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RESUMO DE PATOLOGIA – TAISE TERRA @MED_RABISCOS morte celular: necrose MORTE CELULAR • Acontece quando as funções vitais de uma célula são interrompidas • Tipos mais relevantes: necrose e apoptose • Necrose ® processo patológico • Apoptose ® auxilia muitas funções normais e não é, necessariamente, associada à lesão celular • A persistência com o dano faz a lesão se tornar irreversível de oxigênio do sangue (anemia, envenenamento com monóxido de carbono, após grave perda sanguínea) AGENTES FÍSICOS Trauma mecânico, extremos de temperatura, alterações bruscas da pressão atmosférica, radiação e choque elétrico AGENTES QUÍMICOS E DROGAS Substâncias simples (glicose hipertônicas podem lesar eletrolítico; perigo: arsênio, cianeto, sais mercúricos e sal) em concentrações a célula afetar equilíbrio e o AGENTES INFECCIOSOS: alguns exemplos de agentes biológicos causando a lesão ® riquétsias, bactérias, fungos, etc. REAÇÕES IMUNOLÓGICAS NECROSE • Definição: um tipo de morte onde as funções vitais são interrompidas/paralisadas de forma irreversível. Ou seja, uma sequência de eventos irreversíveis para aquela célula • Morte celular: de uma ou mais células; não significa perda de função por inteiro, nem do indivíduo • Forma “acidental” e desregulada de morte celular, resultante de danos às membranas celulares e perda da homeostase de íons • Reações lesivas aos autoantígenos endógenos (doenças autoimunes) • Reações imunes a agentes externos (vírus e substâncias ambientais) DEFEITOS GENÉTICOS: causam lesão devido à deficiência de proteínas funcionais, como os defeitos enzimáticos dos erros inatos do metabolismo ou o acúmulo de DNA ou proteínas modificadas, entre outros, disparando morte celular quando são irreparáveis • Lesão nas membranas grave faz com que as enzimas lisossômicas entrem no citoplasma para digerir a célula • Reação inflamatória da necrose: decorrente dos conteúdos celulares perdidos através da membrana lesada, para o espaço extracelular, causando uma reação no hospedeiro ® inflamação DESEQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS • Deficiência proteico-calórica (mais em população desfavorecida) • • • Anorexia nervosa (inanição autoinduzida) Excesso também é problemático! Excesso de colesterol ® aterosclerose Quando falta oxigênio existe um determinado ponto de não retorno (se ultrapassa é irreversível). Onde fica esse ponto? Quando o pH começa a cair, DNA condensa e o cálcio começa a aumentar (não é um ponto bem definido, porque cada célula responde de uma forma diferente, mas esses fatores são bem • Etiologia (causa): diversos fatores/agressões podem levar à necrose; de natureza física (queimadura pelo calor, radiações, acidente automobilístico), microbiológicas (bactérias), químicas (substâncias cáusticas); lembrar que a causa da necrose é uma agressão ® mas nem toda agressão provoca necrose (depende do grau, do tipo, do indivíduo, etc) preocupantes) ® incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial e alterações profundas na função da membrana ASPECTOS MICROSCÓPICOS • Alterações nucleares (diagnóstico de necrose é dado por aqui) ® núcleo contraído e condensado (picnose nuclear: condensação ou contração do material nuclear; retração nuclear e aumento da basofilia); fragmentação do núcleo picnótico em vários pequenos pedaços, que ficam soltos pela célula (cariorrexe – fragmentação); ausência total de material nuclear em algumas células (cariólise); ação enzimática de endonucleases Necrose é o padrão de morte celular encontrado em diversas agressões comuns, como as que se seguem à isquemia, exposição a substancias toxicas, varias infecções e trauma. Causas da lesão celular PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO (HIPÓXIA) Causa lesão celular por reduzir a respiração oxidativa aeróbica, comprometendo na produção de ATP podendo levar a celular a sofrer degeneração hidrópica ($ bomba NaK # água) ou esteatose ($ ciclo de Krebs # acetil coa # gordura) Células aumentada, com eosinofilia perda de partículas