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Resumo Importação

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Sistemática Administrativa 
Portal Único de Comércio Exterior - SISCOMEX
Iniciativa de desburocratização do comércio exterior brasileiro, decorrente de compromisso 
assumido pelo Brasil na OMC, no âmbito do Acordo de Facilitação de Comércio, implantado sob 
o conceito de janela única do comércio exterior (single window), ou seja, uma interface única 
entre governo e operadores de comércio.
SISCOMEX Importação
Licença de importação (LI) e declaração 
de importação (DI)
Sistema que permite ao usuário executar 
atividades restritas ao perfil em que esteja 
habilitado que sejam relativas ao 
tratamento administrativo e ao despacho 
aduaneiro de importação como, por 
exemplo, solicitação da LI e registro da 
DI.
Anuente web – Siscomex importação − 
Secex
Sistema pelo qual os órgãos anuentes 
analisam os licenciamentos de 
importação que requeiram sua anuência e 
registram o resultado de tal análise para 
que ela seja visível ao importador no 
módulo de licenciamento.
Certificados de origem digitais (COD) − 
Receita Federal
O módulo aduaneiro de recepção dos 
certificados de origem digitais (COD), 
comumente chamado de SiscoImagem, 
permite ao importador apresentar COD às 
unidades locais da RFB responsáveis pela 
conferência aduaneira dos despachos de 
importação de suas mercadorias, 
reduzindo, entre outras vantagens, a 
necessidade do uso do papel e de 
protocolização presencial.
Sistema para importação de mercúrio 
metálico – Ibama
A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 
nº 6.938/1981) determina ao Ibama a 
responsabilidade de autorizar a 
importação e de controlar a produção, a 
comercialização e o uso de mercúrio 
metálico no Brasil.
1
CARGAS E LOGÍSTICA
Siscomex carga, Mantra, Porto sem Papel e Siscomex Trânsito.
CADASTROS E HABILITAÇÕES
Habilitação no Siscomex, CNCD (comércio de diamantes – CPK), Credenciamento de 
Pesquisadores (CNPQ), Programa Cadastro (Polícia Federal), Sistema de Cadastro de Empresas 
(Suframa) e Cadastro de empresa exportadora/renovação (CNEN).
Licença para importação ou exportação 
de flora e fauna – Ibama
Regula o comércio de espécies da fauna 
e flora, prevenindo-as do perigo de 
extinção quando a ameaça for o comércio 
internacional. O Ibama incorporou os 
procedimentos exigidos para avaliação e 
emissão de licenças de exportação e 
importação em um software online 
(serviço CITES) pelo qual os exportadores 
e importadores deverão solicitar suas 
licenças.
Orquestra – Inmetro
Processo de análise de licença de 
importação para anuência automatizado, 
utilizando, para isso, a ferramenta de 
BPMS Orquestra.
Pedido de licenciamento de importação – 
Suframa
O pedido de licenciamento de importação 
(PLI) é o programa desenvolvido pela 
Suframa para disponibilizar às empresas 
do polo industrial de Manaus uma 
ferramenta para a elaboração de 
documentos de PLI. Por meio desse 
pedido, você pode, de forma 
automatizada, confeccionar, validar e 
enviar documentos à Suframa.
SLI – matérias-primas e minerais – CNEN Solicitação de licença de importação para 
matérias-primas e minerais.
SLI – radioisótopos e/ou equipamentos 
geradores de radiação ionizante – CNEN
Para importar radioisótopos e/ou 
equipamentos geradores de radiação 
ionizante, é necessário preencher 
corretamente os dados no Siscomex, 
bem como o formulário eletrônico 
denominado solicitação para licença de 
importação para material radioativo e/ou 
equipamento gerador de radiação 
ionizante (SLI).
2
Cadastro de Representantes
Após habilitar a empresa, o responsável legal também deverá cadastrar pelo Portal Habilita os 
representantes para atuarem no exercício das atividades com o despacho aduaneiro. O 
acesso ao sistema é pessoal, sendo exercido por pessoa física por meio de certificado digital.
Somente poderão ser credenciados para exercer atividades relacionadas com o despacho 
aduaneiro no Siscomex:
• Despachante aduaneiro;
• Dirigente ou empregado da pessoa jurídica representada;
• O próprio interessado nos casos de operações efetuadas por pessoas físicas.
Registro de Exportadores e Importadores - REI
A inscrição no REI da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) é automática, sendo realizada no 
ato da primeira operação de importação ou de exportação em qualquer ponto conectado ao 
Siscomex.
Importação definitiva e não definitiva
IMPORTAÇÃO DEFINITIVA 
Aquisição da propriedade/despacho para consumo. Ela ocorre quando o produto estrangeiro 
importado é nacionalizado independentemente da existência de um ônus cambial (pagamento 
ao exterior), o que significa integrá-la à massa de riquezas do país com a transferência de 
propriedade do bem para a empresa brasileira. Nas importações definitivas, o conhecimento de 
embarque e a fatura comercial são os documentos que concretizam a transferência da posse e a 
propriedade.
IMPORTAÇÃO NÃO DEFINITIVA 
Aquisição da posse/regimes aduaneiros especiais. Este tipo de importação acontece quando não 
ocorre a nacionalização, como, por exemplo, nos casos das mercadorias importadas sob o 
regime aduaneiro especial de admissão temporária, as quais, após a permanência no país, 
são devolvidas ao exterior (reexportadas). Cabe acrescentar que essas importações poderão – 
caso o importador assim queira – tornar-se definitivas desde que sejam cumpridas todas as 
formalidades legais previstas na legislação brasileira. Já nas não definitivas, inicialmente ocorre 
apenas a transferência da posse.
NACIONALIZAÇÃO 
Pode ser definida como uma sucessão de etapas que resulta na transferência do produto de uma 
economia estrangeira para a nacional, sendo aplicado nesse processo todo o tratamento 
administrativo e tributário equivalente ao do produto nacional.
Licenciamento de Importação
Segundo o Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento das Importações (APLI) da 
Organização Mundial do Comércio (OMC), será considerado um licenciamento de importação 
todo procedimento administrativo que envolva, como condição prévia para a autorização 
de importações para o território aduaneiro, a apresentação de um pedido ou de outra 
documentação diferente da que for necessária para fins aduaneiros ao órgão anuente 
competente. 
Na sistemática brasileira, essa apresentação se concretiza por meio de um registro eletrônico 
com informações comerciais específicas, cambiais e tributárias da mercadoria e/ou do tipo da 
importação.
IMPORTAÇÕES DISPENSADAS DE LICENCIAMENTO 
• Sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob controle aduaneiro 
informatizado;
• Sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados pelo Regime 
Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de 
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (REPETRO);
3
• Sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca, depósito afiançado, 
depósito franco e depósito especial;
• Com redução da alíquota de imposto de importação decorrente da aplicação de “ex-
tarifário”;
• Mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de congressos, feiras e 
exposições internacionais e eventos assemelhados, observado o contido no art. 70 da Lei 
nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991;
• Peças e acessórios abrangidos por contrato de garantia;
• Doações, exceto de bens usados;
• Retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou pesquisas, com 
finalidade industrial ou científica;
• Arrendamento mercantil financeiro (leasing), arrendamento mercantil operacional, 
arrendamento simples, aluguel ou afretamento;
• Sob o regime de admissão temporária ou reimportação, quando usados, reutilizáveis e 
não destinados à comercialização, de recipientes, embalagens, envoltórios, carretéis, 
separadores, racks, clip locks, termógrafos e outros bens retornáveis com finalidade 
semelhante destes, destinados ao transporte, acondicionamento, preservação, manuseio 
ou registro de variações de temperatura de mercadoria importada, exportada, a importar 
ou a exportar;
• Nacionalizaçãode máquinas e equipamentos que tenham ingressado no país ao amparo 
do regime aduaneiro especial de admissão temporária para utilização econômica, 
aprovado pela RFB, na condição de novas.”
IMPORTAÇÕES SUJEITAS A LICENCIAMENTO AUTOMÁTICO 
De acordo com o artigo 14 da Portaria Secex nº 23/2011, os produtos sujeitos a licenciamento 
automático podem ser consultados no tratamento administrativo do Siscomex, estando 
disponíveis no endereço eletrônico do portal para uma simples consulta pelo fato de sua 
informação poder estar desatualizada, prevalecendo então o constante no tratamento 
administrativo.
As importações amparadas no regime aduaneiro especial de drawback também se sujeitam ao 
licenciamento de importação. O drawback consiste na isenção de tributos incidentes nos 
insumos (importados ou nacionais) vinculados a uma mercadoria que será exportada.
IMPORTAÇÕES SUJEITAS A LICENCIAMENTO NÃO AUTOMÁTICO 
• Sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária;
• Ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das áreas de livre comércio;
• Sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
(CNPq);
• Sujeitas ao exame de similaridade;
• De material usado;
• Originárias de países com restrições constantes de resoluções da Organização das 
Nações Unidas (ONU);
• Substituição de mercadoria nos termos da portaria do Ministério da Fazenda nº 150, de 
26 de julho de 1982;
• Operações que contenham indícios de fraude; e
• Sujeitas a monitoramento acerca da origem declarada de bens idênticos aos sujeitos a 
medidas de defesa comercial.
Processamento, Tramitação e Prazos
No licenciamento não automático, os pedidos têm uma tramitação de, no máximo, 60 dias 
corridos. Esse prazo poderá ser prorrogado quando for impossível o seu cumprimento por razões 
que escapem ao controle do órgão anuente do governo brasileiro. Eis a lista de alguns órgãos 
responsáveis pelo exame prévio da LI: Anvisa, Subsecretaria de Operações de Comércio Exterior 
(SUEXT), Ibama, Mapa, CNEN, CNPQ, DPF e Exército. O licenciamento automático e o não 
automático deverão ser efetuados previamente ao embarque da mercadoria no exterior.
Pedidos de prorrogação de prazo deverão ser apresentados antes do vencimento com 
justificativa diretamente ao(s) órgão(s) anuente(s) por meio de substituição do licenciamento 
4
inicial. Como regra geral, será objeto de análise e decisão somente uma única prorrogação, com 
prazo máximo idêntico ao do original. Quando não forem vinculadas à DI, o Siscomex cancelará 
automaticamente as licenças deferidas após os 90 dias da data de validade (em LI deferida com 
restrição à data de embarque) ou da de deferimento (no caso daquela deferida sem restrição à 
data de embarque).
Aspectos Comerciais

