Aula 4 - Educação Ambiental Formal, Informal e Não-Formal

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26/11/2014 
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Educação Ambiental Formal, 
Informal e Não-formal 
Profa. Luciana Vieira de Paiva 
Recordando!!! 
A Educação Ambiental por ser renovadora, induzir novas formas 
de conduta nos indivíduos e na sociedade, por lidar com as 
realidades locais, por adotar uma abordagem que considera 
todos os aspectos que compõem a questão ambiental (sociais, 
políticos, econômicos, culturais, éticos, ecológicos, científicos e 
tecnológicos), por ser catalisadora de uma educação para o 
exercício pleno e responsável de cidadania, pode e deve ser o 
agente otimizador de novos processos educativos que 
conduzam as pessoas por caminhos onde se vislumbre a 
possibilidade de mudanças e melhoria do seu ambiente total e 
da qualidade da sua experiência humana. 
Recordando!!! 
Educação Ambiental 
Conhecimento 
Compreensão 
Habilidades 
Motivação 
Questões / 
Problemas 
Ambientais 
Valores 
Mentalidades 
Atitudes 
Soluções 
Sustentáveis 
desenvolver 
Para 
adquirir 
E encontrar 
Necessários para lidar com 
Objetivos da Educação Ambiental 
Objetivos da EA 
Conscientização 
 
Conhecimento 
 
Habilidades 
 
Capacidade de 
Avaliação 
Atitudes 
 
Participação 
 
Introdução 
 Uma vez que a Educação Ambiental é considerada bem de uso 
comum do POVO, essencial à sadia qualidade de vida e sua 
sustentabilidade. 
Considera-se como objetivo da educação ambiental atingir o 
público em geral. Parte-se do princípio de que todas as pessoas 
devem ter oportunidade de acesso às informações que lhes 
permitam participar ativamente na busca de soluções para os 
problemas ambientais atuais. 
Introdução 
 A Lei Federal nº 9.795 sancionada em 27/04/1999 instituiu a 
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, que foi 
reformulada em 25/06/2002 pelo Decreto nº 4.281 
 
 
 
A Lei estabelece que todos têm o direito à EA. Que a EA deve ser 
vista como “Componente Essencial e Permanente” da Educação 
Nacional, devendo estar presente em todos os níveis e 
modalidades do Processo Educativo, em caráter formal, informal 
e não-formal. 
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Definições Gerais 
 As três categorias do Ensino de Educação Ambiental, são: 
 
 Formal – Sistema Educativo altamente institucionalizado, 
cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado, 
que deve abranger alunos de pré-escola, 1º e 2º graus, 
universitários, professores e profissionais de treinamento em 
meio ambiente. 
Definições Gerais 
 Informal – Processo pelo qual, durante toda a vida, as pessoas 
adquirem e acumulam conhecimentos, habilidades, atitudes e 
comportamentos através das suas experiências diárias e a sua 
relação com o meio ambiente. 
 
 Não formal – Toda atividade organizada e sistemática, 
realizada fora do quadro do sistema formal de Educação, para 
promover determinados tipos de aprendizagem que pode 
abranger jovens e adultos, individual ou coletivamente, de 
todos os segmentos da população – famílias, trabalhadores... 
 
Educação Ambiental 
 De acordo com a Lei nº 9.795, no seu Cap. 1, sobre Educação 
Ambiental, Art. III – Como parte do processo educativo mais amplo, 
todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: 
 
 Ao Poder Público, definir políticas públicas que incorporem a 
dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos 
os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na 
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; 
 
 Ás instituições educativas, promover a educação ambiental de 
maneira integrada aos programas educacionais que 
desenvolvem; 
 
Educação Ambiental 
 Aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente 
(Sisnama), promover ações de EA integradas aos programas de 
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; 
 
 Aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa 
e permanente na disseminação de informações e práticas 
educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão 
ambiental em sua programação; 
Educação Ambiental 
 Ás empresas, entidades de classe, instituições públicas e 
privadas, promover programas destinados à capacitação dos 
trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o 
ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do 
processo produtivo no meio ambiente; 
 
