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Linfonodos - Semiologia med_rabiscos

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Taise Terra @med_rabiscos
(Linfonodos)
Sistema linfático: órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos
linfáticos, capilares linfáticos ® retorno do excesso de líquido intersticial
para a corrente sanguínea, respostas imunes específicas, absorção e
retorno de líquidos provenientes dos alimentos
infecção virótica ou bacteriana, às vezes de curso
subclínico
nas linfadenopatias crônicas ou persistentes:
o
possibilidade de afecções inflamatórias inespecíficas,
ou
ainda
específicas
rubéola,
(tuberculose,
sífilis,
Órgãos / tecidos linfoides primários: medula óssea e timo
Órgãos / tecidos linfoides secundários: linfonodos
toxoplasmose,
mononucleose,
citomegalovirose, AIDS)
o
diferenciação na anamnese
Introdução aos linfonodos
• Embriologia: 3º mês; espessamentos focais do mesênquima ao longo
•
•
Crianças: é normal que a maioria dos linfonodos sejam palpáveis;
infecções repetidas nessa idade
Acima de 40 anos: linfadenomegalia linfática é mais frequente;
prevalecem casos anteriores
dos condutores linfáticos
• Tecido linfoide: linfonodos, baço, amigdalas, timo, placas de Peyer
(intestino)
• Distribuição: relação direta com a região de maior contato com o meio
externo – vias aéreas digestivas superiores ® região cervical (onde
entra ar e alimento)
• A superfície alveolar é a maior área de contato com o meio externo
• Varia com a idade: na infância tem muito ® infecções agudas nos
aparelhos respiratório e digestivo são mais comuns
Anamnese das linfadenopatias
•
•
•
Tomar HMA
Anamnese dirigida para linfadenopatia
Aspectos a serem questionados:
o
Época do aparecimento (pra saber se é aguda ou
crônica)
o
o
Modo como os linfonodos foram notados (dor, visão)
Sintomas
(febre)
Anatomia
e
sinais causados pela linfadenopatia
•
Quando normais: estruturas ovoides, de difícil palpação, móveis,
elásticos, com superfície lisa, diâmetro 1-1,5mm, indolor
o
Alteração prévia ao aparecimento de linfonodos
(batidas, traumas, infecções)
•
Circunscritos por uma cápsula de tecido conjuntivo, que
é
Exame físico
perfurada em vários pontos pelos vasos linfáticos aferentes, que
desaguam no seio periférico de localização subescapular
•
•
•
Mais importante: palpação
Seguido de ectoscopia
Nas linfadenomegalias de cadeias profundas, a exame físico é
pouco esclarecedor, sendo necessários exames complementares
de imagem
•
•
Seio periférico emite prolongamentos para
o
interior dos
linfonodos que terminam no seu hilo, de onde saem os vasos
linfáticos eferentes a outros linfonodos que atingem os ductos
torácicos
Ductos torácicos ® veias subclávicas
•
Aspectos importantes que devem ser descritos: localização,
número de linfonodos, cor da pele local, temperatura local,
sensibilidade a palpação, forma, dimensões, superfície (lisa ou
nodular), bordas (bem delimitadas ou não), consistência,
flutuação, relação com estruturas vizinhas, estado dos tecidos
vizinhos
Fisiologia
•
•
•
Defesa do organismo contra agressões externas, processos
infecciosos, substâncias tóxicas, tumores malignos
Reter, destruir ou retardar a difusão de bactérias, vírus, metástase
no organismo
Ativos na produção de anticorpos, através dos plasmócitos e
linfócitos, constituindo também a principal fonte dos linfócitos
periféricos e dos linfócitos T ® combate a neoplasias
LINFONODOS INFLAMATÓRIOS
LINFONODOS NEOPLÁSICOS
•
Evolução
rápida
com
•
Evolução
progressiva,
presença de sinais flogísticos
(hiperemia, hipertermia)
Doloroso
Múltiplos desde o início
Superfície regular e lisa
Menores que 2cm
Flutuação com poucos dias
Celulite nos tecidos vizinhos
Sinais sistêmicos de infecção
inicialmente silenciosa
•
Indolor (dói somente quando
Patologia
•
•
•
•
•
•
•
a
capsula estiver bem
•
Se envolve de maneira secundária em processos patológicos,
exceto no linfoma (doença primária)
distendida)
•
•
•
•
•
•
•
•
Pele sem alterações de cor
Normotermia local
Únicos no início do processo
Superfície irregular
Maior que 2cm
Flutuação só nos avançados
Ausência de celulite
Sem sinais sistêmicos de
infecção
•
3 mecanismos de aumento dos linfonodos:
o Hiperplasia reacional: por estímulo antigênico
(processo infeccioso); linfonodo aumenta de tamanho
porque vai neutralizar por ação leucocitária as toxinas
bacterianas presentes
o Invasão do linfonodo por células extrínsecas:
microrganismos / macrófagos; pode haver formação de
abscesso ou necrose
o Neoplasia primária: linfomas
Obs: tuberculose geralmente não gera sinais de inflamação no linfonodo. Ele
pode flutuar apenas quando a bactéria infectar o linfonodo, causando
necrose
•
Manifestação: aumento de volume de um linfonodo ou de uma
