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fisiologia endócrina - parte 03 @med_rabiscos

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TAISE TERRA MED_RABISCOS 
 
 
 
 
 
 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
• Formado pelas ilhotas de Langerhans 
• Principais hormônios liberados: insulina, glucagon e 
somatostatina 
 
Ilhotas 
• Unidade funcional 
• Pode variar em torno de um milhão 
• 4 principais células: alfa, beta, delta e células F 
• Elementos vasculares e neurais 
• Células beta: secretam insulina, pró-insulina, peptídeo C 
e anilina; distribuídas por toda ilha, mas de preferência 
no centro dela 
• Células alfa: secretam glucagon; mais na periferia da 
ilhota 
• Células delta: secretam somatostatina (ação inibitória) 
• Células F (polipeptídeas pancreáticas): secretam PP 
polipeptídeo pancreático 
• As células da ilhota recebem informação de todo o corpo, 
e podem se comunicar entre si; grupo de comunicação 
dividido em: comunicação humoral, comunicação célula 
a célula e comunicação neural 
• O suprimento sanguíneo favorece a comunicação 
humoral (ação parácrina favorecido) ® flui do centro em 
direção à periferia 
• As células dentro da ilhota podem influenciar a secreção 
das outras uma vez que o fornecimento do sangue é 
direcionado pra fora da ilhota ® glucagon estimula 
insulina, enquanto a insulina inibe de forma mais 
modesta o glucagon; a somatostatina inibe a secreção de 
insulina e glucagon 
• Comunicação neural: ocorre por inervação simpática e 
parassimpática. A parassimpática aumenta a secreção de 
insulina; o simpático pode ter efeito estimulador ou 
inibidor (se for beta-adrenérgica estimula, se for alfa-
adrenérgica inibe) 
 
 
INSULINA 
• Primeiro hormônio (a ser isolado, usado em tratamento, 
estrutura determinada, descoberta do funcionamento, 
sintetizado a partir de pró-hormônio, produzido por DNA 
recombinante, etc) 
• Importância da descoberta; qualidade de vida 
• Regulação metabólica e principais alvos (fígado, músculo, 
tecido adiposo) 
• Estrutura: hormônio peptídico formado por duas cadeias 
(A- com 21 aminoácidos; e B- com 30 aminoácidos); duas 
pontes de sulfeto unem as cadeias, e ainda tem uma ponte 
na cadeia A 
• É produzida apenas nas células beta da ilhota, codificada 
por um único gene que fica no braço do cromossomo 11 
• A síntese e secreção são estimuladas por exposição à 
glicose (glicose precisa ser metabolizada dentro da célula) 
• Formada como pré pró hormônio e depois pró-hormônio 
(pró-insulina) ® estrutura com cadeia A, B e peptídeo C 
(conector) ® toda vez que as células beta são estimuladas 
temos a secreção da insulina junto com o peptídeo C 
• Peptídeo C: pra cada insulina, um peptídeo C, então é um 
marcador importante pra paciente que faz uso de insulina 
exógeno 
 
Liberação de insulina estimulada por glicose 
• A glicose é o principal regulador da secreção de insulina 
• Aumentos modestos da concentração de glicose 
plasmática provocam aumentos significativos na secreção 
de insulina ® aumenta pouca glicose, aumenta muita 
insulina 
Estimulam a secreção de 
insulina 
Inibem a secreção de 
insulina 
#Glicose, # aminoácidos e 
proteínas, #AGL (ácidos 
graxos), cálcio, atividade vagal 
(parassimpática colinérgica), 
atividade beta-adrenérgica, 
glucagon (via parácrina), GIP 
(inibidor gástrico), obesidade 
(diabetes tipo 2), cortisol, 
potássio, acetilcolina, 
fármacos sulfonilureia 
(tolbutamida, gliburida) 
Baixa glicose ($ glicemia), 
jejum, exercício, 
somatostatina, agonistas alfa-
adrenérgicos, diazóxido 
Lembrar que beta estimula e alfa inibe! 
 
