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S4P2Ciclo cardíaco Objetivo 1: entender o ciclo cardíaco. Sístole / Diástole: Um ciclo cardíaco consiste em uma sístole e uma diástole dos átrios mais uma sístole e uma diástole dos ventrículos. Em cada ciclo cardíaco, os átrios e ventrículos se contraem e relaxam alternadamente, forçando a sangue das áreas de altas pressão às áreas de baixa pressão. Enquanto uma câmara do coração se contrai, a pressão arterial dentro dela aumenta. Sístole atrial: Durante a sístole atrial, que dura cerca de 0,1 s, os átrios estão se contraindo. Ao mesmo tempo, os ventrículos estão relaxados. 1. A despolarização do nó SA provoca a despolarização atrial, marcada pela onda P na ECG. 2. A despolarização atrial causa a sístole atrial. Conforme o átrio se contrai, ele exerce pressão sobre o sangue dentro dele, o que a força a passar através valvas AV abertas para os ventrículos. 3. O fim da sístole atrial é também o fim da diástole ventricular (relaxamento). Assim, cada ventrículo contém cerca de 130 ml no final do seu período de relaxamento (diástole). Este volume de sangue é chamado volume diastólico final (VDF). 4. O complexo QRS no ECG marca o início da despolarização ventricular. Sístole ventricular: Durante a sístole ventricular, que cerca de 0,3 s, os ventrículos se contraem. Ao mesmo tempo, os átrios estão relaxados na diástole atrial. 5. A despolarização ventricular provoca a sístole ventricular. Conforme a sístole ventricular começa, a pressão intraventricular se eleva e “empurra” o sangue contra as valvas AV, forçando Por cerca de 0,05 s, as valvas atrioventriculares, do tronco pulmonar e da aorta estão fechadas. Este é o período de contração isovolumétrica. Durante este intervalo, as fibras musculares cardíacas estão se Assim, a contração muscular é isométrica (mesmo comprimento). Além disso, como as quatro valvas estão 6. A contração continuada dos ventrículos faz com que a pressão no interior das câmaras aumente a pressão ventricular (cerca de 20 mmHg), as valvas do tronco pulmonar e da aorta se abrem. Neste momento, começa a ejeção de seu fechamento. contraindo e exercendo força, mas ainda não estão se encurtando. fechadas, o volume ventricular permanece o mesmo (isovolumétrica). acentuadamente. Quando a pressão ventricular esquerda ultrapassa a pressão aórtica em cerca de 80 milímetros de mercúrio (mmHg) e direita sobe acima da pressão no tronco pulmonar sangue do coração. O período durante o qual as valvas do tronco pulmonar e da aorta estão abertas é a ejeção ventricular, que tem a duração de cerca de 0,25 s. A pressão no ventrículo esquerdo continua subindo até cerca de 120 mmHg, e a pressão no ventrículo direito sobe para cerca de 25 a 30 mmHg. 7. O ventrículo esquerdo ejeta cerca de 70 ml de sangue para a aorta, e o ventrículo direito ejeta o mesmo volume de sangue para o tronco pulmonar. O volume remanescente em cada ventrículo no final da sístole, cerca de 60 ml, é o volume sistólico final (VSF). O volume sistólico, o volume ejetado a cada batimento por cada ventrículo, é igual ao volume diastólico final menos o volume sistólico final: VS = VDF – VSF. Em repouso, o volume sistólico é de aproximadamente 130 ml – 60 ml = 70 ml. 8. A onda T do ECG marca o início da repolarização ventricular. Período de relaxamento: Durante o período de relaxamento, que dura cerca de 0,4 s, os átrios e os ventrículos estão relaxados. Conforme aumenta a frequência cardíaca, o período de relaxamento torna-se cada vez mais curto, enquanto a duração da sístole atrial e da sístole ventricular se encurta apenas 9. A repolarização ventricular provoca a diástole ventricular. Conforme os ventrículos relaxam, a pressão no discretamente interior das câmaras cai, e o sangue da aorta e do tronco pulmonar começa a