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Laserterapia

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LaserterapiaLaserterapia
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ts.
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C7
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https://elements.envato.com/pt-br/man-in-protective-eyeglasses-during-a-laser-therap-WDF6EBK
https://elements.envato.com/pt-br/woman-on-laser-hair-removal-procedure-VM8MGFZ
Laserterapia
— 2 — 
Sobre a Faculdade 
Propósito
• Transformar a vida do profissional da Saúde para o melhor.
Missão
• Nossa missão é impulsionar o desenvolvimento pessoal e profissional desses espe-
cialistas, capacitando-os com conhecimentos avançados e técnicas inovadoras.
Visão
• Proporcionar educação de excelência nos campos da Saúde, Estética e Bem-Es-
tar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e inter-
nacional.
Valores
• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando 
mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da 
empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo.
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu-
lamentações e legislações vigentes.
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons 
relacionamentos.
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de 
justificar as nossas ações e decisões.
Copyright© Nepuga – 2023 - Todos os direitos reservados. 
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio, 
seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc, sem a permissão por escrito da Instituição.
Laserterapia
— 3 — 
Caro aluno,
Nessa disciplina você terá contato com equipamentos de Laserterapia direciona-
dos para tratamentos de disfunções estéticas.
Serão abordadas teoria e interações da luz com o tecido biológico, forma de apli-
cação, indicações, contraindicações, possíveis intercorrências e combinação de al-
gumas terapias. Dessa forma, os equipamentos estão divididos em:
• Laser de alta potência: Laser de diodo, Laser Er:YAG, Laser Nd:YAG, Laser de CO2 
entre outros;
• Laser de baixa potência e emissores de luz por diodo (LEDs): azul, vermelho, infra-
vermelho, âmbar;
• Outras fontes de luz: Luz Intensa Pulsada (LIP).
Tenha um excelente estudo!
Laserterapia
— 4 — 
Su
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1. Introdução de conceitos fundamentais ................................................................................6
1.1 Revisão sobre pele e seus anexos ......................................................................................6
1.2 Revisão sobre fototipos e processo de envelhecimento ................................. 11
2. LASER: Introdução e aspectos históricos .............................................................................14
2.1 Definição de LASER e conceitos físicos ..........................................................................15
2.2 Biofísica dos Lasers: Princípios de óptica ...................................................................18
2.3 Composição de um equipamento de LASER ........................................................ 20
2.4 Características do feixe de luz LASER ...........................................................................22
2.5 Efeitos biológicos da interação LASER e tecidos .................................................23
2.6 Modos de emissão do feixe de luz LASER ..................................................................27
2.7 Aplicações clínicas na Biomedicina Estética e Saúde Estética .............. 30
2.8 Biossegurança no uso de LASERs ................................................................................... 30
3. Laser de baixa potência, LEDs e terapia fotodinâmica .......................................... 34
3.1 Mecanismo de ação ................................................................................................................. 36
3.2 Indicações da Fototerapia .................................................................................................. 39
3.3 Efeitos colaterais e contraindicações ........................................................................40
3.4 Aplicação e cuidados durante a fototerapia .......................................................40
4 Luz Intensa Pulsada (LIP) ..................................................................................................................41
4.1 Fundamentação teórica e componentes da Luz Intensa Pulsada .........41
4.2 Seleção do comprimento de onda na LIP ............................................................... 42
4.3 Diferenças entre LIP e LASER ............................................................................................... 43
4.4 Indicações da LIP ........................................................................................................................44
4.5 Contraindicações absolutas e relativas do uso da LIP .................................45
4.6 Cuidados durante a aplicação de LIP ........................................................................45
4.7 Efeitos adversos e intercorrências no uso de LIP ...............................................46
5. LASER de alta potência .................................................................................................................... 47
5.1 LASER para epilação: LASER de diodo ........................................................................... 47
5.2 Remoção de tatuagens utilizando LASER ................................................................ 52
5.3 LASER de CO2 fracionado ......................................................................................................55
Laserterapia
— 5 — 
Su
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6. Novas tecnologias: Jato de Plasma e Eletrocautério ..............................................59
6.1 Definições ..........................................................................................................................................60
6.2 Mecanismos de geração do plasma ...........................................................................61
6.3 Indicações .......................................................................................................................................63
6.4 Contraindicações ......................................................................................................................64
6.5 Cuidados pré e pós-procedimento com eletrocautério ............................64
Referências bibliográficas .................................................................................................................65
Laserterapia
— 6 — 
1. Introdução de conceitos fundamentais 
1.1 Revisão sobre pele e seus anexos
O objetivo dessa apostila é fornecer um melhor entendimento sobre equipamen-
tos de LASER e outras fontes de luz, como Luz Intensa Pulsada e emissores de luz por 
diodo, e a forma como interagem com a pele. Para isso, será abordado primeiramen-
te uma revisão sobre conceitos fundamentais para compreensão deste capítulo.
Todos os organismos possuem um envoltório (tegumento), com função de pro-
teção, delimitação de sua forma e controle de entrada e a saída de diferentes subs-
tâncias. As funções da pele incluem: proteção contra agressões físicas, químicas e 
biológicas; proteção contra radiação ultravioleta (UV) dos raios solares; formação de 
vitamina D; termorregulação e perda de água; secreção de ferormônios; percepção 
e sensibilidade; defesa imunológica. As células da epiderme incluem os melanócitos, 
células de Langerhans e células de Merkel (FARIA, 2011).
A pele é composta pela combinação de quatro tecidos associados à estruturas 
denominadas anexos da pele. Dessa forma, temos a divisão da pele em epiderme, 
derme e hipoderme (Figura 1). Além disso, a hipoderme repousa sobre camadas de 
músculo estriado esquelético que se liga ao tecido ósseo. Na derme tambémencon-
tramos músculo liso associado ao pelo (músculo eretor do pelo). O tecido nervoso 
também está associado à pele através de terminações nervosas livres (dor, calor, 
pressão) até estruturas especializadas, como os corpúsculos de Meissner e Pacini, 
que são receptores de tato e de pressão (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
Figura 1. Representação esquemática da organização da estrutura da pele e seus anexos. Adaptado de (NISHIDA, 
2006).
Laserterapia
— 7 — 
Ao se trabalhar com equipamentos de LASER e outras fontes de luz deve-se ter 
atenção aos fototipos de pele e estado de bronzeamento da mesma. Células deno-
minadas melanócitos sintetizam o pigmento melanina, que é responsável por carac-
terizar a tonalidade de pele observada em cada fototipo. A melanina é um pigmento 
marrom-escuro que tem como função a proteção da pele da radiação ultravioleta. 
Os melanócitos têm origem de células das cristas neurais. Essas células são loca-
lizadas na camada basal ou espinhosa, ou abaixo da camada basal (Figura 2), e 
apresentam morfologia celular globosa de onde se originam prolongamentos que se 
dirigem à superfície da epiderme, penetrando por entre as células da camada basal 
e espinhosa (FARIA, 2011).
Figura 2. Representação de melanócitos e sua localização na camada basal da epiderme. Adaptado de (FARIA, 
2011).
Os prolongamentos celulares dos melanócitos têm a capacidade de transferir 
a melanina sintetizada por essas células para o interior de células epiteliais, onde o 
pigmento se acumula na região supranuclear. Os grânulos de melanina deposita-
dos formam uma barreira de proteção contra a ação danosa dos raios UV sobre o 
ácido desoxirribonucleico (DNA) das células. A síntese de melanina ocorre no interior 
dos melanócitos e ocorre devido à ação da enzima tirosinase, que é sintetizada no 
retículo endoplasmático rugoso e no aparelho de Golgi e armazenada em vesículas 
no citoplasma dos melanócitos (Figura 3). Essas vesículas são denominadas de pré-
-melanossomos dentro deles se inicia a síntese de melanina (FARIA, 2011; OLIVEIRA; 
Laserterapia
— 8 — 
JUNIOR, 2003). Em presença de oxigênio molecular, a tirosinase oxida a tirosina em 
dopa (dioxifenilalanina) e está em dopaquinona. A partir desse momento, a presença 
ou ausência de cisteína determina o rumo da reação para síntese de eumelanina ou 
feomelanina (MIOT et al., 2009).
Figura 3. Representação da ultraestrutura de um melanócito, ilustrando a síntese de melanina. Retirado de (FA-
RIA, 2011).
A eumelanina é um polímero marrom, alcalino e insolúvel e a feomelanina é um 
pigmento alcalino, solúvel e amarelado. Pigmentos semelhantes à feomelanina, no 
entanto, podem ser estruturalmente derivados da eumelanina, assim como esta pode 
ser oxidada, na presença de íons metálicos, resultando em um pigmento solúvel e 
mais claro. Outro pigmento sulfurado, derivado da feomelanina, pode ser encontrado 
em pequenas quantidades nos cabelos humanos vermelhos, é denominado tricro-
mo. A eumelanina absorve e dispersa a radiação UV, atenuando sua penetração na 
pele e reduzindo os efeitos nocivos do sol. Em outras palavras, indivíduos com maior 
pigmentação tendem a se queimar menos e bronzeiam mais do que indivíduos de 
fototipos mais baixos (THODY; GRAHAM, 1998). Por outro lado, a feomelanina tem um 
grande potencial em gerar radicais livres, em resposta à radiação UV, já que são 
capazes de causar danos ao DNA, dessa forma, podendo contribuir para os efeitos 
Laserterapia
— 9 — 
fototóxicos da radiação UV. Isto explica o porquê de as pessoas com pele clara, as 
quais contêm relativamente altas quantidades de feomelanina, apresentarem um 
risco aumentado de dano epidérmico, induzido por ultravioleta, inclusive neoplasias 
(ITO, 2003; THODY; GRAHAM, 1998; WAGNER et al., 2002).
A radiação UV do sol pode ativar os melanócitos, com consequente bronzeamen-
to inicial da pele. A exposição crônica aos raios solares pode causar danos perma-
nentes e até o desenvolvimento de neoplasias. Hormônios também podem estimular 
a produção de melanina, com consequente hiperpigmentação que ocorre durante o 
período gestacional (FARIA, 2011).
As glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, unhas e os pelos são denomina-
dos estruturas anexas da pele. Nesta apostila abordaremos unicamente a estrutura 
do pelo, pois apresenta importância para aplicação em epilação a LASER ou utilizan-
do Luz Intensa Pulsada (LIP). Os pelos são estruturas alongadas e queratinizadas pre-
sentes em quase toda a superfície do corpo humano, com exceção de lábios, glande, 
região urogenital, palmas das mãos e planta dos pés. Há dois tipos de pelos: os velos, 
pelos curtos não pigmentados e muito finos, estão distribuídos por toda a superfície 
do corpo; e os pelos terminais longos que são grossos e pigmentados, estes são en-
contrados em regiões específicas como púbis, face, axila, pálpebras, couro cabelu-
dos, braços e pernas (FARIA, 2011).