® efeito do exercício sobre a secreção de insulina: em 
exercício ativa o simpático (que pode ativar tanto beta, 
quanto alfa adrenérgico); alfa-adrenérgico para evitar a 
hipoglicemia; impedir captação excessiva de glicose para o 
músculo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
fisiologia endócrina fisiologia endócrina 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
aula 03 
 
 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
Mecanismo de secreção de insulina pelas células beta do 
pâncreas pela glicose 
 
• O principal estimulador é a glicose 
• Aminoácidos e ácidos graxos: vias semelhantes da glicose 
• Glucagon: ativa proteína fosfolipase C 
• Somatostatina: inibe mecanismos pelo qual o glucagon 
estimula 
• Glicose plasmática entra na célula beta por canais 
especíveis de glicose (GLUT 2) – difusão facilitada 
• Lá dentro a glicose é fosforilada a glicose-6-fosfato pela 
enzima glicocinase 
• Glicose-6-fosfato é oxidada e um dos produtos é ATP ® 
esse ATP vai fechar canais de potássio que são ATP 
dependentes ® quando fechados o potássio fica retido 
dentro da célula (carga positiva dentro) ® célula 
despolariza e abre canais de cálcio que são voltagem 
dependentes 
• O cálcio entra! ® o aumento da concentração de cálcio 
intracelular é responsável pela ancoragem da membrana 
da vesícula secretora que está armazenando insulina 
com a membrana plasmática da célula – fusão leva à 
abertura da vesícula e secreção da insulina 
• Uma vez secretada na corrente sanguínea, a insulina em 
cada tecido alvo vai se ligar ao seu receptor ® receptor 
tetrâmero de tirosinacinase (duas subunidades alfa 
extracelulares e duas cadeias beta) 
 
• Muito mais receptores presentes do que o necessário 
(pra resposta máxima, fica só 5% deles ocupados) 
• O número de receptores presentes é determinado por: a 
síntese desse receptor, a endocitose do receptor seguida 
por reciclagem do receptor de volta à superfície, 
endocitose seguida por degradação dos receptores 
• Insulina faz down regulation – reduz os receptores, 
diminuindo a síntese e aumentando a degradação – isso 
resulta na diminuição da sensibilidade do tecido à 
insulina levando à diabetes tipo 2 
• Semelhante a receptor das IGFs (somatomedinas): isso 
explica a importância da insulina junto ao papel do 
hormônio do crescimento; ação conjunta 
 
Ações da insulina 
• Diminuição da concentração de glicose sanguínea 
o Insere Glut 4 nas membranas celulares, pra glicose 
entrar e ser armazenada 
o Estimula a formação de glicogênio a partir de 
glicose 
o Diminui a glicogenólise 
o Intensifica a glicólise 
o No fígado: promove o armazenamento de glicose 
como glicogênio 
o No músculo: estimula captação de glicose e 
armazenamento como glicogênio 
o Nos adipócitos: captação de glicose e conversão em 
triglicerídeos para armazenamento 
• Estimula deposição de lipídeos 
o Inibe a lipólise 
o Aumenta a lipogênese 
o Estimula a formação de glicerol e ácido graxo 
sintase 
• Promove o acúmulo de proteínas em seus tecidos alvo 
primários 
o Aumenta captação de aminoácidos 
o Aumenta síntese proteica 
o Diminui degradação 
A insulina quer armazenar: pra disponibilizar pelo glucagon 
em momentos de jejum!! 
 
 
 
 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
Fisiopatologia da insulina 
o Principal: diabetes melito 
o Tipo I: secreção de insulina inadequada; frequentemente 
autoimune; pacientes precisam fazer uso da insulina 
o Tipo II: resistência à insulina nos tecidos-alvo (down 
regulation feita pela própria insulina); obesidade 
(regulação para menos receptores insulina) 
 