 À sociedade como um todo, manter atenção permanente à 
formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a 
atuação individual e coletiva voltada para a preservação, a 
identificação e a solução de problemas ambientais 
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Educação Ambiental Formal 
 A Lei nº 9.795, no seu Cap. II, da PNEA, Seção II, Art. 9, 10, 11 e 12, 
fala sobre a Educação Ambiental no Ensino Formal 
 
 A lei descreve, que a educação ambiental formal é desenvolvida no 
âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, 
englobando: 
 I - educação básica (educação infantil, ensino fundamental e 
ensino médio); 
 II - educação superior; 
 III - educação especial; 
 IV - educação profissional; 
 V - educação de jovens e adultos. 
Educação Ambiental Formal 
 A educação ambiental formal deverá ser desenvolvida como uma 
prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os 
níveis e modalidades do ensino formal. 
 
 A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina 
específica no currículo de ensino. 
 
 Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas 
ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se 
fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica. 
 
 Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, 
em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da 
ética ambiental das atividades profissionais a serem 
desenvolvidas. 
Educação Ambiental Formal 
 A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de 
professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas. 
 
 Os professores em atividade devem receber formação 
complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de 
atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e 
objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental. 
 
 A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de 
ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, observarão 
o cumprimento do disposto nos Arts. 10 e 11 desta Lei. 
 
Educação Ambiental Formal 
 A educação formal institucionalizou-se através de escolas. Ao ser 
introduzida nesse contexto, a educação ambiental passou a figurar 
em muitos tópicos de programas e em muitas disciplinas, mas 
firmou suas bases especialmente nas ciências. 
 
 Havia uma esperança não expressa de que todas as ciências, 
quando se interligassem, iriam compor um quadro completo de 
como o planeta funciona e de como os seres humanos podem 
interagir com ele de maneira proveitosa. 
ISSO AINDA É UM 
SONHO!!! 
Educação Ambiental Formal 
 A Educação Ambiental tem o papel fundamental na construção da 
cidadania ecológica, pois age diretamente de forma científica 
sobre os indivíduos 
A idéia é boa, entretanto, ainda apresenta 
problemas... 
Problemática 
 Ensino de forma fragmentada e tecnicista; 
 
 Má qualidade dos educadores e sucateamento da Educação; 
 
 Metodologias ultrapassadas; 
 
 Falta de materiais didáticos que abordem a questão ambiental 
ligada ao cotidiano; 
 
 Falta de estímulo à pesquisa científica e prática; 
 
 Falta de integração do corpo docente; 
 
 Não abordagem de temas contemporâneos, como água... 
 
 Falta de vontade política. 
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Soluções 
 Reestruturação dos currículos no sentido de permitir uma 
abordagem interdisciplinar onde a variável ambiental esteja 
inserida; 
 
 Possibilitar a capacitação do corpo docente através da criação ou 
aperfeiçoamento dos cursos que abordem a questão ambiental; 
 
 Implementação de atividades práticas; 
 
 Fornecer aporte técnico-científico em EA para estados e 
municípios; 
 
 Estimular a criação de centros de referênciaem EA; 
Soluções 
 Estimular a participação do corpo docente em eventos, 
possibilitando o intercâmbio de informações e metodologias; 
 
 Estimular e financiar a produção de material didático e a 
consolidação de fundamentações teóricas para basear a inserção 
da EA nos currículos; 
 
 Estimular o acesso à ferramentas de informação e comunicação 
como a internet. 
 
 Avaliar as experiências em EA, visando uma melhoria qualitativa; 
 
 Estimular o acesso à informação no meio rural, respeitando as 
diversidades regionais. 
 
Conclusão 
 As escolas têm o papel de criar projetos de EA no sentido de fazer 
com que a questão ambiental seja incorporada de forma a ser 
tratada como um tema de contínuo aprendizado e não apenas 
lembrada em eventos esporádicos. 
 
 Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve 
promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, 
de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria 
da qualidade ambiental. 
 
 A aprendizagem será mais efetiva se as atividades estiverem 
adaptadas às situações da vida real da cidade ou do meio em que 
vivem alunos e professores. 
 
 
Educação Ambiental Não-formal 
Educação Ambiental não-formal é a conscientização, através de 
atividades organizadas e sistemáticas, sobre a importância do 
equilíbrio ambiental e do uso adequado dos recursos naturais, de 
toda a população, independente do segmento que ela ocupa (gênero 
sexual, faixa etária, raça, se são trabalhadores, donas de casa, 
políticos, empresários, turistas, associações de moradores, 
profissionais liberais, entre outros). 
Objetivos 
 Construir uma nova visão das relações do ser humano com o 
seu meio; 
 
 Adotar novas posturas individuais e coletivas em relação ao 
meio ambiente; 
 
 Consolidar novos valores, conhecimentos, competências, 
habilidades e atitudes que refletirá na implantação de uma nova 
ordem ambientalmente sustentável; 
Objetivos 
 Atuar na sensibilização e na conscientização do cidadão, 
estimulando-o a participar dos processos coletivos; 
 
 Extrapolar as atividades internas da escala tradicional, 
envolvendo a família e toda coletividade; 
 
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Características 
 Considera o ambiente em seus múltiplos aspectos: natural, 
tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, moral, 
ético e estético. 
 
 Atua com visão ampla de alcance local, regional e global. 
Princípios Básicos 
 Os princípios básicos da Educação Ambiental não-formal são os 
mesmos norteados pela Conferência de Tbilisi para EA geral: 
 
 Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus 
aspectos naturais e artificiais, tecnológicos e sociais 
(econômico, político, técnico, histórico-cultural e estético); 
 
 Construir-se num processo contínuo e permanente; 
Princípios Básicos 
 Empregar o enfoque multidisciplinar, aproveitando a vivência 
de cada comunidade 
 
 Examinar as principais questões ambientais em escala 
pessoal, local, regional, nacional, internacional, de modo que 
os educandos tomem conhecimento das condições ambientais 
de outras regiões geográficas; 
 
 Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, 
tendo em conta também a perspectiva histórica; 
Princípios Básicos 
 Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, 
nacional e internacional, para prevenir e resolver os problemas 
ambientais; 
 
 Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos 
planos de desenvolvimento e crescimento; 
 
 Contribuir para que a população descubra os efeitos e as 
causas reais dos problemas ambientais; 
Princípios Básicos 
 Salientar a complexidade dos problemas ambientais e, 
consequentemente, a necessidade de desenvolver o sentido 
crítico e as aptidões necessárias para resolvê-los; 
 
 Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama 
de métodos para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o 
meio ambiente, privilegiando as atividades práticas e as 
experiências pessoais. 
Educação Ambiental Não-Formal: 
 
 parques, reservas e zoológicos 
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Pensando no todo, mas agindo no local! 
 Ter noção dos ecossistemas mundiais e do seu país é importante, 
pois permite que a pessoa tenha uma noção do todo. É preciso, no 
entanto, incentivar a observação do ambiente ao redor, a fim de 
identificar os principais problemas e buscar soluções práticas. 
Isto pode oferecer a possibilidade de resultados mais concretos e em 
prazo menor, motivando a participação de mais pessoas, 
progressivamente. 
Educação Ambiental 
em Parques e 
Reservas 
 A Educação Ambiental busca resultados, em princípio, no local em 
que ela é aplicada, entretanto, ela gera reconhecimento por parte da 
população do seu papel na manutenção da qualidade de vida ao 
seu redor, ampliando assim as dimensões a serem atingidas. 
Pensando no todo, mas agindo no local! 
Educação Ambiental em Parques e 
Reservas 
 Aprendendo pelo contato com a Natureza! 
Áreas Naturais Protegidas, em geral, são locais em que o 
ecossistema original está bem preservado e/ou corre sério risco 
de destruição, abrigam espécies ameaçadas ou são ecossistemas 
frágeis. Além disso, apresentam relevante interesse 
conservacionista, científico, educativo e turístico. 
 Para cada categoria de Unidade de Conservação há uma 
legislação própria, que define quais os objetivos e as atividades a 
serem desenvolvidas. 
 