Os pelos são formados a partir de uma invaginação da epiderme denominada 
folículo piloso, que se aprofunda na derme (Figura 4). Em um pelo em crescimento, 
o folículo piloso apresenta dilatação em sua extremidade terminal formando a es-
trutura denominada bulbo piloso (ou bulge). No centro dessa estrutura existe uma 
papila dérmica na qual se encontram capilares sanguíneos que vão nutrir o bulbo. 
As células do centro da raiz do pelo originam a medula do pelo. As células laterais da 
raiz formam o córtex do pelo constituído por células queratinizadas e compactadas. 
As células mais periféricas da raiz formam a cutícula do pelo. Ainda, as células perifé-
ricas do bulbo do folículo piloso formam duas bainhas epiteliais, sendo que, a bainha 
interna persiste até a região em que o duto das glândulas sebáceas desemboca no 
folículo. Os feixes musculares do músculo eretor do pelo se inserem nas papilas dér-
micas. Quando o músculo se contrai, desloca o folículo e o pelo para uma posição 
mais perpendicular à superfície da pele (FARIA, 2011; IBRAHIMI et al., 2011; SISTER, 2011).
Os pelos são pigmentados devido à presença de melanócitos que se localizam 
entre as células epiteliais da raiz do pelo e produzem melanina, como ocorre na epi-
derme. Com a idade, os melanócitos dos folículos pilosos podem ser danificados e 
morrer, ou parar de produzir melanina. Dessa forma, aparecem os pelos brancos (FA-
RIA, 2011; OLIVEIRA; JUNIOR, 2003).
Laserterapia
— 10 — 
Figura 4. Representação de uma unidade pilossebácea (folículo piloso e glândula sebácea associada). Adap-
tado de (IBRAHIMI et al., 2011).
O pelo apresenta as seguintes fases de desenvolvimento: anágena, catágena e te-
lógena (Figura 5). Para que um novo pelo seja produzido os folículos passam por ciclos 
de rápido crescimento (fase anágena), regressão (fase catágena) e repouso (fase te-
lógena). Essas transformações são controladas por alterações hormonais e padrão de 
expressão/produção de citocinas, neurotransmissores, receptores, fatores de transcri-
ção e proteínas de sinalização do próprio folículo piloso (KRAUSE; FOITZIK, 2006).
Figura 5. Fases de desenvolvimento do pelo. O pelo apresenta as seguintes fases de desenvolvimento: anágena 
catágena e telógena. Retirado de (PHANDYS SAFE COSMETICS, 2017).
Laserterapia
— 11 — 
1.2 Revisão sobre fototipos e processo de envelhecimento
A coloração da pele depende de uma combinação de vários fatores, compre-
endendo espessura do estrato córneo até quantidade de pigmentos existentes. Em 
1975, Fitzpatrick classificou a pele humana em seis tipos de acordo com a coloração 
e etnia (Tabela 1) (FITZPATRICK, 1988).
Tabela 1. Classificação dos fototipos de pele propostos por Fitzpatrick. Fototipo Coloração Eritema Bronzeamento 
Sensibilidade
Fototipo Coloração Eritema Bronzeamento Sensibilidade
I Branca Sempre Nunca Muito sensível
II Branca Sempre Às vezes Sensível
III Morena clara Moderado Moderado Normal
IV Morena moderada Pouco Sempre Normal
V Morena escura Raro Sempre Pouco sensível
VI Negra Nunca Pele muito pigmentada Insensível
Retiradode (GUIRRO; GUIRRO, 2003)
Durante a aula prática recomendamos fortemente que utilize a Tabela 2 para 
classificação de fototipos e correta escolha de parâmetros nos equipamentos de LA-
SER utilizados durante a aula prática.
Laserterapia
— 12 — 
Tabela 2. Questionário para classificação de fototipos para uso em aula prática.
Nome do Paciente:
Pontuação 0 1 2 3 4
Qual a cor dos olhos? Azul Claro
ou cinza Azul ou verde Castanho claro 
ou mel
Castanho 
escuro
Marrom escuro 
ou preto
Qual a cor natural dos
cabelos?
Vermelhos ou
avermelhados Loiro Loiro escuro ou 
castanho claro Marrom escuro Preto
Qual é a cor da sua pele? 
(partes expostas ao sol) Avermelhada Bem pálida Pálida com 
bege Marrom claro Marrom escuro 
ou preto
Você tem sardas em áreas 
expostas ao sol? Várias Muitas Poucas INCIDENTAIS? Nenhuma
O que acontece se ficar muito 
tempo exposto ao sol?
Vermelhidão, 
dor, bolhas e 
descamação
Bolhas
seguidas de 
descamação
Queima, às 
vezes ocorre
descamação
Às vezes 
queima
Nunca queima 
muito
A que grau você fica
bronzeado?
Nada ou quase 
nada
Bronzeamento 
leve
Bronzeado 
razoável
Bronzeia muito 
fácil
Escurece bem 
rápido
Você fica bronzeado após 
muitas horas de sol? Nunca Raramente De vez em 
quando Geralmente Sempre
Como seu rosto responde ao 
sol? Muito sensível Sensível Normal Bem resistente Nunca teve
problemas
Quando você se expõe ao sol 
ou mesa de bronzeamento 
pela ultima vez?
Há mais de
3 meses 2 -3 meses 1 -2 meses Há mais de
1 mês
Há mais de
2 semanas
Com que frequência a área 
que você quer tratar é exposta 
ao sol?
Nunca Raramente De vez em 
quando Geralmente Sempre
TOTAL
Some as colunas assinaladas e verifique o resultado. A pontuação corresponde ao fototipo de pele.
Pontuação ESCALA FITZPATRICK
0-7 I
08-16 II
17-25 III
26-30 IV
Acima de 30 V
Cada tipo de pele necessita de um tratamento específico e o uso de produtos ade-
quados para a obtenção de um tratamento eficaz com resultados satisfatórios. Um 
paralelo que pode ser feito em relação aos fototipos é que quanto mais baixo for o 
fototipo, maior será o grau de envelhecimento cutâneo precoce (DE MAIO; MAGRI, 2011).
Laserterapia
— 13 — 
Envelhecer, apesar de ser um processo fisiológico de qualquer ser vivo, é degene-
rar do ponto de vista da biologia. Este processo significa compensar degenerações 
e insuficiências orgânicas. No processo de envelhecimento observa-se flacidez de 
pele, diminuição do coxim gorduroso, hipercinese muscular e desgaste ósseo. Estes 
processos produzem cada dez mais um aspecto desfavorável na estética facial (DE 
MAIO, 2011). O envelhecimento cutâneo pode ser dividido em envelhecimento intrínse-
co e fotoenvelhecimento (extrínseco). Durante o processo de envelhecimento, a pele 
sofre alterações genéticas e ambientais (Figura 6). As alterações ambientais são de-
correntes, principalmente, à exposição a radiação UV. Esse comportamento afeta a 
derme, sendo que, inicialmente há redução da espessura da derme a partir dos 50 
anos de idade em ambos os gêneros (feminino e masculino). É observada também a 
substituição de feixes finos de colágeno por uma mistura de água e glicosaminogli-
canos na derme papilar, especialmente na pele com fotoenvelhecimento (DE MAIO; 
MAGRI, 2011; DE RIGAL et al., 1989).
As principais alterações morfológicas macroscópicas associadas ao envelhe-
cimento são: ressecamento, aparecimento de rugas, flacidez, pigmentação irregu-
lar. Sendo que, a aparência clínica de uma pele envelhecida de forma intrínseca é 
atrófica com vascularização proeminente, transparência e perda de elasticidade (DE 
MAIO, 2011).
Figura 6. Envelhecimento durante as diferentes décadas de vida. Notar que a complexidade de alterações mor-
fológicas ocorre em diversos planos faciais da pele ao arcabouço ósseo. Retirado de (DE MAIO, 2011).
Em conjunto, a análise estética do envelhecimento pode ser realizada pelo estu-
do das bases de modelo anatômico de cada indivíduo. Dessa forma, a correta sele-
ção do procedimento estético mais apropriado deve ser baseada na relação risco 
e benefício para o cliente. Além disso, o profissional esteta deve conceder ao cliente 
informação correta e limitações de cada procedimento. O uso adequado de deter-
minadas terapias, individuais ou associadas, produz o efeito estético de satisfação 
desejado.
Laserterapia
— 14 — 
2. LASER: Introdução e aspectos históricos 
A luz LASER revelou-se uma ferramenta extremamente versátil, com aplicações 
em diagnóstico, tratamentos e terapias médicas, sendo também utilizados como 
ferramentas em procedimentos como cirurgias, onde são utilizados como bisturi, até 
a cicatrização de feridas. Apesar de o LASER ter sido desenvolvido em 1960, a física 
de seu princípio de funcionamento foi desenvolvida nas duas primeiras décadas do 
século XX com o desenvolvimento da teoria quântica por Niels Bohr. (PAULO; NETO; 
FREIRE JÚNIOR, 2017).
A explicação do efeito de emissão estimulada foi dada por Albert Einstein em 
1917. Quando os elétrons em um átomo estão no estado de maior energia, conhecido 
também como estado excitado, eles podem mudar para o estado de menor energia 
de duas maneiras. Eles podem emitir energia espontaneamente, ou eles podem ser 
estimulados a emitir radiação e mudar para o estado de menor energia. A primeira 
pessoa a pensar em usar emissão estimulada para gerar luz foi Valentim Fabrikant, 
um físico da União Soviética, no final da década de 1930, mas ele não conseguiu criar 
uma forma eficiente de obter uma inversão de população e não chegou a elaborar 
um ressonador. (PAULO; NETO; FREIRE JÚNIOR, 2017).
Em 1951, Charles Townes teve a ideia de como obter inversão de população para 
fazer um gerador de microondas usando emissão espontânea. E em 1954 foi criado o 
dispositivo MASER (Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation), ob-
tido através da amplificação de micro-ondas. Por volta de 1957, os físicos começaram 
a considerar a possibilidade de fazer um MASER que amplificasse a luz, ou seja, um LA-
SER. No ano seguinte, Charles Townes e seu colaborador Arthur Schawlow discutiram 
algumas possibilidades de criar o que eles chamaram de maser óptico em um artigo 
que se tornou um clássico da física de LASERs, sendo considerado como o salvo que 
deu a largada da corrida para operar o primeiro LASER (SCHAWLOW; TOWNES, 1958).
