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Aula 09 contabilidade geral

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RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS 
 
As receitas e despesas antecipadas, também chamadas de diferidas, representam valores que, embora represen-
tem possíveis futuras receitas ou despesas, foram recebidos ou pagos antes do período de competência. 
 
Apesar do nome, as receitas e despesas diferidas não são de fato receitas e despesas, mas poderão vir a sê-lo, 
se posteriormente ocorrer o fato gerador. 
 
Receitas antecipadas são registradas no passivo circulante, uma vez que, ao receber o valor, a entidade assume 
uma obrigação de entregar ou fazer algo. 
 
De forma oposta, despesas antecipadas são registradas no ativo circulante (ou como retificadoras do passivo), 
pois, ao pagá-las, a entidade passa a ter o direito de receber algo ou exigir alguma prestação da pessoa a quem 
pagou. 
 
Exemplo de receita antecipada é o adiantamento de clientes, que ocorre quando a empresa recebe valores de 
seus clientes antes que os mesmos adquiram mercadorias ou serviços. 
 
Exemplos de despesas antecipadas são os juros a vencer e seguros e aluguéis a vencer. 
 
Exemplo de Contabilização de Receita Antecipada 
 
Uma empresa recebeu de um cliente um adiantamento de R$ 30.000,00 no mês de março, sendo que em agosto 
o cliente solicitou a entrega de mercadorias que somavam R$ 20.000, que tiveram para a empresa um custo de 
aquisição de R$ 12.000. 
 
Vejamos como ficarão os lançamentos: 
 
Em janeiro: 
D – Bancos 
C – Adiantamentos de Clientes..................... 30.000 
 
Em agosto: 
D – Adiantamentos de Clientes 
C – Receitas de Vendas.................................. 20.000 
D – CMV 
C – Mercadorias............................................ 12.000 
 
Exemplo de Contabilização de Despesa Antecipada 
 
Considere que, em 31 de outubro, determinada empresa realiza um desconto de duplicatas, no valor de R$ 
20.000,00, sendo o prazo de pagamento das duplicatas de 60 dias e o valor dos juros cobrados pelo banco de R$ 
1.200. 
Os lançamentos a serem feitos serão: 
 
Em outubro: 
D – Bancos................................................... 18.800 
D – Juros a Vencer.......................................... 1.200 
C – Duplicatas Descontadas......................... 20.000 
 
Em novembro e dezembro: 
D – Juros Passivos 
C – Juros a Vencer........................................ 600 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OPERAÇÕES COM SEGUROS 
 
No contrato de seguro, uma das partes (seguradora) se compromete a indenizar a outra (segurado) em caso de 
ocorrência de determinado evento (sinistro), tendo como contraprestação o pagamento de um valor (prêmio) pelo 
segurado. 
 
O contrato de seguro é normalmente chamado de apólice. 
 
As despesas com seguros devem ser apropriadas mensalmente, conforme o prazo da apólice, independentemen-
te do prazo de pagamento. 
 
Assim, por exemplo, a contratação de uma apólice de seguro à vista, pelo valor de R$ 12.000,00, com prazo de 12 
meses, será feita da seguinte forma: 
D – Seguros a Vencer 
C – Disponibilidades...................................... 12.000 
 
Mensalmente, a despesa deverá ser apropriada, da seguinte forma: 
D – Despesas com Seguros ou Seguros 
C – Seguros a Vencer....................................... 1.000 
 
EXEMPLO: 
 
Uma empresa adquiriu, em 30 de março de X1, uma apólice de seguro para o prazo de 4 meses, pagando um 
prêmio de R$ 4.800,00, metade à vista e metade no mês seguinte. Indique os lançamentos a serem feitos a cada 
mês. 
 
Em março/X1: 
D – Seguros a Vencer..................................... 4.800 
C – Bancos..................................................... 2.400 
C – Seguros a Pagar........................................ 2.400 
 
Em abril/X1: 
D – Seguros 
C – Seguros a Vencer...................................... 1.200 
D – Seguros a Pagar 
C – Bancos...................................................... 2.400 
 
Em maio/X1: 
D – Seguros 
C – Seguros a Vencer...................................... 1.200 
 
Em junho/X1: 
D – Seguros 
C – Seguros a Vencer...................................... 1.200 
 
Em julho/X1: 
D – Seguros 
C – Seguros a Vencer...................................... 1.200 
 
PROVISÕES 
 
Atualmente, de acordo com o CPC 25, o termo “provisão” refere-se a itens do passivo de prazo ou valor incertos. 
Ou seja, a provisão representa um valor que a empresa provavelmente terá que pagar, porém não sabe ainda o 
valor exato ou quando deverá pagá-lo. 
 
