Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Brasil Império: Segundo Reinado (1840 – 1889) 2º ano Ensino Médio O governo mais longo da história do Brasil... • Política interna estável; • Confrontos internacionais; • O café figurando como carro-chefe da economia. POLÍTICA INTERNA: • No início do Segundo Reinado, os principais partidos trocaram seus nomes. – Partido Regressista Partido Conservador. – Proprietários rurais, burocratas do serviço público e grandes comerciantes – Partido Progressista Partido Liberal – Profissionais liberais urbanos, proprietários rurais de áreas de colonização mais recente. • Estas duas forças políticas brigaram entre si durante a maior parte do reinado de D. Pedro II. • Eleições do Cacete (1840) – Liberais foram acusados por conservadores de vencer na base da fraude e da violência. • D. Pedro II convocou novas eleições. • 1842 = Políticos Liberais de São Paulo e de Minas revoltaram-se contra a anulação. Foram presos e anistiados em 1844. Parlamentarismo às avessas. • 1847 foi introduzido no Brasil o sistema parlamentarista de governo. – Criado para diminuir o atrito entre as facções da elite. – Permitia um rodízio entre liberais e conservadores. • No Brasil: o imperador nomeava o presidente o primeiro Ministro e depois eram convocadas eleições parlamentares. Parlamentarismo às avessas. Revolta Praiera (1848-1850) • Local: Pernambuco. • Causas: Liberais contrários ao monopólio de portugueses no comércio e de poucas famílias nas atividades açucareiras. • Organizaram o Partido da Praia (1842). – Ideias revolucionárias influenciadas pelo socialismo utópico. • 1848 ESTOPIM DA REVOLTA = governador liberal Chichorro da Gama é substituído pelo conservador Herculano Pena. Revolta Praiera (1848-1850) • 1849 = lançaram o Manifesto ao Mundo que defendia: – Voto livre e universal; – Liberdade de imprensa; – Extinção do Poder Moderador – Fim do monopólio português sobre o comércio; – Maior autonomia para as províncias. • Tomaram Olinda e atacaram Recife, mas em 1849 foram derrotados em 1850 o movimento estava completamente sufocado. ECONOMIA: o ciclo do Café. • Produzido inicialmente no Vale do Paraíba, na segunda metade do século XIX expande-se para o Oeste Paulista. – Inicialmente produzido em sistema plantation, mas a partir de 1850 com a proibição do tráfico negreiro, os imigrantes europeus passaram a ser alternativa . – Imigrantes: • Até 1850 –> sistema de parceria = os fazendeiros financiavam a vinda e a instalação dos estrangeiros em troca de parte da produção. • Após 1850 -> foi adotado o sistema do colonato = O governo pagava a viagem, o fazendeiro o primeiro ano da estada no Brasil e o imigrante recebia um salário fixo anual e mais um rendimento variável, conforme a colheita. • Clima e solo (“terra roxa”) muito favoráveis ao plantio do Café. • Proprietários paulistas mais inseridos na dinâmica econômica do capitalismo • Eram proprietários rurais que voltavam-se para a vida urbana. O surto industrial. • Na segunda metade do século XIX a indústria também passa a se desenvolver. • Motivos principais: – 1844 = fim do acordo de tarifas reduzidas • com a Inglaterra, o governo elevou os impostos sobre os produtos ingleses de 30% a 60%. – 1850 = A Lei Eusébio de Queirós • decretou o fim do tráfico negreiro, direcionando os capitais que antes eram empregados na compra de escravos para a indústria. Visconde de Mauá • Irineu Evangelista de Sousa foi o grande empresário deste período, investiu em: – Companhias de bonde, navegação, iluminação urbana, fundição, estradas de ferro e na instalação de um telégrafo submarino entre o Brasil e a Europa. • Sem o apoio do governo, acabou falindo. POLÍTICA EXTERNA: • Foi marcada por desentendimentos com a Inglaterra e por conflitos com os vizinhos sul- americanos. • Questão Christie: – O embaixador britânico Willian Christie exigiu do governo brasileiro indenização e pedido de desculpas pelo naufrágio de uma embarcação inglesa no litoral brasileiro (1861). – A corte internacional na Bélgica deu ganho de causa para o Brasil, levando a Inglaterra a romper relações. – 1865 os ingleses desculpam-se do ocorrido e reatam relações. GUERRA DO PARAGUAI (1865-1870): • Desde a sua independência (1811), o Paraguai era um pequeno e isolado país no interior do continente. – Não despertava interesse das potências estrangeiras. – Conseguiu desenvolvimento econômico e eficiência nos serviços públicos além de significativa