O vencedor da corrida foi um engenheiro norte-americano, Theodore Maiman, 
em 1960. Maiman criou o primeiro aparelho de LASER através de uma montagem sur-
preendentemente simples, feita de um bastão de rubi colocado no centro de uma 
lâmpada de flash. E assim foi criado o LASER de rubi (MAIMAN, 1960).
O LASER não foi uma invenção de um único homem e a história do desenvolvi-
mento do LASER pode ser vista como uma competição transnacional entre homens 
comprometidos com ideologias opostas que resultou em um empreendimento cole-
tivo para criar um dos dispositivos mais extraordinários já inventados (PAULO; NETO; 
FREIRE JÚNIOR, 2017).
Laserterapia
— 15 — 
2.1 Definição de LASER e conceitos físicos
LASER é um acrônimo do inglês de Light Amplification by Stimulated Emission of 
Radiation, sendo traduzido para o português por amplificação da luz por emissão es-
timulada de radiação. Em termos práticos, chamamos de LASER qualquer dispositivo 
e/ou aparelho que geram radiação eletromagnética com características próprias e 
com feixe de luz único (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016; WETTER, 2011).
Para uma melhor compreensão dos equipamentos e técnicas utilizados em La-
serterapia é fundamental uma breve descrição de alguns conceitos físicos funda-
mentais.
Luz: é uma onda de radiação eletromagnética que transporta energia em quanta, 
conhecida como fótons.
De modo geral, quando um feixe de luz atinge um corpo qualquer ocorre um bom-
bardeamento de átomos da matéria que compõem esse corpo com fótons. Uma vez 
que, esses fótons atingem os elétrons, fazem estes se deslocarem de sua camada or-
bital e se destacarem a uma órbita com maior nívelenergético. Essa migração torna 
o átomo instável, sendo que, o elétron retorna para sua camada orbital original resta-
belecendo o estado de equilíbrio energético do átomo. Ao retornar à sua órbita origi-
nal, o elétron denominado em estado excitado, produz um quanta (fóton) de energia, 
que é dissipada em forma de calor ou de luz por meio da emissão de um novo fóton 
(PIROLA; GIUSTI, 2010).
Comprimento de onda: é a distância (em metros ou submúltiplos) entre duas cris-
tas ou dois vales consecutivos de uma onda eletromagnética. Geralmente, é caracteri-
zado pela letra grega λ. É interessante notar que quanto menor o comprimento de uma 
onda, maior será sua fluência. Isso ocorre de acordo com a Teoria de Planck, as emis-
sões de maior frequência são mais energéticas (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2006). A 
Figura 7 ilustra uma onda eletromagnética e seu respectivo comprimento de onda.
Figura 7. Representação esquemática de uma onda eletromagnética. A letra grega λ representa o comprimento 
de onda. Retirado de (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016).
λ
Laserterapia
— 16 — 
Espectro eletromagnético – luz visível: o espectro eletromagnético compreende 
energias eletromagnéticas de diferentes comprimentos de onda, como representado 
na Figura 8. Podemos observar que os LASERs no espectro visível representam apenas 
uma pequena parte de todo o espectro eletromagnético.
Figura 8. Representação esquemática de diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético. Ob-
serve que os equipamentos de LASER que operam com comprimentos de onda do espectro da luz visível e infra-
vermelho são radiações não ionizantes. Adaptado de (PIROLA; GIUSTI, 2010).
Resumidamente o espectro eletromagnético pode ser dividido em duas faixas: 
visível e invisível. Dessa forma, o espectro correspondente à luz visível é a porção do 
espectro eletromagnético que pode ser detectada pelo olho humano. As radiações 
eletromagnéticas cujos comprimentos de onda pertencem a essa porção são de-
nominadas luz visível. A Tabela 3 ilustra comprimentos de onda da luz visível e suas 
respectivas cores.
Tabela 3. Referência do espectro de comprimentos de onda da luz visível e suas respectivas cores.
Cor Comprimento de onda (nm)
Violeta 380 a 450
Azul 450 a 495
Verde 495 a 570
Amarelo 570 a 590
Laranja 590 a 620
Vermelho 620 a 750
Adaptado de (PIROLA; GIUSTI, 2010)
Laserterapia
— 17 — 
O espectro da luz visível, apresentado na Figura 8, pode ser observado quando 
um feixe de luz branca é incidido sobre um prisma. Ocorre refração da luz e decom-
posição nos diferentes comprimentos de onda apresentados na Tabela 3 (PIROLA; 
GIUSTI, 2010).
Potência: é a quantidade de energia liberada por segundo, sendo medida em 
Watts (W) e equivale a 1,0 Joule (J) por segundo (s). Dessa forma, 1,0 W = 1,0 J/s. A 
potência pode ser definida pela seguinte fórmula:
Potência(W) = 
Energia(J)
Tempo(s)
Energia: é a quantidade de potência entregue ao tecido em um dado intervalo de 
tempo, sendo medida em J. É importante notar que este parâmetro governa a res-
posta térmica do tecido. A energia é calculada pela seguinte fórmula:
Energia (J) = Potência(W) X Tempo(s)
Fluência/Dose: é a quantidade de energia (J) liberada sobre uma área (cm2), 
sendo expressa em J/cm2. Quanto maior a fluência, mais rápido ocorrerá o aumento 
da temperatura no tecido e, consequentemente, a intensidade do efeito desejado. A 
fluência é dada pela seguinte fórmula:
Fluência ( J ) = Energia(J) X Área (cm2)cm2
Tempo de exposição: é o tempo que o tecido irradiado será exposto ao LASER ou 
fonte de luz. Dessa forma, para uma mesma fluência é a variação do tempo de expo-
sição (duração de pulso) que irá determinar o grau de injúria de uma determinada 
estrutura-alvo (cromóforo). Para controlar essa injúria, é necessário controlar tam-
bém o tempo de resfriamento do alvo. Consegue-se um aquecimento mais seletivo 
da estrutura-alvo quando a energia é aplicada em uma taxa maior do resfriamento 
da estrutura-alvo (PIROLA; GIUSTI, 2010).
Tempo de relaxamento térmico (TRT): é o tempo necessário para que a estrutu-
ra-alvo irradiada pelo LASER perca 50% do calor pelo processo de dissipação térmica. 
Na prática, se a duração do pulso for menor ou igual ao TRT, menor será a dissipação 
de energia para as estruturas adjacentes (Figura 9). Isto resultará em menor risco de 
intercorrências. O tempo de relaxamento da melanina da epiderme é de 3 a 10 ms, 
enquanto que o da melanina do folículo piloso é de 40 a 100 ms (HEE LEE et al., 2006; 
KUAVAR; HRUZA, 2005).
Laserterapia
— 18 — 
2.2 Biofísica dos Lasers: Princí-
pios de óptica
A luz é uma forma de energia gerada, 
emitida ou absorvida por átomos ou mo-
léculas. Um átomo emite energia quando 
seu nível de excitação molecular é ele-
vado acima de seu estado natural de re-
pouso, no qual existe excesso de energia 
para ser descarregada. Os átomos não 
conseguem se manter de forma estável 
em um nível energético alto. A consequ-
ência é que o excesso de energia é libe-
rado na forma de emissão de partículas 
denominados fótons (pacotes de ondas 
luminosas). Esta é a definição do fenômeno emissão espontânea da luz ou decaimento 
espontâneo (BOECHAT, 2017a). Einstein descreveu teoricamente que um átomo absor-
ve um fóton incidente e o reemite após um certo tempo (emissão espontânea), mas 
que também esse mesmo átomo deve reemitir seu fóton absorvido se um segundo fó-
ton interage com ele em estado excitado. Dessa forma, o fóton reemitido tem a mesma 
frequência e mesma fase que o fóton que o estimulou (Figura 10) (SISTER, 2011). Essa é a 
definição de emissão estimulada da radiação, e processo pela qual os equipamentos 
de LASER utilizam para geração do feixe de luz LASER.
Figura 10. Representação de níveis energéticos de um átomo. (a) Dois átomos em estado de repouso (estado 
fundamental). (b) Excitação ao estado singlete com absorção de energia. (c) Transição para o estado singlete. 
(d) Um átomo decai espontaneamente ao estado fundamental, emitindo um fóton que estimula o segundo áto-
mo a decair para o estado fundamental. Ambos os fótons (representados por setas amarelas) dos átomos 1 e 2 
têm o mesmo comprimento de onda. Adaptado de (KUAVAR; HRUZA, 2005).
(a)
1
Estado
Singlete (S2)
Ní
ve
is 
de
 E
ne
rg
ia
Estado
Metaestável
(S1)
Estado
Fundamental
Tempo
(b) (c) (d)
2
1 2
1 2
1 2
Figura 9. Imagem representativa da difusão térmica 
após aquecimento seletivo de um alvo. Duração de 
pulso longa promove aquecimento por difusão tér-
mica de estruturas adjacentes, enquanto, duração de 
pulso curta há menor dissipação de energia para as 
estruturas adjacentes. Adaptado de (KUAVAR; HRUZA, 
2005).
Fototermólise seletiva
Difusão térmica
Duração de pulso longa
(mais longa do que o TRT)
Duração de pulso curta
(mais curta do que o TRT)
Laserterapia
— 19 — 
Como representando nas Figuras 10 e 11, os átomos que estão no estado excita-
do tendem a voltar rapidamente para um estado intermediário, denominado estado 
metaestável. Quando um átomo que está em estado metaestável retorna ao estado 
fundamental (inversão de população) ocorre a emissão de um fóton (decaimento 
espontâneo). A emissão estimulada ocorre quando um átomo em estado metaes-
tável é estimulado com outro fóton, retorna ao seu estado fundamental e emite um 
novo fóton. Esse é um princípio básico da física de que dois fótons que vem de níveis 
energéticos idênticos tem o mesmo comprimento de onda, movimentam-se para-
lelamente entre si e em fase um com o outro. O ponto chave para este fenômeno 
ocorra nos equipamentos de LASER é a inversão da população, portanto, devem-se 
ter mais moléculas no estado excitado do que no estado fundamental (SISTER, 2011).
Figura 11. Emissão espontânea e estimulada da radiação. Retirado de (BOECHAT, 2017a).
Órbita do elétron
excitado
Órbita natural
do elétron
Absorção
espontânea
Fóton
Fóton incidente
Fóton
gerado
Emissão
espontânea
Emissão
estimulada
Para ilustrar o mecanismo de geração da luz por um equipamentode LASER, ima-
gine uma caixa retangular contendo uma grande quantidade de átomos idênticos. 