Assim, não existem mais provisões como: “provisão para 13º salário”, “provisão para férias” ou “provisão para 
Imposto de Renda”, que foram substituídas por “13º salário a pagar”, “Férias a pagar” e “Imposto de Renda a pa-
gar”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Em relação ao Ativo, o que antes era chamado de provisão passou a ser chamado de “perda estimada”. Assim, 
por exemplo, não se fala mais em Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, mas sim em Perda Estimada 
em Créditos de Liquidação Duvidosa. 
 
Hoje podemos citar como exemplos de provisões: 
- Provisão para riscos fiscais; 
- Provisão para riscos trabalhistas; 
- Provisão para indenizações ambientais; 
- Provisão para garantias de produtos. 
 
Condições para reconhecimento de uma provisão. 
 
De acordo com o CPC 25, para que seja reconhecida a provisão, é necessário que sejam preenchidas 3 (três) 
condições: 
a) A entidade tenha uma obrigação presente (legal ou não formalizada); 
b) Seja provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação (é mais provável que sim 
do que não). 
c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Essa estimativa é feita levando-se em conside-
ração o possível valor a pagar e a probabilidade do evento. 
 
Constituição de provisões. 
 
Na contabilização de uma provisão, debita-se uma conta de despesa e credita-a conta de provisão corresponden-
te: 
D – Despesas com Provisão 
C – Provisão 
No cálculo, normalmente considera-se o possível valor a pagar e a chance de ocorrer o evento. 
 
EXEMPLO: 
 
Considere que existem dois processos trabalhistas contra determinada empresa, em que os advogados conside-
ram provável que a mesma seja obrigada a desembolsar valores, trazendo a tabela abaixo os desembolsos pro-
váveis e chances de ocorrência: 
 
 
 
Valor provisão: R$ 100.000 X 70% + R$ 150.000 X 80% = R$ 190.000,00 
 
Na constituição da provisão, será feito o seguinte lançamento: 
D – Despesa com Provisão para Riscos Trabalhistas.... 190.000 
C – Provisão para Riscos Trabalhistas.......................... 190.000 
 
Realização de provisões. 
 
Realização de uma provisão é a contabilização do gasto, o qual só ocorrerá no efetivo desembolso, se houver. 
Na realização, debita-se a conta de provisão correspondente e credita-se a conta de onde saíram os recursos. 
 
EXEMPLO: Aproveitando o exemplo anterior, consideremos que a empresa perder de fato as ações A e B e teve 
que desembolsar à vista R$ 180.000,00. 
 
Nesse caso, a realização da provisão será feita da seguinte forma: 
D – Provisão para Riscos Trabalhistas.......... 180.000 
C – Bancos................................................... 180.000 
 
 
 
 
 
 
 
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Reversão de provisões. 
 
Após realização da provisão (desembolso dos valores), pode restar um saldo, pelo fato de o valor pago ter sido 
maior que o previsto, ou ainda a provisão pode nem chegar a se realizar, não ocorrendo a situação que motivou 
sua contabilização. 
 
Nesse caso, pode ser feita a reversão da provisão, tendo como contrapartida uma conta de receita. 
 
EXEMPLO: 
Ainda levando em conta o nosso exemplo, após a realização da provisão restou um saldo de R$ 10.000,00 (dife-
rença entre os R$ 190.000 provisionados e os R$ 10.000 pagos). Nesse caso, se não houver outras ações traba-
lhistas em curso em relação às quais queira a empresa fazer provisão, pode ele reverter o valor da provisão, o 
que será feito da seguinte forma: 
D – Provisão para Riscos Trabalhistas............10.000 
C – Receita com Reversão de Provisões......... 10.000 
 
PASSIVOS CONTINGENTES 
 
De acordo com o CPC 25, um passivo contingente pode ser: 
a) uma obrigação possível (mas não provável) cuja existência será confirmada pela ocorrência ou não de eventos 
incertos. 
b) uma obrigação presente, mas cuja saída de recursos não seja provável; ou 
c) uma obrigação presente, mas acerca da qual não se possa fazer uma estimativa confiável de valor. 
 
