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Defesa e Fonação S11P1 Objetivo 1: Compreender os mecanismos de defesa das vias áreas superiores. Revestimento Mucoso das Vias Respiratórias e Ação dos Cílios na Limpeza dessas Vias: Todas as vias respiratórias, do nariz aos bronquíolos terminais, são mantidas úmidas por camada de muco que recobre toda a superfície. O muco é secretado, em parte, por células mucosas caliciformes individuais do revestimento epitelial das vias aéreas e, em parte, por pequenas glândulas submucosas. Além de manter as superfícies úmidas, o muco aprisiona pequenas partículas do ar inspirado e evita que a maior parte delas alcance os alvéolos. O próprio muco é removido das vias respiratórias da seguinte maneira. Toda a superfície das vias respiratórias, tanto no nariz quanto nas vias inferiores tão distantes quanto os bronquíolos terminais, é revestida com epitélio ciliado, com cerca de 200 cílios em cada célula epitelial. Esses cílios vibram continuamente na frequência de 10 a 20 vezes por segundo, pelo mecanismo e a direção desse "movimento ciliar de força" é sempre para a faringe. Isto é, os cílios pulmonares vibram em direção superior, enquanto os no nariz vibram em direção inferior. Essa vibração contínua faz com que a cobertura de muco flua, lentamente, com velocidade de alguns poucos milímetros por minuto, em direção à faringe. Então, o muco e suas partículas capturadas são engolidos ou tossidos para o exterior. Objetivo 2: Conhecer os órgãos linfóides da laringe e faringe. Tonsilas: As tonsilas são agregados de tecido linfóide localizadas na entrada dos tratos respiratório e digestivo. Elas são a primeira linha de defesa contra os patógenos ingeridos ou inalados, configurando uma parte importante do nosso sistema imune. As tonsilas são parte do tecido linfóide associado às mucosas, denominado MALT (do inglês mucosa associated lymphoid tissue), que também é encontrado nas placas de Peyer do intestino. Microscopicamente, as tonsilas são agregados de folículos linfóides suportados por uma rede de tecido conjuntivo. O centro de cada um destes folículos é densamente povoado por linfócitos, e chama-se centro germinativo. As criptas tonsilares (que só não estão presentes nas tonsilas faríngeas) penetram desde a superfície, quase até ao centro do folículo da tonsila. As superfícies luminais das tonsilas são revestidas por um epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que é o mesmo da orofaringe circundante. As tonsilas têm células apresentadoras de antígenos na sua superfície que ativam as células B e T subjacentes, constituintes do sistema imune adaptativo. Além disso, as células B produzem anticorpos, principalmente IgA, que são responsáveis pela resposta imune nas mucosas do corpo humano. Há quatro tipos de tonsilas que formam um anel circundando a faringe (orofaringe e nasofaringe), conhecido como anel de Waldeyer ou anel circunfaríngeo: • Tonsilas tubárias As tonsilas tubárias estão localizadas imediatamente posteriores à abertura da tuba auditiva (trompa de Eustáquio) na nasofaringe, uma região conhecida por toro tubário. Elas são recobertas por epitélio pseudoestratificado ciliado. A irrigação arterial dessas tonsilas é feita principalmente pela artéria faríngea ascendente. A drenagem venosa, assim como nas tonsilas faríngeas, é feita através do plexo venoso faríngeo. As tonsilas tubárias são inervadas pelos nervos maxilar (CN V2) e glossofaríngeo (CN IX). • Tonsilas linguais As tonsilas linguais são pequenas elevações redondas próximas à região mais posterior da base da língua. Elas são consideradas um agregado de tecido linfóide e têm grande variação na sua forma e tamanho. As tonsilas linguais são revestidas por um epitélio escamoso estratificado que se invagina formando uma cripta única. A irrigação dessas tonsilas é feita pela artéria lingual, pelo ramo tonsilar da artéria facial e pelo ramo faríngeo ascendente da artéria carótida externa. A drenagem venosa das tonsilas linguais é realizada pelo ramo dorsal da veia lingual. A sua inervação vem dos ramos tonsilares do nervoglossofaríngeo (NC IX). • Tonsilas faríngeas, popularmente conhecida como adenóides As tonsilas faríngeas, também conhecidas como adenóides, são as tonsilas mais superiores, encontradas na região superior da nasofaringe. Estão presas ao periósteo do osso esfenóide através de tecido conjuntivo. As adenóides não possuem criptas e são revestidas por epitélio pseudoestratificado ciliado, que possui células ciliadas, células