PRÁTICAS DESLEAIS DE COMÉRCIO 
Dumping
Subsídios
MEDIDAS DE DEFESA COMERCIAL 
Direitos antidumping
Direitos compensatórios

Atenção 
O dumping ocorre quando uma empresa exporta para o Brasil um produto com um preço (de 
exportação) inferior àquele praticado para outro similar nas vendas feitas para o seu mercado 
interno (valor normal). Essa diferenciação de preços é considerada uma prática desleal de 
comércio. Se a indústria doméstica de um país sofrer danos em decorrência de importações de 
produtos similares realizadas a preço de dumping, os direitos antidumping poderão ser 
aplicados.
A prática governamental de subsídio ocorre quando o exportador se beneficia de uma ajuda 
financeira ou econômica do Estado, seja ela feita diretamente ou por meio de uma empresa 
privada que lhe permita a colocação de seus produtos no mercado externo a um preço inferior. 
Esse subsídio deve ser dirigido à indústria ou ao setor do qual provêm esses produtos. As 
medidas compensatórias têm como objetivo compensar um subsídio concedido direta ou 
indiretamente no país exportador para a fabricação, a produção, a exportação ou o transporte de 
qualquer produto cuja exportação ao Brasil cause danos à sua indústria doméstica.
5
Não se deve confundir o dumping e o subsídio com outras práticas que ocorrem no comércio 
exterior, como, por exemplo: 
• Subfaturamento: quando o valor declarado na alfândega é menor que aquele pago pelo 
importador.
• Ingresso com posições tarifárias incorretas: quando, com a finalidade de tributar taxas 
menores ou evitar algum tipo de regulamentação do comércio, a mercadoria é declarada em 
outra classificação, acarretando menos carga tributária.
Origem incorreta: quando, a fim de tributar menos ou evitar algum tipo de regulamentação 
comercial, a mercadoria é declarada como sendo originária de um país distinto daquele que a 
produziu.
Exame de Similaridade
Estão sujeitas as importações amparadas por benefícios fiscais, isenção ou redução do imposto 
de importação, inclusive as realizadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos 
municípios e pelas respectivas autarquias. Os órgãos da administração indireta que não 
pleitearem benefícios fiscais estão dispensados desse exame. Consiste em duas etapas. Na 
primeira, é realizada a apuração para saber se há produção nacional do bem em questão. 
Na segunda etapa, é feita a análise da capacidade de o bem nacional substituir o 
estrangeiro, sendo observados os seguintes parâmetros:
• Qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine;
• Preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria 
estrangeira, calculado o custo com base no preço CIF (sigla para as expressões em 
inglês cost, insurance e freight), acrescido dos tributos que incidem sobre a importação 
e outros encargos de efeito equivalente;
• Prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria.
Tributos e Encargos Incidentes
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II) 
Incide sobre mercadoria estrangeira, inclusive sobre bagagem de viajante e sobre bens enviados 
como presente ou amostra, ou a título gratuito. A incidência é o alvo, a área de abrangência do 
imposto. São consideradas mercadorias estrangeiras para fins de incidência do imposto de 
importação toda mercadoria procedente do exterior, inclusive mercadoria nacional ou 
nacionalizada exportada, que retorne ao país, salvo se:
• Enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;
• Devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;
• Por motivo de modificações na sistemática de importação, por parte do país importador;
• Por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou por outros fatores alheios à vontade 
do exportador.
Fato gerador do Imposto de Importação 
É a entrada de mercadoria estrangeira no território. Para efeito de cálculo do imposto, considera-
se ocorrido o fato gerador:
6
• Na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho para 
consumo;
• No dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de:
a) Bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação 
comum;

b) Bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada;

c) Mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, 
cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira; 

d) Mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na 
hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada;
• Na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado;
• Na data do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica. 
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho para 
consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação, e de mercadoria contida em 
remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação 
comum.
BASE DE CÁLCULO PARA O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO 
• Quando a alíquota for ad valorem, é o valor aduaneiro apurado; e
• Quando a alíquota for específica, é a quantidade apurada demercadoria expressa na 
unidade de medida estabelecida.
Importante 
Toda mercadoria submetida a despacho de importação está sujeita ao controle do 
correspondente valor aduaneiro, para assegurar sua conformidade com as regras estabelecidas 
no acordo de valoração aduaneira.
O valor aduaneiro é composto da seguinte forma:
• O custo pago pela mercadoria no país de aquisição;
• O custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou aeroporto alfandegado de 
descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde serão cumpridas as formalidades de 
entrada no país;
• Os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte de 
mercadoria importada, até a chegada no país;
• O custo do seguro de mercadoria durante as operações de carga, descarga e transporte 
internacional.
Quando a Declaração de Importação (DI) se referir a mercadorias classificadas em mais de um 
código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM):
• O custo do transporte de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total 
do transporte proporcionalmente aos pesos líquidos das mercadorias; e
• O custo do seguro de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do 
seguro proporcionalmente aos valores das mercadorias, carregadas, no local de 
embarque.
Regime de Tributação Simplificada - RTS
Permite o pagamento do Imposto de Importação de bens contidos em remessa internacional, 
destinada à pessoa física ou jurídica, mediante aplicação da alíquota única de 60% (sessenta por 
cento). Os bens contidos em remessa internacional deverão ter valor total de até US$3.000.00 
(três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.
No caso da importação por remessa internacional, por pessoa física para uso próprio ou 
individual, de produtos acabados pertencentes às classes de medicamentos no valor de até 
US$10.000.00, ou o equivalente em outra moeda, a alíquota do Imposto de Importação será de 
0%, desde que cumpridos todos os requisitos estabelecidos pelos órgãos de controle 
administrativo.
A base de cálculo do Imposto de Importação é o valor aduaneiro da totalidade dos bens contidos 
na remessa internacional. O valor aduaneiro, por sua vez, corresponderá ao valor dos bens, 
7
acrescido do valor do frete e do seguro até o local de destino no país, exceto quando já 
estiverem incluídos.
O valor dos bens será:
• O preço de aquisição, no caso de bens adquiridos no exterior pelo destinatário da 
remessa.
• O valor declarado pelo remetente, no caso de bens recebidos do exterior pelo destinatário 
da remessa a título não oneroso, incluindo brindes, amostras ou presentes, desde que o 
valor seja compatível com os preços normalmente praticados na aquisição de bens 
idênticos ou similares.
Regime de Tributação Especial - RTE
Os bens tributáveis de bagagem desacompanhada que chegarem ao país como remessa 
internacional poderão, caso haja opção pelo contribuinte, se submeter ao Regime de Tributação 
Especial (RTE), desde que os bens estejam de acordo com os requisitos previstos na norma 
específica de bagagem e que não tenha ocorrido o desembaraço da Declaração de Importação 
em outro regime. O despacho ocorrerá mediante o registro de DSI no Siscomex Importação. O 
destinatário deverá indicar aos Correios (ECT) ou à empresa de courier sua intenção de utilizar o 
RTE, mediante comunicação na forma prevista pelo serviço de atendimento ao cliente da 
respectiva empresa.
Regime de Tributação Unificada - RTU
A opção pelo Regime de Tributação Unificada (RTU) foi simplificada a partir da publicação da IN 
RFB 1.698/2017. Trata-se de um regime especial de tributação regido pela Lei 11.898/2009, 
regulamentada pelo Decreto 6.956/2009 . Este foi alterado pelo Decreto 9.525/2018, trazendo 
nova lista de produtos abrangidos pelo RTU.
São beneficiários desse regime:
• Empresas microimportadoras;
• Microempreendedores individuais (MEI);
• Empresários individuais; 
• Empresas enquadradas no Simples Nacional.
O importador poderá peticionar sua habilitação ao RTU em qualquer unidade da RFB, 
exclusivamente por protocolo de processo eletrônico. Posteriormente, será encaminhado para a 
unidade aduaneira da RFB em que mantiver seu domicílio tributário, salvo determinações da 
mesma que visem maior agilidade de análise processual.
Programa de Integração Social (PIS) na importação e 
Contribuição Social para o Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS)
A COFINS-Importação e o PIS-Importação são contribuições sociais de competência federal para 
financiamento da seguridade social, incidentes sobre a importação de produtos estrangeiros. 
Essas contribuições dão tratamento tributário isonômico entre os bens produzidos no país, que 
sofrem a incidência destas, e os bens importados, que são tributados às mesmas alíquotas dos 
bens nacionais.
Tais contribuições sociais atendem também ao princípio da não cumulatividade e, assim, os 
valores pagos no momento da importação podem ser creditados pelo importador para posterior 
compensação com as contribuições por ele devidas.
Consideram-se também estrangeiros:
I - Bens nacionais ou nacionalizados exportados, que retornem ao país, salvo se:
• O fato gerador será a entrada de bens estrangeiros no território nacional, sendo estes os 
que constem como tendo sido importados e cujo extravio venha a ser apurado pela 
administração aduaneira.
• Para efeito de cálculo das contribuições, considera-se ocorrido o fato gerador na data do 
registro da declaração de importação de bens submetidos a despacho para consumo.

Exemplo 
8
Dados:

NCM 9608.10.00 Canetas Esferográficas

PIS-Importação 

COFINS-Importação 

Preço FOB = US$800.00 

Frete Internacional = US$180.00 

Seguro Internacional = US$20.00 

Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = US$ = 
R$5,5667
Resposta
Valor Aduaneiro = Preço FOB + Frete 
Internacional + Seguro Internacional 

Valor Aduaneiro = (R$4.453,37 + R$1.002,00 + 
R$111,33) = R$5.566,70

PIS-Importação 2,10% = (R$5.566,70 x 
2,10%) = R$116,90 

COFINS-Importação 9,65% = (R$5.566,70 x 
9,65%) = R$537,19 

Adicional ao Frete para Renovação da Marinha 
Mercante (AFRMM)
É uma das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para atender aos 
encargos da intervenção da União no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da 
indústria de construção e reparação naval brasileiras, e constitui fonte básica do Fundo de 
Marinha Mercante (FMM). Assim, os pedidos de restituição, concessão de benefícios e demais 
solicitações referentes ao AFRMM deverão ser encaminhados às unidades da Receita Federal do 
Brasil, conforme procedimentos descritos nesse manual e nos atos normativos expedidos pela 
RFB. Recentemente, ocorreram mudanças significativas na AFRMM que impactam diretamente o 
setor de comércio exterior no Brasil. Anteriormente calculado em 25%, o AFRMM referente ao 
frete internacional foi substancialmente reduzido para 8%. 
INCIDÊNCIA 
O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga de 
qualquer natureza descarregada em porto brasileiro. Entende-se por remuneração do transporte 
aquaviário: o frete para o transporte marítimo da carga; todas as despesas portuárias com a 
manipulação de carga e as despesas anteriores e posteriores a esse transporte; e outras 
despesas de qualquer natureza a ele pertinentes.
FATO GERADOR 
O fato gerador do AFRMM é o início da operação de descarregamento da embarcação em porto 
brasileiro — que pode ser proveniente do exterior — em navegação de longo curso, em 
navegação de cabotagem ou em navegação fluvial e lacustre.
Base de cálculo => Remuneração do transporte aquaviário − Frete Internacional (constante no B/
L). O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do início efetivo 
da operação de descarregamento da embarcação.
Alíquota => 25%
O pagamento do AFRMM, acrescido das taxas de utilização do Sistema Eletrônico de Controle 
de Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovaçãoda Marinha Mercante, de R$1,20, será 
efetuado pelo contribuinte antes da liberação da mercadoria pela Secretaria da Receita Federal.
O Decreto estabelece que deverá ser recolhido juntamente com o pagamento do AFRMM o valor 
de R$20,00 por emissão de Conhecimento de Embarque (CE) Mercante.
ALÍQUOTAS 
O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, aplicando-se as 
alíquotas previstas no artigo 6º da Lei 10.893/2004 e alteradas pela Lei 14.301/2022, que são:
I - 8% (oito por cento) na navegação de longo curso;
II - 8% (oito por cento) na navegação de cabotagem;
III - 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, por ocasião do transporte de 
granéis líquidos nas Regiões Norte e Nordeste;
IV - 8% (oito por cento) na navegação fluvial e lacustre, por ocasião do transporte de granéis 
sólidos e outras cargas nas Regiões Norte e Nordeste.
Na navegação de longo curso, quando o frete estiver expresso em moeda estrangeira, a 
conversão para o padrão monetário nacional será feita com base na tabela “taxa de conversão 
de câmbio” do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen), utilizada pelo Siscomex, 
vigente dois dias anteriores à data do efetivo pagamento do AFRMM.
9
javascript:void(0)
Exemplo:

Dados: 

NCM 9608.10.00 Canetas Esferográficas

AFRMM 8%

Preço FOB = US$800.00 

Frete Internacional = US$180.00 

Seguro Internacional = US$20.00 

Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = US$ = 
R$5,5667
Cálculo:

Valor Frete Internacional = (US$180.00 x 
R$5,5667) = R$1.002,01 

AFRMM 8% (R$1.002,01 x 8%) = R$80,16 (+) 
TUM = R$1,20 (+) CE Mercante = R$20,00

Valor total (R$80,16 + R$1,20 + R$20,00) = 
R$101,36

Taxa de Utilização do Siscomex (TUS)
Essa taxa tem como fato gerador a utilização do sistema em questão e é devida 
independentemente da ocorrência de tributo a recolher, sendo debitada em conta corrente, junto 
com os demais tributos regularmente incidentes na importação, à razão de:
I − R$185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI; 