Em cada extremidade da caixa são colocados espelhos refletores paralelos entre si, 
sendo que o espelho de uma extremidade é totalmente refletor, enquanto, o espelho 
localizado na outra extremidade é parcialmente refletor (Figura 12). Os átomos con-
tidos nessa caixa retangular são excitados a um nível energético elevado através de 
uma fonte de energia. De forma aleatória inicia-se o mecanismo de emissão espon-
tânea, os átomos começam a emitir fótons que viajam em várias direções dentro 
da caixa, enquanto, os fótons que viajam paralelos entre si encontram átomos em 
estado excitado e estimulam a emissão de fótons adicionais coerentes com o fóton 
estimulado e viajando na mesma direção. Dessa forma é caracterizado o fenômeno 
de emissão estimulada que ocorre em um equipamento de LASER. Este fenômeno é 
caracterizado por um processo de amplificação luminosa que gera um alto fluxo de 
luz na direção longitudinal da caixa (BOECHAT, 2017a; FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 
2016).
Laserterapia
— 20 — 
Figura 12. Amplificação luminosa e formação do feixe de luz LASER dentro de um ressonador. Observe a reação 
em cadeia produzindo fótons dentro de um equipamento de LASER. Adaptado de (BOECHAT, 2017a).
Fóton incidente
Átomos excitados
M1 – 100%
(1)
M2 – 80%
Fótons estimulados
M1 – 100%
(3)
M2 – 80% M1 – 100%
(3)
M2 – 80%
Feixe de
laser
M1 – 100%
(1)
M2 – 80%
2.3 Composição de um equipamento de LASER
Um equipamento de LASER é composto pelos seguintes itens, como representado 
na Figura 13:
• Meio gasoso, líquido ou sólido que pode ser excitado a emitir luz LASER por emis-
são estimulada da radiação;
• Uma fonte de energia para excitar o meio ativo;
• Espelhos no final do LASER, formando a “cavidade” ou ressonador óptico;
• Sistema de entrega do feixe de luz LASER (BOECHAT, 2017a; FRANCK; HENDERSON; 
ROTHAUS, 2016; SISTER, 2011).
Laserterapia
— 21 — 
Figura 13. Componentes essenciais de um equipamento de LASER. A fonte de energia irá estimular os elétrons de 
um determinado meio que irá liberar fótons, que serão refletidos em um espelho, sendo assim, liberado como um 
feixe de luz colimado. Adaptado de (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016).
Ressonador
óptico
Espelho
Meio ativo
Espelho
parcialmente
refletor
Feixe do
Laser
Fonte de
energia
Os diferentes tipos de LASER que temos disponíveis hoje no mercado são identifi-
cados pelo tipo de material (meio ativo) que é utilizado para o processo de produção 
do feixe de luz LASER, o qual está localizado em sua cavidade (SISTER, 2011). Um exem-
plo é o LASER de CO2 que utiliza o gás dióxido de carbono como meio de produção 
do feixe de luz. Sendo assim, podem classificar os LASERs de acordo com o meio ativo 
utilizado para produção do feixe de luz:
• Sólido: Laser de rubi. Laser Nd:YAG;
• Semicondutor: Laser de diodo (utilizam camadas de material semicondutor, 
como gálio e arsênio);
• Gás: Laser de excímero, Laser de argônio, Laser de CO2;
• Líquido: LASERs de corante ou pulsed dye Laser (PDL). Estes LASERs utilizam com-
plexos orgânicos como corante em solução ou em suspensão.
Por convenção, um LASER é identificado pelo comprimento de onda expresso em 
nanômetros (nm). O Laser de CO2 apresenta comprimento de onda de 10600 nm, en-
quanto, o Laser de rubi apresenta comprimento de onda de 694 nm.
Existem maneiras de modificar o comprimento de onda emitido por um LASER, sen-
do que, a maneira mais simples é dobrando a frequência a sua frequência. Para isso 
é utilizado um cristal assimétrico não-linear que gera um LASER com o dobro de sua 
frequência original. Um exemplo clássico é o LASER Nd:YAG 1064 nm, que tem sua fre-
quência dobrada quando a luz passa por um cristal de KTP (potássio-titânio-fósforo) 
Laserterapia
— 22 — 
colocado dentro da cavidade do LASER, focalizando o feixe para dentro do cristal. Devi-
do à frequência da luz ser inversamente proporcional ao seu comprimento de onda, a 
luz resultante emitida terá o dobro da frequência e metade do comprimento de onda 
original. Dessa forma, o LASER resultante terá 532 nm (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 
2016; SISTER, 2011).
2.4 Características do feixe de luz LASER
Conforme o que foi discutido até o momento na apostila, verificamos que a luz 
gerada por um LASER apresenta propriedades únicas que as diferenciam de outras 
fontes luminosas, como o exemplo da luz incandescente. As características únicas de 
um feixe de luz gerado por um LASER são:
• Monocromático: os raios LASER são monocromáticos na medida em que eles são 
compostos de fótons que todos têm o mesmo comprimento de onda. Isso con-
trasta com uma lanterna, que emite fótons de vários comprimentos de onda. Essa 
característica possibilita a absorção seletiva da energia de um LASER por um cro-
móforo-alvo na pele humana. Estruturas (alvo) com alta capacidade de absor-
ção em determinado comprimento de onda podem ser seletivamente alteradas 
ou destruídas (SISTER, 2011);
• Coerente: os fótons dentro de um raio laser são coerentes, em que as ondas es-
tão em fase em termos de espaço e tempo;
• Colimado: o raio LASER é colimado, na medida em que todos os fótons são para-
lelos entre si. Esse é um resultado direto da coerência espacial e temporal. A con-
sequência disso é que um raio laser pode viajar extremamente longas distâncias 
com distorção mínima. Como resultado, o raio LASER tem uma alta densidade de 
energia (BOECHAT, 2017a; FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016; SISTER, 2011).
Dessa forma, a luz do LASER difere da luz incandescente na forma como os fótons 
estão organizados (Figura 14). Uma lâmpada incandescente irradia luz em todas as 
direções e o feixe de luz é policromático, portanto, existe uma relação direta entre a 
perda da intensidade de energia e a distância da lâmpada (SISTER, 2011). Dessa for-
ma, a luz incandescente possui uma coloração branca ou amarelada, visto que é 
formada por todas as diferentes cores e comprimentos de onda (policromática) da 
porção visível e do infravermelho próximo do espectro eletromagnético. Diferente-
mente da luz LASER, a luz incandescente não é coerente e não é colimada. Por outro 
lado, os fótons de uma luz incandescente ou de um LASER obedecem às mesmas leis 
e princípios que governam a sua interação com a pele humana.
Laserterapia
— 23 — 
Figura 14. Diferenças entre luz incandescente e um feixe de LASER. Adaptado de (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 
2016).
Luz incandescente
Divergente
Não colimado
Policromático
Feixe de Laser
Coerente
Colimado
Monocromático
Outra diferença nas duas fontes de luz está na intensidade do feixe gerado. O 
número de fótons por unidade de área de emissão produzido por um LASER é muito 
maior do que em qualquer outra fonte de luz. Por exemplo, podemos atingir picos de 
potência de 10 a 12 W com alguns LASERs operados no modo pulsado.
2.5 Efeitos biológicos da interação LASER e tecidos
Os LASERs podem ser classificados em relação à sua potência. Dessa forma, LA-
SERs que são operados em potência acima de 1,0 W são classificados como Lasers 
de alta potência. Enquanto, àqueles que são operados abaixo de 1,0 W são classifica-
dos como LASERs de baixa potência. Assim, a potência dos equipamentos de LASER 
pode variar em um amplo espectro com a finalidade de produzir diferentes efeitos 
no tecido biológico. Por exemplo, um LASER de baixa potência pode ser utilizado para 
aquecer suavemente o tecido (calor não perceptível) gerando alterações metabó-
licas. Enquanto que, um LASER de alta potência pode ser utilizado para produzir efei-
tos ópticos não lineares causando destruição nos tecidos (SISTER, 2011). Em relação 
à interação com o tecido biológico, apresentam as mesmas propriedades, uma vez 
que a luz interage com o tecido e sofre absorção, reflexão, dispersão e transmissão 
na superfície irradiada (Figura 15). É importante lembrar que essas interações são 
um fenômeno complexo influenciado não apenas pelos parâmetros selecionadosno 
equipamento de LASER como também pelas propriedades intrínsecas do tecido.
Laserterapia
— 24 — 
Figura 15. Diferentes interações da luz emitida por um equipamento de LASER com a pele. Adaptado de (KUA-
VAR; HRUZA, 2005).
AR
Transmissão
Interação luz-tecido
Reflexão
Absorção
Calor
Dispersão
PELE
As moléculas que absorvem a energia emitida pelo LASER no tecido biológico são 
os cromóforos. As definições das propriedades ópticas da pele são descritas abaixo:
• Absorção: Fóton cede sua energia para o átomo ou para a molécula, que são co-
nhecidos como cromóforo ou estrutura-alvo;
• Reflexão: Quando a luz atinge a pele em um ângulo oblíquo, uma proporção dela 
salta dessa superfície e é redirecionada em uma direção diferente; isso é chama-
do reflexão. Aproximadamente 5% da luz que atinge a superfície;
• Dispersão: Fenômeno importante na derme e ocorre quando o fóton muda sua 
direção de propagação. Na pele humana, as fibras de colágeno são importantes 
no processo de dispersão da luz (SISTER, 2011);
• Transmissão: A luz que não foi absorvida será transmitida para tecido mais pro-
fundo além da estrutura ou tecido alvo. De um modo geral, luz de maior compri-
mentos de onda e um tamanho maior transmite mais profundo nos tecidos (DE 
MAIO; ZEZELL, 2011; FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016; SISTER, 2011).
A probabilidade de ocorrer absorção depende de transições específicas entre 
órbitas eletrônicas ou modos de vibração do átomo do cromóforo-alvo. Dessa for-
ma, os átomos do cromóforo apresentam faixas características de absorção corres-
pondente a certos comprimentos de onda (Figura 16). O espectro de absorção é um 
gráfico que indica a probabilidade da luz ser absorvida por determinado cromóforo. 