Assim, as formas de distinguir provisão de passivo contingente referem-se: 
a) à probabilidade de necessidade de pagamento (na provisão, a chance de ter que pagar é maior do que não ter 
que pagar; no passivo contingente, o oposto). 
b) à possibilidade de se realizar uma estimativa confiável sobre o valor que deverá ser eventualmente pago (se 
não for possível fazer uma estimativa confiável, tratar-se-á de um passivo contingente). 
O mais importante sobre os passivos contingentes é saber que eles não são contabilizados, constando somente 
das notas explicativas das demonstrações contábeis. 
 
OBSERVAÇÃO: Se o desembolso de recursos for muito pouco provável (remoto), não será considerado passivo 
contingente. Ou seja, o passivo contingente pode ser pouco provável, mas não remoto. 
 
Assim, por exemplo, uma empresa não precisa colocar em suas notas explicativas a possibilidade de prejuízos 
com a ocorrência de um terremoto que pode eventualmente vir a ocorrer. 
 
PERDAS ESTIMADAS DO ATIVO 
 
Já vimos que, de acordo com os pronunciamentos técnicos do CPC, a expressão “provisões” só se aplica a passi-
vos de prazo incerto ou valor indeterminado. 
 
Assim, não se fala mais em provisão, em se tratando de componente do Ativo, usando-se o termo “perdas estima-
das”, mas os conceitos são semelhantes. 
 
As perdas estimadas são registradas quando houver alta probabilidade de que ocorra diminuição no valor realizá-
vel de ativos e são registradas em contas retificadoras do Ativo, contabilizadas contra contas de despesas. 
 
Entre as perdas estimadas do Ativo mais comuns, temos: 
a) Perda Estimada em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) – anteriormente denominada Provisão para 
Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD); 
b) Perda Estimada em Estoques; 
c) Perda Estimada por Redução ao Valor Recuperável. 
 
Perda Estimada em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD. 
 
 
 
 
 
 
 
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A Perda Estimada em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) é conta retificadora dos valores a receber de 
clientes (normalmente de “Duplicatas a Pagar” ou de “Clientes”), que traduz a perda estimada por inadimplência 
dos pagadores. 
 
Critérios de cálculo da PECLD. 
 
Há dois critérios que podem ser utilizados para a apuração da PECLD: 
• Critério das Perdas Esperadas; 
• Critério das Perdas Efetivas. 
 
Pelo critério das perdas esperadas, calcula-se a perda de acordo com sua experiência anterior, com o saldo de 
Clientes ou Duplicatas a Receber e com o nível de risco dos clientes. Exemplo: 
 
 
 
Esse critério não é aceito pela legislação fiscal, que somente admite o das perdas efetivas (se utilizado o critério 
das perdas esperadas, o valor das despesas reconhecidas como perdas deverá ser adicionado ao lucro real). 
 
De acordo com a legislação fiscal, só são dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contri-
buição sobre o Lucro (CSLL) despesas com perdas em créditos de clientes em algumas situações, previstas no 
art. 9º da Lei 9.430/96: 
“Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzi-
das como despesas, para determinação do lucro real, observado o disposto neste artigo. 
§ 1º Poderão ser registrados como perda os créditos: 
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder 
Judiciário; 
II - sem garantia, de valor: 
a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de inicia-
dos os procedimentos judiciais para o seu recebimento; 
b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos há mais de 
um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a 
cobrança administrativa; 
c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os pro-
cedimentos judiciais para o seu recebimento; 
III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para 
o seu recebimento ou o arresto das garantias; 
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, relativamente à 
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar (...)” 
 
Contabilização da PECLD 
A contabilização da PECLD é feita a débito de conta de despesa com PECLD (uma de vendas), contra conta pró-
pria de PECLD (retificadora de Clientes ou Duplicatas a Receber). 
 
