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RESUMO DO ARTIGO GEODISCRIMINAÇÃO - GRUPO 2

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RESUMO DO ARTIGO GEODISCRIMINAÇÃO: ANÁLISE À LUZ DO CASO DECOLAR.COM
O presente artigo é um estudo sobre geoprincing, que trata da prática abusiva de empresa na estipulação de preços desiguais em determinados territórios e geoblocking, ocultação de preços e ofertas para uma localização. A partir do cometimento dessas práticas abusivas pela agência de viagens Decolar através do seu e-commerce. Tendo o estudo como finalidade a verificação dos impactos da conduta no Brasil, o que isso acarreta e quais são os meios para a proteção de consumidores através do Estado. 
O caso de geodiscriminação cometida pela Decolar tornou-se público quando a concorrente Booking.com denunciou administrativamente a empresa pela prática que ocorria através da loja virtual de pacotes de viagens e hotelaria. Na denúncia foi narrado que a empresa denunciada detinha a localização dos consumidores brasileiros e argentinos através do Internet Protocol (IP dos aparelhos eletrônicos), para realização precificação desiguais nas mesmas acomodações de hotéis, ou seja, preços maiores para pessoas de um determinado país, de modo que, o outro teria mais vantagem econômica nos valores atribuídos.  
Ainda, na denúncia, restou demonstrado pelo denunciante que a empresa ocultava ofertas para determinados consumidores, que ficavam impossibilitados de visualizar os respectivos preços se estivessem em território brasileiro.  A denunciante destacou que a prática ocorria através de duas lojas virtuais chamadas de decolar.com e despegar.com que eram do mesmo grupo econômico, com as mesmas políticas de privacidade, juntando provas documentais de atas notariais com fé pública reconhecida por lei que caracterizavam as práticas abusivas. 
Após a notificação da denunciada, foi negado as práticas abusivas, discorrendo que as duas empresas são diferentes, existindo justificativas na diferença de preços, pois as plataformas são apenas intermediárias entre consumidores e hotéis, não se envolvendo com a estipulação de preços e muito menos facilitando a prática abusiva por seus parceiros. Entretanto, na decisão do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, foi fundamentado que ocorreu diversos descumprimentos da legislação em defesa do consumidor, entre elas: discriminação geográfica que fere direitos fundamentais consagrados na Constituição Federal, a submissão de vulnerabilidade em que o consumidor foi colocado, ocorrendo através de tarifas de hotelaria maiores para brasileiros e ocultando do consumidor os motivos determinantes para utilização dos dados pessoais de Internet Procol e a violação do direito dos consumidores na igualdade de contratações.

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