 
 
 Zoneamento = determina quais áreas serão de uso público e onde 
poderão ser desenvolvidas atividades educativas, turísticas e 
científicas. 
Todas as UCs devem 
elaborar um plano de 
manejo 
Estabelecer o zoneamento 
da área 
 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
 Em termos educativos: 
 As visitas às áreas naturais podem e devem ser feitas da pré-
escola à universidades, lembrando-se sempre que se deve 
procurar a integração de todas as disciplinas, explorando a 
visita de maneira interdisciplinar, transversal. 
 Importante: 
 A visita à uma área natural deve ser seguida de uma discussão 
sobre a importância de todas as relações ecológicas e 
elementos naturais observados, o que permite ao ser humano 
conhecer melhor o ambiente em que vive. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
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 Mais importante que transmitir o conhecimento é sentir o ambiente... 
É desenvolver a observação e o respeito a todos os elementos 
que o compõem. 
 
 
 
 De nada adianta falar sobre fotossíntese e sobre a importância das 
plantas enquanto se quebra galhos, se risca troncos e se arranca 
folhas... 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
No passeio em uma área natural, as atitudes valem muito mais do 
que as informações. 
 E ai, quando se leva uma Escola para uma Unidade de 
Conservação com o propósito de fazer Educação 
Ambiental, isso é Educação Ambiental Formal ou Não-
formal? 
 Dicas para visitar uma área natural 
 
 Procure saber quais as UC existentes em sua região e conhecer 
suas características: 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
A visitação é permitida? 
Está aberta para visitação 
todos os dias da semana? 
É necessário agendamento? 
Qual o nº máx. de pessoas 
permitido? Há acompanhamento 
de guias? 
Que tipo de atividade voltada a 
EA eles desenvolvem? 
 Dicas para visitar uma área natural 
 
 Determinar antecipadamente o que se fará lá: 
 
 Todos os participantes devem saber como será o passeio 
(caminhadas, jogos, atividades didáticas, piquenique, etc.). 
Isto é especialmente importante para grupos escolares, para 
que saibam que não será apenas uma atividade de lazer, 
mas uma outra forma de conhecer e aprender sobre novos 
lugares. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
 Dicas para visitar uma área natural 
 
 Deixar avisado como deve ser a vestimenta e o que se deve 
levar: 
 
 A roupa deve ser a mais confortávelpossível, porém que o 
proteja. Os sapatos devem ser fechados (tênis ou botas) e 
confortáveis. Em alguns casos, é bom ter à mão uma capa de 
chuva ou muda de roupa, pois o tempo pode ser imprevisível. 
Deve-se usar chapéu ou boné, levar água e se possível um 
pequeno estojo de primeiros-socorros (mas sem exageros, 
apenas para casos de arranhões, torções e picadas de insetos). 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
 Dicas para visitar uma área natural 
 
 É preciso levar lanche? 
 
 Deve-se dar especial atenção à alimentação e água, já que em 
muitos locais não há lanchonetes. Deve-se levar lanches leves, 
como sanduíches e frutas, porém devemos evitar recipientes 
descartáveis. Caso os leve, tomar cuidado com o lixo. Mesmo 
restos de lanche e cascas de frutas devem ser guardados, pois 
apesar de serem matéria orgânica, o processo de decomposição é 
demorado e dará um aspecto desagradável ao ambiente. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
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 Dicas para visitar uma área natural 
 
 Nós só devemos trazer de uma reserva, o conhecimento e a 
experiência obtida: 
 