de glicogênio, células mortas substituídas por figuras de mielina (massas fosfolipídicas) • • Degeneração hidrópica e esteatose ® reversíveis Diminuição da síntese de proteínas: $O2 ® #glicólise (pra produzir ATP)® # piruvato ® #ácido lático ® $pH ® $síntese proteica por causa da condensação do DNA (não faz transcrição)® necrose ® Microscopia eletrônica: membrana plasmática organelas descontínuas, e • Aumento dos níveis de cálcio: cálcio é armazenado dentro das organelas e, para manter os níveis de cálcio baixos, existem as bombas (precisam de ATP pra funcionarem). $ O2 #níveis de cálcio: provoca a ativação de fosfolipases e proteases (degrada membrana e citoesqueleto) dilatação acentuada das mitocôndrias, figuras de mielina intracitoplasmáticas ® alterações nucleares • Alterações citoplasmáticas: existem, mas são visíveis apenas ao microscópio eletrônico (citoesqueleto degradado, mitocôndria com alterações morfológicas, retículo desmanchando) • Causas da hipóxia: redução do fluxo sanguíneo (isquemia), oxigenação inadequada do sangue devido à insuficiência cardiorrespiratória, redução da capacidade de transporte RESUMO DE PATOLOGIA – TAISE TERRA @MED_RABISCOS TIPOS DE NECROSE Relacionado aos aspectos Alterações morfológicas na lesão celular A lesão reversível é caracterizada por tumefação generalizada da macroscópicos do tecido (cor, consistência, etc.)® resultado da desnaturação de proteínas As células necróticas são incapazes de manter célula e organelas (aumento de volume), formação de bolhas na membrana plasmática, destacamento dos ribossomos do RE, e agregação da cromatina nuclear ® associado à diminuição da produção de ATP, perda da integridade da membrana celular, deficiência na síntese de proteínas, e danos ao citoesqueleto e ao DNA. ® quando reversível o efeito é a perda de função celular; caminhando pra irreversível vai levar à morte celular (alterações bioquímicas, ultraestruturais, à microscopia óptica, morfológicas macroscópicas a integridade da membrana, e seus conteúdos sempre são liberados no meio externo, provocando inflamação no tecido circundante. intracelulares e da digestão enzimática da célula lesada letalmente NECROSE ISQUÊMICA/COAGULATIVA o Associada a isquemia (falta de irrigação sanguínea) o Bloqueio da proteólise das células mortas o Ex: infarto do miocárdio (obstrução de artéria coronária por placa aterosclerótica – miocárdio pode necrosar); é a necrose de uma porção do coração causada pela morte de muitas células miocárdicas; infiltrado inflamatório (neutrófilos) EVOLUÇÃO Progressão clínica; o que pode acontecer depois da necrose? • Regeneração: recuperação/reestabelecimento do oNecrose renal: coloração branco padrão morfológico e funcional do tecido ® para isso é essencial que o tecido tenha capacidade de responder a estímulos regenerativos; precisa de capacidade mitótica. Processo inflamatório com macrófago para remover as células mortas da área – por meio de mediadores químicos induz a proliferação de novas células, ocupando o espaço que tinha sido perdido (regeneração; cura tecidual); processo inflamatório, irrigação, fagocitose, fatores de crescimento amarelada (creme); a periferia costuma ficar eritematosa (avermelhada); consistência é firme Baço com dois grandes focos de necrose; amarelada, periferia mais vermelha; esquerdo está um pouco mais escura (em alguns órgãos a necrose se associa com hemorragia, por isso a do lado a tonalidade mais escura) • Cicatrização: substituição da área necrosada por tecido conjuntivo; não há recuperação completa da forma e função; ocorre quando a região não tem poder proliferativo adequado (coração). Quando ocorre em grande área, consegue fazer a limpeza da região, mas por a área do foco ser grande, mesmo sendo no fígado, em algumas partes tem que depositar fibra colágena, então não regenera completo e deixa cicatriz. Levar em conta então o tamanho da lesão e a capacidade proliferativa do tecido. • Encistamento: quando não consegue limpar tudo e ainda fica foco de necrose, o processo inflamatório começa a depositar fibra