II − R$29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de mercadoria à DI, 
observados os seguintes limites:
• Até a 2ª adição − R$29,50;
• Da 3ª à 5ª − R$23,60;
• Da 6ª à 10ª − R$17,70;
• Da 11ª à 20ª − R$11,80;
• Da 21ª à 50ª − R$5,90; e
• A partir da 51ª − R$2,95.
CIDE-Combustíveis (Contribuição de Intervenção no 
Domínio Econômico incidente sobre as operações 
realizadas com combustíveis)
As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) são tributos de competência 
federal que possuem caráter regulatório. Incide sobre a importação e comercialização de 
derivados de petróleo. Também atende ao princípio da não cumulatividade. Assim, o valor pago 
no momento da importação é creditado pelo importador para compensação com as 
contribuições devidas em operações posteriores que ele realizar com as mercadorias.
A base de cálculo da CIDE-Combustíveis é a quantidade comercializada do produto expressa nas 
unidades de medida constantes dos Anexos I e II da Instrução Normativa SRF 422/04.
FATO GERADOR 
A CIDE-Combustíveis tem como fatos geradores as seguintes operações, realizadas com os 
combustíveis elencados no art. 3º da Lei 10.336, de 2001 (gasolinas, diesel, querosene etc.):
a) A comercialização no mercado interno; e 

b) A importação.
CONTRIBUINTE 
São contribuintes da CIDE-Combustíveis: o produtor, o formulador e o importador (pessoa física 
ou jurídica).
BASE DE CÁLCULO 
Nas operações relativas à importação, a base de cálculo é a unidade de medida, para cada um 
dos produtos sobre os quais incide a contribuição.
CIDE-Combustíveis = Alíquota CIDE x Quant. Prod.
Encargos relativos à Defesa Comercial
Não se aplicam medidas de salvaguarda contra produto procedente de países em 
desenvolvimento quando a parcela que lhe corresponda nas importações do produto 
considerado não for superior a 3%, desde que a participação do conjunto dos países em 
10
desenvolvimento não represente, em conjunto, mais do que 9% das importações do produto 
considerado.
Exemplo 
Dados:

NCM 8414.51.10 Ventiladores de mesa 

País de Origem: China

Direito Aplicado: Alíquota específica de US$ 
11,76/unidade.

Preço FOB = US$800.00 

Frete Internacional = US$180.00 

Seguro Internacional = US$20.00 

Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = U$ = 
R$5,5667

Quantidade: 100
Resposta
Antidumping por unidade = (US$11.76 x 
R$5,5667) = R$65,46

Antidumping Total = (R$65,46 x 100) = 
R$6.546,00

ICMS na importação
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um tributo de competência 
estadual, cobrado em cima da circulação de mercadorias e bens importados de outros lugares. 
Isso significa que cada estado brasileiro legisla de modo diferente esse imposto, no tocante, 
principalmente, às alíquotas e suas exceções.Na prática, ele é um imposto cobrado de forma 
indireta, ou seja, seu valor é adicionado ao preço do produto ou serviço prestado. O valor só é 
cobrado quando a mercadoria ou o serviço é prestado para o consumidor, que passa a ser o 
titular deste item ou do resultado da atividade realizada.
CONCEITOS BÁSICOS 
Existem alguns conceitos básicos com relação a esse cálculo que precisam ser considerados.
• Fato gerador: O ICMS na importação tem seu fato gerador no momento do desembaraço 
aduaneiro da mercadoria.
• Incidência: Incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importada do exterior por pessoa 
física ou jurídica. Ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, ele incide sobre 
qualquer finalidade.
• Base de cálculo: Embora esse imposto seja estabelecido por cada estado, os regulamentos 
apresentam características tributárias semelhantes. Existe diferenciação em relação a 
algumas isenções e alíquotas, mas basicamente os seguintes termos valem para todo o 
Brasil:
• Na composição da base de cálculo do ICMS, deve-se considerar o valor da mercadoria que 
consta do documento de importação, acrescido do valor dos impostos de importação. 
Deve-se incluir também quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas 
aduaneiras. Uma curiosidade é que o próprio ICMS integra sua base de cálculo; e
• Despesas aduaneiras são aquelas efetivamente pagas à repartição alfandegária até o 
momento do desembaraço da mercadoria, incluindo as diferenças de peso, classificação 
fiscal de mercadorias e multas por infrações.
Exemplo:

Dados: 

NCM 8414.51.10 Ventiladores de mesa

País de Origem: China

Direito Aplicado: Alíquota específica de US$11.76/unidade.

I.Importação 20%

IPI 15%

PIS 2,10%

COFINS 9,65%

AFRMM 25%

TAXA SISCOMEX DI com 1 adição

ICMS 18%

Preço FOB = US$800.00 

Frete Internacional = US$150.00

Seguro Internacional = US$50.00

Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = U$ = R$5,5667

Quantidade: 100 unidades
11
Primeiro somamos todos os tributos e despesas aduaneiras em R$15.368,34
(R$5.566,70 + R$1.113,34 + R$1.002,01 + R$116,90 + R$537,19 + R$271,70 + R$214,50 + 
R$6.546,00) = R$15.368,34
Em seguida, acrescentamos o ICMS na base de cálculo. Neste caso, como a alíquota é 18%, 
dividimos o somatório por 0,82, que é a representação da seguinte proporcionalidade
O somatório representa 82% do valor da base de cálculo, que representa 100%
(R$15.368,34 / 0,82 ) = R$18.741,88
Após obtermos a base de cálculo com o valor acrescido do ICMS, aplicar a alíquota de 18%
R$18.741,88 x 18% = R$3.373,54
Modalidades de Despacho Aduaneiro
A instrução normativa RECEITA FEDERAL nº 680/2006 estabelece duas formas de despacho 
aduaneiro aplicáveis às mercadorias procedentes do exterior — o despacho para consumo e o 
despacho para admissão em regime aduaneiro especial. Vejamos o que diz a normativa:
Cálculo
Valor Aduaneiro = R$5.566,70
(US$800.00 + US$150.00 + US$50.00) x R$5.5667
I. Importação 20% = R$1.113,34
(R$5.566,70 x 20%)
I.P.I. 15 % = R$1.002,01
(R$ 5.5667,70 + R$ 1.113,34) x 15 %
PIS 2,10% = R$116,90
(R$5.566,70 x 2,10%)
COFINS 9,65% = R$537,19
(R$5.566,70 x 2,10%)
AFRMM 25% = R$271,70
((US$180.00 x R$5,5667) x 25%) + R$1,20 + R$20,00)
TAXA SISCOMEX= R$214,50
(R$185,00 + R$29,50)
ANTIDUMPING = R$6.546,00
(US$11.76 x R$ 5,5667) = R$65,46 x 100 unidades
ICMS 18% = R$3.373,54
12
Art. 2º – O despacho aduaneiro de importação compreende: 

I – despacho para consumo, inclusive da mercadoria: 

a) ingressada no País com o benefício de drawback;

b) destinada à Zona Franca de Manaus (ZFM), à Amazônia Ocidental, a Área de Livre 
Comércio (ALC) ou a Zona de Processamento de Exportação (ZPE);

c) contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda, conduzida por viajante, 
se aplicado o regime de importação comum;

d) admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, na forma do 
disposto no inciso II, que venha a ser submetida ao regime comum de importação; e 