 Todo e qualquer tipo de coleta deve ser evitado. Pedras, 
flores, plantas e animais vivos ou mortos devem ser 
deixados onde forem encontrados, para que os próximos 
visitantes conheçam um lugar tão rico e interessante como o 
que você conheceu. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
 Sugestões de Atividades em uma reserva: 
 
 Caminhadas em trilhas 
 
 A principal atividade que se realiza em qualquer área natural 
é a caminhada ecológica. Deve-se percorrê-la procurando 
observar todos os detalhes, pois é por meio deles que se 
tem uma idéia do todo. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
Não é preciso ter pressa. Uma trilha na mata não é um caminho a percorrer para 
chegar a um destino. Ela é o próprio destino. Cada detalhe deve ser observado, 
para se compreender o ecossistema como um todo. 
 Sugestões de Atividades em uma reserva: 
 
 Eu conheço este lugar... 
 
 É uma atividade simples, que estimula a percepção visual e 
a capacidade de observação. Pode ser realizada com 
pessoas de qualquer idade e não requer nenhum material. 
 
 
 O ideal é levar o grupo duas vezes ao mesmo lugar: 1) 
selecionar as pistas...2) reencontrá-as após uma semana. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
A atividade é baseada na pergunta: Se eles precisassem encontrar esse 
exato lugar novamente, que pistas as ajudariam a lembrar? 
 Sugestões de Atividades em uma reserva: 
 
 Procura-se... 
 
 Esta atividade desenvolve a capacidade de observação e de 
trabalho em equipe. Ela consiste em procurar e coletar na 
mata diversos itens que constam em uma relação fornecida 
pelo professor. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
A idéia é discutir sobre as relações ecológicas, a facilidade e a dificuldade 
de se encontrar determinados itens da lista... 
 Sugestões de Atividades em uma reserva: 
 
 Realização de cursos, palestras e outros... 
 
 As unidades de conservação podem ser ótimos locais para 
a realização de cursos, palestras e outras atividades que 
promovam a integração com a comunidade, o publico alvo é 
muito variado, incluindo os funcionários da instituição, 
professores e a população que vive no entorno da UC. 
Educação Ambiental em Parques e Reservas 
(por Mergulhão, 1998) 
Evite um curso intensivo apenas nas férias, a não ser que esteja em 
contato com as crianças ao longo do ano, em outras atividades. 
Educação Ambiental 
em Zoológicos 
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Educação Ambiental em Zoológicos 
 Com essa pergunta, cheia de toda real coerência do pensamento de 
uma criança, um menino de 11 anos fez mudar totalmente o rumo de 
uma aula sobre a fauna brasileira. 
 
 Antigamente, Zoológico era considerado um ambiente de exposição 
das mais diversas espécies, “vitrine de bichos”. 
 
 Os animais eram expostos simplesmente para satisfazer 
colecionadores de animais e o público curioso. 
 
 Atualmente, um zoológico tem funções básicas a cumprir. 
“Se vocês gostam tanto assim dos bichos, por que vocês prendem eles em jaulas?”  Funções de um Zoológico: 
 Preservação 
 
 Todo Zôo deve se empenhar no 
adequado manejo de suas espécies, 
visando principalmente a sua 
procriação. 
 
Educação Ambiental em Zoológicos 
Criações em cativeiro visam também uma possível reintrodução de 
animais em ambientes naturais próprios à espécie, o que é 
importante para a manutenção da diversidade genética das 
espécies. 
 
Zôos brasileiros têm conseguido, com sucesso, reproduzir e manter diversas 
espécies ameaçadas de extinção. Inclusive, o mico-leão-dourado que reproduzem 
em zôos e são reintroduzidos na Reserva Biológica do Poço das Antas, RJ. 
 Funções de um Zoológico: 
 Pesquisa 
 
 A manutenção de animais em cativeiro facilita estudos que os 
pesquisadores teriam muita dificuldade de fazer no hábitat natural 
dessas espécies. Assim, são realizadas pesquisas sobre o 
comportamento reprodutivo, social, doenças, terapêutica, etc. 
Educação Ambiental em Zoológicos 
 Funções de um Zoológico: 
 Lazer 
 