cadeia linfonodal ® pode ser progressivo ou contínuo
Pode ou não estar associado a sinais flogísticos (de inflamação)
Dor: depende da presença ou não de processo inflamatório, da
velocidade do aumento de volume do linfonodo, ou ainda da
compressão de nervos
•
•
Regional ou generalizada
•
Importância diagnóstica na diferenciação
•
Sinais comuns que devem ser descritos ao fazer palpação:
alteração da forma, consistência, aspecto palpatório de
superfície, mobilidade, fixação total ou parcial a estruturas
anatômicas vizinhas, coalescência
LINFADENOMEGALIA GENERALIZADA
•
•
Caráter sistêmico
Comumente encontrada em doenças do colágeno (lúpus eritematoso
sistêmico), processos infecciosos e neoplasias primárias do sistema
reticuloendotelial
FAIXA ETÁRIA
Pacientes abaixo de 40 anos
•
•
Infecções: AIDS, HTLV, mononucleose, citomegalovírus, sífilis
secundária, blastomicose, toxoplasmose, tuberculose
Não infecciosas: doenças do colágeno, neoplasias primárias do sistema
reticuloendotelial, medicamentos (fenitoína, penicilina, captopril)
•
o
nas linfadenopatias agudas ou subagudas: pensar em
hiperplasia reacional transitória, secundária a uma
Taise Terra @med_rabiscos
LINFADENOPATIA DA CABEÇA E PESCOÇO
dorso-lombar, febre, constipação
e
obstruções intestinais,
•
Linfonodos submentonianos (abaixo do queixo),
ascite, edema MMII, alterações urinárias por compressão das
vias urinárias, icterícia por compressão das vias bilaterais
Causas: infecções linfadenite mesentérica, linfadenite
secundária, tuberculose; neoplasias malignas (metástase de
tumores de órgãos abdominais; neoplasias primárias dos
linfonodos)
submandibulares, jugulares altos, jugulares
médios, jugulares baixos, trígono posterior e
compartimento anterior ou viscerais ® colocar
localização no prontuário
Causas: infecção, metástase, linfomas,
sarcoidose
Infecção: das vias aéreas superiores, dentárias,
da pele da face, do couro cabeludo,
mononucleose, tuberculose, toxoplasmose,
rubéola, sífilis, blastomicose
•
•
•
•
•
Metástase: vias aerodigestivas superiores,
tireoide, pele, face e couro cabeludo, partes
moles cervicofacial, órgãos intratorácicos,
mama, órgãos abdominais, testículo e ovário
Sarcoidose: sem causa definida, suspeita de
sílica. Lesão pulmonar, pele, esplenomegalia, aumento de
linfonodos cervicais. Biopsia indica doença granulomatosa,
semelhante à tuberculose
LINFADENOPATIA AXILAR
•
•
•
•
•
Drenam linfa de MMSS, parede torácica, parede abdominal
lateral e superior e parte das mamas
Axilares anteriores: primeiros acometidos nos casos de
carcinoma mamário
Palpação: palpar axila (região anterior, posterior, profunda,
procurando linfonodos)
Esporotricose (gatos): fungo vem subindo da mão ao braço, até
chegar na cervical ® lesão em rosário
Linfadenopatia cervico-axilar: infecções inespecífica da MMSS,
parede torácica, parede abdominal lateral e superior, mamas,
sífilis, brucelose, tuberculose por inoculação BCG, tularemia
(coelho), doença da arranhadura do gato, esporotricose
Metástase: mama, pele
•
•
•
Linfomas
Linfadenopatia pós BCG: vacina mal feita; reação; pode ser
cervical ou axilar
LINFADENOPATIA INGUINAL
•
Superficiais e profundos
•
Superficial: maior área de drenagem; parede abdominal anterior
abaixo do umbigo, pênis, escroto, vulva, períneo, região glútea,
região anal, mucosa vagina, MMII
•
•
•
•
•
•
Linfonodo de Cloquet: próximo ao ligamento inguinal, pode
drenar qualquer parte dessa região
Causas por infecções: inespecíficas, pós-traumáticas– erisipela;
doença arranhadura do gato; tifo exantemático; leptospirose
Infecções de origem venérea: linfogranuloma venéreo; cancro
de ducrey; sífilis; uretrites
Dermatoses fito e zooparasitárias: tinea cruris, tinea pedis,
pediculose pubiana
Metástase: pênis, vulva e vagina, pele de escroto, canal anal,
pele
Linfomas
LINFADENOPATIA MEDIASTINAL
•
O aumento de volume dos linfonodos mediastinais é na maioria
assintomático, achado casual em radiografia (pronfundos)
Sinais sintomas indiretos: tosse (obstrui brônquio),
•
e
o
hemoptise, calcificação de linfonodos, mediastinite, obstrução
da veia cava superior, rouquidão (compressão nervo laríngeo
recorrente), fístula broncoesofagiana (caseificação), disfagia
(compressão)
•
Principais causas: infecções inespecíficas do pulmão
(pneumonia), tuberculose pulmonar, histoplasmose
Sarcoidose
Pneumoconioses (silicose, beriliose, asbestose)
Metástase e linfomas
•
•
•
LINFADENOPATIA ABDOMINAL
•
•
Só detecta no exame físico se atingir volume considerável
Sinais sintomas indiretos: desconforto abdominal,
perturbações digestivas por compressão, dor abdominal, dor
e
Taise Terra @med_rabiscos
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