GLUCAGON 
• Também liberado pelas ilhotas 
• Secreção pelo estímulo de ingestão de proteínas 
(aminoácidos) 
• Principal tecido alvo é o fígado 
• O glucagon promove a utilização e mobilização de 
combustíveis metabólicos 
• Também é sintetizado como pré-pró-hormônio 
• Ação de regulação do metabolismo de carboidratos e 
lipídios 
• Ações antagonistas às da insulina 
• Estimula a via da proteína Gs (adenilciclase) ® célula alfa 
• Nas células beta o glucagon ativa a via da proteína Gq 
(fosfolipase C) 
• Principais ações: 
o Inativa glicogênio sintase 
o Aumenta gliconeogênese hepátca 
o Aumenta conversão de aminoácidos em glicose 
o Aumenta lipólise nas células hepáticas 
• Durante o jejum: queda da insulina e aumento do 
glucagon; promove cetogênese 
• Ação parecida com a da adrenalina 
• Diferente da insulina, o glucagon # concentração 
plasmática de glicose, #ácidos graxos # cetoácidos 
 
 
 
REGULAÇÃO DE CÁLCIO 
• Importância para secreção de hormônios 
• Contração musculare condução nervosa 
• Ativação enzimática 
• Componente dos ossos 
• Existe em 3 formas no plasma: livre e ionizado, ligado a 
alguma proteína (albumina) e complexado com outros 
ânions orgânicos 
• A forma livre e ionizada é a mais importante para 
regulação da secreção dos hormônios (PTH e vitamina D) 
• Homeostase global do cálcio envolve interação 
coordenada de 3 sistemas e 3 hormônios: ossos, sistema 
renal (reabsorve) e TGI (absorve da alimentação); 
vitamina D, paratormônio, calcitonina 
 
 
Paratormônio (PTH) 
• Hormônio peptídico secretado pelas paratireoides 
• Função de manter a concentração plasmática de cálcio 
normal (cálcio ionizado livre) 
• Paratireoides constituídas de células principais, que 
secretam PTH 
• O principal regulador de PTH é o cálcio plasmático 
ionizado 
• Regulação da calcemia pelo paratormônio: 
o Se a concentração de cálcio cai, ativa a secreção 
de PTH 
o Receptores sensores de cálcio ligados a proteína 
Gq, ativa fosfolipase C 
o Paratormônio na corrente sanguínea 
• Ações do PTH: 
 
 
 
TAISE TERRA MED_RABISCOS 
• Nos ossos e nos rins são ações diretas 
• Ossos: reabsorção – tirar cálcio dos ossos e colocar na 
corrente; osteoblastos ativam osteoclastos de forma 
indireta, então quem tem receptores são osteoblastos; 
dos ossos vem o cálcio e o fosfato combinado, então 
nos rins o PTH aumenta reabsorção de cálcio e inibe de 
fosfato, mandando fosfato embora na urina (isso pra 
ter cálcio livre) 
• Intestino: indireta; participa da ativação da vitamina D, 
pra que ela aumente a absorção de cálcio no intestino 
 
Síntese de vitamina D 
• Segundo principal hormônio regulador do metabolismo 
do cálcio 
• Vitamina D quer promover a mineralização dos ossos, 
enquanto que o PTH quer manter a concentração 
plasmática de cálcio 
 
• Formação da vitamina D3 
• Vitamina D2 vem exclusivamente da dieta: fonte 
vegetal 
• A primeira ativação acontece no fígado, mas pra 
forma ativa mesmo vai ser só nos rins 
• Em concentração de cálcio normal vai pro lado inativo 
• Ações da vitamina D: 
o Intestino: aumenta a absorção de cálcio e de 
fosfato 
o Rins: também estimula reabsorção de cálcio e 
de fosfato 
o Ossos: atua sinergicamente com o PTH; 
estimulando a atividade dos osteoclastos e a 
reabsorção óssea. Os osteoclastos tiram o “osso 
velho” pra disponibilizar mais cálcio e fosfato, 
para que um novo osso possa ser mineralizado 
 
o Calcitonina: ação inibitória sobre a reabsorção óssea 
(diminui a concentração plasmática); diferente do PTH 
e vitamina D, não tem papel tão importante, a ausência 
não vai fazer muita diferença no controle metabólico 
do cálcio

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