 No mundo todo, milhares de pessoas escolhem os zoológicos 
como opção de lazer. Fazer piquenique, respirar ar puro, passear 
por alamedas vegetais, conhecer os animais e etc. Para uma 
grande parcela da comunidade, o zôo significa momentos de 
relaxamento, descanso e diversão. 
Educação Ambiental em Zoológicos 
 Funções de um Zoológico: 
 Educação Ambiental 
 
 Logicamente, o melhor lugar do mundo para os animais é o seu 
próprio hábitat. Que bom seria se essa fosse uma compreensão 
comum à sociedade e que ela concentrasse esforços para a 
manutenção desses ambientes e de suas espécies. 
 
 Os zôos proporcionam aos visitantes a oportunidade de conhecer 
animais que, provavelmente, nunca teriam chance de conhecer em 
seus hábitats naturais. 
 
 Um zôo cumpre seu papel educativo quando consegue fazer com 
que seu visitante volte para casa refletindo sobre a importância da 
conservação dos ecossistemas naturais. 
Educação Ambiental em Zoológicos 
 Funções de um Zoológico: 
 O Zôo pode ser autodidático 
 
 Muitas atividades e estruturas educativas podem se desenvolver 
dentro do zôo, mas esse espaço, em si, pode ser um ambiente 
autoeducativo, utilizando algumas estratégias. 
 
 Estratégias: 
 Agrupamento de animais (por filogenia, hábitat, distribuição geográfica); 
 Adequação do ambiente (recinto semelhante ao natural); 
 Lotação adequada nos recintos (adequar o recinto de acordo com o 
comportamento social, o número de animais e etc.); 
 Zelando pela limpeza de ruas e banheiros. 
Educação Ambiental em Zoológicos 
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Recintos para tigres, 
flamingos e 
macacos. 
 Programação visual atraente: 
 
 Pesquisas têm demonstrado que a grande maioria das pessoas que 
visitam os zôos não lê as placas e, quando o faz, procura somente pelo 
nome do animal. Assim, placas confeccionadas com material caro e com 
informações tão importantes, podem vir a ser simplesmente um 
desperdício de tempo e dinheiro, em termos de efeito educativo, se não 
forem bem avaliadas. 
 
 É preciso buscar formas atraentes de expor as informações que se 
queira transmitir ao público... 
Educação Ambiental em Zoológicos 
Uma boa estratégia é mexer com a curiosidade do visitante... 
 Elaborando Postos Interativos: 
 
 Incentivar o toque e a comparação consigo (tudo em que o visitante 
puder tocar, participar ou comparar consigo mesmo atraem e 
promovem aprendizado) 
Educação Ambiental em Zoológicos 
 Elaborando Postos Interativos: 
 
 Estratégias como: 
 
 Um posto com uma balança e uma placa com diversos pesos de diferentes animais 
pode ser muito divertido quando se descobre pesar como uma sucuri adulta (80kg) 
ou como um veado campeiro (25kg); 
 
 Pode-se desenhar em uma lona ou parede, a silhueta em tamanho real de vários 
animais, em que as pessoas possam se encostar e comparar sua altura. 
 
 Pequenos pedaços de peles de animais que se possa tocar; 
 
 Pegadas feitas no cimento em que se possa pisar, proporciona a oportunidade de 
comparação do tamanho e formato dos pés; 
 
 Delimitar uma área com o comprimento do salto de algum animal; 
 
 Colocar placas com perguntas curiosas em certos pontos do zôo e estimular a 
procura das resposta... 
Educação Ambiental em Zoológicos 
 Atividades Dirigidas: 
 
 O corpo de funcionários do zoológico (tratadores, pessoal da 
limpeza, administração e técnicos, veterinários e etc.) deve ter 
sempre a consciência de que seu trabalho é de suma 
importância para o bem-estar dos bichos e para o serviço à 
comunidade; 
 