refluir para as regiões de baixa pressão nos ventrículos. O fluxo retrógrado de sangue atinge as válvulas das valvas e fecha as valvas do tronco pulmonar e da aorta. A valva da aorta se fecha a uma pressão de cerca de 100 mmHg. O refluxo de sangue sobre as válvulas fechadas da valva da aorta produz a onda dicrótica na curva de pressão aórtica. Depois do fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta, existe um breve intervalo em que o volume de sangue do ventrículo não se modifica porque as quatro valvas estão fechadas. Este é o período de relaxamento isovolumétrico. para os ventrículos. No final do período de relaxamento, os ventrículos estão cerca de 75% cheios. 10. Conforme os ventrículos continuam relaxando, a pressão cai rapidamente. Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão atrial, as valvas do tronco pulmonar e da aorta se abrem e começa o enchimento ventricular. A maior parte do enchimento ventricular ocorre logo após a abertura das valvas do tronco pulmonar e da aorta. O sangue que fluiu para os átrios e ali se acumulou durante a sístole ventricular então se desloca rapidamente aparece no ECG, sinalizando o início de outro ciclo cardíaco.11. A onda P O débito cardíaco (DC): É o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto. O débito cardíaco é igual ao volume sistólico (VS), o volume de sangue ejetado pelo ventrículo a cada contração, multiplicado pela frequência cardíaca (FC), a quantidade de batimentos cardíacos por minuto: DC (ml/min) = VS (ml/batimento) × FC (batimentos/min) Este volume é próximo do volume total de sangue, que é de cerca de 5l em um homem adulto típico. Assim, todo o volume de sangue flui pelas circulações pulmonar e sistêmica a cada minuto. Fatores que aumentam o volume sistólico ou a frequência cardíaca normalmente elevam o DC. Durante o exercício leve, por exemplo, o volume sistólico pode aumentar para 100ml/batimento, e a frequência cardíaca para 100 bpm. O débito cardíaco então seria de 10l/min. Durante o exercício intenso (mas ainda não máximo), a frequência cardíaca pode acelerar para 150 bpm e o volume sistólico pode subir para 130 ml/ batimento, resultando em um débito cardíaco de 19,5l/min. Objetivo 2: Diferenciar o coração/articulação de um atleta e de um coração "normal". Volume sistólico maior em repouso e no exercício; Débito cardíaco mais elevado que o habitual; Maior consumo máximo de oxigênio; Volume cardíaco acima do normal; O que quer dizer que ele é maior. Pressão diastólica final de ventrículo direito ligeiramente mais elevada durante o exercício; Dilatação e hipertrofia cardíaca, com valores acima dos normais, porém abaixo dos valores de portados de doenças cardiovasculares. CORAÇÃO DE ATLETA Objetivo 3: Compreender a hipertrofia (remodelamento cardíaco) dos músculos cardíacos. HIPERTROFIA CONCÊNTRICA Ocorre nos ventrículos submetidos predominantemente à sobrecarga de pressão e aumento da resistência vascular sistêmica, que é a forma mais comum nos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica. A elevação da pressão promove aumento da tensão sistólica parietal, adição de sarcômeros em paralelo, aumento da espessura da parede e mantém normal, ou mesmo diminuído, o diâmetro da cavidade. HIPERTROFIA EXCÊNTRICA A hipertrofia excêntrica surge nos indivíduos com sobrecarga predominantemente do tipo volumétrica, como nas insuficiências valvares, obesidade e em parte dos indivíduos com hipertensão arterial, particularmente os obesos. O aumento do diâmetro da cavidade acarreta em elevação da tensão diastólica parietal (pré- carga) e adição de sarcômeros em série, aumentando consequentemente o diâmetro interno da cavidade. GUYTON, A. C. Hall JE Tratado de Fisiologia Médica. 12 Edição. 2011. Referência:
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