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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL BRUNA ANDRADE PIMENTEL CLARA CARDOSO FERREIRA FÁBIO SERGIO LIMA BRITO ENSAIOS EM LABORATÓRIO SOBRE CIMENTO BELÉM 2016 2 BRUNA ANDRADE PIMENTEL CLARA CARDOSO FERREIRA FÁBIO SERGIO LIMA BRITO ENSAIOS EM LABORATÓRIO SOBRE CIMENTO Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção da aprovação na matéria materiais de construção civil, pela Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental, do Instituto de Tecnologia, da Universidade Federal do Pará. Prof.ª: Luciana de Nazaré Pinheiro Cordeiro BELÉM 2016 3 INTRODUÇÃO O cimento portland de alta resistência inicial (CP V – ARI) tem a peculiaridade de atingir altas resistências já nos primeiros dias da aplicação. O desenvolvimento da alta resistência inicial é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente de calcário e argila na produção do clinquer, bem como pela moagem mais fina do cimento, de modo que, ao reagir com a água, ele adquira elevadas resistências, com maior velocidade. O clínquer é o mesmo utilizado para a fabricação de um cimento convencional, mas permanece no moinho por um tempo mais prolongado. O cimento continua ganhando resistência até os 28 dias, atingindo valores mais elevados que os demais, proporcionando maior rendimento ao concreto. O CP V-ARI assim como o CP-I não contém adições (porém pode conter até 5% em massa de material carbonático). O que o diferencia deste último é o processo de dosagem e produção do clínquer. O CP V-ARI é produzido com um clínquer de dosagem diferenciada de calcário e argila se comparado aos demais tipos de cimento e com moagem mais fina. Esta diferença de produção confere a este tipo de cimento uma alta resistência inicial do concreto em suas primeiras idades, podendo atingir 26MPa de resistência à compressão em apenas 1 dia de idade. É largamente utilizado em produção industrial de artefatos, onde se exige desforma rápida, concreto protendido pré e pós-tensionado, pisos industriais e argamassa armada. Por se tratar de um cimento de maior custo de produção e, normalmente, com preços mais elevados que os demais tipos, em 2012 apenas 8% de todo o cimento consumido no Brasil foi do tipo CP V-ARI (CIMENTO.ORG, 2011) MATERIAIS E MÉTODOS O ensaio em laboratório foi realizado para determinar a massa unitária de cada um dos aglomerantes (cal, gesso e cimento), a consistência destes e o índice de finura do cimento Potland CPV. Massa Unitária 𝜌 = 𝑚𝑎𝑟 −𝑚𝑟 𝑉 4 𝜌 → massa unitária (kg/m³) 𝑚𝑎𝑟 → massa do recipiente mais o agregado. 𝑚𝑟 → massa do recipiente. 𝑉 → volume do recipiente. A massa unitária foi calculada de acordo com a norma NBR NM 45 (ABNT, 2006). Materiais utilizados: - Balança - Colher - Régua para o nivelamento - Recipiente cilíndrico Procedimento experimental 1- Pesar o recipiente cilíndrico. 2- Encher o recipiente com o aglomerante até que ele transborde. 3- Com a régua foi feito o nivelamento do aglomerante no recipiente. 4- Foram feitas três determinações de massa unitária e o resultado será a média das três. 5- Os resultados individuais de cada ensaio não devem apresentar. desvios maiores que 1% em relação à média. Consistência dos Aglomerantes 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎= 𝑀𝐴/𝑎 MA → massa de água utilizada a → massa do aglomerante Os aglomerantes utilizados foram à cal, o gesso e o cimento Portland CPV. Materiais utilizados - Balança. 5 - Recipiente para o aglomerante. - 50g de cada aglomerante. - Espátula. Procedimento Experimental 1-Pesar 50 gramas de cada amostra. 2-Pesar a quantidade de água escolhida. 3- Misturar o aglomerante com a água e observar até que se adquira uma pasta. Índice de Finura do cimento Potland CPV Este ensaio foi realizado conforme a Norma Brasileira 11579 (ABNT, 2012), com o emprego da peneira 75 μm (nº 200), pelo procedimento manual. Materiais utilizados - Conjunto de peneiramento com malha de 75µm (peneira, tampa e fundo). - Balança. - 50 gramas de cimento. - Bastão. Procedimento Experimental 1- Peneiramento – Eliminação dos finos (3 a 5min). Colocar a massa de 50 gramas de cimento sobre a malha da peneira, e realizar movimentos de vaivém na horizontal de maneira que o cimento se espalhe sobre a superfície da malha. Peneirar até que os grãos mais finos passem quase que totalmente pela malha da peneira. 2- Peneiramento – Etapa intermediária (15 a 20min). Tampar a peneira, e retirar o fundo da peneira, a fim de dar suaves golpes no rebordo exterior para desprender as partículas aderidas à tela e ao caixilho da peneira. Limpar toda a superfície inferior da tela, e esvaziar e limpar o fundo com o bastão. Logo após, deve-se encaixar o fundo à peneira e destampada, e 6 promover suaves movimentos de vaivém na horizontal de modo que o cimento fique uniformemente espalhado na tela, bem como girar o conjunto e limpar a tela por baixo a intervalos regulares. 