 Sendo assim, os funcionários podem permitir que visitantes 
conheçam seu trabalho... 
Educação Ambiental em Zoológicos 
Quem é que não tem curiosidade em saber como se prepara a comida 
dos animais ou como é dada uma injeção num elefante... 
 Todos os zoológicos têm um problema em comum: alimento atirado 
aos animais pelo público... Essa atitude já gerou sérios problemas 
e até mortes entre os moradores do zôo. Placas dizendo: “Não atire 
comida aos animais” ou repreensões dos funcionários parecem não 
ter um resultado efetivo. Estratégias que façam o público sentir 
empatia pelos animais, podem levar a uma modificação dessas 
atitudes. 
Educação Ambiental em Zoológicos 
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 Atitudes que despertem a empatia pelos animais: 
 
 Abra as portas da cozinha! 
 
 Deixe entrar pequenos grupos de pessoas e mostre-lhes que os 
animais, em diferentes proporções e segundo a espécie, 
necessitam de vitaminas, proteínas, calorias, sais minerais... Isto 
pode ser visualizado mostrando a tabela de alimentação. 
 
 Peça aos visitantes que prepare a alimentação do dia de algum 
animal, e ajude o tratador a alimentá-lo. 
 
 Eles poderão observar qual alimento é comido primeiro, se existe 
hierarquia de grupo, comportamentos diversos... 
Educação Ambiental em Zoológicos Alimento diário de um chimpanzé: 
 1,5 kg de banana com casca; 
 500 g de laranja; 
 300 g de abacaxi ou fruta da época; 
 300 g de mamão; 
 100 g de pão com leite; 
 0,5 copo de milho cozido; 
 100 g de verdura; 
 750 ml de sustagem; 
 1 espiga de milho. 
 Atitudes que despertem a empatia pelos animais: 
 
 Abra as portas do hospital veterinário e das creches! 
 
 Essa é uma atividade que muitos técnicos receiam promover, 
pensando no estresse que poderá causar nos animais. 
 Realmente há de se ter bom senso para escolher o momento, o 
animal e a estratégia própria para a realização da atividade. 
 Sempre em pequenos grupos... 
 Seria interessante aproveitar a ocasião do tratamento de algum 
animal anestesiado... 
Educação Ambiental em Zoológicos 
Vc já examinou as unhas de uma jaguatirica? Já sentiu como os 
pêlos do tamanduá são grossos? 
 Atitudes que despertem a empatia pelos animais: 
 
 Abra as portas do hospital veterinário e das creches! 
 
 Toda a visita deve ser rápida e cuidadosa, para não incomodar o 
animal nem atrapalhar o andamento do tratamento. 
 
 Poucos têm a oportunidade de conhecer os bastidores de um 
zoológico, os zôos modernos devem construir suas estruturas de 
forma a facilitar a observação desses setores pelo público. 
Educação Ambiental em Zoológicos 
Vários são os setores de interesse: cozinha, creche, berçário, 
hospital... 
 Atitudes que despertem a empatia pelos animais: 
 
 Faça do Zôo um local de eventos especiais! 
 
 O zoológico é sempre um local com grandes motivos de 
comemorações. Animais novos que chegam, filhotes que nascem, 
recintos que são inaugurados, etc. Fazer com que a comunidade 
local se integre nesses acontecimentos pode trazer bons 
resultados para o zôo e incrementar a afinidade que a população 
tem por ele e por seus animais. 
 
 Essa atividade pode trazer muito interesse e envolvimento da 
população em questões de meio ambiente... 
Educação Ambiental em Zoológicos 
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 Atitudes que despertem a empatia pelos animais: 
 
 Faça do Zôo um local de eventos especiais! 
 
 Algumas sugestões de atividades: 
 
 Concursos para batizar filhotes ou recém chegados; 
 Comemorar o aniversário do zoológico; 
 Eleger os animais preferidos; 
 Expor novidades sobre o zoológico; 
 Exposição do bicho-homem... 
Educação Ambiental em Zoológicos 
 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Muitas pessoas usam a falta de estrutura, pessoal e material 
educativo como desculpa para não fazer EA. 
 