II – despacho para admissão em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas 
especiais, de mercadoria que ingresse no País nessa condição.
Mercadorias oriundas diretamente do exterior
Uma declaração relativa às mercadorias oriundas diretamente do exterior só poderá se 
referir a uma das seguintes hipóteses, mutuamente excludentes:
a) Mercadoria para consumo
(inclusive drawback e originária do regime DAC)
b) Mercadoria para admissão
Em um dos seguintes regimes especiais ou atípicos:
• Admissão Temporária;
• Entreposto Aduaneiro;
• Entreposto Industrial;
• Depósito Especial Alfandegado;
• Área de Livre Comércio;
• Zona Franca de Manaus;
• Entreposto Internacional da ZFM;
• Depósito Aduaneiro de Distribuição;
• Loja Franca.
Uma declaração relativa às mercadorias com admissão anterior em regime aduaneiro especial ou 
atípico só poderá contemplar uma das seguintes hipóteses:
A) NACIONALIZAÇÃO:
• De Admissão Temporária;
• De Entreposto Aduaneiro;
• De Depósito Especial Alfandegado (DEA);
• De Regime Aduaneiro Especial – Geral.
B) INTERNAÇÃO:
• De Área de Livre Comércio (ALC);
• Da Zona Franca de Manaus – Produto Industrializado (ZFM-PI);
• Da Zona Franca de Manaus – Produto Estrangeiro (ZFM-PE).
C) SAÍDAS:
• Do Entreposto Internacional da ZFM;
• De Entreposto Industrial.
PRAZOS 
Momento inicial
O despacho aduaneiro se inicia com o registro da Declaração de Importação no Siscomex. Nesse 
momento, ocorre o pagamento dos tributos federais, quando for o caso. Como regra geral, o 
despacho aduaneiro somente deverá ter início após a chegada da mercadoria na UNIDADE DA 
RECEITA FEDERAL de despacho. 
DESPACHO ANTECIPADO 
A regra geral do momento inicial do despacho fica excetuada no despacho antecipado. O 
despacho antecipado permite o registro da Declaração de Importação (DI) relativa à mercadoria 
que proceda diretamente do exterior, antes da sua descarga na unidade da Receita Federal de 
despacho, em situações determinadas.
• Mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva ser realizada diretamente para 
terminais de oleodutos, silos, depósitos próprios ou veículos;
13
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• Mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de 
periculosidade;
• Plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou 
suscetíveis de danos causados por agentes exteriores;
• Papel para impressão de livros, jornais e periódicos;
• Órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, inclusive 
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas;
• Mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre;
• Mercadoria importada por meio aquaviário, quando o importador for certificado como 
operador econômico autorizado (OEA), na modalidade OEA – Conformidade Nível 2, 
conforme disciplinado em ato da Coana;
• Outras situações ou produtos, a serem avaliados pelo chefe da unidade da RECEITA 
FEDERAL de despacho, mediante justificativa.
DESPACHO DE IMPORTAÇÃO 
O despacho de importação deverá ser iniciado em:
• Até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona 
primária;
• Até quarenta e cinco dias após esgotar-se o prazo de permanência da mercadoria em 
recinto alfandegado de zona secundária;
• Até noventa dias, contados do recebimento do aviso de chegada da remessa postal.
Atenção
Em relação a bagagens, acompanhadas ou desacompanhadas, o despacho aduaneiro deve ser 
iniciado em até 45 (quarenta e cinco) dias da chegada no País 
Caracterização de Abandono
O descumprimento dos prazos fixados para o início do despacho de importação acarreta a 
presunção de abandono, podendo resultar na aplicação da pena de perdimento das mercadorias, 
nos termos do artigo 642 do Regulamento Aduaneiro.
Na mesma situação de abandono e com as mesmas implicações, estarão mercadorias 
importadas cujo despacho aduaneiro seja interrompido por mais de 60 dias, por ação ou omissão 
do importador.
São consideradas ação ou omissão do importador, entre outras ocorrências:
i) A não apresentação de documentos exigidos pela repartição, indispensáveis ao 
prosseguimento do despacho; 

ii) A ausência ao ato de verificação da mercadoria objeto do despacho.
Casos específicos
Para alguns produtos sujeitos à selagem na importação, o importador terá o prazo para registro 
da declaração de importação contado a partir da data de fornecimento do selo de controle pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
• Os artigos 348 e 352 do Decreto nº 7.212/2010 determinam que o importador de cigarros 
e cigarrilhas ― classificados nos códigos 2402.20.00 e 2402.10.00 ― terá o prazo de 90 
(noventa) dias, a partir da data do fornecimento do selo de controle, para efetuar o registro 
da declaração de importação.
• Já o importador de produtos classificados no código 2208.30 (uísques) terá o prazo de 
180 (cento e oitenta) dias, contado da data de fornecimento do selo de controle, para 
efetuar o registro da declaração de importação (artigos 49 e 51, § 4° da IN RF n° 
1.432/2013).
Exemplo 
Supondo que, em uma importação de cigarros, a carga tenha chegado ao porto no dia 
01/02/2020. A DI teria de ser registrada até o dia 01/05/2020 – no prazo de 90 (noventa) dias da 
chegada. Caso os selos de controle tenham sido fornecidos no dia 15/01/2020 — antes da 
chegada da carga —, então o prazo de 90 (noventa) dias para registro da DI deverá ser contado 
do fornecimento do selo, e não da chegada.
14
Penalidades
Caso o importador não registre a declaração de importação no prazo de 90 (noventa) dias, a 
contar do fornecimento dos selos de controle, ficará sujeito às penalidades. O importador 
poderá, antes de ser aplicada a pena de perdimento, iniciar ou retomar o despacho aduaneiro 
mediante o cumprimento das formalidades exigidas, bem como do pagamento dos tributos 
incidentes, acrescidos de juros e da multa de mora, e das despesas decorrentes da permanência 
da mercadoria no recinto alfandegado. A pena de perdimento, aplicada por decurso de prazo, 
poderá ser convertida, a requerimento do importador, em multa, antes de ocorrida a destinação.
Dispensa
Está dispensada de despacho de importação a entrada, no País, de mala diplomática, assim 
considerada a que contenha tão somente documentos diplomáticos e objetos destinados para 
uso oficial (Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, art. 27, promulgada pelo Decreto 
nº 56.435/1965).
Declaração de Importação – DI
A declaração de importação deverá conter:
Identificação do importador; identificação, classificação, valor aduaneiro e origem da mercadoria.
A Receita Federal poderá exigir, na declaração de importação, outras informações, inclusive as 
destinadas a estatísticas de comércio exterior.
REGISTRO DA DI 
É registrada pelo importador no Siscomex, que lhe atribui numeração automática única, 
sequencial e nacional, reiniciada a cada ano (arts. 14 a 16 da IN SRF nº 680/2006). Essa 
numeração consiste na prestação das informações correspondentes à operação de importação, 
contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial sobre as mercadorias (art. 551 do 
Regulamento Aduaneiro).
O registro da DI somenteé efetivado:
• Se verificada a regularidade cadastral do importador;
• Após o licenciamento da operação de importação, quando exigível, e a verificação do 
atendimento às normas cambiais, conforme estabelecido pelos órgãos e agências da 
administração pública federal competentes;
• Após o registro da chegada da carga, exceto na modalidade de registro antecipado da DI;
• Se a carga não estiver em situação que impeça a vinculação da DI ao conhecimento de 
carga correspondente no Mantra ou no Siscomex Carga (IN SRF n. 102/1994, art. 38 da IN 
SFR n. 800/2007);
• Após a confirmação, pelo banco, da aceitação do débito relativo aos tributos, às 
contribuições e aos direitos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do Siscomex;
• Se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro.
Regulamento aduaneiro
O regulamento aduaneiro dispõe, em seu artigo 553, que a Declaração de Importação será 
obrigatoriamente instruída com:
• Via original do conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente;
• Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;
• Comprovante de pagamento dos tributos, se exigível.
O parágrafo único estabelece, ainda, que poderão ser exigidos outros documentos instrutivos da 
declaração aduaneira em decorrência de acordos internacionais ou por força de lei, de 
regulamento ou de outro ato normativo.
A Instrução Normativa SRF n. 680/2006, em seu artigo 18, dispõe que:
Art. 18. A DI será instruída com os seguintes documentos: 