colágena na periferia, para isolar(encistamento). Isso não resolve o problema; formar cápsula fibrosa ao redor da lesão; muito comum no pulmão • Eliminação: eliminar/destruir/colocar pra fora. Ex: colite ulcerativa com focos de necrose na parede intestinal próxima a regial do reto; focos de necrose vão fragmentando e podem ser eliminados, mas não resolve o problema; é ocasional e dependente da proximidade com algum ponto de saída do corpo • Calcificação: depositar sais de cálcio naquele foco da necrose, principalmente fosfato de cálcio; ex: aterosclerose tem a presença de placas que possuem na porção central focos de necrose, essas placas podem se calcificar. A calcificação pode não fazer diferença ou atrapalhar. Se for muito pequeno não faz diferença; hipótese de jogar sais de cálcio é tentar equilibrar, fazer tamponamento NECROSE POR LIQUEFAÇÃO/LIQUEFATIVA o Perda total de estrutura, vista pela consistência, que se torna fluida ® digestão das células mortas, transformando o tecido em uma massa viscosa líquida o Caracterizada pela formação de pus; abcesso; perda total da estrutura tecidual o A morte por hipóxia de células dentro do SNC com frequência se manifesta como necrose liquefativa (infarto cérebro) NECROSE CASEOSA o “queijo”; exemplo típico é a tuberculose o Área branca central, tecido desmanchando, consistência friável (nem firmes, nem liquefeitas) o Foco de inflamação: granuloma NECROSE GOMOSA o Raramente encontrada porque geralmente o paciente trata antes; acontece na sífilis terciária o Esses focos podem surgir no fígado, coração, etc. muito grave o Gomoso pois o tecido fica semelhante a goma/cola ESTEATONECROSE • Gangrena: quando um foco de necrose sofre a ação de um agente exógeno/externo, sobretudo de origem bacteriana. Ex: no pé diabético, que é mal irrigado o Necrose que afeta tecido adiposo; consistência mais fluida, meio amarelada, tipo parafina de vela; comum em tumores de mama; não deixa de ser uma liquefação do tecido adiposo RESUMO DE PATOLOGIA – TAISE TERRA @MED_RABISCOS A regeneração é um tipo de cura que resolve o problema. Cicatrizar é curar? • Espécies reativas de oxigênio (ERO): geralmente produzidas durante a respiração mitocondrial, degradadas Se tenho uma cicatriz pequena no ventrículo esquerdo após um infarto não atrapalha o funcionamento do resto do órgão (quando o foco for pequeno). Se tiver uma grande área comprometida do infarto, não cura 100%, ficam sequelas. Cicatriz não recupera forma e função, o tecido não é o mesmo, tinha músculo e colocou tecido conjuntivo; do ponto de vista de funcionamento pode resolver. Depende de onde está e do volume que ocupa, regeneração é o ideal, mas cicatrização é o que mais acontece. e removidas pelos sistemas de defesa celulares (transitórias) ® aumento da produção ou diminuição da eliminação das ERO provoca excesso de radicais livres ® ESTRESSE OXIDATIVO • Estresse oxidativo pode levar a: lesão celular, câncer, envelhecimento e algumas doenças degenerativas como Alzheimer • As ERO são produzidas também por leucócitos ativados (neutrófilos e macrófagos) durante a reação inflamatória, auxiliando na destruição de micróbios, remoção de células mortas e outras substâncias indesejáveis Lesão reversível • Tumefação celular: surge quando as células se tornam incapazes de manter homeostase hidroeletrolítica ® resultante da falência das bombas de íons (dependentes de ATP) na membrana plasmática. Geralmente é a primeira manifestação. Quando em muitas células, provoca palidez, aumento do turgor e aumento do peso do órgão ® alteração hidrópica ou degeneração vacuolar PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA ® DANO À MEMBRANA RADIAÇÃO TÓXICOS REPERFUSÃO PRODUÇÃO DE ERO MODIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS (QUEBRA, MAU DOBRAMENTO) O2 H2O2 OH DANOS AO DNA ® MUTAÇÕES SUPERÓXIDO PERÓXIDO DE HIDROXILA HIDROGÊNIO • Degeneração gordurosa: manifestada pelo surgimento de vacúolos lipídicos no citoplasma ® observada principalmente em células envolvidas e dependentes do metabolismo da gordura, como os hepatócitos