações congênitas pode evitar o óbito perinatal. Resposta Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990 Objetivo: criar condições de exigibilidade para os direitos da criança e do adolescente, que estão definidos no artigo 227 da Constituição Federal, estipulando que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar-lhes seus direitos. Também prevê que todos têm o dever de colocar crianças e adolescentes a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Art. 2º. “considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquelaentre 12 e 18 anos de idade”. Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (BRASIL, 1990). Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais” (BRASIL, 1990). Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Título V. Traz definições sobre o Conselho Tutelar, sua formação, área de atuação, competências, atribuições e escolha dos conselheiros. Define que o Conselho Tutelar goza de autonomia funcional, não tendo nenhuma relação de subordinação com qualquer outro órgão do Estado, pois realiza um trabalho de fiscalização a todos os entes de proteção à criança. “Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei”. (BRASIL, 1990) Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Conselho Tutelar “Art. 7º. A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência” (BRASIL, 1990). O enfermeiro e sua equipe devem garantir que todos os direitos de seus pacientes sejam assegurados, inclusive crianças e adolescentes. Atuação do enfermeiro diante do ECA Como um membro da sociedade, o enfermeiro deve denunciar o não cumprimento do ECA. Deve prestar cuidados à criança e ao adolescente, tratando-os com respeito e dignidade. Crescimento e evolução psicomotora: Importantes para se as necessidades essenciais de nutrientes, sociais e de afeto estão sendo atendidas. O crescimento depende de fatores genéticos e ambientais e é avaliado por meio das medidas antropométricas e seu controle em gráficos. Consultas de rotina para as crianças que não foram classificadas como de alto risco: 1ª semana, 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês, 12º mês, 18º mês e 24º mês; a partir dos 2 anos de idade, anualmente, próximas ao mês do aniversário. (BRASIL, 2012b) Teste do pezinho: identifica a fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e hemoglobinopatias, como anemia falciforme e traço falciforme. Acompanhamento da criança e do adolescente saudável Quanto à atuação do enfermeiro diante do ECA, assinale a alternativa correta: a) O enfermeiro deve fazer cumprir o ECA apenas no que diz respeito à assistência de enfermagem dispensada à criança. b) O enfermeiro, ao detectar descumprimento do ECA pelo cuidador da criança, não deve tomar nenhuma medida. c) O enfermeiro deve garantir que todos os direitos de seus pacientes sejam assegurados, inclusive das crianças e adolescentes. d) O enfermeiro não é responsável pelo descumprimento do ECA por um membro da sua equipe. e) O enfermeiro deve ter o entendimento que crianças e adultos tem os mesmos direitos e deveres, por isso deve fazer cumprir o ECA. Interatividade Quanto à atuação do enfermeiro diante do ECA, assinale a alternativa correta: a) O enfermeiro deve fazer cumprir o ECA apenas no que diz respeito à assistência de enfermagem dispensada à criança. b) O enfermeiro, ao detectar descumprimento do ECA pelo cuidador da criança, não deve tomar nenhuma medida. c) O enfermeiro deve garantir que todos os direitos de seus pacientes sejam assegurados, inclusive das crianças e adolescentes. d) O enfermeiro não é responsável pelo descumprimento do ECA por um membro da sua equipe. e) O enfermeiro deve ter o entendimento que crianças e adultos tem os mesmos direitos e deveres, por isso deve fazer cumprir o ECA. Resposta Primeira consulta: o enfermeiro deve realizar a avaliação física e a análise de anamnese com detalhe. Plano de cuidados: visa à adaptação ao ambiente social do recém-nascido. Demais consultas: o enfermeiro acompanha as mudanças e faz as devidas orientações e os cuidados necessários. Avaliação dos sinais vitais: Frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e temperatura. Acompanhamento da criança e do adolescente saudável Situações de risco e possíveis vulnerabilidades devem ser comunicadas aos responsáveis sempre que detectadas, realizando as devidas orientações e acompanhamento do caso. Sinais vitais – Frequência Respiratória (fr) Tabela 3 – Frequência respiratória normal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) Fonte: Adaptada de: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2007 apud BRASIL, 2012b, p. 37). Tabela 4 – Frequência cardíaca normal Frequência Cardíaca – fc Fonte: Dieckmann; Brownstein; Gausche-Hill (2000, p. 43-45 apud BRASIL, 2012b, p. 65). Sinais Vitais – Pressão Arterial (pa) Tabela 5 – Classificação da pressão arterial em menores de 18 anos. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006 apud BRASIL, 2012b, p. 69). TEMPERATURA ºC Axilar 35,9 a 36,7 Oral 35,8 a 37,2 Retal 36,2 a 38,0 Sinais Vitais – Temperatura Tabela 6 – Valores normais de temperatura A partir do sexto ano de vida, a criança deve, obrigatoriamente, frequentar uma escola; Início da educação formal e do pensamento lógico; Importância de um ambiente social saudável que pense desde a nutrição adequada até o desenvolvimento biopsicossocial e que incentive dietas saudáveis, jogos que promovam o convívio social, o respeito às diferenças e o estímulo de atividades físicas e ações de aperfeiçoamento cognitivo. A criança e o adolescente na escola Instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286. Objetivo: aumento da qualidade de vida da população por meio de ações que articulem educação e saúde de crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira (BRASIL, 2007b). O enfermeiro é um profissional capacitado para assistir o crescimento e a evolução do aluno, prestando orientação acerca das mudanças físicas e psicossociais e pode realizar consultas individuais ou grupos de aconselhamento com os mais diversos temas, como: relacionamento com os pais, sexualidade, drogas, DSTs, nutrição saudável, mudanças no corpo em cada fase do desenvolvimento, menarca e outras diretrizes pertinentes, conforme a demanda do paciente/grupo. Programa de saúde na escola (pse) Embora sejam chamados “acidentes”, são eventos preveníveis; Crianças se acidentam por falta de atenção dos cuidadores; Os profissionais de saúde precisam tomar conhecimento e estudar as categorias acerca da abordagem sobre casos de acidentes que exponham a criança a risco. Prevenção de acidentes na infância e na adolescência Para uma criança com dois meses de idade são esperados os seguintes parâmetros vitais: a) FR = 28 mrm e FC = 100 bpm. b) FR = 60 mrm e FC = 120 bpm. c) FR = 50 mrm e FC = 50 bpm. d) FR = 20 mrm e FC = 85 bpm. e) FR = 20 mrm e FC = 160 bpm. Interatividade Para uma criança com dois meses de idade são esperados os seguintes parâmetros vitais: a) FR = 28 mrm e FC = 100 bpm. b) FR = 60 mrm e FC = 120 bpm. c) FR = 50 mrm e FC = 50 bpm. d) FR = 20 mrm e FC = 85 bpm. e) FR = 20 mrm e FC = 160 bpm.Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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