 É óbvio que uma sala de projeções, biblioteca, computador e ônibus 
facilitam e incrementam um programa educativo, mas sua falta nunca 
deve ser usada como argumento para a inexistência de um programa 
educativo num zôo. 
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Até mesmo, porque o mais importante já se tem: os animais, 
plantas, espaço e as pessoas... 
 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Algumas sugestões a serem desenvolvidas: 
 
 Montar um museu de zoologia – todo zôo tem óbitos entre seus 
animais, por que não aproveitá-los ao máximo com finalidade 
educativa? 
 Com o museu, pode-se ensinar muito sobre evolução, fisiologia, 
comportamento e ecologia dos animais; 
 Pode-se permitir o manuseio das peças (inclusive com crianças 
deficientes visuais) e sempre ter como foco, a conservação das 
espécies. 
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 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Algumas sugestões a serem desenvolvidas: 
 
 Montar uma biblioteca – embora pareça necessária muita infra-
estrutura para isto, pode-se começar com bem pouco. O espaço 
pode ser pequeno, os livros doados, só não se pode esquecer 
alguns critérios: 
 Ter livros técnicos para consulta; 
 Fazer seleção prévia de livros, evitando erros conceituais; 
 Divulgar entre a população a existência da biblioteca; 
 Usar o espaço externo para ampliar a biblioteca... 
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 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Algumas sugestões a serem desenvolvidas: 
 
 Montar uma ecovideoteca – documentários sobre o 
comportamento dos animais em seus hábitat, pode ajudar em 
muitas discussões. 
 Se possível ter mais de uma cópia de cada vídeo; 
 Fazer um resumo (sinopse) de cada filme; 
 Estipular formas de empréstimo e datas de entrega... 
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 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Algumas sugestões a serem desenvolvidas: 
 
 Montar kits ecológicos – Os kits podem ser sobre diversos assuntos, 
como mamíferos, aves, répteis, insetos, animais marinhos, animais 
peçonhentos ou perigosos... 
 É interessante que os kits tenham material para manuseio; 
 Filmes associados; 
 Jogos, Fotos ou sons dos animais; 
 Sempre deve ter um manual, com alguns conceitos básicos, sugestões 
de atividades e, principalmente, instruções para usar cada peça do kit; 
 Esses kits poderão ser emprestados às escolas... 
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 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Algumas sugestões a serem desenvolvidas: 
 
 Criar uma mini-fazenda – Muitas pessoas que vivem em centros 
urbanos não têm oportunidade de ter contato com animais 
domésticos. O zôo pode criar, em suas dependências ou em outra 
área verde, estruturas para expor animais da fazenda (vaca, cavalo, 
ovelha, coelhos e galinhas). 
 Filhotes sempre promovem mais atenção para área. 
 Marque horário para a alimentação e a ordenha e deixe o 
público participar. 
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 Criando instalações para a Educação Ambiental no Zoológico: 
 
 Algumas sugestões a seremdesenvolvidas: 
 
 Diversificando as atividades – O público que mais solicita 
atividades ao zôo é, sem dúvida, o escolar. Dentre as atividades 
pode-se ter: 
 Visita orientada; 
 O zôo vai à escola; 
 O zôo vai às ruas; 
 Madrugadas ecológicas; 
 Zooterapia... 
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 Dicas para professores que visitam o Zoológico: 
 Responsabilidade x recompensa; 
 Não se resumir a brincadeiras; 
 Escolher a época mais adequada; 
 Criar expectativas; 
 Conduta durante a visita; 
 Explicar que é proibido por lei manter animais silvestres em 
casa; 
 Fazer atividades e exercícios. 
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FIM! 
Conclusão 
A EFICÁCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL VIRÁ NA MEDIDA 
EM QUE SUA ABRANGÊNCIA ATINGIR A TOTALIDADE DOS 
GRUPOS SOCIAIS.