distribuição da terra. • Os paraguaios, com Solano López, tinham pretensões de expansão econômica. GUERRA DO PARAGUAI (1865-1870) • Brasil, Argentina e Uruguai firmaram o Tratado da Tríplice Aliança com o apoio inglês. – Lideraram as tropas brasileiras: Manuel Luís Osório e Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias). • Em 1869 os Aliados avançaram sobre o Paraguai e entraram e Assunção, no ano seguinte Solano López é assassinado. • Paraguai teve sua economia destruída, cerca de dois terços de sua população foram dizimados e perdeu porções de seu território para os aliados. • O Brasil saiu vencedor e com uma grande dívida com a Inglaterra. A CRISE DO IMPÉRIO • Apesar da prosperidade do Império, a estrutura socioeconômica brasileira não sofreu mudanças significativas. • O fim da monarquia foi o resultado da ruptura das relações do governo com três setores da sociedade que lhe davam sustentação: – Igreja Católica; – Exército; – Aristocracia escravista. QUESTÃO MILITAR: • Após a Guerra do Paraguai, o Exército brasileiro ganhou grande relevância. – O contato com os aliados (uruguaios e argentinos) permitiu a difusão, entre os militares, de ideias republicanas e abolicionistas. • Tornou-se popular nos quartéis a corrente filosófica do positivismo, que defendia a República como um sistema político superior. – Os militares se indispuseram com as autoridades imperiais numa série de incidentes. • 1887 = foi criado o Clube Militar, que passou a pressionar o governo. – O primeiro presidente do clube foi Marechal Deodoro da Fonseca. QUESTÃO RELIGIOSA: • Vigorava no Brasil o regime do Padroado. – O imperador tinha poderes para vetar decisões papais (beneplácito) e nomear os membros dos cargos eclesiásticos . • 1864 = Vaticano proibiu as relações entre a Igreja e a maçonaria. – D. Pedro II foi contrário e rejeitou. • 1872 = o governo prendeu os bispos da cidade de Olinda que estavam expulsando os maçons de diversas irmandades religiosas. – Com isso a Igreja deixou de apoiar a monarquia. Charge de 1870 a respeito da Questão Religiosa. A legenda diz: "Sua Majestade aproveitou a ocasião para, não desfazendo do macaroni do Papa, fazer valer as vantagens e excelência de uma boa feijoada". No prato de macarrão aparece a palavra Syllabus (título de um documento de Pio IX condenando os erros da civilização moderna) e, no de feijoada, Constituição. QUESTÃO ABOLICIONISTA. • Após a Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibia o tráfico negreiro, a pressão passou a ser para o fim da escravidão. – Pressão externa: Inglaterra. – Pressão interna: Classe Média urbana, Intelectuais, jornalistas, militares,latifundiário s do Oeste paulista e negros. • Para ganhar tempo o governo foi aprovando Leis Protelatórias. Leis protelatórias: • 1871 = Lei do Ventre Livre (Lei Visconde do Rio Branco). – Tornou livres todos os filhos de negros escravos. • 1885 = Lei dos Sexagenários (Lei Saraiva Cotagipe). – Determinava a libertação dos negros com mais de 60 anos. A Abolição: • 1887 = o Exército anunciou que não perseguiria mais negros fugidos. – Estado ficava sem a máquina repressiva que garantia a escravidão. • 1888 = a Câmara aprovou a Lei Áurea (Lei João Alfredo), que foi assinada pela Princesa Isabel. – Acabava a escravidão, mas os fazendeiros escravocratas (do Vale do Paraíba) reclamaram mais da falta de indenização do que da abolição propriamente dita. – Por isso os fazendeiros do Vale do Paraíba abandonaram o Imperador. A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: • 1870 = Fundadono Rio de Janeiro o Partido Republicano. • 1873 = Surgiu o Partido Republicano Paulista. – Neste mesmo ano, reunidos na Convenção de Itu, os cafeicultores de São Paulo aderiram à causa republicana. • A Lei Áurea abalou a monarquia, que perdeu o apoio dos latifundiários escravocratas. – Os republicanos aproveitaram o momento e intensificaram a conspiração contra o regime A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: • Comandante de prestígio, Deodoro da Fonseca foi convidado a chefiar o levante. • Em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, à frente de suas tropas, ele proclamou a República. • A Família Real foi Desterrada para a Europa, e Deodoro assumiu o governo provisório. Proclamação da República - Benedito Calixto - 1893 Prof. Msc. Daniel Alves Bronstrup BLOG: profhistdaniel.blogspot.com @danielbronstrup facebook.com/daniel.alvesbronstrup
Compartilhar