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Espetros contínuos e descontínuos
[Imagem: www.hdwallpapersinn.com]Miguel Neta, outubro de 2020
Espetro visível
Espetro = decomposição/separação
Com um prisma de vidro é possível observar a 
divisão da luz branca em várias cores.
Este conjunto de cores é chamado espetro 
visível.
A luz branca é policromática porque é constituída 
pelas várias cores (luz monocromática).
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Espetro visível
No prisma, a radiação que sofre:
Menor desvio: vermelha;
Maior desvio: violeta.
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Espetro visível
Cada cor tem um valor de energia associado.
A radiação de:
Menor energia é a vermelha;
Maior energia é a violeta.
Mas... há mais radiações do que as cores que 
vemos.
O conjunto de todas as radiações (as que vemos 
e as que não vemos) é o espetro 
eletromagnético.
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Comprimento de onda (𝝀)
O comprimento de onda é a distância entre dois pontos na mesma fase (é identificado pelo letra grega 
lambda, 𝜆).
Unidade S.I.: metro, m
Exemplo: 𝜆 = 10-1 m
𝜆
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Frequência (𝒇)
A frequência de um movimento indica quantas vezes é que esse movimento se repete por unidade de 
tempo.
Unidade S.I.: hertz, Hz
por segundo, s-1
Exemplo: 𝑓 = 50 Hz
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Relação entre a frequência e o comprimento de onda
𝑓 =
𝑣
𝜆
em que:
𝑓 – frequência (Hz)
𝑣 – velocidade de propagação da onda (m s-1)
𝜆 – comprimento de onda (m)
A frequência e o comprimento de onda são duas grandezas inversamente proporcionais:
Maior comprimento de onda ⇒ Menor frequência Menor comprimento de onda ⇒ Maior frequência
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Radiação eletromagnética
A radiação eletromagnética é capaz de se propagar no espaço, transportando energia.
A velocidade de propagação das radiações eletromagnéticas, no vácuo, é:
𝑐 = 2,99 × 108 m s-1
É um fenómeno gerado pela variação, ao mesmo tempo, de um campo elétrico e um campo 
magnético.
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Espetro eletromagnético
O espetro eletromagnético está dividido em 'zonas':
Maior Menor
comprimento comprimento
de onda de onda
Menor Maior
frequência frequência
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Espetro eletromagnético
Fotão
O conceito de fotão foi criado por Einstein para explicar o comportamento de partícula
que a luz por vezes tem.
O fotão representa a menor quantidade de energia de uma onda eletromagnética de uma 
dada frequência.
A energia, 𝐸, que cada fotão transporta depende da frequência da radiação:
𝐸 = ℎ 𝜈 ou 𝐸 = ℎ 𝑓
em que:
ℎ – constante de Planck (ℎ = 6,626 × 10-34 J s)
𝜈 ou 𝑓 – frequência da radiação (Hz ou s-1)
Max Karl Ernest Ludwig Planck
(1858-1947).
Albert Einstein (1879-1955).
Espetros contínuos e descontínuos 10
http://www.fq.pt/biografias/planck
http://www.fq.pt/biografias/einstein
Espetro eletromagnético
Comprimento
Tipo de onda Frequência de onda Energia
Ondas de rádio Menor Maior Menor
Micro-ondas
Infravermelho (IV)
Visível (Vis)
Ultravioleta (UV)
Raios X
Raios 𝛾 (gama) Maior Menor Maior
𝐸 = ℎ 𝑓
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Zonas do espetro eletromagnético/propriedades/utilidades
Ondas de rádio | Micro-ondas | IV | Visível | UV | Raios X | Raios 𝛾
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Ondas de rádio
São as radiações eletromagnéticas com maior 
comprimento de onda (menor frequência e por 
isso menor energia).
São usadas em telecomunicações: emissões de 
rádio e de televisão.
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Micro-ondas
Comprimento de onda menor que as ondas de rádio 
(maior frequência e maior energia que as ondas de 
rádio).
Utilizadas em: redes Wi-Fi, bluetooth, outros 
serviços de comunicação, radares, radioastronomia e 
muito utilizadas como meio de confeção de 
alimentos.
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Infravermelho (IV)
Este tipo de radiação foi descoberta por Herschel no 
ano de 1800 (aumento de temperatura do termómetro 
para além do vermelho).
São as radiações de maior efeito térmico.
Utilizações principais: telecomandos de televisão e 
outros aparelhos domésticos, cartografia, 
meteorologia e termografia (diagnóstico médico).
Frederick William Herschel
(1738-1822).
Espetros contínuos e descontínuos 15
http://www.fq.pt/biografias/herschel
Luz visível
É a pequena faixa do espectro eletromagnético 
que os humanos conseguem captar com os seus 
olhos.
Cada indivíduo, e cada espécie animal, tem diferente 
capacidade de captar as radiações, pelo que os limites 
são variáveis nas fronteiras infravermelho/vermelho e 
violeta/ultravioleta.