A definição de coeficiente de absorção é a probabilidade de um fóton ser absorvido 
por unidade de comprimento do trajeto percorrido, e é expresso em cm-1. O coefi-
ciente de absorção depende da disponibilidade de concentração e profundidade do 
cromóforo, ou seja, cada composto tem um espectro de absorção diferente devido 
Laserterapia
— 25 — 
à sua estrutura única (DE MAIO; ZEZELL, 2011). Sendo assim, os espectros de absorção 
dos cromóforos na pele humana dominam muitas das interações do LASER com o 
tecido.
O comprimento de onda adequado para o uso de um LASER deve ser aproximado 
ao pico de absorção do cromóforo-alvo. Os principais cromóforos na pele humana 
são hemoglobina, melanina e água. A hemoglobina tem uma absorção significativa 
nas porções violeta, azul/verde e amarelo do espetro eletromagnético, sendo que, 
essa absorção começa a diminuir próximo à região do vermelho. Já a água não ab-
sorve energia na porção do espectro visível e tem mínima absorção no infravermelho 
próximo do espectro eletromagnético. Entretanto, a água tem significativa absorção 
acima de 2000 nm (CATORZE, 2009; SISTER, 2011).
Figura 16. Coeficiente de absorção de diferentes cromóforos da pele. Retirado de (CATORZE, 2009).
1.1001.000900800700
Comprimento de onda (nm)
Co
efi
cie
nte
 de
 ab
so
rçã
o l
/cm
2
600500400
1.000 –
511 532 578
Nd:YAG
532 nm
100 –
10 –
1 –
10-1–
Nd:YAG
1.064
melanina
água
desoxihemoglobina
árgon Vapor de cobre
Pulsado corantes
Rubi
proteínas
Alexandrite
hemoglobina
Demais modo geral, há aumento de profundidade de penetração para compri-
mentos de onda mais longos (Figura 17). Os comprimentos de onda mais penetran-
tes se encontram na região do vermelho e perto do infravermelho, entre 600 e 1200 
nm (DE MAIO; ZEZELL, 2011). Por exemplo, o Laser de CO2 apresenta comprimento de 
onda de 10600 nm e penetra aproximadamente 20 a 30 μm na água, sendo excelente 
para vaporização e corte. Enquanto, o Laser de érbio ítrio alumínio granada (Er:YAG) 
penetra apenas 2 a 5 μm, sendo ideal para tratamentos de rejuvenescimento leve a 
moderado.
Laserterapia
— 26 — 
Figura 17. Profundidade de penetração no tecido biológico de alguns LASERs. Retirado de (CATORZE, 2009).
Nd: YAG
532 nm
Corantes
585 nm
Rubi
694 nm
Alex
755 nm
Díodo
800 nm
Nd: YAG
1064 nm
Er: YAG
2940 nm
CO2
10600 nm
HIPODERME
DERME
O efeito terapêutico de um LASER varia em função de: 1) comprimento de onda; 
2) duração do impulso, 3) tamanho, tipo e profundidade do alvo; 4) interação entre a 
luz emitida pelo LASER e o cromóforo (CATORZE, 2009). Dessa forma, dependendo de 
como a luz atua sobre o tecido e o efeito produzido, temos as seguintes interações 
(BOECHAT, 2017b):
• Fototérmica: a energia luminosa é absorvida e transformada em calor, provo-
cando coagulação e/ou vaporização;
• Fotomecânica: rompimento da estrutura-alvo por efeito mecânico.
• Fotoquímica: quebra direta das ligações químicas entre átomos de uma molé-
cula.
• Fotobiomodulação: a luz é emitida para modulação de atividades intracelulares. 
Neste caso são utilizados os LASERs de baixa potência e LEDs.
• Fototermólise seletiva: resulta da combinação de comprimento de onda e dura-
ção de pulso para obtenção do efeito desejado no tecido biológico com preser-
vação do tecido adjacente.
A Figura 18 representa as interações térmicas resultantes da irradiação da pele 
utilizando LASERs de alta potência.
Laserterapia
— 27 — 
Figura 18. Interação térmica da irradiação do LASER com o tecido biológico. Adaptado de (KUAVAR; HRUZA, 2005).
Interação térmica da irradiação do laser com a pele
Temperatura 37-60 ºC
AquecimentoEfeito
Modificação
visual
Modificação
mecânica
60-65 ºC
Desnaturação
da proteína
90-100 ºC
Evaporação
da água
Centenas de ºC
Carbonização Evaporação,
queimadura
Nenhuma
Nenhuma
Clareamento,
aumento da
dispersão
na pele
Desintegração
da estrutura
Dispersão
constante
na pele
Seca e retrai
Escurecimento,
aumento da
absorção
da pele
Danos
graves
Fumaça e
geração
de gás
Ablação
O efeito térmico pode ser classificado de acordo com a faixa de temperatura e 
efeito produzido no tecido biológico (BOECHAT, 2017b):
• 37º a 43ºC: aumenta metabolismo das células, estímulo e contração das fibras de 
colágeno. Este efeito é pequeno e reversível;
• 44º a 45ºC: aumento exponencial na aceleração do metabolismo celular, altera-
ções proteicas, neocolagênese. Cuidado, pois aplicações longas geram hiperter-
mia com consequente morte celular;
• 50º a 70ºC: desnaturação proteica, coagulação das fibras de colágeno, ruptura 
de membranas celulares;
• 90º a 100ºC: formação de vacúolos extracelulares e evaporação de líquidos;
• Acima de 100ºC: carbonização e vaporização do tecido.
2.6 Modos de emissão do feixe de luz LASER
Os LASERs podem ser operados de diferentes formas para se obter o efeito de-
sejado do tratamento (Figura 19). A seguir são apresentados os diferentes modos de 
operação de um equipamento de LASER (BOECHAT, 2017b):
• Modo contínuo (CW, do inglês continuous wave): Neste modo de operação o Laser 
permanece ligado e emite um feixe de luz de energia constante enquanto manti-
vermos o sistema acionado através do pedal ou botão de acionamento. Este modo 
é muito utilizado em cirurgias para coagulação ou vaporização de tecidos.
• Modo Pulsado: Este modo funciona como se ligássemos e desligássemos um in-
terruptor de uma lâmpada, o feixe laser é pulsado eletronicamente com os tem-
pos ligados e o intervalo entre os pulsos controlados pelo computador do equi-
Laserterapia
— 28 — 
pamento e selecionados pelo painel. A velocidade (frequência de repetição dos 
pulsos) é dada em Hertz (Hz) e também pode ser programada. Este modo é bas-
tante utilizado para efeito de Fototermólise seletiva, pois são minimizados os da-
nos aos tecidos adjacentes. Ainda, de acordo com a duração do pulso os LASERs 
podem ser classificados em:
– Pulsos longos: duração do pulso em milissegundos (ms) (0,001 s). Exemplo: 
epilação a LASER e tratamento de vasos.
– Quase-CW: duração do pulso em microssegundos (μs) (0,000001 s). Exemplo: 
rejuvenescimento, onicomicose, acne inflamatória.
– Q-Switched: duração do pulso em nanossegundos (ns) (0,000000001 s). Exem-
plo: remoção de tatuagens e tratamento de melasma.– Mode-Locked: duração de pulso em picossegundos (ps) (0,000000000001 s). 
Exemplo: remoção de tatuagens e melanoses.
– Femto: duração do pulso em fentossegundos (fs) (0,000000000000001 s). 
Exemplo: uso em oftalmologia.
O modo pulsado Q-Switched é muito utilizado para remoção de tatuagens e tra-
tamento de melasma. Este modo é conseguido ao se inserir dentro do ressonador, ao 
lado do cristal do Laser, um acessório cujo objetivo é pulsar opticamente a luz. O ob-
jetivo é acumular energia do laser em níveis bem altos e liberar em pulsos extrema-
mente rápidos (na ordem de 5 a 50 ns). O resultado é um pulso de Laser de altíssima 
potência de pico, que consegue penetrar profundamente no tecido com um mínimo 
de efeito colateral.
Figura 19. Modos de emissão de um LASER. (A) LASER convencional. (B) LASER pulsado em milissegundos (ms). 
(C) LASER pulsado Q-Switched em nanossegundos (ns). Adaptado de (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016; KUA-
VAR; HRUZA, 2005).
Segundos
500 –
Pi
co
 de
 po
tên
cia
 (W
)
150 –
100 –
50 –
Laser
A
Miliegundos
Laser pulsado
B
Nanosegundos
Laser
q-switch
C
1/20
segundos
Onda contínua
1/20 segundos,
1 único pulso
Onda pulsada
3 amplos
pulsos em
1/20 segundos
Onda superpulsada
15 pulsos muito
pequenos em
1/20 segundos
1/20
segundos
1/20
segundos
Po
tên
cia
mé
dia
Laserterapia
— 29 — 
Além disso, os LASERs podem ser emitidos de forma convencional ou fraciona-
da (Figura 20) dependendo do grau de lesão no tecido biológico que o profissional 
deseja atingir. O LASER operado em modo contínuo tem o potencial de gerar calor 
suficiente para danificar de forma colateral o tecido adjacente, causando danos ex-
cessivo. Os métodos de entrega (pulsos e fracionamento) que interrompem esse fei-
xe contínuo convertendo-o em uma série de pulsos de energia LASER intermitentes 
resultam em intensidades de pico mais altas por um período de tempo mais curto. 
Outro método de entrega do feixe de luz LASER que é usado para reduzir o risco de 
hiperpigmentação e hipopigmentação, formação de bolhas e cicatrizes é o “fracio-
namento” do feixe. Neste modo são tratatadas apenas uma porção (ou fração) do 
tecido causando injúria térmica (não-ablativo) ou destruição da epiderme (ablati-
vo) através de colunas inteiras de dado térmico no tecido, incluindo a epiderme. Os 
LASERs que utilizam o sistema fracionado podem ser ablativos ou não-ablativos. Os 
LASERs fracionários não ablativos (por exemplo, 1540 e 1550 nm) resultam em colunas 
subepidérmicas do tecido termicamente lesionado. Embora na conclusão do trata-
mento a epiderme possa parecer eritematosa, ela está intacta. A resposta inflama-
tória resultante é responsável pela melhora observada na pigmentação, textura e 
rugas (FRANCK; HENDERSON; ROTHAUS, 2016).
LASERs fracionados ablativos causam a destruição de colunas estreitas de tecido. 
Em torno dessas colunas, estão as zonas de tecido lesionado termicamente (Figura 
20 – LASER fracionado).
Figura 20. Representação do sistema de fracionamento do feixe de luz de um LASER. Retirado de (FRANCK; HEN-
DERSON; ROTHAUS, 2016).
