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DIREITO CIVIL - PRESCRIÇAO E DECADÊNCIA

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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA. 
Observação: Estudar direito civil nesta ordem: 
Bens e pessoas; Negócios Jurídicos / fatos jurídicos; 
Obrigações; 
Contratos (contrato é um negócio jurídico); 
Direitos reais; 
Prescrição e decadência; 
Direito de família; 
 
https://youtu.be/zw_Og_kOeao (vídeo do Bruno Zampier) 
 
O elemento comum que existe na prescrição e na decadência é o princípio da segurança jurídica, 
porque o tempo é um fator fundamental no direito, pois nós não queremos que uma lide seja eterna. 
Acrescido a essa necessidade de segurança jurídica nós teremos a inatividade de um titular de uma 
pretensão (em se tratando de prescrição) ou titular de um direito potestativo (em se tratando de 
decadência). Então a prescrição e a decadência, com o viés de segurança jurídica vão procurar 
sancionar (no sentido de punição) aquele sujeito que foi omisso. Por isso o decurso do tempo será um 
fator decisivo na prescrição e também na decadência. 
 
PRESCRIÇÃO: 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, 
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.” 
 
Violado o direito subjetivo, nasce para o seu titular a pretensão, que é o poder de exigir coercitivamente 
aquela prestação que não fora voluntariamente cumprida. Porém, para o exercício da pretensão a lei 
irá estabelecer um prazo, e se o titular do direito lesionado for omisso, ele sofrerá uma punição, e essa 
sanção consiste na extinção da pretensão. Ao fenômeno extintivo da pretensão, nós damos o nome de 
prescrição. 
 
É errado dizer que prescrição põe um fim ao direito de ação, porque o direito de ação (o direito de ir ao 
poder público) é indisponível através do princípio constitucional da inafastabilidade do 
providenciamento jurisdicional. O direito de ir ao poder judiciário não depende de prazo. A prescrição 
põe fim somente à pretensão. 
 
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem 
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar (Não existe prescrição prévia); tácita 
é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. (É 
admitido também a renúncia da decadência, desde que esta seja contratual/convencional, da 
legal não. Ou seja, é nula a renúncia à decadência fixada em lei.) 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. (A prescrição 
é sempre legal, não existe prescrição convencional/contratual. Na decadência existe a 
decadência legal e a convencional/contratual. A decadência legal e a prescrição, que é sempre 
legal, podem ser levantadas de ofício pelo juiz (na verdade DEVE ser levantada de ofício pelo 
juiz), mas a decadência contratual/convencional não pode ser levantada de ofício pelo juiz. 
Antes do juiz decretar qualquer decadência ou prescrição, as partes têm que ser avisadas, e têm 
que se manifestar.) 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem 
aproveita. (A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição inclusive na instância 
especial e extraordinária desde que haja prequestionamento) 
https://youtu.be/zw_Og_kOeao
 
Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a 
absolutamente incapaz. (Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006) 
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes 
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECADÊNCIA: 
É quando alguém tem o direito potestativo. Direito potestativo é quando alguém é o todo poderoso e a 
outra parte está em estado de sujeição. A relação é vertical e não horizontal. Quem vai decidir o 
destino daquela relação é o titular do direito potestativo. Ele vai decidir se age ou não. Essa relação do 
direito potestativo poderá produzir uma criação, modificação ou até uma extinção na seara da outra 
parte. Quem está na seara da outra parte não tem qualquer prestação a ser adimplida, não tem 
qualquer dever jurídico em relação ao particular. O direito potestativo é um direito sem prestação. Um 
exemplo é quando há um defeito no negócio jurídico, isso gera para uma das partes o direito 
potestativo, que pode anular o contrato se ela quiser, e não há nada que a outra parte possa fazer. Por 
isso o direito potestativo é inviolável. Lembra do direito subjetivo (na prescrição)? o direito subjetivo 
pode ser violado porque o devedor tem uma prestação, um dever específico para cumprir em prol do 
credor, mas aqui no direito potestativo não, aqui, a outra parte está em estado de sujeição, ela só está 
esperando para ver de qual vai ser. 
 
QUESTÃO: É correto afirmar que o direito potestativo é inviolável, uma vez que não há 
prestação a ser cumprida. 
CERTO. 
 
Por razões de segurança jurídica, o exercício desse direito potestativo também estará submetido a 
prazos. Se o titular do direito potestativo for omisso durante este prazo, ocorrerá a extinção do próprio 
direito, fenômeno chamado de decadência ou caducidade. Nem todo direito potestativo vai ter prazo 
para ser exercido, mas grande parte terá. Quando falar que o titular caducou ou recaiu do direito, 
estará falando de decadência. 
 