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Ultravioleta (UV)
Podem causar efeitos graves à saúde mas 
também são necessários, para que algumas 
reações acontecem no nosso corpo.
Estão divididas em três zonas:
UV-A (dos 400 aos 320 nm);
UV-B (dos 320 aos 280 nm);
UV-C (dos 280 nm 100 nm).
A atmosfera terrestre filtra a quase totalidade dos 
tipos UV-B e UV-C graças às moléculas de ozono (O3).
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Raios X
Radiação com uma grande utilidade na medicina: 
radiografias e tomografias axiais computorizadas 
(TAC's).
Tem uma grande capacidade de atravessar os 
tecidos humanos, mas menor capacidade de 
atravessar os ossos.
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Raios 𝜸 (gama)
São produzidos pelas estrelas e por átomos 
radioativos.
São bastantes prejudiciais aos tecidos vivos, 
destruindo-os.
São usados para radioterapia, para esterilização
de materiais e para verificar a qualidade de materiais 
(gamagrafia).
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Tipos de espetros
Como observar espetros de radiação visível?
Espetroscópios de bolso
Espetroscópios da bancada (Kirchhoff-Bunsen)
[Imagens: portuguese.alibaba.com; www.kruess.com; www.3bscientific.com.br]
Espetros contínuos e descontínuos 20
Tipos de espetros
Como observar espetros de radiação visível?
Espetros contínuos e descontínuos 21
Tipos de espetros
Os espetros podem-se classificar como:
Contínuos;
De riscas (descontínuos).
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Tipos de espetros
Os espetros de riscas dividem-se em:
Espetros de emissão;
Espetros de absorção.
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Espetros das estrelas
1802 – O químico inglês William Hyde Wollaston observou riscas escuras no espetro solar.
1814 – Fraunhofer também observou as riscas no espetro solar e…
…iniciou o estudo dessas riscas medindo o comprimento de onda respetivo.
Identificou 570 linhas e usou as letras A a K para as linhas principais e outras letras para as mais
fracas.
Espetros contínuos e descontínuos 24
Espetros das estrelas
1859 – Kirchhoff e Bunsen verificaram que as riscas
de Fraunhofer coincidiam com as riscas
características de emissão de espetros de 
elementos químicos.
…deduzindo que as linhas observadas no 
espetro solar eram causadas pela absorção de 
radiação por elementos químicos presentes na
atmosfera solar.
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Espetros das estrelas
O espetro do Sol é um espetro misto.
As radiações originadas no interior da estrela 
originam um espetro contínuo.
Os átomos e iões existentes na cromosfera
absorvem algumas destas radiações, provocando o 
aparecimento das riscas.
matéria
quente espetro contínuo
espetro com riscasgás
Riscas provocadas pelo gás
Espetros contínuos e descontínuos 26
Espetros das estrelas
As riscas permitem identificar quais as partículas existentes nessa 
estrela.
A intensidade das riscas está relacionada com a maior ou menor presença 
dessas partículas.
Designação Elemento  (nm)
A O2 759,370
B O2 686,719
C H 656,281
D1 Na 589,592
D2 Na 588,995
D3 or d He 587,561
F H 486,134
G' H 434,047
G Fe 430,790
G Ca 430,774
h H 410,175
H Ca+ 396,847
K Ca+ 393,368
Espetros contínuos e descontínuos 27
Espetros das estrelas
[Imagens: commons.wikimedia.org]
Comprimento de onda (nanómetros)
In
te
n
si
d
a
d
e
 (
co
nta
g
e
n
s)
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Espetros das estrelas
[Imagem: NASA]Espetros contínuos e descontínuos 29
Espetros das estrelas
A intensidade das diferentes radiações do espetro de uma 
estrela não é igual.
A diferente cor das estrelas é devida à diferente 
temperatura de cada estrela.
Estrelas avermelhadas → mais frias (3 500 K)
(na figura: Betelgeuse)
Estrelas azuladas → mais quentes (40 000 K)
(na figura: Rigel)
Espetros contínuos e descontínuos 30
Espetro solar
[Imagem: www.workingwithwaves.com]
Espetros contínuos e descontínuos 31
Espetros
Espetros
Espetros de emissão
Contínuos
Lâmpadas de incandescência
Lâmpadas de halogéneo
Corpos incandescentes
Descontínuos (riscas)
Lâmpadas fluorescentes
Lâmpadas de vapor de sódio
Néons
Fogo de artifício
Tubos de Pluecker
Espetros de absorção
Descontínuos (riscas)
Espetros de estrelas
Espetros contínuos e descontínuos 32
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Bibliografia
▪ https://pdg.lbl.gov/2020/reviews/rpp2020-rev-phys-constants.pdf, 21/10/2020.
▪ J. Paiva, A. J. Ferreira, C. Fiolhais, “Novo 10Q”, Texto Editores, Lisboa, 2015.
Espetros contínuos e descontínuos 33
https://pdg.lbl.gov/2020/reviews/rpp2020-rev-phys-constants.pdf

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