I – via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

II – via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;

III – romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e

15
IV – outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de 
legislação específica
Conhecimento de Carga
Constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. Cada conhecimento de carga deverá 
corresponder a uma única declaração de importação, salvo exceções estabelecidas pela 
Secretaria da Receita Federal. 
DOCUMENTAÇÃO 
• Via original do Conhecimento de Carga ou documento equivalente (obrigatório);
• Via original da Fatura Comercial, assinada pelo exportador (obrigatório);
• Comprovante de pagamento dos tributos (obrigatório, se exigível);
• Packing list (Romaneio de Carga), quando aplicável;
• Prova de Origem, quando aplicável;
• Manifesto de Carga, a ser exigido, exclusivamente, em decorrência de acordos 
internacionais ou de legislação específica.
O importador deverá vincular o dossiê eletrônico, com os documentos instrutivos digitalizados, à 
Declaração de Importação (art. 19 da IN SRF n. 680/2006). Essa vinculação fica dispensada 
quando a DI for direcionada para o canal verde de conferência (Portaria COANA n. 30, 02 de 
março de 2015). Os originais dos documentos referidos no caput deverão ser entregues à Receita 
Federal sempre que solicitados. Além disso, tais originais devem ser mantidos em poder do 
importador pelo prazo previsto na legislação tributária a que está submetido.
Atenção 
A transferência de titularidade de mercadoria de procedência estrangeira por endosso no 
conhecimento de carga somente será admitida mediante a comprovação documental da 
respectiva transação comercial. Essa obrigação será dispensada no caso de endosso bancário 
ou em outras hipóteses estabelecidas em ato normativo.
FUNÇÕES E DENOMINAÇÕES 
• Define a contratação da operação de transporte internacional;
• Comprova o recebimento da mercadoria na origem e a obrigação de entregá-la no lugar 
de destino;
• Constitui prova de posse ou propriedade da mercadoria;
• É um documento que ampara a mercadoria e descreve a operação de transporte.
O conhecimento de carga recebe denominações específicas em função da via de transporte:
• Rodoviário – Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT);
• Ferroviário – Conhecimento de Carga Ferroviária (TIF/CTF);
• Marítimo – Bill of Landing (BL);
• Aéreo – Airway Bill (AWB).
CONSIGNAÇÃO 
A consignação, no conhecimento de carga, prova a propriedade da mercadoria e pode ser:
NOMINATIVA: Quando conste, do conhecimento original, o nome por extenso do destinatário da 
mercadoria.
- À ORDEM   DO   EMBARCADOR: Quando a propriedade se consigna ao remetente.
- AO PORTADOR: O proprietário será qualquer pessoa que apresente o conhecimento.
EMISSOR E CONSIGNATÁRIO 
O conhecimento de carga se classifica, conforme o emissor e o consignatário, em:
- ÚNICO: Se emitido pelo próprio transportador (agência de navegação, companhia aérea, 
armador), quando o consignatário não for um agente desconsolidador.
- GENÉRICO OU MASTER: Se emitido pelo próprio transportador (agência de navegação, 
companhia aérea, armador), quando o consignatário for um desconsolidador.
- AGREGADO, HOUSE OU FILHOTE: Quando for emitido por um agente consolidador de 
cargas e o consignatário não for um desconsolidador.
16
- SUBMASTER   OU   COLOADER: Quando for emitido por um agente consolidador de cargas 
e o consignatário for outro agente desconsolidador de cargas.
A cada conhecimento de carga deve corresponder uma única DI. As exceções estão 
estabelecidas nos art. 67 e 68 da IN SRF n. 680/2006, art. 555 do Regulamento Aduaneiro. A DI 
deve ser registrada em nome do consignatário do conhecimento, ressalvados os casos de 
nacionalização em determinados regimes aduaneiros especiais. Por exemplo, caso da admissão 
temporária e entreposto aduaneiro.
Os conhecimentos do tipo filhote e único são os que podem amparar o despacho aduaneiro de 
importação. Já os conhecimentos genéricos e submaster não podem amparar DI, mas podem 
amparar o regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro. O endosso de conhecimento na via 
aquaviária deve ser efetuado pelo consignatário no Sistema de Controle da Arrecadação do 
Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.
Atenção 
É válido o conhecimento de carga emitido no País, desde que assinado por procurador 
legalmente constituído para esse fim pelo transportador.
DISPENSA 
Não será exigida a apresentação do conhecimento de carga:
• No despacho para consumo de mercadoria desnacionalizada ou estrangeira que, após ter 
sido submetida ao despacho aduaneiro de exportação, permaneça no País, em caráter 
definitivo ou temporário, nos termos da legislação específica;
• Nos despachos para consumo de mercadoria de origem estrangeira que venha a ser 
transferida para outro regime aduaneiro especial ou despachada para consumo, 
independentemente do despacho a que foi submetida por ocasião do seu ingresso no país;
• Na hipótese de a mercadoria ingressar no País:
• Por seus próprios meios;
• Transportada em mãos;
• Em condição ou finalidade para a qual a legislação não obrigue sua emissão;
• Em outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA.
• Nos despachos de mercadoria transportada ao País no modal aquaviário, acobertada por 
Conhecimento Eletrônico (CE).
Considera-se ocorrido o embarque da mercadoria, para efeitos fiscais, na data de emissão do 
conhecimento de carga, que deve identificar a unidade de carga em que a mercadoria amparada 
por ele esteja contida.
Fatura Comercial
A fatura comercial é o documento de natureza contratual que espelha a operação de compra e 
venda entre o importador brasileiro e o exportador estrangeiro. A Declaração de Importação (DI) 
deverá ser obrigatoriamente instruída com a via original da fatura comercial, assinada pelo 
exportador ou seu representante. A não apresentação da via original acarretará na interrupção do 
curso do despacho (art. 570, § 1º, inciso I, do Regulamento Aduaneiro).
A primeira via da fatura comercial será sempre a original, podendo ser emitida por qualquer 
processo (art. 559 do Regulamento Aduaneiro), assim como as demais vias. Quando emitida por 
processo eletrônico, será aceita como primeira via da fatura comercial aquela em que conste, 
expressamente, tal indicação. A fatura deve conter as seguintes indicações (art. 557 do 
Regulamento Aduaneiro):
a) Nomee endereço completos do exportador; 
b) Nome e endereço completos do importador;
c) Especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial do Acordo Geral sobre 
Tarifas e Comércio. Caso as especificações das mercadorias estejam em outro idioma, 
devem ser acompanhadas de tradução em língua portuguesa, a critério da autoridade, 
contendo as denominações próprias e comerciais, com a indicação dos elementos 
indispensáveis a sua perfeita identificação. Os idiomas oficiais do Acordo GATT são o 
inglês, o francês e o espanhol. 
d) Marca, numeração e, se houver, número de referência dos volumes;
17
e) Quantidade e espécie dos volumes;
f) Peso bruto dos volumes – mercadoria com todos os seus recipientes, embalagens e 
demais envoltórios;
g) Peso líquido – mercadoria livre de todo e qualquer envoltório;
h) País de origem – aquele onde houver sido produzida a mercadoria ou onde tiver ocorrido 
a última transformação substancial;
i) País de aquisição – aquele onde a mercadoria foi adquirida para ser exportada para o 
Brasil, independentemente do país de origem da mercadoria ou de seus insumos;
j) País de procedência – aquele onde se encontrava a mercadoria no momento de sua 
aquisição;
k) Preço unitário, total de cada espécie de mercadoria e, se houver, o montante e a natureza 
das reduções e dos descontos concedidos ao importador;
l) Frete e demais despesas relativas às mercadorias especificadas na fatura;
m) Condições e moeda de pagamento;
n) Termo da condição de venda (INCOTERM).
Atenção 
O conhecimento de carga aéreo se equipara à fatura comercial. Para isso, no entanto, é 
necessário que constem nele as indicações de quantidade, espécie e valor das mercadorias que 
lhe correspondam (art. 560 do Regulamento Aduaneiro).
Romaneio de Carga - Packing List
Discrimina todas as mercadorias embarcadas ou todos os componentes de uma carga em 
quantas partes estiver fracionada. O objetivo é detalhar como a mercadoria está apresentada, a 
fim de facilitar a identificação e localização de qualquer produto dentro de um lote. Não existe um 
modelo padrão para o romaneio. No entanto, ele contém os seguintes elementos usualmente:
• Quantidade total de volumes (embalagem);
• Marcação dos volumes;
• Identificação dos volumes por ordem numérica;
• Espécie de embalagens (caixa, pallet etc.) contendo peso líquido, peso bruto, 
dimensões unitárias e volume total da carga.
Atenção 
A não apresentação do romaneio de carga (packing list) na instrução do despacho aduaneiro (em 
situações em que seja prática corrente sua emissão) acarreta a aplicação da multa de R$500,00 
prevista na alínea “e”, inciso VIII do art. 728 do Regulamento Aduaneiro.
Certificado de Origem
PROVA DE ORIGEM OU REGIME DE ORIGEM 
Na importação de mercadoria que goze de tratamento tributário favorecido em razão de sua 
origem, sua comprovação será feita por qualquer meio julgado idôneo, em conformidade com o 
estabelecido no correspondente acordo internacional (art. 563 do Regulamento Aduaneiro).
Os Acordos Internacionais de Comércio possuem:
• Regras de origem;
• Maneira pela qual a origem será comprovada;
• Procedimentos de verificação e controle dessas regras.
Esse conjunto de elementos recebe o nome de regime de origem. Normalmente, os regimes de 
origem constam como anexos dos acordos comerciais.
Deve-se observar que a IN SRF n. 1864/2018 dispõe sobre os procedimentos de controle de 
verificação de origem de mercadorias importadas com tratamento tarifário preferencial.
CERTIFICADO E DECLARAÇÃO DE ORIGEM 
Os regimes de origem dos acordos comerciais dos quais o Brasil é signatário estabelecem que a 
comprovação da origem de uma mercadoria pode ser realizada, em regra, mediante a 
apresentação de um certificado de origem, mas também por uma declaração de origem do 
exportador ou produtor.
18
CASOS ESPECIAIS 
Em alguns casos excepcionais, pode até mesmo ser dispensada a prova de origem em razão, 
por exemplo, do baixo valor da mercadoria.
Alguns acordos também podem prever a possibilidade de a prova de origem cobrir um 
determinado período, e não apenas uma operação. Também há hipóteses em que a assinatura da 
prova de origem pode ser dispensada para alguns operadores cadastrados.
Em resumo, na dúvida, deve-se sempre consultar o correspondente texto do acordo comercial 
para se certificar de como deve ser comprovada a origem.
MERCADORIA IMPORTADA ACOMPANHADA DE CCROM E CCPTC 
Uma mercadoria importada, acompanhada de um Certificado de Origem Mercosul, é identificada 
pelo sistema informatizado de comércio exterior do Estado Parte ― no Brasil, pelo Siscomex ― 
mediante a geração de um código alfanumérico. Tal código é denominado Certificado de 
Cumprimento do Regime de Origem Mercosul (CCROM) e é atribuído às importações, conforme 
definido na IN SRF n. 646/2006.
A mercadoria amparada por um CCROM pode circular livremente no bloco, sem o pagamento de 
imposto de importação.
CERTIFICADO DE ORIGEM NÃO PREFERENCIAL 
O certificado de origem poderá ser exigido para comprovação de origem não preferencial nos 
casos em que a mercadoria esteja sujeita à medida de defesa comercial. Nesses casos, o 
certificado de origem é o documento utilizado para comprovar que a mercadoria não é originária 
do país para o qual foi estabelecida a medida de defesa comercial.
Atenção 
A falta de comprovação da origem não preferencial sujeita o importador ao recolhimento da multa 
de 30% sobre o valor aduaneiro das mercadorias (art. 42 da Lei n. 12.546/2011).
Despacho Aduaneiro X Desembaraço
O despacho aduaneiro é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados 
declarados pelo importador referente à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à 
legislação específica. Nesse sentido, o desembaraço aduaneiro é a última etapa do despacho 
aduaneiro.
PROCEDIMENTOS DO DESPACHO ADUANEIRO
CHEGADA E DISPONIBILIDADE DA CARGA NA URF DE DESPACHO – ETAPA 1 
A informação da presença da carga, qualquer que seja a forma, representa a comprovação, pelo 
depositário, da disponibilidade da carga recolhida sob sua custódia.
A informação da presença de carga, no entanto, ocorre de maneiras distintas, conforme o Modal 
de Transporte ― aéreo, marítimo ou terrestre. Vejamos:
- AÉREO: O Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento 
(Mantra) se destina ao controle informatizado das cargas procedentes diretamente do exterior 
e das procedentes de trânsito aduaneiro, desde a sua chegada até a sua saída da zona 
primária, nos aeroportos internacionais do País. 
A manifestação da carga é o procedimento pelo qual o transportador, antes da chegada 
do veículo em aeroporto internacional, informa, no sistema, as cargas procedentes 
diretamente do exterior. O registro da chegada efetiva é o procedimento pelo qual o 
transportador ― ou, na sua ausência, a Receita Federal ― registrará, no sistema, a 
chegada efetiva do veículo aéreo ou rodoviário. Informada a chegada do veículo, o 
sistema gera automaticamente o número do termo de entrada (TE), que passa a 
identificar o manifesto informatizado.