Artigos pertinentes à Decadência: 
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que 
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. 
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. (Art. 195: “Os 
relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou 
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.” Art. 
198: “Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3º” Art. 3º: “São 
absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 
(dezesseis) anos.”) 
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALGUNS PRAZOS DA DECADÊNCIA. 
• Anular negócio jurídico – 04 anos (art. 178 CC) 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio 
jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se 
realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. 
(No caso de simulação, que é um vício social não se aplica prescrição nem decadência, porque 
ele é nulo) 
 
• Anular negócio jurídico quando a lei não fixar prazo - 02 anos (art.179 CC) 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para 
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. (Um 
exemplo disso é que toda vez que um ascendente for vender um imóvel para o seu 
descendente, o ascendente deve pedir o consentimento dos demais descendentes. Se não for 
concedido esse consentimento, o ato jurídico será anulável) 
Quando a lei te dá direito de anular algo, isso é um direito potestativo, porque coloca a outra parte em 
estado de sujeição. 
 
• Anular a constituição da PJ de dir. privado por defeito do ato respectivo – 03 anos 
(art. 45 p.ú. CC): 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todasas alterações por que passar o 
ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro. 
 
Vício Redibitório – Bem móvel: 30 dias; Bem imóvel: 1 ano (art. 445 caput, CC): 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de 
trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já 
estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
Redibição: meio pelo qual se anula uma compra e venda de coisa que possui defeitos ocultos a 
serem descobertos pelo adquirente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRAZOS DA PRESCRIÇÃO. 
Existem os prazos gerais que estão nos artigos 205 e 206 do CC.: 
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
Art. 206. Prescreve: 
§ 1º Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio 
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para 
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este 
indeniza, com a anuência do segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, 
pela percepção de emolumentos, custas e honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do 
capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, 
contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se 
vencerem. 
§ 3º Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em 
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo 
da data em que foi deliberada a distribuição; 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, 
contado o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao 
exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela 
deva tomar conhecimento; 
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação; 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, 
ressalvadas as disposições de lei especial; 
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de 
seguro de responsabilidade civil obrigatório. 
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
§ 5º Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e 
professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação 
dos respectivos contratos ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS DE ALTERAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL: 
Do ponto de vista teórico-doutrinário, é necessário diferenciar essas causas. Assim, temos que 
alteração do prazo prescricional é gênero do qual são espécies o impedimento, a suspensão e a 
interrupção. Na ocorrência de causa impeditiva, a contagem do prazo não se inicia. Na ocorrência de 
causa suspensiva, a contagem do prazo que se havia iniciado é suspensa, voltando a correr do exato 
instante no qual fora paralisada. Na interrupção, por seu turno, o prazo, que até então tinha fluído, é 
descartado, iniciando-se nova contagem integral do lapso de tempo. 
 
Causas que impedem/suspendem a prescrição: 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (Absolutamente incapazes - ou seja - os menores 
impúberes); 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: 
I - pendendo condição suspensiva; 
II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a 
prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os 
outros se a obrigação for indivisível. 
 
Causas que interrompem a prescrição: 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a 
promover no prazo e na forma da lei processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito 
pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, 
ou do último ato do processo para a interromper. 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; 
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica 
aos demais coobrigados. 
§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a 
interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 
§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os 
outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 
§ 3º o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. 
 
 
 
 
QUESTÕES DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA. 
QUESTÃO: Ano: 2007 Banca: FCC. Órgão: TJ-PE. Prova: de Analista Judiciário. 
A prescrição corre normalmente 
A) não estando vencido o prazo. 
B) entre cônjuges, na constância do casamento. 
C) pendendo condição suspensiva. 
D) pendendo ação de evicção. 
E) entre ascendentes e descendentes quando cessado o poder familiar. (GABARITO) 
COMENTÁRIO: CC.: Art. 197. (causas que impedem e suspendem a prescrição) Não corre a 
prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. (causas que impedeme suspendem a prescrição) Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (absolutamente incapazes, ou seja, menores 
impúberes); 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 
Art. 199. (causas que impedem e suspendem a prescrição) Não corre igualmente a prescrição: 
I - pendendo condição suspensiva; 
II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a 
prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os 
outros se a obrigação for indivisível. 
 