basais e células caliciformes. A cápsula de revestimento das tonsilas faríngeas é mais fina do que a cápsula das tonsilas palatinas. A lâmina própria contém uma massa de tecido linfático com numerosos nódulos linfáticos, que originam pregas mucosas recobertas pelo epitélio. As tonsilas faríngeas recebem irrigação sanguínea de diversos vasos: • Artéria palatina ascendente • Artéria faríngea ascendente (ramo da artéria carótida externa) • Ramo faríngeo da artéria maxilar • Artéria do canal pterigóideo • Artéria basiesfenoidal • Ramo tonsilar da artéria facial A drenagem venosa é realizada por numerosas veias que drenam para o plexo venoso faríngeo. A inervação das tonsilas faríngeas é originada a partir de fibras nervosas dos nervos vago (NC X) e glossofaríngeo (NC IX). • Tonsilas palatinas, popularmente conhecidas como amígdalas As tonsilas palatinas, popularmente conhecidas como amígdalas, estão localizadas na fossa tonsilar, um espaço formado pelo istmo das fauces, que é uma cavidade delimitada anteriormente pelo músculo constritor superior da faringe e pela fáscia faringobasilar. O istmo das fauces é delimitado anteriormente pelo arco palatoglosso e posteriormente pelo arco palatofaríngeo. Lateralmente, as tonsilas palatinas estão fixas à parede orofaríngea por uma cápsula fibrosa e são revestidas por um epitélio escamoso estratificado no lado faríngeo. As tonsilas possuem 15-20 criptas formadas por invaginações da mucosa. O lúmen das criptas contém linfócitos, bactérias e células epiteliais do tipo não queratinizadas. As tonsilas palatinas são irrigadas pelos ramos tonsilares de cinco artérias: • Ramo palatino ascendente da artéria facial • Ramo tonsilar da artéria facial • Ramo faríngeo ascendente da artéria carótida externa • Ramo dorsal da artéria lingual • Ramo palatino menor da artéria palatina descendente A drenagem venosa é feita para a veia jugular interna, através do plexo peritonsilar das veias lingual e faríngea. A inervação das tonsilas palatinas é feita pela divisão maxilar do nervo trigêmeo (NC V2), assim como pelos ramos tonsilares do nervo glossofaríngeo (NCIX). O nervo glossofaríngeo também fornece a inervação sensitiva responsável pela sensibilidade e pelo paladar do terço posterior da língua. Objetivo 3: Discutir as estruturas e os mecanismos da fala. Fonação. A laringe é especificamente adaptada para agir como vibrador. Os elementos vibradores são as pregas vocais, comumente chamadas cordas vocais. As cordas vocais prolongam-se das paredes laterais da laringe em direção ao centro da glote; elas são estiradas e posicionadas por diversos músculos específicos da própria laringe. Durante a fonação, as cordas se movem juntas, de forma que a passagem de ar entre elas cause vibração. Durante a respiração normal, as cordas estão muito abertas para facilitar a passagem de ar. O tom da vibração é determinado principalmente pelo grau de estiramento das cordas vocais, mas também pela proximidade entre as cordas vocais e pela massa de suas bordas. Imediatamente no interior de cada corda vocal está um ligamento elástico forte, chamado ligamento vocal. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios são em torno de 125 vezes por segundo e na mulher, que tem a voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de frequência. As pregas vocais dos homens têm mais massa e são menos esticadas do que nas mulheres. As cartilagens mantêm a laringe aberta, permitindo a passagem do ar e, em virtudeda ação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da laringe, de músculo estriado esquelético, podem se mover, impedindo a entrada de alimento durante a deglutição. As pregas vocais também se movimentam graças ao músculo estriado esquelético: o músculo vocal, que se liga aos músculos intrínsecos da laringe. E há ainda, entre o epitélio e o músculo vocal, o ligamento vocal, de tecido elástico, contribuindo para a sua ação. Ele é conectado anteriormente à cartilagem tireóidea, que é a cartilagem que se projeta para frente a partir da superfície anterior do pescoço e é chamada "pomo de adão". Na parte posterior, o ligamento vocal é conectado aos processos vocais das duas cartilagens aritenóideas. A lâmina própria da laringe, exceto nas pregas vocais, contém glândulas seromucosas; subjacente há peças de cartilagem hialina e de cartilagem elástica. Tonsilas Adenoides ou tonsilas faríngeas Tonsilas tubárias Tonsilas palatinas Tonsilas linguais anel de Waldeyer ↑ ⑮ I ÓïÖ en
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