Laser
convencional
Laser
fracionado
Laserterapia
— 30 — 
O fracionamento da energia do LASER oferece algumas vantagens ao profissional 
e ao cliente, como: formação de colunas de dano térmico; tecido não danificado ao 
redor de tecido danificado; e menor tempo de afastamento das atividades de rotina.
2.7 Aplicações clínicas na Biomedicina Estética e Saúde Estética
Os LASERs apresentam diversas aplicações na área da saúde estética, entre elas 
podemos citar:
• Epilação;
• Rejuvenescimento facial;
• Flacidez;
• Tratamento de manchas senis e melanoses;
• Redução de poros dilatados;
• Tratamento de telangiectasias;
• Tratamento de melasma (avaliação rigorosa, pois nem todos os casos são indi-
cados. LASER Nd:YAG QS 1064 nm tem melhor resposta nestes casos);
• Remoção de tatuagens;
• Remoção de micropigmentação;
• Tratamento de cicatrizes atróficas;
• Terapia fotodinâmica;
• Fotobioestimulação e suas associações.
2.8 Biossegurança no uso de LASERs
Quando surgiram os primeiros equipamentos de LASERs eram pouco conhecidas 
as informações sobre riscos inerentes ao seu uso, ou seja, o quanto podem ser lesivos 
a determinados órgãos do nosso corpo, principalmente aos olhos e à pele. Hoje os 
conceitos de biossegurança nessa área são específicos e difundido para os profis-
sionais da saúde que utilizam essas fontes de energia (MATTOS, 2017). Os conceitos 
apresentados a seguir devem ser seguidos para todos os aparelhos emissores de luz 
(LASER de alta potência e LASER baixa potência), Luz Intensa Pulsada (LIP) e emissores 
de luz por diodos (LEDs).
Lembre-se que os fótons emitidos por um emissor de luz (LASER, LIP ou LED) de 
acordo com o seu comprimento de onda são absorvidos por determinados cromó-
foros. Dessa forma, as substâncias que forem capazes de absorver esta luz poderão 
sofrer danos (MATTOS, 2017). No corpo humano os olhos e a pele são os locais mais 
Laserterapia
— 31 — 
sujeitos à danos causados por fontes emissoras de luz, sendo que, os olhos são os 
mais vulneráveis e que podem apresentar lesões mais graves (LEE et al., 2011). Estas 
lesões podem ocorrer de modo direto ou indireto, devido à reflexão em superfícies 
como espelhos, metais, tintas refletoras e etc. (BARKANA; BELKIN, 2000; KIM; RA, 2019; 
SHUM et al., 2016).
As circunstâncias da exposição à fonte de luz é que determinarão os diversos ti-
pos de lesões oculares. Assim, há a possibilidade de exposição direta aos feixe de luz e 
exposição indireta ao feixe de luz refletido em superfícies espelhadas ou não (BARKA-
NA; BELKIN, 2000). A Tabela 4 ilustra alguns exemplos de alterações teciduais devido à 
exposição a radiações por diferentes comprimentos de onda. As lesões provocadas 
por fontes emissoras de luz são devido ao efeito térmico gerado por esses aparelhos 
nos tecidos biológicos que foram irradiados. Os LASERs que estão no espectro da luz 
visível e infravermelho curto são os mais agressivos, pois nossos olhos têm a capa-
cidade de focar esta luz na retina. Quando um feixe incide na córnea, pode ocorrer 
desenvolvimento de ceratite e, em casos mais graves os danos são irreversíveis. Por-
tanto, para todas as fontes emissoras de luz (LASER de alta potência, LASER de baixa 
potência, LED e LIP) nunca deve-se olhar o feixe diretamente com os olhos (CHARLES 
STURT UNIVERSITY, 2001). Recomendamos o uso de proteção ocular adequada para 
cada comprimento de onda que será irradiado.
Tabela 4. Alterações teciduais causadas pelas radiações de diferentes comprimentos de onda.
Espectro Comprimento
de onda (nm) Olhos Pele
Ultravioleta
C 200 a 280 Fotoceratite Eritema e câncer de pele
Ultravioleta
B 280 a 315 Fotoceratite Eritema, fotoenvelhecimento,
aumento da pigmentação
Ultravioleta
A 315 a 400 Catarata Aumento da pigmentação,
queimaduras, câncer
Vísivel 400 a 780 Dano termal e fotoquímico da retina Reações de fotossensibilidade,
queimaduras
Infravermelho
A 780 a 1400 Catarata e queima da retina Queimaduras
Infravermelho
B 1400 a 3000 Catarata e queima de córnea Queimaduras
Infravermelho
C 3000 a 10000 Queima de córnea Queimaduras
Adaptado de (MATTOS, 2017).
Laserterapia
— 32 — 
Existem alguns sintomas associados com o uso de aparelhos geradores de ener-
gia que podem passar despercebidos. Os seguintes sinais e/ou sintomas indicam 
uma exposição acima do recomendado: lacrimejamento, vermelhidão dos olhos, 
rash cutâneo, irritações inespecíficas da pele. Existem também os perigos relaciona-
dos aos aparelhos e seus constituintes (fontes de risco associadas aos LASERs), entre 
eles: ruídos, incêndios, choques, explosões, produtos voláteis gerados pelos LASERs, 
poeira metálica, gases, fragmentos biológicos (HIV, HPV e outros), bioaerossóis, hi-
drocarbonetos, metais pesados e fibras naturais que são tóxicas para as vias aéreas. 
O acidente mais comum é o incêndio com aproximadamente 7,3% dos casos (CHAR-
LES STURT UNIVERSITY, 2001; MATTOS, 2017).Os LASERs seguem uma classificação para a padronização dos aparelhos. Há di-
ferentes classificações com pequenas diferenças de acordo com os países que as 
adotam, mas há um padrão básico internacional que integra um consenso geral. Na 
parte traseira de cada equipamento de LASER encontra-se a classificação interna-
cional de acordo com o risco biológico que o produto apresenta (Figura 21). A Tabela 
5 apresenta uma classificação internacional dos equipamentos de LASER.
Figura 21. Classificação de equipamentos de LASER de acordo com o risco oferecido. (A) Equipamento de LASER 
para apresentação (“pointer”) classificado como Classe 2: Seguros para exposições não intencionais e observa-
ções não prolongadas (menor que 0,25 segundo). (B) Equipamento de LASER de CO2, classificado como Classe 4: 
Perigosos para pele e olhos, inclusive na observação de reflexões difusas. Queimaduras e lesões oculares. Fonte: 
cortesia arquivo pessoal Profª Dra. Anna K. A. Fleuri.
Laserterapia
— 33 — 
Tabela 5. Classificação de equipamentos de LASER no padrão IEC 60825-1:2001
Classe Riscos LASER Limite de
emissão acessível
1 Não perigosos mesmo para longas exposições e 
com o uso de instrumentos ópticos de aumento
Potência muito baixa ou 
encapsulados 40 μW
1M Potencialmente perigosos aos olhos se observados 
por meio de instrumentos ópticos
Potência muito baixa, 
colimado e de diâmetro 
grande ou altamente 
divergente
40 μW
2 Seguros para exposições não intencionais e obser-
vações não prolongadas (menor que 0,25 segundo) Potência baixa e visível 1 mW
2M Potencialmente perigosos aos olhos se observados 
por meio de instrumentos ópticos
Potência baixa, visível, 
colimado e de diâmetro 
grande ou altamente 
divergente
1 mW
3R
Seguros quando manipulados com cuidado e poten-
cialmente perigosos aos olhos se observados por 
meio de instrumentos ópticos
Potência baixa 200 μW a 5 mW
3B Perigosos aos olhos quando observados diretamente 
(feixe e reflexões especulares) Potência média 5 mW a 500 mW
4 Perigosos para pele e olhos, inclusive na observação 
de reflexões difusas. Queimaduras e lesões oculares Potência alta Maior que 500 mW
Adaptado de (CHARLES STURT UNIVERSITY, 2001; MATTOS, 2017)
A seguir são apresentados alguns cuidados para prevenção de acidentes ao se 
trabalhar com equipamentos de LASER (MATTOS, 2017):
• Checar a classe à qual pertence o aparelho a ser utilizado;
• A sala na qual será utilizado o equipamento deve contemplar as seguintes es-
pecificações: sistema elétrico corretamente instalado, proteção contra incên-
dios, ausência ou mínima presença de superfícies refletoras (espelhos e me-
tais) e de substâncias explosivas (álcool e oxigênio), chave de desligamento de 
emergência no equipamento, avisos de perigo na entrada da sala, ventilação 
adequada;
• Uso correto da ponteira do LASER no momento da aplicação;
• Uso de óculos de proteção adequado ao comprimento de onda do LASER; NUN-
CA, SOB HIPÓTESE ALGUMA, DEIXAR DE UTILIZAR ÓCULOS DE PROTEÇÃO!
Laserterapia
— 34 — 
• Uso de luvas e máscaras de filtração para os equipamentos de LASER que promo-
vem vaporização da pele. Exemplo: LASER de CO2 e LASER Nd:YAG;
• NUNCA, SOB HIPÓTESE ALGUMA, OBSERVAR DIRETAMENTE O FEIXE DO LASER!
• Os dentes também podem ter alterações em sua estrutura caso haja contato 
direto com o feixe do Laser. Os dentes podem ser protegidos com gaze ou prote-
tores especiais.
3. Laser de baixa potência, LEDs e terapia fotodinâmica 
A fototerapia utilizando LASERs em baixa intensidade ou baixa potência (LILT, 
low-intensity laser therapy) entrou no arsenal da medicina moderna e fisioterapia 
como um componente eficiente para auxiliar no tratamento de um grande número 
de enfermidades, como feridas e úlceras indolentes, úlceras de estômago e duodeno, 
situações pós-cirúrgicas, contusões, artrite crônica, dermatose, isquemia, dor crôni-
ca, entre outras.
O uso dessa terapia na área da saúde estética é relativamente recente, consti-
tuindo-se num campo de pesquisa a ser explorado e que levará ainda muitos anos 
para que seus mecanismos de ação sejam completamente esclarecidos. Na meta-
de da década de 1970, iniciou-se o emprego da fototerapia neste ramo. Atualmente 
vários artigos podem ser encontrados na literatura para o tratamento de queimadu-
ras, queloides, cicatrizes hipertróficas, alopecia, acnes, celulite e estrias (RIBEIRO et al., 
2004).
Como mencionado do tópico 1, os LASERs podem ser classificados em relação à 
sua potência. Dessa forma, àqueles que são operados abaixo de 1,0 W são classifica-
dos como LASERs de baixa potência. Assim, a potência dos equipamentos de LASER 
pode variar em um amplo espectro com a finalidade de produzir diferentes efeitos 
no tecido biológico. Por exemplo, um LASER de baixa potência pode ser utilizado para 
aquecer suavemente o tecido (calor não perceptível) gerando alterações metabóli-
cas (SISTER, 2011).