QUESTÃO: Ano: 2006 Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS) Prova: FCC - 2006 - TRT - 4ª 
REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Administrativa 
De acordo com o Código Civil brasileiro, com relação à prescrição e à decadência, é correto 
afirmar: 
A) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor. 
(ERRADO. Art. 196. do CC.: “A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o 
seu sucessor.”) 
B) Prescreve em três anos a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de 
má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição. (GABARITO) 
C) A interrupção da prescrição, em regra, poderá ocorrer quantas vezes forem necessárias. 
(ERRADO. A prescrição só pode ser interrompida UMA vez.) 
D) É defesa, em qualquer hipótese, a renúncia tácita da prescrição, por expressa determinação 
legal. (ERRADO. Art. 191 do CC.: “A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só 
valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a 
renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.”) 
E) Salvo disposição legal em contrário, em regra, aplicam-se à decadência as normas que 
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. (ERRADO. Art. 207 do CC.: “Salvo 
disposição legal em contrário, NÃO se aplicam à decadência as normas que impedem, 
suspendem ou interrompem a prescrição.”) 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2007. Banca: FCC. Órgão: TRF - 4ª REGIÃO. Prova de Analista Judiciário - Área 
Judiciária. 
Mário é proprietário de um imóvel urbano que locou a Maria. Esta, por sua vez, ali se 
estabeleceu com uma hospedaria. Maria não vem efetuando o pagamento dos aluguéis para 
Mário porque muitos de seus hóspedes não estão efetuando o pagamento da hospedagem. De 
acordo com o Código Civil, a pretensão de Mário relativa à cobrança dos aluguéis do prédio 
urbano, e a de Maria relativa ao pagamento das despesas de hospedagem, prescrevem, 
respectivamente, em 
A) um ano e três anos. 
B) dois e quatro anos. 
C) três anos e um ano. (GABARITO) 
D) quatro e dois anos. 
E) cinco e três anos. 
 
QUESTÃO: Ano: 2007. Banca: FCC. Órgão: TRF - 4ª REGIÃO. Prova de Analista Judiciário - Área 
Judiciária. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, a pretensão de cobrança de dívidas líquidas 
constantes de instrumento público ou particular e a pretensão do vencedor para haver do 
vencido o que despendeu em juízo prescrevem em 
A) dois anos. 
B) três anos. 
C) cinco anos. (GABARITO) 
D) dois e três anos, respectivamente. 
E) cinco e três anos, respectivamente. 
 
QUESTÃO: Ano: 2006. Banca: FCC. Órgão: TRT - 20ª REGIÃO (SE). Prova de Técnico Judiciário - 
Área Administrativa. 
A respeito da prescrição é correto afirmar: 
A) A prescrição iniciada contra uma pessoa cessa com sua morte e não continua a correr contra 
o seu sucessor. (ERRADO. Art. 196 do CC.: “A prescrição iniciada contra uma pessoa 
CONTINUA A CORRER CONTRA O SEU SUCESSOR”) 
B) A interrupção da prescrição ocorrerá tantas vezes quantas forem as causas interruptivas 
incidentais. (ERRADO. Só poderá ocorrer a interrupção da prescrição somente UMA vez - Art. 
202 o CC.) 
C) Os prazos prescricionais podem ser alterados por acordo das partes. (ERRADO. Art. 192 do 
CC.: “Os prazos de prescrição NÃO podem ser alterados por acordo das partes”) 
D) A interrupção da prescrição produzida contra o devedor principal prejudica o fiador. 
(GABARITO. Art 204 CC§ 3º: “A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o 
fiador".) 
E) A prescrição ocorrerá em 20 anos quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. (ERRADO. 
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.) 
 
QUESTÃO: Se Tício bater no carro de Malvio, este tem o direito de no prazo de 3 anos acionar o 
poder judiciário com a pretensão sobre Tício. 
CERTO. Reparação de dano/Reparação civil: 3 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Você tem uma dívida que já prescreveu (uma dívida prescrita), você tem a obrigação 
de pagar essa dívida? 
Sim. Você não pode ser cobrado judicialmente, mas você não se livra da obrigação. Essa 
obrigação, quando ela poderia ser cobrada em juízo, era denominada de obrigação civil, mas 
quando passa o prazo de prescrição, apenas muda o nome para obrigação natural. Quando 
você paga uma dívida prescrita ocorre a retenção do pagamento (soluti retentio), por isso vc 
não pode ajuizar para pegar o dinheiro de volta do pagamento da dívida prescrita. 
 