EXEMPLO: 
 
Se uma empresa tiver a receber de clientes o valor de R$ 100.000, e considerar que a inadimplência será de 5%, 
fará o seguinte lançamento: 
D – Despesas com PECLD 
C – PECLD..................................................... 5.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No balanço patrimonial, as contas aparecerão da seguinte forma no Ativo Circulante: 
Clientes.................................................... 100.000 
(‒) PECLD................................................ (5.000) 
 
Realização da PECLD 
A PECLD vai sendo realizada conforma vão sendo baixados os valores incobráveis da conta “Clientes”. 
Assim, vamos supor que a empresa queira dar baixa em uma duplicata de R$ 2.000, da qual não espera mais 
receber. 
 
Nesse caso, faria o seguinte lançamento: 
D – PECLD 
C – Clientes.................................................... 2.000 
 
Perda Estimada em Estoques 
A PEE – Perda Estimada em Estoques tem a mesma natureza e é contabilizada de forma semelhante à PECLD, e 
via de regra, a despesa correspondente não é dedutível para fins de Imposto de Renda. 
 
Perda por Redução ao Valor Recuperável 
A perda por redução ao valor recuperável decorre do chamado “teste de recuperabilidade” ou “impairment test”. 
O impairment test constitui-se em uma série de análises para verificação da adequação do valor do bem ao seu 
valor de mercado. 
As perdas havidas com o teste de recuperabilidade não podem ser deduzidas para fins tributários. 
 
A entidade deve realizar tal teste sempre que tiver evidências de que um ativo está desvalorizado, sendo que os 
seguintes bens devem sofrer tal teste anualmente: 
a) ativo intangível com vida útil indefinida; 
b) ativo intangível ainda não disponível para uso. 
c) goodwill (ágio pago por expectativa de rentabilidade futura) 
 
Relacionados ao testes de recuperabilidade, temos os seguintes conceitos: 
 
Valor contábil: montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva 
depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas. 
 
Valor justo: preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo 
em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 
 
Valor em uso: valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade 
geradora de caixa. 
 
Valor recuperável: maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. 
O ativo estará desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável. Não se requer que a entida-
de faça uma estimativa formal do valor recuperável se não houver indicação de possível desvalorização. 
 
Contabilização 
A contabilização é feita reconhecendo-se uma perda (conta de resultado), contra uma conta retificadora do ativo: 
D – Perda com desvalorização de ativos (resultado) 
C – Perda por desvalorização (retificadora ativo) 
Como essa despesa não é dedutível do IRPJ, deve a adição respectivaser feita no LALUR – Livro de Apuração 
do Lucro Real. 
 
Reversão 
De acordo com o CPC 01 “Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, ex-
ceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser revertida se, e somente se, tiver havido 
mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desva-
lorização que foi reconhecida.” 
 
A reversão não pode ser maior do que o valor da perda anteriormente reconhecida. 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
 
PÍLULAS 
 
AJUSTE AO VALOR PRESENTE NAS OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDAS A PRAZO 
 
Atualmente, as normas contábeis exigem que, nas compras e vendas a prazo, sejam contabilizados em separado 
o custo dos juros embutidos nas operações, os quais devem ser reconhecidos mensalmente durante o prazo con-
cedido ou obtido, seguindo o regime de competência. 
 
Exemplo: Empresa vende mercadorias no valor de R$ 100.000, sendo metade à vista e metade a prazo, para 
recebimento em 3 meses, sendo que se a venda fosse realizada totalmente à vista, o valor cobrado seria de R$ 
95.000. 
 
CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
a) Capital Social 
b) Reservas de Capital 
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
d) Reservas de Lucros 
e) Ações em Tesouraria 
f) Prejuízos Acumulados. 
 
TEORIAS DE CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS 
 
a) Teoria Patrimonialista: contas patrimoniais e de resultado. 
- Contas Patrimoniais: representam elementos do Ativo, Passivo e PL. 
- Contas de Resultado: receitas e despesas. 
 
b) Teoria Personalista: contas dos proprietários, dos agentes consignatários e dos agentes correspondentes. 
- Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações, como receitas e 
despesas. 
- Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a guarda os bens (Ativo), ou 
seja, que representam os bens. 
- Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações 
(Passivo). 
 
c) Teoria Materialista: contas integrais e diferenciais. 
- Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da entidade, ou 
seja, Ativo e Passivo Exigível. 
- Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das despesas da 
entidade.

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