e as células miocárdicas DECOMPOSIÇÃO A H2O POR GLUTATIONA, PEROXIDASE, CATALASE CONVERSÃO A H2O2 PELA SOD REMOÇÃO DE RADICAIS LIVRES Existe adaptação celular à hipóxia? Sim! As adaptações se referem a célula tentar formar energia sem oxigênio, quebrando a glicose de forma anaeróbica, mesmo que para um baixo rendimento. Além disso, irá inibir a síntese de ácidos graxos, triglicerídeos e esteroides; passará a gastar muito mais glicogênio para produzir mais energia; formará subprodutos tóxicos, como o ácido lático (que irá diminui o pH e afetar o funcionamento enzimático). A resposta celular ao estímulo nocivo depende do tipo de agressão, sua duração e sua intensidade ® variação para ser reversível ou irreversível Mecanismos bioquímicos que podem ser ativados por estímulos agressivos (lesões) • Redução dos níveis de ATP: redução do fornecimento de nutrientes e oxigênio, danos mitocondriais e ação de algumas substâncias tóxicas (cianeto). Prejudica a atividade da bomba sódio potássio dependente de energia da membrana plasmática (#sódio intracelular #entrada de água = tumefação celular e dilatação do RE), metabolismo celular energético alterado (glicose anaeróbica #ácido lático $pH $atividade enzimática), influxo de cálcio, redução da síntese proteica, resposta de proteína não dobrada, necrose • Danos mitocondriais: abertura do poro de transição de permeabilidade mitocondrial (perda do potencial de membrana), formação de espécies reativas de oxigênio devido a fosforilação oxidativa anormal, aumento da permeabilidade da membrana pode levar à liberação de proteínas que ativam as vias apoptóticas • Ativação do HIF-1: regula a transcrição de vários genes, inclusive genes de enzimas da glicólise ® indutor do aumento da resistência à hipóxia • • Eritropoietina ® estimulando a eritropoiese Estimulação de Glut-4: quanto mais desse transportador na superfície da membrana, mais chances da glicose entrar na célula • Estímulo do VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular): estimula angiogênese; importante pra hipóxia em uma região específica Quando tem infarto do miocárdio (necrose isquêmica), algumas condutas terapêuticas podem ser usadas. Quando tem uma área infartada a intervenção é pra tentar voltar com o fluxo e tirar a obstrução, reestabelecer a circulação (reperfusão). Por que em alguns casos a reperfusão é muito bem sucedida e resolve o problema, mas em outros o infarto aumenta, o paciente entra em colapso cardiorrespiratório e morre?? • Influxo de cálcio: # cálcio intracelular – nas mitocôndrias irá abrir poros de transição de permeabilidade mitocondrial; no citosol ativa enzimas deletérias como Isso ocorre quando a degeneração é mais intensa, provocada pela hipóxia de duração intermediária, devido a formação de radicais livres de oxigênio a partir das primeiras moléculas de O2 que chegam ao tecido após a recuperação do fluxo sanguíneo. Xantina oxidase transforma O2 em superóxido, que irá originar outros radicais que vai peroxidar membranas e produzir lesões irreversíveis. Outros fatores são: maior captação de cálcio pelas células com o retorno do fluxo, aumentando a quantidade desse íon nos tecidos; produção de radicais livres pelos leucócitos na parede de vasos, prontos para exsudar; chegada súbita de plasma, produzindo choque osmótico nas células, cujos mecanismos de controle de permeabilidade já estão alterados. fosfolipases, proteases, endonucleases e ATPases; indução da apoptose (ativação das caspases e aumento da permeabilidade mitocondrial) ESTRESSE OXIDATIVO Acúmulo de radicais livres derivados do oxigênio • Radicais livres ® possuem um único elétron não emparelhado em um orbital externo ® altamente reativos!!! (atacam e modificam moléculas adjacentes) • Podem ser criados por reações autocatalíticas: propagação de danos em cadeia image9.png image10.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.pngimage17.png image18.png image32.png image33.png image34.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png
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