QUESTÃO: Ano: 2007. Banca: VUNESP. Órgão: OAB-SP. Prova de Exame de Ordem - 1 - 
Primeira Fase. 
Sobre prescrição e decadência, assinale a alternativa errada. 
A) Exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão. (CERTA AFIRMAÇÃO, é o que está 
escrito no artigo 190 do código civil. A exceção é um tipo de defesa, assim como a contestação 
é uma defesa. Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. 
B) É permitida por lei - ainda que dentro do lapso - a renúncia à prescrição, feita pelo devedor. 
(ERRADA AFIRMAÇÃO, E POR ISSO É O GABARITO DA QUESTÃO. Art. 191, CC: “A renúncia da 
prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois 
que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, 
incompatíveis com a prescrição.”) 
C) Se, após o vencimento da dívida, credora e devedor se casam, ocorre a suspensão do prazo 
prescricional. (CERTA AFIRMAÇÃO) 
D) Protesto cambial interrompe o prazo prescricional. (CERTA AFIRMAÇÃO. É o que está escrito 
no artigo 202, III do CC.) 
 
QUESTÃO da OAB de 2006. 
A renúncia à prescrição não poderá se dar 
a) tacitamente (ERRADO, pode ser de forma expressa ou de forma tácita. Um exemplo de forma 
tácita é quando alguém paga uma dívida prescrita, sem assinar nada ou avisar expressamente 
ou legalmente que vai pagar) 
b) previamente (CERTO.) 
c) com prejuízo de terceiros (CERTO também. A questão foi anulada) 
d) após a consumação da prescrição (ERRADO, porque a renúncia da prescrição só poderá ser 
feita após a consumação da prescrição) 
 
QUESTÃO: Existe prazo geral de decadência? 
Não! Existe prazo geral de prescrição, que é de 10 anos, que será aplicado caso o caso concreto 
não esteja previsto em lei um prazo menor. 
 
QUESTÃO: Ano: 2007. Banca: VUNESP. Órgão: OAB-SP. Prova de Exame de Ordem. Primeira 
Fase. 
A perda do direito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do titular no prazo 
determinado por lei vinculam-se, respectivamente, aos conceitos de 
A) decadência e prescrição. (GABARITO) 
B) prescrição e decadência. 
C) omissão e ato ilícito. 
D) ação e omissão. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2012. Banca: AOCP. Órgão: TCE-PA. Prova de Assessor Técnico de 
Procuradoria. 
De acordo com o Código Civil, no que se refere à invalidade dos negócios jurídicos, assinale a 
alternativa correta. 
A) É anulável o negócio jurídico quando for preterida alguma solenidade que a lei considere 
essencial para a sua validade. (ERRADO. Art. 166: “É nulo o negócio jurídico quando V - forpreterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade”) 
B) É nulo o negócio jurídico quando houver vício resultante de erro, dolo, coação, estado de 
perigo, lesão ou fraude contra credores. (ERRADO. Art. 171: “Além dos casos expressamente 
declarados na lei, é anulável o negócio jurídico II - por vício resultante de erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”) 
C) O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do 
tempo. (CERTO: Art. 169: “O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem 
convalesce pelo decurso do tempo”) 
D) É de cinco anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, 
contados, no caso de coação, do dia em que ela começar. (ERRADO. Art. 178. É de quatro anos 
o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se 
realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.) 
E) A invalidade do instrumento induz a do negócio jurídico ainda que este possa provar-se por 
outro meio. (ERRADO. Art. 183: “A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico 
sempre que este puder provar-se por outro meio”) 
COMENTÁRIO: Art. 166: É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida (esquecida; desprezada) alguma solenidade que a lei considere essencial para a 
sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.” 
Art. 167: “É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for 
na substância e na forma.” 
 
QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: FAURGS. Órgão: TJ-RS. Prova para Juiz de Direito Substituto 
(Reduzida) 
É lícito ao juiz, independentemente da fase em que se encontra o processo, pronunciar a 
prescrição ou a decadência sem a oitiva prévia das partes, por se cuidar de matéria que lhe é 
dado decidir de ofício. 
ERRADO. 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: STM. Prova para Analista Judiciário - 
Área Judiciária. 
Nas obrigações de prestações sucessivas, a quitação da última parcela acarreta a presunção 
absoluta de que as anteriores foram pagas. 
ERRADO, porque quando há a quitação da última parcela acarreta realmente a presunção de 
que as anteriores foram pagas, mas é uma presunção relativa e não absoluta. Art. 322 do CC.: 
Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em 
contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: SELECON. Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT. 
P é surpreendido por veículo automotor conduzido por Z., sendo que o condutor estava 
comprovadamente sob efeito de álcool. Houve a devida abertura de inquérito criminal, que 
gerou ação penal em curso. O evento ocorreu há mais de cinco anos e não houve sentença no 
processo criminal. Nos termos do Código Civil, não correrá a prescrição antes da respectiva: 
A) decisão de admissão 
B) sentença interlocutória 
C) sentença definitiva (GABARITO) 
D) decisão do tribunal 
COMENTÁRIO: Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo 
criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

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