O armazenamento é o procedimento pelo qual o depositário informa no sistema os 
dados da carga que esteja sob sua custódia. No registro do armazenamento, o 
depositário confere a carga recebida para armazenamento e informa, no sistema, 
quantidade, peso e eventual avaria da carga. Encerrado o armazenamento, o sistema 
procede ao batimento automático dos dados do armazenamento com os de informação 
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da carga prestados pelo transportador, de forma a identificar os casos de falta, excesso 
ou avaria. 



Já a indisponibilização da carga é o procedimento de segurança que permite bloqueá-la 
no sistema, é efetuada pela Receita Federal ― ao detectar indícios de infração ― ou pelo 
sistema de forma automática ― caso sejam detectadas divergências ou inconsistências 
entre as informações prestadas pelo transportador e pelo depositário. No momento do 
registro da DI, ocorre a vinculação dacarga disponível à declaração, evitando que uma 
mesma carga seja vinculada a mais de uma declaração.
- MARÍTIMO: O módulo de controle de carga aquaviária do Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (Siscomex) é denominado Siscomex Carga. Esse módulo controla a entrada e a saída 
de embarcações, a movimentação de cargas e unidades de carga em portos, bem como a 
entrega de carga pelo depositário (IN RF n. 800/2007).
As informações necessárias aos controles serão prestadas à Receita Federal pelos 
intervenientes. Já os dados relacionados ao veículo transportador serão prestados, na 
escala, pela empresa de navegação operadora da embarcação ou agência de navegação. 
A informação do Conhecimento de Carga prestada à autoridade aduaneira na forma 
eletrônica ― Conhecimento Eletrônico (CE) ― compreende os dados constantes do 
conhecimento de carga ― Bill of Lading (BL) ― informado à autoridade aduaneira na 
forma eletrônica.



O depositário de mercadoria procedente do exterior pela via marítima, fluvial ou lacustre 
deverá informar, no sistema, o armazenamento da carga destinada ao seu recinto. 
Enquanto a função de controle de armazenamento não estiver disponível no Siscomex 
Carga, a informação do número identificador da carga (NIC) da carga sob a sua custódia 
deverá ser prestada pelo depositário, no Siscomex Importação.
- TERRESTRE (FRONTEIRAS): Há um módulo no Siscomex, nas importações realizadas por via 
terrestre, denominado presença de carga. A função desse módulo é registrar/controlar o 
armazenamento da carga, permitindo o registro da DI somente para as cargas efetivamente 
armazenadas e ainda não submetidas a despacho, salvo exceções admitidas pela legislação.