3- Peneiramento – Etapa final (60 s). Encaixar a peneira com a tampa e o fundo da mesma. Segurar o conjunto com as duas mãos e, mantendo ligeiramente inclinado, imprimir movimentos rápidos de vaivém, girando o conjunto ± 60º (1/6 de volta) a cada 10 seg, em seguida, limpar a tela por baixo e pesar a massa. A massa deve ser inferior a 0,05g RESULTADOS 1) Massa Unitária Cal: foram feitas três pesagens no cubo com massa e volume respectivamente igual a 11,95g e 172cm³. 1ª pesagem = 111g 2ª pesagem= 110g 3ª pesagem= 110g A média foi igual a 110,33 g. Para o cálculo de massa unitária é usada a seguinte fórmula: M = M (cubo cheio) – M(cubo vazio) / V(cubo) Substituindo os valores, obtém-se a massa unitária igual a 0,572g/cm³. Cimento: foram feitas três pesagens no cubo com massa e volume respectivamente igual a 11,95g e 172cm3. 1ª pesagem = 188g 2ª pesagem= 188g 3ª pesagem= 189g A média foi igual a 188,33 g. Substituindo os valores na fórmula, obtém-se a massa unitária igual a 1,025g/cm³. Gesso: foram feitas três pesagens no cubo com massa e volume respectivamente igual a 11,95g e 172cm³. 1ª pesagem = 130g 7 2ª pesagem= 154g 3ª pesagem= 161g A média foi igual a 148,33 g. Substituindo os valores na fórmula, obtém-se a massa unitária igual a 0,793g/cm³. 2) Consistência Cal: foi pesado 50g de cal e 100g de água, aos poucos foi sendo adicionada a água no aglomerante até obter uma mistura pastosa. A água restante é pesada para calcular a diferença da quantidade de água inicial e final, esse cálculo mostra o quanto o aglomerante precisa de líquido até obter uma consistência aceitável, não ter líquido em excesso. Para 50g de cal, foi usada 51,75g de água. Consistência= Ma/a Consistência= 51,75g/50g→ 1,035 Onde, Ma- massa de água utilizada e a- massa do aglomerante utilizado. Cimento: o mesmo processo feito na cal foi feito no cimento. Para 50g do aglomerante foi necessário 18,55g de água para obter a consistência pastosa. Consistência= 18,55g/50g→ 0,371 Gesso: para atingir o aceitável, foi usada 10,64g de água para 50g do aglomerante. Consistência = 10,64g/50g→ 0,2128 3) Índice de Finura: tem o objetivo de determinar a porcentagem, em massa, de cimento cujas dimensões de grãos são superiores a 75µm. O ensaio é dividido em quatro etapas. O cimento utilizado foi o CPV, pesado 50g para o ensaio. 8 1ª etapa: Eliminação dos finos (3 a 5 minutos): colocou-se a massa do cimento sobre a malha da peneira, movimenta o conjunto de peneiras até o material se espalhar por toda a superfície. 2ª etapa: Intermediária (15 a 20 minutos): com a peneira tampada, dá pequenas batidas na parte inferior do fundo da peneira para desprender as partículas na tela. Remove o fundo da peneira e com o auxílio do pincel limpa toda a parte inferior da 3ª peneira. Esvazia e limpa o fundo, faz-se esse processo por quatro vezes de 5 em 5 minutos. 3ª etapa: Final (60 segundos): segura-se o conjunto da peneira com as duas mãos, inclinar a peneira mais ou menos a 60° e peneirar 10s. Repetir esse processo até atingir uma massa inferior de 0,05g no fundo da peneira. 4ª etapa: Transferência do resíduo: transferiu-se o cimento para o copo e pesou a massa retida no fundo da peneira no final da etapa 3. O valor obtido depois de todos os peneiramentos que seja inferior a 0,05g foi de 0,03g. O Índice de Finura é calculado pela fórmula: F = (RxC)/(M) X 100; onde: R é o resíduo do cimento na peneira de 75micrometro; C é o fator de correção da peneira; M é a massa inicial do cimento em g. Substituindo os valores na fórmula: F= (0,03xC)/ (50) X 100 F= X CONCLUSÃO A finura do cimento tem grande importância para o comportamento e para o desempenho do cimento na construção civil. Uma explicação é o fato de que quanto mais fino for o cimento, mais rápido desenvolverá resistência, ganhará mais trabalhabilidade e coesão, mas também se tornará mais susceptível a fissuras. O método utilizado para se determinar a finura neste ensaio foi o de peneiramento, o mais empregado para a questão. Seguindo os procedimentos segundo as normas que o 9 conduzem, foram obtidos resultados satisfatórios no decorrer do experimento. A porcentagem de finura encontrada, igual está dentro do limite de 12% das normas da ABNT. As propriedades de uma pasta dependem das características do cimento, fator água- cimento e grau de hidratação. O ensaio da determinação da pasta de consistência normal foi devidamente executado conforme norma o que nos dá fins comparativos. REFERÊNCIAS Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 11579 MB 3432: Cimento Portland - Determinação da finura por meio da peneira 75 µm (nº200). Rio de Janeiro, 1991. CIMENTO.ORG.TIPOS DE CIMENTO. Disponível em< http://cimento.org/cp-v-ari- cimento-portland-de-alta-resistencia-inicial/2011> Acesso em Agosto de 2016. http://cimento.org/cp-v-ari-cimento-portland-de-alta-resistencia-inicial/2011 http://cimento.org/cp-v-ari-cimento-portland-de-alta-resistencia-inicial/2011
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