Os emissores de luz por diodo (LED) são dispositivos compostos por um cristal 
semicondutor (alumínio, gálio, arsênio, silício ou germânio) envolto por uma película 
cristalina (Figura 22). Os elementos semicondutores podem ser tratados quimica-
mente para transmitir e controlar uma corrente elétrica (SISTER, 2011).
Laserterapia
— 35 — 
Figura 22. Representação de geração de luz por LEDs. (A) Esquema de um diodo que consiste numa junção de se-
micondutores com cargas positivas e negativas. (B) Diagrama simplificado da estrutura de bandas eletrônicas de 
um semicondutor. A energia do fóton emitido na recombinação banda a banda corresponde ao hiato de energia 
Eg do semicondutor. (C) Esquema de um LED baseado em semicondutores. (D) Representação esquemática de 
uma estratégia para produzir “luz branca” utilizando LED. Aproximação que considera um LED azul revestido por um 
material luminescente que emite luz amarela. Adaptado de (LORENZ; MARQUEZ; MONTEIRO, 2015). hv: fóton emitido.
A B
C D
Camada ativa
Zona de depleção
Condutos
elétricos
Eg
Banda de Condução
h v
h v
Banda de Valência
Substrato
Os elétrons do material semicondutor são excitados por corrente elétrica e, assim 
vão para uma camada de nível energético maior. Ao voltar à sua camada eletrônica 
de repouso, emite a energia excedente na forma de luz (fóton). Um LED pode trans-
formar mais de 90% de energia consumida em luz. As pequenas lâmpadas do LED se 
ajustam no circuito elétrico para emitir uma luz de baixa intensidade em miliwatts 
(mW). A cor da luz emitida depende da composição e da condição do material se-
micondutor utilizado para fabricação do LED, podendo ser infravermelho visível ou 
ultravioleta próximo (SISTER, 2011).
Estes equipamentos apresentam algumas vantagens, como:
• Baixo risco de complicações;
• Permite associação com outros tratamentos;
• Pode ser mantida por longos períodos;
• Com os LEDs tornaram possível a elaboração de aparelhos para uso domiciliar;
• Mantém a pele intacta e funcional após aplicação;
• Indolor;
• A aplicação é rápida;
Laserterapia
— 36 — 
• Utilizado sozinho ou em combinação com outras terapias;
• Tratamento de grandes áreas em uma única aplicação;
• Permite agrupar vários LEDs, com comprimento de onda iguais ou diferentes;
• Equipamentos apresentam manuseio simples.
3.1 Mecanismo de ação
A fototerapia não se baseia em 
aquecimento, ou seja, a energia dos fó-
tons absorvidos não é transformada em 
calor. Nesse caso, a energia absorvida é 
utilizada para produzir efeitos fotoquí-
micos, fotofísicos e/ou fotobiológicos 
nas células e no tecido, como represen-
tado na Figura 23.
Quando a luz administrada na dose 
adequada interage com as células ou o 
tecido, certas funções celulares poderão 
ser estimuladas. Esse efeito é conhecido 
como fotobioestimulação ou fotomodu-
lação. Esse efeito é particularmente evi-
dente se a célula em questão tem a sua 
função debilitada (RIBEIRO et al., 2004). 
A fotomodulação é um processo que 
procura modificar a atividade celular 
usando fontes de luz sem o efeito térmi-
co. Embora o exatomecanismo de ação 
deste tipo de luz ainda esteja em estudo, 
os estudos publicados até o momento 
mostram que a irradiação da luz atua 
sobre proteínas e/ou receptores celula-
res. O resultado é a ativação ou inibição 
da função de determinados tipos celu-
lares, dependendo da fluência e do comprimento de onda utilizado (SISTER, 2011).
É importante ressaltar que em fototerapia não basta apenas a emissão de luz em 
um determinado comprimento de onda, mas também o uso de uma fluência ade-
quada para cada indicação. Uma fonte de LED produz uma banda espectral relati-
vamente estreita, de mais ou menos 10 – 10 nm em torno do comprimento de onda 
Figura 23. Representação esquemática do mecanis-
mo de ação da fototerapia utilizando LASER de baixa 
potência e/ou LED. Adaptado de (RIBEIRO et al., 2004).
Radiação atua sobre as 
mitocôndrias, estimulando a síntese 
de ATP e, consequente aumento de 
proteínas (colágeno e elastina).
Aumento do metabolismo celular
Laserterapia
— 37 — 
dominante da luz emitida (SISTER, 2011). Entre os efeitos da fototerapia, podem-se ci-
tar o estímulo à atividade celular, conduzindo à liberação de fatores de crescimento 
por macrófagos, proliferação de queratinócitos, aumento da população e desgra-
nulação de mastócitos e angiogênese. Esses efeitos podem provocar aceleração no 
processo de cicatrização de feridas. Essa aceleração é devida, em parte, à redução 
na duração da inflamação aguda, resultando em uma entrada mais rápida no está-
gio proliferativo de reparo, quando o tecido de granulação é produzido (RIBEIRO et al., 
2004). Estes efeitos são apresentados na Figura 24.
Figura 24. Efeitos atribuídos ao LASER de baixa potência. Retirado de (RIBEIRO et al., 2004).
Radiação laser
Vasodilatação
capilar
Aumento da
circulação
sanguínea
Aumento
da pressão
hidrostática
intracapilar
Aumento da drenagem
linfática
Restauração da
pressão osmótica
Efeito antiedematoso Efeito anti-inflamatório Efeito analgésico Aceleração na
cicatrização de
feridas
Aumento na síntese
de colágeno
Observação aumentada
de limiares em terminações
nervosas
Repolarização de
membranas
Insuficiência de
prostaciclina
Insuficiência de
prostaglandina
Estimulação de
mecanorreceptores
Aumento de
endorfinas
Estimulação da
proliferação de
fibroblastos
Energia da luz Energia química ATP Estimulação do RE
Estimulação do
metabolismo celular
A seguir são apresentados efeitos de algumas luzes e suas respectivas associa-
ções:
• Luz azul: Alcança somente a epiderme, tendo função bactericida, viricida ou fungi-
cida. A luz azul tem grande utilização no tratamento da acne. Além disso, os radicais 
livres de oxigênio hidrolisam a água intracelular, produzindo grande quantidade de 
Laserterapia
— 38 — 
água, e consequentemente maior hidratação do tecido. A luz azul também é capaz 
de destruir ligações químicas da melanina, transformando suas ligações menos 
absorvedoras de luz, e consequentemente produzindo efeito de clareamento.
Este comprimento de onda pode ser associado nos seguintes casos:
1. Limpeza de pele (após extração - efeito bactericida);
2. Associado ao tratamento da acne (efeito bactericida em Propionibacterium 
acnes);
3. Hidratação e iluminação tecidual;
4. Clareamento de manchas (melanoses solares, manchas senis, hiperpigmen-
tação pós-inflamatória, olheiras por depósito de melanina).
• Luz vermelha: Atua na derme como ativadora de fibroblastos e células de re-
organização e firmeza da pele. Atua na síntese de fibroblastos, aumentando a 
deposição de colágeno e reduzindo a atividade da colagenase nas papilas dér-
micas. Descreve-se que a ação deste comprimento de onda atua modulando a 
energia celular, a adenosina trifosfato (ATP), aumentando a produção de coláge-
no e elastina da derme.
Este comprimento de onda pode ser associado nos seguintes casos:
1. Associado ao tratamento da acne (efeito analgésico e anti-inflamatório);
2. Recuperação em pós-laser fracionado ablativo e peelings profundos (auxílio 
na cicatrização – produção de colágeno);
3. Redução de hematomas em pós-cirúrgico (efeito anti-inflamatório);
4. Associação à tratamentos para rejuvenescimento;
5. Combinado à tratamentos para recuperação de estrias brancas;
6. Tratamento de gordura localizada e celulite (i-LIPO: aumento do metabolismo, 
produção de colágeno);
7. Associado à terapias para queda capilar (Aumento da circulaçãolocal e meta-
bolismo folicular).
• Luz infravermelha: Age desde a derme profunda até a camada muscular, fazendo 
ativação dos fibroblastos, degranulação de mastócitos (ação antinflamatória) e 
analgesia temporária. Também possui efeito antiedematoso. Consegue alterar a 
permeabilidade celular, tanto para água e oxigênio que o sangue carreia para as 
células, tanto para cosméticos, melhorando a absorção.
Laserterapia
— 39 — 
Este comprimento de onda pode ser associado nos seguintes casos:
1. Associado ao tratamento da acne (efeito anti-inflamatório e drenagem linfáti-
ca nos linfonodos do local);
2. Recuperação em pós-laser fracionado ablativo e peelings profundos (efeito 
anti-inflamatório e aumento do metabolismo de fibroblastos);
3. Redução de hematomas em pós cirúrgicos (efeito anti-inflamatório);
4. Associação à tratamentos para rejuvenescimento (aumento do metabolismo 
de fibroblastos);
5. Combinado à tratamentos para recuperação de estrias brancas (aumento do 
metabolismo de fibroblastos);
6. Tratamento de gordura localizada e celulite (i-LIPO: aumento do metabolismo 
e efeito drenante);
7. Associado à drenagem linfática.
3.2 Indicações da Fototerapia
A fototerapia utilizando LASER de baixa potência ou LEDs pode ser indicada nas 
seguintes disfunções estéticas:
• Acne em qualquer grau;
• Alopecia;
• Bioestimulação tecidual;
• Clareamento de manchas (face, axilas, virilhas);
• Associada à drenagem linfática;
• Estrias;
• Associação no tratamento de gordura localizada;
• Hidratação;
• Iluminação facial;
• Associação no tratamento de lipodistrofia ginóide;
• Marcas de expressão;
• Cicatrização de micropigmentação;
• Clareamento de olheiras;
• Pós-operatório;
• Terapia antiaging.
Laserterapia
— 40 — 
3.3 Efeitos colaterais e contraindicações
A literatura mostra que não há efeitos colaterais relacionados à fototerapia ou à 
terapia fotodinâmica, desde que estas terapias sejam administradas corretamente. 
Também não há efeitos prejudiciais relacionados a essas terapias, excetuando-se a 
incidência do feixe, direta ou indireta, nos olhos (RIBEIRO et al., 2004).