O depositário gera o NIC com base no conhecimento de carga. Por sua vez, a informação do 
NIC, no sistema, corresponde à confirmação da presença de carga no recinto alfandegado e é 
registrada na situação disponível. O Siscomex Importação permite somente o registro da DI 
para NIC disponível. Registrada a DI, o sistema indisponibiliza o NIC automaticamente, 
impedindo novas vinculações para a mesma carga. Em ponto de fronteira sem depositário, a 
RFB gera o NIC e o informa ao sistema.



Para verificar se o veículo transportador está habilitado ao transporte rodoviário internacional, 
deve-se consultar o website da ANTT, na parte de Consulta de Veículos Habilitados. Em ponto 
de fronteira sem depositário, o MIC/DTA deve ser apresentado em vias originais por ocasião do 
registro da presença de carga.
VERIFICAÇÃO PRÉVIA DA MERCADORIA – ETAPA 2 
O importador poderá requerer sua verificação previamente ao registro da DI, no caso de haver 
dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro a ser aplicado à mercadoria importada ― 
inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à 
descrição detalhada. O requerimento deverá ser instruído com a cópia do conhecimento de carga 
correspondente e dirigido ao chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro. O chefe do 
setor deverá indicar um servidor para acompanhar o ato.
Atenção 
Essa verificação prévia não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião 
do despacho de importação, se for o caso. O importador também poderá requerer a retirada de 
amostra. No entanto, tal retirada somente será autorizada mediante solicitação formal, por escrito 
ou por meios informatizados.
LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO E OUTROS CONTROLES – ETAPA 3 
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O controle administrativo nas importações é realizado, atualmente, por meio da Licença de 
Importação (LI) sujeita à anuência de órgãos governamentais. O sistema administrativo das 
importações brasileiras compreende as seguintes modalidades:
• Importações dispensadas de licenciamento;
• Importações sujeitas a licenciamento automático;
• Importações sujeitas a licenciamento não automático.
Como regra geral, as importações estão dispensadas de licenciamento, de forma que os 
importadores devem apenas efetuar o registro da DI no Siscomex para dar início aos 
procedimentos do despacho aduaneiro junto à unidade da RFB. Em alguns casos, no entanto, a 
importação de mercadoria pode estar sujeita ao licenciamento, de acordo com a legislação 
específica. Nesses casos, o licenciamento pode ocorrer de forma automática ou não automática.
Outros controles 
A solicitação dos benefícios de isenção, suspensão e não incidência do Adicional ao Frete para a 
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) deverá ser registrada pelo consignatário no Sistema 
Mercante, com o devido enquadramento legal, antes do registro da DI correspondente.
O interessado deverá, nesse caso, apresentar os documentos que comprovem o direito ao 
benefício acompanhado dos documentos que instruem a DI correspondente. 
REGISTRO DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO – ETAPA 4 
Os tributos federais devidos na importação e a taxa de utilização do SISCOMEX serão recolhidos, 
no momento do registro da declaração no sistema, mediante de DARF eletrônico, por débito 
automático em conta corrente. Para isso, o código do banco, o número da agência e da conta 
corrente em que deverá ocorrer o débito deverão ser informados pelo declarante.
O débito dos tributos deverá ter sido efetuado para que o registro da DI se concretize.
ANÁLISE FISCAL PARA SELEÇÃO DE CANAL – PARAMETRIZAÇÃO – ETAPA 5 
A DI será submetida à análise fiscal, após o registro, e selecionada para um dos seguintes canais 
de conferência aduaneira:
- Verde: O sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame 
documental e a verificação da mercadoria.
- Amarelo: Será realizado o exame documental. Não sendo constatada irregularidade, o 
desembaraço aduaneiro será efetuado e dispensada a verificação da mercadoria.
- Vermelho: A mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame 
documental e da verificação da mercadoria.
- Cinza: Serão realizados o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de 
procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, 
inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma 
específica.
ANEXAÇÃO DIGITAL DE DOCUMENTOS – ETAPA 6 
Nessa etapa, deve ser feita a anexação digital de alguns documentos para as DI(s) selecionadas 
nos canais amarelo, vermelho e cinza de despacho. A anexação ― a ser feita no formato PDF ― 
refere-se aos seguintes documentos:
• Extrato da DI, assinado pelo representante do importador;
• Via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;
• Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;
• Romaneio de carga (packing list), quando aplicável;
• Comprovante de pagamento do ICMS e/ou guia de liberação de mercadoria sem o 
pagamento do ICMS emitida pela Secretaria de Fazenda do estado;
• Outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de 
legislação específica.
DISTRIBUIÇÃO PARA O FISCAL – ETAPA 7 
O importador deverá aguardar e acompanhar, após a recepção dos documentos, a distribuição 
do despacho para o auditor fiscal ― responsável pela conferência documental e física (canal 
amarelo/vermelho).
AGENDAMENTO/MARCAÇÃO – ETAPA 8 
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Uma vez nomeado um auditor fiscal, o importador deverá resgatar o processo com esse fiscal, 
que já terá acesso à documentação que instrui o despacho anexado digitalmente.
Nesse primeiro contato, o fiscal agenda (marca) a conferência documental ― no caso do canal 
amarelo ― e a verificação física da carga ― no caso de canal vermelho.
AGENDAMENTO/POSICIONAMENTO DA MERCADORIA PARA CONFERÊNCIA – ETAPA 9 
A verificação da mercadoria, no despacho de importação, será realizada mediante agendamento. 
O representante deverá verificar os procedimentos para o posicionamento da carga com o 
depositário, visto que esse procedimento varia de recinto para recinto.
CONFERÊNCIA ADUANEIRA – ETAPA 10 
No dia e horário agendados, o representante do importador deverá comparecer para a 
conferência aduaneira.Trata-se de uma etapa pessoal, em que o representante será atendido, em 
geral, por ordem de chegada. Antes da conferência física, é sugerido que o representante se dirija 
ao local reservado para conferência a fim de se familiarizar com a carga.
DESEMBARAÇO ADUANEIRO – ETAPA 11 
Concluída a conferência aduaneira, a mercadoria será desembaraçada. Nessa etapa, o auditor 
fiscal encerra a conferência aduaneira no Siscomex. Concluído o despacho aduaneiro e 
autorizada a entrega da mercadoria pela Receita Federal, o importador deverá cumprir as rotinas 
de pagamento dos serviços devidos pelo depositário ― por exemplo, armazenagem, 
movimentação, pesagem, posicionamento, etc.
Entrega da Mercadoria ao Importador
A verificação da regularidade do pagamento ou exoneração do AFRMM ― Adicional ao Frete 
para a Renovação da Marinha Mercante ― será realizada mediante consulta eletrônica do 
Siscomex ao sistema Mercante, do Departamento do Fundo da Marinha Mercante. Tal verificação 
deve ser feita para autorizar a entrega, ao importador, da mercadoria importada por via marítima, 
fluvial ou lacustre.
A autorização de entrega da mercadoria fica condicionada à:
• Vinculação do NIC, indicado na DI, ao correspondente Conhecimento de Embarque (CE) 
no sistema mercante pelo importador;
• Liberação da carga naquele sistema.
Declaração de pagamento ou de exoneração do 
ICMS
O importador deverá apresentar, por meio de transação própria no Siscomex, a declaração sobre 
o ICMS devido no desembaraço aduaneiro da mercadoria submetida ao despacho de 
importação. A declaração de que trata o caput deverá ser efetivada após o registro da DI e 
constitui condição para a autorização de entrega da mercadoria desembaraçada ao importador. 
Na hipótese de exoneração do pagamento do ICMS, nos termos da legislação estadual aplicável, 
o importador deverá indicar essa condição na declaração. Os dados da declaração serão 
fornecidos pela Receita Federal à Secretaria de Estado da Unidade da Federação indicada na 
declaração, pelo importador, com base no respectivo convênio para intercâmbio de informações 
de interesse fiscal.
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