A terapia tem as seguintes contraindicações:
• Imunodeficiências;
• Áreas com sangramento;
• Doença que piore e/ou possa desencadeada pela exposição à luz;
• Período gestacional;
• Após peelings químicos superficiais e médios;
• Histórico de fotossensibilidade (dermatoses);
• Tratamento com ácidos sintetizados a partir da vitamina A (ácido retinóico, reti-
nol A, vitanol A, isotretinoína) e/ou antibióticos com tetraciclina;
• Histórico de neoplasias cutâneas na região;
• Glaucoma.
3.4 Aplicação e cuidados durante a fototerapia
• Deve-se realizar uma criteriosa anamnese e exame clínico detalhado, sendo que, 
é importante a busca por contraindicações;
• Ante de iniciar a aplicação utilizando LASER de baixa potência e/ou LED, a superfí-
cie a ser irradiada deverá estar necessariamente limpa, seca e hidratada;
• O ângulo de incidência do raio LASER e/ou LED deverá ser o mais perpendicular 
possível para minimizar o espalhamento do feixe de luz no tecido;
• Evitar a aplicação em áreas metálicas (remoção de brincos, piercings, etc.);
• O profissional, o cliente e qualquer outro indivíduo que esteja na sala de trata-
mento, devem fazer o uso de óculos de proteção fornecida;
• Utilizar somente nas áreas designadas e evitar emitir o feixe de luz em superfícies 
refletoras. Por exemplo, espelhos e metais;
• O equipamento apenas deverá ser ligado apenas quando o aplicador já estiver 
em contato com a pele que será irradiada;
• Não irradiar sobre o útero gravídico ou ovário,pois seus efeitos não estão total-
mente esclarecidos.
Laserterapia
— 41 — 
4. Luz Intensa Pulsada (LIP) 
4.1 Fundamentação teórica e componentes da Luz Intensa Pul-
sada
A LIP foi desenvolvida por Goldberg, é caracterizada por ser uma fonte emisso-
ra de luz que não é LASER, portanto, é uma luz não coerente, que abrange compri-
mento de onda amplo para ser absorvido pelo cromóforo desejado. Dessa forma 
trata o alvo com um feixe de luz específico, por meio da utilização de filtros de corte 
e regulagem do tempo de exposição do pulso de luz e intervalo entre estes pulsos 
(GOLDBERG; CUTLER, 2000; PATRIOTA; RODRIGUES; CUCÉ, 2011). Os equipamentos de LIP 
consistem em uma lâmpada do tipo flash armazenada em um cabeçote óptico, em 
que espelhos refletores projetados para emitir a luz através de um guia de luz ópti-
co. As lâmpadas do tipo flash são, normalmente, resfriadas com o uso de água para 
maximizar a vida útil da lâmpada e possibilitar a emissão de altos níveis de energia. 
A maioria dos equipamentos de LIP utilizam guias de luz intercambiáveis de quartzo 
ou de safira cobertos com múltiplas camadas de material dielétrico reflexivo para 
transmitir energia para a pele. Além disso, esse tipo de cobertura nesses guias de luz 
é altamente eficaz na transmissão de determinados comprimentos de onda, mas 
eles são ângulo dependentes (SISTER, 2011), portanto, atenção durante a aplicação, 
pois a mesma deve acontecer em ângulo perpendicular à pele.
Estes diferentes comprimentos de onda podem atuar em diferentes cromóforos. 
Este fato permite o tratamento de diferentes disfunções estéticas, desde lesões pig-
mentadas ou vasculares, e até realização de epilação e fotorrejuvenescimento.
Por se tratar de um sistema versátil, resulta em uma opção bastante utilizada, 
uma vez que os pacientes muitas vezes não estão dispostos a assumir os efeitos ad-
versos de outros procedimentos que requerem maior tempo de recuperação.
A LIP funciona com pulsos e a emissão em forma de corrente de pulsos permite 
cortar um flash luminoso em vários pulsos para distribuir a energia. O tempo entre 
cada pulso corresponde ao tempo de relaxamento térmico (TRT) e permite que a 
pele dissipe o calor.
A Tabela 6 apresenta as vantagens e desvantagens no uso da LIP.
Laserterapia
— 42 — 
Tabela 6. Vantagens e desvantagens no uso da LIP.
Vantagens Desvantagens
Atua em diversos cromóforos Não é seletiva
Tempo de recuperação mínimo ou ausente Necessário mais de uma sessão para
obter resultados excelentes
Ótimos resultados em lesões vasculares Risco de queimaduras aumentado em menores
comprimentos de onda
Tratamento rápido devido à grande
dimensão do spot Peso da ponteira
Adaptado de (IZIDORO; MILMAN, 2017)
4.2 Seleção do comprimento de onda na LIP
Como já mencionado a LIP é um equipamento que nos disponibiliza uma versa-
tilidade de tratamentos, sendo que, utilizando diferentes parâmetros (como compri-
mento de onda, fluência e duração de pulso) é possível atingir diferentes cromóforos. 
Dessa forma, deve-se escolher o comprimento de onda adequado para que o mes-
mo seja absorvido preferencialmente pelo cromóforo-alvo. A duração do pulso deve 
ser mais curta que o TRT do cromóforo e a fluência devem ser suficientes para pro-
mover a destruição deste cromóforo em um intervalo de tempo apropriado (IZIDORO; 
MILMAN, 2017).
A escolha do comprimento de onda adequado deve ser realizada com base no 
pico de absorção de cada cromóforo-alvo. A Tabela 7 ilustra alguns comprimentos 
de onda comumente utilizados e suas respectivas sugestões de tratamento.
Tabela 7. LIP: comprimentos de onda e sugestões de tratamento de acordo com o cromóforo-alvo.
Comprimento de onda (nm) Tratamento
415 Acne
Rosácea
540 Lesões vasculares
Lesões pigmentares superficiais
580 Lesões pigmentares profundas
640 Epilação
695 Rejuvenescimento
Adaptado de (IZIDORO; MILMAN, 2017).
Laserterapia
— 43 — 
Quando há a presença de lesões pigmentares epidérmicas, o comprimento de 
onda mais curto é o mais eficaz. No entanto, quanto maior o fototipo do paciente 
maior será o risco de lesões epidérmicas. Sendo assim, é orientado utilizar filtros de 
maior comprimento de onda, menor fluência e maior duração de pulso em fototipos 
IV e V (IZIDORO; MILMAN, 2017).
4.3 Diferenças entre LIP e LASER
Os aparelhos de LIP emitem uma 
luz que é policromática (ou seja, com 
vários comprimentos de onda), não 
coerente e não colimada, portanto, é 
uma luz difusa. Tem características 
diferentes dos LASERs (Figura 25), que 
são raios colimados, coerentes e sem-
pre com um único comprimento de 
onda. Assim, a LIP, por ter vários com-
primentos de onda, em geral de 500 a 
1.200 nm, trata lesões melanocíticas (MORENO ARIAS; FERRANDO, 2001) e vasculares 
(CLEMENTONI et al., 2006), além de estimular a neocolagênese (GOLDBERG; CUTLER, 
2000; LUO et al., 2009). Porém, por não ser coerente nem colimada, tem uma ação 
mais limitada que os LASERs.
A Tabela 8 apresenta as principais características e diferenças entre LASER e LIP 
em relação à fonte de luz, comprimento de onda, feixe de luz, versatilidade e especi-
ficidade de tratamento.
Tabela 8. Características e diferenças de equipamentos de LASER e LIP.
Características LASER LIP
Fonte de luz Meio ativo (sólido, líquido, gasoso) Xenônio
Comprimento onda Geralmente único Diversos (filtros)
Feixe coerente Sim Não
Feixe colimado Sim Não
Versatilidade Pouca Grande
Especificidade e precisão Grande Pouca
Custo Maior Menor
Adaptado de (SISTER, 2011).
Figura 25. Diferenças entre LASER e LIP. IPL: do inglês, 
Intense Pulsed Light. Retirado de (SISTER, 2011).
Monocromático
Amplo espectro
Coerente
Não coerente
Colimado
(não divergente)
Não colimado
(divergente)
Laser
IPL
Laserterapia
— 44 — 
4.4 Indicações da LIP
• Lesões pigmentares;
• Melanoses solares;
• Manchas senis;
• Hiperpigmentação infraorbitária;
• Lesões vasculares;
• Telangiectasia;
• Rosácea. A LIP é o tratamento de escolha para o estágio eritemato-telangiectási-
co, embora não atue na hiperreatividade vascular;
• Microvasos nos membros inferiores;
• Mancha do vinho do porto;
• Poiquilodermia de Civatte;
• Epilação;
• Acne;
• Rejuvescimento;
• Cicatrizes de acne;
• Estrias;
• Cicatrizes hipertróficas.
Acne: a LIP atua na acne por dois mecanismos. O primeiro é a ação bactericida, 
o Propionibacterium acnes produz porfirinas que atuam como cromóforos havendo 
liberação de radicais livres com efeito bactericida e estímulo de citocinas anti-infla-
matórias. O segundo é a ação da Fototermólise seletiva dos vasos sanguíneos que 
nutrem as glândulas sebáceas, levando à diminuição do tamanho da glândula e re-
dução da taxa de excreção de sebo (IZIDORO; MILMAN, 2017).
Telangiectasia: O mecanismo de ação da LIP em telangiectasias é por Fototer-
mólise seletiva e indução de coagulação intravascular. As lesões são tratadas com 
um ou dois pulsos. O efeito adverso esperado (tratamento em fototipos III e IV) é a 
púrpura, com duração de 2 a 4 dias, e descamação epidérmica.
Lesões pigmentares: várias sessões são necessárias para um ótimo clareamen-
to. O resultado esperado imediatamente após a aplicação de LIP é o escurecimento 
das melanoses tratadas.
Epilação: O pelo na fase anágena é o mais responsivo à epilação por LIP. Estudos 
comparativos com LASERs vêm demonstrando eficácia e segurança da LIP nesse tra-
tamento (RIBEIRO et al., 2010).
Laserterapia
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4.5 Contraindicações absolutas e relativas do uso da LIP
São contraindicações absolutas para aplicação da LIP:
• Infecção herpética ativa (herpes simples);
• Acne ativa;
• Gravidez;
• Doenças do colágeno (esclerodermia);
• Vitiligo;
• Áreas submetidas à radioterapia ou queimadura;
• Histórico de queloides ou cicatrização anormal;
• Uso de medicamentos fotossensibilizantes;
• Uso de isotretinoína (Roacutan) nos últimos doze meses.
São contraindicações relativas para a aplicação de LIP:
• Pele bronzeada;
• História de herpes-zóster;
• Pacientes com pele sensível;
• Peles de

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